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Anestesia resumo

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Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
Para os pacientes serem submetidos a uma 
cirurgia é necessário passarem por uma 
avaliação pré anestésica, uma vez que o médico 
precisa fazer toda a anamnese, exame fisico, 
realizar uma revisão do prontuario do paciente 
para ver se não corre risco cirurgico, sendo 
também necessário avaliar os exames 
laboratóriais e traçar um plano anestesico e 
analgésico. 
O papel do cirurgião na anestesia é : 
1- Na avaliação selecionar o tipo de 
procedimento ideal para o paciente, 
baseado na duração, extensão, estado 
físico (ASA) e nas condições 
socioeconômicas. Devendo sempre 
solicitar exames complementares de 
rotina. 
2- Informar ao paciente sobre o 
procedimento e cuidados tanto no pré- 
operatórios quanto no pós- operatórios. 
Informar sobre a necessidade de um de 
um acompanhante e da possibilidade de 
internação. 
3- O médico deve agendar o procedimento e 
encaminhar para uma avaliação do 
anestesista. 
Papel do anestesista: 
1- Certificar na avaliação se o paciente esta 
apto para realizar o procedimento 
cirurgico; avaliar também se há 
necessidade de interconsulta com 
especialista e exames específicos 
orientados pelo estado clínico do 
paciente. 
2- O anestesista deve instruir o paciente 
quanto ao tempo de jejum, medicamentos 
pré anestesicos, horario da operação, 
necessidade de acompanhamento. 
➔ O jejum é seguido conforme o tipo de 
alimento. 
Líquido sem resíduo realizar jejum de 2h; 
Leite materno jejum de 4h; 
Fórmula infantil jejum de 6h; 
Leite não materno jejum de 6h; 
Dieta leve jejum de 6h; 
Carnes e frituras jejum de 8h; 
 
Classificação de ASA: Sistema de 
classificação do estado fisico 
ASA 1- Paciente higido 
ASA 2- Paciente com doença sistemica leve 
ASA 3- Paciente com doença sistemica grave 
ASA 4- Paciente que apresenta grave risco de 
vida 
ASA 5- Paciente com prognóstico desesperador, 
uma vez que não é esperado sobreviver sem 
cirurgia 
ASA 6- Paciente com morte cerebral, paciente 
doador de órgão. 
Algumas literaturas traz estado fisico E, que é 
o paciente em condições de emergência. 
 
Anestesia Geral: 
→Promove uma alteração reverssível da 
transmissão sináptica e do comportamento 
Fundamentos da Anestesia Geral, Local e 
Regional: 
 
Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
físico químico das membranas do sistema 
nervoso central provocado por drogas. 
→É um estado de depressão geral do sistema 
nervoso central que envolve hipnose, analgesia, 
supressão da atividade reflexa e relaxamento 
dos músculos voluntários. 
→A anestesia geral pode ser por via inalatória 
ou injetável (por via parenteral ou endovenosa). 
→Usam- se anestésicos venosos; não opioides; 
anestésicos venosos opióides; anestésicos 
volateis e relaxantes musculares. 
 
Analgesia- ausência da dor, promovida pelo 
bloqueio dos reflexos autonomos, obtidos pela 
inalação ou endovenosa. 
 
→Os anestésicos liquidos produzem anestesia 
quando seus vapores são inalados juntamente, 
com o oxigênio e oxido nitroso. Já os anestésicos 
gasosos são administrados através da inalação e 
associado ao oxigênio. 
→A anestesia geral pode ser dividida em 
quatro etágios: 
1- No inicio da anestesia a mistura 
anestesica pode provocar sensação de 
calor, tontura e formigamento no 
paciente. 
2- No segundo estágio o paciente apresenta 
agitação psicomotora, gritos, falas, risos, 
choros, pulsos rapidos e respiração 
irregular, isso pode ser evitado através 
da administração suave e rápida do 
anestésico. 
3- No terceiro estágio a anestesia é obtida 
através da administração contínua de 
vapor ou gás, onde o paciente encontra-
se inconsciente. 
4- O quarto estágio é atingido quando for 
administrado uma quantidade excessiva 
de anestesicos. 
A anestesia geral é administrada em 
cirurgias de grande porte, entre elas: 
gastroplastia, gastrectomia, enterectomia, 
abdominoplastia, mamoplastia, entre outras. 
→Procedimentos da Anestesia Geral: 
1- O anestesiologista instala sorofisiologico 
e medicamentos na veia dos paciente que 
irá induzir o sono. 
2- Durante a anestesia é colocado um tubo 
na laringe ou máscaras para o paciente 
receber oxigênio. 
3- O anestésico pode ser aplicado junto com 
o oxigênio, sendo anestesia inalatória, e 
também na forma gasosa chegando aos 
pulmões, onde é absorvido e entra na 
corrente sanguinea. 
4- Outro procedimento é a anestesia 
venosa, onde é aplicado o anestesico em 
forma liquida em doses repetidas na veia 
do paciente. 
→A anestesia venosa (AV) consiste em uma 
técnica em que se utilizam apenas agentes 
venosos. Seu constante avanço se da pelo 
desenvolvimento da droga com propriedades que 
permitem o uso de infusão continua e com meia 
vida curta. 
→Os fármacos utilizados na AV são: propofol; 
opioides de curta duração, como o remifentanil 
e os relaxantes musculares; cetamina; 
dexmedetomidina; sufentanila; lidocaína. 
→Indicações da AV: cirurgias torácicas; 
cirurgia otorrinolaringológicas; neurocirurgias 
entre outras. 
→Vantagens da AV: evita a poluição do ambiente 
cirúrgico; reduz a reatividade das vias aéreas; 
possui efeitos broncodilatadores; promove a 
diminuição de vômitos no pós operatório e 
determina o despertar precoce. 
→Desvantagens da AV: dor local durante a 
administração; flebite e trombose; 
monitorização da profundidade do plano 
Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
anestésico; recall; necessidade de bomba de 
infusão. 
→Técnica: durante a realização de uma AV, além 
de toda a monitorização básica da anestesia 
geral, é necessário manter uma monitorização 
continua da função cerebral. Sempre que 
possível, o ideal é realizar dois acessos venosos, 
um para a manutenção dos anestésicos e outro 
para hidratação. 
O fármaco propofol tem como objetivo a indução 
da manutenção de uma concentração alvo que 
permita a hipnose eficaz durante todo o 
procedimento cirurgico. Primeiramente é 
aplicada uma dose bólus durante a indução, 
seguida de um ajuste da infusão com taxas 
decrescentes da droga. 
O uso de um pré- anestésicos com 
benzodiazepnicos diminui as chances de 
consciência intraoperatória. 
 
O fármaco remifentanil: é um dos opioide mais 
utilizados na AV, pois tem uma ação rapida e 
potência semelhante ao fentanil, além de não 
depender do metabolismo hepático e sim das 
esterases plasmáticas. Por isso, não deve ser 
administrado no mesmo acesso da transfussão 
sanguinea. 
 
Os relaxantes musculares: podem ser utilizados 
de acordo com a preferencia do profssional. 
Vale ressaltar que a anestesia geral é uma 
técnica anestésica que promove ausência da dor, 
paralisia muscular, abolição dos reflexos, 
amnésia e, principalmente, inconsciência. Essa 
forma de anestesia faz com que o paciente se 
torne incapaz de sentir e/ou reagir a qualquer 
estímulo do ambiente, sendo a técnica mais 
indicada nas cirurgias complexas, longas e de 
grande porte. 
 
A anestesia geral possui quatro fases: pré-
medicação, indução, manutenção e recuperação. 
1-Pré medicação: A fase de pré-medicação é 
feita para que o paciente chegue ao ato cirúrgico 
calmo e relaxado. Normalmente é administrado 
um ansiolítico (calmante) de curta duração, como 
o midazolam, deixando o paciente já com um grau 
leve de sedação. Deste modo, ele entra na sala 
de operação com menos estresse. 
2-Indução: A fase de indução é normalmente 
feita com drogas por via intravenosa, sendo o 
Propofol a mais usada atualmente. 
Após a indução, o paciente rapidamente entra 
em sedação mais profunda, ou seja, perde a 
consciência, ficando em um estado popularmente 
chamado de coma induzido. O paciente apesar de 
estar inconsciente, ainda pode sentir dor, sendo 
necessário aprofundar ainda mais a anestesia 
para a cirurgia poder ser realizada. Para tal, o 
anestesista também costuma administrar um 
analgésico opioide (da família da morfina) comoo Fentanil. 
Neste momento o paciente já apresenta um grau 
importante de sedação, não sendo mais capaz de 
proteger suas vias aéreas das secreções da 
cavidade oral, como a saliva. Além disso, na 
maioria das cirurgias com anestesia geral é 
importante haver relaxamento dos músculos, 
fazendo com que a musculatura respiratória 
fique inibida. O paciente, então, precisa ser 
intubado* e acoplado à ventilação mecânica para 
poder receber uma oxigenação adequada e não 
aspira secreções. 
* Em algumas cirurgias mais rápidas, ou que não 
abordem o tórax ou o abdômen, pode não ser 
necessária intubação, ficando o paciente apenas 
com uma máscara de oxigênio. 
3- Manutenção: No início da fase de manutenção, 
as drogas usadas na indução, que têm curta 
duração, começam a perder efeito, fazendo com 
que o paciente precise de mais anestésicos para 
continuar o procedimento. Nesta fase, a 
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/dst/sarcoma-kaposi/
Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
anestesia pode ser feita com anestésicos por via 
inalatória ou por via intravenosa. Na maioria dos 
casos, a via inalatória é a preferida. Os 
anestésicos são administrados através do tubo 
orotraqueal na forma de gás (vapores) junto com 
o oxigênio, sendo absorvidos pelos alvéolos do 
pulmão, passando rapidamente para a corrente 
sanguínea. 
Alguns exemplos de anestésicos inalatórios são 
o óxido nitroso e os anestésicos halogenados 
(halotano, sevoflurano e desflurano), fármacos 
que são administradas continuamente durante 
todo o procedimento cirúrgico. A profundidade 
da anestesia depende da cirurgia. O nível de 
anestesia para se cortar a pele é diferente do 
nível para se abordar os intestinos, por exemplo. 
Uma anestesia muito profunda pode provocar 
hipotensão e desaceleração dos batimentos 
cardíacos, podendo diminuir a perfusão de 
sangue para os tecidos corporais. 
4-Recuperação: Quando a cirurgia entra na sua 
fase final, o anestesista começa a reduzir a 
administração das drogas, já planejando uma 
cessação da anestesia junto com o término do 
procedimento cirúrgico. Se há relaxamento 
muscular excessivo, drogas que funcionam como 
antídotos são administradas. Nesta fase de 
recuperação, novamente analgésicos opioides 
são administrados para que o paciente não 
acorde da anestesia com dores no local onde foi 
cortado. 
Conforme os anestésicos inalatórios vão sendo 
eliminados da circulação sanguínea, o paciente 
começa a recuperar a consciência, passando a 
ser capaz de voltar a respirar por conta própria. 
Quando o paciente já se encontra com total 
controle dos reflexos das vias respiratórias, o 
tubo orotraqueal pode ser retirado. 
Nesse momento, apesar do paciente já ter um 
razoável grau de consciência, ele dificilmente se 
recordará do que aconteceu devido aos efeitos 
amnésicos das drogas. 
Anestesia Local: 
→É o ato de bloquear reversivelmente a 
condução nervosa, proporcionando a perda das 
sensações sem alterar o nível de consciência. É 
indicada para procedimentos simples envolvendo 
pequenas áreas. 
→Os anestésicos locais são classificados em 
dois grupos, os ésteres e as amidas, ou seja, são 
constituídos molecularmente por um anel 
benzeno e uma amina terciária na ligação éster 
ou amida. 
→Os ésteres são degradados rapidamente pela 
colinesterase plasmáticas, enquanto as amidas 
pelos microssomos hepáticos, o que determina 
sua duração de efeito, sendo os ésteres de 
duração rápida e as amidas de duração mais 
prolongada. 
→Os ésteres são mais alérgenos que as amidas. 
Os anestésicos locais dos grupos dos ésteres 
são: 
✓ Benzocaína; 
✓ Tetracaína; 
✓ Procaína; 
✓ Cocaína. 
Os anestésicos locais dos grupos amidas são: 
✓ Bupivacaína; 
✓ Ropivacaína; 
✓ Prilocaína; 
✓ Lidocaína. 
 
 →O mecanismo de ação dos anestésicos locais 
são que eles agem bloqueando os canais de sódio 
das membranas neuronais, por interações 
lipofílicas, impedindo o influxo de sódio e a 
consequente propagação do sinal nervoso. 
-Parte lipofílica é o anel aromático 
-Parte hidrofílica é a amina terciaria 
→Os neurônios que possuem axônios mais finos 
são mais facilmente bloqueados. Isso torna 
Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
possível o ajuste da dose, bloqueando apenas os 
neurônios sensitivos e poupando os motores e 
autônomos que têm fibras axonais de maior 
diâmetro. 
→O ph do tecido injetado influencia na ação dos 
anestésicos locais, uma vez que são preparações 
ácidas com ph variando entre 3,5 a 5,5. Quando 
penetram no organismo, sofrem ação do sistema 
tampão, fazendo com que propaguem na forma 
não ionizada até atingirem as fibras nervosas, 
onde novamente se ionizam e penetram nos 
canais. 
→Quando o ph do meio não é favorável a essa 
desionização, como por exemplo em tecidos 
inflamados cujo ph está mais baixo, o anestésico 
local perde sua potência. 
→Em relação à farmacocinética, devemos levar 
em consideração o local da injeção, dose e 
presença de vasoconstritor. 
→Quanto mais vascularizado for um tecido 
maior é o nível plasmático, por isso injeções em 
mucosas e região intercostal são mais perigosas. 
Assim, tem se a necessidade de usar um 
vasoconstritor. O mais indicado é a epinefrina na 
concentração de 1:200.000, que, além de 
diminuir a absorção do anestésico, melhora a 
qualidade do bloqueio. 
Em relação a dose, devemos sempre respeitar o 
limite superior, evitando assim uma intoxicação 
pelo anestésico 
 
O máximo de anestesico usado com vaso constritor 
é 5oomg e sem vaso é 300mg por kg. 
Exemplo: Considerando lidocaina a 2% com 
vasoconstritor, qual a dose de anestésico local para 
um homem de 70 kg? E se esse mesmo paciente 
pesar 100kg? 
R= Com vasoconstritor é administrado 7mg/kg e 
nosso paciente tem 70kg, logo fica: 
1kg----------------7 mg 
70kg------------- X 
X= 490 mg/ kg 
Como nossa lidocaína é a 2% trabalhamos, então 
com 20 mg/ml de lidocaína assim fica: 
1ml --------- 20mg 
Y ml -------- 490 mg 
Y = 490/20 
Y= 24,5 ml de lidocaína a 2% no paciente com 
70kg 
Para o paciente com 100 kg temos; 
1kg ------- 7mg 
100kg ----- X 
X= 700 ( o máximo que pode ser administrado é 
500mg) 
Então: 1 ml ------- 20 mg 
 Y ml ------ 500 mg 
 Y=500/ 20 
 Y= 25 ml de lidocaína 2% no paciente com 
100kg 
Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
Anestesia Local Regional: 
→É por meio de um bloqueio por meio de 
infiltração dentro da ferida intralesional, ou por 
bloqueio local extralesional. 
→Trata se de um bloqueio doloroso, mas permite 
a limpeza de corpos estranhos da ferida e o 
preparo dos resultados para sutura. O AL deve 
ser infiltrado, paralelamente, sob o tecido 
subcutâneo. 
→O bicarbonato e injeção subdérmica são 
opções para minimizar o desconforto. 
→O uso de bicarbonato para alcalinizar a solução 
de anestésico local (AL) diminui a dor da injeção, 
que é causada pelo ph ácido da solução, ao 
aproximar o ph da solução fisiológica, e diminui 
a latência por aumentar a concentração das 
formas lipofílicas não ionizadas. 
→Essa anestesia local regional consiste na 
infiltração da anestesia no local da lesão, 
formando um losango de bloqueio. Ferimentos 
mais extensos podem exigir aplicações dos 
anestésicos nas porções intermediarias da lesão. 
→Para grandes lesões são recomendados 
bloqueios regionais ou outro tipo de anestesia. 
 
Infiltração extralesional do couro cabeludo. 
 
Bloqueio anestésico infiltrativo. 
 
Anestesia Raquidural: 
→A raqueanestesia geralmente é administrada a 
nível da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos 
nervos espinhais do espaço subaracnoide. 
→O anestésico é depositado junto ao liquor, 
ocorrendo perfusão da dura-máter. 
→O anestésico tende a bloquear, inicialmente as 
fibras autonômicas. Em seguida, ocorrem 
bloqueio das fibras condutorasde calor, dor, 
propriocepção, pressão, tato e, por ultimo 
bloqueio motor. 
→O bloqueio pode ser feito com paciente 
sentado, ou em decúbito lateral ou ventral, em 
condições de antissepsia rigorosa. É aplicado a 
anestesia nos espaços L2-L3; L3-L4; ou L4-L5, a 
fim de evitar o plexo venoso peridural. 
→O correto posicionamento é pelo refluxo do 
LCR, pela via de acesso paramediana, que 
atravessa a musculatura paravertebral e atinge 
o ligamento amarelo na linha mediana. 
 
Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
 
 
 Contraindicações da raqueanestesia: 
✓ Recusa do paciente; 
✓ Infecção do sitio da punção 
✓ Hipertensão intracraniana 
✓ Choque 
✓ Valvulopatias graves 
✓ Hipertensão pulmonar 
✓ Disturbio da coagulação 
✓ Hernias de disco 
✓ Lombalgias 
 
 
Complicações da raqueanestesia: 
✓ Hipotensão, bradicardia, bloqueio 
atrioventricular e parada cardiaca; 
✓ Prurido, náuseas e vômitos 
✓ Retenção urinária; 
✓ Depressão respiratória 
✓ Cefaleia pós punção dural 
✓ Acidentes mecanicos por traumas 
diretos 
✓ Acidente pelo plexo extravasamento do 
LCR; 
✓ Acidente pelo uso do cateter 
✓ Meningite asseptica 
✓ Sindrome da cauda equina etc 
 
A cefaleia pós punção dural é bem frequente é 
resultante da perda do liquor cefalo raquidiano, 
com a perda do LCR ocorre a tração dos folhetos 
meningeos e das estruturas vasculares, 
ocasionando fenomenos dolorosos na cabeça 
devido a uma pressão alterada. A cefaleia pós 
raque tem intensidade alta, de caráter póstural, 
piora na posição sentada ou em pé e melhora 
durante o decúbito dorsal horizontal, paciente 
tem doe bifrontal e occipital e pode irradiar 
para pescoço e ombro e pode estar associada a 
náuseas, vertigem, disturbios auditivos, 
fotofobia, visão borrada e depressão do humor. 
Essa cefaleia é pós punção é autolimitada, alguns 
pacientes só melhora com o tampão sanguineo 
peridural outros só com repouso, hidratação, 
cafeina e sintomáticos. 
 
Anestesia Epidural: 
→O anestésico é administrado no espaço 
peridural 
→Neste caso não há perfuração da duramater e 
nem perda liquórica. 
→O bloqueio segmentar é produzido nas fibras 
sensoriais, espinhais e tabém nas fibras 
nervosas, podendo ser parcialmente bloqueadas. 
→ Vale ressaltar que a anestesia peridural, ou 
epidural, é um tipo de anestesia que bloqueia a 
dor e as sensações de apenas uma região do 
corpo, geralmente da cintura para baixo. Ela é 
feita de forma que a pessoa possa se manter 
acordada durante a cirurgia, pois não afeta o 
nível de consciência, e costuma ser utilizado 
durante procedimentos cirúrgicos simples, como 
durante o parto normal ou em cirurgias 
Gabriela Godinho Clinica Cirúrgica 
pequenas, como ginecológicas ou estéticas, por 
exemplo. 
→ Para realizar a peridural, é aplicado o 
medicamento anestésico no espaço vertebral 
para atingir os nervos da região, tendo uma 
ação temporária. 
→ A anestesia peridural é parecida com a 
anestesia raquidiana, entretanto, enquanto na 
anestesia peridural o remédio anestésico é 
administrado no espaço ao redor do canal 
espinhal, em maior quantidade e por um catéter 
que fica nas costas, a anestesia raquidiana é 
aplicada dentro da coluna espinhal, de uma vez 
só e em menor quantidade. 
→Os possíveis riscos são: calafrios, febre, 
infecção e dano no nervo próximo do local. Além 
disso, é também comum sentir dores de cabeça 
após acordar da cirurgia devido à anestesia. 
 
 
→Diferença entre a raqueanestesia e 
perianestesia: 
 
 
Peridural: a agulha não perfura todas as 
meninges e o anestésico é colocado fora do 
espaço em que está o líquido espinhal, e ela serve 
para eliminar a dor; 
 
Raquidiana: a agulha perfura todas as meninges 
e o anestésico é colocado no líquido que envolve 
a espinha, e ela serve para deixar a região 
dormente e paralisada. 
 
A peridural normalmente é usada no parto, 
porque permite que sejam utilizadas várias 
doses ao longo do dia, enquanto que a raquidiana 
é mais usada para realização de outras cirurgias, 
sendo usada apenas uma dose do medicamento 
anestésico.

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