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Ilumiismo e Rev Francesa

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Teoria, História e Crítica da Arquitetura e Urbanismo III
Século XVIII
ABSOLUTISMO x ILUMINISMO
FORMAÇÃO DO MOVIMENTO ILUMINISTA
Economia baseada no Mercantilismo, domínios coloniais, política baseada no Absolutismo, domínio do pensamento religioso e controle das liberdades individuais
MERCANTILISMO – Doutrina econômica adotada pelas principais nações europeias. Era caracterizado por:
Balança comercial favorável;
Protecionismo;
Metalismo;
Colonialismo.
Rotas mercantis
Absolutismo – centralização dos poderes nas mãos dos
reis. Apoio da burguesia e da aristocracia (nobreza).
Luís XIV (1643-
1715), o “Rei Sol” Henrique VIII (1491-1547)
Pensadores e Filósofos
 Nicolau Maquiavel: Separação entre moral e política; razões do Estado acima de tudo.
 Thomas Hobbes: Governo forte é necessário; humanidade com tendência ao caos.
René Descartes: 1596-1650 Racionalismo como única fonte do conhecimento; verdade absoluta e incontestável; Deus era criador do Universo, porém este era	regido por leis que o homem poderia desvendar.
Isaac Newton: 1643-1727 Interpretação matemática das leis da natureza; apesar de católico, favoreceu o afastamento da crença de interferência divina no universo.
ILUMINISMO
Conceito: movimento cultural da elite intelectualizada europeia do século XVIII que procurou mobilizar o poder da razão, a fim de reformar a sociedade e o conhecimento herdado da tradição medieval.
Promoveu o intercâmbio intelectual e foi contra a intolerância e os abusos da Igreja e do Estado.
O Iluminismo é uma atitude geral de pensamento e de ação.
Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor – mediante:
Introspecção;
livre exercício das capacidades humanas;
engajamento político-social.
O ILUMINISMO
O “Século das Luzes”
Crença na libertação das mentes, dominadas pelas “trevas” da ignorância
Defendiam a Razão (contra Igreja, tradição e fanatismo), as leis universais, jusnaturalismo, a experimentação e a importância das iniciativas individuais e dos interesses burgueses
Mudanças sociais contra o “Antigo Regime”
Governos: criação social, não divina
Voltaire (1694-1778): crítico da Igreja, do clero, embora deísta; defensor da livre expressão do pensamento; contra a guerra e revolução.
Montesquieu (1689-1755): Divisão dos poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário); leis que regulassem o conjunto de valores do Estado e da sociedade – Constituição; denúncia contra abusos de Luís XIV e críticas contra a situação social da França.
ILUMINISTAS
Diderot (1713-1784) e d’Alembert (117- 1783): responsáveis pela Enciclopédia, obra que reunia os escritos dos iluministas e divulgava suas idéias entre 1751 e 1772, quando sua circulação foi proibida pelo governo após a edição de 20 volumes.
Rousseau (1712-1778): Suíço estabelecido em Paris, foi colaborador dos enciclopedistas e mais influente pensador iluminista para a Revolução Francesa. Defendia que o homem era naturalmente bom, ressaltou a democracia igualitária liderada pelo povo.
Adam Smith (1723-1790): considerado “o Pai da Economia”, elaborou e demonstrou leis econômicas.
Contrário ao mercantilismo, afirmava que o trabalho era a fonte das riquezas.
O equilíbrio social seria possível através da concorrência, do livre-comércio e da divisão do trabalho.
Fundamentou o liberalismo econômico.
influenciados pelas ideias iluministas, em 1776, foi declarada a independência dos Estados Unidos da América.
Os EUA passaram a constituir um governo de base iluminista, com um sistema conhecido como “Liberalismo Político”.
Posteriormente várias revoltas ocorreram na Europa a nas Américas sob inspiração do Iluminismo.
REVOLUÇÃO FRANCESA
INTRODUÇÃO
Foi o conjunto de eventos que, de 1789 a 1799, alterou o
quadro político, econômico e social da França.
Antes da revolução, a França era caracterizada pelo Antigo Regime, ou seja, o absolutismo monárquico e o mercantilismo.
A revolução rompeu com o antigo regime, que dominava
a	Europa	desde	o	século	XV.
assim,	um
Tornou-se,
iniciando	a	Idade
importante	marco	histórico, Contemporânea.
A Revolução Francesa inspirou reformas em outros países, além de ter influenciado na independência das colônias espanholas e na proclamação da independência do Brasil.
CAUSAS DA REVOLUÇÃO
Alto custo da monarquia, pois o rei Luís XVI e a sua corte gastavam enormes quantias para sustentar seus privilégios.
As ideias iluministas também influenciaram o desejo por reformas políticas e econômicas. Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade acabaram estampados nas cores da bandeira e também no hino da França.
O gasto com guerras pesou na economia do país. A França participou da Guerra da Independência dos Estados Unidos e perdeu a Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra.
Quadro econômico na França era péssimo e a fome ameaçava a população. Secas levaram a escassez de alimentos.
A divisão da sociedade francesa pois não havia mobilidade e a posição social dependia do nascimento.
SOCIEDADE FRANCESA
Segundo estado: NOBREZA
Terceiro estado: POVO
Isenção de impostos: primeiro e segundo Estados → ESTADO sustentado pelo Terceiro estado
ALTO - Bispos, abades (origem nobre)
Primeiro estado: CLERO
BAIXO - Padres (origem popular)
DE SANGUE (herdeiros da nobreza feudal)
DE TOGA (Burgueses que compravam ou ganhavam títulos de nobreza)
BURGUESIA: Alta, Média e Pequena.
POBRES – Camponeses, trabalhadores urbanos e desempregados
Os gastos da nobreza parasitária e o luxo das festas da corte francesa no Palácio de Versalhes eram bancados pelos impostos pagos pela burguesia.
A INSATISFAÇÃO da maioria esmagadora da população contra a monarquia fazia da França um terreno fértil para os ideais iluministas de “ Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
ETAPAS DA REVOLUÇÃO
Assembleia dos Estados Gerais (1789):
 Questão dos impostos - rei convoca a Assembleia dos Estados Gerais, com representantes dos três estados;
	1	estado	=	um	voto	/	burguesia	queria	voto	por
indivíduo;
	Terceiro	estado	declara-se	Assembleia	Nacional Constituinte.
ETAPAS DA REVOLUÇÃO
1ª fase: Assembleia Nacional Constituinte (1789-91)
 fim do absolutismo monárquico na França;
Invasão da antiga prisão da Bastilha, num momento que representou, simbolicamente, o fim do Antigo Regime.
2ª FASE: A Convenção (1792-93)
 Mandou o rei deposto à guilhotina;
 1793 - REPÚBLICA JACOBINA - os pequeno burgueses, invadiram a Convenção e	prenderam os líderes da alta burguesia.
 Resultou em medidas populares – voto masculino, escola publica, abolição da escravidão, tabelamento de preços de alimentos.
3ª fase: O Diretório (1795-99)
 Alta burguesia voltou ao poder;
 Diretório, 5 membros – diretores – exerciam o Poder Executivo.
 Crise econômica: a corrupção aumentava e faltavam alimentos.
 Com a França imersa no caos, e sob a ameaça de ataques internos e externos, a burguesia articulou entregar o poder a alguém influente e poderoso.
 General Napoleão Bonaparte (1799) começou a governar a França.
CONQUISTAS SIGNIFICATIVAS
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (todos têm direito à liberdade e à defesa da propriedade privada);
Extinção dos privilégios feudais da nobreza;
Aprovação da Constituição Civil do Clero: confisco das terras da Igreja e subordinação de seus membros ao Estado francês;
Promulgação da Constituição de 1791 , que estabelecia o voto censitário e a tripartição dos poderes .
Barroco Tardio / Rococó
Até meados do XVIII, a arte BARROCA promoveu um prolongamento em escala do Renascimento e, embora negasse suas normas rígidas e proporções imutáveis, manteve a perspectiva como elemento primordial na concepção espacial e da valorização das vias e monumentos.
Piazza del Popolo
Principais elementos do URBANISMO BARROCO, característico da Europa dos séculos XVII e XVIII:
a) Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maiorliberdade, movimento e escala, passando a simetria a ser relativa (em composição, mas não em detalhes);
b) Caráter monumental expresso pela busca da
grandiosidade e pela criação de verdadeiras “cidades- cenário”, o que foi obtido por meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação de amplos espaços públicos.
c) Desenho urbano realizado com base na composição arquitetônica – simetria, ritmo, dominância de massas compactas e aspecto imponente e sólido das obras – além da artificialidade dos jardins;
d) Paisagem concebida como construção humana, adquirindo assim um espírito mais arquitetônico artificial e cênico: proliferam eixos, ruas e avenidas radiais, composições geométricas e a retificação de canais, fontes e espelhos d’água;
e) Arquitetura urbana exuberante e retórica, de escala monumental composta por igrejas, palácios e monumentos para os quais convergiam alamedas arborizadas e consistiam nos principais temas estéticos.
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