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PROBLEMA 5- MÓDULO FUNÇÕES

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PROBLEMA 5 – CORRIDA NA ORLA 
OBJETIVO 1 – DESCREVER A ANATOMIA E A 
HISTOLOGIA DOS VASOS SANGUINEOS E DO SANGUE 
Os cinco tipos principais de vasos sanguíneos são as 
artérias, as arteríolas, os capilares, as vênulas e as 
veias. 
Estrutura básica de um vaso sanguíneo 
A parede de um vaso sanguíneo é composta por três 
camadas, ou túnicas, de tecidos diferentes: um 
revestimento epitelial interno, uma túnica média 
formada por músculo liso e tecida conjuntivo elástica, 
e um revestimento externo de tecido conjuntivo 
As três camadas estruturais de um vaso sanguíneo 
qualquer, da mais interna para a mais periférica, são a 
túnica íntima, a túnica média e a túnica externa 
Túnica íntima 
A túnica íntima forma o revestimento interno de um 
vaso sanguíneo e está em contato direto com o 
sangue que flui pelo lúmen, ou luz, do vaso 
Sua camada mais interna é chamada endotélio, que é 
contínuo com oendocárdio. O endotélio é uma lâmina 
fina de células planas que revestem a face interna de 
todo o sistema circulatório 
Sabe-se agora que as células endoteliais são 
participantes ativas em inúmeras atividades 
relacionadas com vasos, incluindo influências físicas 
sobre o fluxo sanguíneo, secreção de mediadores 
químicos de ação local que influenciam o estado 
contrátil do músculo liso sobrejacente ao vaso e 
assistência com a permeabilidade capilar 
O segundo componente da túnica íntima é uma 
membrana basal profunda ao endotélio. 
Sua estrutura de fibras colágenas confere à 
membrana basal substancial resistência à tração, 
além de resiliência ao estiramento e distensão. 
A parte mais externa da túnica íntima, que forma a 
fronteira entre a túnica íntima e a túnica média, é a 
lâmina elástica interna. A lâmina elástica interna é 
uma lâmina fina de fibras elásticas com número 
variável de aberturas semelhantes a janelas 
(fenestrações) que lhe conferem o aspecto de um 
queijo suíço. Estas fenestrações facilitam a difusão de 
materiais através da túnica íntima para a túnica média 
mais espessa 
Túnica média 
A túnica média é uma camada de tecidos muscular e 
conjuntivo que apresenta a maior variação entre os 
diferentes tipos de vasos 
A principal função das células musculares lisas, que 
circundam o lúmen é regular o diâmetro desse lúmen. 
O aumento da estimulação simpática estimula 
tipicamente o músculo liso a se contrair, apertando a 
parede do vaso e estreitando o lúmen. Chamado de 
Vasoconstricção. 
Em contrapartida, quando a estimulação simpática 
diminui, ou na presença de determinados compostos 
químicos (como o óxido nítrico, H+ e ácido 
láctico) ou em resposta à pressão arterial, as fibras 
musculares lisas relaxam. O aumento do diâmetro é 
chamado de Vasodilatação. 
A separação entre a túnica média e a túnica externa 
se dá por uma rede de fibras elásticas, a lâmina 
elástica externa, que faz parte da túnica média. 
Túnica externa 
O revestimento externo de um vaso sanguíneo, a 
túnica externa, é composto por fibras elásticas e 
colágenas. 
A túnica externa contém diversos nervos e, 
especialmente nos grandes vasos, minúsculos vasos 
sanguíneos que irrigam o tecido da parede do vaso. 
Artérias 
Em decorrência da abundância de fibras elásticas, as 
artérias normalmente têm alta complacência, 
o que significa que suas paredes se esticam ou 
expandem facilmente sem se romper em resposta a 
um pequeno aumento da pressão. 
 
 
Artérias elásticas 
As artérias elásticas são as maiores artérias do corpo e 
seu tamanho varia. 
Estes vasos são caracterizados por lâminas elásticas 
interna e externa bem definidas, juntamente com 
uma túnica média espessa que é dominada por fibras 
elásticas, chamadas lamelas elásticas. 
As artérias elásticas incluem: 
 O tronco pulmonar; 
 A aorta; 
 O tronco braquiocefálico, subclávia e carótida 
comum. 
 Artéria ilíaca comum 
Conforme o sangue é ejetado do coração para as 
artérias elásticas, suas paredes se distendem, 
acomodando facilmente o pulso de sangue. Quando 
elas se esticam, as fibras elásticas momentaneamente 
armazenam energia mecânica, funcionando como um 
reservatório de pressão. 
Em seguida, as fibras elásticas recuam e 
convertem a energia armazenada (potencial) no vaso 
em energia cinética do sangue. Assim, o sangue 
continua se movendo ao longo das artérias, mesmo 
quando os ventrículos estão relaxados. 
Artérias musculares 
As artérias de médio porte são chamadas artérias 
musculares, porque sua túnica média contém mais 
músculo liso e menos fibras elásticas do que as 
artérias elásticas. 
Assim, as artérias musculares conseguem se dilatar e 
contrair mais para se ajustar à velocidade do fluxo 
sanguíneo. 
A espessura das artérias musculares varia desde as 
artérias femoral e axilar que têm a espessura de um 
lápis até as artérias filiformes que penetram nos 
órgãos (até mesmo 0,5 mm de diâmetro). 
Anastomoses 
A maioria dos tecidos do corpo recebe sangue de mais 
de uma artéria. A união dos ramos de duas ou mais 
artérias que irrigam uma mesma região do corpo é 
chamada anastomose 
A via alternativa de fluxo sanguíneo para uma parte 
do corpo por meio de uma anastomose é conhecida 
como circulação colateral. 
As anastomoses também podem ocorrer entre veias e 
entre arteríolas e vênulas. 
As artérias que não se anastomosam são conhecidas 
como artérias terminais. A obstrução de uma artéria 
terminal interrompe a irrigação sanguínea a todo um 
segmento de órgão, provocando necrose (morte) 
desse segmento. 
Arteríolas 
Significando literalmente pequenas artérias, as 
arteríolas são abundantes vasos microscópicos que 
regulam o fluxo sanguíneo para as redes capilares dos 
tecidos do corpo 
As arteríolas têm uma participação essencial na 
regulação do fluxo sanguíneo das artérias para os 
vasos capilares, regulando a resistência, a oposição ao 
fluxo sanguíneo decorrente do atrito entre o sangue e 
as paredes dos vasos sanguíneos. Por isso, são 
conhecidas como vasos de resistência. 
Capilares 
O capilar, o menor dos vasos sanguíneos, tem 
diâmetro de 5 a 10 μm, e forma as curvas em U que 
conectam o efluxo arterial ao retorno venoso 
A função primária dos capilares é a troca de 
substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Por 
causa disto, estes vasos de paredes finas são 
chamados vasos de troca. 
Nesta via, o sangue flui de uma arteríola para os 
capilares e, em seguida, para as vênulas (vênulas 
póscapilares). 
O corpo contém três tipos diferentes de capilares: 
capilares contínuos, capilares fenestrados e vasos 
sinusoides 
O sangue normalmente sai do coração e, em seguida, 
passa pelas artérias, arteríolas, capilares, vênulas e 
veias e, então, retorna ao coração. Em algumas partes 
do corpo, no entanto, o sangue passa de uma rede 
capilar para outra por meio de uma veia chamada veia 
porta. Esta circulação sanguínea é denominada 
sistema porta. 
Vênulas 
As vênulas e veias têm paredes finas que não mantêm 
facilmente a sua forma. 
As vênulas drenam o sangue capilar e iniciam o fluxo 
de retorno do sangue de volta ao coração 
Veias 
As veias, em geral, têm paredes muito finas em 
relação ao seu diâmetro total. 
A túnica íntima das veias é mais fina do que a das 
artérias; a túnica média das veias é muito 
mais fina do que a das artérias, com relativamente 
pouco músculo liso e fibras elásticas. A túnica externa 
das veias é a mais espessa e é composta por colágeno 
e fibras elásticas 
São distensíveis o suficiente para se adaptar às 
variações de pressão e ao volume de sangue 
que passa por elas, mas não são concebidas para 
suportar altas pressões. 
Muitas veias, especialmente as dos membros, 
também contêm válvulas, pregas finas de túnica 
íntima que formam válvulas semelhantes a abas. 
As válvulas auxiliam no retorno venoso impedindo o 
refluxo do sangue. 
Distribuição do sangue 
A maior parte do seu volume sanguíneo em repouso – 
cerca de 64% – estánas veias e vênulas sistêmicas. 
Como as veias e vênulas sistêmicas contêm uma 
grande porcentagem do volume sanguíneo, 
funcionam como reservatórios de sangue a partir dos 
quais o sangue pode ser desviado rapidamente em 
caso de necessidade. 
Por exemplo, durante o aumento da atividade 
muscular, o centro cardiovascular no tronco 
encefálico envia mais impulsos simpáticos para as 
veias. O resultado é a venoconstrição, a constrição das 
veias, que reduz o volume de sangue nos 
reservatórios e possibilita que um maior volume 
sanguíneo flua para os músculos esqueléticos, onde é 
mais necessário. 
Componentes do sangue 
O sangue total possui dois componentes: (1) plasma 
sanguíneo, matriz extracelular aquosa que contém 
substâncias dissolvidas e (2) elementos figurados, que 
consistem nas células e nos fragmentos celulares. 
Plasma sanguíneo 
O plasma sanguíneo é composto 91,5% de água e 
8,5% de solutos, cuja maioria é (7% por peso) de 
proteínas. 
Elementos figurados 
Os elementos figurados do sangue incluem três 
componentes principais: hemácias, leucócitos e 
plaquetas. 
As hemácias ou eritrócitos transportam oxigênio dos 
pulmões para as células corporais e dióxido de 
carbono das células 
do corpo para os pulmões. 
Os leucócitos protegem o corpo de patógenos 
invasores e outras substâncias estranhas. Existem 
diversos tipos de leucócitos: neutrófilos, basófilos, 
eosinófilos, monócitos e linfócitos. Os linfócitos são 
ainda subdivididos em linfócitos B (células B), 
linfócitos T (células T) e células exterminadoras 
naturais (natural killers, NK) 
As plaquetas, o último tipo de elemento figurado, são 
fragmentos celulares sem núcleo. Entre outras ações, 
elas liberam substâncias químicas que promovem a 
coagulação do sangue nos casos de dano dos vasos 
sanguíneos. 
OBJETIVO 2 – ENTENDER A FISIOLOGIA DO SISTEMA 
CIRCULATÓRIO (CICLO CARDIACO E MECANISMO DE 
FRANK STARLING) 
Troca capilar 
A missão de todo o sistema circulatório é manter o 
sangue fluindo pelos capilares para possibilitar a troca 
capilar, o movimento de substâncias entre o sangue e 
o líquido intersticial. 
As substâncias entram e saem dos 
capilares por três mecanismos básicos: difusão, 
transcitose e fluxo de massa. 
Difusão 
O método mais importante de troca capilar é a 
difusão simples. Muitas substâncias, como o oxigênio 
(O2), o dióxido de carbono (CO2), a glicose, os 
aminoácidos e os hormônios, entram e saem dos 
capilares por difusão simples. 
Substâncias hidrossolúveis, como a glicose e os 
aminoácidos, atravessam as paredes capilares por 
meio das fendas intercelulares ou fenestrações. 
Materiais lipossolúveis, como o O2, o CO2 e os 
hormônios esteroides, podem cruzar as paredes 
capilares diretamente pela bicamada lipídica da 
membrana plasmática das células endoteliais. 
Transcitose 
Neste processo, as substâncias do plasma sanguíneo 
são englobadas por minúsculas vesículas pinocíticas 
que primeiro entram nas células endoteliais por 
endocitose, atravessamna e saem do outro lado por 
exocitose. 
Por exemplo, o hormônio insulina (uma pequena 
proteína) entra na corrente sanguínea por transcitose 
e determinados anticorpos (proteínas) passam da 
circulação materna para a circulação fetal por 
transcitose. 
Fluxo de massa | Filtração e reabsorção 
O fluxo de massa é um processo passivo em que uma 
grande quantidade de íons, moléculas ou partículas 
em um líquido se move em conjunto, no mesmo 
sentido. 
O fluxo de massa ocorre a partir de uma área de alta 
pressão para uma zona de pressão mais baixa, e 
continua desde que exista uma diferença de pressão. 
O movimento impulsionado pela pressão de líquidos e 
solutos dos capilares sanguíneos para o líquido 
intersticial é chamado filtração. O movimento 
impulsionado pela pressão do líquido intersticial para 
os capilares sanguíneos é chamado reabsorção. 
Duas pressões promove a filtração: A pressão 
hidrostática do sangue, que empurra o líquido para 
fora dos capilares. E a pressão coloidal do sangue que 
“puxa” o líquido para dentro. 
Se a filtração excede em muito a reabsorção, o 
resultado é o edema, um aumento anormal no 
volume de líquido intersticial. O edema geralmente 
não é detectável nos tecidos até que o volume de 
líquido intersticial tenha aumentado 30% acima do 
normal. O edema pode ser decorrente do excesso 
de fi tração ou da reabsorção inadequada. 
O fato de o líquido sair ou entrar no capilar depende 
do equilíbrio das pressões. Se as pressões que 
empurram o 
líquido para fora dos capilares excedem as pressões 
que puxam o líquido para os capilares, o líquido se 
move dos capilares para os espaços intersticiais 
(filtração). 
Se, no entanto, as pressões que empurram o líquido 
para fora dos espaços intersticiais para os capilares 
ultrapassam as pressões que puxam o líquido para 
fora dos capilares, então o líquido vai passar dos 
espaços intersticiais para os capilares (reabsorção). 
Pressão arterial 
Como você acabou de ver, o sangue flui de regiões de 
maior pressão para regiões de menor pressão; quanto 
maior a diferença de pressão, maior for o fluxo 
sanguíneo. 
A contração dos ventrículos produz a pressão arterial 
(PA). 
A PA é mais alta na aorta e nas grandes artérias 
sistêmicas; em um adu to jovem em repouso, a PA 
sobe para cerca de 110 mmHg durante a sístole 
(contração ventricular) e cai para cerca de 70 mmHg 
durante a diástole (relaxamento ventricular). 
A pressão arterial sistólica (PAS) é a maior 
pressão alcançada nas artérias durante a sístole e a 
pressão arterial diastólica (PAD) é a pressão arterial 
mais baixa durante a diástole. Conforme o sangue sai 
da aorta e flui ao longo da circulação sistêmica, sua 
pressão cai progressivamente à medida que a 
distância do ventrículo esquerdo aumenta. 
O valor da pressão arterial média (PAM), a pressão 
sanguínea média nas artérias, pode ser estimado 
como se segue: PAM = PA diastólica + 1/3 (PA sistólica 
– PA diastólica) 
A pressão arterial também depende do volume total 
de sangue no sistema circulatório. O volume 
sanguíneo normal em um adulto é de cerca de 5 ℓ. 
Qualquer diminuição neste volume, como por 
hemorragia, diminui o volume de sangue que circula 
pelas artérias a cada minuto. Uma modesta 
diminuição pode ser compensada por mecanismos 
homeostáticos que ajudam a manter a pressão 
sanguínea, mas se a diminuição no volume de sangue 
for maior do que 10% do total, a pressão arterial 
diminui. 
Por outro lado, tudo o que aumenta o volume de 
sangue, como a retenção de água no organismo, 
tende a aumentar a pressão sanguínea. 
Resistência vascular 
A resistência vascular é a oposição ao fluxo sanguíneo 
em decorrência do atrito entre o sangue e as paredes 
dos vasos sanguíneos. A resistência vascular depende 
(1) do tamanho do lúmen do vaso sanguíneo (2), 
da viscosidade do sangue e (3) do comprimento total 
dos vasos sanguíneos. 
1. Tamanho do lúmen. Quanto menor o lúmen 
de um vaso sanguíneo, maior é a sua 
resistência ao fluxo sanguíneo. 
2. Viscosidade do sangue. A viscosidade do 
sangue depende principalmente da proporção 
de eritrócitos em relação ao volume de 
plasma (líquido). Quanto maior a viscosidade 
do sangue, maior a resistência. 
3. Comprimento total dos vasos sanguíneos. A 
resistência ao fluxo sanguíneo em um vaso é 
diretamente proporcional ao comprimento 
deste vaso. Por isso, geralmente as pessoas 
obesas tem PA elevada, por conta dos vasos 
sanguíneos adicionais ao tecido adiposo. 
Retorno venoso 
O retorno venoso, o volume de sangue que flui de 
volta ao coração pelas veias sistêmicas, é consequente 
à pressão produzida pelo ventrículo esquerdo por 
meio das contrações do coração. 
Além do coração, dois outros mecanismos 
“bombeiam” o sangue da parte inferior do corpo de 
volta ao coração: (1) a bomba de músculo esquelético 
e (2) a bomba respiratória. Ambas as bombas 
dependemdas válvulas existentes nas veias. 
Mecanismo de Frank-Starling 
Na cardiologia, o mecanismo de Frank-Starling define 
que o coração possui uma capacidade intrínseca de se 
adaptar a volumes crescentes de afluxo sanguíneo, ou 
seja, quanto mais o miocárdio for distendido durante 
o enchimento, maior será a força de contração e 
maior será a quantidade de sangue bombeada para a 
aorta. Ou em outras palavras, dentro de limites 
fisiológicos o coração bombeia todo o sangue que a 
ele retorna pelas veias. 
A reserva cardíaca é a diferença entre o débito 
cardíaco máximo de uma pessoa e o débito cardíaco 
em repouso. A pessoa média tem uma reserva 
cardíaca de quatro ou cinco vezes o valor de repouso. 
Velocidade do fluxo sanguíneo 
A velocidade do fluxo sanguíneo (em cm/s) é 
inversamente proporcional à área de seção 
transversa. 
Controle da pressão e do fluxo 
sanguíneo 
Papel do centro cardiovascular 
Grupos de neurônios espalhados no centro CV 
regulam a frequência cardíaca, a contratilidade (força 
de contração) dos ventrículos e o diâmetro dos vasos 
sanguíneos. 
O centro cardiovascular recebe informações das 
regiões superiores do encéfalo e dos receptores 
sensitivos 
Os impulsos nervosos descem do córtex cerebral, 
sistema límbico e hipotálamo para afetar o centro 
cardiovascular. 
Os proprioceptores monitoram os movimentos das 
articulações e músculos e fornecem informações ao 
centro cardiovascular durante a atividade física. 
Os barorreceptores monitoram as alterações na 
pressão e distendem as paredes dos vasos 
sanguíneos, e os quimiorreceptores monitoram a 
concentração de vários produtos químicos no sangue. 
Os dois reflexos barorreceptores mais 
importantes são o reflexo do seio carótico e o reflexo 
da aorta. 
Os impulsos nervosos se propagam dos 
barorreceptores do seio carótico para os axônios 
sensitivos nos nervos glossofaríngeos (IX) para o 
centro cardiovascular no bulbo. 
Os impulsos simpáticos chegam ao coração pelos 
nervos aceleradores cardíacos. Um aumento na 
estimulação simpática eleva a frequência cardíaca e a 
contratilidade, enquanto a diminuição da estimulação 
simpática reduz a frequência e a contratilidade 
cardíacas. 
Estímulos parassimpáticos, transmitidos pelos nervos 
vagos (X), diminuem a frequência cardíaca. 
Regulação hormonal da pressão 
sanguínea 
1. Sistema reninaangiotensinaaldosterona 
(RAA). Quando o volume de sangue cai ou o 
fluxo sanguíneo para os rins diminui, as 
células justaglomerulares dos rins secretam 
renina na corrente sanguínea. Na sequência, a 
renina e a enzima conversora de angiotensina 
(ECA) atuam sobre seus substratos para 
produzir o hormônio ativo angiotensina 
II, que aumenta a pressão arterial de duas 
maneiras. Em primeiro lugar, a angiotensina II 
é um potente vasoconstritor; isso aumenta a 
pressão arterial ao aumentar a resistência 
vascular sistêmica. Em segundo lugar, 
estimula a secreção de aldosterona, a qual 
aumenta a reabsorção dos íons sódio (Na+) e 
água pelos rins. A reabsorção de água 
aumenta o volume sanguíneo total, o que 
eleva a pressão arterial. 
2. Epinefrina e norepinefrina. Em resposta à 
estimulação simpática, a medula da glândula 
suprarrenal libera epinefrina e norepinefrina. 
Esses hormônios aumentam o débito cardíaco 
e eleva a força das contrações. 
3. Hormônio antidiurético (HAD). O hormônio 
antidiurético (HAD) é produzido pelo 
hipotálamo e liberado pela neurohipófise em 
resposta à desidratação ou à diminuição no 
volume sanguíneo. Entre outras ações, o HAD 
causa vasoconstrição, o que aumenta a 
pressão arterial. Por isso, o HAD é também 
chamado vasopressina. 
4. Peptídio natriurético atrial (PNA). Liberado 
pelas células do átrio do coração, o PNA reduz 
a pressão arterial ao causar vasodilatação e 
promover a perda de sal e água na urina, o 
que reduz o volume sanguíneo 
CICLO CARDIACO 
O ciclo cardíaco compreende o funcionamento 
mecânico do coração através da contração 
(sístole) e relaxamento (diástole). 
 Os átrios têm a função de receber o sangue 
derivado da drenagem sistêmica e pulmonar. Sua 
diástole permite que esse sangue desemboque 
em sua cavidade, assim, aumentando sua pressão 
para que haja a abertura das válvulas 
atrioventriculares e a ejeção de sangue para os 
ventrículos. Quando essa pressão consegue 
promover a ejeção de sangue para os ventrículos 
ocasiona o enchimento rápido dessa câmara o 
que consiste cerca de 80% do sangue atrial. Desse 
modo, os 20% restantes é ejetado através da 
sístole atrial, o que configura a sua função de 
bomba de escova. 
 Os ventrículos têm uma importância tremenda no 
envio de sangue para o pulmão e para a circulação 
sistêmica. Seu esvaziamento ocorre quando a 
pressão dentro dos ventrículos supera a da 
circulação sistêmica. Ocorre que eles precisam de 
uma contração inicial para promover esse 
acréscimo de pressão, essa contração é 
imperceptível o que se denomina de contração 
isovolumétrica. Quando a pressão ventricular 
supera essa barreira ocorre a ejeção normal do 
sangue para as artérias. Após essa contração 
ocorre o relaxamento quase que instantâneo dos 
ventrículos fazendo que a pressão em seu interior 
diminua abruptamente ocasionando o 
fechamento das válvulas semilunares da aorta e 
da artéria pulmonar. 
 As valvas têm uma papel importante na 
coordenação desse mecanismo. As valvas 
atrioventriculares, junto com as valvas 
semilunares da aorta e do troco pulmonar evitam 
o refluxo de sangue e esse mecanismo só é 
possível graças as diferenças de pressão. Outro 
atenuante para a manutenção desse mecanismo é 
o papel dos músculos papilares que sustentam as 
valvas através de cordas tendíneas o que evitam 
abaulamentos para trás e assim possibilitando o 
refluxo sanguíneo. Além disso, as valvas 
semilunares da aorta e do tronco pulmonar não 
apresentam esse músculo papilar para sustentar, 
logo elas apresentam um tecido fibroso 
especialmente forte o que as auxiliam nesse 
estresse físico adicional. 
Regulação do bombeamento do coração 
 O coração bombeia todo o sangue que chega até 
ele através das veias cavas, nesse sentindo quanto 
mais sangue venoso chega maior será o débito 
cardíaco. Esse mecanismo é chamado de retorno 
venoso. Desse modo, a capacidade que esse órgão 
tem de se adaptar a grandes quantidades de 
sangue é denominado de mecanismo de Frank-
Starling. A explicação desse mecanismo está na 
característica intrínseca que os músculos estriados 
têm, quanto maior a distensão maior será a 
contração a ser realizada. Desse modo, quanto 
mais o coração distende a partir da sua diástole 
mais sangue chega a seus átrios (cabe lembrar 
que os átrios tem uma capacidade de se distender 
a fim de aumentar o volume sanguíneo) maior o 
volume de sangue que chega aos ventrículos e, 
consequentemente, maior será a contração 
exercida pelo miocárdio. 
Bulhas cardíacas 
O som dos batimentos cardíacos é decorrente 
principalmente da turbulência do sangue causada 
pelo fechamento das valvas cardíacas. 
Durante cada ciclo cardíaco, existem quatro 
bulhas cardíacas, mas em um coração normal 
apenas a primeira e a segunda bulhas cardíacas 
(B1 e B2) são auscultadas com um estetoscópio. 
A primeira bulha (B1), a qual pode ser descrita 
como um som de tum, é mais forte e um pouco 
mais longa do que a segunda bulha. B1 é causada 
pela turbulência do sangue associada ao 
fechamento das valvas AV logo depois de a sístole 
ventricular começar. 
 A segunda bulha (B2), que é mais breve e não tão 
forte quanto a primeira, pode ser descrita como 
um som de tá. B2 é causada pela turbulência no 
sangue associada ao fechamento das valvas do 
tronco pulmonar e da aorta no início da diástole 
ventricular. 
Débito cardíaco 
O débito cardíaco (DC) é o volume de sangue 
ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou ventrículo 
direito) na aorta (ou tronco pulmonar) a cada 
minuto.O débito cardíaco é igual ao volume 
sistólico (VS), o volume de sangue ejetado pelo 
ventrículo a cada contração, multiplicado pela 
frequência cardíaca (FC), a quantidade de 
batimentos cardíacos por minuto: 
DC (mℓ/min) = VS (mℓ/batimento) × FC 
(batimentos/min) 
A reserva cardíaca é a diferença entre o débito 
cardíaco máximo de uma pessoa e o débito 
cardíaco em repouso. A pessoa média tem uma 
reserva cardíaca de quatro ou cinco vezes o valor 
de repouso. 
 
 
OBJETIVO 3 – RELACIONAR COMO O 
SISTEMA CIRCULATÓRIO SE ADAPTA AO 
EXERCÍCIO FÍSICO. 
Alguns tipos de exercício são mais efetivos do que 
outros em melhorar a saúde do sistema 
cardiovascular. 
Os exercícios aeróbicos, qualquer atividade que 
aciona grandes músculos do corpo durante pelo 
menos 20 min, eleva o débito cardíaco e 
acelera a taxa metabólica. 
A prática de exercícios físicos aumenta a demanda 
de oxigênio dos músculos. O fato de a demanda 
ser atendida depende principalmente da 
adequação do débito cardíaco e do bom 
funcionamento do sistema respiratório. 
Após várias semanas de treinamento, uma pessoa 
saudável aumenta o débito cardíaco máximo (o 
volume de sangue ejetado dos ventrículos para as 
respectivas artérias por minuto), elevando assim o 
fornecimento máximo de oxigênio aos tecidos. O 
transporte de oxigênio também aumenta porque 
os músculos esqueléticos desenvolvem mais redes 
capilares em resposta ao treinamento 
prolongado. 
Ocorrem três efeitos principais durante o 
exercício, essenciais para o sistema circulatório 
suprir o enorme fluxo sanguíneo necessário pelos 
músculos. Eles são (1) descarga maciça do sistema 
nervoso simpático por todo o corpo, 
com consequentes efeitos estimulantes sobre 
toda a circulação, (2) aumento da pressão arterial, 
e (3) aumento do débito cardíaco.

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