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GRA Comunicação (2)-2

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3COMUNICAÇÃO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
Para que um objetivo seja atingido, há dois componentes indispensáveis: o emprego 
de um método e a dedicação de quem o estabeleceu.
Rando Kim
Olá! Seja bem-vindo(a) à disciplina Comunicação na modalidade EAD. Sabia que, a cada 
ano, o ensino a distância é a porta de entrada para aproximadamente 20% dos estudantes na 
educação superior no Brasil? Isso mesmo. Um em cada cinco calouros estreia sua vida univer-
sitária através do EAD. Com o passar do tempo, graças ao avanço das Tecnologias de Informa-
ção e Comunicação (TIC), a significância desse modelo de ensino tem gradativamente alcan-
çado patamares maiores. Ressalta-se, entretanto, que duas características são fundamentais 
para o êxito do aluno no EAD: planejamento e disciplina. Planejar, grosso modo, significa 
pensar antes de fazer. Outra forma de conceber “planejamento” é, conforme Michel de Cer-
teau (2001), uma tentativa de conquistar o tempo, projetando o futuro. Talvez, na atualidade, 
o tempo se constitua no recurso mais precioso e também no mais difícil a ser administrado, 
pois uma apostila serve para estruturar conteúdos, apresentando-os de forma planejada. Sua 
elaboração tem por objetivo não a dispersão do estudo, senão o foco, a concentração, o dire-
cionamento para os aspectos mais relevantes que um determinado campo do conhecimento 
possui. Por isso, leia-a, acompanhe atentamente a abordagem que ela traça! “Apos”, radical 
da palavra apostila, remete àquilo que vem depois, assim como os apóstolos vieram depois de 
seu Mestre e o seguiram. Faça o mesmo! Siga a apostila, reitera-se, não deixe de prestigiá-la, 
explore tudo o que ela propõe. Assim, você dará mostras de ser efetivamente disciplinado(a) 
e ávido(a) pela busca do crescimento pessoal.
Para facilitar a sua aprendizagem, a exposição das bases tecnológicas da disciplina, ou 
seja, dos tópicos inerentes à Comunicação, será dividida em quatro partes: na primeira, você 
verá o conceito de comunicação, como funciona o processo da comunicação e as funções de 
linguagem utilizadas quando nos expressamos; na segunda, destacaremos a construção do 
texto, os cuidados para que seja dotado de coesão e coerência, bem como os tipos de texto 
existentes; na terceira, analisaremos diversos gêneros textuais, entre eles a crônica, o artigo 
de opinião, o resumo e a resenha crítica; na quarta, a ênfase será destinada à oralidade, orien-
tando o emprego de estratégias para apresentações de trabalhos, palestras e outros atos de 
fala oficiais.
Antes de passarmos à explanação do previsto pelo Plano de Ensino de Comunicação, vale 
mencionar as sábias palavras do professor coreano Rando Kim (2013), autor do livro “Não é 
fácil ser jovem”. Segundo ele, para que um objetivo seja atingido, há dois componentes in-
dispensáveis: o emprego de um método e a dedicação de quem o estabeleceu. Conforme nosso 
Plano de Ensino, as competências que almejamos desenvolver ao final da disciplina são: 
• compreender os diferentes gêneros textuais identificando conteúdos implícitos e explí-
citos;
• analisar gêneros textuais orais e escritos quanto à tipologia textual, ambiente discursi-
vo, temática, formalidade e informalidade;
4COMUNICAÇÃO
APRESENTAÇÃO
• produzir textos de diferentes gêneros textuais orais e escritos, condizentes ao ambiente 
acadêmico e empresarial.
Para que sejam potencializadas satisfatoriamente, além do seu empenho individual, a 
Metodologia do Fazer do UNIFTEC se revela de suma importância. Ela tem por base a tríade 
Contextualização-Teorização-Aplicação. Contextualizar, em síntese, significa situar um as-
sunto no tempo e no espaço. Isso pressupõe que seja observado de modo muito mais abran-
gente, pois não se pode negligenciar o fato de conter uma trajetória histórica e de ser influen-
ciado por uma cultura. Contextualizar, portanto, requisita que se estenda o olhar para além 
da mensagem veiculada oral ou textualmente. De acordo com essa metodologia, devem ser 
consideradas, igualmente, as condições de produção de um texto, a formação de seu autor e, 
sobretudo, a visão do leitor acerca do que lhe é transmitido. A teorização, por seu lado, serve 
para aperfeiçoar a prática, uma vez que se dedica a refletir sobre ela, identificando acertos e 
erros dela decorrentes, intentando apontar caminhos que levem a sua evolução. Por fim, a 
aplicação estimula a capacidade transformadora dos seres humanos. Ela os retira da inércia, 
ela os realiza.
Você percebeu que estamos diante de um desafio? Temos metas a alcançar. Para isso, 
contamos com um método. Espera-se que, em você, não falte vontade para fazer acontecer. 
POR QUE ESTUDAR COMUNICAÇÃO? 
É possível conhecer sem que haja comunicação?
Fica mais fácil nos esmerarmos para concretizar um objetivo quando reconhecemos as 
vantagens proporcionadas pela conquista dele decorrente. Podemos iniciar, adotando a pers-
pectiva histórica. Como a contextualização é um dos pilares do processo de ensino-aprendi-
zagem do UNIFTEC, não há caminho mais natural que o da observação dos fatos para desvelar 
a evolução humana desde os seus primórdios até os desafios contemporâneos que a integram. 
Então, é possível, através da formulação de uma única pergunta, darmos um enorme salto 
para perceber a supervalorização que o conhecimento foi adquirindo com o decorrer do tem-
po. A pergunta é esta: qual a parte do corpo humano que até hoje mais evoluiu? Não é preciso 
muito esforço para chegar à resposta correta. Usando o cérebro, ela já virá pronta: o cérebro. 
E como se deu essa ampliação cerebral? Por qual fator foi motivada? O antropólogo norte-a-
mericano Clifford Geertz analisa essa ocorrência:
(...) à medida que a cultura, num passo infinitesimal, acumulou-se e se desenvolveu, 
foi concedida uma vantagem seletiva àqueles indivíduos da população mais capazes 
de levar vantagem – o caçador mais capaz, o colhedor mais persistente, o melhor fer-
ramenteiro, o líder de mais recursos – até que o que havia sido o australopiteco pro-
to-humano de cérebro pequeno, tornou-se o homo sapiens, de cérebro grande, total-
mente humano (GEERTZ, 1989, p. 35).
Não se pode, portanto, dissociar o que historicamente o ser humano desenvolveu da-
quilo que é a sua cultura, ou melhor, daquilo que são as suas culturas, assim, no plural, como 
bem destaca Raymond Williams (2000), ao apoiar-se em concepção de Herder. Cabe reter, a 
partir da postulação de Geertz, que, por um processo absolutamente natural, homens e mu-
	INTRODUÇÃO
	POR QUE ESTUDAR COMUNICAÇÃO?

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