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06_Demolicoes

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Copyright 2005 CICCOPN / Teleformar. Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização 
prévia por escrito. http://e-cursos.ciccopn.pt 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho 
da Construção Civil 
 
 
Riscos e medidas preventivas nos trabalhos de 
demolição 
 
 
 
Introdução 
Plano de demolição 
A execução da demolição 
Riscos e meios de prevenção nos trabalhos de demolição 
 
 
SHSTCC – Riscos e medidas preventivas nos trabalhos de demolição 
 
Copyright 2005 CICCOPN / Teleformar. Proibida a reprodução total ou parcial sem 
autorização prévia por escrito. http://e-cursos.ciccopn.pt 
2 
Índice 
 
Riscos e medidas preventivas nos trabalhos de demolição 
 
1. Introdução ............................................................................................................................... 3 
2. Plano de demolição ................................................................................................................ 4 
3. A execução da demolição ...................................................................................................... 6 
4. Riscos e meios de prevenção nos trabalhos de demolição ................................................. 20 
 
http://www.mastercursos.net/
SHSTCC – Riscos e medidas preventivas nos trabalhos de demolição 
 
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autorização prévia por escrito. http://e-cursos.ciccopn.pt 
3 
Capítulo 6 
 
1. Introdução 
 
 
Demolição. 
 
o contrário do que, em princípio, possa parecer, os trabalhos de demolição 
apresentam grandes dificuldades e riscos. De facto, demolir uma construção e, ao 
mesmo tempo, garantir a integridade de construções vizinhas e a segurança do 
pessoal que executa esse trabalho, implica o permanente domínio do processo de demolição. 
 
Os acidentes que ocorrem nas demolições em geral resultam de não ter prevalecido em 
determinado instante esse domínio e não se ter sabido controlar a massa de construção a 
demolir. Por isso, este trabalho requer um grupo de trabalhadores atento, prudente e 
disciplinado, que observe as determinações do responsável, encarregado de escolher o 
método de demolição mais de acordo com a natureza da construção a demolir. 
 
A 
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4 
2. Plano de demolição 
 
ntes de se efectuar uma demolição, deve ser elaborado um plano que estabeleça 
uma ordem de trabalhos, tendo em conta a condição de que nenhum desses 
trabalhos ponha em risco a segurança dos trabalhadores, das construções vizinhas 
e do público que circule nas imediações da zona a demolir. Este plano deverá incluir a 
colocação de protecções, colectivas e/ou individuais, a implementar aquando da demolição. 
 
 
2.1. Reconhecimento do local 
 
A legislação portuguesa, através do Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção 
Civil (Decreto-lei n.º 41821), determina que toda a demolição de edificações seja dirigida por 
um técnico responsável pela aplicação das medidas necessárias à natureza dos trabalhos e à 
protecção e segurança de pessoas e bens, quer se trate dos trabalhadores ou do público. 
 
Antes de dar início a qualquer trabalho de demolição, o técnico responsável terá de se certificar 
de que: 
 
 esteja cortado ao edifício os fornecimentos de água, gás e energia eléctrica, o que 
pressupõe um contacto prévio com as entidades de tutela; 
 o eventual fornecimento de água ou energia eléctrica durante os trabalhos seja feito 
de forma a não exigir a passagem de cabos ou condutas pela zona de trabalho; 
 os elementos frágeis – vidros, fasquiados, estuques, portas, janelas, etc. – são 
retirados (os trabalhadores encarregados da sua remoção devem dispor de luvas 
adequadas e de máscaras protectoras contra poeiras). 
 
O mesmo técnico terá também de avaliar a resistência e a estabilidade de cada uma das partes 
da construção (em especial dos pavimentos), a fim de poder prever o tipo de plano de 
demolição a adoptar, sem pôr em risco a segurança dos trabalhadores e as construções 
vizinhas. Por vezes, uma construção antiga oculta pormenores com importância durante uma 
demolição. A existência de elementos construtivos sustidos através de um equilíbrio feito por 
contrapesos, cujo desconhecimento pode dar à demolição uma ordem de derrubamento 
errada, pode levar ao desmoronamento prematuro de algumas partes do edifício. As vigas de 
madeira apodrecidas nas extremidades podem já não exercer grande parte da sua função 
resistente (que, entretanto, foi transferida para paredes, ou outros elementos da estrutura); 
contudo, se partirmos do princípio que mantêm intacta essa resistência, podem cometer-se 
graves erros no plano de ataque ao edifício. 
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5 
2.2. Escolha do processo de demolição 
 
As demolições podem ser efectuadas manualmente, mecanicamente ou por expansão. 
 
Em geral, nas grandes demolições, emprega-se mais que um método de demolição, quando 
não todos. É normal que algumas partes da construção sejam demolidas pelo método manual, 
utilizando-se métodos mecânicos, ou até mesmo explosivos, para a base. 
 
A decisão sobre o(s) processo(s) a empregar deve pois basear-se num conjunto de factores 
que têm que ver com as características da construção a demolir, as construções e o meio que 
a rodeiam, a vontade ou não de recuperar o máximo possível dos materiais demolidos, o tempo 
disponível para a execução do trabalho, etc.. Só a ponderação de todos estes factores 
conduzirá à decisão final, que muitas vezes não é a desejável, mas a mais viável. 
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3. A execução da demolição 
 
 
3.1. Trabalhos preliminares 
 
 escolha do(s) processo(s) de demolição permite estabelecer um programa de 
trabalhos definido por fases e por medidas a tomar, tendo em vista assegurar a 
estabilidade dos diversos elementos durante a demolição. 
 
Os trabalhos só deverão iniciar-se depois de se ter a certeza de que: 
 
 as instalações de energia eléctrica, gás, água, telefones, etc., foram cortadas e que 
eventuais reservatórios de água foram esvaziados; 
 as linhas aéreas de energia eléctrica ou telefones existentes nas imediações da 
demolição se encontram sinalizadas e protegidas, de acordo com as indicações das 
respectivas entidades exploradoras e no caso de estas acharem que as circunstâncias 
o aconselham; 
 a área da demolição está sinalizada e vedada; 
 eventuais zonas perigosas para lá da vedação estão protegidas com barreiras. 
 
Antes de começar a demolição propriamente dita, devem escorar-se os elementos da 
construção que possam cair antes da altura prevista pelo plano da demolição, pondo em risco 
os trabalhadores. 
 
Em geral, estes pontos sensíveis são cornijas, caleiras, sacadas, varandas, abóbadas, arcos, 
etc.. Este escoramento deve efectuar-se da base da construção para cima, e não ao contrário, 
e deve utilizar-se a menor quantidade de madeira possível (dado o seu carácter efémero). As 
construções vizinhas também devem ser escoradas, no caso de a estabilidade ficar 
comprometida. 
 
Sempre que os trabalhadores tiverem de actuar em locais que apresentem riscos de queda, 
esses locais devem dispor de protecções colectivas, como guarda-corpos, palas de protecção 
etc.,ou, tratando-se de aberturas nos pavimentos, estrados de protecção. 
 
Se for impossível fazer esta instalação, ou se se tratar de trabalhos excepcionais, de duração 
tão curta que tiram sentido à instalação de protecções colectivas, devem utilizar-se protecções 
individuais como arneses de segurança, etc.. 
 
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7 
Um dos trabalhos preliminares da demolição deve consistir em garantir o acesso a todos os 
locais de demolição. Devem utilizar-se, o mais possível, as escadas existentes na construção 
(desde que em condições de estabilidade compatíveis com o uso que se lhes vai dar) e só em 
caso contrário recorrer a escadas construídas ou colocadas no local com esse objectivo. As 
escadas existentes podem ser reforçadas com cimbres, no caso de se decidir utilizá-las e o 
seu estado conduzir a essa precaução. 
 
 
Plataforma de protecção. 
 
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3.2. Processo de demolição 
 
 
3.2.1. Demolição manual 
 
Como atrás foi dito, o processo de demolição 
manual é aquele que utiliza utensílios manuais, 
como maços, picaretas, pás, etc., ou utensílios 
mecânicos portáteis, como o martelo pneumático, 
etc.. 
 
O método tradicional consiste em desfazer a 
construção por andares e, como é óbvio, de cima 
para baixo. Os detritos vão sendo evacuados por 
meio de cordas, cabos, roldanas, guinchos, etc. 
(principalmente os volumes pesados ou os 
escombros volumosos), desde que se trate de 
zonas vedadas à permanência ou à circulação do 
pessoal. Devem utilizar-se caleiras para detritos 
mais leves. De acordo com a legislação em vigor, 
as caleiras têm de ser vedadas, para impedir a 
fuga dos materiais, ser metálicas ou feitas de 
madeira e dispor, na base, de um dispositivo de 
retenção suficiente para deter a corrente de 
materiais. Junto da extremidade de descarga 
deve haver barreiras amovíveis e sinalização 
adequada que advirta sobre a existência de uma situação de perigo. 
 
Por outro lado, só é permitido o estacionamento de viaturas ou de pessoal junto dessa 
extremidade durante as operações de descarga, que deve ser efectuada com ferramentas 
apropriadas (pás, etc.) e nunca com as mãos. 
 
Descida de escombros através de 
uma caleira. 
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9 
Na demolição manual, os riscos mais frequentes 
estão relacionados com a possibilidade de queda 
dos trabalhadores e dos materiais. Como já ficou 
dito, é essencial que se instalem previamente 
andaimes ou plataformas de trabalho desligados dos 
elementos a demolir e munidos, no lado do vazio, de 
guarda-corpos e rodapés, que diminuam o risco de 
eventuais quedas. Durante o trabalho, porém, devem 
fazer-se todos os possíveis para que os 
componentes de um grupo de trabalho actuem todos 
ao mesmo nível. Se se trabalhar, em simultâneo, a 
diferentes níveis (figura ao lado), pode pôr-se em 
perigo a vida dos trabalhadores que se encontram 
em planos inferiores, devido à queda dos 
escombros. 
 
Numa demolição, os primeiros elementos a demolir são os suportados, e só depois os 
suportantes. É imprescindível que a remoção de um elemento suportante só se faça depois de 
removidos os correspondentes elementos suportados. Esta ordem tem de ser rigorosamente 
observada. 
 
Ás vezes é fácil, no meio de uma estrutura complexa, 
perder o sentido desta realidade e demolir, por 
exemplo, os apoios da própria peça que suporta o 
trabalhador. Existem outras precauções que devem 
ser constantemente observadas numa demolição 
manual. Duas delas dizem respeito ao próprio 
trabalhador, que nunca deve efectuar uma demolição 
sem capacete de protecção e não deve usar roupa 
larga, susceptível de ficar presa em saliências, 
ganchos, ferros, etc.. 
 
As peças que, para ficarem soltas, têm de ser 
arrancadas e conduzam a movimentos bruscos 
devem ser retiradas com muito cuidado, de forma a 
não precipitarem o trabalhador no vazio. 
 
 
 
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O acesso aos diversos pontos do edifício em demolição deve ser realizado com o maior 
cuidado, evitando-se percorrer traves, tectos falsos ou quaisquer elementos de resistência 
duvidosa. 
 
Quando for necessário retirar as telhas, folhas de zinco ou placas de fibrocimento de uma 
cobertura, há que tomar precauções especiais. Em virtude de serem materiais frágeis, não 
devem nunca servir de apoio ao trabalhador. A progressão deve fazer-se ao longo da cumeeira 
e desta para a base do telhado, utilizando-se uma escada de apoio. O material da cobertura 
deve ser retirado progressivamente e de ambos os lados, de modo a evitar desequilíbrios. 
 
Trabalhar-se apoiado directamente numa parede estreita (< 0,35 m) pode ser muito perigoso 
se a altura ultrapassar os 6 m. A utilização de um arnês de segurança e de um dispositivo anti-
queda (conhecido por JRG) preso a um ou vários elementos da construção que ofereça boa 
resistência é uma boa opção preventiva. 
 
Os pavimentos em edifícios a demolir nem sempre 
estão em condições de suportar cargas que 
ultrapassem o peso dos próprios trabalhadores que 
efectuam a demolição. 
 
Os materiais devem ir sendo retirados, à medida 
que são demolidos, através de cordas, roldanas, 
caleiras, etc.. No entanto, se for absolutamente 
necessário acumular algum entulho nos 
pavimentos e estes não oferecerem garantia de 
resistência, deve proceder-se ao seu prévio 
escoramento (figura ao lado), de baixo para cima e 
desde o piso térreo. Não iniciar o escoramento 
nesse piso equivale, como é óbvio, a pôr em perigo 
de desmoronamento prematuro de toda a 
estrutura. 
 
 
3.2.1.1. Utilização de ferrramentas e máquinas portáteis 
 
Na utilização das diversas ferramentas e máquinas portáteis, os trabalhadores não estão livres 
de sofrer ferimentos. Quando trabalharem com maços, pás, picaretas e outras ferramentas do 
género, é importante manterem-se suficientemente distanciados uns dos outros. 
 
 
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Nas situações em que se recorre ao emprego de martelos pneumáticos (accionados por ar 
comprimido), o compressor deve instalar-se numa zona pouco afectada por poeiras. Os tubos 
de ar comprimido devem estar adaptados com anilhas especiais e não é permitido nenhum 
improviso feito com arames (que, muitas vezes, podem cortar os tubos). Em caso de ruptura, 
deve cortar-se a chegada do ar dobrando a extremidade do tubo com a mão, até ser 
manobrada a válvula do compressor. 
 
Quando se trata de uma demolição de estruturas metálicas, é imprescindível a utilização de 
maçaricos. Para tal, exige-se pessoal qualificado para trabalhar com oxigénio e o acetileno. As 
garrafas de oxigénio não devem sofrer choques e o seu manuseamento requer cuidado, 
nomeadamente evitando-se que fiquem próximas de fontes de calor. A tentação de lubrificar a 
válvula de segurança da garrafa poderá conduzir a uma explosão.Quanto ao acetileno, os cuidados a verificar com as garrafas são idênticos aos referidos para 
o oxigénio; no entanto, devem ser vigiadas todas as eventualidades de fuga, porque a mistura 
de acetileno com o ar é explosiva. 
 
Torna-se fundamental a colocação das garrafas em locais onde não possam ser atingidas (por 
impactos, fontes de calor, etc.) e as tubagens deverão ser constantemente verificadas. 
 
 
3.2.2. Demolição mecânica 
 
A demolição mecânica é sempre mais rápida do que os processos manuais. Exige muito 
menos mão-de-obra, mas a recuperação dos materiais demolidos é sempre menor. Pode 
efectuar-se utilizando vários métodos: 
 
 por tracção; 
 por compressão; 
 por tesoura hidráulica; 
 com bola; 
 com a ajuda de gruas. 
 
 
3.2.2.1. Demolição por tracção 
 
Numa demolição por tracção utilizam-se habitualmente tractores de rastos (bulldozers) ou 
outras máquinas capazes de produzir a tracção de um cabo. 
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As zonas a demolir devem possibilitar a boa aderência de um cabo metálico e, se necessário, 
faz-se previamente na alvenaria um roço horizontal para garantir essa aderência. 
 
A tracção provocada pela máquina origina o desmoronamento. 
 
É importante que não haja ninguém na zona passível de ser atingido pela chicotada do cabo 
sob tracção, no caso de ruptura deste. Pelas mesmas razões, não deve permitir-se que os 
trabalhadores passem por cima de um cabo tenso. 
 
Nos ângulos agressivos da construção deve proteger-se o cabo com pedaços de madeira, para 
evitar que ele “serre” a construção a demolir. 
 
A demolição por tracção faz-se por partes isoladas do edifício, até à demolição total. 
 
 
3.2.2.2. Demolição por compressão 
 
A demolição por compressão faz-se com pás mecânicas, tractores ou bulldozers que 
arremetem de encontro à construção empurrando-a ou fazendo-a desmoronar-se à custa de 
pancadas fortes. 
 
Este processo tem como limite o alcance do braço da máquina, isto é, a altura da construção 
não deve ser maior do que o comprimento do braço da máquina medido na sua projecção 
horizontal. Uma altura superior levaria a que os materiais caíssem em sentido contrário, 
atingindo a máquina durante a queda. 
 
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Este tipo de demolição exige ainda outras regras de segurança, nomeadamente que: 
 
a) a actuação da máquina não abale prematuramente os alicerces da construção, para 
evitar um desmoronamento descontrolado; 
b) não seja aplicado a construções velhas, cuja falta de solidez possa provocar 
desmoronamentos prematuros. 
 
 
3.2.2.3. Demolição por tesoura hidráulica 
 
 
 
Demolição por tesoura hidráulica. 
 
Nos últimos anos foram desenvolvidos alguns acessórios específicos para aplicação em 
escavadoras de rastos ou de rodas, adequados para trabalhos de demolições em altura ou 
reciclagem dos materiais das estruturas em demolições. Um dos equipamentos é a tesoura 
hidráulica, que oferece capacidades para cortar ou triturar diferentes tipos de materiais em 
várias condições de trabalho. 
 
Esta tesoura hidráulica apresenta seis tipos de mandíbulas, de acordo com o tipo de trabalho 
a demolir ou reciclar: corte de ferro, corte de betão, corte misto de betão e estruturas metálicas, 
corte de silos metálicos e trituração de betão. Os diferentes tipos de mandíbulas podem ser 
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mudados na obra, pois, devido ao sistema de engate rápido, esta mudança é realizada 
facilmente. 
 
Quanto às prescrições de segurança, devem ser preconizadas as relativas aos equipamentos 
de trabalho. 
 
 
3.2.2.4. Demolição com bola 
 
A demolição com bola é efectuada por 
máquinas de tipo semelhante às gruas 
móveis, que têm suspenso na extremidade 
do braço um cabo com uma esfera 
metálica de grande peso, a qual actua por 
movimento pendular ou queda vertical, à 
maneira de um pilão. 
 
O peso da bola varia com a natureza da 
obra a demolir, mas sobretudo com as 
capacidades da máquina. Em geral, tem 
entre 500 a 2.000 kg. 
 
Neste tipo de demolição, o aproveitamento 
de materiais recuperados é mínimo. Só 
deve utilizar-se, portanto, nos casos em que não está em causa esse aproveitamento e apenas 
a rapidez de execução do trabalho. 
 
É de notar ainda que, neste tipo de demolições, não deve ser utilizada uma grua-torre, uma 
vez que o seu braço é permanentemente horizontal e o movimento pendular a dar à esfera 
pode comprometer a estabilidade. 
 
Este método, mesmo quando executado com gruas apropriadas, restringe sempre a actuação 
do manobrador e conduz a desmoronamentos imprevisíveis, só devendo empregar-se quando 
não há construções vizinhas susceptíveis de serem atingidas. Por outro lado, dá origem a uma 
difícil desobstrução de entulho, uma vez que os desmoronamentos não obedecem a nenhuma 
ordem precisa e misturam todos os materiais. 
 
 
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3.2.2.5. Demolição com a ajuda de gruas 
 
As gruas podem ter um papel importante numa demolição, devendo, contudo, limitar-se ao 
levantamento e à deslocação das partes já demolidas, uma vez que a sua estabilidade é 
incompatível com os esforços de tracção, compressão e pendulares que são pedidos às 
máquinas durante uma demolição. 
 
 
Ligação dos estropos a elementos a demolir. 
 
 
Façamos ainda uma referência ao caso especial das alvenarias muito compactas, ou de 
grandes peças de betão, onde se pode utilizar um quebra-rochas hidráulico ou pneumático 
montado na extremidade do braço de uma pá ou escavadora mecânica, como mostra a figura 
a seguir. 
 
 
 
 
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3.2.3. Demolição por expansão 
 
A demolição por expansão consiste em fazer rebentar as alvenarias e os betões pela criação 
de uma fonte de energia súbita e violenta. 
 
 
3.2.3.1. Rebentador hidráulico 
 
O rebentador hidráulico é utilizado por meio da abertura de um orifício na peça a desagregar, 
onde é introduzido um cilindro formado por dois espigões de aço extensíveis. Uma bomba 
hidráulica adaptada ao conjunto acciona uma terceira peça que, no seu movimento, empurra 
para fora os dois espigões. A energia libertada por este movimento desagrega a peça. 
 
Uma variante deste rebentador é o “roc-jack”, que acciona dois pistões de um cilindro com uma 
bomba a óleo. 
 
A darda é outro exemplo deste tipo de rebentador, como se ilustra na figura abaixo. 
 
 
Darda. 
 
Estes rebentadores têm a vantagem de poderem ser utilizados em qualquer lugar, sem ruído, 
vibrações, poeiras, nem projecção violenta de materiais. 
 
 
3.2.3.2. Rebentador carbónico 
 
O rebentador carbónico consiste em um cilindro introduzido num orifício, mas este cheio de 
gás carbónico liquefeito e com uma das extremidades fechada por uma membrana de aço. Na 
outra extremidade há uma cápsula que, ao ser aquecida, provoca a expansão violentado gás 
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dentro do tubo, a ruptura da membrana de aço e a fragmentação dos materiais onde o cilindro 
foi colocado. 
 
 
3.2.3.3. Produtos demolidores 
 
Através da aplicação de produtos demolidores (CBA expansivo) é possível estilhaçar uma 
alvenaria, introduzindo num orifício previamente efectuado um desses produtos que, misturado 
com uma percentagem de água, desenvolve uma determinada pressão a volume constante, 
permitindo o fissuramento de qualquer estrutura de betão. 
 
Este método tem todas as vantagens do descrito anteriormente. 
 
Ao utilizar-se este tipo de produtos, torna-se necessário ter em consideração as seguintes 
medidas de precaução: 
 
 conservar o produto demolidor em lugar seco e dentro da embalagem original; 
 utilizar luvas de borracha e óculos de protecção, aquando da manipulação dos 
produtos demolidores, pois estes são normalmente bastante alcalinos; 
 não olhar directamente para os orifícios durante, pelo menos, 6 horas; 
 em recintos fechados, aconselha-se a utilização de máscara anti-pó; 
 em caso de contacto com a pele ou vias respiratórias, lavar com água e consultar o 
médico, fazendo-se acompanhar pelo respectivo rótulo de produto demolidor. 
 
 
3.2.3.4. Explosivos 
 
O manuseamento de explosivos é extremamente perigoso e só deve ser realizado por pessoas 
devidamente habilitadas. 
 
Nas obras de demolição, o seu emprego é reservado aos casos em que a situação permita 
recorrer a eles sem pôr em risco construções vizinhas ou pessoas. 
 
Os explosivos são materiais capazes de uma decomposição extremamente rápida, que dá 
origem a uma onda de choque seguida de grande libertação de gás a alta temperatura. A onda 
de choque actua sobre a matéria fissurando-a; os gases libertados tendem a escapar por essas 
fissuras, desagregando o material. 
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Demolição com recurso a explosivos. 
 
 
A utilização de explosivos só é possível desde que associada a determinados acessórios, tais 
como detonador, rastilho e cordão detonante. 
 
O detonador é um elemento que permite detonar explosivos. Pode ser simples, também 
conhecido por fulminante ou eléctrico. 
 
Ao detonador simples liga-se um rastilho que, normalmente, consiste num cordão impregnado 
de pólvora que arde lentamente (90 segundos por metro de rastilho) e faz actuar a cápsula 
fulminante. 
 
Ao conjunto composto por detonador e rastilho, devidamente ligados, dá-se o nome de mecha. 
 
No caso do detonador eléctrico, a corrente eléctrica é fornecida por um explosor através de 
condutores eléctricos. 
 
Finalmente, o cordão detonante tem um aspecto de cordão grosso, de cor vermelha ou 
amarela, e funciona com rapidez. Não arde e detona a uma velocidade de 6000/7000 m/s. 
 
Tendo em vista aproveitar a energia da explosão, a montagem inclui a execução de um orifício 
feito no material a desagregar, que é preenchido com o explosivo ligado a um detonador, 
tapando-se o restante canal por calafetagem (com areia, papel, etc.). Ao fazer-se chegar uma 
chispa de fogo ao detonador, através de um rastilho ou estabelecendo um circuito eléctrico 
(detonador eléctrico), dá-se a explosão. 
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A dinamite é o explosivo mais utilizado nas demolições, sendo constituído principalmente por 
nitroglicerina. 
 
Os acidentes registados pela utilização de explosivos dão-se fundamentalmente: 
 
• durante o seu transporte, em virtude da inclusão, numa mesma caixa, do explosivo 
e do detonador, sendo essencial que este transporte se faça em caixas separadas e 
que a caixa destinada aos detonadores tenha uma grande resistência aos choques; 
 
• durante a montagem, em que as causas poderão ser as seguintes: 
 orifício apertado, obrigando à introdução forçada dos cartuchos, de que resulta 
uma explosão prematura; 
 perfuração e montagem simultâneas, fazendo-se orifícios demasiado próximos 
dos já carregados; 
 detonação prematura, no caso de detonadores eléctricos, que fica a dever-se à 
existência de correntes “parasitas” a percorrer o circuito durante a montagem; 
 mina não explodida, que, sob o efeito de um choque, pode rebentar mais tarde. 
 
• ou ainda durante a explosão, por falta de vigilância relativamente à possibilidade de 
as pessoas serem atingidas com a projecção de materiais desagregados. 
 
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4. Riscos e meios de prevenção nos trabalhos de 
demolição 
 
s riscos mais frequentes nos trabalhos de demolição estão relacionados, 
fundamentalmente, com: 
 
 queda de pessoas; 
 desmoronamento descontrolado e queda de materiais; 
 utilização do material de demolição; 
 transporte de cargas. 
 
A execução dos trabalhos não deve apresentar 
riscos de queda superiores a 2,5 m. No caso 
de tal poder acontecer, devem usar-se 
andaimes (independentes da construção), 
redes flexíveis ou arneses de segurança (no 
caso de haver possibilidades de os prender a 
elementos resistentes). A instalação de 
guarda-corpos em todos os vãos que dêem 
para o vazio e de estrados sobre os vãos nos 
pavimentos são medidas preventivas a serem 
implementadas. 
 
Tendo em vista evitar que desmoronamentos 
prematuros e descontrolados atinjam pessoas, 
devem estabelecer-se zonas interditas ao 
público e a planificação da demolição deve ser 
criteriosa. 
 
A utilização de martelos percursores exige 
trabalhadores com vigor físico; numa 
demolição com bola, o peso da bola deverá ser compatível com a capacidade da máquina; no 
caso de demolições por tracção, os trabalhadores não devem permanecer ou circular na zona 
passível de serem atingida pela chicotada por eventual quebra de um cabo; as máquinas que 
circulam sobre produtos de demolição não devem ser forçadas a inclinações que ponham em 
risco a sua estabilidade. 
O 
 
Fig. 14 – Acesso à zona de demolição vedado 
por tapumes. 
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Durante o carregamento de um camião com produtos de uma demolição, deve ser interdita a 
aproximação de pessoas alheias ao trabalho; a carga deve ser devidamente acondicionada e, 
quando ultrapassar o contorno exterior do veículo, convenientemente amarrada. 
 
 
Camião com carga excessiva. 
 
 
Nos trabalhos de demolição, os trabalhadores devem recorrer a vários tipos de protecção 
individual, quando não for possível a utilização de equipamentos de protecção colectiva. 
 
As botas com palmilha e biqueira de aço (que impedem a perfuração e o esmagamento dos 
pés), as luvas de protecção (que diminuem os riscos de picadas, cortes, esfoladelas das 
mãos), o arnês de segurança (que evita as quedas em altura), as máscaras para poeiras (que 
protegem as vias respiratórias das poeiras libertadas aquando da demolição) e o capacete 
rígido (que protege a cabeça contra as quedas de objectos e choques) são exemplos de 
equipamentos indispensáveispara a execução de uma demolição em segurança. 
 
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