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SP6 Sistema circulatório Sistema Circulatório - SP6 • Maria José 1. Diagnóstico e condição: hipertensa (P.A) oscilando, diabética, virose, micose (unhas e virilhas), processo infeccioso (viral x bacteriano - exames) inflamação: sinais e sintomas como febre, edema, hiperemia 2. Doença vascular: varizes (peso e queimor) e vasos sanguíneos (artérias carótidas obstruídas) 1. Estudar a anatomia, histologia dos principais vasos sanguíneos 2. Diferencias artérias e veias 3. Relacionar as comorbidades previas com o sistema imunológico (objetivo extra) 4. Compreender como o sistema imune reage ao processo infeccioso fúngico, viral e bacteriano 5. Analisar a fisiologia no controle da pressão arteria Tutoria Chuva de Ideias Objetivos Mapa Mental Hipóteses • Comorbidades previas influenciam na imunidade • As infecções podem ser virais, bacterianas, fúngicas e elas se associam • As doenças vasculares como varizes e aterosclerose impactam na saúde cardiovascular • Para compreender as doenças vasculares é necessário saber a estrutura e função dos vasos Sistema Circulatório Estrutura dos vasos sanguíneos O sistema circulatório abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema vascular linfático. O sistema vascular sanguíneo é composto pelo coração, artérias, vasos, capilares e veias. Anatomia Histologia Túnicas (plano estrutural e componentes dos vasos) 1. Túnica intima: camada de celulas endoteliais sobre a camada basal, camada subendotelial (ao entorno, tecido conjuntivo frouxo), pode conter ocasionalmente celulas musculares lisas. Em artérias, é separada da media pela lâmina elástica interna (composta por elastina com fenestras que permitem a difusão). 2. Túnica media: camadas concêntricas de celulas musculares lisas helicoidais. Interpostas entre elas, há variável MEC de fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares, proteoglicanos e glicoproteinas. Nas artérias elásticas, a maior parte é composta por lamina de material elástica. 3. Túnica adventícia: constituída principalmente por colágeno I e fibras elásticas. Torna-se gradualmente continua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso esta passando. Vasos grandes possui a vasa vasorum que são arteríolas, capilares, vênulas que se ramificam na adventícia provendo de metabólicos. Mais frequente em veias. Vasos com músculo liso possui fibras não mielina as de inervação simpática chamado de nervos vaso motores com neurotransmissor de norepinefrina resultando em vasoconstriccao. Inervação GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz • Artérias: Principais artérias incluem a aorta, artérias coronárias, artérias carótidas, artérias femorais, entre outras. • Veias: Principais veias incluem as veias cava superior e inferior, veias pulmonares, veias jugulares, veias femorais, entre outras. As artérias consistem em uma serie de vasos que se tornam menores à medida que se ramificam, e sua função é levar o sangue, com nutrientes e oxigênio, do coração para os tecidos. Os vasos capilares sao vasos que constituem uma rede complexa de tubos muito delgados. Já as veias resultam da convergência dos vasos capilares em um sistema de canais que se torna cada vez mais calibroso à medida que se aproxima do coração, para onde transporta o sangue proveniente dos tecidos. Portanto, é considerado um sistema fechado. Pode ser dividido em: • Macrocirculação: mais calibrosos, transporta sangue aos órgãos e leva de volta ao coração como as artérias e veias • Micro circulação: processo de trocas entre o sangue os tecidos Tecidos que compõem a parede dos vasos • Endotélio: barreira semipermeável interposta entre o plasma e o liquido intersticial. É altamente diferenciado para mediar e monitorar as trocas bidirecionais. Possui várias funções e sua ação vai depender de onde estará. Como conversão de angiotensina I em II, conversão de bradicinina, serotonina em compostos inativos, lipólise de lipoproteína por enzimas para transformar em triglicerídeo e colesterol, produção de fatores vasoativos. • Tecido muscular liso: exceção dos capilares e vênulas periciticas. Células musculares lisas ficam na tunica media dos vasos e se organizam em camadas helicoidais. São frequentemente unidas por junções comunicantes (GAP). • Tecido conjuntivo: presença de fibras colagenas, fornece a resistencia e predominam nas grandes arteriais onde se organizam em lamelas paralelas. Substância fundamental que funciona como um gel heterogêneo nos espaços extracelulares contribuindo para propriedade física da parede dos vasos (difusão e permeabilidade). São influenciados por fatores mecânicos como a pressão e fatores metabólicos como a necessidade local dos tecidos. A união desses tecidos geram as túnicas. RESUMINDO Artérias: 1. Túnica íntima: composta por células endoteliais, membrana basal e uma fina camada de tecido conjuntivo. 2. Túnica média: principalmente composta por células musculares lisas e fibras elásticas. Responsável pela contração e relaxamento para regular o diâmetro do vaso. 3. Túnica adventícia: formada por tecido conjuntivo que contém nervos e vasos linfáticos. Veias: 1. Túnica íntima: semelhante à das artérias, porém com menos músculo liso e mais tecido conjuntivo. 2. Túnica média: mais fina que a das artérias e com menos fibras elásticas. 3. Túnica adventícia: geralmente mais espessa que a túnica média, com grande quantidade de tecido conjuntivo. Capilares: 1. Única camada de células endoteliais: permitem trocas gasosas, nutricionais e metabólicas entre o sangue e os tecidos. Ausência de túnica média e adventícia. Podem ser classificados em fenestrados, continuos… Diferenças de composições entre os vasos sanguíneos: - Artérias: possuem túnica média mais espessa que as veias. Contêm mais fibras elásticas para suportar a pressão sanguínea. Menor capacidade de distensão que as veias. - Veias: têm maior capacidade de distensão que as artérias. Presença de válvulas para evitar refluxo sanguíneo. Maior quantidade de tecido conjuntivo na túnica adventícia. - Capilares: estrutura mais simples, apenas com uma camada de células endoteliais; Permitem a troca eficiente de substâncias entre o sangue e os tecidos. Exceções nas composições dos vasos sanguíneos: - Artéria pulmonar: transporta sangue venoso (rico em CO2) para os pulmões. - Veia pulmonar: transporta sangue arterial (rico em O2) dos pulmões para o coração. Sistema Circulatório Débito Cardíaco e seus determinantes Fisiologia Características físicas do coração Alterações no fluxo sanguíneo em qualquer parte da circulação altera momentaneamente o fluxo em outras partes Exemplo: constrição arterial na sistêmica reduz momentaneamente o débito cardíaco. Nesse caso, o fluxo sanguíneo pulmonar é reduzido tanto quanto o sistêmico. Alem disso, a súbita constrição dos vasos deve sempre estar acompanhada pela dilatação oposta de outra parte devido o volume não poder ser alterado rapidamente. A vasoconstricção ou vasodilatação prolongada de um segmento circulatório provoca alterações no volume sanguíneo total através de trocas com o fluido intersticial ou em decorrência por excreção renal. Quanto maior a área de secção do vaso, menor a velocidade do fluxo sanguíneo (ou seja, inversamente proporcional). Com o mesmo fluxo de volume de sangue (F) deve passar por todo segmento da circulação a cada minuto, a velocidade do fluxo (v) é inversamente proporcional à area de secção transversa vascular (A) sendo representada v=F/A. Na tabela podemos perceber que a areade secção transversa das veias é maior do que as artérias. No entanto, quando passamos a avaliar os capilares, a area de secção das pequenas artérias se torna maior devido ao fato de possuir inúmeros vasos com pequeno diâmetro que se unem e acabam tendo uma velocidade maior do que as pequenas veias. (Aula pratica de anatomia) Área de secção transversal dos vasos GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz A função da circulação é suprir as necessidades dos tecidos corporais: • Transportar nutrientes; • Eliminar produtos do metabolismo; • Levar hormônios entre outros. De forma geral, a circulação tende a manter o ambiente apropriado em todos os líquidos teciduais do organismo para que as células sobrevivam e funcionem de maneira adequada. 1. Artérias: têm função de transportar sangue sob alta pressão para os tecidos. Por esse motivo, têm fortes paredes vasculares e o sangue flui em alta velocidade. 2. Arteríolas: pequenos ramos finais do sistema arterial; agem como condutos de controle da passagem de sangue para os capilares, por isso têm forte parede muscular (contração e relaxamentos), sendo capaz de alterar muito o fluxo sanguíneo em cada tecido em função da sua necessidade. 3. Capilares: têm função na troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial, já que apresentam paredes muito finas e minúsculos poros permeáveis à agua e outras moléculas. 4. Vênulas: coletam o sangue dos capilares e de forma gradual coalescem, formando veias progressivamente maiores. 5. Veias: condutos para o transporte de sangue das vênulas de volta ao coração; além disso, atuam como importante reservatório de sangue "extra". A circulação como um circuito A contração da parte esquerda do coração impulsiona o sangue para a circulação sistêmica através da aorta. Esta, por sua vez, desemboca em artérias menores, arteríolas e, eventualmente, em capilares. Como os vasos são passiveis de distensão, cada contração do coração produz distensão vascular; durante o relaxamento, os vasos se retraem, mantendo o fluxo sanguíneo para os tecidos entre um batimento e outro. O sangue que deixa os tecidos entra nas vênulas, e em seguida, flui para as veias cada vez maiores, que transportam o sangue para a parte direita do coração. A porção direita do coração, bombeia o sangue através da artéria pulmonar, pequenas artérias, arteríolas e capilares, onde há troca de oxigênio e dióxido de carbono entre os sangues e os tecidos. Dos capilares pulmonares, o sangue flui em direção as vênulas e, em seguida, para as veias de grande calibre, chegando ao átrio esquerdo e passando ao ventrículo esquerdo antes de ser novamente bombeado para a circulação sistêmica. Maior parte do volume está distribuído na circulação sistêmica. A pressão na circulação pulmonar são muito mais baixas em relação a da sistêmica devido a menor resistencia vascular encontrada nos vasos pulmonares. Sendo assim, a resistencia vascular pulmonar total é menor do que a sistêmica Princípios básicos da função circulatória 1. Intensidade/velocidade do fluxo sanguíneo é controlado em relação às necessidades e demandas teciduais (micro vasos controlam e monitoram. Mecanismo neural e hormonal faz um controle adicional) 2. Débito cardíaco é a soma de todos os fluxos sanguíneos (demanda dos tecidos - estimulação neural) 3. Regulação da pressão arterial é independente do fluxo sanguíneo local ou do débito cardíaco • (Sistema de controle da pressão arterial: reflexos nervosos provocam alterações circulatórias na presença de alguma alteração. Tais alterações podem ser o aumento da forca de bombeamento do coração, contração dos reservatórios venosos, constrição de arteríolas. Caso alteração persista de horas ou dias, o rim exerce controle pressórico tanto por hormônios, tanto como pela regulação do volume) Pressão sanguínea representa a força o sangue contra qualquer area da parede vascular. Resistência ao fluxo sanguíneo consiste no impedimento ao fluxo pelo vaso, calculada pela razão da diferença de pressão entre dois pontos do vaso e o fluxo sanguíneo. Sistema Circulatório Fisiologia Inter-relação entre pressão, fluxo e resistência • Complascência vascular ou capacitância vascular: variação do volume sanguíneo armazenado em um vaso para cada mmHg de aumento da pressão. • Complacência Tardia (Estresse-Relaxamento) dos Vasos: o vaso submetido a aumento de volume apresenta logo de início grande aumento da pressão, mas o estiramento tardio progressivo do músculo liso na parede vascular permite que a pressão retorne ao normal em minutos ou horas. A complacência tardia é mecanismo importante pelo qual a circulação pode acomodar sangue adicional quando necessário, como após transfusão excessivamente volumosa. Efeitos da Estimulação ou da Inibição Simpática nos Sistemas Arterial e Venoso 1. Estimulação Simpática (aumento do tônus da musculatura lisa vascular): Isso promove aumento da pressão sanguínea das artérias ou veias em cada volume; além disso, o aumento do tônus vascular ao longo da vascularização sistêmica frequentemente faz com que grande volume de sangue seja desviado para o coração; quando ocorre nas veias, o aumento do tônus reduz os calibres dos vasos de tal forma que a função circulatória permanece normal em situações de hemorragias (perda de até 25% do volume sanguíneo total). 2. Inibição Simpática (relaxamento da musculatura lisa vascular): Atua, principalmente, reduzindo a pressão dos vasos, uma vez que aumenta o calibre destes. Resumindo A inter-relação entre pressão, fluxo e resistência dos vasos sanguíneos é fundamental para entender como o sistema cardiovascular funciona e como as alterações nesses parâmetros podem afetar a circulação sanguínea. Pressão: • É a força exercida pelo sangue nas paredes dos vasos sanguíneos. • É determinada pela contratilidade do coração, volume sanguíneo circulante e distensibilidade dos vasos. • É crucial para impulsionar o sangue através dos vasos e garantir a perfusão adequada dos tecidos. Fluxo: • É a quantidade de sangue que passa por um determinado ponto em um período de tempo. • É diretamente proporcional à diferença de pressão entre dois pontos e inversamente proporcional à resistência vascular. • É essencial para transportar oxigênio, nutrientes e resíduos metabólicos pelos tecidos do corpo. Resistência vascular: • É a oposição ao fluxo sanguíneo oferecida pelos vasos. • A resistência vascular periférica é determinada pelo diâmetro dos vasos e pela viscosidade do sangue. • Influencia diretamente o fluxo sanguíneo e a pressão arterial. Inter-relação na perspectiva hemodinâmica: • Lei de Poiseuille: Esta lei descreve a relação entre pressão, fluxo e resistência em um vaso sanguíneo reto e cilíndrico. Segundo essa lei, o fluxo sanguíneo é proporcional à diferença de pressão e ao raio elevado à quarta potência, e inversamente proporcional à viscosidade do sangue e ao comprimento do vaso. • Equação de continuidade: Esta equação estabelece que o fluxo sanguíneo em um vaso é constante ao longo de seu comprimento, de modo que a velocidade do fluxo varia inversamente com a área da seção transversal do vaso. Em resumo, a inter-relação entre pressão, fluxo e resistência dos vasos sanguíneos na perspectiva hemodinâmica é essencial para manter a homeostase cardiovascular, garantindo a perfusão adequada dos tecidos e a função adequada do sistema circulatório. GUYTON, Arthur C.; HALL,Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz O fluxo sanguíneo (F) por um vaso é determinado pela diferença de pressão sanguínea entre as duas extremidades (gradiente de pressão) e o impedimento ao fluxo sanguíneo pelo vaso (resistencia vascular). Fluxo sanguíneo: quantidade de sangue que passa por determinado ponto da circulação durante um intervalo de tempo (mL/min). O F total de um adulto em repouso é cerca de 5.000mL/min. Isso é referido como o Débito cardíaco, por ser a quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto. Observação: o que movimenta o fluxo é a diferença de pressão e não a pressão absoluta no vaso. Unidades de medida: • Pressão sanguínea: mmHg • Fluxo sanguíneo: mL/min • Resistência vascular: mmHg/mL por minuto Teoria de Poiseuille: resistencia vascular é diretamente proporcional à viscosidade do sangue e ao comprimento do vaso e inversamente proporcional ao raio à quarta potencia. Ou seja, por mais que haja pequenas alterações no raio, a resistencia ira ser afetada. Os pequenos vasos sao os que oferecem maior resistencia, e os vasos de maior calibre oferecem menor resistencia a passagem de fluxo. • Vasos em paralelo: resistencia total é inferior a qualquer leito individual, presente em circulação sistêmica supridos por artérias que se ramificam em outros vasos; • Vasos dispostos em série: soma das resistências individuais como nos pequenos vasos. A condutância é uma medida da facilidade com que o sangue flui através de um vaso e corresponde à recíproca da resistencia. Sendo representado por: condutância = 1/Resistência. Ou seja, é a medida do fluxo pelo vaso e é sensível a mudança do diâmetro. Aumenta em proporção a quarta potencia do raio. • Fluxo laminar: forma estável por vasos longos e uniformes, se organiza em linhas de corrente, com camadas de sangue equidistantes dos vasos. A porção central do sangue fica no centro do vaso com maior velocidade, enquanto na camada externa (mais perto da parede do vaso) a velocidade é reduzida criando um perfil parabólico • Fluxo turbulento: intensidade do fluxo sanguíneo muito elevada, quando há obstrução, o fluxo pode ficar turbulento ou desordenado. Significando que o sangue flui em diferentes direções (longitudinal, perpendicular) gerando um redemoinho. Consiste em sangue correndo em todas as direções e se misturando continuamente gerando um padrão desordenado. Inclusive, esse fluxo pode causar lesões no endotélio, causar processos de inflamação e até alteração nos receptores de LDL gerando placas de aterosclerose nos vasos por oxidação de seus lipídios. • Viscosidade do sangue: quanto maior a viscosidade, menor o fluxo sanguíneo e maior resistencia vascular. Isso se dá devido à presença de um numero elevado de hemácias em suspensão gerando atrito contra o vaso. Pode ser avaliado pelo hematócrito. Sistema Circulatório Fisiologia Pulsações da pressão arterial 1. Bomba venosa: • As veias possuem válvulas unidirecionais que ajudam a direcionar o fluxo sanguíneo em direção ao coração, atuando como uma bomba venosa auxiliar. Estão localizadas nos membros inferiores. • A contração dos músculos esqueléticos ao redor das veias comprime esses vasos, impulsionando o sangue em direção ao coração. 2. Retorno venoso: • O retorno venoso é o volume de sangue que retorna ao coração pelas veias.É fundamental para manter o débito cardíaco e, consequentemente, a perfusão adequada dos tecidos. • Mecanismos fisiológicos do retorno venoso: - Bomba cardíaca: durante a sístole ventricular, o sangue é bombeado para as artérias, aumentando a pressão arterial e empurrando o sangue para as arteríolas e capilares. A contração dos ventrículos também comprime as veias adjacentes, impulsionando o sangue em direção ao coração. - Vasomotores simpáticos: o sistema nervoso simpático regula o tônus vascular, promovendo a vasoconstricção em resposta a estímulos como o estresse ou a necessidade de redistribuição do fluxo sanguíneo. A vasoconstrição venosa aumenta a pressão venosa e melhora o retorno venoso. - Bomba muscular: a contração dos músculos esqueléticos durante a atividade física comprime as veias adjacentes, impulsionando o sangue em direção ao coração. Esse mecanismo é conhecido como bomba muscular ou bomba venosa periférica. - Respiração: durante a inspiração, ocorre uma diminuição da pressão intratorácica e um aumento do retorno venoso para o coração direito. Esse fenômeno, conhecido como bomba respiratória, auxilia no retorno venoso, principalmente em situações de aumento da demanda metabólica. - Volume sanguíneo circulante: influencia diretamente o retorno venoso, uma vez que um maior volume sanguíneo resulta em maior pressão venosa e, consequentemente, em um retorno venoso mais eficaz. • Importância do retorno venoso: mantem o débito cardíaco, garantir a perfusão adequada dos tecidos e regular a pressão venosa central. Qualquer alteração nos mecanismos de retorno venoso pode levar a distúrbios hemodinâmicos, como hipotensão, edema e insuficiência cardíaca. 3. Capacidade de reservatório: • As veias têm uma capacidade significativa de armazenar sangue, atuando como um reservatório sanguíneo. • Em situações de necessidade, como durante o exercício físico, as veias podem liberar esse sangue armazenado para manter o débito cardíaco. 4. Pressão gravitacional: • A pressão gravitacional afeta mais as veias do que as artérias, devido à menor resistência oferecida pelas veias. 5. Resistência venosa: • A resistência venosa é menor do que a resistência arterial, o que permite que as veias sejam mais distensíveis e tenham menor pressão intravascular. Essa menor resistência contribui para a capacidade de armazenamento de sangue pelas veias. Comparação com as artérias: • As artérias têm paredes mais espessas e musculosas do que as veias, o que lhes confere maior resistência e capacidade de manter a pressão arterial. • Enquanto as artérias transportam sangue rico em oxigênio para os tecidos, as veias conduzem sangue pobre em oxigênio de volta ao coração. Hemodinâmica na circulação: • O fluxo sanguíneo nas veias é influenciado pela pressão venosa, resistência vascular periférica e volume sanguíneo circulante. • A pressão venosa é mais baixa do que a pressão arterial, refletindo a menor resistência vascular e a função de retorno venoso das veias. Resumindo A distensibilidade vascular é a capacidade dos vasos sanguíneos de se expandirem e contraírem em resposta às Na hemodinâmica do sistema circulatório, a inter-relação entre fluxo, pressão, resistência vascular e débito cardíaco é crucial para manter a perfusão adequada dos tecidos e garantir o funcionamento eficiente do coração. Vamos explorar a importância e a relação desses parâmetros com o débito cardíaco: Importância da inter-relação na hemodinâmica: 1. Débito cardíaco (DC): O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada pelo coração em um minuto e é determinado pelo volume sistólico (quantidade de sangue bombeada a cada contração) e pela frequência cardíaca. 2. Fluxo sanguíneo: O débito cardíaco está diretamente relacionado ao fluxo sanguíneo, pois o coração precisa bombear sangue suficiente para suprir as demandas metabólicas dos tecidos. 3. Pressão arterial: A pressão arterial influencia o débito cardíaco, uma vez que o coração precisa vencer essa pressão para bombear o sangue para a circulação. 4. Resistência vascular: A resistência vascular periférica determina a carga contra a qual o coração trabalha para bombear o sangue, afetandoassim o débito cardíaco. Relação entre os parâmetros na hemodinâmica: 1. Lei de Poiseuille: De acordo com essa lei, o débito cardíaco é diretamente proporcional à diferença de pressão entre aorta e átrio direito e inversamente proporcional à resistência vascular total. 2. Equação de continuidade: A relação entre fluxo e área da seção transversal dos vasos também influencia indiretamente o débito cardíaco, pois alterações na resistência vascular podem afetar a distribuição do fluxo sanguíneo nos diferentes leitos vasculares. Importância na regulação do débito cardíaco: 1. Autoregulação: A inter-relação entre fluxo, pressão, resistência e débito cardíaco é essencial para a autoregulação do fluxo sanguíneo nos tecidos, garantindo que as necessidades metabólicas sejam atendidas. 2. Controle neural e hormonal: Mecanismos neurais e hormonais atuam para modular a resistência vascular e, consequentemente, o débito cardíaco, mantendo a homeostase hemodinâmica. Em resumo, a inter-relação entre fluxo, pressão, resistência vascular e débito cardíaco desempenha um papel fundamental na regulação da circulação sanguínea, na perfusão tecidual adequada e no funcionamento eficiente do sistema cardiovascular. Veias e suas funções GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz • A combinacao entre a distenbilidade arterial e a sua resistencia ao fluxo reduz as pulsações da pressão quando o sangue atinge os capilares permitindo que o fluxo através dos e idos seja continuo ao invés de pulsátil; • Fatores que podem elevar a pressao de pulso: aumento do volume sistólica e diminuição da complacência arterial (resultado do endurecimento arterial) • Pulsos de pressão são amortecidos nos pequenos vasos por: (1) resistencia ao movimento do fluxo e (2) complacência dos vasos. • Avaliação da pressão sanguínea pelo método auscultatório: sons de Korotkoff Sistema Circulatório Fisiologia Débito cardíaco A regulação do sistema circulatório e consequente da pressão arterial podem envolver os seguintes mecanismos: 1. Controle agudo ou a longo prazo 2. Humoral 3. Sistema nervoso: envolvendo o autônomo simpatico, receptores e reflexos 4. Autorregulação Mecanismo de controle agudo e longo prazo A. Agudo ocorre de segundos a minutos, por meio da constrição ou dilatação de arteríolas, metaarteriolas, capilares. • Ocorre por aumento da taxa metabólica tecidual, geralmente, eleva o fluxo sanguíneo tecidual. Pode ser por redução da disponibilidade de oxigênio, aumento da demanda por oxigênio e nutrientes, acumulo de metabólicos vasodilatadores. B. Longo prazo ocorre entre dias, semanas ou meses, proporcionando de forma geral um controle de acordo com as necessidades teciduais. Resulta de variações do tamanho físico e do número de vasos sanguíneos. • depois de horas, dias e semanas desenvolve-se uma regulação local e a longo prazo do fluxo que ajuda a regular o fluxo sanguíneo para corresponder exatamente as necessidades metabólicas teciduais. As mudanças na vascularização tecidual contribui para essa regulação, um dos principais fatores que estimulam é a baixa concentração de oxigênio. Pode ocorrer o processo de angiogênese, vasos colaterais e remodelamento vascular. C. Controle humoral envolve a regulação através de hormônios secretados na circulação. Resumindo As veias e as artérias possuem características distintas em relação à sua distensibilidade vascular e complacência, não sendo iguais entre elas. Veias: - Distensibilidade vascular: as veias são altamente distensíveis, o que significa que têm a capacidade de se expandir significativamente para acomodar um volume maior de sangue. Essa distensibilidade permite que as veias atuem como reservatórios sanguíneos, armazenando sangue temporariamente e liberando-o conforme necessário para manter o débito cardíaco. Artérias: - Complacência: as artérias apresentam uma característica conhecida como complacência, que se refere à capacidade de distensão das paredes arteriais em resposta à pressão sanguínea. A complacência arterial está relacionada à capacidade das artérias de absorver a energia proveniente da contração ventricular durante a sístole e liberá-la gradualmente durante a diástole, mantendo assim uma pressão arterial relativamente constante. Diferenças entre veias e artérias: - Enquanto as veias são mais distensíveis e atuam como reservatórios de sangue, as artérias são mais complacentes e desempenham um papel importante na manutenção da pressão arterial e no direcionamento do fluxo sanguíneo para os tecidos. - A distensibilidade das veias permite que elas respondam rapidamente a mudanças no volume sanguíneo circulante, enquanto a complacência das artérias contribui para a regulação da pressão arterial e para a distribuição adequada do fluxo sanguíneo. Regulação GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz • A combinacao entre a distenbilidade arterial e a sua resistencia ao débito cardíaco e a resistência periférica são os maiores fatores que influenciam a pressão arterial. • O aumento da pressão pode ocorrer devido: aumento do debito cardíaco, aumento da resistência periférica • A resistência vascular periférica (RVPT) pode ser calculada calculada a fórmula: PA = FC x VS x RVPT, RVPT = PA/VS x FC • Débito Cardíaco - DC = FC x VS. • A pressão arterial média (PAM), que é a pressão arterial média nas artérias, é aproximadamente um terço do valor entre as pressões diastólica e sistólica. PAM = PA diastólica + 1/3 (PA sistólica – PA diastólica). Já vimos que o débito cardíaco é igual à frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. Outra maneira de calcular o débito cardíaco consiste em dividir a pressão arterial média (PAM) pela resistência (R): DC = PAM / R. Sistema Circulatório Fisiologia GUYTON, Arthur C.; HALL, Michael E.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 14. ed RIO DE JANEIRO: Grupo GEN, 2021, 1121 p. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019, 602 p. PAWLINA, Wojciech; ROSS, Michael H. Ross histologia texto e atlas. 8 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, 1037 p. ISBN: 978-85 Referências Resumo, Júlia Cedraz Para compreender o processo de regulação da hemodinâmica conforme descrito por Guyton, é fundamental analisar os diferentes mecanismos envolvidos, que incluem regulação humoral, mecanismos agudos e de longo prazo, sistema nervoso autônomo simpático, receptores adrenérgicos e quimiorreceptores, neurotransmissores e respostas associadas, reflexos cardiopulmonares e feedback negativo, autorregulação e sua relação com o sistema renal. Regulação Humoral: - A regulação humoral da hemodinâmica envolve substâncias circulantes no sangue que atuam para modular a pressão sanguínea e o fluxo sanguíneo. - Exemplos de substâncias envolvidas nesse processo incluem a angiotensina II, aldosterona, vasopressina (hormônio antidiurético - ADH), prostaglandinas, entre outras. - Essas substâncias podem atuar diretamente nos vasossanguíneos, no coração ou nos rins para regular a pressão arterial e o volume sanguíneo. Mecanismos Agudo e de Longo Prazo: - Os mecanismos agudos de regulação da hemodinâmica atuam rapidamente para manter a homeostase em situações como mudanças na pressão arterial. - Já os mecanismos de longo prazo incluem adaptações mais duradouras, como a regulação do volume sanguíneo pelos rins através da retenção ou excreção de água e eletrólitos. Sistema Nervoso Autônomo Simpático: - O sistema nervoso autônomo simpático desempenha um papel crucial na regulação da hemodinâmica, especialmente em situações de estresse ou necessidade de aumento da pressão arterial. - Os receptores adrenérgicos, como os receptores alfa e beta, são ativados por neurotransmissores como a noradrenalina e a adrenalina, levando a respostas como vasoconstrição, aumento da frequência cardíaca e contratilidade cardíaca. Quimiorreceptores e Reflexos: - Os quimiorreceptores, localizados principalmente nas artérias carótidas e na aorta, detectam alterações nos níveis de oxigênio, dióxido de carbono e pH no sangue, enviando sinais para o centro cardiovascular no tronco encefálico. - Os reflexos cardiopulmonares, como o reflexo barorreceptor, atuam para regular a pressão arterial e a frequência cardíaca em resposta a mudanças nas condições hemodinâmicas. Autorregulação e Relação com o Sistema Renal: - A autorregulação é a capacidade dos órgãos, como o cérebro e os rins, de manter um fluxo sanguíneo constante mesmo diante de variações na pressão arterial. - No sistema renal, a autorregulação é essencial para garantir uma filtração adequada nos glomérulos, sendo influenciada por fatores como a pressão hidrostática nos capilares renais e a liberação de substâncias vasoativas. Portanto, a regulação da hemodinâmica é um processo complexo que envolve uma interação dinâmica entre diversos sistemas do corpo, visando manter a perfusão tecidual adequada e a homeostase cardiovascular.
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