Buscar

Analise de solo - pH Al3^M acidez potencial e MO

Prévia do material em texto

ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL E 
MATÉRIA ORGÂNICA
Piracicaba – SP 18/05/2023
Universidade de São Paulo - USP
Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA
Análise de Solo e Planta – CEN 0409
Professores: Cassio Hamilton Abreu Junior – cahabreu@cena.usp.br
Takashi Muraoka – muraoka@cena.usp.br
Estagiário PAE: Dalila Lopes da Silva – dalila.ls@usp.br
Supervisor: Juan Ricardo Rocha – jr.rocha@usp.br
➢ Bibliografias recomendadas
631.42 F411 e.8 
109410
Biblioteca da ESALQ
631.41S586m 
Biblioteca do CENA
631.452 A532 10009
Biblioteca do CENA
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢ Reação do solo
Vegetação nativa do Cerrado
✓ A maioria dos solos brasileiros
apresenta limitações para o
estabelecimento e para o
desenvolvimento de grande
parte das culturas em
decorrência dos efeitos da
acidez.
Al3+ Mn2+
Ca2+ Mg2+
P
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
K+
➢ Conceito ácido-base
✓ Definição de Brönsted-Lowry (1923): Ácido é uma espécie química que doa prótons e
base é uma espécie química que recebe prótons (definição que se aplica bem para o
entendimento das reações do solo).
✓ A força dos ácidos e bases, em consequência de sua dissociação (ionização) em solução,
é mensurável pela constante de ionização (K):
HA + H2O A- + H3O+
(Acidez potencial) (Acidez ativa)
B + H2O BH+ + OH-
Ka = (H3O+) (A-)
(HA)
Kb = (BH+) (OH-)
(B)
pKa = -log Ka pKb = -log Kb
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Origem da acidez do solo
1. Remoção das bases
✓ A remoção de cátions de caráter básico do solo pela lixiviação, erosão e pelas culturas,
resulta no aumento de formas trocáveis de Al3+ (e de H+) no complexo sortivo.
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Origem da acidez do solo
2. Grupos ácidos da matéria orgânica
✓ A ionização do H de ácidos carboxílicos, fenólicos e, principalmente, de álcoois
terciários da MO, contribuem para a acidez no solo.
✓ Em condições de acúmulo de MO e no estádio final de sua mineralização, a oxidação
libera elétrons, podendo ocasionar um aumento do pH de acordo a equação:
O2 + 4 H+ + 4 e- 2 H2O + 1,229 volts
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Origem da acidez do solo
2. Grupos ácidos da matéria orgânica
✓ Com a mineralização da MO, há liberação de bases (nutrientes ou não) que se
encontravam imobilizados nos tecidos, para o solução do solo, propiciando aumento do
pH;
✓ A mineralização de compostos orgânicos libera, também compostos de N e S que, ao
sofrerem oxidação, podem liberar prótons na solução do solo:
NH4
+ + 2 O2 + H2O NO3
- + 2 H3O+
S + 3/2 O2 + 3 H2O SO4
2- + 2 H3O+
✓ A oxidação biológica de compostos orgânicos produz CO2, que reage com água para
formar ácido carbônico, que se dissocia liberando prótons H+.
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Origem da acidez do solo
3. Minerais de argila silicatados e não silicatados
✓ Os grupos estruturais Si-OH e Al-OH expostos na superfície dos minerais de argila
silicatada, assim como os grupos Al-OH e Fe-OH nos óxidos de Fe e Al contribuem para a
geração de acidez:
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Origem da acidez do solo
4. Fertilizantes minerais
✓ A oxidação do amônio também é responsável pela acidez gerada quando da aplicação
de fertilizantes, como (NH4)2SO4 e NH4NO3, que aumenta com as doses aplicadas.
✓ O NH4
+ também pode deslocar o Al3+ adsorvido, ocasionando acidificação do solo:
Argila] Al3+ + 3 NH4
+ Argila] - (NH4
+)3 + Al3+ 
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Origem da acidez do solo
4. Fertilizantes minerais
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
Adubo % de N kg CaCO3 por tonelada de 
adubo¹
Amônia anidra 82 -1480
Cloreto de Amônio 31 -1400
Sulfato de Amônio 20 -1000
Nitrato de Cálcio 14 +200
Nitrato de Sódio 15 +290
Nitrato de Amônio 32 -600
Nitrato de Potássio 13 +250
Uréia 44 -840
Fosfato diamônico (DAP) 18 -650
Fosfato monoamônico (MAP) 11 -600
Tabela – Poder de acidificação dos principais fertilizantes nitrogenados 
Malavolta, 1989
1Quilos de calcário/tonelada de adubo: sinal negativo (-) indica a quantidade de calcário necessária para neutralizar 1 tonelada de adubo; 
sinal positivo (+) indica a quantidade de calcário equivalente a 1 tonelada de adubo.
ACIDEZ DO SOLO
pH
Al3+
H+ + Al3+
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢ Componentes da Reação do Solo: acidez e CTC do solo 
❑ No equilíbrio ácido-base, o solo tem comportamento semelhante a um ácido fraco, cujo
potencial de reposição de H+ para a solução é muito superior à sua atividade na solução.
Isto define os conceitos de acidez ativa, acidez trocável e acidez potencial do solo.
✓ Acidez ativa
Refere-se à atividade de H+ na solução do solo
✓ Acidez trocável
Refere-se ao Al trocável e na solução e inclui, também, os íons 
H, Mn, Fe e outros de caráter ácido adsorvidos ao solo de forma 
trocável.
✓ Acidez potencial
Engloba a acidez trocável e a não-trocável e é bom estimador
do poder tampão do solo. (A acidez não-trocável é constituída,
principalmente, de H de ligações covalentes, que não é trocável,
mas pode se dissociar com elevação do pH do solo).
pH
Al3+
H+Al
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢ Componentes da acidez e CTC do solo 
Relação entre a acidez trocável e o pH do solo determinado em água, amostras coletadas
na profundidade de 0-20 cm, nos estados de Goiás e Distrito Federal (Sousa et al., 1985)
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢ Componentes da acidez e CTC do solo 
Curvas de neutralização de amostras de solos com carbonato de cálcio (Raij et al., 1979)
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
1. Acidez ativa
✓ A acidez do solo é avaliada, geralmente, por meio do seu pH,
determinando-se a atividade de H+ em uma suspensão de solo com
água ou com soluções salinas.
✓ O pH do solo varia ao longo do tempo e pode ser influenciado pela
precipitação e manejo do solo e, especialmente, pelas adubações.
✓ Os valores de pH podem depender também da época de
amostragem do solo e do método de preparo das amostras.
✓ Para determinar a acidez ativa, são utilizados os métodos
potenciométricos
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
1. Acidez ativa
pH = -log (H+) 
(H+) = f [H+]
(H+) = Atividade de H+
[H+] = Concentração de H+
f = Coeficiente de atividade 
2 H2O H3O+ + OH- K = [H3O+] [OH-]
K = 1,0 × 10-14 a 25° C
Notação simplificada = H+
Para soluções aquosas diluídas (H+) ⁓ [H+]
pH = -log [H+] 
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
❑ Esquemas de eletrodos de pH. a) Eletrodo de vidro simples; b) eletrodo de vidro
combinado
Calibração
pH = 7,0
pH = 4,0
pH = 10.0
Raij et al. (2001)
1. Acidez ativa
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
1. Acidez ativa
✓Os métodos potenciométricos mais comuns são:
I. Determinação do pH em suspensão de solo com água, na relação solo: água de
1:1 ou 1:2,5;
II. Determinação do pH em suspensão de solo KCl 1,0 mol L-1, na relação
solo:solução de 1:1 ou 1:2,5
III. Determinação de pH em suspensão de solo com CaCl2 0,01 mol L-1, na relação
solo:solução de 1:1 ou 1:2,5;
Método adotado pelo Sistema IAC
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
1. Acidez ativa
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
▪ A 10 cm³ ou 10 gramas de solo adiciona-se 25 mL de uma solução CaCl2 0,01 mol L-1,
deixando por 15 minutos em ‘descanso’;
▪ Agitar a suspensão por 10 minutos em uma mesa agitadora com movimentação circular-
horizontal com rotação a 220 rpm. Deixar decantar por 30 minutos;
▪ Ajustar o medidor de pH com as soluções-tampão de pH 4,0 e 7,0 e, frequentemente,
com uma dessas soluções, após a determinação de uma série de amostras;
▪ Sem agitar, mergulharo eletrodo combinado na suspensão, de modo que a ponta do
eletrodo de vidro toque ligeiramente a camada de sedimento e a saída do eletrodo de
referência fique submersa. Ler o pH após estabelecido o equilíbrio.
▪ Atenção: O eletrodo deve ser lavado com água e enxugado com papel absorvente, após
cada determinação. Isso é especialmente importante quando se passa para uma
suspensão de pH muito diferente, ou de solução-tampão para suspensão de solo.
1. Acidez ativa
❑ Considerações
✓ Os valores de pH em água apresentam maior variabilidade entre repetições,
porém a adição de eletrólito (KCl ou CaCl2) pode diminuir essa variabilidade.
✓ Sais solúveis afetam a força iônica da solução do solo, e esta afeta a
atividade de íons H+ na solução. De modo geral, em solos eletronegativos, o
pH diminui com o aumento da concentração salina da solução. Em solos
eletropositivos o efeito é contrário.
ΔpH = pH-KCl – pH-H2O
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
Valores de pH e ΔpH em amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo
argiloso de Cerrado, com atributo ácrico.
➢Determinação da acidez do solo
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
1. Acidez ativa
1. Acidez ativa
➢Determinação da acidez do solo
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
Classes de interpretação para a acidez ativa do solo (pH¹) 
Classificação química da acidez ativa
Acidez Neutra Alcalinidade
Muito elevada Elevada Média Fraca Fraca Elevada
< 4,5 4,5 - 5,0 5,1 – 6,0 6,1 – 6,9 7,0 7,1 – 7,8 > 7,8
(1) pH em H2O, relação 1:2,5, TFSA:
Classificação agronômica do pH(2)
Muito baixo Baixo Bom Alto Muito alto
< 4,5 4,5 - 5,4 5,5 – 6,0 6,1 – 7,0 > 7,0
(2) A qualidade utilizada indica, para a maioria das culturas, pH adequado (bom) ou inadequado (muito
baixo, baixo, alto e muito alto).
Fonte: Alvarez et al. (1999)
2. Acidez trocável
❑ Para determinar a acidez trocável utiliza-se, como extrator, a solução de KCl 1,0 mol L-1
pH = 5,5, que, pelo excesso de K+, extrai por troca, H+ e Al3+ adsorvidos
eletrostaticamente.
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
❑ Os cátions deslocados, bem como o excesso de KCl em solução, são filtrado e o Al3+ é
determinado por titulometria ácido-base.
2. Acidez trocável
▪ Agita-se 5 cm³ ou 5 gramas de solo com 50 mL da solução KCl 1,0 mol L-1 por 5 minutos
em uma mesa agitadora com movimentação circular-horizontal com rotação a 220 rpm;
▪ Filtragem do extrato em filtro Whatman n° 42 ou similar;
▪ Pipetar 25 mL do extrato, acrescentar 3 gotas de indicador vermelho de fenol (100 mg
de vermelho em uma solução de NaOH com 1 mol L-1 em 100 mL);
▪ Titular com solução de NaOH 0,025 mol L-1 (passagem da cor amarela para o vermelho);
▪ Procede igualmente para os brancos (valor a ser descontado para os resultados obtido
dos solos).
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
Al3+ (mmolc dm-3) = (Vam – Vbr) x CNaOH x 50 x 1000
25 * 5 
Onde, Vam e Vbr são os volumes, em mL, de solução de NaOH gastos nas titulação da amostra e do branco, 
respectivamente; CNaOH, a concentração, em mol L-1, da solução de NaOH.
3. Acidez potencial
➢ É composta pela soma da acidez trocável e não-trocável.
➢ Na determinação da acidez potencial (H+Al), a acidez extraída com uso da solução
de acetato de cálcio (Ca(OAc)2) 0,5 mol L-1 a pH = 7,0. Neste processo são extraídas
a acidez ativa, trocável e não-trocável.
➢ A acidez potencial é representada por H+Al, sem os sinais de carga, pois as ligações
são covalentes.
➢ Outra forma de determinar o H+Al é pelo método potenciométrico, usando
solução tampão SMP
Método utilizado pelo Sistema IAC
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
❑ Determinação da acidez total com solução SMP
✓ A solução tampão SMP, desenvolvida por SHOEMAKER, McLEAN. & PRATT (1961), é
utilizada para estimar a acidez total. O método foi adaptado por Quaggio et al.
(1985), que adaptaram o uso desse método para determinação direta da acidez total.
3. Acidez potencial
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
3. Acidez potencial
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
▪ Retomar os frascos utilizados para a determinação do pH em CaCl2 0,01 mol L-1;
▪ Adicionar exatamente 5,0 mL da solução-tampão SMP, agitar durante 15 minutos e
deixar em repouso por 60 minutos;
▪ Ajustar o potenciômetro com as soluções-tampão pH 4,0 e 7,0 e, frequentemente, com
uma dessas soluções, após a determinação de uma série de amostras;
▪ Ler o pH SMP após estabelecido o equilíbrio.
▪ Atenção: A suspensão de solo com a solução-tampão SMP é bastante tamponada e
pode deixar “memória” no eletrodo, caso não tenha sido bem lavado, afetando as
leituras seguintes. Portanto, deve-se lavá-lo abundantemente com água, com auxílio de
uma piceta, e depois enxugá-lo com papel absorvente.
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
✓ Componentes da acidez e necessidade de calagem (NC) para elevar a saturação de
bases para 50 % em Latossolo Vermelho e Vermelho-Amarelo argiloso e, em um
Neossolo Quartzarênico da região do Cerrado
❑ Efeitos da acidez do solo
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
❑ Efeitos da acidez do solo
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢Determinação da acidez do solo
✓ A faixa de pH 5,5 - 7,0,
apresenta ser ótima para a
disponibilidade de
nutrientes para as plantas.
✓ A determinação é baseada no método de Walkley-Black (1934);
✓ O método de Walkley – Black foi desenvolvido inicialmente para quantificar a 
matéria orgânica facilmente oxidável ou decomponível do solo;
✓ A determinação é baseada na oxidação da MO do solo a CO2 por íons dicromato, em
meio fortemente ácido.
2Cr2O7
2- + 3C0 + 16H+ 4Cr3+ + 3CO2 + 8H2O
Cr2O7
2- + 6Fe2+ + 14H+ 6Fe3+ + 7H2O
Equação de oxidação:
Equação de titulação:
➢ A determinação pode ser feita
por titulação ou por
colorimetria
➢ Determinação da matéria orgânica do solo
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢ Determinação da matéria orgânica do solo por titulação
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
▪ Transferir 1 cm³ (ou 1 grama) de TFSA para um Erlenmeyer; 
▪ Adicionar 10 mL de solução de dicromato de potássio 0,167 mol L-1 , e rapidamente, 20 mL de 
ácido sulfúrico concentrado p.a.;
▪ Agitar manualmente por um minute e deixar resfriando por 30 minutos; 
▪ Adicionar 200 mL de água destilada e filtrar através de papel de filtro de filtragem rápida, 
resistente ao ácido (Whatman 540 ou similar), recebendo o filtrado em erlenmeyer de 500 mL;
▪ Acrescentar 10 mL de H3PO4 concentrado p.a. e 3 a 6 gotas da solução de difenilamina(1,0 g 
de indicador em 100 mL de ácido sulfúrico concentrado p.a ). Titular com a solução de sulfato 
ferroso amoniacal (157 g de Fe(NH4)2(SO4)2.6H2O e 20 mL de H2SO4 concentrado p.a em 1 L), 
até viragem de azul para verde. A titulação da prova em branco serve para determinar a 
concentração exata de solução de sulfato ferroso amoniacal.
▪ Realizar o mesmo procedimento em uma (ou mais) prova em branco completa, sem terra.
▪ Atenção: Essa proporção de reagentes é para amostras com até 55 g dm-3
; No caso de solos 
com até 135 g dm-3, a proporção será de 25 mL da solução de dicromato, 50 ml de ácido
sulfúrico e 400 ml de água destilada. Para solos com mais de 135 g dm-3, dobrar a proporção
dos reagentes.
➢ Determinação da matéria orgânica do solo por titulação
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
MO (g dm-3) = (Vam – Vbr) x Cfe
+2 x 0,003 x 1,33 x 1,724 x 1000
Vsolo
Onde, Vam é o volume de sulfato ferroso amoniacal, em mL, gasto na titulação da amostra de solo; Vsolo é 
o volume de solos medido , em cm³. Os fatores multiplicativos são: 0,003, em g mmol-1, referente à razão 
[(0,001 x 12)/4], onde, 12 é a massa molardo carbono (g mol-1), 0,001 é o fator para transformar em g mmol-
1 e 4 é o número de elétrons na oxidação da M.O [C(0) → C(IV), na forma de CO2]; 1,33, o fator de correção 
para a oxidação apenas parcial da matéria orgânica; 1,724, o fator proposto por van Bemmelen, para 
converter o teor de C orgânico em teor de matéria orgânica (Corg = 58% da MO); 1.000, o fator para 
transformar cm3 em dm3 de TFSA.
Cfe
2+ (mol L-1 ou mmol mL -1) = 10 x 0,167 x 6
Vbr
Onde, CFe
2+ é a concentração de Fe2+ na solução padronizada de sulfato de ferroso amoniacal, para a reação 
com dicromato de potássio e Vbr o volume de sulfato ferroso amoniacal, em mL, gasto na titulação do 
branco. Os fatores multiplicativos correspondem ao volume de dicromato (10), em mL, à concentração da 
solução de dicromato (0,167), em mol L-1, e ao número de elétrons transferidos (6) no processo de redução 
Cr(VI) → Cr(III).
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
➢ Determinação da matéria orgânica do solo por colorimetria
▪ Transferir 1 cm3 de terra para frasco cilíndrico de 100 mL. Realizar uma prova em 
branco completa, sem terra;
▪ Adicionar, com dispensador, 10 mL da solução de Na2Cr2O7 em ácido sulfúrico (200 
gramas de dicromato de sódio e 280 mL de ácido sulfúrico em 1 L);
▪ Agitar durante 10 minutos, em agitador com movimento circular-horizontal, com 
velocidade mínima de 180 rpm;
▪ Após um repouso de uma hora, adicionar 50 mL de água, usando dispensador, com 
um jato forte para promover a mistura das soluções. Deixar decantar durante a 
noite;
▪ No dia seguinte, transferir o líquido sobrenadante para a cela de medida do 
espectrofotômetro ou colorímetro, com filtro de transmissão máxima de 650 nm. 
Acertar o zero do aparelho com a prova em branco completa;
▪ Calcular os resultados a partir da curva-padrão, preparada com solos analisados 
pelo método volumétrico (titulação);
➢ Determinação da matéria orgânica do solo por colorimetria
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
✓A razão pela qual o teor de matéria orgânica é frequentemente
relacionado ao teor de carbono é porque a matéria orgânica é
composta principalmente por compostos orgânicos, que
contêm carbono em sua estrutura química;
✓Aproximadamente 58% do peso da matéria orgânica é
composto por carbono;
✓ Portanto, é possível estimar o teor de carbono do solo a partir
do teor de matéria orgânica, multiplicando o valor pelo fator
de conversão adequado ( 1,724 g/dm³).
➢ Determinação da matéria orgânica do solo
ANÁLISE DE SOLO – pH, Al3+, ACIDEZ POTENCIAL e MO
Obrigado!
Perguntas?
Universidade de São Paulo - USP
Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA
Análise de Solo e Planta – CEN 0409
Professores: Cassio Hamilton Abreu Junior – cahabreu@cena.usp.br
Takashi Muraoka – muraoka@cena.usp.br
Estagiário PAE: Dalila Lopes da Silva – dalila.ls@usp.br
Supervisor: Juan Ricardo Rocha – jr.rocha@usp.br
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37

Continue navegando