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SP6 Circulatorio

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SP6
Sistema circulatório 
Sistema Circulatório - SP6 
• Maria José
1. Diagnóstico e condição: hipertensa (P.A) oscilando, diabética, virose, micose (unhas e virilhas), processo infeccioso (viral x bacteriano - 
exames) inflamação: sinais e sintomas como febre, edema, hiperemia 
2. Doença vascular: varizes (peso e queimor) e vasos sanguíneos (artérias carótidas obstruídas)
1. Estudar a anatomia, histologia dos principais vasos sanguíneos 
2. Diferencias artérias e veias
3. Relacionar as comorbidades previas com o sistema imunológico (objetivo extra)
4. Compreender como o sistema imune reage ao processo infeccioso fúngico, viral e bacteriano 
5. Analisar a fisiologia no controle da pressão arteria
Tutoria
Chuva de Ideias
Objetivos
Mapa Mental
Hipóteses
• Comorbidades previas influenciam na imunidade
• As infecções podem ser virais, bacterianas, fúngicas e elas se associam 
• As doenças vasculares como varizes e aterosclerose impactam na saúde cardiovascular
• Para compreender as doenças vasculares é necessário saber a estrutura e função dos vasos
Sistema Circulatório
Estrutura dos vasos sanguíneos
O sistema circulatório abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema vascular linfático. O sistema vascular sanguíneo é composto pelo 
coração, artérias, vasos, capilares e veias. 
Anatomia
Histologia
Túnicas (plano estrutural e componentes dos vasos)
1. Túnica intima: camada de celulas endoteliais sobre a camada 
basal, camada subendotelial (ao entorno, tecido conjuntivo frouxo), 
pode conter ocasionalmente celulas musculares lisas. Em artérias, 
é separada da media pela lâmina elástica interna (composta por 
elastina com fenestras que permitem a difusão).
2. Túnica media: camadas concêntricas de celulas musculares lisas 
helicoidais. Interpostas entre elas, há variável MEC de fibras e 
lamelas elásticas, fibras reticulares, proteoglicanos e 
glicoproteinas. Nas artérias elásticas, a maior parte é composta por 
lamina de material elástica. 
3. Túnica adventícia: constituída principalmente por colágeno I e 
fibras elásticas. Torna-se gradualmente continua com o tecido 
conjuntivo do órgão pelo qual o vaso esta passando. Vasos 
grandes possui a vasa vasorum que são arteríolas, capilares, 
vênulas que se ramificam na adventícia provendo de metabólicos. 
Mais frequente em veias. 
Vasos com músculo liso possui fibras não mielina as de 
inervação simpática chamado de nervos vaso motores com 
neurotransmissor de norepinefrina resultando em 
vasoconstriccao. 
Inervação 
GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p.
PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85
Referências
Resumo, Júlia Cedraz
 
• Artérias: Principais artérias 
incluem a aorta, artérias 
coronárias, artérias carótidas, 
artérias femorais, entre 
outras.
• Veias: Principais veias 
incluem as veias cava 
superior e inferior, veias 
pulmonares, veias jugulares, 
veias femorais, entre outras.
As artérias consistem em uma serie de vasos que se tornam menores à 
medida que se ramificam, e sua função é levar o sangue, com nutrientes 
e oxigênio, do coração para os tecidos. Os vasos capilares sao vasos 
que constituem uma rede complexa de tubos muito delgados. Já as veias 
resultam da convergência dos vasos capilares em um sistema de canais 
que se torna cada vez mais calibroso à medida que se aproxima do 
coração, para onde transporta o sangue proveniente dos tecidos. 
Portanto, é considerado um sistema fechado. 
Pode ser dividido em:
• Macrocirculação: mais calibrosos, transporta sangue aos órgãos e 
leva de volta ao coração como as artérias e veias
• Micro circulação: processo de trocas entre o sangue os tecidos 
Tecidos que compõem a parede dos vasos
• Endotélio: barreira semipermeável interposta entre o plasma e o 
liquido intersticial. É altamente diferenciado para mediar e monitorar 
as trocas bidirecionais. Possui várias funções e sua ação vai 
depender de onde estará. Como conversão de angiotensina I em II, 
conversão de bradicinina, serotonina em compostos inativos, lipólise 
de lipoproteína por enzimas para transformar em triglicerídeo e 
colesterol, produção de fatores vasoativos. 
• Tecido muscular liso: exceção dos capilares e vênulas periciticas. 
Células musculares lisas ficam na tunica media dos vasos e se 
organizam em camadas helicoidais. São frequentemente unidas por 
junções comunicantes (GAP).
• Tecido conjuntivo: presença de fibras colagenas, fornece a 
resistencia e predominam nas grandes arteriais onde se organizam 
em lamelas paralelas. Substância fundamental que funciona como 
um gel heterogêneo nos espaços extracelulares contribuindo para 
propriedade física da parede dos vasos (difusão e permeabilidade). 
São influenciados por fatores mecânicos como a pressão e fatores 
metabólicos como a necessidade local dos tecidos. A união desses 
tecidos geram as túnicas. 
RESUMINDO
Artérias:
1. Túnica íntima: composta por células endoteliais, membrana basal e uma fina 
camada de tecido conjuntivo.
2. Túnica média: principalmente composta por células musculares lisas e fibras 
elásticas. Responsável pela contração e relaxamento para regular o diâmetro do 
vaso.
3. Túnica adventícia: formada por tecido conjuntivo que contém nervos e vasos 
linfáticos.
Veias:
1. Túnica íntima: semelhante à das artérias, porém com menos músculo liso e 
mais tecido conjuntivo.
2. Túnica média: mais fina que a das artérias e com menos fibras elásticas.
3. Túnica adventícia: geralmente mais espessa que a túnica média, com grande 
quantidade de tecido conjuntivo.
Capilares:
1. Única camada de células endoteliais: permitem trocas gasosas, nutricionais e 
metabólicas entre o sangue e os tecidos. Ausência de túnica média e adventícia. 
Podem ser classificados em fenestrados, continuos… 
Diferenças de composições entre os vasos sanguíneos:
- Artérias: possuem túnica média mais espessa que as veias. Contêm mais fibras 
elásticas para suportar a pressão sanguínea. Menor capacidade de distensão que 
as veias.
- Veias: têm maior capacidade de distensão que as artérias. Presença de válvulas 
para evitar refluxo sanguíneo. Maior quantidade de tecido conjuntivo na túnica 
adventícia.
- Capilares: estrutura mais simples, apenas com uma camada de células endoteliais; 
Permitem a troca eficiente de substâncias entre o sangue e os tecidos.
Exceções nas composições dos vasos sanguíneos:
- Artéria pulmonar: transporta sangue venoso (rico em CO2) para os pulmões.
- Veia pulmonar: transporta sangue arterial (rico em O2) dos pulmões para o 
coração.
Sistema Circulatório
Débito Cardíaco e seus determinantes 
Fisiologia 
Características físicas do coração 
Alterações no fluxo sanguíneo em qualquer parte da circulação 
altera momentaneamente o fluxo em outras partes
Exemplo: constrição arterial na sistêmica reduz momentaneamente 
o débito cardíaco. Nesse caso, o fluxo sanguíneo pulmonar é 
reduzido tanto quanto o sistêmico. Alem disso, a súbita constrição 
dos vasos deve sempre estar acompanhada pela dilatação oposta 
de outra parte devido o volume não poder ser alterado 
rapidamente.
A vasoconstricção ou vasodilatação prolongada de um 
segmento circulatório provoca alterações no volume 
sanguíneo total através de trocas com o fluido intersticial ou 
em decorrência por excreção renal.
Quanto maior a área de secção do vaso, menor a velocidade 
do fluxo sanguíneo (ou seja, inversamente proporcional). Com 
o mesmo fluxo de volume de sangue (F) deve passar por todo 
segmento da circulação a cada minuto, a velocidade do fluxo 
(v) é inversamente proporcional à area de secção transversa 
vascular (A) sendo representada v=F/A. 
Na tabela podemos perceber que a areade secção transversa 
das veias é maior do que as artérias. No entanto, quando 
passamos a avaliar os capilares, a area de secção das 
pequenas artérias se torna maior devido ao fato de possuir 
inúmeros vasos com pequeno diâmetro que se unem e 
acabam tendo uma velocidade maior do que as pequenas 
veias. (Aula pratica de anatomia)
Área de secção transversal dos vasos 
GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p.
PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85
Referências
Resumo, Júlia Cedraz
 
A função da circulação é suprir as necessidades dos tecidos corporais: 
• Transportar nutrientes;
• Eliminar produtos do metabolismo;
• Levar hormônios entre outros.
De forma geral, a circulação tende a manter o ambiente apropriado em 
todos os líquidos teciduais do organismo para que as células sobrevivam 
e funcionem de maneira adequada.
1. Artérias: têm função de transportar sangue sob alta pressão para os 
tecidos. Por esse motivo, têm fortes paredes vasculares e o sangue flui 
em alta velocidade.
2. Arteríolas: pequenos ramos finais do sistema arterial; agem como 
condutos de controle da passagem de sangue para os capilares, por 
isso têm forte parede muscular (contração e relaxamentos), sendo capaz 
de alterar muito o fluxo sanguíneo em cada tecido em função da sua 
necessidade.
3. Capilares: têm função na troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, 
hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial, já 
que apresentam paredes muito finas e minúsculos poros permeáveis à 
agua e outras moléculas.
4. Vênulas: coletam o sangue dos capilares e de forma gradual 
coalescem, formando veias progressivamente maiores.
5. Veias: condutos para o transporte de sangue das vênulas de volta ao 
coração; além disso, atuam como importante reservatório de sangue 
"extra".
A circulação como um circuito 
A contração da parte esquerda do coração impulsiona o sangue para a 
circulação sistêmica através da aorta. Esta, por sua vez, desemboca em 
artérias menores, arteríolas e, eventualmente, em capilares. Como os 
vasos são passiveis de distensão, cada contração do coração produz 
distensão vascular; durante o relaxamento, os vasos se retraem, 
mantendo o fluxo sanguíneo para os tecidos entre um batimento e outro. 
O sangue que deixa os tecidos entra nas vênulas, e em seguida, flui 
para as veias cada vez maiores, que transportam o sangue para a parte 
direita do coração. 
A porção direita do coração, bombeia o sangue através da artéria 
pulmonar, pequenas artérias, arteríolas e capilares, onde há troca de 
oxigênio e dióxido de carbono entre os sangues e os tecidos. Dos 
capilares pulmonares, o sangue flui em direção as vênulas e, em 
seguida, para as veias de grande calibre, chegando ao átrio esquerdo e 
passando ao ventrículo esquerdo antes de ser novamente bombeado 
para a circulação sistêmica.
Maior parte do 
volume está 
distribuído na 
circulação 
sistêmica.
A pressão na 
circulação 
pulmonar são 
muito mais baixas 
em relação a da 
sistêmica devido 
a menor 
resistencia 
vascular 
encontrada nos 
vasos pulmonares. 
Sendo assim, a 
resistencia 
vascular 
pulmonar total é 
menor do que a 
sistêmica 
Princípios básicos da função circulatória 
1. Intensidade/velocidade do fluxo sanguíneo é controlado 
em relação às necessidades e demandas teciduais (micro 
vasos controlam e monitoram. Mecanismo neural e 
hormonal faz um controle adicional)
2. Débito cardíaco é a soma de todos os fluxos sanguíneos 
(demanda dos tecidos - estimulação neural)
3. Regulação da pressão arterial é independente do fluxo 
sanguíneo local ou do débito cardíaco 
• (Sistema de controle da pressão arterial: reflexos nervosos 
provocam alterações circulatórias na presença de alguma alteração. 
Tais alterações podem ser o aumento da forca de bombeamento do 
coração, contração dos reservatórios venosos, constrição de 
arteríolas. Caso alteração persista de horas ou dias, o rim exerce 
controle pressórico tanto por hormônios, tanto como pela regulação 
do volume)
Pressão sanguínea representa a força o sangue contra 
qualquer area da parede vascular. 
Resistência ao fluxo sanguíneo consiste no 
impedimento ao fluxo pelo vaso, calculada pela razão da 
diferença de pressão entre dois pontos do vaso e o fluxo 
sanguíneo.
Sistema Circulatório
Fisiologia 
Inter-relação entre pressão, fluxo e resistência
• Complascência vascular ou capacitância vascular: 
variação do volume sanguíneo armazenado em um vaso para 
cada mmHg de aumento da pressão. 
• Complacência Tardia (Estresse-Relaxamento) dos Vasos: o 
vaso submetido a aumento de volume apresenta logo de início 
grande aumento da pressão, mas o estiramento tardio 
progressivo do músculo liso na parede vascular permite que a 
pressão retorne ao normal em minutos ou horas. A 
complacência tardia é mecanismo importante pelo qual a 
circulação pode acomodar sangue adicional quando 
necessário, como após transfusão excessivamente volumosa.
Efeitos da Estimulação ou da Inibição Simpática nos Sistemas 
Arterial e Venoso
1. Estimulação Simpática (aumento do tônus da musculatura lisa 
vascular): Isso promove aumento da pressão sanguínea das 
artérias ou veias em cada volume; além disso, o aumento do 
tônus vascular ao longo da vascularização sistêmica 
frequentemente faz com que grande volume de sangue seja 
desviado para o coração; quando ocorre nas veias, o aumento 
do tônus reduz os calibres dos vasos de tal forma que a função 
circulatória permanece normal em situações de hemorragias 
(perda de até 25% do volume sanguíneo total).
2. Inibição Simpática (relaxamento da musculatura lisa vascular): 
Atua, principalmente, reduzindo a pressão dos vasos, uma vez 
que aumenta o calibre destes.
Resumindo
A inter-relação entre pressão, fluxo e resistência dos vasos sanguíneos 
é fundamental para entender como o sistema cardiovascular funciona e 
como as alterações nesses parâmetros podem afetar a circulação 
sanguínea. 
Pressão:
• É a força exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sanguíneos.
• É determinada pela contratilidade do coração, volume sanguíneo 
circulante e distensibilidade dos vasos.
• É crucial para impulsionar o sangue através dos vasos e garantir a 
perfusão adequada dos tecidos.
Fluxo:
• É a quantidade de sangue que passa por um determinado ponto em 
um período de tempo.
• É diretamente proporcional à diferença de pressão entre dois 
pontos e inversamente proporcional à resistência vascular.
• É essencial para transportar oxigênio, nutrientes e resíduos 
metabólicos pelos tecidos do corpo.
Resistência vascular:
• É a oposição ao fluxo sanguíneo oferecida pelos vasos.
• A resistência vascular periférica é determinada pelo diâmetro dos 
vasos e pela viscosidade do sangue.
• Influencia diretamente o fluxo sanguíneo e a pressão arterial.
Inter-relação na perspectiva hemodinâmica:
• Lei de Poiseuille: Esta lei descreve a relação entre pressão, fluxo e 
resistência em um vaso sanguíneo reto e cilíndrico. Segundo essa 
lei, o fluxo sanguíneo é proporcional à diferença de pressão e ao 
raio elevado à quarta potência, e inversamente proporcional à 
viscosidade do sangue e ao comprimento do vaso.
• Equação de continuidade: Esta equação estabelece que o fluxo 
sanguíneo em um vaso é constante ao longo de seu comprimento, 
de modo que a velocidade do fluxo varia inversamente com a área 
da seção transversal do vaso.
Em resumo, a inter-relação entre pressão, fluxo e resistência dos vasos 
sanguíneos na perspectiva hemodinâmica é essencial para manter a 
homeostase cardiovascular, garantindo a perfusão adequada dos 
tecidos e a função adequada do sistema circulatório.
GUYTON, Arthur C.; HALL,Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p.
PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85
Referências
Resumo, Júlia Cedraz
O fluxo sanguíneo (F) por um vaso é determinado pela diferença de 
pressão sanguínea entre as duas extremidades (gradiente de pressão) 
e o impedimento ao fluxo sanguíneo pelo vaso (resistencia vascular).
Fluxo sanguíneo: quantidade de sangue que passa por determinado 
ponto da circulação durante um intervalo de tempo (mL/min). O F total 
de um adulto em repouso é cerca de 5.000mL/min. Isso é referido como 
o Débito cardíaco, por ser a quantidade de sangue bombeada pelo 
coração para a aorta a cada minuto. 
Observação: o que movimenta o fluxo é a diferença de pressão e não a 
pressão absoluta no vaso. 
Unidades de medida:
• Pressão sanguínea: mmHg
• Fluxo sanguíneo: mL/min
• Resistência vascular: mmHg/mL por minuto 
Teoria de Poiseuille: resistencia vascular é diretamente proporcional à 
viscosidade do sangue e ao comprimento do vaso e inversamente 
proporcional ao raio à quarta potencia. Ou seja, por mais que haja 
pequenas alterações no raio, a resistencia ira ser afetada. Os pequenos 
vasos sao os que oferecem maior resistencia, e os vasos de maior 
calibre oferecem menor resistencia a passagem de fluxo. 
• Vasos em paralelo: resistencia total é inferior a qualquer leito 
individual, presente em circulação sistêmica supridos por artérias 
que se ramificam em outros vasos;
• Vasos dispostos em série: soma das resistências individuais como 
nos pequenos vasos.
A condutância é uma medida da facilidade com que o sangue flui 
através de um vaso e corresponde à recíproca da resistencia. Sendo 
representado por: condutância = 1/Resistência. Ou seja, é a medida do 
fluxo pelo vaso e é sensível a mudança do diâmetro. Aumenta em 
proporção a quarta potencia do raio. 
• Fluxo laminar: forma estável por vasos longos e uniformes, se 
organiza em linhas de corrente, com camadas de sangue 
equidistantes dos vasos. A porção central do sangue fica no centro 
do vaso com maior velocidade, enquanto na camada externa (mais 
perto da parede do vaso) a velocidade é reduzida criando um perfil 
parabólico 
• Fluxo turbulento: intensidade do fluxo sanguíneo muito elevada, 
quando há obstrução, o fluxo pode ficar turbulento ou desordenado. 
Significando que o sangue flui em diferentes direções (longitudinal, 
perpendicular) gerando um redemoinho. Consiste em sangue 
correndo em todas as direções e se misturando continuamente 
gerando um padrão desordenado. Inclusive, esse fluxo pode causar 
lesões no endotélio, causar processos de inflamação e até alteração 
nos receptores de LDL gerando placas de aterosclerose nos vasos 
por oxidação de seus lipídios. 
• Viscosidade do sangue: quanto maior a viscosidade, menor o fluxo 
sanguíneo e maior resistencia vascular. Isso se dá devido à 
presença de um numero elevado de hemácias em suspensão 
gerando atrito contra o vaso. Pode ser avaliado pelo hematócrito.
Sistema Circulatório
Fisiologia
Pulsações da pressão arterial
1. Bomba venosa:
• As veias possuem válvulas unidirecionais que ajudam a direcionar o 
fluxo sanguíneo em direção ao coração, atuando como uma bomba 
venosa auxiliar. Estão localizadas nos membros inferiores.
• A contração dos músculos esqueléticos ao redor das veias 
comprime esses vasos, impulsionando o sangue em direção ao 
coração.
2. Retorno venoso:
• O retorno venoso é o volume de sangue que retorna ao coração 
pelas veias.É fundamental para manter o débito cardíaco e, 
consequentemente, a perfusão adequada dos tecidos.
• Mecanismos fisiológicos do retorno venoso:
- Bomba cardíaca: durante a sístole ventricular, o sangue é 
bombeado para as artérias, aumentando a pressão arterial e 
empurrando o sangue para as arteríolas e capilares. A contração dos 
ventrículos também comprime as veias adjacentes, impulsionando o 
sangue em direção ao coração.
- Vasomotores simpáticos: o sistema nervoso simpático regula o 
tônus vascular, promovendo a vasoconstricção em resposta a estímulos 
como o estresse ou a necessidade de redistribuição do fluxo 
sanguíneo. A vasoconstrição venosa aumenta a pressão venosa e 
melhora o retorno venoso.
- Bomba muscular: a contração dos músculos esqueléticos durante 
a atividade física comprime as veias adjacentes, impulsionando o 
sangue em direção ao coração. Esse mecanismo é conhecido como 
bomba muscular ou bomba venosa periférica.
- Respiração: durante a inspiração, ocorre uma diminuição da 
pressão intratorácica e um aumento do retorno venoso para o coração 
direito. Esse fenômeno, conhecido como bomba respiratória, auxilia no 
retorno venoso, principalmente em situações de aumento da demanda 
metabólica.
- Volume sanguíneo circulante: influencia diretamente o retorno 
venoso, uma vez que um maior volume sanguíneo resulta em maior 
pressão venosa e, consequentemente, em um retorno venoso mais 
eficaz.
• Importância do retorno venoso: mantem o débito cardíaco, garantir 
a perfusão adequada dos tecidos e regular a pressão venosa 
central. Qualquer alteração nos mecanismos de retorno venoso 
pode levar a distúrbios hemodinâmicos, como hipotensão, edema e 
insuficiência cardíaca.
3. Capacidade de reservatório:
• As veias têm uma capacidade significativa de armazenar sangue, 
atuando como um reservatório sanguíneo.
• Em situações de necessidade, como durante o exercício físico, as 
veias podem liberar esse sangue armazenado para manter o débito 
cardíaco.
4. Pressão gravitacional:
• A pressão gravitacional afeta mais as veias do que as artérias, 
devido à menor resistência oferecida pelas veias.
5. Resistência venosa:
• A resistência venosa é menor do que a resistência arterial, o que 
permite que as veias sejam mais distensíveis e tenham menor 
pressão intravascular. Essa menor resistência contribui para a 
capacidade de armazenamento de sangue pelas veias.
Comparação com as artérias:
• As artérias têm paredes mais espessas e musculosas do que as 
veias, o que lhes confere maior resistência e capacidade de manter 
a pressão arterial.
• Enquanto as artérias transportam sangue rico em oxigênio para os 
tecidos, as veias conduzem sangue pobre em oxigênio de volta ao 
coração.
Hemodinâmica na circulação:
• O fluxo sanguíneo nas veias é influenciado pela pressão venosa, 
resistência vascular periférica e volume sanguíneo circulante.
• A pressão venosa é mais baixa do que a pressão arterial, refletindo 
a menor resistência vascular e a função de retorno venoso das 
veias.
Resumindo
A distensibilidade vascular é a capacidade dos vasos 
sanguíneos de se expandirem e contraírem em resposta às 
Na hemodinâmica do sistema circulatório, a inter-relação 
entre fluxo, pressão, resistência vascular e débito cardíaco é 
crucial para manter a perfusão adequada dos tecidos e 
garantir o funcionamento eficiente do coração. Vamos 
explorar a importância e a relação desses parâmetros com o 
débito cardíaco:
Importância da inter-relação na hemodinâmica:
1. Débito cardíaco (DC): O débito cardíaco é a quantidade de 
sangue bombeada pelo coração em um minuto e é 
determinado pelo volume sistólico (quantidade de sangue 
bombeada a cada contração) e pela frequência cardíaca.
2. Fluxo sanguíneo: O débito cardíaco está diretamente 
relacionado ao fluxo sanguíneo, pois o coração precisa 
bombear sangue suficiente para suprir as demandas 
metabólicas dos tecidos.
3. Pressão arterial: A pressão arterial influencia o débito 
cardíaco, uma vez que o coração precisa vencer essa 
pressão para bombear o sangue para a circulação.
4. Resistência vascular: A resistência vascular periférica 
determina a carga contra a qual o coração trabalha para 
bombear o sangue, afetandoassim o débito cardíaco.
Relação entre os parâmetros na hemodinâmica:
1. Lei de Poiseuille: De acordo com essa lei, o débito cardíaco 
é diretamente proporcional à diferença de pressão entre aorta 
e átrio direito e inversamente proporcional à resistência 
vascular total.
2. Equação de continuidade: A relação entre fluxo e área da 
seção transversal dos vasos também influencia indiretamente 
o débito cardíaco, pois alterações na resistência vascular 
podem afetar a distribuição do fluxo sanguíneo nos diferentes 
leitos vasculares.
Importância na regulação do débito cardíaco:
1. Autoregulação: A inter-relação entre fluxo, pressão, 
resistência e débito cardíaco é essencial para a autoregulação 
do fluxo sanguíneo nos tecidos, garantindo que as 
necessidades metabólicas sejam atendidas.
2. Controle neural e hormonal: Mecanismos neurais e 
hormonais atuam para modular a resistência vascular e, 
consequentemente, o débito cardíaco, mantendo a 
homeostase hemodinâmica.
Em resumo, a inter-relação entre fluxo, pressão, resistência 
vascular e débito cardíaco desempenha um papel 
fundamental na regulação da circulação sanguínea, na 
perfusão tecidual adequada e no funcionamento eficiente do 
sistema cardiovascular.
Veias e suas funções 
GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p.
PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85
Referências
Resumo, Júlia Cedraz
• A combinacao entre a distenbilidade arterial e a sua resistencia 
ao fluxo reduz as pulsações da pressão quando o sangue 
atinge os capilares permitindo que o fluxo através dos e idos 
seja continuo ao invés de pulsátil;
• Fatores que podem elevar a pressao de pulso: aumento do 
volume sistólica e diminuição da complacência arterial 
(resultado do endurecimento arterial)
• Pulsos de pressão são amortecidos nos pequenos vasos por: 
(1) resistencia ao movimento do fluxo e (2) complacência dos 
vasos. 
• Avaliação da pressão sanguínea pelo método auscultatório: 
sons de Korotkoff 
Sistema Circulatório
Fisiologia
Débito cardíaco 
A regulação do sistema circulatório e consequente da pressão arterial 
podem envolver os seguintes mecanismos: 
1. Controle agudo ou a longo prazo 
2. Humoral
3. Sistema nervoso: envolvendo o autônomo simpatico, receptores e 
reflexos 
4. Autorregulação 
Mecanismo de controle agudo e longo prazo 
A. Agudo ocorre de segundos a minutos, por meio da constrição ou 
dilatação de arteríolas, metaarteriolas, capilares. 
• Ocorre por aumento da taxa metabólica tecidual, geralmente, 
eleva o fluxo sanguíneo tecidual. Pode ser por redução da 
disponibilidade de oxigênio, aumento da demanda por oxigênio e 
nutrientes, acumulo de metabólicos vasodilatadores.
B. Longo prazo ocorre entre dias, semanas ou meses, proporcionando 
de forma geral um controle de acordo com as necessidades teciduais. 
Resulta de variações do tamanho físico e do número de vasos 
sanguíneos.
• depois de horas, dias e semanas desenvolve-se uma regulação 
local e a longo prazo do fluxo que ajuda a regular o fluxo 
sanguíneo para corresponder exatamente as necessidades 
metabólicas teciduais. As mudanças na vascularização tecidual 
contribui para essa regulação, um dos principais fatores que 
estimulam é a baixa concentração de oxigênio. Pode ocorrer o 
processo de angiogênese, vasos colaterais e remodelamento 
vascular.
C. Controle humoral envolve a regulação através de hormônios 
secretados na circulação.
Resumindo
As veias e as artérias possuem características distintas em 
relação à sua distensibilidade vascular e complacência, não 
sendo iguais entre elas.
Veias:
- Distensibilidade vascular: as veias são altamente 
distensíveis, o que significa que têm a capacidade de se 
expandir significativamente para acomodar um volume maior 
de sangue. Essa distensibilidade permite que as veias atuem 
como reservatórios sanguíneos, armazenando sangue 
temporariamente e liberando-o conforme necessário para 
manter o débito cardíaco.
Artérias:
- Complacência: as artérias apresentam uma característica 
conhecida como complacência, que se refere à capacidade de 
distensão das paredes arteriais em resposta à pressão 
sanguínea. A complacência arterial está relacionada à 
capacidade das artérias de absorver a energia proveniente da 
contração ventricular durante a sístole e liberá-la 
gradualmente durante a diástole, mantendo assim uma 
pressão arterial relativamente constante.
Diferenças entre veias e artérias:
- Enquanto as veias são mais distensíveis e atuam como 
reservatórios de sangue, as artérias são mais complacentes e 
desempenham um papel importante na manutenção da 
pressão arterial e no direcionamento do fluxo sanguíneo para 
os tecidos.
- A distensibilidade das veias permite que elas respondam 
rapidamente a mudanças no volume sanguíneo circulante, 
enquanto a complacência das artérias contribui para a 
regulação da pressão arterial e para a distribuição adequada 
do fluxo sanguíneo.
Regulação 
GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p.
PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85
Referências
Resumo, Júlia Cedraz
• A combinacao entre a distenbilidade arterial e a sua resistencia ao 
débito cardíaco e a resistência periférica são os maiores fatores que 
influenciam a pressão arterial.
• O aumento da pressão pode ocorrer devido: aumento do debito 
cardíaco, aumento da resistência periférica
• A resistência vascular periférica (RVPT) pode ser calculada 
calculada a fórmula: PA = FC x VS x RVPT, RVPT = PA/VS x FC
• Débito Cardíaco - DC = FC x VS.
• A pressão arterial média (PAM), que é a pressão arterial média
nas artérias, é aproximadamente um terço do valor entre as
pressões diastólica e sistólica. PAM = PA diastólica + 1/3 (PA sistólica – 
PA diastólica). Já vimos que o débito cardíaco é igual à frequência 
cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. Outra maneira de calcular o 
débito cardíaco consiste em dividir a pressão arterial média (PAM) pela 
resistência (R): DC = PAM / R.
Sistema Circulatório
Fisiologia
GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p.
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p.
PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85
Referências
Resumo, Júlia Cedraz
Para compreender o processo de regulação da hemodinâmica conforme descrito por Guyton, é fundamental analisar os diferentes mecanismos envolvidos, 
que incluem regulação humoral, mecanismos agudos e de longo prazo, sistema nervoso autônomo simpático, receptores adrenérgicos e quimiorreceptores, 
neurotransmissores e respostas associadas, reflexos cardiopulmonares e feedback negativo, autorregulação e sua relação com o sistema renal.
Regulação Humoral:
- A regulação humoral da hemodinâmica envolve substâncias circulantes no sangue que atuam para modular a pressão sanguínea e o fluxo sanguíneo.
- Exemplos de substâncias envolvidas nesse processo incluem a angiotensina II, aldosterona, vasopressina (hormônio antidiurético - ADH), prostaglandinas, 
entre outras.
- Essas substâncias podem atuar diretamente nos vasossanguíneos, no coração ou nos rins para regular a pressão arterial e o volume sanguíneo.
Mecanismos Agudo e de Longo Prazo:
- Os mecanismos agudos de regulação da hemodinâmica atuam rapidamente para manter a homeostase em situações como mudanças na pressão arterial.
- Já os mecanismos de longo prazo incluem adaptações mais duradouras, como a regulação do volume sanguíneo pelos rins através da retenção ou 
excreção de água e eletrólitos.
Sistema Nervoso Autônomo Simpático:
- O sistema nervoso autônomo simpático desempenha um papel crucial na regulação da hemodinâmica, especialmente em situações de estresse ou 
necessidade de aumento da pressão arterial.
- Os receptores adrenérgicos, como os receptores alfa e beta, são ativados por neurotransmissores como a noradrenalina e a adrenalina, levando a 
respostas como vasoconstrição, aumento da frequência cardíaca e contratilidade cardíaca.
Quimiorreceptores e Reflexos:
- Os quimiorreceptores, localizados principalmente nas artérias carótidas e na aorta, detectam alterações nos níveis de oxigênio, dióxido de carbono e pH 
no sangue, enviando sinais para o centro cardiovascular no tronco encefálico.
- Os reflexos cardiopulmonares, como o reflexo barorreceptor, atuam para regular a pressão arterial e a frequência cardíaca em resposta a mudanças nas 
condições hemodinâmicas.
Autorregulação e Relação com o Sistema Renal:
- A autorregulação é a capacidade dos órgãos, como o cérebro e os rins, de manter um fluxo sanguíneo constante mesmo diante de variações na pressão 
arterial.
- No sistema renal, a autorregulação é essencial para garantir uma filtração adequada nos glomérulos, sendo influenciada por fatores como a pressão 
hidrostática nos capilares renais e a liberação de substâncias vasoativas.
Portanto, a regulação da hemodinâmica é um processo complexo que envolve uma interação dinâmica entre diversos sistemas do corpo, visando manter a 
perfusão tecidual adequada e a homeostase cardiovascular.

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