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EDUCAÇÃO PATRIMONIAL Caiari revendo o passado, cultivando o futuro Ednair Rodrigues do Nascimento Ney Gomes Organizadoress E D U C A Ç Ã O PAT R IM O N IA L : C aiari reven do o passado, cultivan do o futuro EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro Ednair Rodrigues do Nascimento Ney Gomes Organizadores 1a edição Temática Editora Porto Velho – Rondônia, 2022 EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro © Ednair Rodrigues do Nascimento; Ney Gomes et al Temática Editora | CNPJ: 07.835.363/0001-96 Rua Prudente de Morais, 2421 Centro Porto Velho-RO (69) 9 9246-7839 | info@tematicaeditora.com.br Comissão técnica Abel Sidney Preparação de originais e normalização Rogério Mota Diagramação e capa Vasilha de cerâmica com pintura diacrônica, encontrada na antiga ilha do presídio da Cachoeira do Santo Antônio. Relatório no Programa de Salvamento Arqueológico. 2010. Folha mumificada encontrada no leito do rio Madeira, pertencente ao sítio paleobotânico. Relatório do Programa de Preservação do Patrimônio Paleontológico. 2009. Educação patrimonial : Caiari revendo o passado, cultivando o futuro / Organizadores : Ednair Rodrigues do Nascimento, Ney Gomes. – Porto Velho : Temática Editora, 2022. 140 p. : il. 16.58 Mbytes ISBN 978-65-87350-54-7 (Livro Digital) 1. Arqueologia. 2. Paleontologia. 3. Patrimônio – cultura. I. Nascimento, Ednair Rodrigues do, org. II. Gomes, Ney, org. III. Título. CDD 370.11 CDU 37.017.91 Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Zane S. S. Santos CRB 11/1081 E24 Edição de livro fomentada com recursos da Lei Aldir Blanc n. 14.017/2020, Edital n. 31/2021/SEJUCEL-CODEC – 2a Edição Marechal Rondon - Prêmio de Produção Literária, Fonográfica e Digital para Difusão de Expressões Culturais. Eixo I - Publicação de Livros e Revistas Culturais, Categoria B - Publicação de livros inéditos – Coletivos (a partir de 2 autores). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP Detalhes da capa: Comitê Editorial Comitê Científico Universidade Federal do Oeste do Pará Universidade de São Paulo Universidade Federal do Pará Universidade do Minho, Portugal Universidade Federal de Rondônia Universidade Federal de Rondônia Universidade Federal de Rondônia Universidade Federal do Paraná Universidade Federal de Rondônia Università degli Studi dell’Aquila Universidade Ceuma Universidade de Brasília Instituto Superior de Ciências da Saúde e Ambiente da Amazônia Anselmo Alencar Colares – Eder Cassola Molina – Geraldo Roger Normando Junior – João Carlos Vicente Sarmento – Júlio César Barreto Rocha – Miguel Nenevé – Nair Ferreira do Amaral Gurgel – Salete Kozel Teixeira – Valdir Vegini – Antonella Gasbarri – Carlos Alberto Bezerra Tomaz – Maria Clotilde Henriques Tavares – Carlos Alberto Paraguassú-Chaves – SUMÁRIO Apresentação 11 I A história das sociedades do passado no Alto Rio Madeira, Porto Velho, Rondônia, contada pela arqueologia no projeto UHE Santo Antônio 17 Renato Kipnis Juliana Rossato Santi II Arqueologia às margens do Madeira e outras histórias possíveis 37 Ney Gomes Juliana Rossato Santi III Educação patrimonial: Caiari, revendo o passado, cultivando o futuro 59 Adriana dos Santos da Silva Eneida Malerbi IV Os fósseis do Rio Madeira 89 Ednair Rodrigues do Nascimento Miguel Joaquim Sant’Anna Filho V Educação em paleontologia: uma experiência em Porto Velho, Rondônia 101 Luana Cardoso de Andrade Ednair Rodrigues do Nascimento VI Espaços museais em Rondônia e as coleções de arqueologia e paleontologia do MERO 117 Ednair Rodrigues do Nascimento Laura Nisinga Cabral Alyne Mayra Rufino dos Santos Adriana Cristina da Silva Nunes VII Propostas didáticas para usar temas de arqueologia e paleontologia 129 Ney Gomes Ednair Rodrigues do Nascimento APRESENTAÇÃO E ntre os anos de 2008 e 2012, durante o período de licenciamento pré- vio, implantação e consequente operação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio – UHE Santo Antônio, um número considerável de estudos foram necessários como condicionantes. Entre as pesquisas realiza- das, este livro destacará o Programa de Educação Patrimonial e demais ações educativas, conduzido pela Scientia Cons ltoria Cient fica e se s pes isa- dores e pesquisadoras. O título do programa em questão foi “Educação patri- monial: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro”, o mesmo usado para este volume. As pesquisas levadas a cabo dentro do Programa de Educação Patrimonial centraram-se em estudar os impactos das obras da UHE Santo Antônio nos patrimônios culturais imateriais (fazeres, saberes e memórias), materiais arqueológicos e no patrimônio paleontológico, predominante- mente nas áreas de impactos diretos e indiretos do empreendimento. O nome Caiari aparece em alguns autores regionais, em especial Emanuel Pontes Pinto em sua obra Território Federal do Guaporé: fator de inte- gração da fronteira ocidental do Brasil destaca o significado do no e ad indo de uma versão etimológica de origem andina que deriva do verbo cuiarí (amar). Antigamente o Rio Madeira era chamado por esses grupos indígenas por Caiari com o sentido de “Ama-me” ou “Que me Ama”1, mostrando a inten- ção de exprimir a beleza e as riquezas que este rio proporcionava àqueles gru- pos existentes no período pré-colonial. O outro sentido veio do interesse dos colaboradores do programa de educação patrimonial, que eram moradores da região, em rever/redescobrir/reler as belezas e diversidades da História da 1 PINTO, Emanuel Pontes. Território Federal do Guaporé: fator de integração da fronteira ocidental do Brasil. Rio de Janeiro: IFCS/UFRJ, 1992. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 12 própria região e a vontade em cultivar/repassar a memória às gerações futuras. A ideia de colocar a palavra caiari (amar) em um contexto, idioma e cultura regionalista, advinda através dos indígenas que nominaram o rio, proporciona a identifica o i ediata por parte da pop la o local e dá n ase ao caráter regional dos trabalhos de Educação Patrimonial que foram executados em Porto Velho envolvendo crianças, jovens e adultos, procurando desenvolver na população a valorização da sua própria cultura.2 O volume que lhes apresentamos agora constitui-se de sete capítulos e b sca apresentar alg as re e es sobre os te as le antados pelos progra- mas de preservação do patrimônio paleontológico, arqueológico e educação patrimonial durante as pesquisas ligadas ao licenciamento ambiental para a construção da UHE Santo Antônio. O principal intuito não é aquele de fazer uma discussão acadêmica, mas de dar a conhecer ao grande público as pes- quisas feitas pelo programa já citado, durante o período de licenciamento, e alg ns de se s res ltados cond idos por profissionais de di ersas áreas. presente volume foca nas pesquisas ligadas à preservação e salvaguarda dos patrimônios arqueológicos e paleontológicos, além de educação patrimonial e educação paleontológica. Estas pesquisas foram coordenadas pela Scientia Cons ltoria Cient fica e en ol e itas ar e logas e ar e logos paleon- t logas e paleont logos al de o tras profissionais das áreas da ed ca o e de estudos socioeconômicos. Os trabalhos começaram em 2008 e, não obstante seu caráter impo- sitivo, como pré-requisito da lei para o licenciamento ambiental, os estudos realizados pelas muitas pesquisadoras e pesquisadores, coordenadas pela Scientia Cons ltoria Cient fica e apro adas pelo nstit to do atri nio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, forneceram dados inéditos sobre a arqueologia e a paleontologia da área, garantindo também a introdução de muitas pessoas no campo da pesquisa. Vale ressaltar que os dados levanta- dos desde aquele período ainda continuam servindo de material de estudo, 2 SC Cons ltoria Cient fica tda. Relatórioparcial do Programa de Educação Patrimonial: “Caiari: Revendo o passado, cultivando o futuro”, na área de intervenção da UHE Santo Antônio, município de Porto Velho, RO. 2009. 19 p. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 13 seja por estudantes locais, seja por pesquisadoras e pesquisadores de diversas partes do Brasil. O primeiro capítulo intitulado “A história das sociedades do passado no Alto Rio Madeira, Porto Velho, Rondônia, contada pela arqueologia no projeto UHE Santo Antônio” foi escrito pelo arqueólogo Renato Kipnis, coor- denador-geral dos programas de Arqueologia, Paleontologia e Educação Patrimonial, e pela professora e arqueóloga Juliana Santi. Neste capítulo a autora e o autor buscaram trazer conceitos básicos de arqueologia e informa- ções das ocorrências arqueológicas na região já registradas e novas descober- tas advindas desse estudo. Trouxeram também um breve histórico de como foram os primeiros estudos na Amazônia e no Rio Madeira. Com o objetivo de mostrar a arqueologia como uma forma e uma fonte para contar a história de mulheres e homens que habitaram as margens do rio adeira e se s a entes a pro essora e liana Santi e o ar e logo e Gomes, buscaram no segundo capítulo, intitulado “Arqueologia às margens do Madeira e outra história possível”, fazer um estado da arte das pesquisas arqueológicas na região. Usando a metáfora da navegação, a autora e o autor, ambos pesquisadores envolvidos no projeto levado a cabo pela Scientia, apresenta as di ersas disserta es teses onografias e artigos e i- tas vezes tiveram seus dados derivados do projeto de Arqueologia Preventiva desenvolvido na área e/ou do programa de Educação Patrimonial. Fica patente que um dos grandes marcos para o desenvolvimento dos estudos arqueológicos local foram estas grandes obras hidrelétricas. O terceiro capítulo, um dos principais inspiradores deste volume, por abordar especifica ente os est dos de d ca o atri onial oi escrito pelas educadoras Eneida Malerbi e Adriana dos Santos da Silva; a primeira, uma das idealizadoras do projeto desde seus primórdios; a segunda, uma das principais coordenadoras de suas atividades de campo, junto das escolas — discentes e docentes —, das comunidades atingidas ou juntos aos trabalhadores direta- mente envolvidos nas obras. Neste capítulo, intitulado “Educação patrimo- nial: Caiari, revendo o passado, cultivando o futuro”, as duas autoras fazem um histórico das ações de Educação Patrimonial ao longo do programa, com EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 14 contrib i es e re e es acerca da te ática tra e rico aterial didático e subsídios ao público escolar. O quarto capítulo, “Os fósseis do Rio Madeira”, de autoria da pes- quisadora Ednair Rodrigues do Nascimento, coordenadora do Programa de Preservação do Patrimônio Paleontológico, e de Miguel Joaquim Sant’Anna Filho, biólogo especialista em Geociências, é dedicado à paleontologia dos vertebrados do Pleistoceno exumados no leito do Rio Madeira. A autora e o a a tor de or a be didática tra e conceitos da paleontologia a fi de explicar ao leitor as diferenciações entre Arqueologia e Paleontologia como ciências. Falam ainda sobre as divisões da Paleontologia e mostra o estado da arte da pesquisa paleontológica no Rio Madeira, e como os dados levantados pelos estudos advindos do licenciamento foram relevantes para um melhor entendimento do cenário paleontológico na região. De autoria das paleontólogas Luana Cardoso de Andrade e Ednair Rodrigues do Nascimento, o quinto capítulo, “Educação em paleontologia: uma experiência em Porto Velho, Rondônia”, faz um breve relato das ações realizadas no âmbito da Educação e Paleontologia, mostrando as diversas ati- vidades voltadas para a divulgação desta ciência e do patrimônio paleonto- lógico na região de Porto Velho, buscando sua valorização. O capítulo apre- senta ainda alg as oficinas oltadas aos al nos do nsino F nda ental be co o as re e es por eio delas geradas tra endo por fi rico material didático, que poderá ser reproduzido por aqueles que assim o desejarem. O sexto capítulo, “Espaços museais em Rondônia e as coleções de arqueologia e paleontologia do MERO”, escrito pelas arqueólogas Alyne Mayra e Laura Nisinga, e por Ednair Nascimento e Adriana Nunes, tem o obje- tivo de trazer um panorama geral sobre os museus do estado de Rondônia, indicar ao leitor espaços museais para visitação e dá a conhecimento quais os locais que apresentam acervos de arqueologia e paleontologia, bem como traz uma discussão sobre o Museu da Memória Rondoniense. O sétimo e último capítulo, “Propostas didáticas para usar temas de Arqueologia e Paleontologia”, é uma seção composta de seis propostas didá- ticas com uma abordagem lúdica sobre arqueologia e paleontologia que EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 15 dialogam com diferentes disciplinas. As atividades didáticas cumprem um importante papel social e cultural, na contribuição, geração e dissemina- ção do conhecimento de arqueologia e paleontologia, além de auxiliarem na compreensão dos processos naturais complexos, podendo colaborar na for- mação de cidadãos críticos e atuantes na região. A Arqueologia e a Paleontologia, duas ciências que muitas vezes têm seus objetos confundidos, ao longo do tempo têm estado distantes do público não especializado nas áreas. De fato, muito do que chega no imaginário do grande p blico sobre estas d as disciplinas s o antasias cine atográficas falando de dinossauros — no caso da Paleontologia — ou de múmias e maldi- ções, no que concerne à Arqueologia. O volume busca mostrar alguns dos trabalhos realizados em Rondônia, fazendo ver não múmias, mas os vestígios materiais das populações que transformaram as paisagens locais ao longo de séculos; não somente dinossauros, mas grandes mamíferos que estavam pre- sentes em outra paisagem, num tempo que só os fósseis nos permitem reme- morar. Esperamos que as leitoras e os leitores possam se informar e muito aprender sobre a história local. A organizadora e o organizador, bem como as autoras e autores agrade- cem muito ao Governo do Estado de Rondônia por meio da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer - SEJUCEL, pois o presente volume só foi possível graças ao Edital n. 31/2021/SEJUCEL-CODEC, 2ª Edição arechal Rondon r io de rod o iterária Fonográfica e igital para difusão de expressões culturais, Eixo I, Categoria B, com recursos da Lei Aldir Blanc, Governo Federal. Agradecemos também a Scientia Consultoria Cient fica por cond ir parte das pes isas a i descritas e a Santo nt nio Energia por fomentar tais estudos. Ednair Rodrigues do Nascimento Ney Gomes Organizadores VII PROPOSTAS DIDÁTICAS PARA USAR TEMAS DE ARQUEO- LOGIA E PALEONTOLOGIA Ney Gomes 1 Ednair Rodrigues do Nascimento 2 A s possibilidades de usar Arqueologia e Paleontologia, bem como temas ligados à estas ciências, são muito grandes. Ambas as áreas de estudo têm caráter multidisciplinar e podem ser usadas em sala de aula ou em outros ambientes educativos, para transmitir conteúdos de ist ria Ci ncias eografia ng a ort g esa rtes ica F sica Matemática etc. Por vezes, Arqueologia e Paleontologia têm seus objetos de estudo confundidos, até mesmo essa confusão pode ser explorada de forma didática, trazendo temas aparentemente difíceis para mais próximo do público e do ambiente escolar. As propostas didáticas com temas de Arqueologia e Paleontologia podem ajudar a melhor compreender as primeiras ocupações humanas e a extinção da megafauna na região, hoje compreendida pelo Estado de Rond nia co significati a teste nha da c lt ra aterial ar eol gica e dos fósseis já encontrados nas margens ou no leito do rio Madeira e seus a entes. ara alar das pocas ais recentes poss el ainda sar a rica história ligada aos povos indígenas que ocupavama região no passado e que ainda permanecem no Estado, bem como comparar os animais extintos com os que existem hoje. Temos fósseis de vegetais e da megafauna pleistocê- nica extinta há pelo menos 10.000 anos antes do presente; temos também os 1 Arqueólogo e Antropólogo, doutorando do programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará – PPGA/UFPA. ney.gomes@gmail.com. 2 Bi loga e aleont loga. o toranda do rogra a de s grad a o e eografia. ntegra o Grupo de Pesquisa em Biologia Experimental da Universidade Federal de Rondônia. ednair. nascimento@gmail.com. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 130 est gios da oc pa o pr colonial e oderna be e e plificado pelos remanescentes da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e todo o conjunto ferro- viário existente, os sinais da exploração do látex, além dos vestígios da linha telegráfica instalada pelo arechal Rondon. Sobre essa oc pa o oderna te os a rica historiografia as po cos trabalhos e tenha in estigado a cultura material do ponto de vista arqueológico. esta se o propo os a ficha didática e pode ser ir de roteiro a docentes, além de mães e pais que queiram usar temas de Arqueologia e Paleontologia, ciências de caráter transversal e multidisciplinar. Salientamos e a ficha odelo e pode ser adaptada por se s ediadores didáticos aqueles que se encarregarão de executar as atividades. Em seguida, apresen- ta os seis fichas didáticas de ati idades desen ol idas d rante o rogra a de Educação Patrimonial e Educação em Paleontologia, tratados nos capí- t los tr s e cinco. este cap t lo alg as propostas de oficinas s o apre- sentadas, mas os temas não se restringem à Arqueologia e à Paleontologia. As atividades foram revistas e adaptadas pelos autores da seção, mas cabe salientar que elas são derivações do trabalho das pesquisadoras e pesquisa- dores, educadoras e educadores, e todas as pessoas que trabalharam na exe- cução dos projetos de Arqueologia Preventiva e Preservação do Patrimônio aleontol gico desen ol ido pela Scientia Cons ltoria Cient fica nos est - dos já citados em capítulos anteriores. A ideia central é sensibilizar todos os pais, mães e professores para a importância da valorização e preservação do patrimônio cultural, socialização e multiplicação do conhecimento gerado. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 131 Ficha modelo Título de sua atividade Escolha um título que ponha o assunto/tema principal da atividade em evidên- cia, ou que faça um jogo de palavras que possa ser atraente aos participantes. Objetivos efina o e oc er trabalhar na ati idade e o e e ata- mente lhe interessa que os participantes saibam após partici- par da atividade. Conteúdos Que conteúdo você irá trabalhar para chegar ao seu objetivo. Faixa etária e número máximo de participantes ito i portante oc definir a ai a etária e n ero á i- o de participantes pois assi oc conseg e elhor definir objetivos, linguagem a ser usada, conteúdo a serem trabalha- dos etc. Descrição da atividade Descreva a atividade por pontos: fase inicial ou introdução; desen ol i ento e Fase final o concl s o. O que deverá acontecer no início? Quanto tempo você pensa que isso levará? E depois, como prossegue a atividade? Quan- to tempo Como você pensa em terminar? Duração efina te po de d ra o as saiba e ati idades ito longas podem dispersar a atenção. Não recomendamos nada que dure mais que 50 minutos. Exceto se uma de suas estraté- gias se a passar fil e o algo e o alha . Local efina local apropriado para a ati idade se ará bar lho não pode ser uma biblioteca, se precisará de água e argila, é bom que seja em área aberta. Materiais e instrumentos efina co precis o os ateriais e ser o sados. Custos a erá c stos efina eles pois pode ser e oc precise co- brar dos participantes uma contribuição. Mediadores didáticos efina e ser o os ediadores ser o pro essores oni- tores do museu, mães, pais. Saiba que cada mediador tem que estar muito seguro de seu papel e precisar saber de todas as etapas da atividade. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 132 Quebra cabeça arqueológico Objetivos — Dar a conhecer artefatos arqueológicos provenientes dos resgates arqueo- lógicos feitos no município de Porto Velho (grande parte destes materiais encontram-se hoje sob a guarda do Departamento De Arqueologia da Uni- versidade Federal de Rondônia – DARq/UNIR, mas por lei seu acesso pre- cisa ser público); — Propiciar a troca de conhecimentos sobre o que são artefatos feitos de cerâ- mica e artefatos líticos – feitos de pedra. Conteúdos Arqueologia – reconhecimento de artefatos arqueológicos. Faixa etária e número máximo de participantes Crianças e adolescentes na faixa etária dos 9 aos 15 anos Até 30 participantes Descrição da atividade — Introdução: fazer a apresentação da atividade, de modo a ressaltar os obje- tivos e estimular a curiosidade dos participantes. Na sequência haverá um momento de exposição de materiais líticos e cerâmicos para que os partici- pantes possam ver e sentir as peças – na impossibilidade de ter os vestígios em mãos, os mediadores podem projetar imagens de vestígios arqueológi- cos. 10’min. — Desenvolvimento: mostrar banners ou projeção com informações de mate- riais arqueológicos (cerâmico e lítico). Evidenciar as características de cada tipo de objeto e seus usos e incentivar uma discussão os modos de vida das sociedades no passado, percebidos a partir da cultura material encontrada estudada pela arqueologia. Dar início à discussão sobre patrimônio cultural arqueológico e sua importância como fonte histórica. 15’min. — Desenvolvimento: dividir os participantes em grupos e entregar a cada grupo um quebra-cabeça que montados formarão materiais arqueológicos (cerâmicos e líticos) – os grupos deverão preparar apresentações de 1 a 2 minutos sobre o objeto que seus quebra-cabeças formaram. 10’min. — Finalização: cada grupo irá fazer a exposição do seu objeto, destacando o que é, de que é feito e quais suas possibilidades de uso. Os mediadores devem concluir ressaltando a importância dos materiais apresentados enquanto patrimônios culturais arqueológicos e histórico. 15’min. Duração Tempo total: 50 minutos Local Sugerimos uma sala de aula ou auditório, ou mesmo a reserva técnica de al- gum museu. Materiais e instrumentos Projetor e/ou banners, artefatos arqueológicos (réplicas ou imagens), quebra- -cabeça (que podem ser produzidos pelos mediadores). Custos Variará do local onde será feito – se na escola, geralmente os custos serão bai- xos, pois parte do material faz parte dos equipamentos permanentes. Pode-se levar os participantes a um museu ou outro lugar onde haja material arqueo- lógico exposto – neste caso haverá o custo do transporte e talvez alimentação. Mediadores didáticos Os mediadores podem ser professores de disciplinas que podem ser trabalha- das co este conte do hist ria geografia l ng a portuguesa, ciências etc. O tema é transversal. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 133 Tome esse objeto e digo tudo a todo mundo Objetivos — Conhecer e tentar reconstituir o modo de vida das sociedades no passado. — Analisar e discutir a diferença entre o que comumente chamamos objetos naturais e objetos feitos por seres humanos. Conteúdos Cultural material, paisagem “naturais” e noção de patrimônio cultural material. Faixa etária e número máximo de participantes Crianças na faixa etária dos 4 aos 8 anos Até 30 participantes Descrição da atividade — Introdução: às crianças alfabetizadas entregam-se cópias da canção “as coi- sas” — Arnaldo Antunes, para em seguida cantarmos todos juntos acompa- nhando a reprodução da música. 5’min. — Desenvolvimento: com todos em círculo, inicia-se um diálogo sobre o que são objetos naturais, aqueles que não parecem ter sofrido a ação humana para existirem e objetos culturais, ou construídospor uma, ou mais pessoas. Falar com as crianças sobre a responsabilidade que temos com a natureza e re etir sobre o e a h anidade constr i para tirar pro eito da nat re a e como isso foi mudando com o passar do tempo. 10’min. — Desenvolvimento: ainda com todas as pessoas formando um círculo, será passado nas mãos dos participantes um, o saco contendo objetos (ou ima- gens de objetos) e cada um deverá retirar um item para si. A mediadora ou o mediador, ao passar o saco, pedirá a que quem pegou o seu objeto/imagem que o observem nos mínimos detalhes. Com todos de posse de um objeto/ imagem as pessoas responsáveis pela mediação didática vão pedir que as crianças descrevam seus objetos: que forma têm, qual sua origem, têm odor, têm cor, qual sua utilidade, seu tamanho etc. 20’min. — Finalização: pediremos que livremente as crianças se juntem em dois gru- pos: aqueles com objetos que consideram naturais e aqueles com objetos que consideram que foram feitos por mãos humanas. É importante deixar que as crianças analisem os objetos umas das outras e indiquem a seus co- legas caso alguém esteja em um grupo errado. Cada grupo elaborará uma breve apresentação que fale sobre o conjunto de seus objetos. 15’min. Duração Tempo total – 50 minutos Local Uma área aberta, onde seja possível observar a natureza e as construções hu- manas seria o melhor lugar para esta atividade. Materiais e instrumentos Fonte de música – celular, caixinhas de som, folhas de papel com a letra da can o o pro etar a can o e a tela grande o s ficiente , uma sacola/ caixa com 30 objetos em miniatura ou imagens de objetos – o ideal é que se- jam metade de objetos naturais (pedras, madeira, penas, rios, montanhas etc.) E a outra metade de objetos culturais (garrafas, borracha, caderno, computa- dor etc. Garanta a cada participantes um item. Custos Variará do local onde será feito – se na escola, geralmente os custos serão bai- xos, pois parte do material faz parte dos equipamentos permanentes. Pode-se levar os participantes a um museu ou outro lugar externo – neste caso haverá o custo do transporte e talvez alimentação. Mediadores didáticos Os mediadores podem ser professores de disciplinas que podem ser trabalha- das co este conte do hist ria geografia l ng a portuguesa, ciências etc. O tema é transversal. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 134 Pintando as pedras, registrando a vida Objetivos — dentificar as or as de registros da h anidade no passado ais re oto — Perceber o modo de vida da sociedade no passado. Conteúdos Arqueologia, arte rupestre, desenvolvimento da escrita alfabética. Faixa etária e número máximo de participantes Adolescentes na faixa etária acima dos 15 anos. Até 30 participantes. Descrição da atividade — Introdução: dinâmica de relaxamento: exercícios de alongamento, respira- ção e equilíbrio. Essa dinâmica será executada para que as pessoas inte- rajam entre si e tenham um momento de descontração, um quebra-gelo. 7’min. — Desenvolvimento: com um painel organizado com imagens das primeiras formas de registro da humanidade (pinturas em cavernas, registros rupes- tres petr gli os e odifica es na paisage os participantes ficar o e círculo e iniciará um diálogo sobre o modo de vida e os meios que a huma- nidade utilizou para registrar suas histórias no período que convenciona- mos chamar pré-história. 15’min. — Desenvolvimento: após essa conversa propor uma discussão sobre os dife- rentes meios de registros históricos: escritas (em suas variadas formas), pinturas, desenhos etc. Em uma parede coberta por papel madeira, propor aos participantes que registrem parte de suas vidas sem utilizarem escrita, só desenhos ou pinturas abstratas e depois pedir que comparem com os registros rupestres utilizados pela humanidade no passado. 25’min. — Concl s o indicar fil es e e se a poss el er or as de escrita di e- rentes e chamar a atenção para não empregarem os termos “homem primi- tivo”, “humanidade primitiva” e problematizar seus usos. 3’min. Duração 50 minutos. Local Sala de aula ou auditório. Materiais e instrumentos Tintas (cores e quantidade), pincéis (número e quantidade), imagens (que imagens, impressas em papel), papel madeira (quantas folhas), folhas xero- copiadas (quantas folhas). Custos Variará do local onde será feito – se na escola, geralmente os custos serão bai- xos, pois parte do material faz parte dos equipamentos permanentes. Pode-se levar os participantes a um museu ou outro lugar externo – neste caso haverá o custo do transporte e talvez alimentação. Mediadores didáticos Os mediadores podem ser professores de disciplinas que podem ser trabalha- das co este conte do hist ria geografia l ng a port g esa ci ncias etc. O tema é transversal. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 135 A pré-história de Rondônia: a partir dos fósseis Objetivos — Conhecer a a na e a ora e habitara a regi o d rante o pleistoceno final — Saber ais os poss eis a bientes e estratos e e essa a na ora se inseria; — Entender por que alguns desses organismos se extinguiram. Conteúdos aleontologia e tin o de a na e ora há apro i ada ente il na re- gião do rio madeira/Rondônia. Faixa etária e número máximo de participantes A partir de 16 anos Até 15 participantes Descrição da atividade — Etapa preliminar: no primeiro momento será realizada uma exposição teó- rica aos participantes sobre os grupos fósseis de nossa região. Os recursos didáticos utilizados serão a fala, textos e imagens de material fóssil (cole- tado na área da UHE Santo Antônio e pertencente ao acervo do Museu da Memória Rondoniense). — Desenvolvimento: no segundo momento será solicitada aos participantes a “fabricação” de fósseis a partir de argila e gesso, com folhas e ossos recentes. osterior ente será solicitado e onte a se ncia estratigráfica e ocorre na região e inserindo os fósseis na camada correta. — Finali a o final a se ncia estratigráfica será co parada co a se n- cia real. Duração Duas horas, uma hora cada fase. Local A primeira etapa sugere-se que seja desenvolvida em uma sala de aula ou auditório com projetor. A segunda etapa pode ser em uma área externa. Materiais e instrumentos Projetor, imagens coloridas, mesas, uma caixa de acrílico, argila, pincel, tinta, a lona ossos e olhas recentes areia fina areia grossa cascalho argila eti- quetas adesivas pequenas. Custos Fazer pesquisa de preços. Mediadores didáticos ro essores de Ci ncias eografia o tras disciplinas e onitores do se . EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 136 Noções de Paleontologia Objetivos — Permitir o contato das crianças com material fóssil, ensejando oportunida- de para questionamentos e descobertas. — Colaborar na fi a o dos principais conceitos de aleontologia e propiciar o desenvolvimento da capacidade de leitura e interpretação. — Auxiliar na compreensão dos novos conceitos adquiridos bem como no de- senvolvimento da competência da linguagem escrita. Conteúdos Língua Portuguesa e Ciências. Faixa etária e número máximo de participantes Estudantes na faixa etária entre 9 e 13 anos. 30 participantes. Descrição da atividade — Iniciar a atividade com uma breve explicação sobre o que são fósseis e quais os tipos de fósseis: restos (ossos, dentes, conchas...) e vestígios (pegadas, ovos, coprólitos...). Durante a explicação, mostrar cartões ilustrados (com a i age dos restos o est gios sseis co a grafia das no as pala ras aprendidas. Colocar diferentes tipos de fósseis (osso, concha, pegada, co- prólito..., quanto mais tipos, melhor) em caixas fechadas, apenas com uma pequena abertura para colocar a mão (um em cada caixa). Dividir as crian- as gr pos cada dos ais de erá ficar co a das cai as contendo ssil o n ero dos gr pos será definido pelo n ero de cai as . s crianças deverão ser orientadas a sentir, com o tato, o objeto no interior da caixa pertencenteao seu grupo. Enquanto as crianças imaginam o conteú- do da caixa, será pedido que elas elaborem questões que possam ser respon- didas apenas com “sim” ou “não”. Ex.: É um animal? Vive no oceano? Pode ser visto no zoológico? Pode ser visto no museu? Após as questões terem sido respondidas, os estudantes podem tentar adivinhar o que há na caixa. Depois de os objetos no interior das caixas serem expostos, os fósseis de- e ser identificados co as crian as isso pode ser eito por elas es as co a a da de an al de dentifica o pre ia ente preparado o pelo ediador . an al identifica o consiste e li reto co i a- gens de ani ais sere identificados. — Na segunda parte propõe-se as crianças o jogo de “Dominó paleontológico”, elabora-se o jogo com cartolina ou papelão, coloca em umas peças pergun- tas e respostas sobre paleontologia, a regra é a mesma do dominó tradicio- nal. Cada pergunta deve ser colocada junto com sua respectiva resposta e vice-versa. Caso o jogador, na sua vez, não possua nenhuma peça que possa ser colocada com aquelas dispostas na mesa, este jogador deverá pegar mais peças da banca, até que encontre uma que possa ser usada corretamente. Se não houver mais peças na banca, o jogador passará sua vez, até que ele tenha uma peça apropriada. Vence o jogador que primeiro terminar suas peças. — or fi prop e a cr adinha por eio das dicas as crian as pode completar a cruzadinha, conforme modelo a seguir. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 137 PALAVRAS CRUZADAS Horizontal 2 - Processo que transforma o resto ou vestígio de um ser vivo em fóssil. 3 - Fóssil de impressão ou marca. 4 - Impressão fossilizada do pé de um animal. 5 - “Cocô” fossilizado. Vertical 1 - Resto ou vestígio de plantas ou animais que viveram na Terra no passado. 6 - Parte do animal vertebrado que geralmente torna-se fóssil. profissional e est da os sseis. 8 - Animal gigante extinto, semelhante ao tatu. Duração Uma hora, 20 minutos para cada atividade. Local Sala de aula, casa ou museu. Materiais e instrumentos Caixa de papelão média, papel de presente para envolver a caixa, ossos, con- chas sseis o recentes ateriais i pressos co o an al de identifica o impresso, palavras cruzadas impressas, cartolina colorida para o dominó paleontológico, cartões ilustrados (com imagens impressas e os respectivos nomes). Custos Fazer pesquisa de preços. Mediadores didáticos Professores de Português e Ciências. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 138 Como se formam os fósseis? Objetivos — Simular o processo de moldagem e impressão dos organismos na rocha, favorecendo, assim, que as crianças vivenciem, a partir de uma atividade lúdica, a formação de um fóssil; — Permitir a compreensão dos eventos necessários à formação de um fóssil através de um exemplo simples; — Colaborar na interpreta o de te to escrito atra s de s a rela o co fi- guras; — e onstrar a i port ncia da di lga o do conheci ento cient fico — Incentivar habilidades artísticas. Conteúdos rtes eografia Ci ncias e ist ria. Faixa etária e número máximo de participantes Estudantes na faixa etária entre 7 e 9 anos. 30 participantes. Descrição da atividade — Em uma bandeja de plástico, despeje areia úmida até um centímetro abaixo da borda e alise-a com a mão. Com o punho fechado, compacte toda a su- perfície da areia, socando-a bem. Alise-a novamente com a mão. Pegue uma concha, osso ou a mão da criança e coloque sobre a areia, fazendo pressão, de modo a deixar um molde. Em um copo plástico, misture água e gesso com a ajuda de um palito de madeira. Despeje a massa na bandeja a partir do canto e com muito cuidado. Espere trinta minutos até o gesso endurecer (durante esse período de espera, passar para o segundo momento). — Iniciar a atividade com uma discussão dirigida sobre o que acontece com um organismo após sua morte. Organizar as crianças em seis grupos e pe- dir que cada grupo monte a sequência correta dos eventos que compõem a hist ria de ssil fig ra abai o relacionando as fig ras e os te tos e serão oferecidos a eles em pequenos cartões. — Após terminar a atividade, um ou dois integrantes de cada grupo deverá ler e o alta cart o da se ncia apresentando s a respecti a fig ra. Finalizada a apresentação, discutir com os grupos porque nem todos os or- ganismos se fossilizam. Que parte da sequência deve necessariamente estar presente para que a fossilização ocorra? — Retornar ao fóssil moldado e o retirar da bandeja. Utilizar um pincel para retirar o excesso de areia. Discutir com as crianças a formação do molde fóssil. — Iniciar a atividade explicando a importância de divulgar os conhecimentos cient ficos ad iridos n o s pela aleontologia as por toda Ci ncia. i- vidir os alunos em grupos e entregar a cada grupo uma cartolina, lápis de cor ou giz de cera, hidrocor, revistas, tesoura, cola e pedir que eles elaborem um painel apresentando seu “fóssil” (confeccionado na atividade anterior), co o se osse a se . ntregar a fig ra de sseis e postos e museu para auxiliar no desenvolvimento da atividade (vide volume ane- xo). Pedir aos alunos que coloquem na cartolina, logo abaixo do “fóssil”, sua identifica o de e esp cie o ssil s as principais caracter sticas e como ele foi encontrado. Estimule a criatividade dos alunos. À medida que os grupos forem terminando a confecção, pendurar as cartolinas na parede, em frente ao fóssil de cada grupo e “abrir” a exposição. Nesse momento, abre-se espaço para que cada grupo apresente seu “fóssil”, discutindo com eles as informações presentes na cartolina. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: Caiari revendo o passado, cultivando o futuro 139 Figura. A história de um fóssil. Fonte: Scientia 2010. Duração Uma hora 20 minutos, 20 minutos para cada atividade. Local Sala de aula. Materiais e instrumentos Gesso, areia, copo plástico, palito de picolé, bacia de plástico, história de um fóssil impressa. Custos Fazer pesquisa de preços. Mediadores didáticos ro essores de artes geografia hist ria e ci ncias. Esta obra é resultado de pesquisas realizadas no âmbito do Programa de Educação Patrimonial conduzido pela Scientia Consultoria Científica e seus pesquisadores e pesquisadoras, entre 2008 e 2012, durante o período de licenciamento prévio, implantação e consequente operação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio – UHE Santo Antônio. Os estudos analisaram os impactos das obras da UHE Santo Antônio nos patrimônios culturais imateriais (fazeres, saberes e memórias), materiais arqueológicos e no patrimônio paleontológico, predominan- temente nas áreas de impactos diretos e indiretos do empreendimento. Diversos trabalhos de Educação Patrimonial foram executados em Porto Velho envolvendo crianças, jovens e adultos, momento em que a população teve oportunidade efetiva de participação, o que possibilitou a valorização da cultura local. Possibilitar a transformação do relatório técnico, intitulado “Caiari: revendo o passado, cultivando o futuro”, em livro de ampla difusão é um sonho realizado. Parabéns aos organizadores! Ednair Rodrigues do Nascimento Bióloga e Paleontóloga. Mestra em Geociências na área de concentração em Paleontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Geografia. Integra o Grupo de Pesquisa em Biologia Experimental da Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Foi coordenadora do Programa de Preservação do Patrimônio Paleontológico da UHE Santo Antônio, diretora do Museu Estadual de Rondônia e do Museu da Memória Rondoniense. E-mail: ednair.nascimento@gmail.com. Ney Gomes Arqueólogo e Antropólogo, doutorando do programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará – PPGA/UFPA. Trabalha na área de licenciamento ambiental há mais de 15 anos gerenciando projetos, coordenando equipes em campo com foco em ArqueologiaPreventiva, Patrimônio Imaterial, Educação Patrimonial, Comunidades Tradicionais e Socioeconomia. Como Arqueólogo coordenou escavações por todo o Brasil, principalmente em projetos de arqueologia preventiva ligados a grandes empreendimentos de geração ou transmissão de energia. E-mail: ney.gomes@gmail.com. Fale conosco através do QR-Code, adicionando-nos aos seus contatos WhatsApp, via escaneamento pelo smartphone. ISBN 978-65-87350-53-0 LIVRO DIGITAL despeito do título evidenciar a temática da educação patrimonial, o livro organizado por Ednair Nascimento e Ney Gomes trata também de arqueologia e paleontologia na região do Alto Madeira, resultados de uma extensa pesquisa em que participaram inúme- ros profissionais da área da Arqueologia, da Paleonto- logia, da Educação e de áreas afins, coordenados pela Scientia Consultoria Científica, durante o licencia- mento da UHE Santo Antônio. A ideia norteadora desta obra é propiciar ao grande público a possibilidade de conhecer mais sobre o passado e ter ferramentas para olhar para o presente de forma mais crítica, usando Arqueologia, Paleonto- logia e Educação Patrimonial como lentes. Muitas pesquisas ficam restritas a relatórios técnicos. Este livro, contudo, veio trazer a possibilidade de devolver à sociedade pesqui- sas acadêmico-científicas de temas signifi- cativos, em linguagem acessível.
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