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FICHA TÉCNICA PARASITOLOGIA VETERINÁRIA - ERLICHIA, BABESIA, ANAPLASMA E RHIPICEPHALUS

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Ehrlichia
	Parasitologia. Ficha Técnica
	Classificação do agente etiológico
Reino bacteria
Filo proteobacteria
Ordem rickettsiales
Família Ehrlichiaceae
Gênero Ehrlichia
	Hospedeiro definitivo
· Ehrlichia canis/ Ehrlichia ewingii - cães
· Ehrlichia chaffeensis - cães, veados, humanos
· Ehrlichia bovis - bovinos e búfalos
· Ehrlichia equi/ Ehrlichia risticii - equinos
Hospedeiro intermediário
· Rhipicephalus sanguineus
	Descrição do parasito/ formas evolutivas
São bactérias intracelulares obrigatórias, encontradas nos leucócitos (monócitos e polimorfonucleares).
	Ciclo Biológico
O vetor de maior importância na transmissão da enfermidade é o carrapato. No carrapato, a Ehrlichia canis se multiplica nos hemócitos e na glândula salivar. A transmissão transovariana provavelmente não ocorre. A transmissão entre animais é feita por meio da inoculação de sangue proveniente de um cão infectado em um cão sadio, pelo intermédio do carrapato. O agente se multiplica nos órgãos do sistema mononuclear fagocítico (fígado, baço e linfonodos), após um período de 8 a 20 dias de incubação.
	A Ehrlichia penetra nos corpos elementares nos monócitos, onde permanecem em crescimento durante aproximadamente 2 dias. Posteriormente ocorre a multiplicação do agente por 3 a 5 dias, com a formação do corpo inicial. O passo seguinte é a formação da mórula. O carrapato pode permanecer infectante por um período de aproximadamente um ano, e a infecção pode ocorrer em qualquer fase do ciclo.
	Patogenia e Sintomatologia
A erlichiose pode se apresentar em 3 fases, que podem ser fatais se não tratadas.
	A fase aguda geralmente pode passar despercebida pelo tutor, ela perdura por 2 a 4 semanas, ocorrendo após um período de incubação de 8 a 20 dias. O animal apresenta: hipertermia, anorexia, perda de peso e astenia (perda ou diminuição de força física). Também podem observar-se sinais inespecíficos como: febre, secreção nasal, anorexia, depressão, petéquias hemorrágicas, epistaxe, hematúria, edema de membros, vômitos, sinais pulmonares e insuficiência hepato-renal.
	A fase subclínica é, geralmente, assintomática. Pode-se apresentar complicações como: depressão, hemorragias, edema de membros, perda de apetite e palidez de mucosas. Também podem estar presentes hifema (acúmulo de sangue na câmara anterior do olho), hemorragia sub-retinal, uveíte, deslocamento da retina e cegueira.
	Na fase crônica a erliquiose assume características de uma doença autoimune. Nesta fase o animal apresenta os mesmo sinais da fase aguda, porém atenuados, encontram-se apáticos, caquéticos e mais suscetíveis a infecções secundárias.
	Diagnóstico
O diagnóstico é feito por observação do microrganismo em esfregaço sanguíneo, ou decalques de órgãos alvo.Também pode ser feito o diagnóstico preciso por imunofluorescência indireta, PCR ou teste de Immunocomb. A trombocitopenia presente no quadro clínico não permite a confirmação de erliquiose sem exames específicos. Porém, em áreas endêmicas, a erliquiose deve ser considerada primeira suspeita. A confirmação do diagnóstico pode ser reforçada caso haja hiperglobulinemia e hipoalbuminemia associado a trombocitopenia.
	Tratamento
O tratamento para essa enfermidade é feito com administração de antibiótico, sendo a doxiciclina a mais utilizada.
	Profilaxia
A prevenção é de suma importância em canis e locais de grande concentração de animais. A profilaxia ocorre por meio do controle do vetor da doença, o carrapato.
Rhipicephalus 
	Parasitologia. Ficha Técnica
	Classificação Taxonômica
Família Ixodidae
	Hospedeiro Intermediário
· Cão, gato, aves, bovinos, equinos, outros mamíferos silvestres
	
	Doença Parasitária
Babesiose, erliquiose
	Descrição do Artrópode
Carrapato amarelo, avermelhado ou marrom escuro. Palpos e hipostômios curtos e base do capítulo dorsalmente hexagonal. Possui dois esporões na coxa do primeiro par de pernas. Frequentemente encontrado nas orelhas e entre os dedos dos cães.
	Ciclo Biológico
É um carrapato que necessita de um único hospedeiro para completar seu ciclo de vida . O ciclo de vida do Rhipicephalus pode ser dividido em duas etapas, a fase parasitária e a fase de vida livre ou fase não parasitária. A fase parasitária compreende desde a fixação da larva em um hospedeiro sensível até chegar ao estádio adulto, com consequente desprendimento das teleóginas . A partir deste momento dá-se o início da fase de vida livre em que, após cair ao solo, a teleógina busca local adequado e inicia a ovipostura com subsequente incubação dos ovos e posterior eclosão das larvas.
	Controle
Evitar aglomeração de animais, utilizar antiparasitários e manter os animais domésticos em locais limpos.
Babesia
	Parasitologia. Ficha Técnica
	Classificação do agente etiológico
Classe Sarcodina
Ordem piroplasmida
	Hospedeiro definitivo
· Babesia canis - dermacentor reticulatus
· Babesia vogeli - rhipicephalus sanguineus
Hospedeiro intermediário
· Babesia canis - cão
	Descrição do parasito/ formas evolutivas
Parasita intraeritrocíticos que infecta glóbulos vermelhos, causando rompimentos dessas células que podem levar a anemia.
	Ciclo Biológico
Os esporozoítos se transformam em trofozoítos e originam merozoítos por fissão binária. A hemácia se rompe liberando merozoítos que ficam livres para infectar novas células.O carrapato se infecta ao ingerir o sangue do hospedeiro infectado.
	Patogenia e Sintomatologia
As manifestações variam desde uma infecção subclínica ou assintomática até os casos de doença fulminante. Os pacientes sintomáticos tornam-se doentes 1-4 semanas após o contato com o agente infeccioso. 
Os sintomas incluem vômitos, náuseas, dor abdominal, perda de peso, febre, esplenomegalia, icterícia. 
A gravidade da doença vai depender principalmente do estado imune do paciente. 
	Diagnóstico
Os achados laboratoriais incluem hematócrito baixo, baixo nível de hemoglobina, com trombocitopenia comumente observada. O exame diagnóstico é através da visualização de hemácias infectadas por esfregaço sanguíneo.
	Tratamento
O tratamento de eleição para babesia canis mais comum no Brasil é o dipropionato de imidocarb.
	Profilaxia
Prevenir o contato de animais com carrapatos através de medicações específicas. 
Anaplasma 
	Parasitologia. Ficha Técnica
	Classificação do agente etiológico
Reino bacteria
Filo proteobacteria
Ordem rickettsiales
Família anaplasmataceae
Gênero Anaplasma
	Hospedeiro definitivo
Anaplasma centrale/marginale - bovinos
Anaplasma ovis - ovinos e caprinos
Anaplasma phagocytophilum - ovinos, caprinos, cães, equinos, veados, roedores, humanos
Anaplasma ruminantium - bovinos, ovinos, caprinos e outros ruminantes
Hospedeiro intermediário
Anaplasma centrale - Dermacentor spp.,Tabanus, Chrysops spp.,Stomoxys, Psorophora spp.
Anaplasma phagocytophilum - Ixodes ricinus
Anaplasma ruminantium - Carrapatos Amblyomma spp. 
	Descrição do parasito/ formas evolutivas
As espécies de Anaplasma são parasitas pequenos, intracelulares obrigatórios, semelhantes a riquétsias, presentes no interior de eritrócitos de ruminantes. São transmitidos biologicamente por carrapatos e mecanicamente por moscas sugadoras.
	Ciclo Biológico
O organismo penetra os eritrócitos, onde se divide por divisão binária, formando um corpúsculo de inclusão (módulo). Saem das hemácias e penetram em outras, provocando uma intensa anemia. Os eritrócitos parasitados são ingeridos pelo carrapato e transmitidos a outros animais.
	Patogenia e Sintomatologia
Apresenta um período de incubação de até quatro semanas. A anaplasmose causa principalmente anemia em bovinos. Ao penetrar o eritrócito ocorre a formação de vacúolo na parede da célula com proteínas de membrana, que ao serem detectadas pelo baço são destruídas pelo órgão. O grau de anemia depende da quantidade de eritrócitos infectados.
Uma doença de importância na medicina veterinária que está relacionada a anaplasmose é a “Tristeza Parasitária Bovina”, que ocorre devido a infecção simultânea pelo protozoário Babesiabovis, que é um parasita intraeritrocitário obrigatório, e pela bactéria Anaplasma marginale.
Os sinais clínicos causados pela anaplasma são: febre, perda de apetite, emagrecimento, pêlos arrepiados, taquicardia, taquipnéia, redução dos movimentos de ruminação, anemia e icterícia.
A infecção aguda pelo Anaplasma platys, caracteriza-se pela parasitemia cíclica dos trombócitos seguida de trombocitopenia e linfoadenopatia. A medula óssea pode apresentar hiperplasia megacariocítica na fase aguda, podendo ocorrer hipergamaglobulinemia com elevação dos valores de IgM e IgA e redução dos níveis de ferro e da capacidade de fixação deste.
	
	Diagnóstico
Devido aos sinais clínicos pouco específicos, que podem indicar outras enfermidades, no diagnóstico diferencial pode ser necessária a utilização de testes laboratoriais. O esfregaço sanguíneo corado pelas técnicas de Giemsa, Wright ou panótico é de fácil identificação durante a fase aguda, quando se tem alta parasitemia, fora dessa fase esse método torna-se ineficaz, sendo necessária a utilização de outros métodos diagnósticos, podem ser feitos testes sorológicos para detecção de agentes da família Anaplasmataceae, como: fixação do complemento, hemaglutinação indireta, reação de imunofluorescência indireta, ensaio imunoenzimático (ELISA, ou diagnóstico direto com PCR, que permite a detectação precoce da doença. 
	Tratamento
O tratamento adotado é aplicação de tetraciclinas e seus derivados (doxiciclina). O dipropionato de imidocarb é bastante eficaz no tratamento de anaplasmose, principalmente em casos de co-infecção concomitante por Babesia spp.
	Profilaxia
O conhecimento epidemiológico é fundamental para se estabelecer um programa sanitário para anaplasmose. As regiões tropicais são endêmicas para a doença por possuírem grande população de vetores. As medidas de prevenção já estabelecidas são: pré imunização, quimioprofilaxia e vacinas.

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