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Aprendendo a Gostar da Bíblia NATAL, PÁSCOA E OUTROS TEMAS HAMILTON CARNIO JR Copyright © 2018 Hamilton Carnio Jr São Paulo 2018 Aprendendo a Gostar da Bíblia – Natal, Páscoa e Outros Temas de Hamilton Carnio Jr Editor Eldes Saullo Revisão Zelinda Consuelo O. Carnio Projeto Gráfico e Editorial Casa do Escritor DIREITOS AUTORAIS. Este livro está protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos sobre o livro são reservados. Você não tem permissão para vender este livro nem para copiar/reproduzir seu conteúdo em sites, blogs, jornais ou quaisquer outros veículos de distribuição e mídia. Qualquer tipo de violação dos direitos autorais estará sujeita a ações legais. Sumário Apresentação O Natal O Natal chegou! Chegou? O Natal no Ano Zero É Natal! Uma noite incomum A Páscoa A Páscoa – instituição e uso Semana Santa x Ovo de Páscoa Páscoa – ontem e hoje Temas Diversos Há vagas Lições de Matemática... De Deus A soberania é de Deus Curiosidades Bíblicas - I Curiosidades Bíblicas - II Mãe é mãe Presente para o Dia dos Pais Trilogia da Vida Trilogia da Vida Trilogia da Vida Estudo Bíblico O Rei dos Reis BBBíblico Manifesto: Projeto para o Brasil Um homem chamado Noé O dia de amanhã O final da história O Autor Depoimentos de Leitores Um conteúdo riquíssimo e interessante como este só poderia ser produzido por alguém que aprendeu a gostar da Bíblia, de verdade. Hamilton Carnio Júnior se tornou um biblicista por tanto amor que tem a Deus e à Sua Palavra. APRENDENDO A GOSTAR DA BÍBLIA não é fruto de leituras mecânicas da Bíblia. É resultado de um olhar panorâmico, cronológico, sinóptico, reflexivo, apaixonante, detalhado, comparativo, profundo, antropológico, histórico, divertido e envolvente das páginas milenares das sagradas Escrituras. Ao ler esta obra de Carnio Jr, senti a sensação de estar interagindo com os principais personagens bíblicos e com o próprio Deus encarnado em Jesus Cristo. Tive a sensação de estar incluído nos cenários e de estar participando das situações e eventos descritos. E os artigos? Todos foram escritos por um coração que aprendeu a amar tanto a Palavra de Deus, que é capaz de trazê-la para os nossos dias contextualizando-a de maneira natural e inteligente, sem fazer o menor esforço. Valorosos artigos! Recomendo a leitura de APRENDENDO A GOSTAR DA BÍBLIA como um livro de cabeceira, junto com a Bíblia Sagrada, para leitura diária em capítulos, antes de dormir. Duvido que seus leitores não aprendam a amar o Livro dos livros com os olhos do coração e com os olhos da alma! Olney Basílio Silveira Lopes Escritor e pastor batista Associação Apascentar A conclusão de gostar ou não gostar depende de um prévio experimentar. Muitas crianças antes de saborearem uma fruta vão logo dizendo: não gosto! Então a mãe insiste: “mas, experimenta; você ainda não experimentou! Experimenta que você vai gostar...” Assim é também com a Bíblia. Muitos vão logo dizendo: eu não gosto da Bíblia... E dizem coisas que nada têm a ver com o seu conteúdo e importância para os dias atuais. Nesta obra, o autor, por experiência própria, relata como desde a infância tomou gosto pela Bíblia. Apresenta uma foto de sua primeira Bíblia, exemplar que ganhou dos seus pais quando começou a ler. Mostra como aprendeu a amar a Bíblia, tendo sublinhado versículos em suas páginas. O autor foi muito feliz em tornar os grandes personagens bíblicos reais e atuais. Assim é com Adão, que se apresenta, dizendo: meu nome é... alguém que não teve pai nem mãe, irmãos, nem sogra etc. E assim faz com Abraão e com outros personagens. Cada um fala de si mesmo e apresenta a sua ficha e o que fez. Apresenta o Dilúvio como fato sobrenatural, e como Deus salvou a raça humana e todas as espécies através do grande navio que a Bíblia chama de “arca”. Descreve o livramento do povo de Deus do Egito, e vai até culminar com a vinda da figura central da Bíblia que é Jesus Cristo. A leitura desta obra há de ser de altíssimo proveito para todos! Será também um motivo para gostar ainda mais deste tesouro que Deus fez questão de deixar para todos como registro escrito de sua revelação. João Reinaldo Purin Escritor e pastor batista Mano, finalmente consegui ler o seu livro. Ele tem realmente a sua cara. Eu ouvi a sua voz o tempo todo, lendo para mim. Sua maneira de expor o assunto, tudo. Pra mim foi como uma noitada de Fileo*. Mano, em tempos modernos, com imagens do passado apenas descritas pelos criadores de imagens e filmes, as pessoas realmente não fazem ideia do que é ter um “Deus conosco”. Seu trabalho de descrever os eventos bíblicos como fatos tangíveis ao homem moderno, abre os olhos do indivíduo para a realidade dos acontecimentos dentro da nossa época. A sua paráfrase expandida será de grande valor na evangelização do nosso povo. A curiosidade é aguçada e o interesse se tornará real, não só para o conhecimento, mas também para a compreensão da narrativa bíblica. Seus “insights” são muito bons e estimulantes. Eles pedem continuação da conversa, dentro do assunto. Mano, que Deus continue a usá-lo com essa capacidade e disciplina de concluir seus projetos! O seu coração em Cristo tem resultado em uma influência sobre todos para conhecer e amar cada vez mais a Deus. Muito feliz e orgulhoso de você, mano! Parabéns pelo excelente livro! Não pare de escrever! Há muito mais ainda! Com amor e saudades, seu irmão menor, Rubim Tapajós Califórnia, EUA *Nota do autor: Fileo - grupo que se reunia semanalmente lá em casa, para estudo bíblico e comunhão, sem hora para acabar (só para começar). Agradecimentos A Deus, que permite, em pleno Século XXI da Era Cristã, que Sua Palavra (com Seus princípios, vontade e plano de salvação) chegue ao conhecimento do ser humano para convertê-lo em Seu filho. À Zelinda Consuelo de O. Carnio, esposa fiel e amiga, a quem amo de todo o coração, que também me apoiou nesta obra literária, além de revisar todos os textos. A Ricardo Agreste, pastor presbiteriano, que tem sido instrumento de Deus para me desafiar na carreira cristã a crescer mais, alcançando outras pessoas. Apresentação Olá, amigos! Este livro contém a compilação de vários textos com comentários baseados na Bíblia, levando em conta pessoas, fatos e acontecimentos lá citados e narrados. Já observei que há diferenças entre o que se acredita, o que é ensinado, e o que nela está escrito. Por outro lado, várias tentativas foram feitas para tornar sua leitura mais palatável, de modo que os textos pudessem ser melhor entendidos pelo leitor, daí surgindo várias versões. Em qualquer que seja a versão, aqui você pode encontrar mensagens, princípios de vida, mas principalmente o plano de Deus para resgatar o ser humano desconectado dele a partir do Éden, através da morte e ressurreição de Seu Filho, encarnado, Jesus Cristo. A Bíblia Sagrada tem sido o livro mais vendido em toda a história, apesar de nunca aparecer na lista dos “best-sellers”. Mas também tem sido um livro pouco lido, talvez por conta de alguma dificuldade com sua linguagem erudita, apesar de seus escritores nem sempre terem sido formados nas universidades das respectivas épocas, mas sim por conta dos tradutores iniciais. A partir de Moisés, o escritor dos cinco primeiros livros bíblicos (conjunto chamado Pentateuco), até João, o evangelista, autor do último livro (Apocalipse ou Revelação), transcorreram de 15 a 20 séculos, e a estrutura dos 66 livros que a compõem (daí o nome Bíblia ou biblioteca) tem sido preservada até hoje, e nos mostra poesia, história, princípios de saúde, trabalho, relações humanas, área financeira etc. Mas, principalmente, apresenta o amor de Deus pela humanidade, e a forma como Ele buscou revelar Sua vontade através dos séculos. Neste livro procuro mostrar, através de uma linguagem contemporânea, que é possível gostar da leitura bíblica em qualquer versão, e que é muito importante prestar atenção aos fatos narrados, “linkando” os textos, fazendo comparações e deduções, e tornando-nos mais curiosospela sequência e desfecho, sem deixar-nos “passar batidos” por um detalhe, achando ser dispensável ou sem importância. Assim, procurei ser um leitor comum, utilizando apenas a Bíblia em minha leitura e pesquisa, comparando narrativas e criando um certo cenário, além de procurar contextualizar as narrativas, mesmo porque a cultura das épocas em que os antigos manuscritos foram redigidos (desde alguns séculos a.C até o século I d.C), é completamente diferente da nossa, sem alterar a verdade bíblica original, mas mostrando que Deus sempre esteve no controle do universo e de toda a população, desde o princípio. Se você é um leitor assíduo da Bíblia, vai encontrar aqui alguns detalhes destacados e que ajudam a entender o texto original. Se não, poderá ser estimulado a fazê-lo para encontrar aqueles princípios, mensagens e plano de salvação citados. Viaje no túnel do tempo comigo e conclua que a Bíblia é um livro que deve ser lido integral e constantemente. Descubra seus mistérios, redirecione sua vida profissional, relacional e afetiva, e encontre Deus e Seu plano de resgate da humanidade anunciado no Éden e concluído na morte (em meu e em seu lugar) e na ressurreição de Seu Filho, Jesus Cristo, realinhando sua vida espiritual através da aceitação do Seu sacrifício na cruz do Calvário, única forma de salvação e viabilização da vida eterna com Deus Pai, Deus Filho e Espírito Santo. Boa leitura! Hamilton Carnio Jr. O Natal O nascimento atípico do Salvador e o estabelecimento do plano de salvação da humanidade O Natal chegou! Chegou? Para começo de conversa, a data só pode estar errada! Na região onde Jesus nasceu, faz um frio tremendo em Dezembro! E a Bíblia relata que no mesmo dia desse nascimento, uns pastores guardavam seus rebanhos durante a noite (Evangelho de Lucas cap. 2 v. 4), e não se põe rebanho no pasto numa noite de inverno. Quando muito, poderia ter lua cheia para compensar a falta de faroletes, tochas (e a função de “Segurança do Trabalho” ainda não tinha sido criada) ou outro artefato de iluminação. E Ele (Jesus) nasceu à noite, quando os recursos de apoio médico, farmacêutico etc. são mais escassos também. José assumiu a função de parteiro (não há confirmação bíblica nem desmentido), e foi o primeiro a tocar no bebê. O que será que ele pensou nessa hora? Já tinha admitido a gravidez sobrenatural de sua prometida (Evangelho de Mateus cap. 1 v. 22 a 25), a desconfiança e a gozação dos amigos e colegas profissionais da carpintaria. Só tinha mesmo Maria, sua noiva, desposada ou o que mais possa ser descrito para essa situação de não casada (sem falar nos cartórios, inexistentes então), que por sua manifestação séria e com os fatos que foram vividos pelo casal ao longo dos nove meses (alguém duvida que foram nove?), davam-lhe a confiança de estar no caminho certo. E ainda por cima, veio aquela convocação do Império Romano para o recenseamento, de última hora (Evangelho de Lucas cap.2 v. 1 a 3). A viagem de Nazaré (onde moravam) a Belém (terra de Davi, o rei do passado e o ancestral familiar mais importante) não foi nada fácil. Maria, com seu barrigão, deve ter ido montada em algum animal, o que não significava conforto, propriamente; apenas não foi andando como a maioria dos viajantes da época fazia. E por se tratar de recenseamento, o movimento nas estradas devia ser muito grande, além da poeira levantada. Sem telefone nem “e-mail” etc. (essas modernidades!), o serviço de reserva dos hotéis não existia. Assim, José e Maria chegaram a Belém e não acharam onde se hospedar – hotéis, albergues, pensões, casas de repouso etc., todos lotados. Amigos e parentes não havia. Mas, uma “alma bondosa” vendo a situação do casal desesperançado, com Maria já mostrando as primeiras dores de parto, abriu mão do seu quintal, onde ficavam os animais ou onde eles buscavam alimento e água durante a noite. José humildemente aceitou. E ali pelas tantas horas da noite, improvisou o cenário, procurando limpar um pouco aqui e ali, arranjando uns panos na bagagem. O primeiro choro do nenê foi acompanhado de um coro no céu (Evangelho de Lucas cap. 2 v.13 e14). Agora, ele (José) segurava o nenê em seus braços enquanto Maria fazia seu asseio corporal pós-parto, e via que o bebê não era sobrenatural; não era mais que um garoto perfeito, lindo de feições, com dobrinhas nas pernas, e bochechas rosadas. “Será que me enganei quanto ao anjo que me relatou ser essa criança o filho de Deus gerado em minha mulher”? (deve ter pensado José). O coro garantia que Ele era o próprio filho de Deus, nascido entre os homens para cumprimento de Sua promessa desde o Edem e ao longo da história através de vários profetas. E José assumiu a paternidade perante a sociedade. No campo, alguns pastores ouviram o coro e vieram a Belém para ver o que estava acontecendo (Evangelho de Lucas cap. 2 v. 15 e 16). Havia luzes nunca vistas, como fogos de artifício em noite de virada de ano na praia de Copacabana (Evangelho de Lucas cap. 2 v. 9). Não foi difícil encontrar o lugar onde estavam Maria e José com o bebê, apesar de que na cidade de Belém, um fato estranho como esse não havia sido notado. O bebê dormia na manjedoura, sobre os panos que o isolavam da palha e da madeira. Maria e José estavam ali, e provavelmente alguns animais também. Vamos um pouco mais adiante na narrativa dos Evangelhos. Quando os pastores vieram a Belém, encontraram o nenê envolto em panos e deitado na manjedoura. Quando os magos chegaram a Belém, encontraram Maria e o menino na casa (Evangelho de Mateus cap. 2 v. 11). Uma grande diferença não acham? A estrela que apareceu no instante do nascimento de Jesus foi vista pelos magos no Oriente, onde moravam e clinicavam. Muito, muito distante de Belém. Vejam bem: eles não estavam preparados para esse evento – foi surpresa total constatar o surgimento de uma nova estrela no firmamento, além do que, devia ser uma das mais expressivas dentre todas as existentes, e por isso eles subentenderam ser devido ao nascimento de um rei. Pesquisaram nas “bibliotecas das universidades” locais e constataram em algumas cópias de manuscritos judaicos (provavelmente no livro do profeta Isaías), que isso havia sido predito, e até... o lugar do nascimento. Prepararam suas malas, mochilas, animais, suprimentos alimentícios, colchonetes, redes etc. para a longa viagem até Israel. Na minha conta, isso durou meses. Tanto é que, ao chegarem a Belém, encontraram o menino, e não mais o bebê – confira no Evangelho de Mateus cap. 2 vers. 9 a 12. José estava ausente na ocasião (alguém tinha que sustentar a casa, não é?), e Maria os recebeu em casa. Jesus talvez engatinhasse, ou andasse, ou balbuciasse as primeiras palavras. Os magos não conheceram o “presépio”! Herodes, para confirmar essa ideia de que o menino já era “grandinho”, mandou matar os garotos abaixo de dois anos naquela região (o que não atingiu Jesus, porque José já havia tirado sua família de lá) – Evangelho de Mateus cap. 2 v. 13 a 16. CONCLUSÕES: 1. Não se encante com lendas, crendices e informações que circulam por aí sobre fatos bíblicos sem comprovar pela leitura da Bíblia, com muita atenção; 2. Quando ler, procure entender o objetivo de cada descrição, refletindo sobre os motivos que levaram Deus a mandar Seu único filho em forma humana para nascer, viver e morrer entre a humanidade, mas, principalmente, ressuscitar ao terceiro dia; 3. Se você aceitar a Jesus como seu único Salvador pessoal, acontecerá um novo nascimento em sua vida, sobrenatural; esse nascimento lhe dará uma credencial intransferível para a Vida Eterna, e estará registrada no “Cartório Celestial”, com um novo nome também, porque você passou a ser cidadão dos céus (vida sem fim, nova língua, sem lágrimas, sem trabalho, só louvor a Deus); tudo começará no instante do novo nascimento, mas com plenitude de uso após a morte terrena. O Natal no Ano Zero Depois que os estudiosos descobriram que existe uma diferença de uns poucos anos (cinco ou seis) na contagem retroativa até o Ano Zero, acho mesmo quese perdeu o significado para definir quando isso realmente aconteceu. O importante, mesmo, é que o “marco” zero da história foi definido com o nascimento de Jesus Cristo, não aceito por algumas religiões orientais (quase todas se originaram no Oriente médio ou extremo), inclusive o Cristianismo. Mas, qual é a data máxima da Cristandade? O nascimento ou a ressurreição de Cristo? Alguns fatos apresentados pela Bíblia, segundo os evangelistas Mateus e Lucas, merecem ser destacados neste comentário “natalino”: - Jesus nasceu à noite – no momento do seu nascimento esse fato foi anunciado por um anjo aos pastores de rebanhos no campo, e a Bíblia informa o horário como sendo as “vigílias da noite”, ou seja, de madrugada (Lucas cap.2). - José, o marido de Maria, deve ter sido o parteiro, por falta de apoio médico, da família e da comunidade belenense – o casal havia chegado a Belém sem conhecer o povo da cidade, apesar de ser originário de lá (por razões de linhagem familiar), e foi acolhido por uma “alma bondosa” que o alojou no quintal onde os animais se recolhiam à noite (Lucas cap. 2); não havia lugar para o casal na “rede” de hospedarias em Belém. - O berço de Jesus foi o cocho onde os animais encontravam sua “ração”, conhecido como manjedoura – o improviso foi total, porque não havia água corrente nas casas, quanto mais no quintal; assim, Jesus foi limpo com alguns panos, e outros mais serviram como sua primeira vestimenta (Lucas cap. 2). - Jesus não nasceu no final do ano – como os pastores estavam guardando seus rebanhos à noite, isso ficava totalmente improvável devido às baixas temperaturas locais em Dezembro. - A viagem de Nazaré a Belém, localidades correspondentes à residência familiar de José e Maria, e destino, por razões de recadastramento, ordenado por César Augusto, a autoridade romana em exercício – Maria com seu barrigão de nove meses pode ter tido até o processo de gravidez acelerado em uns dias, tentando equilibrar-se na montaria, com grande desconforto, por mais de 150 km. Nossos médicos podem atestar se isso seria possível – uma vez que hoje em dia até viajar de avião é proibido após o 7º mês de gravidez. - Jesus nasceu de uma virgem – hoje em dia isso é perfeitamente possível pela tecnologia, onde a inseminação pode ser exercida a qualquer tempo e idade – esse fato foi fartamente anunciado pelos profetas do Velho Testamento e até por citações no livro de Salmos, o que representava algo sobrenatural; mas todos os fatos eram de conhecimento e aceitação da maioria do povo judeu, por serem ensinamentos bíblicos (pelos livros escritos e conhecidos na época, e não como hoje com o total de 66 livros na Bíblia), mas principalmente aceitos pelo casal José/Maria – daí a citação de que José não teve relações sexuais com Maria até que ela deu à luz seu filho, Jesus (Mateus cap. 1). - Jesus não foi o único filho de José (pai adotivo) e Maria – Lucas cap.2 revela que Maria deu à luz seu primogênito – primogênito é o primeiro filho e unigênito é o único (ver citações de irmãos e irmãs, inclusive com nomes, em Lucas cap. 8, João cap. 7 e outros). - Boas novas de grande alegria – os pastores, ao receberem a mensagem do anjo, ficaram inicialmente aterrorizados (qualquer pessoa diferente do normal que surja à nossa frente repentinamente, pode meter-nos medo!). Mas, depois, entusiasmaram-se com a notícia e a necessidade de sua confirmação - o nascimento do rei e libertador do povo – e deixaram os rebanhos, correndo para Belém, com uma pista de onde encontrá-lo. Acharam tudo e todos como anunciado. Adoraram o bebê na sua simplicidade campestre. Confira no Evangelho de Lucas cap. 2. Saindo do “presépio”, voltaram às suas bases anunciando a todos que encontraram pelo caminho essa boa nova predita há centenas de anos, e que agora começava a se formalizar e se humanizar. - O engano – entre as coisas e fatos que se sucederam após o nascimento de Jesus relatadas pelos evangelistas, estão a circuncisão do bebê ao 8º dia de vida (quando recebeu o nome Jesus), a apresentação no templo em Jerusalém confirmada com o sacrifício de dois pombinhos (ou rolinhas) conforme previsto na Lei Mosaica por ser um filho homem, as profecias de Simeão e de Ana, no templo, e a volta a Nazaré, na Galileia (Evangelho de Lucas cap. 2). Mas a vinda dos magos do Oriente (relatada no Evangelho de Mateus cap. 2), que também comentei em outro artigo, trouxe sinais de predição: ouro, presente para rei – e que teve o caráter de subsistência para a família, por conta da fuga empreendida em seguida por José e Cia. para o Egito, devido à ordem do rei Herodes para serem sacrificados os meninos (homens) com idade inferior a dois anos; o incenso, como o elemento espiritual, assim como a oração que sobe ao céu feito fumaça; e a mirra, elemento utilizado na cerimônia de embalsamamento dos corpos desde o Egito antigo, antevendo, desde então, a morte de Cristo na cruz do Calvário. Não preciso ser matemático nem professor de línguas para comparar os textos que se referem a Jesus como bebê (no nascimento) e menino (na visita dos magos), para entender que ele podia ter até dois anos, como entendeu Herodes na conversinha que teve com os magos no seu palácio em Jerusalém. Para frustração de muitos, os magos não estiveram no presépio. - O inexplicável em tudo isso – é o amor de Deus, pai – ou mesmo inacreditável – porque Ele deu Seu Filho Unigênito por amar tanto a humanidade (passada, presente e futura), de modo que todo aquele que nEle crer, tem a vida eterna. Confirme no Evangelho de João cap. 3 versículo 16. Sem qualquer sacrifício, contribuição, doação, voto, pena ou qualquer outra coisa sua que não seja a fé e a aceitação do Senhor Jesus, aquele bebê que se tornou o Salvador de toda a humanidade que creu, crê e ainda crerá. É Natal! Começo a ler minha Bíblia logo na primeira página. É o livro do Gênesis. E gênese quer dizer início, princípio. Portanto, onde, quando e como tudo começou. No princípio, Deus, portanto pré-existente, criou todo o universo em cinco dias. E olhe que nós nem o conhecemos todo, ainda. Vira e mexe, algum novo planeta é descoberto. E nada existia antes; foi como num estalar dos Seus dedos “mágicos” e as coisas foram surgindo: além dos animais e vegetais, mares e rios etc. etc., só para mencionar este nosso planeta. Faltava alguém para cuidar de uma pequena parte da Terra - um extenso jardim. Então, no sexto dia, Ele juntou um pouco de pó da terra (deve ter molhado um pouquinho para dar liga, não é?) e criou um novo ser que chamou de homem, à Sua imagem e semelhança. Um pouco mais adiante Ele criou a mulher, tomando uma parte do homem. Foram os únicos seres criados por suas próprias mãos; tudo o mais foi por Sua ordem explícita, falada. Tudo ia muito bem até que apareceu um ser habitual no jardim em que moravam e cuidavam, falante e maneiroso (a essa altura o homem se chamava Adão e ela, Eva). A Bíblia chama-a de serpente. Pois não é que a tal serpente convenceu a mulher de que a ordem de Deus para que o casal não comesse do fruto de certa árvore nada tinha a ver com eles (aliás, eram duas as árvores que não podiam ser tocadas: a do bem e do mal – Gênesis cap. 2 vers. 16 e 17 - e a da vida – cap. 3 vers. 22 !). Ela comeu primeiro e levou também o fruto para Adão que também o comeu. Pronto! Estava selado o rompimento das relações entre o Criador e a criatura, pela desobediência da ordem divina que eles receberam anteriormente. Deus repreendeu o casal (Gênesis cap. 3 vers. 10 a 13) e também falou com a serpente (vers. 14 e 15) quando anunciou a vitória sobre ela (que personificava o Diabo) por “alguém” que esmagaria sua cabeça, e retirou o casal do Jardim do Éden ou Paraíso, como querem alguns, quando passaram a “trabalhar para comer”, em lugar de só desfrutar do que já estava plantado. Anos mais tarde, ou melhor, séculos, encontramos novas e muitas referências a esse “alguém” no Antigo Testamento bíblico: livros de Salmos, Isaias, Jeremias, Daniel, Oséias, Miquéias, Malaquias, Zacarias (pelo menos), com informaçõessobre Seu nascimento (inclusive o local), Sua vida e Sua morte (inclusive o tipo de sacrifício), e também a Sua ressurreição. As referências a “essa pessoa” que o profeta Isaias faz são tão reais que nos surpreendem depois que lemos sobre a vida de Cristo nos Evangelhos. Tudo foi integralmente cumprido em Sua vida do nascimento à morte e ressurreição. Quando os magos, aqueles astrólogos (ou sábios) orientais que os Evangelhos relatam (os textos bíblicos não informam tratar-se de reis) identificaram o aparecimento de uma nova estrela no céu, a mais brilhante de todas, trataram de conferir os textos proféticos que conheciam, e logo entenderam tratar-se do nascimento de um rei. Aprontaram suas bagagens e a condução (camelos?), uns presentes, mantimentos, e resolveram seguir o facho de luz que ela emitia, mesmo sem saber para onde iam. E não é que ela parecia se deslocar à medida que eles procuravam viajar na sua direção? O tempo de viagem não foi curto (Meses? Talvez mais de um ano?) e quando chegaram a Jerusalém, logo se dirigiram ao palácio real, porque a estrela dera uma “estacionada” por lá. Ora, rei nasce em palácio, era a lógica para eles (e para nós também)! Ninguém havia nascido recentemente lá no palácio de Herodes, o rei imposto pelo governo romano dominante naquele país e vizinhanças. Saíram para repensar o que fariam. À noitinha, a estrela voltou a brilhar e deslocar-se para o sul. E lá foram eles, até que a estrela parou de vez sobre uma vila. Era Belém, a terra natal do mais importante dos reis daquele país, Davi, cuja fama percorreu o mundo conhecido, bem como a de seu filho, Salomão. Lá chegando, ficaram sabendo de um acontecimento sobrenatural ocorrido algum tempo antes, porque uns pastores que estavam guardando os rebanhos no campo anunciaram ter visto e ouvido um coro de anjos no céu, que anunciava o nascimento daquele que salvaria o povo, conforme as profecias. E eles encontraram um bebê em um cocho (local em que se colocava a forragem para os animais comerem), no fundo de quintal de uma casa. Quase ninguém deu importância ao fato por conta da simplicidade daquele acontecimento, da falta de pompa e de anúncio geral ao povo – rei não nasce em fundo de quintal, nem se deita em manjedoura, nem fica enrolado em panos como os pastores relataram! Quem ia acreditar naqueles “pobres de marré”, disseram alguns moradores da vila quando os magos perguntaram, inclusive informando quanto tempo já teria transcorrido (calculado pelo tempo dos preparativos e da viagem)? Mas a estrela estava lá, e seu facho de luz incidia sobre uma casa. Bateram à porta e Maria os atendeu, mostrando o garoto a quem procuravam. Eles o adoraram e entregaram os presentes que trouxeram do Oriente: ouro (presente para rei), incenso (simbolizando oração e culto era também usado para ungir um novo sacerdote) e mirra (usava-se para embalsamar um morto e para curar ferimentos). Tudo isso foi usado na vida de Jesus: o ouro, por exemplo, foi muito útil para bancar a viagem de fuga da família (José, Maria e o menino Jesus) para o Egito (país vizinho, mas distante), por conta do despacho de Herodes para matar todos os meninos hebreus abaixo de dois anos de idade. Vale lembrar que José e Maria vieram de Nazaré a Belém para cumprir com o dever de cidadãos - um recenseamento obrigatório na cidade de origem dos ancestrais, ou seja, o rei Davi – uma espécie de “prova de vida” que a Previdência ainda hoje impõe a certos correntistas. Daí a solução alternativa de se alojarem no curral de uma casa por falta de condição de hospedagem na vila, uma vez que Maria já apresentava sinais do parto próximo. Era outro cumprimento de profecia. A Bíblia não menciona se os animais estavam por lá, mas acredito que não, porque o bebê seria molestado no cocho em que o colocaram (o primeiro bercinho do primogênito). Pequena cobertura na área, pouca higiene, falta de água corrente... enfim, tudo era muito simples, rudimentar. Os pastores foram bem recebidos pelo casal, que facilitou a visita, permitindo que eles vissem o bebê e o adorassem. Caso o nascimento tivesse ocorrido no palácio, os pastores nem teriam passado do portão de entrada! O Salvador anunciado pelos profetas “furou” o esquema de luxo esperado para um nascimento real, não porque o Pai (Deus) nem tivesse condição de “bancar” o atendimento por médicos, enfermeiros, hospital de primeira etc., dando conforto à parturiente e ao bebê, mas para cumprir as profecias que já mencionei. Ele dera Seu próprio Filho, encarnado, para cumprir uma missão especial e única – a de salvar o ser humano, redimindo seus pecados e tornando-o filho também, com direitos iguais de vida eterna. Esse Filho, também pré-existente como o Pai (Façamos o homem à nossa imagem e semelhança – Gênesis cap. 1 vers.26 e O homem se tornou como um de nós – Gênesis cap. 3 vers. 22) é Jesus. A fuga para o Egito nem foi bem percebida pelos habitantes da vila, também por ter sido de madrugada. Afinal, eles nem conheciam bem o povo da vila e tiveram que se adaptar por algum tempo – José procurando emprego (era carpinteiro) e Maria cuidando do menino e da casa depois que se mudaram para lá. Depois passaram a ter a mesma “vidinha” lá no Egito, ao que parece. Até que um dia José teve uma nova visão (parecida com o anúncio da gravidez sobrenatural de Maria) sobre a morte de Herodes, o rei que mandara matar os garotos, e decidiu voltar com a família, só que para Nazaré (terrinha boa e acolhedora, onde cresceram e tiveram ótimos relacionamentos). E aí, cumpriu-se mais uma das profecias – a de que Jesus seria chamado Nazareno pelo profeta, conforme citação em Mateus cap. 2 vers. 23 (essa é uma das profecias não escritas – por tradição oral). Qual das estrelas que admiramos (ou pesquisamos) no céu, entre milhões e milhões delas, é a “estrela de Belém”? O importante é que ela continua lá, brilhando (nunca mais se apagou), porque Cristo está vivo e continua sendo anunciada a mensagem de seu nascimento, vida, morte e ressurreição, para salvar os que o aceitam como Salvador, através do Seu sacrifício na cruz do Calvário, em nosso lugar. Natal é tempo de louvar a Deus e agradecer tudo o que tem feito. É tempo de Cristo nascer no coração de cada um. Dê sua vida de presente a Ele! Vamos comemorar o aniversário de Cristo, mesmo que a data não seja confirmada pelos estudiosos, mas porque separamos esse dia para lembrar que Ele é nosso Redentor, Mestre e Irmão. Que Deus o abençoe! Feliz Natal! Feliz Ano Novo (com Jesus no coração)! Uma noite incomum - Boa noite, “seu” José! - Boa noite! - Vocês estão bem? - Sim. Agora tudo está mais calmo. Maria, minha mulher, está descansando e o bebê está dormindo há algum tempo. Nem chorou mais! - Que bom! O senhor poderia atender alguns homens que o procuram? Não se preocupe; eles parecem ser gente simples, do bem, e estão muito curiosos para saber o que aconteceu por aqui. Leve esta lamparina para clarear um pouco. - Claro. Vou atendê-los. Muito obrigado por nos acolher assim de modo tão repentino. Acabamos de chegar de Nazaré; Maria já estava com as dores do parto. Obrigado também pelos panos e a bacia, que foram muito úteis na hora do parto. E pela faquinha. Depois eu lavo tudo e lhe devolvo. - Não se preocupe. Sabemos bem o que é nascer uma criança. Pena que vocês não tenham encontrado um lugar melhor, mas é o que pudemos arrumar aí nos fundos. Ao menos é um lugar coberto. A cidade está cheia de muitos peregrinos nestes dias. - Está tudo bem; obrigado, mais uma vez. - Se pudermos fazer algo mais, é só pedir. - Fiz uns improvisos lá nos fundos. O cocho dos animais eu preparei para servir de bercinho. Ainda bem que está quente e os animais não voltaram do pasto. Também procurei juntar a serragem e forrar com uma manta para minha mulher poder se deitar um pouco. Agora vou atender as visitas. - Olá, senhores. Em que posso ajudar? - Desculpem-nos pela hora que chegamos. Já devem estar todos dormindo. - Acabamos de chegar do campo aqui pertinho de Belém. Somos pastores de ovelhas. É que aconteceram coisassurpreendentes e incríveis por lá. - Primeiro, foi um coro como de anjos cantando no céu durante a noite e com muita luz ao redor deles. Eram músicas maravilhosas! - E um dos anjos nos disse para não ficarmos assustados, mas que tinha uma ótima notícia. Ele disse que tinha nascido bem pertinho, aqui em Belém, o prometido nas Sagradas Escrituras, o Salvador. E que o sinal para confirmarmos é que o bebê estava envolto em panos e deitado numa manjedoura. - Viemos perguntando aqui e ali, até sabermos que um casal vindo de fora tinha se alojado nesta casa, e que o bebê que esperavam já tinha nascido. - Podemos vê-lo? Podemos? José respondeu: - Claro. É um menino! Venham comigo até o curral. Ele está lá. Falem baixo, por favor, para não o acordarem. Apressadamente eles seguiram José até os fundos, a um rancho coberto e bem simples, e... eles o viram! Imediatamente se ajoelharam perante o bebê e não podiam conter a alegria. - Nossa, que maravilha! Tudo conforme o anjo nos relatou agorinha mesmo! - E como é lindinho! - Glória a Deus Jeová porque confirmou suas promessas e nos deu esse privilégio de vermos com nossos olhos o próprio Messias, o Filho de Deus! Disse José: - O menino se chamará Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados. Ele foi concebido em Maria, minha mulher, também por um anjo, antes mesmo de nos casarmos. Estamos aqui em Belém para atender ao decreto do governador romano, César Augusto, para nos alistarmos. E como somos da descendência do rei Davi, tivemos que viajar para sua terra natal. - Precisam de alguma ajuda? Somos pobres, mas gostaríamos de poder ajudá- los. - Não, obrigado. Só acho que precisarei arrumar um emprego por aqui para que eu possa sustentar a família, até saber que rumo “as coisas” tomarão. Mas, por enquanto, está tudo bem. - Vamos indo, então. Não podemos conter nossa alegria. - Podemos contar aos nossos amigos o que aconteceu e o que vimos? - Claro. Voltem quando puderem! - Até logo! - Até logo! Que Deus os acompanhe! Os pastores saíram cantando pelas ruas, naquelas altas horas da noite, a música que os anjos cantaram no céu: “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS, E PAZ NA TERRA AOS HOMENS A QUEM ELE CONCEDEU SEU FAVOR” À medida que iam cantando, caminhando e saltitando, alguns vizinhos foram saindo das casas para ver o que estava acontecendo. E os pastores contavam a todos, quase gritando: - Nasceu Jesus, o Salvador prometido! Nasceu Jesus! E aquela noite ficou marcada para sempre! Era noite de Natal! ALELUIA! A Páscoa A libertação do povo hebreu do cativeiro egípcio e a comemoração simbólica desse fato A Páscoa – instituição e uso A primeira referência à Páscoa está no livro do Êxodo, o segundo livro da Bíblia, cap. 12: foi a instituição dessa cerimônia pelo próprio Deus. No primeiro mês do ano judaico (nada a ver com o Janeiro atual, aceito por quase todos os países e povos como o primeiro mês do ano) devia ser sacrificado um animal de pequeno porte (cordeiro ou cabrito), assado ao fogo e comido com ervas amargas acompanhado de pão sem fermento, ao pôr do sol (que corresponde às 18h, quando começa o dia judaico). Em outras palavras, um churrasco com carne fresquinha e verduras. Não valia cozinhar a carne nem servir mal assada. Curiosamente, o animal devia ser assado por completo e comido idem (cabeça, corpo, miúdos etc.). E não podia sobrar um pedaço sequer, mesmo que fosse servido a mais de uma família. O animal deveria estar confinado há quatro dias para verificação de sua qualidade, pureza etc. Caso as pessoas não dessem conta de comer tudo, o resto da carne voltaria ao fogo e seria torrado (queimado). A esta “cerimônia” Deus chamou Páscoa do Senhor, e deu ordem ao líder do povo hebreu (na época eram escravos dos egípcios) para comunicar a ordem a todos que assim fizessem no 14º dia desse mês. Entre outras recomendações, Deus disse a Moisés (o líder do povo hebreu), que, nessa primeira comemoração, o sangue do animal sacrificado deveria ser espargido nos batentes das portas de entrada das casas onde seria realizada a celebração, com um caniço de hissopo. E outra coisa mais: todos os participantes deveriam estar completamente vestidos e prontos para sair (nada de “pijamas” e sem calçados nos pés). Deus também comunicou que nessa noite da celebração Ele mandaria um anjo, um anjo de morte, que entraria nas casas cujos batentes não estivessem devidamente sinalizados com sangue, e mataria o primogênito da família e dos animais (lembro que na cultura hebreia e judaica, o primogênito era detentor de vários privilégios na família, além de ter sido dedicado ao Senhor – coisa que outros povos também adotaram, dedicando-o aos seus deuses). Essa primeira cerimônia significou a libertação do povo hebreu do cativeiro egípcio, porque nessa noite todas as moradias dos egípcios foram “visitadas” pelo anjo de morte, além das casas dos hebreus que não tivessem sinalizado suas portas, com o filho mais velho sendo morto. E o choro, a lamentação e a dor foram tão grandes, que essas famílias ficaram sem ação para agir. Essa comemoração se perpetuou; tanto é que uns 1600 anos depois, ainda era respeitada e cumprida (exceto o espargimento do sangue nos batentes). Prova disso é que os evangelistas bíblicos (Mateus, Marcos e Lucas) narram essa celebração com detalhes, numa reunião de Jesus Cristo com os apóstolos, às vésperas de sua crucificação e morte. Nesses relatos, os discípulos foram incumbidos de preparar a Páscoa em uma casa emprestada, ao anoitecer. Jesus, então, anunciou sua morte próxima (ocorreria em menos de 24 horas) e estabeleceu como símbolos os próprios elementos desse jantar: o pão representaria seu corpo, e o vinho, seu sangue. Nessa mesma noite Jesus foi entregue pelo traidor (Judas) aos guardas e à multidão de judeus que os acompanhavam, insuflados por autoridades religiosas que o levaram aos governantes romanos. Estes, no dia seguinte, através de um julgamento totalmente irregular e muito rápido, condenaram- no e o crucificaram por volta do meio dia. Era 6ª feira, véspera do final de semana sagrado e feriado de Páscoa. Durante a viagem do povo de Israel pelo deserto, que demorou 40 anos, do Egito à Terra Santa, foi também instituído por Deus o sacrifício de animais e de aves, pelos sacerdotes, em favor do perdão dos pecados dos hebreus. Comparações entre a primeira Páscoa e esta com a participação de Jesus: uma das figuras da primeira Páscoa era o animal a ser morto e comido; nesta nova Páscoa instituída por Jesus, ele era o substituto do animal, cujo “corpo” era comido e o “sangue” bebido, simbolicamente; em lugar de se espargir o sangue do animal nos batentes das portas da primeira Páscoa, nesta, o sangue real de Jesus correu pela cruz. O “anjo da morte” atingiu apenas a Jesus, que representava o Cordeiro e o primogênito perante o Pai (Deus), que a essa altura O tinha deixado só, com toda a carga de pecados da humanidade passada, presente e futura. Esse sofrimento de Cristo já tinha sido relatado por profetas (ver Isaías cap. 53) e até nos Salmos (cap. 22). Também a Páscoa de Jesus foi comida à noite, como que em família (com seus 12 discípulos). O hissopo também se repetiu, quando os guardas ofereceram uma cuia de vinagre na ponta de um caniço a Jesus na cruz. A Páscoa sempre simbolizou libertação. Para os antigos hebreus, foi a saída da escravidão egípcia. Para os contemporâneos de Jesus e de todas as gerações anteriores e posteriores à sua morte, significou e ainda significa a libertação dos pecados, oferecida a todo aquele que aceita o sacrifício dele (morte) em seu lugar. Veja I Coríntios cap. 5 vers. 7b. Uma nova Páscoa está prometida por Jesus para aquele dia em que vai receber em seu reino todos que o aceitaram como Salvador pessoal e Senhor de suas vidas. Veja Mateus cap. 26 vers. 29; Marcos cap. 14 vers. 25; Lucas cap. 22 vers.16. Você estará lá? Semana Santa x Ovo de Páscoa Coelhinho da Páscoa que trazes pra mim? Um ovo, dois ovos, três ovos assim? (X2) Coelhinho da Páscoa que cor eles têm? Azul, amarelo, vermelho também?(X2) (Olga B. Pohlmann) Aí, já começo a me confundir – o que o coelho ou o ovo têm a ver com a Páscoa? Convido Você a acompanhar meu raciocínio “engenheiril” (como dizia um professor de arquitetura na antiga Escola de Engenharia Civil nos anos 60 – e eu era um dos seus alunos). Primeiro, o ovo: ovo tem o sentido de continuação da espécie. Não de perpetuação, mas de continuidade. Ovíparos botam ovos que, se estiverem “galados”, são chocados e geram outros seres da mesma espécie. Outros animais, como os humanos, também são gerados a partir de um ovo (o óvulo da mulher). Aí nasce um novo “exemplar” da raça humana. As características de pai e de mãe são transmitidas aos filhotes, o que aprendemos ser o tal DNA. Várias são as expressões na língua portuguesa que usam o ovo como mote: pisar em ovos, ovo de Colombo e até o ovo de Páscoa. Os ovos de Páscoa, primeiramente, vieram pintados; depois, vieram os ovos de açúcar e, mais recentemente, os de chocolate, cada vez maiores e mais recheados, embrulhados em folhas multicoloridas. Segundo, a Páscoa: Páscoa tem o sentido de libertação e está ligada à formação do povo judeu – desde que os hebreus cativos no antigo Egito (no tempo dos faraós – veja Êxodo cap. 1 vers. 8 e seguintes) foram libertos sob o comando de Moisés, caminhando por 40 anos no deserto do Sinai até chegarem à Terra Prometida, tem sido comemorada essa libertação anualmente (veja Êxodo cap.12 vers. 8 a 11 e evangelho de Mateus cap. 26 vers. 17). Eles comiam pão sem fermento, carne assada com ervas amargas e bebiam vinho. Acontece que foi exatamente numa dessas comemorações que Jesus Cristo foi morto, por um sistema cruel criado pelo Império Romano: a cruz. Com a chegada dos “feriados” de Páscoa, o seu julgamento foi acelerado, ultrapassando os requintes malévolos de manipulação do sistema jurídico local e internacional da época, e das pessoas envolvidas na decisão. Pilatos, governador que tinha o poder de libertar Jesus, declarou-o inocente, mas... lavou as mãos, entregando-o aos inimigos, que o crucificaram. Assim, o ovo (óvulo) de Maria fecundado por obra divina, e que gerou Jesus como homem, mas com o DNA de Deus Pai, morreu em meu e em seu lugar, para nos dar a Páscoa da libertação no dia da Sua ressurreição, o domingo de Páscoa (“Porque Deus tanto amou a humanidade que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna” - evangelho de João cap. 3 vers. 16)! E com a diferença maior de perpetuar (após a morte) a espécie agora gerada – a dos salvos por Jesus Cristo – dando-nos Vida Eterna. Por isso, digo que a festa máxima da cristandade é a comemoração da ressurreição de Cristo, no domingo de Páscoa. Páscoa – ontem e hoje O período da Quaresma foi instituído para ser um tempo de recolhimento espiritual e de algumas privações, principalmente gastronômicas (não comer carne e derivados, por exemplo), o que devia levar o fiel religioso a uma sensação de fraqueza física. A Quaresma corresponde aos quarenta dias que antecedem a Páscoa (festa religiosa cristã). Façam as contas no calendário, retroativamente, e chegarão ao Carnaval (festa profana), criada alguns séculos mais tarde. O “start” das comemorações da Páscoa pode ser lido em sua Bíblia, no livro do Êxodo cap 12: o povo israelita tinha crescido enormemente em termos populacionais, no exterior, a partir de um jovem vendido por seus próprios irmãos. A caravana que o adquiriu, revendeu-o a algum egípcio e lá (no Egito) ele passou sua juventude, com pontos altos e quedas, até a prisão. Mas por sua fidelidade aos princípios de Deus que marcaram sua mente desde a infância, galgou o mais alto posto político: chegou a ser governador do Egito (logo abaixo do Faraó)! Por conta de um tempo de “vacas magras” mundial, e como ele tinha preparado os celeiros egípcios para enfrentar esse período (por revelação de Deus), muitos estrangeiros chegaram para comprar mantimento, inclusive sua própria família. Sem ressentimentos, ele os convenceu a permanecer no Egito. Só que depois, com o crescimento populacional dos hebreus ao longo dos anos, surgiu uma preocupação que chegou ao novo Faraó (José, o “rapaz” em questão, já havia falecido) e tudo foi conduzido para transformar esses imigrantes em escravos. Foram tempos difíceis para todos eles. Daí vem a Páscoa, ou tempo de libertação: Deus providencia um plano no qual todos que marcassem os batentes das portas da frente com sangue de cordeiro seriam livres de uma maldição – a morte dos primogênitos. Isso valia para nativos (que não foram informados da “senha”) e hebreus. Estes estavam preparados com bagagem e provisão (pão sem fermento). Houve choro e dor por todo o Egito naquela noite. Foi a noite da libertação, quando todo o povo hebreu saiu de suas casas e cidades em direção à Terra Prometida, vagando pelo deserto por quarenta anos (por sua própria desobediência ao longo do caminho) – o percurso poderia ter sido abreviado para uns poucos meses. Na comemoração dos hebreus, a Páscoa sempre teve a importância de relembrar o passado de escravidão e libertação, e se perpetuou pelos séculos chegando a nós, ano após ano. Com algumas diferenças. Lembram como na aproximação das caravelas (Santa Maria, Pinta e Nina) da costa brasileira depois de meses singrando os mares ao sul de Portugal, logo foi dado o nome a um monte que aparecia ao longe, de Monte Pascoal? Pois é, era a Semana Santa, na tradição religiosa portuguesa. Só que tradição acaba se deteriorando com o tempo, sendo substituída por outras “coisas”, relegada ao segundo e terceiro planos, e só uns poucos permanecem fiéis aos princípios. Na véspera da Páscoa ocorreu a morte; e a ressurreição de Cristo, nosso Senhor e Salvador, no domingo: o próprio Deus que havia encarnado e nos ensinou o Caminho de volta ao Pai, de quem nos desligamos desde Adão no Paraíso. Na Páscoa original, um animal tinha que ser morto para pintar os batentes das portas com seu sangue, e se comia pão sem fermento com ervas amargas. Na Páscoa de hoje tem coelho (que não morre e só serve para brincadeiras das crianças), e o que se come é chocolate. Quando João Batista, o primo de Jesus, filho da tia Isabel, que batizava os que se mostravam arrependidos dos pecados, anunciou a aproximação de Jesus - “Vejam. É o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (evangelho de João cap. 1 vers. 29) – já estava pré-anunciando o que aconteceria com “esse” cordeiro. Pois foi na comemoração da Páscoa judaica que Jesus foi sacrificado, tendo ressuscitado no domingo – o domingo de Páscoa. A coisa mais importante do cordeiro a ser sacrificado nas comemorações pascoais era que ele fosse perfeito; nem uma manchinha era permitida, porque Deus seria ofendido com uma oferta de “segunda”. A forma da comemoração foi dada por Deus a Moisés no deserto do Sinai (durante a caminhada dos 40 anos) e podia ser celebrada por israelitas e também pelos estrangeiros. Jesus (várias vezes na Bíblia é mencionado como Cordeiro) era o único sem pecados no mundo (antes e depois dele), e só Ele, perfeito como o Pai tinha criado, podia ser sacrificado em nosso lugar, perdoando nossos pecados e abrindo o caminho para a Vida Eterna. Paralelos: Roteiro original (como de filme ou peça de teatro): morte do cordeiro (animal), sangue sobre a madeira (batente), salvação com o caminho para a Terra Prometida. Roteiro modificado: morte do cordeiro (Jesus), sangue sobre a madeira (cruz), salvação com o caminho para a Vida Eterna. Para a libertação do povo israelita do Egito teve que “rolar” sangue de um animal. Para a libertação da humanidade do pecado, da justiça e do juízo, também teve que “rolar” sangue - de um “cordeiro humano”. Por isso só por Ele há salvação: “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (discurso do apóstolo Pedro registrado no livro de Atos cap. 4 vers. 12). Porque comemorar de forma diferente? Vejam uma boa receita no conselho do apóstoloPaulo em sua Primeira Carta aos Coríntios cap. 5 vers. 7 e 8: “Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso celebremos a festa, não com fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade.” GLORIA IN EXCELSIS DEO! AMÉM! Temas Diversos Coletânea de artigos escritos nos últimos anos Há vagas THURMON EARL BRYANT, missionário batista norte americano (já falecido) e que falava a língua adotiva (o português) melhor do que muitos brasileiros natos, concluía cada cerimônia de batismo na igreja com uma expressão que terminava assim: “... e ainda há lugar”. Afinal, o que é que ele queria dizer? Que havia lugar em sua casa? Na igreja? Na escola? No “trem da vida”? Em algum lugar? Claro - havia lugar em algum lugar presumido por ele. Quando Jesus Cristo declarou a seus discípulos “vou preparar lugar para vocês” (Evangelho de João cap. 14 vers. 2 e 3), Ele quis dizer que a casa do Pai (Deus Pai) tinha muitos aposentos (ou moradas), mas que precisavam de um acabamento, de uma decoração, de complementos, de arrumação, talvez de uma identificação com o futuro morador. Esse lugar aonde Cristo ia é que chamamos CÉU. Não o céu firmamento onde os astros, estrelas, nuvens, aviões, naves, satélites etc. flutuam e se movem. Era o céu descrito no último livro da Bíblia, o Apocalipse, fruto das visões do final dos tempos pós vida terrena, escrito pelo mesmo João, evangelista e apóstolo que acompanhou Cristo por todo o Seu ministério de três anos, ainda jovem, e agora no exílio na Ilha de Patmos, na Grécia, com 90 anos. Esse céu tem luz ambiente (o próprio Deus presente é a luz – Apocalipse cap. 21 v. 23 e cap. 22 v. 5), tem moradas (como referido acima), tem ruas (a avenida principal é de ouro puro – Apocalipse cap. 21 v. 21), tem árvores (como a árvore da vida, criada no Jardim do Éden – Gen. cap. 2 v. 9 – e “transplantada” para o céu – Apocalipse cap. 22 v. 2), tem rios limpíssimos como cristal (Apocalipse cap. 22 v. 1), tem instrumentos musicais (Apocalipse cap. 9 v. 1 entre outros), tem gente e roupas (Apocalipse cap. 22 v. 4 e outras referências). Tem até comida e bebida (prometidas por Jesus no Evangelho de Mateus cap. 26 v. 29) para a “cerimônia de casamento” com a igreja (chamada de noiva), representada por todos os salvos – uma espécie de inauguração do Céu! Sem relógio e sem noite, não há como controlar ou contar o tempo. Sem corpo físico não há doença, imperfeição, deficiência, cor, raça. Nem homem nem mulher. Assim é o Céu. Deus “deseja que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1ª Carta do Apóstolo Paulo a Timóteo cap.2 v. 4). Isso vale para todos que viveram no passado, todos que vivem hoje, todos que um dia nascerão e viverão futuramente. Isso também significa que os “muitos aposentos” deveriam hospedar todos. Esse era o desejo declarado de Deus. Mas nem todos entenderam, nem todos aceitaram a mensagem de salvação cujo teor está na aceitação do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário em meu e em seu lugar, no lugar de cada ser humano. Noé foi citado por Jesus, fazendo uma analogia entre a salvação da humanidade pela arca e a salvação por Ele mesmo – os que estavam na arca (oito pessoas) se salvaram; os que estavam fora dela pereceram (Evangelho de Mateus cap. 24 v. 38). Não perca a sua chance. Não perca seu lugar. Os braços abertos de Cristo na cruz do Calvário podem fechar-se em torno de você para abraçá-lo, para acolhê-lo... lá no Céu. As vagas estão abertas. Faça seu cadastramento com Jesus Cristo em oração pessoal, com a declaração de fé e de aceitação do Seu sacrifício em seu lugar, e de submissão à Sua vontade. A admissão é imediata, e dará direito à vida eterna com Ele no Céu. Para sempre! Lições de Matemática... De Deus Não são muitas as pessoas que gostam de estudar Matemática. Uns, por dificuldade pessoal com os números; outros, por falta de entenderem e acreditarem que isso vai ter influência em toda a sua vida; e ainda outros, porque não receberam a informação adequada na época da formação escolar, ou por influência de terceiros predispondo-os contra a Matemática. A Matemática tem várias divisões e versões, como a Aritmética e a Álgebra. Lá se aprendem os numerais, os cardinais, as quatro operações básicas etc. (coisas às quais fomos estimulados a abrir mão em favor das teclas das calculadoras – e nem estou incluindo aí as científicas). Deus sempre usou a Matemática em sua “vida” e “obra”. O homem, ser criado por Deus à sua imagem e semelhança, foi descobrindo isso ao longo da história, usando a inteligência e outros sentidos dos quais foi dotado já no ato da criação, quando Deus soprou a “vida” em seu nariz, estufando seus pulmões e ativando todo o sistema vital. Depois, o “homem” criou a escola, para passar o que tinha aprendido aos descendentes. Vários desses homens escreveram textos inspirados por Deus e que vieram a compor a Bíblia mais tarde, revelando a relação do próprio Deus com o ser humano, buscando resgatá-lo para junto de Si depois da sua “queda” no Jardim do Éden. Os fatos foram transmitidos desde a criação, de pais para filhos (os primeiros seres humanos viveram por nove séculos!) até o primeiro escritor, provavelmente Moisés, o libertador do povo de Israel do Egito onde era escravo, terminando com João, o Evangelista, apóstolo que viveu e acompanhou o ministério do Senhor Jesus Cristo, no final do primeiro século de nossa era. Vejamos alguns textos bíblicos que nos ensinam como “funciona” a Matemática de Deus: P. ex. Os sete dias da semana – Deus trabalhou seis dias e descansou no sétimo. Ref. Gênesis cap. 2 vers. 2: “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou.” (versão NVI). A partir dessa primeira semana, vieram o mês, o ano, o século. Vamos perceber que a Matemática de Deus difere da dos homens em vários aspectos, mudando substancialmente os valores e o resultado das operações, o que nos coloca em desvantagem para entendê-la, porque usamos a Lógica em nossa “inteligência”. Vamos a alguns exemplos: Quando se soma 1 + 1 o resultado é 2, coisa que qualquer criança do “prezinho” já sabe. Com Deus é diferente: 1 + 1 = 1. Veja o evangelista Mateus cap. 19 vers. 4 a 6: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por esta razão o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne? (referência de Jesus a Gênesis cap. 2 vers. 24). Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu ninguém separe.” Confirmado na Carta de Paulo aos Efésios cap. 2 vers. 14 a 16: “Pois Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira.” (versão NVI) Quando se fala em espaço, dimensões de um objeto, logo vêm as coordenadas x, y e z, ou seja, as três dimensões – comprimento, largura e altura. Com Deus também é diferente: são quatro as dimensões. Veja na Carta de Efésios cap. 3 vers. 17 a 19: “E oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus.” (versão NVI) Em qualquer classificação no nosso dia a dia, o primeiro é o primeiro, e o último é o último (ou lanterninha nas nossas brincadeiras, principalmente as relacionadas ao futebol). Com Deus, o primeiro não vale mais que o último. Veja no livro do evangelista Mateus cap. 19 vers. 30: “Contudo, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros.” (versão NVI) O que recebemos por serviços prestados, geralmente é proporcional ao tempo dedicado a isso. Para Deus, o pagamento por um dia de serviço é igual ao de uma hora trabalhada. Veja no Evangelho de Mateus cap. 20 vers. 11 a 15: “Quando receberam (o pagamento da diária), começarama queixar-se ao senhor da vinha, dizendo- lhe: ‘Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia’. Mas ele respondeu a um deles: ‘Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?” (versão NVI) Sobre perdas e ganhos, Deus é muito diferente de nós. Veja no Evangelho de Lucas cap. 12 vers. 19 a 21, a propósito de alguém que tinha ganhado muito: “E direi a mim mesmo: Você tem uma grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se. Contudo Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’ Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus” e evangelho de Lucas Cap. 14 vers. 33: “Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.” Ainda no Evangelho de Lucas cap. 18 vers. 29 e 30: “Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos por causa do Reino de Deus deixará de receber, na presente era, muitas vezes mais, e, na era futura, a vida eterna.” No Evangelho de Mateus cap. 19 vers. 21: “Jesus respondeu: Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me.” Na Carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses cap. 3 vers. 7 e 8: “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo e ser encontrado nele.” (versão NVI) E quando se compara o valor de uma pessoa com outra coisa? Deus revela no Evangelho de Marcos cap. 8 vers. 35 a 37: “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará. Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma?” (versão NVI) Enfim, tudo nos parece loucura total. E até o termo loucura tem outro significado para Deus. Veja na 1ª Carta de Paulo aos Coríntios cap. 1 vers. 25: “Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a do homem.” (versão NVI) Agora é com você: chegou a sua hora de pesquisar na Bíblia através da leitura e com a intenção de aceitar a sabedoria de Deus seja nos números, seja em qualquer outro tema. Que Deus o abençoe e o inspire nessa busca. A soberania é de Deus (OU, QUEM É QUE MANDA AQUI?) Alguns livros bíblicos, dentre os 66 do total, foram escritos por profetas. Esse termo profeta não está exatamente ligado a quem prediz o futuro (em parte eles fizeram isso), mas aos que transmitiam a outros as palavras que Deus lhes tinha dito. Alguns desses profetas foram chamados “maiores” porque escreveram mais textos que os “menores”. É aí que se encaixa Daniel, nome israelita ou judaico, também conhecido como Beltessazar, nome babilônico, pois na Babilônia viveu parte de sua vida como um escravo “light”. No sistema de conquistas dos reis antigos, às vezes tudo terminava numa grande matança e saqueamento geral. Para não deixar dúvidas quanto aos métodos reais, quem resistisse a um ataque de outro reino sofreria essas consequências. Outros preferiam levar parte da população, seus tesouros, deixando os que eram inválidos, improdutivos, fracos, inaptos etc. com o que tinha “sobrado”. Numa situação parecida com esta última, Nabucodonosor, rei de Babilônia, conquistou o reino de Judá, segundo a Bíblia, com o consentimento divino (pode ler no livro de Daniel cap. 1 vers. 1 e 2). Aparentemente sem luta, sem sangue. Só cercando a capital, Jerusalém. Jeoiaquim, rei local, entregou-se. Não porque era um rei “fracote”, mas porque não estava “plugado” com Deus, na dependência dEle. Mas tudo acabou com acontecimentos memoráveis, interessantes, sobrenaturais. Nabucodonosor determinou ao seu chefe de gabinete que levasse alguns jovens israelitas da família real e da nobreza local para a Babilônia. Foram escolhidos a dedo: sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, e que dominassem vários campos do conhecimento, além de capacitados para servir no palácio real babilônico. Eram uns “gatos” esses jovens universitários destinados a fazer um “estágio” de três anos no “BRP” (Babylon Royal Palace – invenção minha à moda “hollywoodiana”). Veja Daniel cap. 1 vers. 3 e 4. Lá, eles passaram a aprender a língua local, seus costumes, cultura e literatura. Posso relembrar aos leitores que a Babilônia ficou famosa por ter uma das sete maravilhas do mundo antigo: os jardins suspensos (com inovações fantásticas como a irrigação “automatizada”, por exemplo). Outras maravilhas foram construídas por lá, como aqueduto, estradas, edifícios etc. Era o que se pode chamar de um povo “adiantado” para a época, culturalmente, politicamente etc. Tinham também sua religião (ou suas religiões), como todos os povos existentes, com seus deuses naturais ou esculpidos. E Nabucodonosor não podia deixar passar a oportunidade de dar um “agradinho” ao seu deus, levando-lhe alguns dos utensílios do templo de Deus em Jerusalém, depositando-os na “casa do tesouro” (Daniel cap. 1 vers. 2). Parece que todo o tratamento dado a esses jovens “transferidos” para a Babilônia era de um hotel de sete estrelas, porque a comida e a bebida vinham da mesa de jantar “nabucodonosoriana” (Daniel cap. 1 vers. 5). Todos estavam no “bem bom”. E não era ilusão! Alguns desses jovens que vieram de Judá (uma das tribos originais do povo israelita) eram Daniel (o autor do livro), Hananias, Misael e Azarias. Está chegando o diretor da peça e nos convida a dar uma “olhadinha” no cenário, porque algum evento está em andamento, e diz que não podemos perder essa cena. Ah! É o “batismo” dos jovens, adquirindo um nome babilônico em substituição ao israelita/judeu, ou seja, a cerimônia de obtenção do RG local. Lá vamos nós dar aquela olhada e (sem surpresas) vemos que Daniel passa a ser chamado Beltessazar, Hananias passa a ser Sadraque, Misael para Mesaque, e Azarias para Abede-Nego. Para mim, os nomes já eram complicados antes e não trouxeram novidades, a não ser que tivessem algum significado na língua local. Voltemos para a narrativa geral. Percebe-se que o povo babilônico tinha uma excelente formação, também, além de respeito a alguns dos direitos humanos, de modo que era possível “negociar” com os gerentes locais sobre o andamento do dia a dia dos jovens. Vamos para outra “olhadinha” na sala do chefe de cozinha real: Daniel/Beltessazar está procurando Aspenaz, o “chefe”. Aumento o som para captar a conversa: ele está pedindo ao gerente geral para não ser obrigado a comer a comida real, mas um outro tipo, como a vegetariana, com água para beber em lugar de vinho. Aspenaz o chefe dos oficiais está argumentando com Daniel que seu próprio pescoço pode ser cortado se Sua Majestade vier a saber, mas Daniel lhe pede um tempo de teste de dez dias (Daniel cap. 1 vers. de 8 a 14). Aspenaz aceita, arriscando- se: alguma coisa em Daniel mostrava que ele podia estar certo. Roda mais rápido o “VT” para dez dias depois e... nova “olhadela”: é o dia da inspeção de Aspenaz na cozinha, nos funcionários e na “garotada importada”. Vamos ao “close” dos “cameramen” sobre os nossos jovens: hum! Não é que aqueles quatro (Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego) estão com melhor aspecto que os demais? Seus aspectos de saúde, força e disposição são ainda melhores que os dos outros que comeram a comida da mesa do rei e tomaram seu vinho. LIÇÕES: 1- Deus pode agir em nosso favor mesmo quando achamos que estamosna “pior”; 2- A “comida” que o mundo moderno oferece para a nossa mente, nosso físico, nosso ânimo, pode não ser a melhor opção; vale a pena buscar outra alimentação como a Palavra de Deus, fonte de “vitaminas, sais minerais etc.”, como a sabedoria e princípios de vida; 3- Trocar de nome, de língua, de hábito, não é nada – deixe Deus agir em você, e aí você verá que coisas maravilhosas estão a caminho de sua vida. Curiosidades Bíblicas - I Baseado no Livro do Gênesis e outras referências Ao longo das leituras bíblicas nos deparamos, vez ou outra, com informações que aguçam nossa curiosidade. Esse é o caso logo a seguir, buscando entender a genealogia de Jesus Cristo descrita nos evangelhos de Mateus cap.1 e de Lucas cap. 3, aparentemente diferentes. Ao mesmo tempo, procurando entender quando é que o homem surgiu na face da terra, isto é, quando foi criado por Deus, sendo colocado como administrador do Jardim do Éden, fui levado a conferir algumas informações e inferir outras. Aí vai meu resumo, com alguns comentários relacionados a algumas conclusões pessoais: PERSONAGEM BÍBLICO TEMPO DE VIDA (anos) IDADE EM QUE GEROU O ASCENDENTE DE JESUS ADÃO 930 130 SETE 912 105 ENOS 905 90 CAINÃ 910 70 MAALEEL 895 65 JAREDE 962 162 ENOQUE 365 65 MATUSALÉM 969 187 LAMEQUE 777 182 Até aqui já se passaram aproximadamente 1000 anos, e nove gerações se sucederam a partir de Adão. PERSONAGEM BÍBLICO TEMPO DE VIDA (anos) IDADE EM QUE GEROU O ASCENDENTE DE JESUS NOÉ 950 502 Nesta 10ª geração, completam-se aproximadamente 1600 anos desde o “nascimento” de Adão até Sem (primeiro filho de Noé). A Bíblia não informa com quantos anos Adão teria sido criado (“construído” a partir do pó da terra por Deus), apenas que isso aconteceu no 6º dia da Criação. Aliás, também não informa em que dia Eva foi criada. Como podemos observar, todas essas gerações foram longevas – cerca de nove séculos de vida para cada ser humano, exceto Enoque que foi arrebatado aos 365 anos, porque tinha “andado” com Deus (Gênesis cap. 5 vers. 22 e 23), e Lameque, com uma morte “prematura” aos 777 anos. Fica fácil entender como a história era contada de pai para filho, para neto, para tataraneto, para... Vejam bem: quando Matusalém nasceu, Adão ainda era vivo! E Adão pode ter recebido do próprio Deus as explicações sobre seu “nascimento”, naqueles passeios de final de tarde pelo Jardim do Éden, e sobre toda a criação do Universo, passando as informações a seus filhos, netos etc. Quando uma criança (ou adulto) mostrava dúvida sobre algum fato, dizia seu pai: “Vamos fazer uma visitinha a seu tataravô para esclarecer tudo isso!” E não venham me dizer que os anos eram diferentes dos atuais, porque dias e noites foram criados na 1ª semana de nosso sistema solar. Também podemos conferir pelos dados já expostos, que Matusalém (avô de Noé) morreu no ano do Dilúvio, mas Lameque (pai de Noé) cinco anos antes. Outro dado que pode ser constatado é que a data de nascimento dos filhos (da linha genealógica de Jesus Cristo) era variável, e que se tornou cada vez mais cedo, até certo ponto, e também que não era proporcional à idade dos pais atuais: Noé quebrou a regra, tendo seu primeiro filho aos 502 anos (lembro que aos 600 anos de idade ocorreu o Dilúvio). No capítulo 5 de Gênesis que estamos vendo, a Bíblia informa que outros filhos e filhas tinham nascido (antes e depois do filho citado), mas nem sempre menciona seus nomes, nem suas idades. A preocupação do escritor, por revelação divina, sempre foi a de indicar a genealogia até Jesus Cristo. Curiosidades Bíblicas - II Depois de Noé, passadas mais 10 gerações, o tempo transcorrido foi de aproximadamente 1000 anos. Continuando nossa pesquisa a partir do cap. 5 do livro do Gênesis, formamos nova tabela a partir de Noé: PERSONAGEM BÍBLICO TEMPO DE VIDA (anos) IDADE EM QUE GEROU O ASCENDENTE DE JESUS SEM 600 100 ARFAXADE 438 35 SALÁ (ou SELÁ) 433 30 HEBER (ou ÉBER) 464 34 PELEGUE (ou FALEQUE) 239 30 REÚ ( ou RAGAÚ) 239 32 SERUGUE 230 30 NAOR 148 29 TERÁ 205 70 Observamos que a idade das pessoas foi bastante reduzida, conforme Deus já tinha determinado após o Dilúvio (a idade passaria a ser de 120 anos, no máximo – ver Gênesis cap. 6 vers.3), coisa que aconteceu algumas gerações depois de Noé, e não imediatamente. Também a idade de pais na geração de seus filhos ligados à genealogia de Jesus Cristo foi bastante reduzida, chegando aos níveis atuais (aproximadamente 30 anos para o primeiro filho). Também podemos observar que alguns dos personagens mais importantes na história do povo não participaram da ascendência de Jesus Cristo, como foi o caso de José, filho de Jacó, que foi o 2º homem em importância no antigo Egito, tendo inclusive providenciado reservas de mantimento que sustentaram, não só o povo local, mas também os hebreus em anos de escassez mundial; outro caso foi o de Moisés, libertador do povo hebreu do cativeiro no Egito e líder na recondução dele até a Terra Prometida, atual Israel. Continuamos com nossa tabelinha: PERSONAGEM BÍBLICO TEMPO DE VIDA (anos) IDADE EM QUE GEROU O ASCENDENTE DE JESUS ABRÃO (depois ABRAÃO) 175 100 ISAQUE 180 60 JACÓ (depois ISRAEL) 147 JUDÁ PEREZ ESROM AARÃO (ou RÃO/RAM) 123 Os espaços em branco poderão ser preenchidos, caso seja possível localizar nos textos bíblicos a informação que fiquei devendo. Em 26 gerações chegamos a Moisés, escritor dos cinco primeiros livros bíblicos (o chamado Pentateuco), existindo a possibilidade de ele mesmo ter sido o autor do livro mais antigo inserido na Bíblia, o livro de Jó. Moisés era o irmão de Arão, eleito por Deus para guiar o povo de Israel desde a saída do Egito até a Terra Prometida. Estamos, aproximadamente, no ano 3600 desde a criação, ou 1600 a.C. Fica evidente pela relação levantada, que nem sempre o filho primogênito era o elo de ligação com as gerações que antecederam a Jesus Cristo. A partir dessa última tabela, e relendo o texto bíblico, vimos que Jacó e Judá não eram os primogênitos das respectivas famílias. Assim, nessa contagem, concluímos com facilidade que o “aparecimento” do ser humano sobre a face da terra ocorreu entre 6000 e 7000 anos atrás. Mãe é mãe Esta é a vida de uma mãe, conforme relatos bíblicos nos Evangelhos. Lemos nos evangelhos de Mateus e Lucas, capítulo 1: “Maria estava prometida em casamento a José; mas, antes que se unissem achou-se grávida do Espírito Santo.” Eles moravam em Nazaré (Galileia). Essa estranha história de José (carpinteiro) e Maria (do lar) confirmava os relatos proféticos a respeito do menino que iria nascer daí. Ela, provavelmente ainda adolescente, mas já com corpo e funções de mulher, virgem e em condição de reprodução, confirmou essa gravidez com os “recursos médicos” da época. Como contar a José? Seria o final da relação ainda não iniciada sexualmente com o casamento. Como Deus não faz coisas incompletas, providenciou a mesma revelação (feita a Maria) a José, informando que se tratava de um menino, e a importância que ele teria na história da humanidade, promovendo o reatamento das relações entre Ele (Deus) e a humanidade. Tudo resolvido entre os dois, José e Maria, seguiu-se a vida, agora conjugal, mantendo a ausência de contato sexual até o nascimento de Jesus, conforme os relatos bíblicos. A segunda referência a Maria na Bíblia foi sua visita à prima Isabel, que morava na região montanhosa da Judeia, e que estava grávida de seis meses. Quando Isabel ouviu a voz de Maria chegando à sua casa, relatou que a criança em seu ventre se agitou de uma forma incomum, anormal, confirmando a ela de “quem” Maria estava grávida. Então, Maria cantou uma canção de louvor a Deus, provavelmente, de sua autoria (Lucas cap. 1. Uma nova menção a Maria aparece no nascimento de Jesus, em Belém (Judéia), cidade próxima à capital, Jerusalém, para onde o casal José e Maria tinha ido por conta de um decreto do governo romano, dominador do seu país naquela época, para um recenseamento, cumprindo-se assim uma profecia de Miqueias (capítulocinco), escrita uns setecentos anos antes, de que isso aconteceria assim, porque essa era a cidade de Davi, o mais importante e querido rei de Israel, de quem eram ambos descendentes. No dia do nascimento, coisas anormais aconteceram no Universo, como a aparição de uma estrela altamente reluzente, um coro de anjos no “céu” etc. Quando os pastores de rebanhos deixaram o campo na calada da noite (avisados por um coro de anjos) e foram a Belém, encontraram José, Maria e o nenê, este deitado no cocho de alimentação do gado; todos estavam nos fundos de uma casa (onde eram recolhidos os animais) que aceitou recebê- los, tal o estado adiantado de gravidez de Maria (Mateus cap. 1 e Lucas cap. 2). Oito dias depois, cumprindo o costume e a lei judaica, o casal levou o nenê para sua apresentação e a cerimônia da circuncisão no Templo do Senhor, tendo sido reconhecida a criança como a que foi prometida por Deus para a salvação da humanidade (segundo as profecias bíblicas) por dois profetas presentes lá naquela hora, Simeão e Ana (Lucas cap. 2). A visita dos magos do Oriente ainda ocorreu em Belém, algum tempo depois, quando o casal já morava em uma casa, estando José ausente na ocasião. A Bíblia chama Jesus de menino, então (Mateus cap. 2). O rei Herodes, designado pelo império romano para o governo local, decretou a morte dos meninos da região de Belém e cercanias, abaixo de dois anos (enganado que foi pelos magos, que não retornaram para contar onde estava o “menino”, chamado Rei dos Judeus pela tradição religiosa), o que nos leva a crer que Jesus já estaria “grandinho”, levando José e Maria a fugirem à noite para o Egito, só voltando depois da morte desse rei. Quando voltaram, fixaram residência em Nazaré, de onde tinham saído anos atrás (Mateus cap. 2). Novamente a Bíblia menciona o casal José e Maria indo com o menino Jesus a Jerusalém todos os anos para as comemorações da Páscoa, a festa de libertação do povo cativo no Egito, ocorrida cerca de catorze séculos antes. Em uma dessas viagens, o casal é mencionado procurando o menino, agora com doze anos, porque o havia “perdido” na saída de Jerusalém, voltando para Nazaré. Ele estava no Templo, conversando e questionando os Mestres da Lei Judaica. Nessa ocasião, logo que Maria o encontra, repreende-o; e Jesus responde que “estava tratando de assuntos do seu Pai”, referindo-se a Deus. Maria “engole” e continua guardando essas referências em seu coração, conforme os relatos bíblicos. Essa pode ter sido a primeira tentativa de interferência dela no ministério divino do filho, usando seu “direito” de mãe. Mas, nada agradável para ela, não é? (Lucas cap. 2). A partir da próxima referência a Maria, os relatos bíblicos não citam mais o nome de José. Perto de Jesus começar seu ministério de aproximadamente três anos em terras de Israel, já adulto (com cerca de 30 anos), a Bíblia refere-se a Ele e a Maria em uma festa de casamento na cidade de Caná (Galileia), talvez de algum parente, porque ela parece ser uma espécie de cerimonialista, dando ordens a empregados que serviam o vinho. Quando ela se dirige a Jesus referindo-se à falta de vinho na festa, Ele novamente dá uma dura resposta à mãe (teria dito algo como “E eu com isso?”), mostrando que ela não estava inserida em seu ministério divino. Novamente, uma resposta desagradável que Maria teve que guardar em silêncio (João cap. 2). A próxima referência bíblica a Maria se dá quando Jesus estava em pleno trabalho de pregação e discipulado. Seus discípulos o avisam de que “sua mãe e irmãos estão lá fora e o procuram”, e Ele fala que sua mãe e irmãos são os que estão diante dele, fazendo a vontade de Deus. E não atende sua família! Subentende-se que de há algum tempo ele não morava mais com a família. (Mateus cap. 12, Marcos cap. 3 e Lucas cap. 8). Novamente a família de Jesus é mencionada por habitantes de Nazaré em reunião na sinagoga local onde Jesus ensinava, quando são mencionados Maria, sua mãe, Tiago, José, Simão e Judas como irmãos, e irmãs, estas sem citar nomes (Mateus cap. 13 e Marcos cap. 6). A última referência bíblica a Maria é ao pé da cruz onde Jesus estava sendo crucificado. Dolorida com o final da vida do filho, ouviu palavras carinhosas quando Jesus pediu a João, o discípulo mais “chegado” a Ele, que a recebesse e cuidasse dela como sua própria mãe. Maria teria no máximo uns cinquenta anos, então, provavelmente viúva e com um filho sendo morto da forma mais cruel e ultrajante naquela época (João cap. 19). Essa é a história de uma mãe que acompanhou a vida do filho desde a anunciação de sua gravidez até a morte dele. Participou de sua criação (a Bíblia menciona que Jesus “era-lhes sujeito”), mas não em seu ministério, sabendo conformar-se com isso. Mas, Maria sempre esteve próxima. MÃE É MÃE! Presente para o Dia dos Pais “Que presente darei a meu Pai, lembrando de tudo que dele já recebi?” (adaptação de Salmos 116 versículos 12 a 14, e 86 versículos 12 e 13) Todo mundo tem pai. Podem ser conhecidos ou não (daqueles filhos que nem têm o nome do seu pai no RG). Podem ser pais de concepção normal ou de proveta. Podem ser participativos ou ausentes na criação dos filhos. Podem ser adotivos e que independem de raça, cor, credo ou religião, de time de futebol etc., etc. O pai transmite pelos cromossomos parte de sua natureza ao filho. Pai ama seu filho (nem todos os pais, nem todos os filhos) como regra geral. É lindo ver um pai acompanhando a evolução do filho, desde o dia em que ficou sabendo que é pai. E aí começa uma forte relação, mesmo sem o ver, porque ainda está sendo gerado e preparado para o nascimento. Depois que nasce, vem o crescimento, físico e mental, dia a dia. Fazendo gracinhas, estripulias, aprontando... Deus gerou seu primeiro filho humano sobre a face deste nosso planeta, a quem chamou Adão, “construindo-o” com barro, soprando em suas narinas o fôlego da vida e transmitindo parte do seu DNA, da sua natureza, a alma. Como qualquer filho, Adão também desobedeceu ao Pai, estabelecendo uma relação difícil, de separação, mudando-se da “casa original” e tendo que “ganhar o pão de cada dia com o suor do seu rosto” para sustentar a família. Estava criada a forma de gerar filhos, não mais com barro, mas com o amor de homem (pai) e mulher (mãe) no ato sexual. Deus, o Pai, sempre esteve presente e acompanhou a evolução da humanidade, dirigindo a vida e a natureza, dia a dia, até hoje. Quando Ele gerou um novo filho sobre a face do nosso planeta, também como um ato de amor com cada ser humano, buscou estabelecer a chance de nos religarmos ao Pai. Esse Filho foi sacrificado em nosso lugar, levando sobre si toda a carga de pecados passados (desde Adão), presentes e futuros, de toda a humanidade, com o consentimento e aprovação do Pai (Deus). Esse Filho (Jesus), após sua morte e ressurreição milagrosa e sobrenatural ao terceiro dia, disse que voltava ao Pai para “arrumar” a casa que tinha muitas dependências para receber os filhos que voltariam para Ele. Esses filhos, adotivos por terem aceitado o sacrifício de Jesus em seu lugar, herdaram os mesmos direitos, voltando a morar com o Pai, Deus, eternamente. Quando oramos “Pai nosso que estás nos céus”, estamos reconhecendo-o como Pai. É como se tornássemos a ser crianças, dependentes dele para tudo. Deus, o Pai, nos ama, acima de qualquer nível de amor de que tenhamos sido alvo em nossas vidas, por parte de nossos pais naturais ou adotivos. Esse Pai não tem Dia dos Pais a ser comemorado, porque todos os dias para Ele são Dias do Pai. “Deus, o Pai, tanto amou a humanidade que deu seu único Filho, Jesus, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (evangelho de João capítulo 3 versículo 16) Que presente darei a esse PAI que continua a me amar, a cuidar de mim dia a dia, mesmo que eu não seja um bom filho, um filho exemplar ou mesmo melhor que meus irmãos? O exemplo de presente que Jesus deu ainda é o único e o melhor, citando o primeiro e maior dos mandamentos: “Ame a Deus, o Pai, acima de todas as coisas, de
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