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Mecânica dos Solos 2 – Semestre 2020.1 Aguardem, estaremos iniciando em instantes! � Favor manter os microfone desligados. Profª Dra. Stela Fucale Universidade de Pernambuco Estabilização de Solos – Mecânica dos Solos 2 Estabilização de Solos – Parte 2 Profª Dra. Stela Fucale Universidade de Pernambuco Estabilização de Solos – Parte 2Parte 2 Introdução, Estacas de Compactação, Vibrosubstituição, Vibrodeslocamento, E st a b il iz a çã o d e S o lo s Introdução Técnicas de Melhoramento - O propósito das técnicas de melhoria do solo consiste em eliminar o perigo de recalques excessivos, sendo estas divididas em dois grandes grupos, conforme a sua aplicação em solos coesivos e não coesivos: Mitchell (1970) Não coesivos Coesivos E st a b il iz a çã o d e S o lo s Mitchell (1968) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Estacas de Compactação Conceituação - Existem diferenças entre a compactação de solos granularesgranulares e coesivoscoesivos:: - A melhoria do solo em estacas de compactação se constitui em um processo em que estacas de areia e brita são introduzidas em solos de baixa resistência, melhorando suas propriedades geotécnicas por meio da aplicação de grandes energias de compactação por esforços dinâmicos ou vibração. Soares (2002) E st a b il iz a çã o d e S o lo s - Existem diferenças entre a compactação de solos granularesgranulares e coesivoscoesivos:: � Em solossolos granularesgranulares, a melhora das propriedades se dá pelo deslocamento físico das partículas, reduzindo o volume de vazios do solos, aumentando a compacidade relativa e a capacidade de carga da fundação. Soares (2002) Slocombe (1993) � Em solossolos coesivoscoesivos, as estacas funcionam como drenos verticais de areia, em que o aumento da resistência é oriundo da aceleração do adensamento. - Técnicas a serem apresentadas: Vibrosubstituição e Vibrodeslocamento E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrosubstituição Definição - Técnica que se baseia na execução prévia de furos cilíndricos no interior do maciço de solo por meio da vibração de uma agulha ("torpedo"). Emprega-se água ou ar sob pressão como fluido de desagregação do solo. O material granular é lançado dentro do furo e submetido à vibração do torpedo, gerando- se desta forma um elemento mais resistente que o solo natural. E st a b il iz a çã o d e S o lo s Atkinson (1993) � Vibrador: - diâmetros de 300 a 460 mm - comprimento de 3 a 5 m � Profundidade usual: - 3 a 6 m - Possibilidade em atingir até 35 m Moseley & Priebe (1993) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Fatores influentes na densificação - Granulometria - Zona A: solos excelentes; se mais de 20% de areia grossa, a penetração fica limitada a profundidades até 10 m. - Zona B: areias fofas são bem adaptadas a esta técnica. - Zona C: a presença de silte e /ou camada de Vibrosubstituição E st a b il iz a çã o d e S o lo s - Tipo de equipamento - Espaçamento entre pontos de compactação - Retirada do torpedo - Material de preenchimento - Zona C: a presença de silte e /ou camada de argila, excesso de finos e material orgânico no solo requer avaliação especial. Glover (1985) Melhorias alcançadas: - compacidade in situ - ângulo de atrito interno - módulo de deformabilidade - aumento da capacidade de carga - redução de recalques - aumento da resistência ao cisalhamento - Uso de malhas quadradas ou retangulares no terreno a ser melhorado - Areias grossas são mais eficientes que as finas -Lenta � maior compacidade � atrasos - Rápida � alta produção � menor compacidade E st a b il iz a çã o d e S o lo s Aplicações Em solos não coesivos Vibrosubstituição � Técnica recomendada para solos granulares com teor de finos inferior a 10-15%. � Auxilia a redução de subsidência sísmica e potencial de liquefação; construção em depósitos E st a b il iz a çã o d e S o lo s Em solos coesivos Modificação da estrutura de solo granular potencial de liquefação; construção em depósitos de solos granulares fofos) Griffith (1991) e Hussin (2006) � O aumento do teor de finos reduz a transmissão de vibrações através do solo natural � Redução dos efeitos de melhoria entre pontos de compactação � O aumento de resistência dos solos coesivos é conseguido por meio do uso de materiais de maior granulometria (drenagem do solo � aceleração de recalques) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Possibilita a utilização de sapatas nas fundações ���� Economia à obra Vibrodeslocamento Conceituação - Técnica que consegue por meio da cravação de estacas de compactação (processo dinâmico) densificar camadas de areia próximas à superfície, aumentando a resistência à penetração das mesmas e, por consequência, a sua resistência à compressão e ao cisalhamento. Soares (2003) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Generalidades � Utilização no início da década de 70 � Compactação de camadas arenosas fofas � Idealizador: Engº Dirceu Pereira (COPEF) � Vantagens: � redução de custos � experiências comprovadas em várias cidades do Nordeste � Desvantagens: � não elimina as vibrações � possui limitações (tipo de solo, resistência do solo natural) � falta de procedimentos de projeto, execução e controle � normatização E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrodeslocamento Tipos de estacas de compactação Estacas de brita e areia Estacas de cimento e areia - densificar o solo arenoso - não trabalhará como uma estaca convencional - traço usual: 4:1 ou 3:1 (a:b); areia não deve ser fina e brita (38 mm ou 50 mm) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Soares (2003) - aplica-se quando a camada de areia apresentar muitos finos - as estacas ficarão "petrificadas", possibilitando um melhor confinamento - traços usuais: 1:15 (c:a); 1:20 (c:a); 1:25 (c:a) - mistura obtida por betoneira, formando uma "farofa úmida"; wareia = 3 a 4% Estacas de cimento, areia e brita ("estacas de argamassa") - compostas por concreto magro � traço 1:8:4 (c:a:b) - consistência é de um concreto seco, tipo farofa - aplica-se quando: � o solo a ser melhorado é uma mistura de areia com silte ou argila � as estacas, além de compactarem o solo, atuam recebendo parte do esforço transmitido pela superestrutura (sob a forma de carga concentrada) � NSPT > 20 no solo que serve de cota de assentamento da ponta das estacas E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrodeslocamento Estacas de Argamassa Uso típico: Terrenos com lentes argilosas superficiais Terrenos com camadas resistentes a pequenas profundidades (5 a 7 m) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Notas de aula (Gusmão, 2000) pequenas profundidades (5 a 7 m) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrodeslocamento Processo Executivo Permite elevar a tensão admissível do terreno para valores de até 600 kPa E st a b il iz a çã o d e S o lo s Gusmão Filho (1998) até 600 kPa Colocação do tubo de apiloamento Apiloamento da bucha Execução do fuste da estaca Soares (2003) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrodeslocamento Processo Executivo E st a b il iz a çã o d e S o lo s Cravação do tubo de revestimento Preparação do material de preenchimento Colocação do material de preenchimento Soares (2002) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrodeslocamento Equipamento � Tripé ou bate estacas tipo strauss (mini-torre) � Peso do pilão: 13 a 25 kN � Altura de queda do pilão: 3 a 5 m � Tubo: 320 mm de diâmetro e comprimento de 4 a 7 m � Produtividade média: 30 a 90 m/dia Materiais Brita e Pó-de- pedra E st a b il iz a çã o d e S o lo s Soares (2002) Tripé - peso do martelo 13 a 18 kN - profundidade até 5,0 m Mini-torre - peso do martelo 15 a 25 kN - profundidade até 7,0 m Gusmão et al. (2002) Brita e Pó-de- pedra E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrodeslocamento Aspectosde Projeto � Malha quadrada de estacas - espaçamento entre as estacas de de 2 a 3 vezes o diâmetro das mesmas - restrita à área da sapata da fundação (prédios com até 12 pavimentos) - mínimo 1 linha (anel de confinamento) além da projeção da área da sapata (prédios com até 12 pavimentos)* - mínimo 2 linhas (anéis de confinamento) além da projeção da área da sapata (prédios com mais de 20 pavimentos) � Comprimento das estacas: 4 a 7 m � Taxa de trabalho do terreno: 300 a 600 kPa (3 a 6 kgf/cm2) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Soares (2003) * Malha de estacas para edificações com 12 < nº de pavimentos = 20 � Cota de fundação: 1,5 m abaixo do terreno melhorado -Estacas de brita e areia: 2 a 2,5 estacas / m2 da lâmina -Estacas de argamassa: 0,75 a 1,5 estacas / m2 da lâmina E st a b il iz a çã o d e S o lo s Controles de Execução Durante a cravação da estaca Antes da execução do estaqueamento - Granulometria e compacidade inicial (Nspt) da camada arenosa a ser melhorada Vibrodeslocamento E st a b il iz a çã o d e S o lo s - Locação, profundidade atingida, equipamento e energias utilizados, diagrama de cravação, quantidade do material introduzido; Após a execução do estaqueamento - Realização de sondagens à percussão, para determinação do Nspt - Provas de carga vertical à compressão (ensaio de placa) – verificar a pressão admissível - Monitoramento dos recalques E st a b il iz a çã o d e S o lo s Fatores Influentes no Melhoramento Vibrodeslocamento Compacidade inicial do solo: eficiente para solos com Nspt < 15 E st a b il iz a çã o d e S o lo s Granulometria: eficiente em solos granulares (percentagem de finos inferior a 20 %) Gusmão Filho & Gusmão (2000) E st a b il iz a çã o d e S o lo s Vibrodeslocamento Espaçamento entre estacas: 2 a 3 vezes o Energia de cravação: vibrações excessivas Fatores Influentes no Melhoramento E st a b il iz a çã o d e S o lo s Espaçamento entre estacas: 2 a 3 vezes o diâmetro da estaca (tipicamente 90 cm) Gusmão Filho & Gusmão (2000) Estabilização de Solos – Mecânica dos Solos 2 Obrigada pela atenção! Estabilização de Solos – Parte 2 Prof.ª Dra. Stela Fucale Universidade de Pernambuco
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