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Babesia_2012

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BMP-­‐0222	
  Introdução	
  à	
  Parasitologia	
  Veterinária	
  
	
  
	
  
Apicomplexa	
  
Babesia	
  
	
  
Alda	
  Maria	
  B	
  N	
  Madeira	
  	
  
Filo Apicomplexa 
 
Classe Aconoidasida 
 Ordem Haemosporida (hemosporídias) 
 Gênero Haemoproteus 
 Gênero Hepatocystis 
 Gênero Leucocytozoon 
 Gênero Plasmodium 
 
 Ordem Piroplasmida (piroplasmidas) 
 Família Babesiidae 
 Família Theileriidae 
Classe Coccidia 
 Ordem Agamococcidiorida 
Ordem Eucoccidiorida 
 
Filo	
  Apicomplexa	
  
Ordem Piroplasmida 
•  Babesiose: importante doença parasitária caracterizada 
pela infecção dos eritrócitros circulantes por protozoários 
do gênero Babesia spp. 
•  Acomete animais domésticos, silvestres e inclusive o 
homem. Importância: bovinos e cães. 
•  Sinônimos: Piroplasmose, febre do carrapato ou tristeza 
parasitária bovina. Em cães também é denominada de 
Peste de sangrar ou Nambiuvu (doença dos cães que dá 
hemorragia nas orelhas). 
•  Pode-se apresentar nas formas hiperaguda, aguda, crônica 
ou subclínica. 
•  Sinais clínicos leves a bastante severos com destruição 
maciça de hemácias e mortalidade. 
Introdução	
  
Ordem Piroplasmida 
•  Gênero Babesia – descoberto por Victor Babès, 
patologista romeno em 1888 
•  São piriformes (piroplasma). 
•  Não tem flagelos, cílios ou formam pseudópodes. 
•  Locomoção por flexão ou deslizamento. 
•  Complexo apical é menos desenvolvido: anel polar, 
roptrias, micronemas e microtúbulos subpeliculares. 
•  Reprodução assexuada ocorre por fissão binária em 
eritrócitos. 
•  Parasitam vários tecidos dos carrapatos, onde ocorre a 
as reproduções assexuada e sexuada. 
Introdução	
  
Introdução	
  
	
  	
  
•  Os hospedeiros vertebrados, inclusive o homem são 
parasitados por espécies distintas de Babesia spp. 
•  Homem  Babesia microti e B. divergens 
•  Acomete várias espécies de animais domésticos: cão, 
eqüinos, suínos, ruminantes. 
•  No Brasil o carrapato de maior importância como 
hospedeiro invertebrado é do gênero Rhipicephalus 
Babesia microti 
Introdução	
  
	
  	
  
•  Babesiose  principais sintomas: febre, anemia e 
hemoglobinúria. 
•  Após resolução do quadro clínico  animais podem ficar 
cronicamente infectados. 
•  Babesiose  relativamente grave para animais 
introduzidos em áreas endêmicas e que não tiveram 
exposição anterior. 
Introdução	
  
	
  
•  Babesia pode ser classificada de acordo com o tamanho 
e localização no hospedeiro 
•  Localização do parasita 
–  Periférica (alta parasitemia): protozoário em qualquer 
vaso sanguíneo 
–  Viscerotrópica – predileção pelos capilares de 
circulação periférica, como nos diferentes órgãos. 
Somente são visualizados em exame de sangue 
capilar. Podem causar doença sem alta parasitemia, 
os animais podem sofrer infecções letais com 
formação de trombo cerebral sem apresentar anemia. 
Etiologia	
  
B. bigemina grande* periférica bovino 
B. bovis pequena** viscerotrópica bovino 
B. caballi grande viscerotrópica eqüino 
B. canis grande viscerotrópica cão 
B. gibsoni pequena periférica cão 
* Trofozoítos 2,5 µm a 5,0 µm, mais sensíveis aos quimioterápicos 
** Trofozoítos 1,0 µm a 2,5 µm 
Hospedeiros	
  	
  
	
  	
  
•  Ciclo biológico heteroxeno 
•  Acomete hospedeiros vertebrados e invertebrados. 
Podem variar de acordo com a espécie de Babesia 
•  Hospedeiro invertebrado - geralmente são carrapatos 
ixodídeos. Carrapatos podem albergar mais de uma 
espécie de Babesia. Há reprodução assexuada e 
sexuada. 
•  Hospedeiro vertebrado - bovinos, equinos, cães, 
homem. Reprodução assexuada nos eritrócitos. 
Hospedeiros	
  	
  
Espécie Hospedeiro 
vertebrado 
Hospedeiro 
invertebrado 
Babesia bigemina 
Babesia bovis 
Bovino Rhipicephalus 
Babesia caballi Equino Dermacentor 
Rhipicephalus 
Babesia canis Cão Rhipicephalus 
Rhipicephalus 
microplus 
Carrapato do boi 
Rhipicephalus sanguineus 
Carrapato vermelho do cão 
Fêmea 
Fêmea 
Macho 
 
Hospedeiros invertebrados 
	
  
Dermacentor nitens 
Carrapato da orelha do equino 
 
Hospedeiros invertebrados 
	
  
Carrapato de único hospedeiro 
Rhipicephalus microplus 
 
Hospedeiros 
	
  
Fonte: www.cnpgc.embrap.br 
 Rhipicephalus sanguineus  três hospedeiros. 
 
Hospedeiros 
	
  
Ciclo	
  Biológico	
  
	
  	
  
Há 3 tipos de reprodução: 
•  Merogonia: reprodução assexuada nas hemácias do 
hospedeiro vertebrado  merozoítos 
•  Gametogonia: terminação da formação e fusão dos 
gametas, reprodução sexuada  tubo digestivo dos 
carrapatos 
•  Esporogonia: reprodução assexuada nas glândulas 
salivares dos carrapatos  esporozoítos 
Ciclo biológico 
Fonte: Mehlhorn et al., 2008 
Ciclo	
  Biológico	
  
•  Esporozoítos na saliva de carrapatos (1) são injetados 
durante o repasto. 
•  Esporozoítos penetram as hemácias e se diferenciam 
em trofozoítas em forma de anel ou amebóide (não 
mostrado na figura) 
•  Reprodução assexuada intra-eritrocítica no hospedeiro 
vertebrado por fissão binária, formando merozoítos 
(2-5). Merozoítos podem invadir novas células 
•  Merozoítos ingeridos pelo carrapato (5.1) são digeridos 
no trato intestinal do vetor (5.2) 
•  Alguns merozoítos se diferenciam em gamontes 
ovóides (6) 
•  Após ingestão pelo vetor (7), os gamontes formam 
protrusões (corpos raiados) (8) 
•  Fusão de dois gametas mononucleados (9) leva à 
formação de um zigoto (10) 
•  O zigoto transforma-se em oocineto que penetra nas 
células intestinais basófilas do carrapato. Há 
esporogonia com formação do esporocineto (11-14) 
•  Os esporocinetos saem do trato intestinal e penetram 
em vários tecidos do vetor incluindo os ovos 
(transmissão transovariana) 
•  Novos ciclos podem ocorrer com formação de vários 
esporocinetos (15-18). 
•  Alguns esporocinetos penetram nas células das 
glândulas salivares (19-21). 
•  Multiplicam-se formando os esporozoítos (SP) que são 
liberados na saliva 
Ciclo	
  Biológico	
  
•  Esporozoítos eliminados pela saliva do carrapato são injetados no 
hospedeiro vertebrado 
•  Hemáceas – diferenciação em trofozoíto e multiplicação (assexuada) 
de merozoítos (2-4 indivíduos por fissão binária) e invasão de novas 
hemáceas 
•  Ingestão de hemáceas com merozoítos pelo carrapato, digestão no 
trato intestinal 
•  Diferenciação em gamontes com protrusões (corpos radiados) 
•  Reprodução sexuada no lúmen intestinal do carrapato – formação de 
um cineto 
•  Invasão de vários tecidos: 
–  Ovário da fêmea - podem passar para os ovos (passagem transovariana) 
–  Glândulas salivares - passando para o próximo hospedeiro vertebrado 
•  Esporozoítos: fase infectante, liberados pela saliva. 
Invasão de todos os tecidos do carrapato 
 
ovário do hospedeiro invertebrado 
  
 
 
transmissão transovariana - pode persistir por várias gerações 
 
 ovos 
 
 
 larvas  ninfas  adultos (transmissão transestadial) 
 
 
esporozoítos (infectantes) repasto sanguíneo novo hospedeiro vertebrado 
 
 nas glândulas salivares 
 
Ciclo	
  Biológico	
  
Ciclo	
  Biológico	
  
•  Em hospedeiros vertebrados imuno-resistentes a fase de 
multiplicação pode ser reduzida ou ausente. Alguns trofozoítos 
não se multiplicam, aumentam de tamanho  gametócitos. 
•  A Babesia é patogênica para o carrapato  diretamente 
relacionada ao grau de parasitemia no hospedeiro e 
susceptibilidade do vetor  leve depressão na produção de ovos 
até morte da fêmea ingurgitada. 
Transmissão transovariana (vertical) 
Importante para carrapatos de um único hospedeiro: Boophilus 
microplus 
 
Hospedeiros invertebrados 
	
  
Transmissão transovariana e transestadial 
Ciclo	
  Biológico	
  
B. bigemina Fêmea adulta se 
infecta 
N e A transmitem 
B. bovis Fêmea adulta se 
infecta 
L transmite e perde 
a infecção 
B. caballi Fêmea adulta se 
infecta 
L, N e A 
transmitem 
B. canis Fêmea adulta se 
infectaL, N e A 
transmitem 
L – larva 
N – ninfa 
A - adulto 
Patogenia	
  	
  
•  Forma periférica - alta parasitemia, anemia hemolítica. 
•  Forma viscerotrópica – além da lise eritrocitária, 
eritrócitos infectados podem ficar seqüestrados no 
endotélio capilar ou pós-capilar 
  Babesia induz a formação de protusões na membrana do 
eritrócito responsáveis pela adesão 
  Esta forma é freqüentemente associada à forma cerebral da 
babesiose 
  Animal pode apresentar hipotensão, alteração da 
coagulação e há formação de trombos. 
Patogenia	
  
B. bigemina grande* periférica bovino 
B. bovis pequena** viscerotrópica bovino 
B. caballi grande viscerotrópica eqüino 
B. canis grande viscerotrópica cão 
B. gibsoni pequena periférica cão 
* Trofozoítos 2,5 µm a 5,0 µm, mais sensíveis aos quimioterápicos 
** Trofozoítos 1,0 µm a 2,5 µm 
•  Variação antigênica do parasita e na superfície do 
eritrócito 
•  Adesão celular e seqüestro (evita que eritrócitos 
infectados sejam destruídos no baço) – babesiose 
viscerotrópica 
•  Ligação de proteínas do hospedeiro aos eritrócitos 
infectados - eritrócitos infectados tornam-se “invisíveis” 
para o sistema imunológico 
•  Imunossupressão transiente - ainda não é totalmente 
conhecida 
 
Mecanismos de escape do sistema imune 
	
  
Patogenia	
  	
  
Pode variar de acordo com: 
 
•  Idade do hospedeiro - animais mais velhos são mais 
susceptíveis 
• Animais jovens  resistência natural  quadro de 
menor intensidade (anemia e duração da parasitemia) 
 anticorpos no colostro, persistência do timo, 
hemoglobina fetal (mais resistente à infecção por 
Babesia). 
•  Estado nutricional 
Patogenia	
  	
  
Pode variar de acordo com: 
•  Estado imunológico 
•  Imunodeprimidos  mais susceptíveis 
• Após a primo-infecção  recidivas: estabelecimento 
gradual de imunidade 
•  Sem reinfecção por ~ 8 meses: menor resposta 
imunológica. 
•  Virulência do agente 
•  Grau de infestação (carrapatos) 
•  Associação com outros patógenos, hemoparasitas 
 
Aspectos epidemiológicos 
	
  
•  Possibilidades de ocorrência de surto 
•  A exposição é importante para manter a resposta imune - se for 
muito intensa pode causar doença clínica. 
•  No Sul do País os carrapatos não transmitem Babesia o ano 
todo. Variação na população de carrapatos em função do clima. 
população de carrapato  possibilidade surto. 
•  Propriedades com controle de carrapatos - animais não tem 
exposição prévia – quando expostos podem apresentar surtos 
•  Bezerros criados confinados (animais sem exposição prévia) 
quando transferidos para o pasto após queda da imunidade 
passiva pelo colostro – maior possibilidade surto. 
•  Imunidade humoral e celular 
•  Imunidade não é duradoura 
•  É necessário o contato com o agente 
•  Animal imune sem contato com Babesia por mais de 
8 meses torna-se susceptível. 
•  Não há imunidade cruzada entre as espécies de Babesia 
 
Resposta imunológica 
	
  
 
Babesiose em equinos 
	
  
	
  	
  
•  Também denominada de piroplasmose equina ou nutaliose 
•  Brasil  Problemas na exportação de equinos. 
•  A doença é o principal impedimento para o trânsito 
internacional de cavalos. Países que possuem uma indústria 
equina importante estão livres da doença (Japão, Canadá, 
Estados Unidos e Austrália). Cavalos positivos para Babesia 
estão impedidos de entrar nestes países, quer seja para 
competição ou exportação. 
 
Babesiose em equinos 
	
  
	
  	
  
•  Babesia caballi  parasitemias baixas < 1%, portadores 
por 1 a 3 anos, tende a ser menos patogênica: sintomas 
clínicos menos severos. Período de incubação entre 10-30 
dias. 
•  Babesia equi  Theileria equi  Infecções persistentes por 
toda a vida: o animal perpetua o agente, divisão em 4 
merozoitos (cruz de malta), desenvolvimento primário em 
linfócitos, período de incubação entre 12-19 dias. 
Babesiose em equinos	
  
	
  Sintomas 
•  Agudos - febre, inapetência, dispnéia, edema, icterícia, 
prostração (raro em áreas endêmicas). 
•  Sub-agudos - mesmos sinais com manifestação menos 
intensa e intermitente. 
•  Crônicos - mais comuns, sintomas inespecíficos. 
•  Portador assintomático - pode reverter para quadros agudos 
ou sub-agudos em situações de estresse ou doenças 
intercorrentes. 
•  Quadros sub-clínicos - diminuição da performance em 
animais de competição, pode comprometer o potencial 
atlético do animal. 
Babesiose em bovinos 	
  
	
  	
  
•  Doença conhecida com os seguintes nomes: 
•  Tristeza parasitária bovina (Brasil) 
•  Febre do Texas (EUA) 
•  Febre esplênica 
•  Malária bovina 
•  Água vermelha 
•  Pode estar associada com rickettsias - Anaplasma 
marginale, A. centrale 
•  Período de incubação: 8 a 12 dias 
Babesiose em bovinos 	
  
B. bigemina 
•  Induz anemia severa. 
•  Há alta parasitemia, intensa lise de hemácias na corrente 
sanguínea  anemia que pode ser severa, icterícia, 
hemoglobinúria, acidose metabólica. 
•  Acomete uma grande variedade de ruminantes: cervídeos, 
búfalos , além dos bovinos. 
•  Mortalidade em animais não tratados  50 a 90%. 
Babesia bigemina 
Babesiose em bovinos 	
  
B. bovis – viscerotrópica – leva à formação de trombos 
•  Visceral, com tropismo pelo cérebro baço e fígado: 
parasitemia baixa, formação de trombos nas vísceras. 
•  Também apresentam anemia, hemoglobinúria, febre, 
icterícia 
•  Pode ocorrer diarréia, abortamentos, sintomas neurológicos 
(parasita nos capilares cerebrais), agressividade ou apatia 
extrema, paresia (interrupção dos movimentos) e 
convulsões. 
Babesiose em bovinos 	
  
B. bovis – viscerotrópica – leva à formação de trombos 
•  Antígenos na membrana do eritrócito  favorece adesão 
destas células aos receptores das células endoteliais. 
•  Infecção aguda: aumento da atividade de agentes 
vasoativos - calicreína, bradicinina, histaminas  estase 
sangüínea  favorece adesão entre eritrócitos e destes ao 
endotélio vascular  trombos. 
•  Distúrbios de coagulação (metabolismo do fibrinogênio): 
hipercoagulabilidade 
Babesiose	
  em	
  cães	
  	
  
•  Conhecida como babesiose canina, piroplasmose dos cães e 
“nambiuvu” 
•  Importante no Brasil - descrita no Rio Grande do Sul, São 
Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná 
•  Frequente em cães jovens e com mais de 2 anos de idade 
•  Manifestações clínicas relacionadas com a intensidade da 
parasitemia 
•  Doença hemolítica, anemia progressiva, pode ocorrer choque 
endotóxico e alterações da coagulação 
•  Sintomas – anemia, febre, anorexia, desidratação, perda de 
peso, dor abdominal e sensibilidade renal à palpação 
•  Babesiose cerebral pode ser observada 
 
Babesiose em cães 
	
  
Babesia canis 
Fonte: Veterinary parasitology, 141 p. 197-203 (2006) 
•  Métodos diretos 
•  Esfregaço sanguíneo (fase aguda) – sangue ponta da cauda 
(bovino) 
•  PCR 
•  Necrópsia  lesões e histopatológico 
•  Métodos indiretos 
•  Testes sorológicos (úteis para animais na fase crônica ou 
assintomáticos  baixa parasitemia): ELISA, imunofluorescência 
indireta. 
Babesia bigemina 
Diagnóstico	
  
Formas intra-eritrocíticas de Babesia spp. 
Sangue periférico de suíno 
Formas intra-eritrocíticas de Babesia canis 
Sangue periférico de cão 
Fonte: Gardiner et al., 1998 
 
Infecção por Babesia spp. 
	
  
Formas intra-eritrocíticas de Babesia caballi 
Sangue periférico de equino 
Fonte: Gardiner et al., 1998 
 
Infecção por Babesia spp. 
	
  
Formas intra-eritrocíticas de Erlichia canis 
Sangue periférico de cão 
Fonte: Gardiner et al., 1998 
Formas intra-eritrocíticas de Anaplasma marginale 
Sangue periférico de equino 
 
Infecção por Babesia spp. 
	
  
•  Suporte, transfusão sanguínea (casos graves) 
•  Imidocarb, Diaminazene (cuidado com superdosagem e 
há efeitos colaterais) 
•  Tratamento é eficiente, são babesicidas. 
 
Tratamento 
	
  
Imunidade não é duradoura  tentativas de promoverexposição controlada ao agente. Interessante não eliminar 
todos os parasitas 
•  Quimioprofilaxia: tratamento com doses sub-
terapêuticas - doença em níveis subclínicos, para o 
desenvolvimento do estado de portador. 
•  Controle de vetores (carrapatos): manter desafio o 
ano todo, não erradicar o carrapato. 
•  Vacinas: vacinas vivas, inativadas, DNA recombinante 
(clonagem de genes que expressem proteínas 
imunogênicas, experimental). 
Controle	
  
•  Premunição: 
•  Conceito: provocar deliberadamente a infecção com 
baixo número de parasitas para gerar uma resposta 
imune primária 
•  Clássica: inoculação de sangue de animal 
c o n t a m i n a d o  m o n i t o r a r a i n f e c ç ã o . 
Desvantagens: inóculo desconhecido (quantidade, 
virulência), pode transmitir outras doenças (ex. 
rickettsias) 
•  Moderna: utilização de inóculos padronizados 
Controle	
  
•  Regiões endêmicas 
•  Manutenção do estímulo à resposta imune através da 
exposição continuada ao parasita – sem controle 
•  Áreas de instabilidade enzoótica 
•  Áreas que sofrem súbitos aumentos da quantidade de 
carrapatos e portanto, da carga parasitária 
•  Controle estratégico - uso de carrapaticidas, rotação de 
pastagens, seleção de animais resistentes, premunição 
Controle	
  
•  Gardiner, C.H.; Fayer, R. & Dubey, J.P. (1998). An Atlas 
of Protozoan Parasites in Animal Tissues. 2nd Edition. 
Armed Forces Institute of Pathology, Washington DC, 
USA. 
•  Levine, N.D. (1985). Veterinary Protozoology. Iowa State 
University Press, Ames, USA. 
•  Mehlhorn, H. (2008). Encyclopedia of Parasitology. 
Springer-Verlag, Berlin, Germany. 
•  Soulsby, E.J.L. (1982). Helminths, Arthropods and 
Protozoa of Domesticated Animals. 7th Edition. Lea & 
Febiger, Philadelphia, USA. 
Bibliografia

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