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versão final - RELATÓRIO ESTÁGIO SUP LPIII

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA III 
DAIANE SANTANA SANTOS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA III
SÃO CRISTÓVÃO-SE
 2020
DAIANE SANTANA SANTOS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA III
Relatório de Estágio Supervisionado do Curso de Licenciatura em Letras Português/Francês da Universidade Federal de Sergipe, realizado no Colégio Estadual Armindo Guaraná no período de 24/10/2019 a 23/12/2019 como parte dos requisitos para conclusão da atividade de Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa III, sob a orientação do Prof. D.r José Ricardo Carvalho.
SÃO CRISTÓVÃO-SE
 2020
DAIANE SANTANA SANTOS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA III
	Este relatório foi julgado adequado para obtenção da aprovação na disciplina Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa III do Curso de Licenciatura em Letras Português/Francês da Universidade Federal de Sergipe.
Data de aprovação: ____ de _________________ de ______.
DEDICATÓRIA
Ao recordar o meu passado vem a minha mente vagas lembranças sobre quando eu era criança. Lembro-me de quando faltava energia elétrica e o meu pai, Daniel, contava histórias sobre lobisomem e piadas para minhas irmãs e eu.
Quando ingressei no Jardim de Infância, a Tia Ruti me ensinou a pegar no lápis e a fazer rabiscos. Nos primeiros anos do ensino fundamental foi a vez da Tia Marleide me ensinar a ler as letrinhas e a amar a escola. Nos anos seguintes, a professora Betânia Andrade me fez apaixonar-se pela leitura, literatura e gramática. No ensino médio, eu já sabia o que queria cursar na universidade: LETRAS, queria ser uma professora igual a Carmen, apaixonada pelas histórias de literatura.
Agradeço, sinceramente, a todas estas professoras da educação pública que me fizeram ter brilho nos olhos, incentivando-me a nunca desistir e a ultrapassar todos os obstáculos que aparecessem em minha frente.
Agradeço ao professor Dr. Alexandre Melo por me ensinar a como transmitir a paixão da literatura para os meus futuros alunos, e ao professor M.e. Urandi Rosa por abrir as portas de sua sala de aula e ensinar-me como trabalhar com metodologias diversas.
Obrigado à professora Dra.Taysa Mércia por me fazer ter calma e ensinar-me sobre como dar aulas, e ao meu orientador, Dr. José Ricardo Carvalho, por me ajudar a finalizar este ciclo tão esperado, foi um privilégio ser sua orientanda.
Um agradecimento muito especial a Telma por sempre estar disposta a encontrar soluções para os meus problemas, ajudando-me, sempre com grande simpatia e profissionalismo.
Obrigado aos amigos que a universidade me deu, à minha família do coração por sempre estarem do meu lado, me incentivando e ajudando a levantar a cabeça e nunca desistir. Às pessoas que moraram comigo por aguentar os meus enjoos, principalmente ao Natã, Rafa Melo, Moisés, Tharcio e Luar.
Ao Raul por sempre me mandar mensagens cobrando a finalização do relatório e do TCC, e por ouvir as minhas angustias e lamentações.
Às minhas irmãs, Daniela, Daniane, Danila, Nayane e Mateus, por sempre me apoiarem e entenderem que a minha ausência física às vezes era necessária e por sempre estarem lá para me amparar, me criticar e me fazer sentir uma pessoa melhor.
À toda a minha família, por me apoiar incondicionalmente. 
Ao meu pai, que apesar de tudo, é exemplo de homem batalhador, me deu apoio e incentivo nos momentos em que eu mais precisei. OBRIGADO POR FAZER ESTE SONHO POSSÍVEL.
Por fim, dedico àquela que me presenteou com a vida, meu grande modelo a ser seguido: Mãe, Santina. OBRIGADO POR ME DAR FORÇAS PARA CONTINUAR COM OS MEUS SONHOS, POR ME DAR ASAS PARA VOAR, POR ME INCENTIVAR A NUNCA DESISTIR DIANTE DO CANSAÇO, POR ME ENSINAR A VIVER E A LUTAR POR MEUS IDEAIS, por cuidar de minha Lilica enquanto eu estou na graduação. Obrigado por ser esse espelho e exemplo de mulher que és. A ti, dedico não apenas este relatório, dedico toda essa graduação. 	
Obrigado a todos que me presentearam com um pouco do seu SABER.
Daiane Santana Santos
EPÍGRAFE
“Contos de fada podem se tornar realidade. Você precisa faze-los acontecer, tudo depende de você”.
(VECHO, PETER DEL; THE PRONCESS AND THE FROG, 2009.) 
“Estou pronto! Estou pronto! Estou pronto!”
(HILLENBURG, STEPHEN; SPONGE BOB SQUAREPANTS, 1999.) 
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO............................................................................................................
	07
	DESENVOLVIMENTO..............................................................................................
	10
	1. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO.....................................
	10
	1.1. A escola: aspectos legais, físicos e institucionais...........................................
1.2. Espaço físico.....................................................................................................
	12
12
	1.3. Corpo técnico, administrativo e docente.......................................................
	14
	1.4. Conselho de classe............................................................................................
	15
	1.5. Atos Legais.......................................................................................................
2. ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.............................
	15
16
	3. RELATOS DE OBSERVAÇÃO.....................................................................
3.1. Observação do campo de estágio para planejamento das atividades práticas .........................................................................................................................
3.2. Observação das aulas para planejamento de estágio ....................................
	18
18
19
	4. RELATOS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS..............................................
	23
	4.1 Regência em sala de aula.................................................................................
	23
	CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................
	30
	REFERÊNCIAS...........................................................................................................
	32
	ANEXOS.......................................................................................................................
	33
	ANEXO A - TERMO DE COMPROMISSO 
ANEXO B – PLANOS DE AULA
ANEXO C - ATIVIDADE DIÁRIA DO ESTAGIÁRIO – FREQUÊNCIA
ANEXO D - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO ESTAGIÁRIO
ANEXO E – MATERIAL DIDÁTICO UTILIZADO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
ANEXO F – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS AULAS/PROJETOS
ANEXO G – PLANO DE GESTÃO 
	
INTRODUÇÃO 
O presente relatório tem por objetivo apresentar as experiências de observação e regência desenvolvidas no Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa III, realizadas no Colégio Estadual Armindo Guaraná, na última etapa do EJA/ Ens. Fundamental, sob supervisão da professora Valdenice de Oliveira Protázio.
Ao longo do percurso acadêmico do curso de graduação de Letras português/francês, da Universidade Federal de Sergipe, várias disciplinas preparam o graduando teoricamente para exercer a profissão de professor. O estágio supervisionado de língua portuguesa é uma atividade prática, voltada para a prática docente e é uma preparação para a futura vida profissional, dividida em 3 etapas:
· Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa I é o momento inicial onde o futuro docente inicia o seu primeiro contato com a escola e com a prática de regência no Ensino Fundamental II;
· Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa II é regido no Ensino Médio, o professor aprofunda os conhecimentos básicos ensinados e prepara o aluno para a futura vida profissional;
· Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa III é a regência no Ensino de Jovens e Adultos, momento este de colocar em prática todo o conhecimento adquirido na universidade
e dar um retorno à sociedade,
O objetivo deste terceiro estágio é que os alunos vivenciem na prática, no dia a dia de uma escola, a realidade bem específica destes alunos do EJA e as exigências do dia a dia do profissional que trabalha para este público.
Conforme a Lei nº 11.788, 25 de setembro de 2008 no Art. 1o - O estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Segundo a emenda da Constitucional 59/2009, da Constituição de 1988, ao apresentar a educação básica como obrigatória e gratuita dos 04 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegura, também, a oferta gratuita para todos que a ela não tiveram acesso na idade certa (art. 208, inciso I).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional leva em consideração a Constituição ao determinar que
“Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames (art. 37, parágrafo 1º)”.
A seção V, Capítulo II, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de Jovens e Adultos, assegura que:
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria.
 § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. 
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008.)
De acordo com Burriolla (1999, p.10) 
“O estágio é o locus onde a identidade é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação, reflexiva e crítica e, por isso, deve ser planejada gradativa e sistematicamente com essa finalidade”.
Segundo MACHADO e BASTOS (2018) o espaço escolar deverá ser o laboratório, não se restringindo às salas de aula, dessa forma o período de estágio configurou este laboratório, em que, teorias estudadas durante o curso de Letras Português/Francês puderam ser experimentadas diante da realidade da sala de aula contemporânea. O estágio é o espaço onde pode-se envolver os conhecimentos teóricos adquiridos em outros componentes curriculares e utilizar as habilidades da leitura, do letramento, do uso de gêneros textuais, da metodologia, a utilização das técnicas de avaliação e do ensino.
O Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa III não é apenas um locus para identificar as dificuldades no ensino de língua portuguesa, mas sim um potencial de registrar o caminho de formação do futuro professor de língua portuguesa. O estágio na Educação de Jovens e Adultos é um momento além da sala de aula, é quando o professor ensina aos alunos o exercício da cidadania crítica a partir da realidade que interfere na vida cotidiana do aluno, visando não apenas integrá-los ao mercado de trabalho, mas sim demonstrando e entusiasmando o aluno a prosseguir com os estudos.
O EJA não é um espaço educacional onde o aluno recebe apenas um diploma, é o local e momento de despertar a motivação para uma melhora pessoal, de caráter educativo e social, modificando a comunidade em que vive.
DESENVOLVIMENTO
1.0 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
O Colégio Estadual Armindo Guaraná é uma escola da Rede Estadual de Sergipe, fundado no ano de 1977, que homenageia o escritor sergipano Manoel Armindo Cordeiro Guaraná, que em 2019, atende a 1363 alunos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), Ensino Médio Convencional e Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental II e Médio – EJAEF/EJAEM, funcionando nos três turnos (manhã, tarde e noite) e está localizado na Av. José Conrado de Araújo, S/N, Bairro Rosa Elze, São Cristóvão/ SE, CEP 49.160-000. 
As turmas são distribuídas da seguinte maneira: 
· O turno matutino, que funciona no horário das 7:00 às 11:30h, possui oito classes de Ensino Fundamental (6º A, 7º A, 7ºB, 8º A, 8º B, 8º C, 9ª A1, 9º A2) e quatro turmas do Ensino Médio (1º A, 2º A, 2º B, 3ºA);
· No período vespertino, que funciona no horário das 13:00 às 17:30 horas, para o ensino fundamental, nesse turno é ofertado nove turmas do Ensino Fundamental (6º B, 6º C, 6º D, 7º C, 7º D, 7º E, 8º D, 8º E, 9º B) e três turmas do Ensino Médio (1º B, 2º C e 3º B);
· No período noturno, no horário de funcionamento das 18:40 às 22:00 horas, é ofertado quatro turmas de EJAEF (1ª a 4ª Etapa) e cinco turmas do EJAEM (1º A, 2º A, 2º B, 3º A, 4º A).
A matricula na escola é online, no seguinte endereço: www.seed.se.gov.br, seguindo o calendário de matriculas da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura – SEDUC/SE, mas como o público da escola é de classe média/baixa, a maioria dos pais e/ou responsáveis preferem se descolar até o estabelecimento afirmando não terem acesso à internet, neste período a equipe diretiva monta um plantão para fazer as matriculas.
Em 2017, o Colégio Estadual Armindo Guaraná não atingiu a meta para escolas estaduais do Estado de Sergipe, no entanto, apesar do IDEB baixo, 4,8, a escola teve uma melhora significativa em relação aos anos anteriores. Observe tabela abaixo. 
O indicador de fluxo do Colégio é 0,81, ou seja, a cada 100 alunos, 19 não foram aprovados. Abaixo temos o gráfico da evolução das taxas de aprovação nos anos finais de 2005 até 2017, do 6º ao 9º ano.
Com relação a distorção Idade-Série, em 2017 havia 46% dos alunos em distorção idade-série, em 2008 42%. Houve uma redução da taxa para 37% em 2013, porém em 2015 aumentou para 55%, em 2018 a taxa foi de 46%. Obviamente essa oscilação é devido aos alunos que são matriculados no EJA.
1.1 A ESCOLA: ASPECTOS FÍSICOS, LEGAIS E INSTITUCIONAIS
1.1.1 ESPAÇO FÍSICO
O Colégio conta com instalações próprias para a secretaria, diretoria e coordenação, possui depósito de material, um arquivo, uma sala de professores, onde também funciona o comitê pedagógico, uma cozinha com despensa, seis sanitários, dois deles adaptados para portadores de necessidades especiais, doze salas de aula, dois pátios cobertos, laboratório de informática, no entanto, não possui quadra poliesportiva para a prática da Educação física, sendo a mesma ministrada no espaço próximo ao colégio, uma biblioteca com acervo bibliográfico e um auditório.
Apesar de todas as instalações citadas acima, nem todas são adequadas para uso ou exploradas da melhor forma.
As salas de aula são equipadas com lousa branca, quadro para giz, 3 ventiladores, tomadas, janelas e carteiras. A escola está situada em uma zona que possui muito mosquito, por causa dos esgotos a céu aberto e as árvores da Universidade Federal de Sergipe, então devido a estes fatores seria necessário que as janelas e portas das salas de aula fossem revestidas com uma tela de proteção, ou que a escola disponha de repelente para os alunos utilizarem, entretanto essa segunda opção teria um gasto financeiro muito maior, tornando-se mais viável a segunda opção, pois, a quantidade excessiva deste inseto prejudica a atenção dos alunos durante a aula, tendo que estar parando de escrever para ficar matando mosquitos ou coçando a pele, algo que afeta e dificulta também o trabalho do professor. As carteiras da sala de aula estão em bom estado, foram trocadas recentemente. Algumas salas de aula possuem carteiras para obesos
e mesas para cadeirantes. 
A escola não dispõe de sala específica para atendimento educacional especializado –AEE e de sala de recursos, apesar de ter dois cuidadores contratados, um no período da manhã e o outro no período da tarde, os alunos que necessitam deste atendimento passam uma hora dentro da sala de aula para aprenderem a socializar-se com as outras crianças da mesma faixa etária e em seguida vão para a biblioteca para fazerem algumas atividades educativas junto com o cuidador.
A sala dos professores é um espaço muito bem pensado na escola, ela possui armários, sofás, ventiladores, uma mesa grande para que os professores possam planejar as aulas as suas aulas e também para conversar com os demais professores. Possui uma cafeteira, copos, água mineral gelada, é um ambiente bem aconchegante para os profissionais sentirem-se mais cuidados e descansados para enfrentar a realidade da sala de aula.
Na cantina da Escola Estadual Armindo Guaraná, as merendeiras foram ouvidas e as observações feitas em relação a elas abrangem o cuidado com a importância dos serviços delas. Um dos problemas relatados e observados neste ambiente é o mesmo que se repete em quase todos os outros, o calor. As merendeiras dizem que é muito difícil trabalhar com apenas dois ventiladores que não parecem estar trabalhando à força total e isso foi confirmado pelo pouco tempo que suportei estar ali. Há ainda questões de logística que não se resolvem facilmente, como o espaço para o preparo dos alimentos, já que as pias são pequenas e o fogão também. O freezer funciona bem, segundo elas, com o novo sistema de armazenamento da dispensa da SEED, o depósito de alimentos fica bem organizado e mais fácil de localizar os alimentos. Como dito antes, o serviço prestado neste local é de suma importância numa escola pública, ainda mais quando este atende uma comunidade carente, como é o caso desta.
 A importância da qualidade da merenda também influencia no aprendizado dos alunos, pois muitos deles podem contar com a refeição da escola como sendo a mais nutritiva e completa do dia. Isso infelizmente é uma realidade muito comum no Brasil. 
A sala de direção e coordenação, por sua vez, é bem arejada. Há algumas mesas e armários que guardam papéis pertinentes à administração da escola. Também apresenta um estado razoável de conservação. Sobre este espaço não há muito o que se dizer pois não adentrei muito para não parecer invasiva. Mas ao que parece, os profissionais que ali atuam não têm nenhuma crítica muito significativa ao ambiente que os cerca. 
A biblioteca é uma questão a ser resolvida nesta escola. Ela é muito bem utilizada pelos alunos, os livros são separados por categorias, mas a quantidade suficiente de mesas disponíveis para os alunos estudarem no ambiente não são suficientes. Existem caixas empilhadas com papéis que nunca são utilizados.
Em relação aos banheiros, é feita a manutenção regularmente, todos possuem portas e acessibilidade.
1.1.2 CORPO TÉCNICO, ADMINISTRATIVO E DOCENTE
A unidade escolar é composta por um diretor, Max Luiz Lisboa Matias, três coordenadores, Kiara Roqueline Lima Costa Ferreira, Antônio Francisco dos Santos, Shirley Costa Santos Santana, uma secretária, Vivian Olegário da Silva, quarenta e seis professores, seis vigilantes, dois oficiais administrativos, um agente administrativo, seis executores de serviços básicos e seis merendeiras. A equipe técnica – pedagógica é formada por cinco pessoas. 
1.1.3 CONSELHO DE CLASSE
É um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e fiscal que tem por finalidade efetivar a gestão escolar, promovendo a articulação entre professores, alunos, pais, responsáveis e funcionários com os demais setores da instituição escolar. Possui seu próprio estatuto.
1.1.4 ATOS LEGAIS
As resoluções que reconhecem e autorizam o funcionamento da escola são as seguintes:
· Resolução nº 0043/1992/CEE, Autorização do ensino do Ensino Fundamental. 
· Resolução nº 0049/2015/CEE, Reconhecimento do Ensino Fundamental.
· Resolução nº 0258/2017/CEE, Autorização de Funcionamento dos Ensinos Fundamental e Médio.
· Resolução nº 0320/2015/CEE, Aprova a Organização Curricular do Ensino Fundamental.
2. ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Educar é abrir o caminho para o futuro, é com essa frase que o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Armindo Guaraná se inicia. 
A priori, esse documento faz um breve apanhado, em sua apresentação, sobre a proposta pedagógica do Colégio, bem como as leis e parâmetros que regem o Colégio, apontado a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, Lei nº 9.394/1996- que norteia o currículo do sistema de ensino da rede.
É nessa perspectiva que a escola tem como propósito principal que os estudantes desenvolvam conhecimentos, competências e habilidades ao longo da escolaridade básica, norteadas pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Tendo como missão construir e reconstruir saberes para o aperfeiçoamento da prática pedagógica, transformando a escola em uma instituição educacional de referência na vida da comunidade local, fazendo do aluno um agente transformador, com consciência crítica, capaz de refletir, solucionar problemas, deter de competência emocional e estar ciente das suas potencialidades.
O histórico da instituição vem logo abaixo, na justificativa, onde apresenta um apanhado das reformas e ampliações, bem como uma breve citação do patrono da instituição.
O Projeto Político Pedagógico desta instituição reflete exatamente a realidade em que a escola está situada, utilizando a metodologia ativa, cooperativa e participativa como mecanismos de construção da autonomia moral e intelectual dos alunos no processo educativo, buscando a humanização e a mudança social, transformando a escola em uma “Escola Cidadã”.
A tecnologia eletrônica é vista como um mecanismo que permite inventar uma realidade, então segundo o PPP da instituição, o papel do professor é de prover ambientes e ferramentas que ajudem os alunos a interpretar e analisar o mundo real numa interação dialética, utilizando-se de recursos diversos tais como: aulas expositivas e teóricas; aulas práticas com realização de atividades experimentais; trabalhos individuais e em grupos; debates; uso das tecnologias disponíveis na escola: vídeo, laboratório de Informática, Datashow, pesquisa (individual ou em grupo); teatro, música, danças/coreografias, livros didáticos, jogos didáticos; textos informativos de revistas, jornais, reportagens de TV; produção de textos e relatórios de análises de temas abordados; pesquisas de campo; confecção de painéis; exposição de trabalhos; oficinas temáticas; desenhos, histórias em quadrinhos, leituras e releituras de imagens.
No geral, o PPP deste Colégio traz apenas algumas orientações gerais acerca do currículo da instituição, as leis que regem o colégio, o modo como os professores devem ser vistos e pequenas informações referente aos projetos que a instituição têm com a comunidade.
Durante a leitura dessa literatura em questão, percebe-se uma grande lacuna ao citar os ambientes da escola, não é definido claramente para que serve ou o papel de tal ambiente, mas ele cita diversos educadores e a forma como a educação deve ser vista, aplicada e influenciada para uma melhora no ser social que o aluno está transformando-se.
A metas a serem alcançadas são nítidas no plano de ação do atual diretor, 2020/2021, entre algumas delas está a construção da sala de recursos, visto que atualmente no Estado de Sergipe mais de 2243 jovens e adultos com deficiência estão matriculados no ensino regular da Rede Estadual de Ensino de Sergipe. 
A construção de uma quadra poliesportiva para a prática das aulas de Educação física; criação de espaços de leitura nos corredores do Colégio; criação da horta orgânica por alunos; reestruturação e reativação do laboratório de informática; investimento em tecnologias educacionais inovadoras; utilização da prática do letramento nas atividades escolares;
adequação dos espaços para melhorar o desenvolvimento das atividades sócio educativas; ações que visam o melhoramento da qualidade do ensino e aprendizagem da escola; aumento da participação das famílias da comunidade na escola; elevação do desempenho dos alunos em avaliações promovidas pelo Ministério da Educação; implementação da gestão participativa; melhora da gestão dos serviços e recursos do colégio são os principais eixos e metas desta gestão.
O plano de ação desta atual gestão consta em anexo. 
3. RELATOS DE OBSERVAÇÃO
O Armindo guaraná, como popularmente o colégio é conhecido, é um típico colégio público como tantos outros, apesar de ser bem coordenado, ele enfrenta sérios problemas na manutenção estrutural devido alguns fatores, como por exemplo falta de verba para os investimentos necessários ou liberação de determinada verba destinada para comprar livros, mas que não se pode comprar armários para guardar os livros novos, ou simplesmente descaso público, fazendo com que algumas escolas não tenham o mínimo de materiais necessários para manutenção em alguns momentos necessários; Como exemplo nítido é o cartão de visita do próprio Colégio: Todo o lixo da instituição é jogado no portão da frente da escola, o diretor já solicitou verba para a compra/locação de um recipiente para jogar o lixo, no entanto a SEDUC ainda liberou. Mensalmente é enviado para a SEDUC um ofício solicitando a capinagem do terreno da frente do colégio, mas solicitação ainda não foi atendida, essa falta de capinação faz com que a proliferação dos mosquitos aumente, sem falar do risco da dengue.
O CEAM teve a sua última reforma no ano de 2016, mas o piso da instituição requer alguns cuidados a mais, para criação de rampas de acesso para cadeirantes ou mesmo tapar buracos que têm por todos os lados.
É importante dizer que, infelizmente, a falta de manutenção adequada faz com que uma escola que possui professores excelentes, acabe sendo vista como mais uma escola pública sem qualidade. 
3.1 Observação do campo de estágio para planejamento das atividades práticas
Segundo VIEIRA, 2001: A estrutura funcional e a organização do sistema escolar, incluem aos prédios, instalações físicas, como bibliotecas, laboratórios, sala de aula, quadra, banheiro, etc. Mas quando se trata de funcionamento, a estrutura é parte fundamental, isto é, uma escola em funcionamento tem a presença de funcionários, professores, alunos, diretores, coordenadores, etc. A autora enfatiza que o bom funcionamento da escola depende do compromisso de todos com a aprendizagem, ou não haverá como se estabelecer um sistema funcional suficientemente aceitável.
Se levarmos em conta a realidade do Colégio Estadual Armindo Guaraná e a comunidade que está inserida, é extremamente necessário que se trabalhe num projeto que una a comunidade local com o colégio. 
Ao todo, fui ao campo de estágio 03 vezes para a coleta de dados, observação, reuniões com professores, coordenadores, diretor, merendeiras e secretária.
No dia 23 de outubro de 2019, fui ao colégio para me apresentar à coordenadora pedagógica para saber da possibilidade de estagiar na instituição. No dia seguinte, 24 de outubro, fui ao Colégio para conversar com a professora, saber sobre os alunos, a sua formação acadêmica, os vínculos que a instituição de ensino tem com a comunidade.
Dia 25 de outubro, tive uma breve reunião com o diretor para coletar dados para a emissão do termo de compromisso, pegar cópia do Projeto Político Pedagógico do Colégio e sondar sobre as verbas que a escola recebe, após isto, aproveitei o ensejo para observar os espaços físicos da instituição, conversei com a secretária e as merendeiras sobre as instalações do Colégio
3.2 Observação das aulas para planejamento de estágio
As análises expostas neste relatório são resultados da observação das aulas de Língua Portuguesa, na Educação de Jovens e Adultos, terceira etapa, do Ensino Fundamental II, realizado no Colégio Estadual Armindo Guaraná, no período de 25 de outubro de 2019 a 11 de novembro de 2019.
Durante este período, obtive a oportunidade de observar as aulas de Língua Portuguesa na turma da 3 etapa do EJAEM – na segunda-feira, terça-feira e quarta-feira das 21:15h às 22:00h, na quinta-feira das 20:30h às 22:00h, com 25 alunos, sob a regência da professora Valdenice de Oliveira Protázio.
De acordo com Libâneo (2004, p. 149) O planejamento escolar consiste numa atividade de previsão da ação a ser realizada, implicando definição de necessidade a atender, objetivos a atingir dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e formas de avaliação. O processo e o exercício de planejar referem-se a uma antecipação da prática, de modo a prever e programar as ações e os resultados desejados, constituindo-se numa atividade necessária a tomada de decisões. Por essa razão, o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações. 
Diante disso, o planejamento escolar é de fundamental importância para a prática docente, pois é uma atividade que orienta a tomada de decisões da escola e dos professores em relação ás situações docentes de ensino e aprendizagem, tendo em vista alcançar os melhores resultados. 
O saber docente não é formado apenas da prática, mas, também é construído a partir das teorias da educação, que permite ao docente ou futuro docente compreender e adotar as melhores práticas pedagógicas que facilitem e auxiliem no processo de ensino e aprendizagem dos educandos. Diante disso, a atividade principal do docente é o ensino, que consiste em dirigir, organizar, orientar e estimular a aprendizagem dos alunos.
· 28 de outubro de 2019 (4h/aula)
No meu primeiro dia de observação, a professora iniciou a aula me apresentando à turma, informando para eles o motivo cujo qual eu estava presente e o período em que eu participarei observando as aulas para que em seguida eu possa planejar a minha regência. Em seguida, me apresentei para os alunos, conversamos um pouco a respeito da minha graduação, minhas metas, meus gostos e a metodologia que eu gosto de trabalhar. Após este momento, sentei-me no fundo da sala para observar a turma e as aulas da professora. A partir de então, a professora Valdenice de Oliveira Santos Protázio passou a me supervisionar durante o estágio de observação, com a pretensão de entender os procedimentos realizados por ela nas aulas de língua portuguesa.
Não tive acesso ao planejamento anual ou semestral da professora, mas diante da aula, pude perceber logo de início que a professora prefere utilizar a metodologia tradicional como mecanismo para o ensino de língua portuguesa. 
Essa aula teve a duração de 4h/aulas, pois a professora havia perdido a última semana de aula devido alguns problemas pessoais. Durante a aula percebia-se a presença dos objetivos previamente determinados – Formação das palavras, derivação; ela, a professora, iniciou o conteúdo colocando todas as regras gramaticais no quadro, em seguida fez a exposição oral do conteúdo, lendo para os alunos algumas frases e exemplificando-os para que os alunos entendam a forma que a regra gramatical foi empregada. Ela apresentou uma ótima dinamicidade com a turma, suas explicações eram claras e solicitava a participação dos alunos quando necessário. A avaliação será feita a partir de lista de exercícios que será corrigida na aula posterior.
· 29 de outubro de 2019 (1h/aula) 
A professora utilizou a aula inteira fazendo a correção da lista de exercícios da aula anterior e quando necessário, retomava o conteúdo para que os alunos pudessem fixar melhor.
· 30 de outubro de 2019 (1h/aula) 
Neste dia, a professora continuou o assunto anterior, introduziu algumas regras novas e levou alguns textos para que os alunos observassem a aplicação da regra na prática. Seus objetivos eram claros e houve dois tipos de avaliação, escrito e oral.
· 31 de outubro de 2019 (2h/aula) 
O conteúdo gramatical trabalhado nesta aula foi o mesmo das anteriores, apesar da turma ser pequena e calma, nesta aula houve uma
pequena discussão entre dois alunos, pois na divisão da tarefa de outra disciplina um acabou fazendo mais coisa que o outro. Após este pequeno evento, a aula seguiu o curso normalmente, com o debate sobre os textos apresentados na aula anterior – biografia de Luislinda Valouis- e em seguida a resolução da lista de exercícios que ia de A até Y.
· 04 de novembro de 2019 (1h/aula) 
Nesta data foi iniciado o assunto sobre a concordância verbal, ela, a professora, iniciou a sondagem da turma a respeito deste tema oralmente e somente após toda a explicação do conteúdo, ela colocou todas as regras no quadro. Não houve um momento de avaliação.
· 05 de novembro de 2019 (1h/aula)
 A aula de hoje foi voltada exclusivamente para um projeto para o dia da consciência negra e a professora Valdenice ficou encarregada de ajudar e coordenar os alunos desta turma no projeto. Nesta aula, ela explicou os aspectos organizacionais de um projeto, o que os alunos deveriam fazer e preparar para serem apresentados no dia. Esse projeto valerá de 0 a 3 pontos em todas as disciplinas.
· 06 de novembro de 2019 (1h/aula) 
O conteúdo gramatical mais uma vez tomou conta da aula, sendo retomado a concordância verbal como tema central desta aula. A professora explicou mais algumas regras da concordância verbal e passou alguns exercícios para que os alunos respondessem em casa e na próxima aula serem corrigidos.
· 07 de novembro de 2019 (2h/aula) 
A aula foi bastante produtiva, a professora fez a correção da atividade da aula anterior assim que chegou na sala de aula, terminou de apresentar aos alunos as últimas regras da concordância verbal e esclareceu algumas dúvidas dos alunos. As dúvidas deles eram bastante pertinentes ao momento e para exemplificar, a professora utilizava de palavras do dia a dia dos alunos como exemplos. Para finalizar com chave de ouro, palavras da própria, ela passou uma grande lista de frases para que os alunos pudessem analisar em casa e trazer na próxima aula para correção. Lembrando que cada visto dado no caderno é 0,01 ponto na nota final.
· 11 de novembro de 2019 (1h/aula) 
Foi feito a correção do exercício da aula anterior. Muitos alunos responderam certo as perguntas, outros nem tanto, mas no final da correção todos os alunos estavam preparados para ser iniciado outro conteúdo. A professora explicou para os alunos que quem iria dar sequência nas aulas posteriores seria eu, Daiane.
· 23/12/2019 (2h/aula)
A professora realizou a entrega da 3ª avaliação e me deu algumas pequenas orientações acerca dos alunos da 2ª etapa do EJAEF
4. RELATOS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 
Este estágio foi muito significativo para a minha vida profissional, adquiri conhecimentos práticos necessários para a minha prática em sala de aula, conhecimentos estes que jamais irei esquecer. 
A experiência de criar plano de aula, sequência didática e atividades me possibilitou colocar em prática as coisas que estudei durante a minha graduação. Confesso que ser professora não é tão fácil quanto pensei, principalmente no que diz respeito a paciência, voz, esforço para obter a atenção dos alunos, dar aulas mais reflexivas e interativas, possibilitando que o aluno aprenda de forma eficaz o conteúdo.
O contato com alunos é algo que não consigo expressar de fato como se dá, mas, quando os alunos começam a te respeitar, quando o professor tem um diagnóstico da turma e coloca em prática o plano de aula, quando tem que fazer alterações drásticas a cada aula, pois o aprendizado de um aluno é diferente da dos demais é algo fantástico. A mudança do plano perfeito para o plano real é algo que somente na vivência dará para descrever.
A prática pedagógica não foi tão complexa quanto pensei que seria, justamente porque a Educação de Jovens e Adultos é um desafio que todos os professores deveriam passar, pelo menos uma vez na vida, é um desafio bastante intrigante ter que buscar práticas que incentivem aquele público a continuar com os estudos, sempre demonstrando que estudar é o melhor caminho a ser seguido por eles. 
A turma é ativa em relação aos debates, porém tem pouca energia, são bastante observadores, entretanto ela possui um ponto negativo: muitos alunos faltam as aulas para irem ao bar beber, pois é o momento de tranquilidade que encontram no dia.
4.1 Regência em sala de aula 
A seguir, irei discorrer como se deu a prática pedagógica em cada dia, relatando o conteúdo didático apresentado, o comportamento dos alunos e coisas que pude observar;
· 12/11/2019 (1h/aula)
A aula foi iniciada com o meu relato a respeito das coisas que irei trabalhar nas aulas seguintes, expliquei a minha metodologia e meu método, apresentei-me novamente para a turma e distribuí a cópia da letra da música Cuitelinho, do Sérgio Reis e Renato Teixeira, após isso solicitei que os alunos lessem a letra e marcassem no texto as orações e palavras que causaram estranhamento.
Após alguns minutos comecei a fazer a avaliação oral, os alunos foram lendo a letra em voz alta e informando quais as partes que causaram o estranhamento neles, em seguida, solicitei que eles reescrevessem em seus cadernos a forma que eles julgam como certas. Após isso, fiz a correção nos cadernos dos alunos e começamos a debater sobre a música, fazendo uma análise social do texto. O tempo passou muito rápido, mas nesta aula consegui verificar que os alunos têm um pequeno problema com a conjugação verbal e plural. Com os resultados obtidos, terei que fazer alguns ajustes nos planos de aula.
· 13/11/2019 (1h/aula)
Diante dos resultados obtidos na aula anterior, comecei a aula explicando oralmente para os alunos o que é a concordância e para o que serve, sempre relembrando trechos do texto da aula passada.
Aos poucos fui relembrando para os alunos as classes gramaticais, sempre expondo na lousa alguns exemplos.
· 14/11/2019 (2h/aula)
Nesta aula, expliquei e escrevi na lousa as regras gerais e específicas da concordância nominal. Os alunos pareceram absorver muito fácil o conteúdo didático, mas percebia que havia uma pequena lacuna em relação às classes gramaticais, às vezes os alunos confundiam uma classe com a outra e por isso me aprofundei um pouco mais nesta parte gramatical.
· 18/11/2019 (1h/aula)
A variação linguística foi o foco desta aula, o objetivo principal não foi o foco gramatical, mas sim a importância e a forma com que o texto – Cuitelinho- foi escrito. Expliquei como funciona a variação linguística e demonstrei a partir de alguns comparativos de palavras regionais como se dá a linguagem oral.
· 19/11/2019 (1h/aula) 
Iniciei esta aula entregando uma fotocópia de uma atividade extraída do site do grupo Redigir. Solicitei aos alunos que juntassem em dupla e lessem com cuidado para que em seguida respondessem as questões posteriores.
Alguns alunos não compreenderam muito bem a atividade, então expliquei oralmente o que deveriam fazer, sempre relembrando a concordância nominal.
O tempo da aula acabou, mas na aula seguinte continuaremos com as respostas.
· 20/11/2019 (1h/aula) 
Continuamos a aula anterior, dei dez minutos para que os alunos continuassem e finalizassem a atividade proposta e em seguida começamos a correção oralmente. De acordo com as respostas dos alunos, percebeu-se que eles conseguiram frisar bem o conteúdo apresentado, as respostas continham pequenos erros, mas foi uma melhora bastante significativa em relação aos resultados obtidos na avaliação diagnóstica.
· 21/11/2019 (2h/aula)
Em toda esta etapa da educação, os alunos ainda não haviam tido nenhum contato específico com a literatura, então comecei a sondagem perguntando aos alunos o que é literatura, para tentar entender o que eles já sabem e o que imaginam ser a literatura, em seguida completei a argumentação dos alunos com as minhas observações, para agregar o conhecimento deles ao conteúdo. 
Após isto, comecei a explicar sobre os diversos tipos de contos existentes. Distribui uma cópia, para cada aluno, do conto da Marina Colasanti, A Moça Tecelã, e solicitei que os mesmos lessem em voz baixa. Em seguida foi feita
a leitura coletiva do conto e somente depois os alunos começaram a observar e analisar a tipologia textual deste conto, caracterizando-o e exemplificando-o.
· 25/11/2019 (1h/aula)
Após toda a análise estrutural feita na aula anterior, começamos essa aula levantando hipóteses sobre o tema central do conto, então comecei a direcioná-los para o aspecto da condição feminina no conto, como essa mulher se comporta ao tecer as coisas, o que a imagem daquele homem significa e o qual o motivo dela, a moça tecelã, resolver destacar tudo isso em cores, traços, moldes, características de tudo. Após todas essas hipóteses terem sido levantadas e a análise do conto ter sido iniciada, os alunos começaram um ótimo debate. A aula passou tão rápido que nem percebemos direito o tempo passar.
· 28/11/2019 (4h/aula) 
A coordenação pedagógica juntamente com os professores fez um projeto sobre a consciência negra, cada turma ficou com um professor orientador, e por ironia do destino ou sorte, a professora Valdenice ficou com a 2 etapa do EJAEM, então a minha participação foi ativa neste projeto. 
O projeto foi dividido em cinco (5) etapas: pesquisa bibliográfica, construção de cartazes, construção da peça, dança e ornamentação de uma barraca.
A primeira etapa foi realizada nesta aula, levei os alunos para o laboratório de informática para que eles realizassem a pesquisa. Os principais pontos pesquisados e abordados pelos alunos foi: a vida e a obra. Luislinda Valois de Andrade é o objeto de estudo do nosso projeto.
A dança ficou por conta exclusiva dos alunos, a peça com a supervisão do texto escrito da professora de redação e a encenação com a professora de educação física.
· 04/12/2019 (1h/aula)
Dei-lhes uma folha com exercício de compreensão textual para saber se os alunos conseguiram assimilar o conteúdo apresentado nas aulas anteriores, eles responderam rapidamente as questões e houveram poucas dúvidas e erros a respeito da atividade proposta.
· 05/12/2019 (2h/aula)
Nesta aula continuamos o conteúdo das aulas anteriores, porém desta vez com um foco diferente: a escrita. 
Com base em tudo o que já foi dito e apresentado, solicitei aos alunos que escrevessem um novo final para o conto analisado, seguindo as regras do conto e a temática abordada pelo conto base. Os alunos fizeram está escrita individualmente e no final da aula me entregaram para uma correção ortográfica.
· 09/12/2019 (1h/aula)
Entreguei aos alunos a escrita que havia solicitado na aula anterior, as minhas análises feitas foram poucas, os alunos tiveram uma boa concordância, a coerência textual foi boa e poucos erros ortográficos, mas o que me chamou mais atenção foi a desenvoltura e imaginação dos alunos ao desenvolver o texto.
· 10 e 11/12/2019 (2h/aula)
Foi feito um apanhado geral de toda unidade didática, tanto dos conteúdos que eu passei para os alunos, quanto dos conteúdos que a professora Valdenice aplicou, sempre demonstrando a regra gramatical com exemplos, aplicando atividades e esclarecendo algumas dúvidas que os alunos ainda tinham.
· 12/12/2019 (2h/aula) 
A avaliação é um momento muitíssimo importante no processo de ensino-aprendizagem, é o momento em que o aluno dá o feedback para o professor. Essa foi a última avaliação, não fui autorizada a participar ativamente na construção da avaliação escrita, mas pude acompanhar o momento em que os alunos estavam respondendo ela. Estavam presentes 13 alunos para responder a avaliação escrita, ela vale de 0 à 6 pontos, 3 pontos são do projeto e 1 ponto será a avaliação do estagiário, no caso eu.
· 16/12/2019 (1h/aula)
Mesmo que a avaliação escrita já tenha sido realizada, os alunos têm que continuar a frequentar as aulas, pois quem ainda não tem a pontuação suficiente para ser aprovado, terá que fazer a recuperação final e estes conteúdos servirão para a recuperação. 13 alunos estiveram presentes nesta aula.
A aula foi iniciada com a sondagem sobre o tema da aula, a motivação inicial foi feita a partir da declamação de um poema: Não há vagas, do Ferreira Gullar. em seguida, pergunte ao alunos o que é um poema e eles começaram a expor seus comentários, dizendo que poema é tudo aquilo que se pode rimar, é algo escrito que traz significado para quem lê. 
Como o objetivo desta aula era trabalhar o gênero poema, então comecei a explicar as principais características do gênero, pincelando sobre os versos, a métrica, as estrofes, as rimas e o ritmo, depois, comecei a falar sobre o autor e sobre os principais autores deste gênero textual, sempre dando enfoque na época de cada.
· 17/12/2019 (1h/aula)
Após o enfoque no gênero textual e breve histórico acerca dos principais escritores, nesta aula, terceira etapa, foi abordado o gênero textual oral.
Solicitei aos alunos que declamassem o poema, sempre acompanhando a leitura para que eles não perdessem o ritmo nem a entonação. Em seguida, foi o momento da interpretação, o momento de relação entre os aspectos linguísticos e as inferências ou possibilidades de leituras sugeridas para a construção do sentido do texto.
O conhecimento de mundo e a atualidade foram os pontos cruciais para que os alunos compreendessem o tema do poema.
· 18/12/2019 (1h/aula)
Após a pesquisa realizada pelos alunos e as anotações feitas por eles, selecionei alguns alunos para irem buscar os materiais na direção para que eles começassem efetivamente a construção dos cartazes. Antes deles escreverem e ornamentarem os cartazes, eles teriam que me mostrar as informações por escrito daquilo que iriam colocar nos cartazes. 
Então nesta aula os alunos subdividiram a turma em subgrupos para uma melhor organização, e começaram a mostrar as informações que iriam colocar a priori nos cartazes.
· 19/12/2019 (4h/aula)
Nesta aula extra, foi finalizado o gênero poema com a compreensão textual, foi entregue aos alunos uma folha com 11 perguntas acerca do poema trabalhado nas aulas anteriores e foi dado 20 minutos para que eles respondessem na folha e em seguida foi feito a correção oral.
Após a correção do exercício proposto, foi retomado a construção de cartazes onde os alunos puderam começar efetivamente a escrita nas cartolinas. Alguns ficaram com a escrita das informações, outros com desenhos, outros com a organização das roupas para a dança e outros para suporte dos demais grupos.
Os cartazes ficaram bem arquitetados com informações eficientes e bem claras para que o leitor compreendesse e entendesse em poucos segundos sobre a vida e obra de Valdenice Valois, além disso, estavam bem coloridos, com glitter e uma ótima ilustração visual.
· 20/12/2019 (4h/aula)
Para finalizar a carga horária de literatura, foi selecionado o gênero textual crônica, foi exposto oralmente, e quando necessário por escrito, as principais características do gênero, os principais escritores e os principais tipos; narrativa, jornalística, humorística, descritiva, dissertativa, narrativa descritiva, lírica e poética.
Após isso, foi dividido a turma em cinco grupos e cada grupo ficou com um tipo de crônica diferente observar as suas características, observar o enredo e explicar qual o tipo de crônica é aquela, os alunos fizeram isso primeiro com o grupo e depois explanaram oralmente para o restante da turma.
· 21/12/2019 (5h/aula)
Como último passo para a finalização da regência foi a apresentação dos alunos nesta feira da consciência negra; cheguei cedo para ajudar os alunos na ornamentação da barraca, tudo seguiu o fluxo como esperado, alguns contratempos apareceram, mas foram contornados imediatamente e no horário previsto foi iniciado a exposição. As fotos constam em anexo.
Ao final da exposição agradeci aos alunos pela experiência significativa e importante na minha carreira acadêmica e profissional.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O percurso diário de uma graduanda em licenciatura não é tão fácil quanto a forma que as pessoas dizem ser. Infelizmente a Universidade não predispõe de um suporte prático para a vivencia da experiência da docência em sala de aula e ao se tratar de uma licenciatura como a que curso, letras português/francês,
a prática em sala de aula na língua estrangeira é a menor possível, pois dispomos de apenas uma disciplina curricular que nos coloca de fato dentro da sala de aula como docente. 
Eu obtive uma grande oportunidade em poder ter o profº Dr, Renilson Oliveira Santos como orientador e mentor durante todo o meu percurso nas disciplinas de estágio sup. de francês, com o auxílio dele pudemos extrair e debater coisas importantes sobre referencial metodológico, exposição de sala de aula, formas avaliativas, enfim, tudo o que um professor deve ter em mente antes de pisar na sala de aula.
Infelizmente o tão esperado estágio de regência teve que ser de forma remota, coisa que me assustou muito mas que com a leveza, cumplicidade, harmonia, dedicação e paciência que os meus amigos (Altair e Marileide) e orientadores ( Renilson e Isabel) me passavam, pude concluir este estágio com êxito.
A partir das experiências vivenciadas por intermédio dos estágios nos períodos anteriores, obtive a oportunidade de ver como se processa o ensino para diferentes turmas e séries.
A partir da observação no período passado em uma das turmas 6º ano, eu pude perceber que o ensino de língua francesa na educação básica é diferente do ensino de língua francesa em uma escola de idiomas. E por ironia do destino, acredito que um dia atípico, presenciei um fato na sala de aula que me fez refletir sobre o ato de ser professor e que hoje ao analisar aquele mesmo fato presenciado há um ano atrás, percebo que não posso julgar ou tirar um professor como exemplo somente por duas aulas observadas. 
momento privilegiado de exploração e conhecimento do nosso campo de estágio, uma maneira sutil de encontrarmos nesse espaço tão rico e tão complexo que é a sala de aula, por vezes mais desafiador que o discurso vazio sobre educação pode prever. A observação é um momento importante de análise metodológica e conhecimento do campo de estágio, é onde o futuro docente de Língua Portuguesa encontrará e visualizará como o professor coloca em prática toda a teoria aprendida durante a graduação.
A Escola Estadual Armindo Guaraná é uma escola exemplar no bairro e que foi fundado para servir à nova população que surgia ao redor do bairro, possui uma estrutura física razoável e um bom planejamento de anual de aulas.
Ao finalizar a regência em sala de aula, pude fazer uma maior reflexão acerca do estágio obrigatório no EJAEF, antes eu tinha uma ideia de que o público alvo para este tipo de educação seriam pessoas que por algum motivo desistiram de estudar e que agora se engajaram para continuar, só que na realidade é outro o público alvo: São pessoas que trabalham, ou tem filhos e que necessitam de uma melhor colocação profissional no mercado de trabalho. Além disso, percebi que toda a regência em sala de aula é baseada em leis e em normativas das escolas que a SEDUC implantou, mas às vezes é difícil seguir todas essas normativas e observações que o Currículo de Sergipe orienta, já que a escola não possui toda a estrutura necessária. 
Ser professor é formar o indivíduo para o exercício da cidadania e no caso específico da língua nativa, é tornar o indivíduo efetivamente usuário do seu próprio sistema de linguagem, aplicando os conteúdos didáticos através das práticas de letramento crítico e social.
Concluo este estágio supervisionado muito feliz pois através da junção do PIBID e da prática de todos os estágios supervisionados obrigatório (1,2 e 3) e do estágio não obrigatório na SEED, pude acompanhar o desenvolvimento de diversos alunos em fases distintas da educação, observando os avanços, aplicando as teorias metodológicas na prática, e percebendo que apesar do plano de aula aparentemente ser ‘perfeito’, sempre existirão outras coisas que vão exigir bastante molejo do professor, visto que a teoria é diferente da prática, já que a metodologia tradicional não é mais aplicável em sala de aula. Entretanto, deixo registrado aqui a minha aflição em que um componente curricular tão importante como este seja visto como um peso na formação docente, e que o tempo predestinado à regência passe tão rápido que nós não possamos aproveitar o tempo em sua totalidade.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes curriculares da educação de Jovens e Adultos. Brasília: CNE, 1998
BURIOLLA, Marta A. O Estágio Supervisionado. São Paulo: Cortez, 1999
CEAG, Colégio Estadual Armindo Guaraná. Projeto Político Pedagógico. São Cristóvão, 2019.
Emenda da Constitucional 59/2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm › acesso em 20 de novembro de 2019.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1996
IDEB. Disponível em: https://www.qedu.org.br/escola/101922-ee-armindo-guarana/ideb › acesso em 10 de novembro de 2019.
Lei nº 9.394. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm › acesso em 22 de novembro de 2019.
Lei nº 11.788. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm › acesso em 16 de outubro de 2019.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola Pública A pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 2001
VIEIRA, Sofia Lerche. Estrutura e Funcionamento da educação básica. – Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, UECE, 2001. 144 P.
ANEXOS
ANEXO A - TERMO DE COMPROMISSO
 
ANEXO B – PLANOS DE AULA
	
	
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTODE LETRAS VERNÁCULAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LINGUA PORTUGUESA III
PLANO DE AULA
	
 UFS
	 IDENTIFICAÇÃO
	COLÉGIO ESTADUAL ARMINDO GUARANÁ
	Professora
	Valdenice de Oliveira Santos Protázio
	Carga horária
	 6 aulas
	Estagiaria:
	Daiane Santana Santos
	Série:
	4º ciclo EJA EF
	OBJETIVOS
	
GERAL – Compreender que a concordância nominal é um dos elementos dos padrões da escrita.
ESPECÍFICOS
1. Revisar as classes de palavras que regem os nomes;
2. Descobrir o princípio fundamental da concordância nominal, a partir da leitura de uma música; 
3. Refletir sobre os usos da concordância nominal;
4. Variação linguística;
5. Compreender alguns casos de concordância nominal;
6. Aplicar com adequação as regras da concordância nominal da norma padrão da compreensão oral e da produção de textos;
7. Compreender a diferença entre concordância nominal e concordância verbal;
	CONTEÚDO
	
· Substantivo, adjetivo, artigo, numeral, concordância nominal e concordância verbal.
	 DESENVOLVIMENTO
	· Relembrar aos alunos o que é a concordância;
· Retomada dos conteúdos: substantivo, adjetivo, artigo e numeral.
· Leitura da canção Cuitelindo, de Sergio Reis e Renato Teixeira;
· Indagar os alunos sobre o uso da concordância na canção;
· Aspectos gerais da variação linguística;
· Regras gerais da concordância nominal;
· Exercício de fixação.
	 RECURSOS DIDÁTICOS
	
Quadro, marcador de quadro branco e fotocópia.
	AVALIAÇÃO
	Avaliação será feita a partir da discussão oral em sala de aula e da resolução dos exercícios propostos.
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
CEREJA, William Roberto. VIANNA, Carolina Assis Dias. CODENHOTO, Christiane Damien. Português contemporâneo: diálogo, reflexão e uso, vol 2. 1. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
BECHARA, Evanildo. Gramática Fácil. 1. Ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
O desvio da concordância. Disponível em <  http://www.redigirufmg.org/atividades/reflexao-linguistica-novo Acesso em: 04 de novembro de 2019.
TEIXEIRA, Renato. Cuitelinho Disponível em <  https://www.letras.mus.br/renato-teixeira/298332/ Acesso em: 04 de novembro de 2019.
 
	
	
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTODE LETRAS VERNÁCULAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LINGUA PORTUGUESA III
PLANO DE AULA
	
 UFS
IDENTIFICAÇÃO
	COLÉGIO ESTADUAL ARMINDO GUARANÁ
	Professora
	Valdenice de Oliveira Santos Protázio
	Carga horária
	 6 aulas
	Estagiaria:
	Daiane Santana Santos
	Série:
	4º ciclo EJA EF
	OBJETIVOS
	
GERAL – Refletir sobre a função dos diversos gêneros da literatura, na tentativa de compreender melhorar o mundo.
ESPECÍFICOS
8. Apresentação geral do que é literatura;
9. Compreender o conceito do gênero conto e seus tipos;
10. Instigar a imaginação dos alunos;
11. Desenvolver a leitura;
12. Exercer a escuta;
13. Praticar a escrita;
14. Trabalhar a oralidade;
15. Estabelecer relações intertextuais do conto A moça tecelã, da Marina Colasanti;
16. Refletir sobre a condição feminina.
	CONTEÚDO
	
· Noções básicas de literatura;
· Conto, estrutura, características e tipos (conto de fadas, de encarceramento, maravilhosos, de animais, de ação, de enigma, mistérios, eletrônicos e religiosos);
· Leitura e interpretação textual.
	 DESENVOLVIMENTO
	· Apresentar aos alunos o que é literatura;
· Comparar a literatura contemporânea com o mundo atual;
· Apresentação do gênero conto e seus tipos;
· Leitura do conto “A Moça Tecelã”, da Marina Colasanti;
· Discursão sobre o conto lido;
· Comparação sobre a condição feminina no conto e atualmente;
· Exercício de compreensão textual;
· Reescrita do conto “A Moça Tecelã”.
	 RECURSOS DIDÁTICOS
	
Quadro, marcador de quadro branco e fotocópia.
	AVALIAÇÃO
	Avaliação será feita a partir da discussão oral em sala de aula, resolução dos exercícios propostos e da reescrita do conto, analisando as quatro competências: Compreensão oral, compreensão escrita, expressão oral e expressão escrita.
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
COLASANTI, Marina. A moça tecelã. Um espinho de marfim e outras histórias. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 11-14
“Definindo conceitos – o que é um conto?” Disponível em: < http://www.aridesa.com.br/servicos/click_professor/aline_duarte/conto.pdp&gt;. Acesso em 04 de novembro de 2019.
BECHARA, Evanildo. Gramática Fácil. 1. Ed. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado das Letras, 2004.
	
	
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTODE LETRAS VERNÁCULAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LINGUA PORTUGUESA III
PLANO DE AULA
	
 UFS
	 IDENTIFICAÇÃO
	COLÉGIO ESTADUAL ARMINDO GUARANÁ
	Professora
	Valdenice de Oliveira Santos Protázio
	Carga horária
	 4 aulas
	Estagiaria:
	Daiane Santana Santos
	Série:
	4º ciclo EJA EF
	OBJETIVOS
	
17. Ampliar o repertorio literário;
18. Exercitar a leitura e a compreensão textual;
19. Construir maior conhecimento sobre o gênero literário poema;
20. Identificar as figuras de linguagem presentes na construção de sentido do poema;
	CONTEÚDO
	
· Leitura, escrita e interpretação de poemas;
· Escritores brasileiros que se destacaram na escrita de poemas, com ênfase em Ferreira Gullar.
	
	 DESENVOLVIMENTO
	· Apresentação do gênero textual poema e suas principais características;
· Escritores brasileiros que se destacaram na escrita de poemas;
· Declamação e análise oral e escrita do poema: Não há vagas, Ferreira Gullar.
	 RECURSOS DIDÁTICOS
	
Quadro, marcador de quadro branco e fotocópia.
	AVALIAÇÃO
	A avaliação será aplicada de forma contínua, processual enfatizando a constatação qualitativa, em que a participação dos alunos nos debates terá relevância para que os mesmos possam perceber o seu progresso no decorrer do trabalho
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
GUILLAR, Ferreira Não há vagas. Disponível em: <  http://www.citador.pt/poemas/nao-ha-vagas-ferreira-gullar Acesso em: 05 de novembro de 2019.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado das Letras, 2004.
	
	
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTODE LETRAS VERNÁCULAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LINGUA PORTUGUESA III
PLANO DE AULA
	
 UFS
	 IDENTIFICAÇÃO
	COLÉGIO ESTADUAL ARMINDO GUARANÁ
	Professora
	Valdenice de Oliveira Santos Protázio
	Carga horária
	 3 aulas
	Estagiaria:
	Daiane Santana Santos
	Série:
	4º ciclo EJA EF
	OBJETIVOS
	
GERAL –
21. Conhecer as características do gênero textual crônica: forma composicional, função, linguagem e contexto de circularização;
22. Ler contos e crônicas identificando o narrador, personagens e enredo;
	CONTEÚDO
	
· Gênero textual crônica: narrativa, jornalística, humorística, descritiva, dissertativa, narrativa descritiva, lírica e poética;
· Principais características do gênero crônica;
· Escritores brasileiros que se destacaram como cronistas;
	 DESENVOLVIMENTO
	· Apresentação do gênero textual crônica e suas principais características;
· Exposição oral sobre alguns escritores brasileiros que se destacaram como cronistas;
· Apresentação do gênero conto e seus tipos;
· A turma será dividida em 5 grupos, cada grupo com um tipo de crônica diferente; os grupos irão discutir sobre a crônica que receberam e analisar as suas características oralmente; depois irá expor as suas observações com os demais alunos.
Exposição bibliográfica 
	 RECURSOS DIDÁTICOS
	
Quadro, marcador de quadro branco e fotocópia.
	AVALIAÇÃO
	Os alunos serão avaliados qualitativamente:
· quanto ao trabalho de discussão nos grupos;
· quanto a exposição oral dos grupos.
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	
REFERÊNCIAS BÁSICAS:
AROMA, Land of Reiki and. Chegando a tarde. Disponível em: <  https://meucoracaomar.wordpress.com/2015/06/30/chegando-a-tarde/ Acesso em: 05 de novembro de 2019.
FERNANDES, Millôr. Piorar para melhorar. Disponível em: < https://www.mensagenscomamor.com/mensagem/165400 Acesso em: 05 de novembro de 2019.
LISPECTOR, Clarice. Eu tomo conta do mundo, do livro “Aprendendo a viver”. Rio de Janeiro: editora Rocco, 2004.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas: Mercado das Letras, 2004.
TREVISAN, Dalton. Apelo. Disponível em: <  http://www.releituras.com.br/daltontrevisan_apelo.asp Acesso em: 05 de novembro de 2019.
VERÍSSIMO, Luíz Fernando. Conto de fadas para mulheres modernas. Disponível em: <  https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/12/texto-conto-de-fadas-para-mulheres.html Acesso em: 05 de novembro de 2019.
ANEXO C - ATIVIDADE DIÁRIA DO ESTAGIÁRIO – FREQUÊNCIA
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ANEXO D - AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO ESTAGIÁRIO
ANEXO E – MATERIAL UTILIZADO NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
· LIVRO DIDÁTICO: LEITURA E ANÁLISE
· NOVÍSSIMA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA; 
· CARTOLINA
· PINCEL DE QUADRO BRANCO
· PINCEL PERMANENTE
· GIZ DE CERA
· COLA EM BASTÃO
· 
ANEXO F – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS AULAS/PROJETOS
CUITELINDO
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia,ai,ai
Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentália
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaias
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia,ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d´água
Que até a vista se atrapáia, ai...
Renato Teixeira
O desvio da concordância
As gramáticas normativas dizem que o verbo deve concordar com seu sujeito em número e pessoa. No entanto, o que comumente vemos por aí são frases como:
· Na ocasião também foi comemorado os 28 anos da agência de publicidade.
· Foram recolhidos o que sobrou da confusão.
· Vende-se lindos cachorros poodle.
· Abriu-se várias vagas para enfermeiro auxiliar.
	
	
	
	
Agora, com base no que diz a gramática e ao ver as diversas formas como os brasileiros realmente usam sua língua, responda as seguintes questões:
1) Os usos feitos nos exemplos acima refletem as normas apresentadas pela gramática? Por quê?
2) O que você acha desse tipo de concordância que geralmente o brasileiro faz quando o sujeito é posposto?
3) Esse tipo de concordância acontece aleatoriamente ou há uma lógica que justifique esse uso? Explique.
4) As pessoas normalmente falam: “Vende-se casas”, mas não costumam falar “Casas é vendida”. Por quê isso ocorre?
5) O brasileiro, em seu dia-a-dia, utiliza a língua conforme prescreve a gramática tradicional?
6) O que explica este fato?
7) Discuta com seus colegas e busque outros exemplos de usos da língua que não atendem ao que prescreve a gramática e que, por isso, costumam ser estigmatizados. Tentem verificar se é uma tendência e descubram qual a lógica que está por trás desses usos que o falante faz da língua.
8) Escolha o termo adequado para efetuar a concordância nominal.
a) Tenho [bastante / bastantes] razões para abandoná-lo.
b) Estavam bastante preocupados.[bastante/bastantes]
c) Estas casas custam [caras / caro].
d) Seguem [anexa /anexas] as faturas.
e) Água é [boa / bom] para emagrecer.
f) Ela está  [meio / meia] confusa.
g) Quando cheguei era meio-dia e [meia / meio].
9) Assinale a opção em que a concordância nominal está incorreta:
a) As matas foram bastante danificadas pelo fogo.
b) Ele trazia muito bem tratados a barba e os cabelos.
c) O carro tinha um dos faróis queimados.
d) Há muitos anos que coleciono selos e moedas raros.
e) Nesta circunstância, Vossa Excelência está enganado, Doutor Juiz!
A MOÇA TECELÃ
 Marina Colasanti
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.
Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.
— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.
— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.
EXERCÍCIO DE COMPREENSÃO TEXTUAL
Entendemos que o texto narrativo se caracteriza pelo relato de um determinado acontecimento. Assim, para que a história (o enredo) seja dotada de sentido, ela conta com a participação de alguns elementos imprescindíveis à sua desenvoltura, ou seja, ao narrar uma história, o autor apresenta diferentes informações e detalhes que se fazem necessários para a construção do enredo como um todo.
1. Tomando por base as informações acima, após a leitura do conto de Marina Colasanti, preencha o quadro a seguir, identificando os elementos da narrativa que aparecem na história apresentada:
	Foco narrativo (narrador)
	
	Espaço
	
	Tempo
	
	Personagens
	
	Conflito
	
2. Nos primeiros parágrafos, a autora constrói uma relação curiosa entre as cores que a tecelã usa e aspectos do dia e do clima. Cite no mínimo três e explique o porquê destas relações:
3. De que forma a moça tecelã passava seus dias?
4. O texto emprega uma linguagem conotativa, ou seja, os termos são empregados de forma figurada, não no seu sentido real. Para compreender a mensagem que o texto pretende passar é preciso lê-lo com muita atenção. Explique, com suas palavras o que você entende a partir do trecho “ Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. ”
5. Por que a mulher “desteceu” o marido e a vida que criara com ele? O que, na sua opinião, a fez tomar esta decisão? O que lhe faltava?
6. O que se pode compreender com a frase “e novamente se viu na
sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela”?
7. Se você pudesse “tecer” sua vida, como ela seria?
Não há Vagas
 
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
O preço do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
 
 Ferreira Gullar, in 'Antologia Poética'
COMPRRENSÃO DO POEMA
01 – O poema tem como título “Não há vagas” em que contexto essa expressão é utilizada?
02 - Como o poeta se refere aos operários da fábrica?
      
03 – Você concorda com as ideias do poeta? Explique sua resposta.
04 – Em sua opinião, o que o autor quis dizer com a expressão “Não há vagas”?
05 – Você conhece pessoas que exercem atividades citadas no poema?
      
06 - Explique a última estrofe do poema:
08 – O poema de Ferreira Gullar tem um tom de polêmica. A quem se dirige a voz que fala no poema? Justifique sua resposta com elementos do texto.
09 – Que tipo de linguagem o autor imita com o tom eloquente do poema?
      
10 – Como você classificaria o poema de Gullar?
      
11 – Segundo Gullar, o que não cabe no poema?
ANEXO G – PLANO DE GESTÃO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
 
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA III 
 
 
 
 
 
 
 
DAIANE SANTANA SANTOS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
 
DE 
LÍNGUA PORTUGUESA
 
III
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO
-
SE
 
 
2020
 
0 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS 
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA III 
 
 
 
 
 
 
DAIANE SANTANA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE 
LÍNGUA PORTUGUESA III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO-SE 
 2020

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