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Ensinador Cristao 04

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SIMOS LANÇAMENTOS VIDA 
PARA SUA VIDA CRISTÃ
392 págs. 16x23 cm - com orelhas
SANTIFICAÇÃO
Como viver retamente em um mundo corrompido
“Sede santos como eu sou santo”, disse o Senhor. Mas o que 
significa ser santo? E como podemos ser santos num mundo 
decaído e corrompido pelo pecado? Neste livro, você encontra 
respostas às perguntas mais persistentes sobre como levar 
uma vida reta num mundo cheio de iniqüidade.
• Por que nós, cristãos, ainda pecamos se somos filhos de Deus?
• Que é viver de maneira santa, e como podemos vencer o pecado?
• Qual é o papel de Deus em nossa santificação? E qual o nosso papel?
• Como podemos ser ajustados à imagem divina?
Descubra o que significa ser santificado à luz da revelação 
bíblica. Descubra também como alcançar em sua vida um 
caráter semelhante ao de Cristo, entendendo por que a 
maturidade deve preceder o ministério, e o caráter deve 
preceder a carreira.
Santificação o ajudará a desfazer qualquer confusão sobre 
sua identidade perfeita em Cristo e sobre sua vida imperfeita 
no mundo. Você se surpreenderá ao descobrir como todo 
crente pode ter uma vida santa — porque Cristo vive em nós!
SETE MITOS SOBRE 
O CRISTIANISMO
Uma obra escrita para servir de 
orientação aos que querem 
falar do amor de Deus e do 
verdadeiro ensino cristão de 
forma clara e racional. Os 
autores procuram desmitificar 
algumas questões referentes 
ao cristianismo e, ao mesmo 
tempo, levar o leitor a conhecer 
em profundidade a verdadeira 
essência dos ensinamentos de 
Jesus Cristo.
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COMO TRABALHAR EM CASA
Embora cada vez mais pessoas 
estejam entrando para o clube 
dos profissionais que prestam 
serviço em sua residência, 
muitas não dispõem dos recur­
sos necessários para que seu 
empreendimento seja bem- 
sucedido. A especialista no 
assunto Lindsey 0'Connor 
revela seus conhecimentos 
com dados que o ajudarão a 
alcançar suas metas.
272 págs. 14x21 cm
SUCESSO
Este livro mostra que é possível ter sucesso atentando para alguns 
princípios básicos de planejamento e elaborando um plano de ação 
que busque o equilíbrio entre os alvos espirituais e as metas 
financeiras. Sucesso! vai ajudá-lo nessa busca, revelando-lhe 
alguns segredos que o autor utilizou para ser bem-sucedido.
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O docente cristão 
na área secular
Entre os profissionais que atuam na sociedade organizada, 
o que mais influencia na formação do caráter é o professor
Robson Brito
P or trabalhar de 20 até mais de 40 horas em uma posição de autoridade e de lideran­ça sobre indivíduos que dependem di­
retamente dele, o professor influencia 
a criança, o adolescente e o jovem lite­
ralmente, mais que seus pais.
Nesse sentido, qualquer que seja 
o nível em que o docente atue, ele 
tem inúmeras oportunidades de agir 
e influir sobre seus alunos, inclusi­
ve, é um formador de opinião. Logo, 
se o educador for cristão, Deus 
poderá contar com um grande agen­
te na difusão dos valores eternos 
em um contexto secular amplo e 
fertilíssimo.
Enfatizaremos nesse estudo a con­
tribuição do mestre cristão dentro da 
sala de aula.
Contribuições que o docente 
cristão pode oferecer
Quando um professor é efetivado 
ou contratado para lecionar determi­
nada disciplina, o conteúdo prio­
ritário que ele deve ministrar é o de 
sua matéria, (Língua Portuguesa/ 
Língua Estrangeira/ Matemática/ 
História/ Geografia/ Física / Quími­
ca etc.) e não falar propriamente de 
Deus; a menos que seja um professor 
de Educação Religiosa.
Assim, apesar de saber que o con­
teúdo vida eterna é o mais importan­
te que alguém pode receber, deve ser 
ético para não chocar-se com a pos­
tura profissional.
Entretanto, apesar de (por força da 
ética profissional) expormos aces- 
soriamente os valores eternos em nos­
sas aulas, o Espírito Santo se encarre­
ga de priorizar essas verdades no co­
ração do ouvinte.
Dessa forma, vale lembrar o sen­
tido da expressão central de nosso 
tema, ou seja, contribuição. Esse vocá­
bulo pressupõe “concorrer com ou­
trem nos meios para a realização de 
algo"; também significa cooperar, co­
laborar e, ter parte em um resultado. 
Vê-se, assim, o aspecto de ser uma 
ação concorrente, (paralela a outra), 
apesar de extremamente valiosa.
Contribuições implícitas
Estim ular educandos e outros 
educadores a buscarem respostas às 
questões vitais para que possam en­
contrar o sentido para sua existência;
Favorecer o desenvolvimento de 
uma integração, uma harmonia do 
ser humano consigo mesmo, com os 
outros, com o mundo e com Deus;
O desenvolvimento e a formação 
da pessoa humana no seu todo: in­
tuitivo, consciente, crítico, comunitá­
rio, participativo, comprometido com 
a realidade social, política e econômi­
ca, ou seja, com a vida, como agente
da história e construtor de uma soci­
edade mais justa, fraterna e solidária;
Incentivar a vivência de valores 
que favoreçam as relações inter­
pessoais mais humanas e fraternas;
Ajudar a pessoa humana a encon- 
trar-se consigo mesma, comprometer- 
se com a sociedade e a conscientizar- 
se de ser parte de um todo;
Ajudar as pessoas a 
interpretarem em profundidade 
suas experiências
(Currículo Básico para a Escola 
Pública do Estado Paraná - Discipli­
na de Educação Religiosa, 1992).
Contribuições explícitas
Apesar de ostensivas, as contri­
buições que se seguem devem ser 
feitas com prudência e seguindo os 
requisitos que veremos adiante, a 
fim de que o Evangelho não seja 
escandalizado e o educador cristão 
não seja prejudicado profissional­
mente
Mostrar o quanto Deus ama a hu­
manidade, que é um Deus pessoal e 
interessa-se em ter uma relação pes­
soal com o homem.
Levar o interlocutor a se cons­
cientizar de que o maior problema do 
ser humano é o pecado;
Conscientizar o ouvinte de que 
toda pessoa é pecadora e precisa ar­
repender-se genuinamente e abando­
nar o pecado;
Mostrar àqueles que contatam 
conosco que Jesus é o único caminho 
para a salvação;
Conduzir o interlocutor a uma 
igreja evangélica.
Ambientes onde o docente 
cristão pode atuar
Na sala de aula, no pátio, na sala 
de professores, junto à direção da es­
cola, junto à equipe pedagógica, no 
bairro em que mora, na sociedade 
como um todo.
Q S*t<U*usícOyi'‘
Educação pressupõe contribuição 
que ultrapassa o mero conteúdo 
programático
Etimologia
Não há um perfeito acordo entre 
os filólogos com relação à etimologia 
da palavra educação. Para uns ela 
deriva do verbo educare, que signifi­
ca criar, alimentar. Para outros de um 
verbo mais antigo: educere, composto 
da preposição ex, que significa "dire­
ção para fora", e do verbo ducere, 
conduzir, significando em conse- 
qüência "tirar de dentro para fora".
Alguns vêem na existência desta 
dupla origem dois conceitos distin­
tos e díspares de educação.
Assim, Herbart considera que o 
que propõe a educação é introdu­
zir m ateriais no educando, "a li­
mento" que é preciso dar ao espí­
rito para que se desenvolva. Por 
outro lado, Pestalozzi afirma que a 
única coisa que o educador tem que 
conseguir é desenvolver os ger- 
mens que já se encontram no edu­
cando. (Buchon, C. Sanchez, Peda­
gogia - Instituição Teresiana do Rio 
de Janeiro, 1958).
Os dois movimentos 
que constituem a educação
Apesar de as definiçõesacima a- 
parentarem uma falta de conciliação, 
unem-se e completam-se para dizer- 
nos que a educação se acha constitu­
ída por dois movimentos: um de den­
tro para fora - desenvolvimento - que 
é essencial ao processo, o que produz 
o amadurecimento ou perfeição da 
pessoa, mas que necessita, para pro­
duzir-se, de outro movimento, de fora 
para dentro.
Dito de outra maneira, é preciso ali­
mentar com meios tanto naturais como 
sobrenaturais, o educando para que se 
desenvolva e alcance o ideal humano 
que lhe propôs Deus (apesar de parte 
dos educadores contaminados pela se- 
cularização não admitirem isso).
A contribuição do educador 
cristão deve ultrapassar 
a exposição do conteúdo 
programático
Obviamente, que não estou pro­
pondo que devamos deixar de lado o 
conteúdo programático, mas sim, 
permeá-lo daquilo que realmente 
produz vida, que descortina a vida 
eterna para o aluno, que suscita e que 
o instiga a curiosidade para conhecer 
Deus. Se admitirmos que a educação 
para ser completa deve alcançar toda 
a dimensão humana: espírito, alma e 
corpo, aceitaremos a verdade de que 
o professor comprometido com o Rei­
no de Deus procurará transmitir, 
prudentemente, aos seus alunos os 
valores eternos contidos na Bíblia 
Sagrada.
Tomás de Aquino declarou na ter­
ceira parte de sua Summa: Não pode 
faltar o desenvolvimento do natural 
e do sobrenatural. Porque, se faltar 
um ou outro não haverá educação; 
educação completa não será senão a 
que trate conjuntamente da formação 
do homem no duplo aspecto de sua 
vitalidade: a natural e a sobrenatural.
Creio que o professor salvo tem as 
repostas para as grandes perguntas 
do ser. Dessa forma, de fora para den­
tro posso lançar em meus in­
terlocutores a semente do Evangelho. 
Por outro lado, o Espírito Santo irá 
fazer brotar a vida de dentro para fora 
do espírito do aprendiz. Será que foi 
por isso que Jesus declarou que o 
Reino de Deus está dentro de vós? 
(Lc 17.21)
Razões para o docente cristão 
contribuir na área secular
Realizar a obra de Deus não é ex­
clusividade de obreiros consagrados 
pela igreja. Todo cristão genuíno deve 
dar testemunho de sua fé.
A Palavra de Deus nos mostra 
muitos leigos que fizeram grandes
obras para Deus: a pequena escrava 
de Naamã; Priscila e Aquila; José, es­
poso de Maria; Dorcas; a mãe de Rufo 
etc.
Os exemplos da experiência cristã 
atestam a valiosidade do trabalho dos 
leigos para o crescimento do Reino de 
Deus na face da Terra.
Abaixo, veremos algumas razões 
para o docente cristão contribuir na 
área secular.
A disseminação do Evangelho 
de Jesus Cristo não é uma 
tarefa exclusivamente clerical
Essa verdade é fundamentada por 
três razões bíblicas:
O docente cristão faz parte 
do sacerdócio universal
O apóstolo Pedro expôs essa reve­
lação com muita propriedade:
"Mas vós sois a geração eleita, o 
sacerdócio real, a nação santa, o povo 
adquirido, para que anuncieis as vir­
tudes daquele que vos chamou das 
trevas para a sua maravilhosa luz", 
lPd 2.9.
O docente cristão é uma 
testemunha de Jesus
A honrosa incumbência de ser tes­
temunha do Senhor não foi destina­
da somente aos oficiais da Igreja de 
Cristo na Terra. Para tanto, ele nos 
capacita com o poder sobrenatural do 
Seu Santo Espírito, conforme Atos 1.8.
O docente cristão é um membro 
do corpo de Cristo
A metáfora paulina de ICoríntios 
12.21-25 mostra que cada crente é um 
membro do corpo de Cristo. Se um 
servo de Deus atua secularmente no 
ensino, o Senhor espera que esse 
membro aja orientado pela Cabeça 
desse organismo vivo que é Jesus.
Todo professor deve sentir-se hon­
rado por fazer parte da Igreja de Je­
sus. Também deve entender que a
igreja (corpo) de Cristo não é simples­
mente uma coleção de indivíduos que 
concordam com uma filosofia. A Igre­
ja é um organismo do qual os mem­
bros são partes interrelacionadas. 
Logo, em cada escola que possui um 
educador salvo, ali está uma exten­
são da Igreja.
O docente cristão é parte 
da centralidade que Jesus 
ocupa no cosmo
Paulo recebeu uma grande reve­
lação de Deus quando declarou a res­
peito de nossa relação com o Senhor 
Jesus Cristo, "porque Dele, e por Ele, 
e para Ele são todas as coisas". Isso 
nos autoriza dizer que cada crente é 
do Senhor, vive por Ele, e existe para 
Ele.
Logo, educador cristão! Você per­
tence a Cristo! Você vive porque o 
Senhor lhe concede a vida! Você deve 
viver para Jesus!
Antes de expor essa verdade, o 
Apóstolo aos gentios expressara uma 
das poesias mais profundas da lite­
ratura cristã: "Ó profundidade das 
riquezas, tanto da sabedoria, como da 
ciência de Deus! Quão insondáveis 
são os seus ju ízos e quão ines- 
crutáveis os seus caminhos! Porque 
quem compreendeu o intento do Se­
nhor? Ou quem foi seu conselheiro? 
Ou quem lhe deu primeiro a ele para 
que lhe seja recompensado?" E de­
pois finalizou Paulo: "Glória, pois, 
a Ele eternamente. Amém!" (Rm 
11.33-36).
Quanto à verdade que vivemos 
para Cristo, podemos ler em Co- 
lossenses 3.23-24, "...vós, servos, 
obedecei em tudo a vosso senhor se­
gundo a carne, não servindo só na 
aparência, como para agradar aos ho­
mens, mas em simplicidade de cora­
ção, temendo a Deus. E, tudo quanto 
fizerdes, fazei-o de todo o coração, 
como ao Senhor e não aos homens, 
sabendo que recebereis do Senhor o
galardão da herança, porque a Cris­
to, o Senhor, servis."
O docente cristão é agraciado 
com talentos naturais que serão 
cobrados pelo Senhor
A parábola dos talentos registra­
da pelo Evangelista Mateus (25.14-30) 
revela que o Senhor recompensará 
cada salvo pela forma com que utili­
zou o conhecimento que adquiriu. 
Retribuirá, na eternidade, pelas habi­
lidades naturais e espirituais que 
executou em prol do Reino de Deus. 
Galardoará pelas oportunidades es­
pirituais que soube aproveitar. E Que 
incentivo é para o professor cristão 
influenciar o ambiente em que está 
inserido com o Evangelho!
O docente cristão recebeu de Deus 
oportunidade para adquirir conheci­
mento e foi colocado por Deus numa 
posição de influência muito grande. 
Por isso, o Senhor espera que ele seja 
um propagador do Seu plano para a 
redenção do homem.
"D eus poderá contar com um 
grande agente na difusão dos valo­
res eternos em um contexto secular 
amplo e fertilíssimo."
Realizar a obra de Deus não é ex­
clusividade de obreiros consagrados 
pela igreja. Todo cristão genuíno deve 
dar testemunho de sua fé.
"Apesar de saber que o conteúdo 
vida eterna é o mais importante que 
alguém pode receber, o professor de­
ve ser ético para não chocar-se com a 
postura profissional."
"E preciso alimentar o educando 
com meios tanto naturais como sobre­
naturais para que se desenvolva e al­
cance o ideal humano que lhe propôs 
D eu s." '-^
Robson Brito é líder da AD em Sarandi, 
Maringá (PR), licenciado em Letras, bacharel 
em Direito e professor do Ensino Médio
Sw iiw zdivi'' Q
Presidente da Convenção Geral
José Wellington Bezerra da Costa
Presidente do Conselho
Administrativo
Antonio Dionísio da Silva
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente de Publicações
Claudionor Corrêa de Andrade
Gerente Financeiro
Walter Alves de Azevedo
Gerente de Produção
Ruy Bergsten
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Editor-chefe
Antônio Pereira de Mesquita
Editora
Miriam Anna Liborio 
Designer Gráfico 
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Ilustração 
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Paulo Sérgio B. Von Indelt 
Editoração Eletrônica 
Oséas F. Maciel 
Foto capa 
Solmar Garcia
Atendimento a igrejas e livrarias
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e Lucimar Rangel
Atendimento para assinaturas
Ana Costa Belmiro 
Francis Reni Pereira Hurtado 
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Fone 0800-21.7373 (ligação gratuita) 
ou 21-406.7308
Núm ero avulso:
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Ensinador Cristão - revista evangélica trimestral, lançada 
em novem bro de 1999, e d ita da pela Casa Pub licadora 
das Assem bléias de Deus.
C orrespondência para pub licação deve ser endereçada 
ao D epartam ento de Jornalism o. As remessas de va lo r 
(pagamento de assinatura, pub licidade etc.) exclusivamen­
te à CPAD. A d ireçã o é responsável perante a Lei p o r 
toda m atéria pub licada. Perante a ig re ja, os artigos assi­
nados são de responsab ilidade de seus autores, não re­
presentando necessariam ente a o p in iã o da revista. As­
segura-se a pub licação, apenas, das colaborações solici­
tadas. O mesmo princíp io vale para anúncios.
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D ireção , Redação, A d m in is tra ção , G erência C om erc ia l 
e O ficinas:Av. Brasil, 34 .401- Bangu - CEP 218 52 -000 - 
Rio de Janeiro - RJ - Fone 21-406 .7368 - Fax 4 0 6 .7 3 6 0 
E-mail e ns inodo r@ cpod .com .b r
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£ d ifíc il fa la r codre educação, quer ceja re liq ioca ou não, 
cem tocar no tema "D idática.
"Hecte número, Sncinador (Cnictão fa la codre a atuação do 
profeccor tanto na iq re ja como na área cecular e fa f cima, adorda- 
qem codre a, recponcadilidade no dinôm io encino/aprendiqaqem . 
s4 quem compete ecta odriqaçáo? £ o profeccor o única recponcável 
peloe recultadoc? ônde entra a, atuação- da aluno? jle ia O docente 
cnictão na área cecu lar e ‘̂ ecponeadilidode xecíproca. 'Veja coma 
Sncinador (Cnictão tra ta ecte accunto.
(Como ante, em p rin cíp io , a, d idática dependia m uito maio, da je ito 
de encinar e da intuição do profeccor, uma oef que (a v ia dem pouco a 
aprender codre como encinar.
£cce je ito de encinar provém da capacidade de em patia do profeccor 
que deoe cer cencível o dactante pana colocar-ce no luqar de outrem .
£ ie pode ter uma form ação pedaqóqica m uito doa, poném, ce não tiver 
empatia não fanciona. Sm patia qena interação, portanto, é fandamental. Suando 
ecta em patia é refançada par um dom cuporte d idático, a atividade educacio­
na l tom a-ce ainda m aio praqeroca.
Pencando nicco, duccamoc pana você informaçâec codre o uco de fan- 
tochec e como a p licá -loc na educação crictâ . (Confina em O pn iviléqio de 
Cevar encino e a leqria ao meerno tempo e ^.evicitando o uco de fantochec. 
/fproveite pana cader cua oriqem e como elec podem a u xilia r na tranem ie- 
cão e campneencão da mencaqem divina.
“"Deixai v ir a m im oc pequeninoc"... £ dom pencar que Deuc 
por interm édio de ceu "pilho Çecuc preocupa-ce conocco. £ cta preocupa­
ção não é voltada apenac para o adulto, ela é d iriq id a tamdém ãc 
criançac. Aendo £ncina a criança no caminho em que deve andar e 
(Comportamento na adoleccência você compreenderá m elhor cea filh o 
e verá que ê poccível criá-Co e conduqi-Co no caminho eterno.
(Como decenvolver no ceu aluno uma vida ecp iritu a l cõliA 
da? Sue tip o de cidadão você, tem pnopocto farm ar? "Precicamoc 
noc eefarçar para term oc vicão cuficientem ente corriqida , não pana 
cerm oc apenac hádeic u tilitã rio c de recurcoc d idáticoc, mac, pana 
cerm oc, tamdém, tolenantec com aquelee que cão diferentec de nóc. 
'Vieãe adquirida pela proxim idade de Deuc, que O faça tão íntim o, 
que cejam oc capaqec de reconhecê-lo em qualquer cituação e, codre- 
tudo, cejam oc reconhecidoc por £ íe .
Sncinador (Cnictão n~ 4 expõe icto ao fa la r codre deficiência 
vicua l moetnando que cer deficiente não im p lica nececcaniamente cer 
ineficiente, díeia em 'Vicão que cupena Cimitec e D eficientec, c im ! 
*Inopenanteo, não!
díiçõec Stdlicae da (CPs4D tem caído de ceu Cuqan comum e alcan­
çado peccoac de form a inucitada. 'Prim eiro atravéc de fita c caccetec que 
favorecem peccoac ceqac, im poccidilitadac de ter em draitle; depoic, cheqando 
ãc cadeiac onde deqenac de pnecidiárioc conventidoc têm oportunidade de conhe­
cer a Pa lavra de Deuc.
£cpero que você qocte de rnaic ecte número de Sncinador (Cnictão. 
£ ta ê eladorada para cooperar com você, Sem pre!
mailto:ensinodor@cpod.com.br
Albertina Malafaia e Helena Figueiredo
Duas vidas dedicadas ao ensino.......................................................... EEJ
O tesouro de Patmos...............................................................................V9X
Fantoches - o privilégio de levar ensino e alegria ao mesmo tempo .EU
Visão que supera limites.........................................................................£ 3
Livres para servir mesmo encarcerados.............................................. Q3
ED em Foco.............................................. ED
Exemplo de Mestre...................................................................... EU
Boas Idéias............................... ED
Sala de Leitura............................. EQ
Recriarte...................... m
Em Evidência.............................. m
Música.................................. ....................................................................
Apoio.........................................................................................................E l
Espaço do Leitor......................................................................................E 3
O docente cristão na área secular...............................
Ensino/Aprendizagem - Responsabilidade recíproca
Comportamento na adolescência................................
Bíblia - Livro-texto da Escola Dominical....................
Ensina a criança no caminho em que deve andar.....
Maratona bíblica.............................................................
Revisitando o uso de fantoches...................................
Contribuição da ED para a sociedade.........................
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A lbertina M alafa ia e
Duas vidas dedicadas ao ensino na maior escola do mundo
Por Silas Daniel
A o lado da irmã Helena Figue­iredo, irmã Albertina Malafaia é um exemplo de vida dedicada ao ensino da Palavra de Deus.
Esposa do pastor Gilberto Malafaia, 
líder da AD em Jacarepaguá, Rio de Ja­
neiro, mãe de cinco filhos, desde de seus 
15 anos está envolvida com a ED.
Há mais de 20 anos, irmã Albertina tra­
balha no Setor de Educação Cristã da CPAD 
e leciona no Curso de Aperfeiçoamento de 
Professores de Escola Dominical (CAPED), 
desde sua fundação. Nessa entrevista, ela 
fala sobre sua experiência como professora, 
da sua paixão pela ED, que considera a 
maior escola do mundo.
Irmã Helena Figueiredo, membro da AD 
em São Cristóvão (RJ), liderada pelo pastor 
Túlio Barros Ferreira, tem servido ao Senhor 
na área do ensino desde sua adolescência.
Casada com o irmão Othoni de 
Figueiredo ela faz questão de enfatizar que 
criou seus dois filhos sem olvidar o ensino 
da Palavra de Deus.
Professora, com especialização em ad­
ministração escolar e pós-graduada em 
docência superior, ela éfilha dos pioneiros 
da AD em São Cristóvão, o casal Lauro 
Soares e Nair Barata Soares, que com a 
irmã Cacilda Brito escreveu as primeiras 
revistas infantis sob supervisão do irmão 
Emílio Conde.
Fotos: Arquivo
Há mais de 20 anos ela leciona no 
CAPED. Atualmente, também é diretora 
acadêmica da Escola de Missões da AD no 
Brasil (Emad) e diz sentir-se satisfeita com 
tudo que fez e ainda faz para Deus. "Sinto- 
me realizada através do ensino", afirma.
EC - Tendo nascido em um lar cristão, 
a senhora teve algum tipo de conflito?
H elen a - Eu sempre ouvia de 
meus pais um relato sobre o dia da 
conversão deles.
Eles sempre foram pessoas de bom 
caráter, mas não tinham Jesus. Eles se 
converteram depois da explanação 
do plano da salvação pelo pastor Nils 
Kastberg.
Com o passar dos anos, de tanto 
eu ouvir meus pais comentarem o dia 
da conversão deles, inclusive eles ti­
nham em suas Bíblias anotada a data 
da conversão, eu ficava preocupada 
comigo, porque eu não tivera esse dia 
especial.
Lembro-me que aceitei Jesus em 
um culto infantil, mas não me lem­
bro quando.
Então, no início da minha adoles­
cência, fui acometida por um desejo 
de ir ao mundo para apenas poder, 
depois, contar uma experiência fan­
tástica. Nunca compartilhara esse de­
sejo com ninguém até que, certo dia, 
conversei com pastor Geziel Gomes, 
que me trouxe uma bela palavra, con­
vencendo-me do meu erro. Ele lem­
brou-meda passagem de Nicodemos 
e Jesus e do fato de que os filhos são 
herança do Senhor. A partir dali, co­
mecei a valorizar mais a bênção de 
ter nascido em um lar evangélico. 
Essa experiência, inclusive, me serviu
Stuií+uzdíyi'' El
H elena
para ajudar os adolescentes e jovens 
que passaram pela mesma experiên­
cia. Quem dera que todos os filhos 
nascessem em um lar evangélico! É 
um privilégio!
Figueiredo
Foto: Solmar Garcia
EC - Como se deu sua conversão?
Albertina - Eu era pequena, tinha 
seis anos e fui com minha mãe à 
igreja.
Quando o pastor fez o apelo, eu 
estava dormindo. Minha mãe me 
acordou dizendo: "Acorda pra se en­
tregar pra Jesus!" Então, fui à frente 
sonolenta. Entretanto, este fato não 
significou muito para mim.
Na minha adolescência, embora 
sempre tenha sido uma aluna assídua 
da Escola Dominical e tenha tido uma 
ótima professora, era considerada na 
época uma moça muito vaidosa. Na 
verdade, eu não tinha vontade de me 
comprometer com a igreja. Eu joga­
va no primeiro time de vôlei infanto- 
juvenil da minha escola e era muito 
apegada ao que fazia. v
Certo dia, fui à igreja e um pres­
bítero estava pregando. A mensagem 
dele tocou no meu coração. Abaixei a 
cabeça e chorei. Me arrependi. Saí do 
time e mudei meu comportamento.
Posteriormente, li um livro que 
tocou muito meu coração. Eu tinha 
15 anos quando li Em seus passos que 
faria Jesus. Comecei a falar de Jesus 
na escola, no bonde e nas ruas, inclu­
sive entregando folhetos. Nesse perí­
odo, fui convidada por minha profes­
sora para ser adjunta da classe de ED. 
Comecei a ler mais a Bíblia e fui to­
mando gosto pelo ensino da Palavra. 
Até hoje ensino na ED.
Um fato que considero marcante 
em minha vida cristã foi meu batis­
mo no Espírito Santo. Certo dia, fui à 
igreja e estava me sentindo muito tris-
A maior realização de irmã Helena é sua dedicação ao ensino.
te por motivos pessoais. Era ensaio 
do coral. Sentei-me e, no período de 
oração, uma amiga minha disse que 
queria orar ao meu lado porque esta­
va sentindo uma alegria muito forte 
perto de mim. Começamos a orar e 
senti como se estivesse subindo. Con­
tinuei de olhos fechados e quando me 
senti bem no alto, vi uma porta se 
abrindo no céu. De lá saiu um Ser que 
passou a conversar comigo. Ele fala­
va e eu respondia em línguas estra­
nhas. Foi muito lindo.
EC - Como se deu sua chamada 
para o magistério?
Helena - Meus pais são pioneiros
da AD em São Cristóvão, Rio de Janei­
ro. Quando nasci, fui apresentada na 
Casa de Deus. Fui criada na Escola 
Dominical. Minha mãe valorizava o 
ensino. Ela era professora antes de se 
converter. Quando ela se converteu, 
passou naturalmente a valorizar o en­
sino evangélico. Quando estava na ado­
lescência, minha mãe me chamou para 
ajudá-la na classe de crianças. Foi quan­
do descobri que tinha essa tendência, 
essa vocação para o ensino. Comecei a 
sentir uma maior responsabilidade. 
Mas, além do apoio dela, tive excelen­
tes professores como a missionária Ruth 
Dorris Lemos que dirigia um belo co­
ral de moças, no qual eu cantava.
Depois de muitos anos ensinando e 
dirigindo classes infantis, fui convida­
da para dirigir o Departamento Infan­
til da AD em São Cristóvão com a irmã 
Ciléia Barros. Estivemos muitos anos à 
frente daquele departamento. Em 1975, 
a ED em São Cristóvão foi dividida em 
cinco departamentos. Foi quando sur­
giu o Departamento de Adolescentes, 
que passei a dirigir de 1975 até dezem­
bro de 1995.
EC - Gostaria que compartilhas­
se uma de suas experiências na área 
do ensino.
Albertina - Fui professora secular 
muitos anos e, sempre trabalhei em 
escolas perto de favelas, onde as difi­
culdades são muitas. Eu me lembro que 
a coordenadora, técnica em educação, 
todas as vezes que distribuía as clas­
ses, dizia para mim: "Dona Albertina, 
vou apelar para seu espírito cristão", e 
me dava a pior turma. Mas aquilo era 
plano de Deus, porque eu aproveitava 
todas as oportunidades para falar de 
Jesus aos meus alunos.
Recebi, então, uma turma de 5o 
série. A turma tinha muita gente fora 
da faixa etária e era muito rebelde. Eu 
consegui alguma coisa com aquelas 
crianças na base de oração. Todos os 
dias, eu pedia para parar a algazarra 
e dizia: "A professora Albertina é 
crente e crê num Deus vivo. Todas as 
manhãs eu oro por essa turma e apre­
sento todos vocês diante de Deus no­
minalmente", então eles aliviavam 
um pouco. Passaram-se os anos e eu 
saí daquela escola. Muitos anos de­
pois, um jovem bateu no meu portão 
e me perguntou: "A senhora não está 
me conhecendo? Eu sou o Hélio! 
Lembra de mim?" Era um dos mais 
rebeldes daquela turma terrível. "Eu 
me lembro. O que trouxe você aqui, 
Hélio?", perguntei. "Irmã Albertina", 
ele me respondeu, "vim aqui pedir
üü
perdão por todas as coisas que fiz à 
senhora. As críticas, zombarias e 
agressões". Ele começou a chorar e eu 
também. "Suas palavras, disse ele, 
não saíram do meu coração e eu ago­
ra sou um crente batizado no Espíri­
to Santo". Anos depois, encontrei-me 
de novo com ele em um restaurante. 
Hélio hoje é casado, tem uma bela fa­
mília e é pastor de uma igreja batista 
renovada. Isso foi muito marcante em 
minha vida. Um incentivo para con­
tinuar ensinando.
EC - Quais foram suas realiza­
ções e funções no ensino secular?
Helena - Comecei como professo­
ra primária. Iniciei com alfabetização 
e fui até à classe de 5a série. Depois, 
fui subdiretora de escola e diretora. 
Em 1983, assumi um DEC - Distrito 
de Educação e Cultura - , que abran­
gia todas as escolas da Vila Militar a 
Realengo, aqui no Rio de Janeiro. 
Eram 53 escolas do governo e 13 par­
ticulares sob minha responsabilidade. 
Anos depois, me aposentei.
EC - Qual a maior dificuldade 
que a senhora enfrentou à frente de 
uma classe?
Albertina - Desde cedo eu gostava 
do ensino. Comecei muito jovem, sem 
experiência. Mas eu orava e meus alu­
nos gostavam de mim. Tudo que eu 
falava eles atendiam. Porém, eu ainda 
sentia muita dificuldade porque não 
tínhamos material didático. Não havia 
material de apoio fácil. Só existia uma 
revista, que era a mesma dos adultos. 
Deus, contudo, me deu graça. Estudei 
para ser professora e, quando comecei 
a lecionar na escola primária, trouxe as 
experiências e o material da escola se­
cular para serem utilizados na ED. E 
Deus foi me preparando até chegar o 
momento em que eu pude escrever e
preparar revistas de ED para crianças 
e adolescentes.
EC - Atualmente, qual a sua ati­
vidade?
Helena - Com minha aposentado­
ria do governo, pensei em cruzar os 
braços e descansar. No entanto, fiquei 
surpresa como Deus ainda me queria 
ativa na sua obra. Em 1996, fui convi­
dada pelo pastor Temóteo Ramos de 
Oliveira para dirigir a parte pedagó­
gica da Escola de Missões das Assem­
bléias de Deus (Emad). Hoje estou 
envolvida em missões. Já formamos 
sete turmas. Estou muito feliz, pois 
tenho visto Deus atuar grandemente 
na obra missionária. Além disso, con­
tinuo ministrando aulas no CAPED, 
onde estou desde o começo. Leciono 
a disciplina Pedagogia Cristã. Apesar 
de não estar mais como professora de 
Escola Dominical, a ED ainda faz par­
te da minha vida, pois faço parte do 
corpo docente desse curso que tem 
formado e aperfeiçoado professores de 
ED em todo o Brasil. Sinto-me extre­
mamente realizada.
EC - Como se deu seu envolvi­
mento com o Setor de Educação Cris­
tã da CPAD?
Albertina - Foi através do pastor 
Antonio Gilberto. Ele me convidou 
para trabalhar na Casa e minha pri­
meira ocupação foi fazer o planeja­
mento de revistas de ED por faixas 
etárias, desde o jardim de infância até 
adolescentes de 15 a 17 anos. Depois, 
passaria a escrever as revistas. O pla­
nejamento foi feito em três meses e 
Deus abençoou as revistas. E verdade 
que as primeiras revistas que saíram 
não foram tão boas, mas a educação é 
assim mesmo. Ela tem um aspecto fle­
xível para dar abertura para a gente 
melhorar e se atualizar.
Grupo de professores da ED
A vivam ento em 
S an ta TerezinhaDesde que assumiu a coorde­nação da ED da congrega­ção em Santa Terezinha, dirigida por Odécio Satre e ligada à 
AD em Franca (SP), liderada pelo pas­
tor Edson de Oliveira, a maior preo­
cupação do coordenador, irmão 
Adenir Sibaldeli da Fonseca, foi a fal­
ta de espaço, ou seja, a falta de salas 
adequadas para cada faixa etária.
Culto de
enceramento da ED
Classe de crianças na ED
Após alguns anos de muito traba­
lho sem espaço, a casa que era ocupa­
da pela família do pastor foi desocu­
pada e transformada em salas de aula 
para ED.
Com este aumento de espaço, no­
tamos que no final do trimestre de 
1999 o número de alunos aumentou 
significativamente.
No início do ano 2000, com o tema 
" Avivamento" veiculado pela revista 
Lições Bíblicas, houve um interesse 
maior por parte dos irmãos e a cada 
domingo o número de alunos tem 
aumentado.
Não podia ser diferente, pois aos 
domingos tem sido um verdadeiro 
pentecostes. Cremos que na congre­
gação aqui em Vila Terezinha já che­
gou o reavivamento. O povo tem sido 
despertado para aprender a Palavra 
de Deus que é viva e poderosa.
E não vamos parar por aí, mas con­
tinuaremos orando para que Deus 
desperte toda a congregação para o 
aprendizado da Palavra levantando 
evangelistas, pastores e missionários, 
pois o fim está chegando e temos que 
sair para a colheita final, para que o 
reino de Deus seja engrandecido na 
terra.
f
Adenir Sibaldeli da Fonseca é coordenador 
da ED em Santa Terezinha, Franca (SP).
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M
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es
Ensino/aprendizagem
Responsabilidade recíproca
C ésar M oisés
D epois do mandato do nos­so Senhor Jesus Cristo à Grande Comissão (da qual eu e você fazemos parte): "Portanto, 
ide, ensinai todas as nações, batizan­
do-as em nome do Pai, do Filho e do 
Espírito Santo, ensinando-as a guar­
dar todas as coisas que vos tenho 
mandado; e eis que estou convosco 
todos os dias, até a consumação dos 
séculos. Amém!" Mt 28. 19-20, ficou 
subentendido que os discípulos são 
ensinadores.
Independentemente dos diferen­
tes dons concedidos pelo Supremo 
Mestre (Ef 4-11), a Gran­
de Comissão deve 
ser homogênea na 
tríplice tarefa de 
e v a n g e liz a r , 
discipular (en­
sinar) e bati­
zar. Este tri­
pé não é para a Igreja algo opcional, é 
uma ordem imperativa e compulsó­
ria.
Vez por outra, quando se fala em 
ler para aprender, recebemos como 
resposta versículos isolados e retira­
dos do seu contexto original como 
desculpa para não estudar; um deles, 
bastante popular: "... porque a letra 
mata, e o Espírito vivifica", 2Co. 3.6, 
ao estudarm os o contexto desse 
versículo, descobrimos que ele não se 
refere ao ensino secular e muito me­
nos teológico e sim à Lei Mosaica.
A parte "a" do versículo 20 diz, 
"ensinando-os a guardar todas as 
coisas que eu vos tenho manda­
do..." As "coisas" às quais o 
Senhor Jesus se refere, tratam 
de Doutrinas da Salvação, 
que são as mais fáceis de se 
entender (Glória a Deus 
por isso).
Porém, há algumas coisas que 
merecem ser analisadas antes de sair­
mos a discipular. Dentro dessa linha 
de doutrina, existem outras ramifica­
ções que formam a Soteriologia 
(estudo sistemático das verdades 
bíblicas que tratam da salvação, re­
generação, justificação, adoção e 
santificação do ser humano com base 
na obra vicária de Cristo). Na atual 
realidade, é inviável o comissionado 
sair para sua missão, sem antes se 
preparar e obter o devido conheci­
mento do plano de salvação estipu­
lado por Deus desde a queda do ho­
mem.
Alguns se aproveitam do que Je­
sus disse em Mateus 10.19, "Mas, 
quando vos entregarem, não vos dê 
cuidado como, ou o que haveis de fa­
lar, porque, naquela mesma hora, vos 
será ministrado o que haveis de di­
zer". Utilizam-se desta passagem 
como pretexto para não exa­
minar sistemati­
camente a Pa­
lavra do Se­
nhor e de-
mmmàwmmmmà wmnmrmmmir.
mais obras congêneres, as quais nós 
utilizamos para lançar luz em pala­
vras obscuras. O próprio apóstolo 
Paulo tinha suas fontes de consulta 
para um maior domínio da Palavra 
de Deus: "Quando vieres, traze a capa 
que deixei em Trôade, em casa de 
Carpo, e os livros, principalmente os 
pergaminhos" (2Tm 4.13).
Nós só podemos recordar o que 
um dia já vimos. Lembre-se do que 
diz Isaías, "O Senhor Jeová me deu 
uma língua erudita para que eu sai­
ba dizer, a seu tempo uma boa pala­
vra ao que está cansado. Ele desper- 
ta-me todas as manhãs, desperta-me 
o ouvido para que ouça como aque­
les que aprendem" (Is 50.4).
Os apóstolos Pedro e João eram 
considerados pelo Sinédrio como 
"homens sem letras e indoutos", At 
4.13, porém o Espírito Santo minis­
trou o que eles deveríam dizer. Os 
argumentos usados por eles, foram 
todos com base nos ensinamentos 
que outrora ouviram do Mestre, (At 
4.11) ou seja, os apóstolos disseram 
aquilo que já sabiam. O Espírito San­
to neste caso, apenas orientou-os o 
que dizer e a que hora falar.
Eu creio que o Espírito Santo pos­
sa intervir e ajudar-nos a discursar 
qualquer assunto sem que tenhamos 
conhecimento do mesmo, todavia, 
este será um caso excepcional onde 
nossa capacidade de conhecimento 
foi inatingível.
Em suma, valer-se desse versículo 
como escusa para não estudar, é equi­
parar-se ao sacerdote de Oséias 4.6.
Como membros da Grande Co­
missão é nossa responsabilidade es­
tudarmos a Palavra de Deus para 
ensinarmos corretamente e não ser­
mos envergonhados quando sairmos 
para executar nossa missão.
Ainda no âmbito educacional, ve­
mos de modo explícito a Palavra de 
Deus afirmar que existe o dom exclu­
sivo do magistério cristão, (ICo 12.28 
e Ef 4.11). Esta atividade independe
do nosso compromisso com a Gran­
de Comissão. Ele é singular.
E um dom sobrenatural quanto à 
interpretação e aplicação das Escritu­
ras Sagradas, constituindo-se numa 
ação direta do Espírito Santo sobre o 
que ensina, abrindo-lhe as faculdades 
mentais para que compreenda os 
arcanos divinos e assim aplique-os à 
vida da Igreja de Cristo.
Alguém menos avisado poderá 
rapidamente pensar que com a defi­
nição acima nada tenha a fazer senão 
abrir a Bíblia e a esmo disparar a fa­
lar. Não! Tal como a aprendizagem, 
semelhantemente é o ensino, ambos 
são evolutivos (Ef 4.12-13 e Atos 
18.24-25).
Depois de revelar o título conce­
dido à pessoa que possui este dom, o 
apóstolo Paulo adverte aos portado­
res: "Se é ensinar, haja dedicação ao 
ensino", Rm 12.7b.
Sob este mesmo prisma, a CPAD 
sabiamente escolheu esta ordem 
como slogan da revista Ensinador 
Cristão, que surgiu para sedimentar 
e auxiliar o trabalho de todos que se 
dedicam ao ensino.
Dedicação é a palavra que denota 
a célula mater desse dom. Na execu­
ção da atividade educativa, excluir 
esta palavra, é negligenciar a vocação. 
Não podemos esquecer que ineren­
tes ao privilégio de ensinar, encon­
tram-se as respon­
sabilidades cabíveis 
ao encargo.
Na segunda e- 
pístola do apóstolo 
Pedro no capítulo 3 
versículos 15 e 16, 
ele já falava sobre 
"pontos difíceis de 
entender", referin­
do-se às epístolas 
do apóstolo Paulo.
E nesses pontos que 
encontra-se a in ­
cumbência do ensi­
nador, é seu com­
promisso aclarar esses textos e trazer 
a lume seu verdadeiro sentido.
Logicamente que para isso, ele 
terá que buscar ajuda divina através 
da oração e também nos recursos li­
terários que obrigatoriamente deva 
possuir.
Não raras vezes, professores des­
preparados vão para adiante de uma 
classe de ED lecionar. Quando isto 
ocorre, duas coisas podemos diag­
nosticar:
A pessoa não possui aptidão para 
ensinar.
Está exercendo relaxadamente 
aquilo que com tanto amor o Senhor 
lhe confiou.
O primeiro caso, resolve-se com a 
transição da pessoa para a sua área 
de melhor desempenho; o segundo 
com a dedicação ordenada pelo após­
tolo Paulo e com a lembrança de 
Tiago 3.1.
Os comentaristas de nossas Lições 
Bíblicas, oram, jejuam, consagram-se 
e escrevem o mais esclarecido possí­
vel, para transmitirem as verdades à 
Igreja, pelo espaço limitado sinteti­
zam o assunto em pauta, compilam 
umpequeno glossário e alguns sub­
sídios para ajudarem o professor. É 
evidente que os alunos sempre espe­
ram mais do tema em estudo. Sendo 
conhecedor dessa verdade, o comen­
tarista descansa, considerando que o
ensinador irá buscar alguns recursos 
extras para enriquecer o conteúdo da 
lição. Entretanto, grande é a decep­
ção, pois ao iniciar aula, a classe per­
cebe que o professor está lendo a li­
ção pela segunda vez, e que a partir 
desse instante ele irá parafraseá-la 
lendo-a pela terceira e última vez e 
depois que acabar, despedirá a todos 
sem o menor ressentimento.
O professor deve ter em mente que 
não está ali apenas para ler a lição e 
sim para esclarecê-la, haja vista a di­
ferença de graus escolares em classes 
diversificadas como as da ED.
Um dos erros cruciais que o pro­
fessor comete quando não esclarece 
a lição é subestimar o conhecimento 
dos alunos, pois ao pronunciar pala­
vras difíceis e incomuns, os menos 
alfabetizados se sentem constrangi­
dos e interiorizados. É bíblico con- 
textualizarmos a mensagem confor­
me as possibilidades intelectuais de 
cada um.
Com o auxílio do glossário da li­
ção do mestre e de um bom dicioná­
rio da língua portuguesa, o ensinador 
poderá ampliar os conhecimentos de 
seus alunos.
É de primordial importância co­
nhecer a linguagem do grupo para 
o qual se está lecionando e usá-la 
para alcançá-lo. Seja ela erudita ou 
popular.
m
Dentro de sua filosofia educacio­
nal, o ensinador deve adotar vários 
recursos de ensino, um deles é o in­
centivo. Ao invés de deixar seus alu­
nos ociosos durante toda a semana, 
estimule-os a estudarem não somen­
te a leitura diária, mas toda a lição. 
Estando todos familiarizados com o 
assunto, com certeza a aula será me­
lhor aproveitada a participativa. Al­
gumas vezes, vemos aulas serem in­
terrompidas e mutiladas por conver­
sas alheias ao tema da lição. Quando 
parte do aluno, é falta de amadureci­
mento e harmonia com a aula. Quan­
do vem do professor, é preciso subs- 
tituí-lo rapidamente!
Um outro acontecimento é o des­
caso com que é tratada a ED. Algu­
mas igrejas mantêm a ED estagnada 
em seus templos. Os líderes não in­
centivam a membresia a participar, os
professores são desatualizados e não 
conhecem nada sobre pedagogia. 
Deixam funcionar a escola apenas no 
nome, simplesmente porque ela exis­
te há mais de dois séculos, e uma igre­
ja que não a possui seria incompleta.
Esse desleixo é um paradoxo se 
comparado ao exemplo do nosso 
Mestre. Um terço de seu ministério 
terreno foi dedicado ao Ensino (Mt 
4.23). Jesus deu e dá importância às 
Escrituras Sagradas, "porque as ver­
dades nela contidas, são verdades 
redentoras e não acadêmicas, são 
questões que envolvem a vida ou a 
morte, e que exigem uma resposta e 
decisão pessoal, tanto do ensinador 
quanto do aluno".
Seja mais assíduo e leitor da Bíblia! 
Ore mais! Estude e amplie seus co­
nhecimentos para que, a cada domin­
go, a qualidade de suas aulas possam 
ser melhores e a freqüência com isso 
venha aumentar. Faça com amor a 
obra de Deus, pois através de seu 
dom, o Senhor está "querendo o aper­
feiçoamento dos santos para a obra 
do ministério, para a edificação do 
Corpo de Cristo. Até que todos che­
guemos à unidade da fé e, ao conhe­
cimento do Filho de Deus, a varão 
perfeito, à medida da estatura com­
pleta de Cristo, para que não sejamos 
mais meninos inconstantes, levados 
em roda por todo vento de doutrina, 
pelo engano dos homens que, com 
astúcia, enganam fraudulosamente. 
Antes, seguindo a verdade em cari­
dade, cresçamos em tudo naquele que 
é a cabeça, Cristo, do qual todo o cor­
po, bem ajustado e ligado pelo auxí­
lio de todas as juntas, segundo a jus­
ta operação de cada parte, faz o au­
mento do corpo para sua edificação 
em amor", Ef 4.11-16.
César Moisés Carvalho é presbítero, superin­
tendente daE D e secretário de Educação Cris­
tã e Cultura Religiosa na AD em Goioerê (PR)
O que está por trás do G-12
Paulo Cesar U m a
O que realmente está por trás desse movimento chamado G-12: a edificação 
da Igreja ou sua divisão pelo divulgar de idéias erradas acerca do Evangelho? 
Este livro trata desse modismo que tem dividido a opinião de verdadeiros 
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Comportamento
Hormônios em efervescência ou falta de princípios?
Ediva M aria Daniel
O comportamento na ado­lescência apresenta uma etapa evolutiva peculiar ao ser humano. E um período con­
traditório, confuso, ambivalente, 
doloroso, que culmina todo o processo 
biopsicossocial do indivíduo. O corpo 
cresce, novas funções sexuais surgem, a 
mente se desenvolve, o ambiente se 
modifica, a qualidade das sensações 
afetivas e sexuais se transforma.
Tudo isso provoca no jovem uma 
série de crises que vão sendo supera­
das uma a uma, com maior ou me­
nor dificuldade, sem que o desenvol­
vimento natural seja afetado.
Não podemos compreender a ado­
lescência estudando separadamente 
os aspectos biológicos, psicológicos, 
sociais ou culturais, pois o jovem em 
crise num determinado aspecto, com­
promete também outros papéis de 
sua vida, prejudicando assim, não só 
seu rendimento intelectual (escolar), 
mas também, o psico-afetivo, repre­
sentado por seus relacionamentos em 
quaisquer ambientes que freqüente.
As mudanças no pré-adolescente são 
desordenadas. Ora sucessivas, ora simul­
tâneas e, mal a psiquê se readapta, tem 
novamente de se redimensionar, numa 
contínua alteração. Ele vive em constan­
tes desequilíbrios entre o que se passa na 
sua mente e no seu corpo. E um período 
de instabilidades, inseguranças, temores 
e muita preocupação buscando no exte­
rior parâmetros de suposta normalidade.
O grande acontecimento físico 
deste período é a aceleração do cres­
cimento, é a passagem progressiva da
BI S tu U m d o n .'
infância à adolescência, o propalado 
estirão que culmina com a maturação 
sexual ou puberdade.
O adolescente é o filho enjeitado 
da medicina. Tão logo evidencie si­
nais de que a puberdade chegou, o 
pediatra, alegando que em breve não 
caberá mais em sua mesa de exames, 
trata de encaminhá-lo ao especialista 
que, por ainda não tê-lo na conta de 
um paciente adulto resiste em aceitá- 
lo como cliente.
É nesta etapa evolutiva quando se 
cristaliza o processo de aquisição da 
individualidade com todos os come­
morativos que assinalam o esforço 
pessoal para se diferençar da matriz 
sócio-familiar de origem e criar seu 
próprio universo.
É nesse período, sob a regência da 
constelação endócrina que ocorrem 
acentuadas modificações somáticas, 
transformações físicas e de comporta­
mento, determinadas pela entrada em 
circulação de novas entidades hormo­
nais, exercendo profundos e importan­
tes efeitos metabólicos com finalidadesreguladoras sobre o organismo.
No adolescente masculino, o psi- 
quismo é influenciado aumentando 
a agressividade. Com isso, tendem a 
ficar aterrorizados por agressões
ambientais e, altamente vulneráveis 
à tensão emocional estando sujeitos 
a alterações por condicionamentos 
negativos.
Portanto, a crise vital do adoles­
cente, caracterizada por mudanças bi­
ológicas, conflitos intrapsíquicos, fan­
tasias, ansiedade, depressão, rebeldia, 
estão dentro dos critérios de norma- 
lidades e, podemos atribuir essa cri­
se basicamente à ação e surgimento 
dos hormônios estrógeno e pro- 
gesterona nas meninas e testosterona 
nos meninos. Para que nessa crise 
haja um equilíbrio, é necessário utili­
zarmos o ensino da Palavra de Deus.
O adolescente é um produto his­
tórico da infância. Tudo o que a in­
fância manifestou ou omitiu, poderá 
aparecer neste período.
No entanto, com a marca dos pri­
meiros anos dentro de si, tendo sido 
este odre formado à luz da Palavra 
de Deus, ainda que experimente mu­
danças qualitativas do empurrão da 
natureza, o ensino da Palavra forma­
rá uma muralha contra o pecado, pois 
ela tem uma atuação maravilhosa em 
nossas vidas. E como o martelo que 
esmiúça a penha, espada de dois gu­
mes, lâmpada para os nossos pés.
Se essa palavra é cum prida e 
exercitada. Se nos encarregarmos de 
ensinar nossos filhos pautados por 
ela, estaremos modulando vidas nos 
preceitos divinos e, consequen-te- 
mente, firmando um ambiente cir­
cundante na estrutura de base, a 
Palavra de Deus.
As transformações corporais no 
adolescente, correspondem às trans-
na adolescência
formações psicológicas que o levam 
a uma nova relação com os pais, com 
o mundo e consigo mesmo.
É im portante nessa relação 
trinitária (pai - mãe - filho), o ensino 
e a preservação da Palavra, pois será 
ele quem livrará nossos adolescentes 
do comportamento rebelde e exacer­
bado, da literatura pornográfica, da­
ninha à vida espiritual, da vir- 
tualidade indecorosa, despersoni- 
ficadora da conduta do adolescente.
Precisamos sedimentar a persona­
lidade do nosso adolescente cumprin­
do à risca a Palavra de Deus para que 
as dificuldades sejam atenuadas no 
Senhor. Talvez estejamos ensinandc 
a Palavra aos nossos filhos soment 
ao deitarem-se ou ao levantarem- 
esquecendo-nos, todavia, da persev 
rança, no transcurso de suas vida 
pelo caminho, -cs*
Ediva M aria Daniel da Silva é psicóloga 
clínica, professora de Biologia, Psicologia e 
membro da AD em Água Preta (PE).
“ Precisamos sedimentar 
a personalidade do nosso 
adolescente cum prindo à risca 
a Palavra de Deus”
18
Bíblia
Livro-texto da Escola
A revelação de Deus aos homens
M arcos Tuler
OTodo-Poderoso revelou-se à humanidade plenamente através de seu Filho Jesus Cristo - palavra viva; tornou-se ho­
mem para dar ao gênero humano 
uma idéia concreta, definida e palpá­
vel do que seja a pessoa que deve­
mos ter em mente quando pensamos 
em Deus - Deus é tal qual Jesus.
Toda a Bíblia se desenvolve ao re­
dor da bela história de Cristo e de sua 
promessa de vida eterna. Seu apare­
cimento na terra, indubitavelmente, 
é o acontecimento central de toda a 
história. Cristo é o Verbo Divino, a
WrStr/tf!, M
.
“ Deus e o autor da Bíblia 
por excelência, e o Espírito Santo, 
seu real intérprete” Fotos: Solmar Garcia
Palavra de Deus em ação, tema 
unificador: o assunto central da Bí­
blia.
O Antigo Testamento forneceu o 
cenário para o surgimento do Messi­
as. O Novo, descreve-o com perfei­
ção. Assim, Cristo se esconde no An­
tigo Testamento e é desvendado no 
Novo.
Os crentes anteriores a Cristo olha­
vam adiante com grande expectativa, 
ao passo que os crentes de nossos dias 
vêem em Cristo a concretização dos 
planos de Deus: o perfeito e harmo­
nioso cumprimento da Bíblia.
Quem é o autor da Bíblia? Quem 
é seu real intérprete?
Deus é o autor da Bíblia por exce­
lência, e o Espírito Santo, seu real in­
térprete.
Embora Deus 
seja o genuíno 
autor da Bíblia, 
inspirou cerca de 40 
homens para escrevê-la. 
Esses homens tinham 
diferentes atividades, viviam 
distantes uns dos outros, ti­
nham estilos e características dis­
tintas e eram provenientes de três 
continentes. O trabalho de todos le­
vou pelo menos uns 1.500 anos - de 
Moisés ao apóstolo João.
Independente dessas circunstânci­
as, na Bíblia há um só plano mostran­
do, de fato, que há um só autor divi­
no a guiar o homem. Isto é o que ga­
rante a unidade da revelação bíblica.
/ 4 ’itiy O '
Dominical
A formação do cânon sagrado
Você conhece a origem da Bíblia? 
Sabe como, em quanto tempo e, em 
quais condições ela foi formada? Sabe 
o que ela representa e sempre repre­
sentará para a humanidade?
A palavra cânon, expressão latina, 
deriva-se do termo grego kanõn, que 
significa literalmente "vara reta de 
medir" ou "régua de carpinteiro". Em 
outras palavras, este termo denota 
um padrão de medida excelente e ri­
goroso.
Aplicado às Escrituras o cânon sig­
nifica aquilo que serve de norma, re­
gra de fé e prática. Deste modo, o 
cânon Sagrado é uma coleção de li­
vros que foram aceitos por sua auten­
ticidade e autoridade divinas. Isto 
significa que os livros que hoje for­
mam a Bíblia satisfizeram o padrão, 
ou seja, foram dignos de serem acei­
tos e incluídos.
Os livros da Bíblia são denomina­
dos canônicos para não serem con­
fundidos com os apócrifos, escritos 
não inspirados e não autorizados por 
Deus.
O emprego do termo cânon foi pri­
meiramente aplicado aos livros da 
Bíblia por Orígenes (185-254dC).
Como se formou e em quanto tem­
po se completou o cânon do Antigo 
Testamento?
O cânon do Antigo Testamento foi 
formado num período aproximado 
de 1.046 anos - de Moisés a Esdras.
M oisés com eçou a escrever o 
Pentateuco cerca de 1491aC. Esdras 
surge por volta de 445aC.
Esdras, segundo a literatura judai­
ca, na qualidade de escriba e sacer­
dote, presidiu um conselho formado 
por 120 membros chamado Grande 
Sinagoga. A Grande Sinagoga seleci­
onou e preservou os rolos sagrados, 
determ inando naquele tempo o 
cânon das Escrituras do Antigo Tes­
tamento (Ed 7.10,14).
Foi essa mesma entidade que re­
organizou a vida religiosa nacional 
dos repatriados e, mais tarde, deu ori­
gem ao supremo tribunal judaico de­
nominado sinédrio.
A formação do cânon 
se deu gradualmente
Antes mesmo de Deus ter ordena­
do a Moisés que escrevesse pela pri­
meira vez um memorial a respeito da 
vitória de seu povo sobre os 
amalequitas a Palavra de Deus já cir­
culava entre os homens sob o méto­
do da transmissão oral: "Escuta-me, 
mostrar-te-ei; e o que tenho visto te 
contarei; o que os sábios anunciaram, 
ouvindo-o de seus pais, e o não ocul­
taram..." Jó 15.17-18.
Agora observe as evidências da 
formação do cânon na própria narra­
tiva bíblica.
Moisés
M oisés com eçou a escrever o 
Pentateuco cerca de 1491aC, conclu­
indo-o por volta de 1451aC.
Não há evidência de que o homem 
tivesse a palavra de Deus escrita an­
tes do dia em que Jeová disse a 
Moisés: "Escreve isto para memória 
num livro e relata-o aos ouvidos de 
Josué...", Ex 17.14.
A memória de Amaleque seria 
riscada para sempre. Esse foi o jura­
mento que fez o Senhor. O Todo-Po- 
deroso queria que aquela vitória fos­
se registrada num livro para que Is­
rael jamais se esquecesse daquele li­
vramento, provisão e justiça divinos.
Mais tarde, Deus haveria de con­
figurar o Livro santo e reafirmar seus 
propósitos a Moisés: "Escreve estas 
palavras; porque conforme o teor des­
tas palavras tenho feito aliança con­
tigo e com Israel" Ex 34.27. [grifo nos­
so]
Josué e Samuel
Josué (1443aC), sucessor de 
Moisés, escreveu uma obra que colo­
cou "perante o Senhor" (Js 24.26).
Samuel (1095aC), último juiz e 
profeta, também escreveu, pondo 
seus escritos "perante o Senhor", ISm 
10.25.
Afinal de contas, o que significa 
escrever e colocar "perante o Se­
nhor"?
Sobre isto, Deus já havia instruí­
do a Moisés: "E porás o propiciatório 
em cima da arca, depois que houver 
posto na arca o testemunho que te da­rei", Ex 25.21.
Tudo nos leva a crer que, naquele 
tempo, os livros sagrados eram de­
positados na Arca do Concerto à me­
dida que iam sendo escritos. Deste 
modo, quem intentaria pelo menos 
tocar na santíssima Arca, onde o 
Altíssimo fulgurava sua glória? Deus 
havia arrumado uma forma bem ori­
ginal de preservar as Sagradas Escri­
turas.
Isaías
Isaías (770aC), profeta e conselhei­
ro de confiança do rei Ezequias, afirma 
que suas inspiradas profecias se cum­
priríam cabalmente e estariam regis­
tradas por escrito no Livro de Jeová. 
Trata-se de explícita referência às Es­
crituras na sua formação: "Buscai no 
livro do Senhor, e lede...", Is 34.16.
Salmos
Em (726aC) os Salmos já eram can­
tados: "Então o rei Ezequias e os prín­
cipes disseram aos levitas que louvas­
sem ao Senhor com as palavras de
KB
Davi, e de Asafe. E o louvaram com 
alegria e se inclinaram e adoraram", 
2Cr 29.30.
Jeremias
O Senhor ordenou a Jerem ias 
(626aC) que registrasse sua promessa 
de trazer seu povo do cativeiro: "A 
palavra que do Senhor veio a Jeremias 
dizendo: assim diz o Senhor Deus de 
Israel: Escreve num livro todas as pa­
lavras que te tenho falado", Jr 30.1-2.
Josias
reparado, o sacerdote Hilquias achou 
o "Livro da Lei" (2Rs 22.8-10). Quan­
do o Livro santo foi lido perante o rei, 
o grande monarca percebeu quanto 
o povo estava fora da vontade de 
Deus e renovou a aliança com o Se­
nhor.
Este episódio é uma evidência da 
formação do cânon naquela época, 
porém, também patenteia-nos uma 
grande lição para os nossos dias. 
Quando a Palavra de Deus é relegada, 
o povo se corrompe.
No tempo do rei Josias (621aC), 
estava sendo
Daniel
Daniel (553aC) refere-se aos livros 
(Dn 9.2). Eram os rolos sagrados das 
Escrituras de então.
Zacarias
Zacarias (520aC) declara que os 
profetas que o precederam falaram da 
parte do Espírito Santo (7.12). Não há 
aqui referências direta a escritos, mas 
há inferências. Zacarias foi o penúlti­
mo profeta do Antigo Testamento, 
isto é, profeta literário.
Neemias
Neemias nos seus dias (445aC), 
achou o livro das genealogias dos ju­
deus que já haviam regressa­
do do exílio (7.5). Cer­
tamente havia ou­
tros livros.
“ A palavra cânon, expressão latina, 
deriva-se do termo grego kanõn, que 
sign ifica literalmente ‘vara reta de 
m edir’ ou ‘ régua de carp inte iro ’”
Ester
Nos dias de Ester, o Livro Sagra­
do estava sendo escrito. Ester e , 
Mardoqueu foram usados por Deus 
para livrar Israel do extermínio, in­
tentado pelo maléfico Hamã.
Para que esse feito fosse lembra­
do perpetuamente, instituíram e re­
gistraram "no livro" a festa de Purim,
"... e escreveu-se no livro" (Et 9.32).
Nos dias de Jesus
Na época de Jesus, os 39 livros do 
Antigo Testamento já eram plena­
mente aceitos pelo judaísmo como di­
vinamente inspirados. O Senhor re­
feriu-se repetidas vezes ao Antigo 
Testamento, reconhecendo-o como a 
Palavra de Deus (Mt 19.4 e 22.29). 
Para se conferir a confiança que os es­
critores do Novo Testamento tinham 
do Antigo, basta conferir as centenas 
de citações da Lei, dos profetas e dos 
escritos feitos por eles.
Concluímos que, começando por 
Moisés, à proporção que os livros iam 
sendo escritos, eram postos no 
tabernáculo, junto ao grupo de livros 
sagrados. Esdras, como já dissemos, 
após a volta do cativeiro, reuniu os 
diversos livros e os colocou em or­
dem, como coleção completa. Destes 
originais eram feitas cópias para as 
sinagogas largamente disseminadas.
O cânon do Antigo Testamento só 
foi realmente reconhecido e fixado no 
Concilio de Jâmnia em 90dC.
Houve muitos debates acerca da 
aprovação de certos livros, porém, o 
trabalho desse Concilio foi apenas 
ratificar aquilo que já era aceito por 
todos os judeus através dos séculos.
Os livros apócrifos 
do Antigo Testamento
A palavra apócrifo significa, lite­
ralmente "escondido", "oculto", isto 
em referência a livros que tratem de 
coisas secretas, misteriosas, ocultas.
No sentido religioso, o termo signifi­
ca não genuíno, espúrio, suposto, ile­
gítimo.
Os livros apócrifos foram escritos 
entre Malaquias e Mateus, ou seja, en­
tre o Antigo e o Novo Testamento, nu­
ma época em que cessara por comple­
to a revelação divina.
Nunca foram reconhecidos pelos 
judeus como parte do cânon hebraico. 
Jam ais foram citados por Jesus 
nem foram reconhecidos pela igreja 
primitiva.
Apareceram pela primeira vez na 
septuaginta, a tradução do Antigo 
Testamento feita do hebraico para o 
grego. Quando Jerônimo traduziu a 
famosa Vulgata, no início do século 
5, incluiu os apócrifos oriundos da 
septuaginta.
São 11 os escritos apócrifos: sete 
livros e quatro acréscimos a livros.
Os sete livros apócrifos constan­
tes das Bíblias de edição católico-ro- 
mana são: Tobias, Judite, Sabedoria 
de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1 
Macabeus, 2 Macabeus.
Os quatro acréscimos ou apên­
dices são: Ester (a Ester 10.4-16.24); 
Cânticos dos três santos filhos (a 
Daniel 3.24-90); História de Suzana 
(D aniel 13); Bel e o D ragão (a 
Daniel 14).
Em 1546, no Concilio de Trento, a 
Igreja Romana aprovou os apócrifos 
(escritos que apoiavam seus falsos 
ensinos) para combater o movimen­
to da Reforma Protestante.
O cânon do Novo Testamento
Como no Antigo Testamento, ho­
mens inspirados por Deus escreve­
ram, aos poucos, os livros que com­
põem o cânon do Novo Testamento. 
Sua formação levou apenas duas ge­
rações, quase 100 anos. Em lOOdC, to­
dos os livros do Novo Testamento es­
tavam escritos. O que demorou foi o 
reconhecimento canônico, isto motiva­
do pelo cuidado e escrúpulo das igre­
jas de então, que exigiam provas con­
cludentes da inspiração divina de cada 
um desses livros. Outra coisa que 
motivou a demora na canonização foi 
o surgimento de escritos heréticos e 
espúrios com pretensão de autorida­
de apostólica. Trata-se dos livros 
apócrifos do Novo Testamento.
Por que formar um cânon 
para o Novo Testamento?
Jesus foi o Redentor de quem o 
Antigo Testamento deu testemunho. 
Suas palavras, segundo eles, não po­
diam ter menos autoridade do que a 
Lei e os Profetas. Convencidos disto, 
os cristãos as repetiam sempre e as 
colocaram na forma escrita que se 
tornou o núcleo do cânon.
O tempo estava passando. En­
quanto a regra tradicional da "dou­
trina apostólica baseada nos ensinos 
de Cristo e na interpretação do seu 
trabalho" foi mantida, não houve ne­
cessidade de escrevê-la. Mas, com a 
morte dos apóstolos, um a um, a tra­
dição oral tornou-se insuficiente. As 
dissensões nas igrejas também torna­
ram o apelo à palavra escrita tanto 
natural quanto necessário.
Nenhum livro podia ser declara­
do Escritura, se não contivesse a ên­
fase que o tornasse como tal. Preva­
lecia uma unanimidade surpreenden­
te entre as igrejas quanto aos escritos 
que falavam convincentemente de 
Deus.
O cânon do Novo Testamento au­
mentou sob a orientação de um ins­
tinto espiritual, em lugar da imposi­
ção de uma autoridade externa.
Os escritos aceitos eram de auto­
ria daqueles honrados pela Igreja - 
Mateus, João, Paulo, Pedro - assim 
como de pessoas menos conhecidas, 
apoiadas por uma autoridade apos­
tólica - Pedro por trás de Marcos, 
Paulo por trás de Lucas. Alguns livros 
levaram mais tempo para alcançar a 
canonicidade.
O cânon do Novo Testamento se 
fixou de forma quase universal no 
século 4depois de Cristo, com Ataná- 
sio de Alexandria (325dC).
No ano de 367 d.C. Atanásio en­
viou uma carta estabelecendo a lista 
dos livros sagrados que deviam ser 
lidos nas igrejas. Essa lista era exa­
tamente a mesma que contém os atu­
ais vinte e sete livros do Novo Testa­
mento.
Porém, o cânon neotestamentário 
só foi definitivamente reconhecido e 
fixado, quando uma lista idêntica à 
de Atanásio foi aprovada no concilio 
de Cartago em 397dC.
A Bíblia é fruto 
da mente de Deus
Concluímos que a Bíblia é como a 
construção de um grande prédio em 
que há muitos operários empregados. 
Cada um sabe bem o seu ofício, po­
rém todos dependem do plano do ar­
quiteto. Ela é perfeita e harmoniosa.Embora tivesse havido tantos au­
tores humanos, a unidade, simplici­
dade e singularidade da Bíblia indi­
cam que houve uma só mente por 
atrás de todas, a mente de Deus.
Os autores humanos fornecem 
variedade de estilo e matéria. O au­
tor divino garante unidade de reve­
lação e ensino.
Teólogos liberais, através da da­
nosa Alta Crítica, fazem de tudo 
para colocar a Bíblia em descrédito. 
Chegam a sustentar que ela é uma 
espécie de história secular do esfor­
ço do homem por encontrar a Deus. 
Rejeitamos essa idéia com repug­
nância!
A Bíblia é a Palavra viva de Deus 
que narra o esforço do Todo-Podero- 
so por revelar-se e salvar o homem 
perdido,
Marcos Tuler é pedagogo, articulista
e professor do CAPED.
S tà iK e u lo n ,'' Bi
Filtpos
essalónica
Beréia
;.fa
Nicopolis
Connto
ç- Tròade 
Pergamo ̂
E sm irn a-^ . 
Efeso - __
Magnésia
Filadélfia
Sarde^ Herápohs ^
I / / Antioquia /
listra
F. dessa
Tarso
/ . Derbe
A ten as ^ C fi? cM e as ^ , / , Sa amma
Colossos CHIPRE
PATMO
M a R
Antioquia
M e d ' t e r r ã n e o
C r e n e
Pafos Sidom Damasco
yiro Cafam auH -
Ptolemaida '^ ^ P è ia
Cesareia — Sebaste tSam
Jope ‘ Jerusalém
Lida •
Alexandra mm
Imagens: Atlas Vida Nova
Mènfis
O tesouro de Patmos
Dezenove séculos depois, a ilha apocalíptica guarda 
relíquias e preserva uma das maiores bibliotecas do mundo
Por B attis ta Soarez
A vida do apóstolo João, o autor do livro de Apo­calipse, fez tanta diferen­ça entre os habitantes das terras judai­
cas que mereceu, por parte das auto­
ridades do Império Romano, um mer­
gulho numa tina de azeite fervendo, 
segundo diz a tradição local.
gj| S*t<U*uv(<n'
Por misericórdia divina, ele saiu 
do tacho completamente ileso. Isso 
deu muito o que falar para o povo não 
cristão da época, que acreditava ser 
João um feiticeiro ou qualquer outra 
espécie paranormal.
Mas o apóstolo tinha uma comu­
nhão com Deus tão profundamente
verdadeira que todo o sofrimento ad­
ministrado pelos cruéis soldados ro­
manos lhe serviu de inspiração lite­
rária: foi ali que o livro do Apocalipse 
foi construído à base de revelações 
recebidas diretamente de Deus. Se­
gundo pesquisadores, além do último 
livro da Bíblia, outros belíssimos tex­
tos foram escritos, porém, considera­
dos apócrifos pelos especialistas em 
Direito Canônico, quando na época da 
canonização.
A pequena ilha de 39 quilômetros 
quadrados forma inúmeras baías e 
ainda dois estreitos istmos. Por causa 
disso, Patmos então divide-se em três 
partes. Onde, na era bizantina, ficava 
a antiga cidade, hoje é Khora, a capi­
tal da ilha e está a 2,5 quilômetros para 
o norte, próximo de um mosteiro, 
onde está todo o acervo de manuscri­
tos e pergaminhos antigos.
Restauração
Erguido exatamente sobre as ruí­
nas de um antigo templo em home­
nagem à deusa Artemis, provavel­
mente construído às custas do traba­
lho forçado dos mártires cristãos, o 
mosteiro que guarda os preciosos 
manuscritos é a principal atração tu­
rística local. Pesquisadores do mun­
do inteiro deleitam-se nos tesouros 
que Patmos conserva ao longo dos 
anos. Inclusive, alguns pergaminhos 
e outros manuscritos estão sendo res­
taurados cuidadosamente pelo Insti­
tuto Inter-regional de Conservação do 
Livro, de Aries, na França.
Desde que foi criado, em 1088, o 
mosteiro (cujo nome foi dado em ho­
menagem ao apóstolo que escreveu o 
Apocalipse) recebe continuamente 
cuidados especiais por guardiães que 
têm uma rotina já bem secular. Atual­
mente, são vinte monges que prote­
gem os tesouros de Patmos.
Depois que Constantinopla caiu, 
em 1453, a pequena ilha sobreviveu 
ao declínio intelectual que daria fim 
à vida monástica grega. Pelo que se 
sabe, foi a única cidade cultural que 
teve a honra de receber doações de 
inúmeros tesouros, como, por exem­
plo, a coleção particular do bispo 
Nicéforo, de Laodicéia.
Assim , Patmos acum ulou um 
grande acervo literário. Por esse mo­
tivo os monges do mosteiro João ti­
veram que dedicar especial atenção 
aos mais de 2 mil volumes de edições 
antigas e 13 mil cópias de vários do­
cumentos.
Com o passar dos anos, a tec­
nologia tomou conta da moderniza­
ção de Patmos. Hoje, os disquetes, 
CD-rom e sites de Internet transfor­
mam os velhos pergaminhos em 
tecnologia de primeiro mundo.
O mosteiro João está a 152 metros 
acima do nível do mar e recebe tam­
bém os especiais cuidados de pesqui­
sadores franceses. Sua biblioteca já 
é considerada uma das mais impor­
tantes do mundo. Isso porque nela 
estão inseridos preciosíssimos ma­
nuscritos que dão suporte a uma fon­
te de inspiração para que sejam pro­
duzidas muitas e muitas obras lite­
rárias.
Chrysostome, um diácono biblio­
tecário do mosteiro, declarou no ano 
passado que tem o sonho de que os 
pesquisadores franceses e do mundo 
inteiro possam ter acesso aos tesou­
ros da biblioteca do mosteiro João, 
simplesmente apertando uma tecla de 
computador. Na verdade, parte do fi­
nanciamento dedicado ao trabalho do 
mosteiro vem da França.
Diácono Chrysostome demonstra 
tanto amor pelas relíquias da Ilha de 
Patmos que deu-se ao luxo de dedi­
car toda sua vida aos livros. Ele ain­
da era adolescente quando auxiliou os 
microfilmadores da Fundação Naci­
onal para a Pesquisa Grega, na 
reconstituição de alguns manuscritos. 
Hoje ele luta de forma hercúlea para 
conciliar a tradição histórica do tesou­
ro dos manuscritos bizantinos da ilha 
com os progressos da restauração e da 
informática.
Em funcionamento desde 1088, os 
arquivos do mosteiro de Patmos es­
tão entre os mais antigos do mundo 
bizantino, sendo um deles a bula do 
Imperador Aleixo Comneno I, que 
inclusive autoriza a fundação do mos­
teiro, com a aparência de uma forta­
leza, conforme requisitado pelo mon­
ge Ósios Cristodoulos.
Dizem os relatos históricos que 
Patmos, em determinada época, aten­
dia a interesses políticos, além de ser­
vir de exílio para o apóstolo que es­
creveu o Apocalipse no ano 95 dC. 
Um fato que impressiona muito, por 
exemplo, são as primeiras incursões 
turcas nas ilhas então desertas do Mar 
Egeu, anexas ao desenvolvimento 
monástico que caminhou ao lado do 
esforço de recolonização pelos 
bizantinos.
Quando o beato Cristodoulos mor­
reu, em 1094, o seu sucessor abdicou 
da idéia de fundar a biblioteca do 
mosteiro. É que ele tinha medo do 
mar, da vida dura, dos piratas e dos 
turcos. Mas, com as primeiras cruza­
das, os monges voltaram ao mostei­
ro, desta vez com idéia de fundar a 
biblioteca amadurecida.
Em 1988, o superior do Mosteiro 
de São João, Isidore, enviou o padre 
Chrysostome à França, para que ele 
pudesse pesquisar, junto a restaura­
dores de manuscritos, as formas e téc­
nicas avançadas de recuperação. Nes­
sa viagem, ele foi parar em Aries, 
onde fica o Centro Inter-Regional de 
Conservação do Livro. Daí nasceu um 
projeto para vários anos, que foi le­
vado à União Européia.
Com a aprovação do projeto e li­
beração das verbas, foi instalado en­
tão dentro do mosteiro um ateliê mo­
derno, com computadores e equipa­
m entos que perm item a micro- 
filmagem de todos os manuscritos e 
arquivos. Stéphane Ipert, diretor do 
Centro Inter-regional de Conservação 
do Livro, explicou num documento 
que navega pela Internet que o pro­
grama franco-grego pretende restau­
rar todos os manuscritos da bibliote­
ca de Patmos, um trabalho que, na sua 
opinião, durará muitos e muitos anos. 
Por enquanto, o trabalho que está sen­
do feito são gravações em CD-rom de 
miniaturas com iluminuras, além de
Patmos, ilha do mar Egeu onde o apóstolo João ficou exilado
outras edições por outros meios mo­
dernos.
Relíquias
A biblioteca de Patmos guarda 
uma história repleta de relíquias que 
não são encontradas em nenhum ou­
tro lugar do mundo, além de uma 
beleza admirável. Por isso, o Beato 
Cristodoulos não economizou pala­
vras e sentimento ao escrever sobre a 
ilha com tanta emoção: “Como esta 
terra no fim do mundo estivesse va­
zia de homens, o tempo sem sons, e 
navios pacíficos não a tivessem abor­
dado jamais,eu ardia de desejo em 
conquistá-la".
Se hoje Patmos tem uma bibliote­
ca com tantos documentos que são 
verdadeiras relíquias, vale reconhecer 
a luta incansável de Cristodoulos, sen­
do ele o principal idealizador e con­
tribuinte na fundação da biblioteca do 
mosteiro.
Além de vários pergaminhos con­
tendo textos do Apocalipse e outros 
escritos antigos, muitos deles sem 
data, há gravuras e peças de jóias que 
marcam visitas de várias personalida­
des no decorrer dos séculos. Aliás, 
essas visitas deram-se em razão da 
magnitude e atração econômica e cul­
tural da ilha. Entre essas personalida­
des encontra-se Filipe Augusto da 
França, que aportou em Patmos no 
ano de 1191, quando retomava da Ter­
ceira Cruzada.
Dessa mesma época, há uma espé­
cie de poesia descrita por um daque­
les visitantes: "Veja o mosteiro,/brilhan­
do cercado de muralhas, / orgulhoso de 
suas numerosas obras de arte, / a beleza 
incrível do templo / que resplandece ao 
redor do mármore / brilhante e que cinti- 
la com clarões dourados de seus ícones". 
Provavelmente, este pequeno texto foi 
escrito no início da formação da bi­
blioteca.
Em 1201 foi feito um inventário de 
todos os documentos da ilha. Seu con­
teúdo incluía, portanto, 267 manus­
critos em pergaminhos. Destes, 109 
tinham perfil litúrgico, 107 eram tex­
tos edificantes e patrísticos e 31 eram 
escritos sobre os grandes homens da 
história sagrada, por isso chamados 
de hagiográficos. No volume dos 
manuscritos de 1201 ainda foi encon­
trado o Organon, um texto clássico 
escrito por Aristóteles.
Mais tarde, com a invenção da 
máquina de impressão pelo tipógra­
fo alemão Johannes Gutemberg, em 
1440, a biblioteca de Patmos começou 
ser cada vez mais enriquecida com li­
vros de termos médicos, obras de his­
tória, de literatura e ainda textos de 
Platão e de Xenofonte.
Segundo um site da Internet, 
Patmos, hoje, é considerada a mais 
bela das ilhas do Dodecaneso. Sem 
dúvida esse foi o motivo pelo qual 
atraiu tanto a atenção dos conquista­
dores. Depois dos dórios, dos jônios, 
dos romanos e dos turcos, a ilha tam­
bém foi atraída pelos venezianos em 
1659. Os italianos por sua vez toma­
ram, em 1912, todas as ilhas do 
Dodecaneso. Depois de tudo, final­
mente, Patmos alcançou sua liberda­
de logo após a Segunda Guerra Mun­
dial e, no dia 7 de março de 1948, 
uniu-se à Grécia.
Por volta de 1453, conforme já co­
locamos, a ilha de Patmos sobreviveu 
a um declínio intelectual que daria 
fim à vida monástica grega. Todavia, 
no século 17, ela foi novamente cui­
dada e voltou a receber documentos 
raros como, por exemplo, os tesouros 
da biblioteca pessoal de Necéforo, um 
bispo de Laodicéia apaixonado pela 
ilha mais que milenar. A partir daí, a 
aquisição de manuscritos cresceu em 
ritmo acelerado e durou até o século 
19, quando aumentou a curiosidade 
de pesquisadores do mundo inteiro.
Uma das jóias mais raras da bibli­
oteca do mosteiro João é o Evange­
lho de Lucas escrito em letras unciais, 
uma antiga escrita latina usada entre 
os séculos quatro e cinco.
Caçadores de textos
Patmos tornou-se um pólo turís­
tico da comunidade internacional. 
Isso criou alguns problemas porque 
os estrangeiros tornaram-se causado­
res do sumiço de vários manuscritos
BI
preciosos. A cobiça exagerada dos ca­
çadores de textos e editores de várias 
partes do mundo, fez com que mui­
tos documentos raros saíssem da bi­
blioteca com a promessa de retomar. 
Só que esqueciam-se de devolvê-los, 
causando assim prejuízo ao extraor­
dinário patrimônio da biblioteca.
Um exemplo clássico desses trans­
tornos data de outubro de 1801. 
Edward Daniel Clarke, um aventurei­
ro inglês, roubou de Patmos o mais 
antigo dos manuscritos, Diálogos, de 
Platão. Esse manuscrito do filósofo 
grego foi transcrito pelos célebres 
copistas dos reis nabateus, chamados 
Areta.
Isso chocou os monges de Patmos. 
E por causa desse problema com os 
estrangeiros, os guardiães do mostei­
ro gravaram uma placa no alto da 
porta de entrada da biblioteca onde 
se lê a seguinte recomendação: "Guar­
da o conteúdo com mais atenção do 
que a tua vida".
Não obstante, entre os caçadores 
de livros da ilha têm, também, pon­
tos positivos. Em 1890, cientistas eu­
ropeus resolveram vasculhar o mos­
teiro e catalogaram pacientemente 855 
manuscritos e 35 pergaminhos. Tex­
tos esses escritos, na sua maior parte, 
em grego, aramaico, latim e línguas 
eslavas.
Foram encontrados, também, cen­
tenas de textos dos líderes da Igreja, 
cinqüenta textos consagrados ao Di­
reito Canônico e mais cinqüenta obras 
que versavam sobre a vida dos san­
tos da igreja. Havia ainda manuscri­
tos clássicos como a Biblioteca Histó­
rica, de Diodoro da Sicília; Hécuba e 
Orestes, de Eurípides; e Ajax e Electra, 
de Sófocles.
Além do fabuloso trabalho de pre­
servação desses manuscritos, a cola­
boração dos especialistas franceses 
acelerou a dinamização dos projetos 
há anos desenvolvidos pelos monges. 
Assim, os ardorosos trabalhos inclu­
em a microfilmagem dos manuscritos 
e dos arquivos, bem como a constru­
ção de um bonito edifício no mostei­
ro. A publicação de catálogos descri­
tivos acerca dos documentos é mais 
uma responsabilidade inclusa no pro­
jeto mantido pela União Européia, em 
parceria com o Centro de Recupera­
ção do Livro de Aries e o mosteiro de 
João.
As portas da biblioteca da ilha de 
Patmos estão abertas para pesquisa­
dores do mundo todo. Agora, histo­
riadores de arte, estudiosos do Impé­
rio Bizantino, interessados em livros 
antigos, teólogos e filósofos podem 
fazer suas viagens rumo à ilha do 
Apocalipse. Patmos tem uma moder­
na estação portuária, denominada 
Skala, onde não param de chegar tu­
ristas do mundo inteiro.
Patrimônio cultural
Os tesouros de Patmos, sem dúvi­
da alguma, têm um valor incompará­
vel. Hoje, a biblioteca possui um acer­
vo de novecentos manuscritos entre 
os quais 325 manuscritos em perga­
minhos. Os recentes levantamentos 
constatam dois mil volumes de edi­
ções antigas e 13 mil de documentos 
diversos.
Há obras manuscritas importantes 
como Código Vermelho, de Diodoro 
Sikeliotis; uma cópia incompleta do 
Evangelho de Marcos; o Livro de Jó; 
os sermões de Gregório o Teólogo; 29 
pergaminhos contendo textos de mis­
sas, escritos por São Basílio o Grande 
e Crisóstomo. Além destes, há mui­
tos documentos de im peradores 
bizantinos, patriarcas, príncipes, en­
fim há uma quantidade muito gran­
de de jóias raras.
Sem dúvida alguma, uma das be­
lezas mais emocionantes da Ilha de 
Patmos é a Caverna Sagrada do 
Apocalipse, onde o apóstolo João ficou 
preso por 16 meses e escreveu o últi­
mo livro da Bíblia. Aliás, na biblioteca 
de Patmos há alguns pergaminhos es­
critos pelo próprio João que narram a 
impressionante história do apóstolo e 
suas experiências vividas naquele lu­
gar, numa época em que Patmos era 
lugar de prisão e maus tratos. Esses 
textos foram considerados apócrifos, 
por isso não fazem parte do livro de 
Apocalipse, na Bíblia.
m
M íriam Anna Liborio
P rofessor, como o próprio nome diz, é aquela pessoa que profes­sa algo necessário, útil e partin­do de um princípio verdadeiro, para seus 
semelhantes e para a sociedade. É uma ati­
vidade ou ocupação especializada e que 
pressupõe determinado preparo. Pode-se 
definir ainda como aquele que declara ou 
confessa publicamente uma crença, senti­
mento, opinião ou modo de ser.
Na antigüidade não havia professo­
res profissionais, mas filósofos que pre­
gavam as suas verdades. Os atraídos por 
elas passavam a ouvi-los e segui-los.
Os primeiros professores foram os 
pedagogos (aquele que conduz), prisionei­
ros de guerra cultos, feitos escravos e que 
eram incumbidos de ensinar crianças.
Os primeiros professores remunera­
dos foram os sofistas, que cobravam pelo 
ensi-namento que propiciavam. Eles, no 
entanto, eram perigosos porque ensina­
vam seus discípulos a sempre terem ra­
zão com a utilização de sofismas.
O exercício do magistério exige condi­
ções intrínsecas e extrínsecas. Ao professor

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