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Ana Amaro, Dilani MC Comb, Gabriel Carvalho, Marlon Seabra e Simone Helen Ischkanian Página 1 TÍTULOS DE CRÉDITO – INTRODUÇÃO Ana Amaro Dilani MC Comb Gabriel Carvalho Marlon Seabra Simone Ischkanian 1. A circulação também é uma característica dos títulos de crédito, em regra, os títulos têm a função de circular. O portador do título tem à sua disposição o direito de transferi-lo a terceiros. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. Os títulos de crédito, em sua maioria, possuem a característica da circulação, ou seja, podem ser transferidos de um titular para outro. Essa transferência pode ocorrer por meio da simples tradição (entrega física do título) ou por endosso (ato pelo qual o titular assina no verso do título, transferindo-o a outra pessoa). A circulação dos títulos de crédito é uma das principais características desses documentos, pois permite que o direito neles contido seja facilmente negociado e transferido no mercado, contribuindo para a liquidez e a mobilidade dos créditos representados pelos títulos. Essa circulação é essencial para a função econômica dos títulos de crédito, pois possibilita que o crédito representado pelo título seja utilizado como meio de pagamento, garantia ou investimento por diferentes agentes econômicos. 2. Os títulos de crédito são títulos de apresentação, isso é, o credor, portador, para exercer o direito representado no título, deve, necessariamente, apresentá-lo ao devedor este deve ter a cautela de pagar apenas a quem seja o legítimo portador. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. FALSO. Os títulos de crédito não são necessariamente títulos de apresentação. Existem diferentes tipos de títulos de crédito, cada um com suas características específicas de circulação e forma de exercício do direito representado por eles. Alguns títulos de crédito são chamados de "à ordem", o que significa que podem ser transferidos por endosso, ou seja, assinatura do titular no verso do título, sem a necessidade de apresentação ao devedor para o exercício do direito. Exemplos comuns de títulos de crédito à ordem incluem a letra de câmbio e a duplicata. Por outro lado, existem títulos de crédito chamados de "à vista", nos quais o pagamento é exigível no ato da apresentação do título ao devedor. Um exemplo é a nota promissória à vista. Portanto, a exigência de apresentação do título ao devedor para o exercício do direito depende do tipo de título de crédito em questão. Em alguns casos, como nos títulos à ordem, o direito pode ser exercido sem a necessidade de apresentação ao devedor, enquanto em outros casos, como nos títulos à vista, a apresentação é necessária para exigir o cumprimento da obrigação. 3. A obrigação pro solvendo a obrigação somente será extinta com o efetivo pagamento do título. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. A obrigação pro solvendo, também conhecida como obrigação de dar coisa incerta ou obrigação de dar futuro, é uma modalidade de obrigação na qual o devedor se compromete a entregar algo que ainda não existe ou que não está individualizado no momento da contratação, mas que será entregue no futuro. Nesse tipo de obrigação, a extinção do débito só ocorre com o efetivo cumprimento da obrigação, ou seja, com o efetivo pagamento do título ou a entrega da coisa prometida. Enquanto a obrigação não for integralmente cumprida, o devedor continua obrigado a realizá-la.A A afirmativa é verdadeira. A obrigação pro solvendo apenas será extinta quando o título for efetivamente pago ou a coisa prometida for entregue ao credor. Ana Amaro, Dilani MC Comb, Gabriel Carvalho, Marlon Seabra e Simone Helen Ischkanian Página 2 4. Característica ligada à apresentação é a obrigação ser portable, ou seja, cabe ao devedor apresentar ao credor o título para pagamento. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. FALSO. A característica ligada à apresentação dos títulos de crédito não é necessariamente a obrigatoriedade de o devedor apresentar o título ao credor para pagamento. Aapresentação refere-se ao ato pelo qual o credor, ou titular do título, o apresenta ao devedor para receber o pagamento ou o cumprimento da obrigação representada pelo título. Em alguns tipos de títulos de crédito, como a letra de câmbio e a duplicata, a apresentação ao devedor para pagamento é uma etapa importante do processo de circulação e cobrança. Nessas situações, o titular do título (credor) é quem realiza a apresentação ao devedor para exigir o cumprimento da obrigação. A AFIRMATIVA É FALSA. Na característica ligada à apresentação dos títulos de crédito, o devedor não é obrigado a apresentar o título ao credor para pagamento. Em vez disso, é o credor quem geralmente realiza a apresentação ao devedor para receber o pagamento da obrigação representada pelo título. 5. O título de crédito é um título de resgate. Quando o devedor, procurado pelo credor, efetuar o pagamento, este deve exigir a entrega do título, ou seja, o resgate do título. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. FALSO. O título de crédito não é necessariamente um "título de resgate". Na verdade, os títulos de crédito são documentos que representam direitos creditórios, ou seja, direitos de crédito a serem exercidos pelo titular do título contra o devedor. Eles podem ser transferidos entre diferentes partes sem necessidade de resgate físico. Em muitos casos, o título de crédito é um instrumento de circulação, no qual o credor pode transferir seus direitos a terceiros por meio de endosso ou cessão, sem que seja necessária a entrega física do documento original. O pagamento da obrigação representada pelo título pode ser exigido pelo titular mediante apresentação do próprio título ou, em alguns casos, por meio de mecanismos eletrônicos de transferência. Portanto, a ideia de "resgate" não é uma característica essencial dos títulos de crédito. Na verdade, a exigência de entrega do título ao devedor para efetuar o pagamento pode depender das disposições legais específicas aplicáveis ao tipo de título em questão, mas não é uma condição universal. 6. Os títulos de crédito são tratados pelo direito como títulos executivos judiciais, ou seja, que não precisam de manifestação judicial sobre a existência do crédito, o que, geralmente, agiliza o alcance do patrimônio do devedor. Assim, podemos dizer que os títulos de crédito têm como característica também a executividade. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. Os títulos de crédito são considerados títulos executivos extrajudiciais, o que significa que possuem força executiva, conferindo ao credor o direito de promover a execução judicial diretamente, sem a necessidade de prévia manifestação judicial sobre a existência do crédito. Essa característica de executividade dos títulos de crédito é um dos seus principais atributos, permitindo ao credor iniciar de forma mais ágil e direta o processo de execução para cobrar o valor devido pelo devedor. Dessa forma, o credor pode obter rapidamente uma decisão judicial favorável à execução e, consequentemente, alcançar o patrimônio do devedor para satisfazer seu crédito. A AFIRMATIVA É VERDADEIRA. Os títulos de crédito têm como característica a executividade, o que agiliza o processo de execução e possibilita ao credor uma forma mais eficaz de cobrar seus créditos. Ana Amaro, Dilani MC Comb, Gabriel Carvalho, Marlon Seabra e Simone Helen Ischkanian Página 3 7. Uma particularidade essencial aos títulos de crédito é o formalismo. Com base neste um documento só terá valor de título de crédito se obedecer a todos os requistos legais previstos. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. Os títulos de crédito são regidos por um princípio de formalismo rigoroso. Isso significa que esses documentos devem obedecer a todos os requisitos legais específicos estabelecidos para cada tipo de título para que possam ser considerados válidos e eficazescomo instrumentos de crédito. Esses requisitos podem variar dependendo do tipo de título de crédito, mas geralmente incluem elementos como assinaturas, indicação clara do valor da obrigação, identificação das partes envolvidas, data de emissão, indicação precisa do tipo de título, entre outros. O formalismo nos títulos de crédito tem como objetivo garantir a segurança jurídica das transações comerciais, fornecendo um padrão claro e uniforme para a criação e circulação desses documentos. Além disso, esse rigor formal facilita a prova da existência e dos termos da obrigação representada pelo título em caso de disputa ou litígio. A AFIRMATIVA É VERDADEIRA. Para ser considerado um título de crédito válido, um documento deve obedecer a todos os requisitos legais estabelecidos para sua categoria específica de título. 8. IMAGINE: João adquira o carro de Maria e emita em favor desta uma nota promissória se comprometendo a pagar o valor do carro em trinta dias. Maria, no dia seguinte, transfere essa promissória a uma construtora como entrada de um apartamento que está comprando. No ato da entrega do título, Maria informa à construtora que embora conste na nota promissória o pagamento para trinta dias, João pagaria antes. Nessa hipótese a construtora poderá exigir de João o pagamento antecipado? Na situação descrita, João emitiu uma nota promissória em favor de Maria, comprometendo-se a pagar o valor do carro em trinta dias. No entanto, Maria transferiu essa nota promissória para uma construtora como parte do pagamento de um apartamento que está comprando. É importante observar que, conforme as regras gerais dos títulos de crédito, o devedor (João, neste caso) está vinculado aos termos expressos na nota promissória que ele emitiu. Portanto, se na nota promissória está especificado que o pagamento será realizado em trinta dias, João é obrigado a cumprir essa condição, a menos que haja um acordo expresso entre ele e o credor (no caso, Maria) para antecipar o pagamento. Na situação descrita, Maria informou à construtora que João pagaria antes do prazo estabelecido na nota promissória. No entanto, essa informação não altera automaticamente as condições da promissória nem os direitos da construtora como terceira beneficiária do título. A construtora não poderá exigir de João o pagamento antecipado com base na simples declaração de Maria. Para que o prazo de pagamento seja alterado ou para que o pagamento seja exigido antecipadamente, seria necessário um acordo expresso entre João e a construtora ou entre João e Maria, que deveria ser formalizado e documentado devidamente. Caso contrário, João está obrigado a cumprir o prazo estipulado na nota promissória. Ana Amaro, Dilani MC Comb, Gabriel Carvalho, Marlon Seabra e Simone Helen Ischkanian Página 4 9. IMAGINE: Camila tenha adquirido de Marta produtos cosméticos pagando-a com um cheque e, posteriormente, Marta tenha efetuado o pagamento de seu mecânico Daniel com o mesmo cheque recebido. Camila não poderia recusar pagar Daniel alegando que os produtos que adquiriu de Marta estavam com defeito? No caso descrito, Camila adquiriu produtos cosméticos de Marta e pagou com um cheque. Posteriormente, Marta utilizou esse mesmo cheque para efetuar o pagamento de seu mecânico, Daniel. Em uma situação como essa, a doutrina e a jurisprudência costumam considerar o cheque como um meio de pagamento, e não como uma garantia específica relacionada à qualidade dos produtos adquiridos. Isso significa que o fato de Marta ter utilizado o cheque de Camila para pagar o mecânico não está diretamente ligado à eventual existência de defeitos nos produtos cosméticos adquiridos por Camila. Portanto, Camila não poderia recusar-se a pagar Daniel alegando que os produtos adquiridos de Marta estavam com defeito. Se houver defeitos nos produtos, Camila deve buscar a solução para essa questão diretamente com Marta, de acordo com as disposições legais sobre responsabilidade por vícios de produtos (previstas no Código de Defesa do Consumidor, por exemplo). É importante ressaltar que o mecânico Daniel, ao receber o cheque de Marta como forma de pagamento pelos serviços prestados, tornou-se um terceiro de boa-fé, ou seja, não tinha conhecimento das circunstâncias em que o cheque foi emitido. Portanto, ele tem direito a receber o pagamento pelo serviço prestado, independentemente de questões relacionadas aos produtos cosméticos adquiridos por Camila. 10. Já pelo princípio da INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS aos terceiros de boa-fé, o devedor do título não pode opor a um portador e boa-fé as defesas que tenha contra outras pessoas, relativas a negócios em que este portador não foi parte. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. O princípio da inoponibilidade das exceções pessoais é um dos princípios fundamentais que regem os títulos de crédito. Esse princípio estabelece que o devedor de um título de crédito não pode opor ao portador de boa-fé as defesas que ele tenha contra outras pessoas, quando essas defesas são baseadas em relações jurídicas entre o devedor e terceiros que não estão relacionadas diretamente ao título em questão. Em outras palavras, se um devedor emite um título de crédito e o transfere para um terceiro de boa-fé, este terceiro adquire o título com base na confiança na regularidade do título e não pode ser prejudicado pelas disputas ou problemas que o devedor possa ter com outras pessoas que não estão envolvidas na relação direta representada pelo título. Exemplo: Se um devedor emite uma nota promissória para um fornecedor de produtos e, posteriormente, transfere essa nota promissória a um terceiro de boa-fé para quitar uma dívida de outro tipo, o devedor não pode se recusar a pagar o terceiro alegando problemas ou disputas com o fornecedor original. O terceiro adquire o direito ao pagamento com base na fé pública que os títulos de crédito conferem. A AFIRMAÇÃO É VERDADEIRA. O princípio da inoponibilidade das exceções pessoais protege os portadores de boa-fé dos títulos de crédito contra as defesas pessoais que o devedor possa ter contra terceiros. Ana Amaro, Dilani MC Comb, Gabriel Carvalho, Marlon Seabra e Simone Helen Ischkanian Página 5 11. Há uma ligação entre o direito ao crédito e o título, aquele se incorpora aos documentos de forma que só pode ser exercido ou transferido com a apresentação ou entrega do título. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. FALSO. O direito ao crédito representado pelo título de crédito não se incorpora fisicamente ao documento de forma que só possa ser exercido ou transferido com a apresentação ou entrega do título. Na verdade, a transferência ou exercício do direito ao crédito representado pelo título de crédito pode ocorrer de diferentes formas, dependendo do tipo de título e das disposições legais aplicáveis. Exemplo: Em muitos casos, os títulos de crédito são à ordem, o que significa que podem ser transferidos por endosso, sem a necessidade de entrega física do documento original. O endosso é uma assinatura do titular no verso do título, que transfere a posse e os direitos do título para outra pessoa. Em certos tipos de títulos de crédito, como a letra de câmbio e a nota promissória, o direito ao crédito também pode ser transferido por simples tradição, ou seja, pela entrega física do documento ao novo titular. O direito ao crédito representado pelo título de crédito não está necessariamente condicionado à apresentação ou entrega do título. Ele pode ser transferido ou exercido de acordo com as regras e procedimentos estabelecidos na legislação aplicável e nas disposições específicas de cada tipo de título. 12. Ao receber um título a pessoa precisa ter certeza de que o direito ao crédito que está recebendo é o que consta no título, sendo indiferente se houve algum ajuste verbal ou escrito, fora do título, feito por pessoaspelas quais o título já passou. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. Ao receber um título de crédito, a pessoa deve confiar apenas no que está expresso no próprio título. Isso significa que as condições, os termos e os direitos representados pelo título devem ser verificados diretamente no documento, e não em eventuais ajustes verbais ou escritos feitos por pessoas pelas quais o título já passou. Os títulos de crédito são documentos que representam direitos creditórios de forma autônoma e independente das relações pessoais entre os envolvidos. Por isso, o portador de um título de crédito pode confiar somente no que está formalizado no documento em mãos. A legislação e a jurisprudência costumam proteger o portador de boa-fé do título, considerando-o amparado pelo princípio da autonomia e da literalidade dos títulos de crédito. Dessa forma, é indiferente se houve algum ajuste verbal ou escrito fora do título entre o devedor e outras pessoas pelas quais o título tenha passado. O que importa é o que está expresso no próprio documento, e o portador do título tem direito a exigir o cumprimento estrito das condições e dos direitos ali estabelecidos. A AFIRMATIVA É VERDADEIRA. O portador de um título de crédito deve confiar apenas no que está expresso no próprio título, não sendo relevante qualquer ajuste verbal ou escrito feito por terceiros pelos quais o título tenha passado. 13. Quando o portador recebe um título ele está recebendo um crédito novo, que nada tem a ver com as relações que ensejaram a emissão ou a transferência anteriormente, porque ele não ocupa a posição do antigo credor, mas uma posição nova. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. FALSO. Quando um portador recebe um título de crédito, ele não está recebendo um crédito novo, mas sim adquirindo os direitos creditórios representados pelo próprio título. Esses direitos estão vinculados à relação jurídica subjacente que ensejou a emissão ou a transferência do título. Os títulos de crédito são documentos que representam direitos creditórios já existentes entre o emitente e o credor original. Quando o título é transferido para um novo portador, os direitos representados por esse título também são transferidos, mantendo sua natureza original e sua vinculação à relação subjacente. Ana Amaro, Dilani MC Comb, Gabriel Carvalho, Marlon Seabra e Simone Helen Ischkanian Página 6 O novo portador do título sucede o antigo credor na titularidade dos direitos creditórios representados pelo título, ocupando a mesma posição jurídica que o antigo credor tinha em relação ao devedor. Portanto, o novo portador não está recebendo um crédito novo, mas sim assumindo os direitos e obrigações que já existiam entre as partes envolvidas. A AFIRMATIVA É FALSA. O portador de um título de crédito não está recebendo um crédito novo, mas sim adquirindo os direitos creditórios já existentes representados pelo próprio título, mantendo sua vinculação às relações que ensejaram a emissão ou a transferência do título. 14. A abstração faz com que o título de crédito seja desvinculado do negócio jurídico que fez ensejar a sua criação. Assim, quaisquer questões envolvendo os negócios jurídicos subjacentes não podem afetar o cumprimento da obrigação do título. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. O princípio da abstração é um dos pilares fundamentais dos títulos de crédito. Esse princípio estabelece que o título de crédito é um documento autônomo e independente das relações jurídicas subjacentes que ensejaram sua criação. Isso significa que o título de crédito é desvinculado do negócio jurídico original que deu origem a ele. Em outras palavras, qualquer questão ou controvérsia relacionada aos negócios jurídicos subjacentes não pode afetar o cumprimento da obrigação representada pelo título. Por exemplo, se um devedor emite uma nota promissória para um fornecedor como pagamento por mercadorias, a validade e a exigibilidade da nota promissória não são afetadas por eventuais disputas ou problemas relacionados à qualidade das mercadorias ou ao contrato de compra e venda subjacente. O princípio da abstração visa garantir a segurança e a circulação dos títulos de crédito, proporcionando aos portadores de boa-fé a certeza de que podem confiar nos direitos representados pelo título, independentemente das relações subjacentes entre as partes originais envolvidas. A AFIRMATIVA É VERDADEIRA. O princípio da abstração assegura que quaisquer questões envolvendo os negócios jurídicos subjacentes não afetem o cumprimento da obrigação representada pelo título de crédito. 15. IMAGINE: Maria emitiu um título a João e este transmitiu a Joaquim que, por fim, passou a Ana, legítima portadora. Quando Ana for cobrar o título de Maria, esta não poderá fundamentar sua defesa em questões que tem contra João, com quem contratou, inicialmente, já que Ana não participou desta relação e é terceira de boa-fé. VERDADEIRO OU FALSO. JUSTIFIQUE. VERDADEIRO. A situação descrita reflete o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais, que estabelece que o devedor de um título de crédito não pode opor ao portador de boa-fé as defesas que ele tenha contra outras pessoas, quando essas defesas não estão relacionadas diretamente ao título em questão. No caso apresentado, Ana é a legítima portadora do título de crédito e adquiriu seus direitos de acordo com as regras aplicáveis à circulação dos títulos de crédito. Portanto, ela é considerada uma terceira de boa-fé. Nesse contexto, Maria, como devedora original, não pode fundamentar sua defesa em questões que tem contra João, com quem contratou inicialmente, para se recusar a cumprir a obrigação representada pelo título de crédito quando este for cobrado por Ana. Isso ocorre porque Ana não participou da relação jurídica entre Maria e João e adquiriu os direitos representados pelo título de forma legítima e de boa-fé. Assim, Maria não pode se valer de questões que tenha contra João para se eximir do cumprimento da obrigação representada pelo título quando este for cobrado por Ana, uma vez que Ana é considerada uma terceira de boa-fé e não deve ser prejudicada por questões que não estão relacionadas ao título em si. A AFIRMATIVA É VERDADEIRA. Maria não pode fundamentar sua defesa em questões que tem contra João quando Ana, legítima portadora e terceira de boa-fé, cobrar o título de crédito.
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