Buscar

PRÁTICA DE ENSINO OBSERVAÇÃO E PROJETO (PEOP)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM HISTÓRIA
PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP)
POSTAGEM 3: POSTAGEM 1 + POSTAGEM 2 
HERICK KAUAN DE JESUS OLIVEIRA/ RA XXX
PIRAPORA – MG
2023
RELATO DE OBSERVAÇÃO
PONTO DE PARTIDA
A área escolhida para observação é a Escola Estadual Professora Marieta Amorim Vieira, situada na cidade de Buritizeiro – MG, na Rua Presidente Kennedy, 31, zona urbana da referida cidade. Nesta escola existem as etapas de ensino fundamental e médio, na modalidade de ensino regular. 
AMBIENTE ESCOLAR
O ambiente escolar analisado nesse relato possui em sua infraestrutura: áreas de acessibilidade para cadeirantes, sanitários também com acessibilidade, água filtrada, alimentação gratuita, biblioteca, cozinha, laboratório de informática, sala de leitura, sala para os professores, possui também acesso a internet, TVs, retroprojetores, copiadoras, bem como computadores para as aulas de informática e para pesquisas autorizadas aos alunos, conforme necessidade. 
As disciplinas trabalhadas na escola são: para ensino fundamental, Língua/ Literatura Portuguesa; Educação Física; Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras); Matemática; Ciências; História; Geografia; Ensino Religioso. Para o ensino médio, Língua/ Literatura Portuguesa; Educação Física; Artes (Educação Artística, Teatro, Dança, Música, Artes Plásticas e outras); Matemática; Física; Química; Biologia; História; Geografia; Sociologia; Filosofia; Estudos Sociais ou Sociologia.
As instalações da escola são de boa qualidade, visando atender as necessidades básicas para alunos, professores e demais funcionários que compõem o funcionamento da escola, sendo que todas as salas de aula contam com ventiladores, mesas e cadeiras para todos os alunos e professores, lousa e armários, janelas amplas e portas. Os demais ambientes da escola também são climatizados, oferecendo conforto para todos os usuários. 
A escola possui nutricionista especializado na alimentação de jovens e crianças, sendo que as refeições são todas gratuitas e o cardápio é sempre variado, todos os alimentos são produzidos com materiais de qualidade média a alta e também há o fornecimento de mantimentos produzidos pelos agricultores locais como frutas e verduras, para integrar o cardápio da merenda escolar.
Os alunos que frequentam a escola são de classe baixa a média, sendo quem em sua maioria, são de baixa renda, e dependem do ensino gratuito. A escola possui uniforme completo que é vendido aos alunos que possuem condições para adquiri-lo e alguns alunos que não possuem tais condições, recebem doações destes. 
AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Primeiro, e muito importante, logo á frente da escola, há um local que hoje é patrimônio tombado da cidade de Buritizeiro, Fundação Caio Martins que, no inicio do século XX, o Cel. Manoel Joaquim de Melo doou ao Ministério da Marinha uma área equivalente a um alqueire de terra para a construção de uma Escola de Aprendizes de marinheiros, no então povoado de São Gonçalo das Tabocas (hoje, município de Buritizeiro), funcionando no período compreendido entre 1.910 e 1.922, sendo uma instituição que muito colaborou para o desenvolvimento da região, servindo como base educativa para os jovens na época. 
A instituição funcionou por apenas doze anos, extinguindo-se a escola e transferindo-se para a cidade de Pirapora. A partir de 1.922, é fundado o Hospital Regional Dr. Carlos Chagas, pelo médico diretor Dr. Rodolfo Mallard, funcionando no térreo a enfermaria e no pavimento superior o atendimento particular. Os tratamentos mais frequentes eram da malária e feridas de pele, com a utilização de sulfato de traquino. O hospital atendia viajantes que subiam o Rio São Francisco pelo barco a vapor, que eram submetidos à vacina contra a febre amarela. O hospital era mantido pelo Estado, que fornecia medicamentos, recursos para alimentação e profissionais da área médica. Após a morte do seu fundador, o hospital funcionou por mais alguns anos e depois encerrou as atividades, devido a abertura de um hospital em Pirapora. 
Em 1.951, o Cel. Manoel José de Almeida estava de passagem pela região de Buritizeiro e descobriu o prédio tomado pelo mato, sendo assim, resolveu aproveitar para o núcleo da Escola Caio Martins, instituição existente na cidade de Esmeralda. Em 02 de Janeiro de 1.952 foi inaugurado oficialmente, atendendo menores carentes. Hoje, o prédio é utilizado para cinema, sala de reuniões, eventos e oficinas. A Escola Caio Martins é uma referência histórica da arquitetura civil muito importante para Buritizeiro, apresentando importância pelos seus aspectos, formas e pela sua história. 
Imagem 1: Fundação Caio Martins
 Fonte: Prefeitura de Buritizeiro, 2021.
A Ponte Marechal Hermes que liga os municípios de Pirapora e Buritizeiro foi construída sobre o Rio São Francisco e estava inserida no projeto de expansão da Ferrovia Central do Brasil que pretendia interligar a então capital do Brasil, Rio de Janeiro, a Belém do Pará. Inaugurada em 10 de novembro de 1922, a ponte ferroviária metálica é estruturada em treliça, com ligações rebitadas. O tombamento estadual ocorrido em 1985 teve inscrição no Livro do Tombo Histórico, das obras de Artes Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos.
A Ponte Marechal Hermes foi tombada pelo decreto n.° 24.327, de 22 de março de 1985, com inscrição no Livro de Tombo n.° III — Histórico, das Obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos. A Ponte que liga os municípios de Pirapora e Buritizeiro foi construída sobre o Rio São Francisco e estava inserida no projeto de expansão da Ferrovia Central do Brasil que pretendia interligar a então capital do Brasil, Rio de Janeiro, a Belém do Pará. 
Inaugurada em 10 de novembro de 1922, a ponte ferroviária metálica é estruturada em treliça, com ligações rebitadas. Apoiada em 13 pilares de concretos, tem uma extensão total de 694 metros com 8,40 metros de largura. Apesar da grande expectativa criada com a inauguração da ponte e com o prolongamento da Estrada de Ferro Central do Brasil, o projeto jamais foi completado. A construção da ferrovia foi paralisada logo após a travessia do rio São Francisco, na atual cidade de Buritizeiro.
Imagem 2: Ponte Marechal Hermes
 Fonte: Prefeitura de Buritizeiro, 2021.
REFERÊNCIAS
Caio Martins. Minas, 2017. Disponível em: https://www.minasgerais.com.br/pt/atracoes/buritizeiro/caio-martins. 
Ponte Marechal Hermes. Iepha Minas Gerais, 2016. Disponível em: http://www.iepha.mg.gov.br/index.php/programas-e-acoes/patrimonio-cultural-protegido/bens-tombados/details/1/84/bens-tombados-ponte-marechal-hermes.
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR
 Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP EaD, referente ao curso de graduação em História, como um dos requisitos para a avaliação da disciplina Prática de Ensino; Observação e Projeto.
PIRAPORA – MG
2023
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................03
2. OBJETIVOS........................................................................................04
2.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................04
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................05
3. DESENVOLVIMENTO........................................................................05
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................05
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...........................................07
3.2.1 Ambientes e público-alvo...........................................................07
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos.......................08
3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas...............................083.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma...........................10
4. AVALIAÇÃO ......................................................................................10
4.1 RESULTADOS ESPERADOS............................................................11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................11
6. REFERÊNCIAS...................................................................................13
1. INTRODUÇÃO 
A Fundação Caio Martins que, no inicio do século XX, o Cel. Manoel Joaquim de Melo doou ao Ministério da Marinha uma área equivalente a um alqueire de terra para a construção de uma Escola de Aprendizes de marinheiros, no então povoado de São Gonçalo das Tabocas (hoje, município de Buritizeiro), funcionando no período compreendido entre 1.910 e 1.922, sendo uma instituição que muito colaborou para o desenvolvimento da região, servindo como base educativa para os jovens na época. 
A instituição funcionou por apenas doze anos, extinguindo-se a escola e transferindo-se para a cidade de Pirapora. A partir de 1.922, é fundado o Hospital Regional Dr. Carlos Chagas, pelo médico diretor Dr. Rodolfo Mallard, funcionando no térreo a enfermaria e no pavimento superior o atendimento particular. Os tratamentos mais frequentes eram da malária e feridas de pele, com a utilização de sulfato de traquino. O hospital atendia viajantes que subiam o Rio São Francisco pelo barco a vapor, que eram submetidos à vacina contra a febre amarela. O hospital era mantido pelo Estado, que fornecia medicamentos, recursos para alimentação e profissionais da área médica. Após a morte do seu fundador, o hospital funcionou por mais alguns anos e depois encerrou as atividades, devido a abertura de um hospital em Pirapora. 
Em 1.951, o Cel. Manoel José de Almeida estava de passagem pela região de Buritizeiro e descobriu o prédio tomado pelo mato, sendo assim, resolveu aproveitar para o núcleo da Escola Caio Martins, instituição existente na cidade de Esmeralda. Em 02 de Janeiro de 1.952 foi inaugurado oficialmente, atendendo menores carentes. Hoje, o prédio é utilizado para cinema, sala de reuniões, eventos e oficinas. A Escola Caio Martins é uma referência histórica da arquitetura civil muito importante para Buritizeiro, apresentando importância pelos seus aspectos, formas e pela sua história. 
Minas Gerais não tem mar, mas nem por isso uma unidade naval para formação de marinheiros deixou de fazer história. Para valorizar essa memória e uma construção imponente em Buritizeiro, na Região Norte, às margens do Rio São Francisco, o Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) tombou, nesta semana, o prédio da antiga Escola de Aprendizes Marinheiros, que funcionou de 1913 a 1920. O local é ocupado pelo Centro Educacional da Fundação Caio Martins (Fucam), que tem seis unidades no estado.
Segundo a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico de Minas Gerais (Iepha-MG), Michele Arroyo, trata-se do reconhecimento de uma edificação de valor arquitetônico e histórico, pois “a antiga escola tem importância simbólica viva até hoje no imaginário dos moradores da região”. Para a dirigente da instituição, a existência da escola naval revela que o estado já tinha políticas públicas voltadas para a formação de marinheiros e o uso não apenas da área marítima, mas também dos rios navegáveis para transporte de pessoas e mercadorias.
Esse aspecto é muito importante em função de grandes rios que possuem na região, como o Velhas e o São Francisco. Pode ser observado também que havia um posicionamento estratégico dessa unidade ao ficar perto de uma ferrovia, exatamente para propiciar o crescimento dessa região.
“O escritor Guimarães Rosa chama este prédio de ‘a fortaleza do sertão’”, conta Gildázio, que credita à comunidade o empenho para preservação do imóvel. Sendo assim, adianta, está em pauta a restauração do prédio. “Estamos buscando parceiros e vamos começar as obras, ainda este ano, pela cobertura”, explica o vice-presidente. 
Um texto divulgado pelo Iepha traz a palavra do secretário adjunto de estado de Cultura, João Miguel, que presidiu a reunião do Conep: “A Escola de Aprendizes de Marinheiro de Buritizeiro é um grande patrimônio dos mineiros. Trata-se de um prédio de muita importância para a região, para Minas e o Brasil. A região de Buritizeiro congrega história, passado e também projeção para o futuro”. 
A Escola de Aprendizes Marinheiros data de 1913 e fica na margem esquerda do Rio São Francisco, no lado oposto ao porto de Pirapora, no município de Buritizeiro. A finalidade da instituição era o fortalecimento da defesa nacional por meio do aparelhamento da Marinha do Brasil, hoje componente do Ministério da Defesa, e da renovação da força da sua mão de obra. Até dezembro de 1920, quando o governo determinou o fechamento, funcionou como a única escola de aprendizes marinheiros no estado.
Nas pesquisas, os especialistas verificaram que o projeto dos prédios é de autoria do arquiteto italiano Miguel Micussi, que teve escritório em Belo Horizonte e foi responsável por diversos trabalhos em Pirapora, município localizado na outra margem do Velho Chico. As características materiais e de criação artística das edificações mostram que Micussi projetava as construções com conhecimento artístico e clareza de concepção, conforme as correntes artísticas do momento. 
A construção foi iniciada em 1910, com a execução a cargo do capitão de fragata Dr. Tancredo Burlamaqui de Moura, “e a qualidade técnica estava em sintonia com o que se fazia em centros urbanos maiores, conectados à região pela Estrada de Ferro Central do Brasil”. O conjunto arquitetônico se distingue por ter abrigado também outras instituições de importância para a região: a partir de 1922, o Hospital Regional Carlos Chagas, referência na luta contra as epidemias que assolavam o sertão são-franciscano, e, a partir de 1952, o Centro Educacional de Buritizeiro da Fundação Caio Martins (Fucam).
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL 
Levar os alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Professora Marieta Amorim Vieira, a desenvolverem um conhecimento real e prático sobre a história da Fundação Caio Martins, bem como apresentar as possibilidades de aproveitamento de um ambiente não escolar com base nas perspectivas de aprendizagem mais significativa para os estudantes de educação básica da região, englobando todos os aspectos históricos, culturais e socioeducativos de um ambiente que não seja a escola, mas que ofereça muitas possibilidades de aprendizado em todas as suas esferas. Envolvendo as disciplinas de História, Geografia e Língua Portuguesa, bem como temas como ética, meio ambiente, preservação e saúde. Para isso, pretende-se mostrar que pequenas atitudes cotidianas podem contribuir para a promoção do conhecimento e compreensão da importância cultural e da história que cerca nosso município, transformando os estudantes em multiplicadores dos conhecimentos e valores em sua comunidade. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
- Trazer ao conhecimento dos estudantes a história do município.
- Desenvolver habilidades de leitura, escrita e pesquisa.
- Incitar a curiosidade dos estudantes sobre temas históricos, sendo eles locais, regionais ou globais.
- Compreender a importância de um monumento histórico e a importância de um patrimônio tombado; 
- Aproveitar as possibilidades e o conhecimento adquiridos dentro da exploração do tema proposto e do ambiente explorado; 
- Associar as propostas de aprendizado ofertadas nas aulas a serem trabalhadas com os alunos, fazendo com que se obtenha o máximo proveito de todas as atividades das aulas ministradas; 
- Trabalhar a interdisciplinaridade entre História, Geografia e Língua Portuguesa.
- Compreender a interdisciplinaridade inerente ao projeto com relação às disciplinas e aos temas transversais abordados. 
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
A escola não pode ser apenas o lugar onde se completa um ciclo de vida ou de estudos, embora estas atividades sejam de sumaimportância e insubstituíveis. Deve também ser a referência comunitária, o espaço onde se encontra partilha de experiências. Um dos problemas enfrentados é a adequação da prestação de serviços públicos ao crescimento populacional e urbano, gerando, muitas vezes, uma lacuna que não é preenchida e reflete a falta de um espaço onde se possam vivenciar atividades e colaboração entre membros de uma comunidade. 
Outro problema atual é que com o crescimento de atividades, profissões que podem ser exercidas e o advento da internet, falta à escola um serviço de acolhimento e formação, direcionado para o aumento progressivo da decisão que norteará a vida dos jovens e adolescentes. Alguns alunos são reconquistados com o tempo em seus interesses, entretanto, temos dificuldades em acolhê-los e dar a eles uma oportunidade de vivência comunitária verdadeira.
Com o propósito de levar ao conhecimento dos estudantes a história de sua cidade e transmitir uma valorização do passado para a compreensão do futuro. Um artigo do Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo diz: “Buscar as conexões entre presente e passado da História brasileira, enriquecerá, sobremaneira, os conhecimentos dos alunos dos vários Ciclos do Ensino Básico.”. 
Essa é justamente a intenção do projeto, levar o aluno a buscar conexões entre o presente e o passado da cidade, levando-o a expandir seus conhecimentos e desenvolver habilidades. Habilidades estas como a de pesquisa, questionamento, análise de dados e documentos históricos, comunicação, trabalho em grupo, escrita e resumo, que serão muito importantes para o aluno, não só durante o período escolar, mas durante sua vida toda, pois enriquecem o seu conhecimento. 
A realização das atividades em um ambiente não escolar mostra também aos estudantes que, assim como diz BRANDÃO (1981), “[...] A escola não é o único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece [...]”, a educação e o conhecimento podem estar disponíveis em diferentes lugares, de diferentes formas, e é de suma importância que os alunos saibam disso e consigam buscar novos lugares que fornecem conhecimento e novas maneiras de aprender.
Levando em consideração todo o contexto, é importante também ressaltar que a escola é um meio fundamental de acesso à educação aos cidadãos, não podendo, de forma alguma, ser deixada de lado ou negligenciada. Contudo, a escola não é o único lugar em que se pode aprender de forma significativa. Para o desenvolvimento de projetos que busquem aumentar o conhecimento e o interesse dos alunos na história de suas cidades e levá-los a uma aprendizagem significativa, é essencial que fontes confiáveis de informação estejam disponíveis para a consulta e pesquisa por parte dos estudantes, sem deixar de lado a mediação do professor entre os alunos e as informações. 
O professor também é responsável, bem como um papel crucial na busca pela orientação dos alunos de acordo com as etapas do projeto. No que se refere a aprendizagem significativa devemos levar em conta o que é dito por Ausubel, Novak e Hanesian (1978):
 O aprendizado significativo acontece quando uma informação nova é adquirida mediante um esforço deliberado por parte do aprendiz em ligar a informação nova com conceitos ou proposições relevantes preexistentes em sua estrutura cognitiva (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1978, p. 159).
Ou seja, é necessário que o professor tenha noção do que os alunos já conhecem para que possa guiá-los a uma aprendizagem significativa e não apenas na maçante memorização de informações, que não ajuda no aprendizado. Dessa forma, é importante que o docente questione os discentes no início do projeto, para só depois dar continuidade, através das respostas obtidas, ter noção do que os alunos já têm de conhecimento preexistente e alcançando de forma mais assertiva funcionar como uma ponte entre as novas informações e aqueles que as receberão. 
O projeto a ser desenvolvido terá a função de trazer ao conhecimento dos alunos a rica história da Fundação Caio Martins, para que esta não caia no esquecimento. Manter viva essa história, principalmente na mente dos jovens é fundamental para que esse passado não se perca. 
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para a elaboração desse projeto foi proposta a pesquisa em livros disponíveis na biblioteca da escola, com o intuito de envolver os alunos do 1º e do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Professora Marieta Amorim Viera, bem como pesquisa de campo na instituição destaque desta pesquisa, a Fundação Caio Martins. A Escola Estadual Professora Marieta Amorim Vieira, situada na cidade de Buritizeiro – MG, na Rua Presidente Kennedy, 31, zona urbana da referida cidade. Nesta escola existem as etapas de ensino fundamental e médio, na modalidade de ensino regular. A Fundação Caio Martins é localizada logo á frente da E.E.P. Marieta Amorim, com endereço à Praça Coronel José Geraldo, s/n. 
 O foco do projeto será na biblioteca, que conta com alguns livros sobre a história da Fundação e visitas técnicas para entender na prática sobre a mesma. Os livros e as visitas poderão ser consultados e explorados pelos alunos facilmente e servirá como base para a realização das anotações e posteriormente de seus resumos.
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos
História: Representação e Comunicação - Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua produção; bem como análise prática do local a ser estudado; 
Geografia: Investigação e Compreensão - Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território; Assim como a territorialização do espaço em que se encontra a Fundação;
Língua Portuguesa: Investigação e Compreensão - Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção, recepção. Além das disciplinas e dos conteúdos relatados acima, os alunos terão contato com dois Temas Transversais: Temas Locais e Meio Ambiente.
4.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas
1ª etapa – Desenvolvimento na Escola Estadual Professora Marieta Amorim Vieira
Em primeiro lugar será apresentado aos alunos o tema do projeto, durante as respectivas aulas: Conhecendo a história de nossa cidade. Com o tema em mente, os alunos devem ser questionados pelo professor, com as seguintes questões, devem também anotar suas respostas:
1- Você conhece a história da Fundação Caio Martins?
2- Quais são seus conhecimentos acerca desse tema?
Tais questões tem o intuito de saber quanto da história da referida Fundação os alunos já conhecem. A partir das respostas dos estudantes o professor deve discutir sobre como o que aconteceu no passado interfere em nossa vida hoje e como esses processos históricos podem ser estudados graças aos registros feitos, sejam eles livros, fotografias, cartas etc.
Em seguida o professor deve perguntar aos alunos se eles já foram a Fundação Caio Martins, ou algum de seus familiares, entre ascendentes/descentes já passaram por lá. Depois das respostas dos alunos o professor deve explicar o projeto aos estudantes. Deve contar que eles terão que ser divididos em grupos para a realização de uma pesquisa sobre a história da Fundação e tudo que já ocorreu por lá e que essa pesquisa será realizada na biblioteca da escola e com a integração de materiais que devem ser juntados pelos alunos, bem como a visitação em dias combinados, para analise territorial.
2ª etapa – Desenvolvimento em sala de aula, com acervo da biblioteca e materiais juntados pelos alunos
Algumas atividades devem ser propostas, essas atividades devem ser desenvolvidas em sala de aula, com acervo da biblioteca e materiais juntados pelos alunos. As atividades são:
1- Cada grupo deve selecionar umou mais livros e materiais que tratem sobre a história da Fundação.
2- Depois de selecionar os livros e materiais os estudantes devem fazer uma leitura
deles, tendo um caderno para poderem fazer anotações. Lembrando que cada aluno deve fazer as anotações em seu próprio caderno.
3- Depois de completadas as anotações cada integrante do grupo deve expor aos outros membros o que anotou, fazendo assim com que todos estejam a par das informações coletadas.
4- Em seguida, com todas as informações disponíveis, os grupos devem escrever um resumo sobre a história Fundação Caio Martins.
5- Após finalizados os resumos e estudo teórico, os alunos farão uma visita técnica para conhecerem e explorarem o local em que estão pesquisando, obtendo fotos e conhecimentos práticos sobre a história por trás da Fundação.
A participação de todos os membros do grupo, tanto na coleta de informações, quanto na produção do resumo, é de extrema importância para que todos os alunos possam desenvolver as habilidades esperadas e adquirir o conhecimento de forma concreta.
3ª etapa – Fechamento do projeto (produto final)
Os resumos e fotografias produzidos pelos grupos serão expostos em cartazes pela escola. Esses cartazes podem conter imagens para torná-los mais chamativos. Tais cartazes serão colocados de forma espalhada pela escola, com o intuito de permitir que pessoas em vários lugares da escola possam ver o produto do trabalho realizado pelos alunos e, também, aprender mais sobre a cidade e seu passado.
4.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma
Esse projeto terá a duração de 4 dias letivos e será dividido em três etapas. 
Etapa 1: Será realizada no dia 1 de dezembro, entre às 13:00h até às 17:00h. Essa etapa deve ser realizada em sala de aula, onde o professor vai dizer o tema do trabalho aos alunos, fazer as perguntas, descrever como será realizado o trabalho e por fim ajudar na divisão dos grupos.
Etapa 2: Será realizada nos dias 4 à 5 de dezembro, das 13:30h às 17:00h de cada dia. Essa etapa deve ser realizada em sala de aula, destinando o primeiro dia para a pesquisa e anotação de informações, o segundo dia deve ser destinado para a exposição das informações anotadas entre os membros do grupo e para a escrita do resumo de cada um dos grupos, e para a visitação da Fundação para recolherem dados presenciais e fotografias do local.
Etapa 3: Será realizada no dia 6 de dezembro, das 13:00h às 17:00h. Essa etapa deve ser realizada em sala de aula e pela escola. Com os resumos e fotografias em mãos, cada grupo deve ficar responsável pela criação de um cartaz. Feito de cartolina e tendo o resumo como ponto central, o cartaz pode ser incrementado com as fotografias referentes aos assuntos do resumo.
Depois de finalizados, os cartazes devem ser colocados nas paredes de diferentes ambientes da escola, permitindo que outras pessoas possam ler as informações contidas neles.
4. AVALIAÇÃO 
A avaliação acontecerá levando em conta dois fatores. O primeiro deve ser a participação de cada indivíduo no grupo, ou seja, o professor deve analisar o esforço colocado por cada aluno na realização do projeto, se o aluno ajudou o grupo na coleta de informações, na criação do resumo, nas fotografias e na montagem do cartaz.
O segundo quesito avaliado deve ser o produto do trabalho realizado pelo grupo, deve ser analisado o conteúdo do resumo, se ele contém informações relevantes, colocadas de forma concisa e respeitando a norma culta. Nesse segundo quesito de avaliação também deve ser levado em conta o cartaz, não necessariamente se ele ficou esteticamente bonito, mas se coloca as informações de forma inteligente, dando destaque ao resumo e as fotografias e trazendo informações adicionais relevantes.
Como produto final é proposta a colagem dos cartazes criados em diferentes ambientes da escola E.E. Professora Marieta Amorim Vieira, tornando possível que outros estudantes e pessoas que estejam na escola vejam as informações contidas nos mesmos.
4.1 RESULTADOS ESPERADOS
Ao final do projeto espera-se que os estudantes tenham absorvido de forma concreta as informações relacionadas a história da Fundação e a importância desta para a cidade. É esperado que desenvolvam sua capacidade de buscar, analisar e selecionar informações em livros e pesquisas de campo. Espera-se também que tenham desenvolvido habilidades referentes a Geografia ao terem contato com mapas e a localização de informações nestes, bem como a territorialização do ambiente trabalhado; também é esperado que desenvolvam e/ou aprimorem suas habilidades na criação de um resumo e uso da linguagem formal, tocantes a matéria de Língua Portuguesa. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O desenvolvimento deste projeto, ao envolver a multidisciplinaridade entre as disciplinas de História, Geografia e Língua Portuguesa, e a analogia, ao contemplar Temas Locais e Meio Ambiente, dará ao estudante a oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre a história de um patrimônio tão importante para o município, que constrói a história da maioria das famílias que ali residem, pensando de forma crítica, selecionando informações em livros, mapas, entrevistas, imagens, visitas ao local, e etc., desenvolvendo a escrita, baseando-se na norma culta para criar um resumo das informações coletadas.
Ambientes não escolares podem contribuir de inúmeras formas para o desenvolvimento e crescimento pessoal de cada estudante, mostrar isso por meio de atividades bem planejadas e mais dinâmicas leva os alunos a uma aprendizagem mais significativa, sendo muitas vezes mais eficaz que métodos antigos por incentivar a descoberta e a experimentação. Sendo em equipe, atividades como essa contribuem muito para o desenvolvimento de relações sociais, levam o aluno a aprender a ouvir opiniões diferentes, entrar em contato com outros pontos de vista sobre o mesmo assunto, levando-os assim a expandir seus horizontes.
REFERÊNCIAS
Alves, P. B., Koller, S. H., & Tudge, J. (1996). Manual de codificação de atividades cotidianas de crianças em situação de rua. Manuscrito não publicado. Curso de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Educational psychology: A cognitive view. 2ª ed. Nova York: Holt, Rinehart and Winston, 1978.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1981.
BUENO, E. S. A educação e seus desafios no brasil de hoje. Disponível em: <www.perfilnews.com.br/artigos/artigo-a-educacao-e-seus-desafios-no-brasil-ehoje>. Acesso em: 06/novembro/2023.
HERNÀNDEZ, Fernando. A organização do currículo por projetos de trabalho –o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre: Artmed, 1998.
MARTINS, Pura Lúcia Oliver. A didática e as contradições da prática. São Paulo: Papirus, 1998
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC). http://portal.mec.gov.br/. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/busca-geral/195-secretarias-112877938/seb-educacaobasica-2007048997/12598-publicacoes-sp-265002211. Acesso em: 4 de novembro de 2023. 
WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de música. Porto Alegre: Kuarup, 1988.
image1.png
image2.jpeg
image3.jpeg

Continue navegando