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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A POLITÉCNICA Instituto Superior Politécnico e Universitário de Nacala ISPUNA PATOLOGIA MÉDICA HIPERTENSÃO ARTERIAL Paulino Julião MD Definição Considera-se que existe Hipertensão arterial quando: TA ≥ 140/90 mmHg 3 vezes consecutivas com 6 horas de diferença Aumento da pressão sistólica em 30 mmHg ou mais e de 15 mmHg ou mais na diastólica em relação a niveis previamente conhecidos 2 Epidemiologia É uma doença com maior incidência nas grandes cidades, é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial. Causas A hereditariedade, A obesidade, O sedentarismo, O alcoolismo, O stress, O fumo, Cont. Hipertensão arterial primária. Na grande maioria dos casos a Hipertensão Arterial é considerada essencial, isto é, ela é uma doença por si mesma. Nenhum dos mecanismos que geram a hipertensão é isoladamente muito mais influente que os demais. Cont. Hipertensão arterial secundária. Ocorre quando um determinado factor causal predomina sobre os demais, embora os outros possam estar presentes. Por exemplo: Nefropatias Hipertensão medicamentosa Hipertensão relacionada a gestação. Factores de risco Idade Sexo Nível socioeconómico Obesidade Raça Consumo de sal Sedentarismo Tabagismo e alcoolismo Frequencia da hipertensão 600 milhões de hipertensos no mundo (20 milhões em Africa*) 3 milhões morrem anualmente como consequencia directa da hipertensão Cerca de 250’000 mortes poderiam ser prevenidas anualmente em Africa* A regra das metades Só 1/2 estão diagnosticados Só 1/2 dos diagnosticados receberam tratamento Só 1/2 dos tratados estão controlados Portanto só 12.5% do total estão adequadamente controlados Qual é a situação geral WHO-ISH guidelines for the management of hypertension. J Hypertension 1999; 17:151-83 *Noncommunicable Diseases: A Strategy for the African Region, WHO-AFRO, AFR/RC50/10 2000 cont Sal disfunção renal na sua eliminação Excesso de peso Aumento do volume plasmático e certa resistência periférica à insulina Álcool Aumento da actividade simpática e débito cardíaco Stress Estimulação Simpática Café Acção vasoconstritora da cafeína Tabaco Lesão Endotelial Fisiopatologia Existem múltiplos factores, agrupados conforme abaixo: Mecanismos neurais. Mecanismos que envolvem factores ligados ao sistema nervoso. Mecanismos renais. Mecanismos ligados ao funcionamento dos rins. Mecanismos vasculares. Mecanismos ligados a estrutura e função dos vasos sanguíneos. Mecanismos hormonais. Mecanismos ligados a hormónios. Sintomatologia Dor de cabeça, Tonturas, Cansaço, Enjoos, Falta de ar e Sangramentos nasais. Classificação Categoria PA diastólica (mmHg) PA sistólica (mmHg) Pressão óptima < 80 <120 Pressão normal 80-84 120-129 Pressão normal alta 85-89 130-139 Hipertensão grau 1 ou leve 90-99 140-159 Hipertensão grau 2 ou moderada 100-109 160-179 Hipertensão grau 3 ou severa ≥110 ≥180 Hipertensão sistólica isolada < 90 ≥140 Diagnóstico É feito a partir de um esfigmomanômetro e um estetoscópio, Cont. Tratamento Existem dois tipos de tratamento: Farmacológico e, Não farmacológico Medidas não farmacológicas Moderação da ingestão de sal (Cloreto de sódio) e álcool (Etanol). Aumento na ingestão de alimentos ricos em potássio. Prática regular de actividade física. Fomentar práticas de gestão do stress; Manutenção do peso ideal (IMC entre 20 e 25 kg/m²). Minimizar o uso de medicamentos que possam elevar a pressão arterial, como Anticoncepcionais orais e Anti-inflamatórios. Medidas farmacológicas Diuréticos ( Furosemida) Amilorido simples ou composto Nifedipina 30mg Metildopa Hidralazina Hidroclortiazida Enalapril Complicações Cont. Cardíaca - Angina de peito, Enfarto Agudo do Miocárdio, Cardiopatia hipertensiva e Insuficiência cardíaca. Cerebral - Acidente vascular cerebral, Demência vascular. Renal - Nefropatia hipertensiva e Insuficiência renal. Ocular - Retinopatia hipertensiva. 20 Cuidados de Enfermagem Identificar a necessidade humana básica afectada, Elaborar o plano de intervenção, Avaliar com rigorosidade os sinais vitais, Controlar a diurese e o balanço hidroelectrolitico, Manter o paciente em repouso, Prevenção Alimentação saudável, Consumo controlado de sódio, Consumo controlado de álcool, Aumento do consumo de alimentos ricos em potássio, Combate ao sedentarismo, Combate ao tabagismo. Cont. Administrar analgésicos e sedativos, Cumprir com rigor a prescrição medica, Aconselhar o paciente para o cumprimento rigoroso da dieta recomendada, Proporcionar ao paciente cuidados de higiene e conforto, Aconselhar ou instruir o paciente a perder peso SOS, Evitar o consumo de lipidos, Cont. Consumir dieta hipossodica, Aconselhar para parar ou deixar de fumar e beber álcool Proporcionar o ensino ao paciente e sua família. Bibliografia PORTO. C. C, Semiologia Medica (2005), 5ªed, editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro BRUNNER E SUDDARTH, Tratado de Enfermagem Medico-Cirurgico (2005), 10ªed, vol 2, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. MANUILA L. M. A, Dicionario Medico(1997), 7ed, São Paulo. image1.png image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.png
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