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LITERATURA-2-ANO

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LITERATURA COLONIAL - BARROCO 
 
 O Barroco - a arte que predominou no século XVII - registra um momento de crise espiritual na cultura 
ocidental. Nesse momento histórico, convivem duas mentalidades, duas formas distintas de ver o mundo: de 
um lado o paganismo e o sensualismo do Renascimento; de outro, a forte onda de religiosidade que faz 
lembrar o teocentrismo medieval. 
 Não só no período barroco, mas em várias outras épocas, a literatura serviu como veículo para expressar 
sentimentos de religiosidade e comunhão entre o homem e Deus. Em alguns casos, também para criticar a 
Igreja e suas relações com o poder. Procure refletir sobre essa questão a partir da análise dos textos que 
seguem: 
 
 Leia com atenção: 
 
 Sermão vigésimo sétimo 
 
 Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores 
banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de 
ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em 
pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas 
atrás como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos da extrema miséria. Ó Deus! Quantas graças devemos à fé 
que nos destes, porque ela só nos cativa o entendimento, para que, à vista destas desigualdades, reconheçamos 
contudo vossa justiça e providência! Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas 
não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem, como os nossos? Não 
respiram com o mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu? Não os aquenta o mesmo sol? 
 
 Padre Antônio Vieira (Barroco – século XVII) 
 
01. O autor enfatiza a igualdade entre escravos e senhores a partir de uma concepção cristã do mundo. Relacione 
essa afirmativa ao texto. 
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02. A figura de linguagem mais utilizada nesse sermão é a antítese ( aproximação de palavras que expressam ideias 
opostas ). Identifique alguns trechos em que se utiliza essa figura. 
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03. Por que a antítese é uma ferramenta importante para a argumentação que o autor quer fazer? Explique. 
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04. Nas quatro últimas linhas do texto, que tipo de frase Vieira emprega para despertar a consciência de seus 
ouvintes? 
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05. De que forma o autor concebe a importância da fé para os cristãos? 
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 Guerra santa 
 
 Ele diz que tem, que tem como abrir o portão do céu 
 Ele promete a salvação 
 Ele chuta a imagem da santa, fica louco-pinel 
 Mas não rasga dinheiro, não 
 
 Ele diz que faz, que faz tudo isso em nome de Deus 
 Como um Papa da Inquisição 
 Nem se lembra do horror da noite de São Bartolomeu 
 Não, não lembra de nada não 
 
 Não lembra de nada, é louco 
 Mas não rasga dinheiro 
 Promete a mansão no paraíso 
 Contanto que você pague primeiro 
 Que você primeiro pague o dinheiro 
 Dê sua doação, e entre no céu 
 
 Levado pelo bom ladrão 
 Ele pensa que faz do amor sua profissão de fé 
 Só que faz da fé profissão 
 Aliás em matéria de vender paz, amor e axé 
 Ele não está sozinho, não 
 
 Eu até compreendo os salvadores profissionais 
 Sua feira de ilusões 
 Só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz 
 Deixa o outro vender limões 
 
 Um vende limões, o outro 
 Vende o peixe que quer 
 O nome de Deus pode ser Oxalá 
 Jeová, Tupã, Jesus, Maomé 
 Maomé, Jesus, Tupã, Jeová 
 Oxalá e tantos mais 
 Sons diferentes, sim, para sons iguais. 
 
 Gilberto Gil 
 
 Em relação à canção de Gilberto Gil, assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) para as afirmações abaixo, 
justificando sua resposta. 
 
06. ( ) A canção faz uma análise sobre a postura e o comportamento de líderes religiosos. 
07. ( ) A canção retrata um problema atual que era muito comum na Idade Média e que agora se verifica sob outras 
formas: as indulgências. 
08. ( ) Não se pode dizer que a temática da canção tenha relação com a nossa realidade atual. 
09. ( ) A expressão “salvadores profissionais” se refere aos fiéis das religiões. 
10. ( ) No trecho “ Só que o bom barraqueiro que quer vender seu peixe em paz / Deixa o outro vender limões / 
Um vende limões, o outro / Vende o peixe que quer” , podemos ter a seguinte interpretação: assim como o limão e o 
peixe se completam e coexistem, pois aquele pode ser tempero e refresco para este, as religiões devem respeitar-se 
mutuamente, com cada uma reconhecendo a existência e os direitos da outra. 
11. ( ) Conforme se deduz da leitura da última estrofe, o mesmo Deus pode ter vários nomes diferentes, ideia esta 
aceita por todas as religiões difundidas pelo mundo. 
12. ( ) A canção critica a religiosidade do povo e procura ressaltar como as diferenças entre as religiões são 
inconciliáveis. 
13. Explique com suas palavras o título do texto. 
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 Rifoneiro divino 
 
 Responde, por favor: Deus é quem sabe? 
 Sabe Deus o que faz? 
 Deus dá o pão, não amassa a farinha? 
 Deus o dá, Deus o leva? 
 Pertence-lhe o futuro? 
 Deus te dá saúde? Deus ajuda 
 a quem cedo madruga? 
 Seráque Deus não dorme? 
 E é Deus por todos, cada um por si? 
 Deus consente, mas nem sempre? 
 Deus perdoa, Deus castiga? 
 Deus me livra ou salva? 
 Deus vê o que o Diabo esconde? 
 De hora em hora Deus melhora? 
 Mas é se Deus quiser? 
 E Deus quer? 
 Deus está em nós? E nós, 
 responde, estamos nele? 
 
 Carlos Drummond de Andrade 
 
14. Como é elaborado esse texto? Que tipo de expressão ele utiliza? 
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15. Drummond parece questionar a influência divina em nossas vidas. Explique. 
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16. Elabore uma “lista” de outros provérbios e expressões que se referem a Deus, na linguagem popular. 
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17. Com referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto: 
a) O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, alma e corpo, morte e vida. 
b) O homem centra suas preocupações em seu próprio ser, tendo em mira seu aprimoramento, com base na cultura 
greco-latina. 
c) O Barroco apresenta, como característica marcante, o espírito de tensão, conflito entre tendências opostas: de um 
lado, o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo renascentista. 
d) A arte barroca é vinculada à Contrarreforma. 
e) O Barroco caracteriza-se pela sintaxe obscura, uso de hipérboles e de metáforas. 
18. "Nasce o Sol, e não dura mais que um dia. 
Depois da luz, se segue a noite escura, 
Em tristes sombras morre a formosura, 
Em contínuas tristezas a alegria." 
 Na estrofe acima, de um soneto de Gregório de Matos , a principal característica do Barroco é: 
a. culto da Natureza 
b. a utilização de rimas alternadas 
c. a forte presença de antíteses 
d. culto do amor cortês 
e. uso de aliterações 
 
19. "Que falta nesta cidade? Verdade. 
Que mais por sua desonra? Honra. 
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha. 
O demo a viver se exponha, 
Por mais que a fama a exalta, 
Numa cidade onde falta 
Verdade, honra, vergonha." 
Pode-se reconhecer nos versos acima, de Gregório de Matos: 
a. caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço de uma crítica, em tom de sátira, do perfil moral da 
cidade da Bahia. 
b. caráter de jogo verbal próprio da poesia religiosa do século XVI, sustentando piedosa lamentação pela falta 
de fé do gentio. 
c. estilo pedagógico da poesia neoclássica, por meio da qual o poeta se investe das funções de um autêntico 
moralizador. 
d. caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço da expressão lírica do arrependimento do poeta 
pecador. 
e. estilo pedagógico da poesia neoclássica, sustentando em tom lírico as reflexões do poeta sobre o perfil 
moral da cidade da Bahia. 
20. "Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois 
imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o 
roubar com muito, os Alexandres... O ladrão que furta para comer, não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, 
mas que levam, de que eu trato, são os outros - ladrões de maior calibre e de mais alta esfera... Os outros ladrões 
roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes, sem temor nem 
perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam." (Sermão do bom ladrão, Vieira) 
Em relação ao estilo empregado por Vieira neste trecho pode-se afirmar: 
a. autor recorre ao Cultismo da linguagem com o intuito de convencer o ouvinte e por isto cria um jogo de 
imagens. 
b. Vieira recorre ao preciosismo da linguagem, isto é, através de fatos corriqueiros, cotidianos, procura 
converter o ouvinte. 
c. Padre Vieira emprega, principalmente, o Conceptismo, ou seja, o predomínio das ideias, da lógica, do 
raciocínio. 
d. O pregador procura ensinar preceitos religiosos ao ouvinte, o que era prática comum entre os escritores da 
época. 
e. O trecho não representa a linguagem do Barroco, pela inexistência de figuras de linguagem. 
 
 
 
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