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Resumo Patologia - 1 etapa

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- PATOLOGIA - 
ASPECTOS CONSTITUINTES DAS DOENÇAS 
 Etiologia: origem/causa 
 Patogenia: mecanismo/interação com o organismo 
 Alterações morfológicas: mudanças estruturais devido a estímulos que podem ser 
macro/microscópicas (é muito realizado no preventivo, para observação da cérvice 
uterina, e além disso, o estudo histomorfológico é muito utilizado para diagnosticas 
neoplasias) 
 Ex: HAS 
Etiologia: hereditária – causa primaria 
Patogenia: aumento da RVP 
Alteração morfológica: lesão endotelial/aumento da área cardíaca (aumento do 
trabalho do coração) 
 Desordem funcional 
 Manifestações clinicas 
 
ADAPTAÇÃO, LESÃO E MORTE CELULAR: 
 
 
 O que é uma célula normal? É uma célula adulta diferenciada, com todas suas estruturas 
morfológicas preservadas, com suas vias metabólicas funcionando, ou seja, trabalha a 
todo momento para manter a homeostasia. São células preparadas para responder as 
demandas internas e externas, desde que essas demandas não sofram variações tão 
bruscas. Ex: aumento da frequência cardíaca durante uma corrida é um exemplo de 
uma variação interna para não deixar o coração sofrer um estresse exagerado. 
 Sobre o fluxograma: 
A célula pode ser exposta a situações de estresse que podem ser de origem fisiológicas 
ou não. Quando a célula sofre uma alteração fisiológica, que é de origem mais 
prolongada porque a resposta adaptativa demanda tempo, vai sofrer processo de 
adaptação. Essas adaptações são de importância para manter o bom funcionamento do 
organismo, ou seja, a homeostasia. Para ser adaptação, o estimulo tem que ser 
fisiológico! E o estimulo fisiológico, quando a célula não tem capacidade de se adaptar, 
vai gerar lesão. 
 
Já quando a célula sofre um estimulo nocivo, que é de origem mais rápida e agressiva, 
não vão dar chance para as células se adaptarem, causando uma lesão que pode ser 
reversível ou não. A lesão reversível é leve, transitória, ou seja, o dano é temporário. 
Então a célula consegue recuperar suas funções e suas estruturas, voltando a 
homeostasia. 
 
Quando a lesão é de origem irreversível, que é uma lesão mais brusca e progressiva, ela 
perde a capacidade de ser utilizada no organismo, e dessa maneira, precisa ser 
encaminhada para a morte através da necrose ou apoptose. Na necrose a morte é 
sempre patológica, na lesão irreversível há predomínio dessa via onde extravasa o 
conteúdo celular gerando inflamação, já a apoptose pode ser patológica ou fisiológica, 
mas a fisiológica predomina (é uma morte ‘’limpa’’, onde há ativação das caspases). 
 
 
 A função celular apresenta uma relação inversamente proporcional ao tempo que 
aquele estimulo dura. Quanto mais dura um estimulo nocivo, maior será a perda de 
função. Ao atingir o ‘’ponto de não retorno’’, já se configura uma lesão irreversível e 
a célula é encaminhada para morte. 
 
 
 O coração vai se hipertrofiar para se adaptar devido ao aumento da demanda 
funcional, por exemplo, em um hipertenso. É uma situação de hipertrofia 
compensatória. Lembrando que uma célula adaptada não é uma célula normal, é uma 
célula que vai modificar para manter a homeostasia. 
 O coração sobre o estimulo nocivo, por exemplo, em uma isquemia, vai fazer com 
que os miocitos percam sua função devido a lesão que sofreu. Há presença de bolhas 
e fragmentação de membranas. Caso o estimulo permaneça, haverá morte celular, 
caso cesse o estímulo, poderá ser reversível. Mas antes de sofrer lesão, é valido 
lembrar que ele tentou se adaptar, mas por persistência do estimulo, gerou uma 
lesão tecidual. 
Adaptações celulares: 
 HIPERTROFIA: é o aumento do volume das células, ou seja, aumento do órgão em 
dimensão. Núcleos afastados. 
 Pode ser fisiológico {acontece sem prejuízo de função} patológico {promove prejuízo 
de função - excesso de estimulo} 
 Condições: aumento do estímulo de hormônios e fatores de crescimento e aumento 
da demanda funcional. 
 Mecanismo: os estímulos vão atuar sobre desencadeantes mecânicos (demanda 
funcional) e sobre receptores tróficos (beta adrenérgicos – hormônios e fatores de 
crescimento) das células levando ao aumento da síntese proteica, causando a 
hipertrofia. 
 Hipertrofia fisiológica: aumento do útero no período gestacional 
 Hipertrofia patológica: hipertensão arterial sistêmica compensada é inicialmente 
fisiológica e depois passa a ser patológica. A hipertensão arterial descompensada já 
é patológica. Cor Pumonale também é patológico. A obesidade, gerando hipertrofia 
dos adipócitos também é patológica. 
 HIPERPLASIA: é o aumento do número de células, levando ao aumento do tamanho do 
órgão. 
 Condições: aumento do estímulo de hormônios e dos fatores de crescimento (FGF...). 
 Mecanismo: Os hormônios e fatores de crescimento vão atuar sobre os receptores 
extracelulares que ativam as vias de sinalização, que vão atuar sobre os genes que 
controlam a proliferação celular. 
 Hiperplasia fisiológica: pode ser compensatória ou hormonal. A hormonal acontece para 
suprir a demanda funcional de um órgão, como o útero durante a gravidez (sofre 
hiperplasia e hipertrofia) e as mamas durante o período gestacional. Ambos vão se 
desenvolver por estímulo hormonal. Crescimento dos ossos também é uma hiperplasia 
por ação do GH. 
Já a hiperplasia compensatória é para compensar a perda total ou parcial de um órgão, 
como em uma hepatectomia e nefrectomia. Visto que sobre ação de fatores de 
crescimento os hepatócitos vão se multiplicar, regenerando o órgão. 
 Hiperplasia patológica: excesso de fatores de crescimento e de hormônios. Hiperplasia 
endometrial (efeito de progesterona e estrógeno). Hiperplasia prostática benigna – HPB 
(efeito da testosterona), que leva a compressões de estruturas, gerando dor ao urinar, 
diminuição do jato e gotejamento. Ambas oferecem risco para neoplasia. 
 
HPB 
 
 ATROFIA: diminuição do volume e metabolismo celular. O conteúdo interno de uma 
célula atrofiada tem menos proteínas, menos organelas. 
 Mecanismo: é um provável desequilíbrio entre a síntese e degradação dos 
componentes celulares. 
 Condições: diminuição do estímulo hormonal de fator de crescimento, da carga e da 
nutrição (sanguínea e nutritiva). 
 Atrofia fisiológica: útero após a gestação, mamas depois da lactação. Linha primitiva, 
notocorda, luz do esôfago, luz do estomago que sofrem apoptose e depois sofrem 
atrofia. 
 Atrofia patológica: atrofia por denervação, ou seja, interrupção da inervação fazendo 
com que haja diminuição da massa muscular. Atrofia cerebral por diminuição do 
suprimento sanguíneo que pode ser causada por arteriosclerose ou aterosclerose. 
Mal de Alzhaimer, isso leva a diminuição dos giros e sulcos. 
 
 
 METAPLASIA: é um padrão atípico de diferenciação, porque o estimulo será sempre 
patológico. É a mudança de uma célula adulta e madura em outra célula da mesma 
linhagem embriológica. É um padrão que pode ser reversível, mas em alguns casos é 
uma lesão pré-neoplasica. É uma exceção da resposta adaptativa. 
 Metaplasia de traqueia: fumante crônico -> em que há uma troca do epitélio de 
revestimento psdeudoestratificado prismático ciliado por epitélio de revestimento 
estratificado prismático. 
 Metaplasia de esôfago: doença do refluxo -> em que o liquido ácido do estômago 
volta para o esôfago fazendo com que o epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado se transforme em epitélio simples. 
 
Lesão celular: 
 Reversível: alterações morfológicas e funcionais que são reversíveis quando se tira 
um estimulo. Está muito associada a danos rápidos, como funcionamento de vias, 
bombas, transportes. 
Numa lesão reversível tem a redução da fosforilação oxidativa, redução de produção 
e disponibilidade de ATP, edema (devido à redução nos mecanismos de transporte, 
levando ao acumulo de íons e de agua passivamente causando o edema). 
 Irreversível: a célula não tem capacidade de recuperar seu funcionamentonormal 
devido a natureza do estimulo. Na maioria das vezes as células são encaminhadas 
para a necrose. 
 É um tipo de lesão muito comum quando se tem um dano mitocondrial que vai gerar 
a diminuição de ATP ou alteração na permeabilidade de membranas, principalmente 
a dos lisossomos que o extravasamento de suas enzimas vai gerar autofagia. 
 
 Quando um estimulo nocivo cessa sobre uma célula, ela pode voltar a ser normal, 
mas caso continue, ela é encaminhada para necrose. 
 Na necrose é possível observar rompimento da membrana plasmática, rompimento 
da membrana dos lisossomos. As enzimas dos lisossomos vão interagir com o núcleo, 
promovendo sua fragmentação e dissolução nuclear. Além disso a síntese proteica 
(que é muito importante para o metabolismo) é afetada porque os ribossomos se 
soltam da cisterna do RER. 
 A inflamação na necrose vem para fagocitar restos celulares e para combater o 
estimulo em potencial que está gerando essa necrose. 
 Do outro lado, é possível ver uma célula normal sofrendo um processo de apoptose, 
e diferentemente da necrose, a célula está diminuída. A cromatina esta condensada, 
e há ativação de genes apoptóticos, C50, que vão ativar as caspases. A membrana fica 
integra, então não tem processo inflamatório. 
 
 Mecanismos das lesões celulares: 
 A resposta celular a estímulos nocivos depende do tipo da lesão, sua duração e 
gravidade. 
 As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e grau de adaptação da 
célula danificada. Ex: um miócito hipertrofiado está mais propenso a uma hipóxia. 
 A lesão celular resulta de anormalidades funcionais/estruturais e bioquímicas em um 
ou mais componentes celulares essenciais 
 
 
 
 
 Principais alvos de lesão dentro das células: 
1. Respiração aeróbica – afetada quando há diminuição no suprimento sanguíneo 
ou de oxigênio. 
2. Síntese proteica 
3. Material genético 
4. Citoesqueleto 
5. Membranas celulares 
 
 1º MECANISMO: DIMINUIÇÃO DO ATP 
 
 A isquemia devido a formação de um trombo vai levar a interrupção do fluxo 
sanguíneo, diminuindo a oferta de sangue para a célula e consequentemente diminui 
a fosforilação oxidativa que leva a uma redução na disponibilidade do ATP. A 
diminuição do ATP implica na redução da atividade da bomba de sódio de potássio, 
levando o influxo de cálcio, agua e sódio para dentro da célula a favor do gradiente e 
a saída de potássio, também por processo passivo. Esse desequilíbrio vai levar a 
formação do edema dentro da célula, gerando lesão. 
 A redução no ATP, devido a diminuição da fosforilação oxidativa também vai ser 
responsável por aumentar a glicólise anaeróbica, que vai levar a uma diminuição na 
reserva de glicogênio e o aumento do ácido lático que vai gerar uma diminuição no 
pH (ácido). O pH baixo vai ativar algumas enzimas que vão interagir com estruturas 
importantes das células, como a agregação da cromatina. 
 Além disso, a diminuição do ATP vai levar ao destacamento dos ribossomos das 
cisternas do RER, afetando as sínteses de proteínas. 
 
 2º MECANISMO: DISFUNÇÃO MITOCONDRIAL 
 O aumento de cálcio do citosol ou aumento de radicais livres dentro da célula vai 
levar ao estresse oxidativo, que poderá danificar a mitocôndria. 
 A redução no ATP pode gerar um dano mitocondrial, assim como os radicais livres 
vão lesar a membrana da mitocôndria 
 
 No espaço mitocondrial, entre a membrana externa e membrana interna há 
citocromos C e H+, que é uma proteína pro-apoptótica, e quando há alteração na 
permeabilidade da membrana devido ao aumento do cálcio ou espécies reativas 
de oxigênio, então o poro de transição vai se abrir e então ocorre o 
extravasamento de H+ do meio intra para o meio extracelular. Essa perda desse 
H+ leva a incapacidade da mitocôndria gerar ATP na CTE levando a célula a 
necrose. Além disso, ocorre a saída do citocromo C pelo poro de transição que 
pode ativar apoptose. 
 Dano mitocondrial é irreversível. 
 
 3º MECANISMO: FLUXO INTRACELULAR DE CÁLCIO 
 
 O cálcio está muito mais concentrado no meio extra do que no meio intracelular. 
Cálcio ativa enzimas presentes no interior das células, como as fosfolipases, 
endonucleases, proteases e ATPase. A fosfolipase quebra lipídeos e gera lesão de 
membrana. A protease faz ruptura de membrana e de proteínas do citoesqueleto. 
Endonuclease leva a lesão nuclear devo a ação dessa enzima que vai fazer a 
dissociação nuclear. E a ATPase que vai quebrar o ATP, levando a uma redução na 
reserva do ATP, e o aumento de cálcio altera a permeabilidade da mitocôndria, o que 
diminui a capacidade da célula de também gerar ATP na CTE. A diminuição de ATP, 
nesse caso, pode ser tanto a causa quanto a consequência. 
 
 4º MECANISMO: LESÃO POR RADICAL LIVRE 
 
 Formação de radicais livres devido aos mecanismos oxidativos que ocorre na 
mitocôndria. Ao formar as espécies reativas de oxigênio (superóxido, peroxido de 
hidrogênio) ocorre a geração de molécula instável (radical hidroxila) que tem um 
elétron perdido na última orbita. Essa espécie vai interagir com a estrutura da célula 
causando prejuízo. As células possuem mecanismos de remoção de radicais livres, 
como a glutationa, catalase e SOD que vão se ligar a essa molécula impedindo a 
interação com a estrutura celular, mas quando há muita produção desses radicais 
esses mecanismos não funcionam e aí geram os defeitos. São eles: rompimento de 
membrana pela oxidação de AG. Quebra de proteínas seu dobramento anormal, e 
perda de função enzimática. Oxidação do DNA promovendo alterações e mutação. 
 
 
 
 5ª MECANISMO: DEFEITO NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA 
 
 Tipos de lesão: 
 Lesão Isquêmica e Hipóxica 
 Isquemia compromete a glicólise – dano é mais rápido 
 Hipóxia compromete a produção de ATP – falha de muitos sistemas celulares 
dependentes de energia 
 
 Lesão por reperfusão 
 Nova lesão por produção de ERO 
 Inflamação produz ERO e aumenta reperfusão 
 
 Lesão química tóxica 
 Conversão a metabólitos tóxicos reativos (CCL4) 
 Ligação direta à estruturas moleculares da célula (Cloreto de Mercúrio) 
 
Morte Celular: 
 
 NECROSE: Dano severo às membranas, com entrada 
das enzimas lisossômicas no citoplasma provocando 
digestão e vazamento dos componentes celulares 
(patológico). Gera processo inflamatório. 
 Alterações histológicas nas células necrosadas: 
aumento da eosinófilia, e alterações nucleares: 
picnoses, cariolise e cariorrexe. 
 
 
 
 
 Morfologia das lesões celulares: alterações da membrana plasmática (formação de 
bolhas, microvilos, edema). Dilatação do retículo com degradação de polissomos, 
desprendimento dos ribossomos do RER. Alterações no núcleo: desagregação de elementos 
granulares e fibrilares, condensação de cromatina, fragmentação. 
 
 Tipos de necrose: 
 NECROSE COAGULATIVA: 
 É característica de áreas isquêmicas 
 Preservação da arquitetura tecidual (temporário – até os fagócitos chegarem) 
 Remoção das células necrosadas por fagócitos (quando os fagócitos chegam para 
remover a área necrosada começa a ter substituição do tecido normal por tecido 
cicatricial ou tecido próprio) 
 Uma característica desse tipo de necrose é a palidez no órgão 
 NECROSE LIQUEFATIVA: 
 É um tipo de necrose que ocorre 
por lesões bacterianas e fúngicas. 
 Presença de massa viscosa 
eosinófila (rosada). 
 Obs: no tecido nervoso ao 
acontecer isquemia, não terá 
necrose do tipo coagulativa, e sim 
do tipo liquefativa. 
 Pode ocorrer formação de pus. 
 Acontece em órgãos internos. 
 
 
 
 NECROSE GANGRENOSA: 
 É um tipo de necrose coagulativa, ou seja, não é um padrão diferenciado. 
 Ocorre por isquemia dos membros 
inferiores. 
 Geralmente está relacionada com 
insuficiência vascular, diabetes. 
 Apresenta áreas de ulceração, que pode ser 
úmida ou seca. 
 A gangrena úmida é quando tem uma 
necrose coagulativa que evolui para umainfeção, e quando ela é seca, não há 
infecção. 
 
 NECROSE CASEOSA: 
 É característica de foco de tuberculose (que 
pode ser extrapulmonar). 
 Aspecto do tecido fica granular (grânulos 
amorfos). 
 Arquitetura tecidual destruída. 
 Presença de granulomas (associações de 
macrófagos). Presença de linfócitos. 
 Característica de ‘’queijo ralado’’. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NECROSE GORDUROSA: 
 Corresponde a áreas focais de destruição 
gordurosa. 
 Ocorre devido a liberação de lipases 
pancreáticas que vão interagir com as células 
levando a quebra de triglicerídeos. Quando 
ocorre essa quebra, há liberação de AG que 
vão interagir com o cálcio formando a área de 
saponificação. 
 
 NECROSE FIBRINÓIDE: 
 É um tipo de necrose especial, é rara. 
 Recebe esse nome devido a deposição de fibrinas presente na parede dos vasos. 
 Ocorre em associação de antígeno com 
anticorpo, ou seja, são reações imunológicas. 
Há deposição de imunocomplexos nessas 
áreas. 
 É muito observada nos vasos sanguíneos. 
 A fibrina estimula fibroblasto, então a longo 
prazo haverá fibrosamento que poderá levar 
a diminuição da luz dos vasos. 
 
 Alterações subcelulares: não são consideradas lesão nem adaptação. 
 São alterações que podem provocar lesão e surgimento de doenças. 
 Exemplo: autofagia – célula digerindo suas próprias estruturas. 
 Distúrbios hereditários do Armazenamento lisossômico: 
~ Mucopolidoses – Doença de Gaucher -> é uma doença de deposito lisossômico pela 
deficiência da enzima beta-glicosidase ácida que está evolvida na quebra de 
fosfolipideos de membrana. Esse acumulo de membranas dentro do lisossomo, 
levará a disfunções orgânicas como a hepatoesplenomegalia. 
~ Mucopolisacaridoses 
 Hipertrofia do REL -> devido ação medicamentosa, como o fenobarbital. Vai gerar 
hipertrofia do REL e aumento da atividade da p450 (enzima que degrada o 
medicamento). Por isso é necessário aumentar a dose ao longo do tempo. 
 Anormalidade relacionada ao citoesqueleto: 
 Sindrome de Kartagener (síndrome dos cílios imóveis) 
 Tratamento da gota pode ser utilizado remédios que impedem a polimerização 
dos micro túbulos (freia a motilidade dos leucócitos diminuindo a dor). 
 Tratamento de câncer também pode ser feito sobre ação do citoesqueleto. 
 
 
 
 
 
 APOPTOSE: é uma via de morte celular, induzida por um programa de suicídio 
estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas 
(CASPASES) que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e 
citoplasmáticas. É uma morte ‘’limpa’’ porque não deflagra um processo 
inflamatório. 
 Apoptose em situações fisiológicas serve para manutenção dos tecidos e órgãos. Mas 
estímulos patológicos também podem encaminhar a célula para a apoptose 
causando a mínima lesão tecidual no hospedeiro. 
 Em neoplasias é muito comum a hiperexpressão dos genes anti-apoptóticos e a 
diminuição dos genes apoptóticos. 
 Apoptose fisiológica: durante a embriogênese (formação da luz dos órgãos, regressão 
da linha primitiva), formação dos membros superiores fazendo a separação da 
membrana que une os dedos (se não desunir – sindactilia). Privação hormonal gera 
apoptose das glândulas dependentes. Morte de células que já tenham cumprido seu 
papel. Eliminação de linfócitos autorreativos. 
 Apoptose patológica: são estímulos de origem nociva que estão relacionados com a 
lesão no DNA, acúmulo de proteínas dobradas anormalmente. 
 Morfologia: degradação do núcleo em pequenos fragmentos que são chamados de 
nucleossomos. 
 Mecanismos da apoptose: existem duas vias – mitocondrial e receptor de morte- que 
vão culminar com a ativação das caspases (são enzimas responsáveis por digerir o 
conteúdo interno e levar essa célula a fragmentação) 
 
 Existem dois grupos das proteínas BCL2, que são as efetoras e as reguladoras. Quando 
as efetoras forem ativadas levará a apoptose, e quando as reguladoras estão ativas 
não haverá apoptose. Em condições normais as reguladoras prevalecem ativas. 
 Via mitocondrial: um estimulo vai atuar sobre a BCL2 fazendo com que se ative, e 
quando isso acontece ocorre a ativação das efetoras (Bax e Bak) que vão atua sobre 
a mitocôndria alterando sua permeabilidade e fazendo com que estas liberem 
citocromo C (que são proteínas pró apoptóticas) que vão ser responsável por ativar 
as caspases desencadeantes (8 e 9), que vão ativar as caspases executoras (3). Essas 
caspases vão ativar endonucleases e ativação de proteínas que degradam o 
citoesqueleto -> apoptose. É uma via que depende de lesão previa na maioria das 
vezes. 
 Via de receptor de morte: depende da interação de um receptor TNF com um ligante 
do sistema imune, principalmente os linfócitos. Essa interação promove uma cascata 
que também vão culminar com a ativação de caspases levando a apoptose. 
 Proteinas anormalmente dobradas que vão levar a apoptose: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACÚMULOS CELULARES 
 São substancias que a célula vai acumular e 
que podem predispor a dano celular. 
 Os acúmulos se localizam frequentemente 
dentro dos lisossomos. 
 As células podem acumular substancias que 
são endógenas, substâncias normais, como 
por exemplo: carboidratos, agua, lipídeos, 
proteína. Pigmentos. 
 Mecanismo dos acúmulos: metabolismo 
anormal, defeito no dobramento e 
transporte de proteína, ausência de 
enzimas ou a ingestão de materiais que não 
são digeríveis. 
 ACUMULO DE LIPÍDEOS: 
 DEGENERAÇÃO GORDUROSA – ESTEATOSE: 
acúmulo de triglicerídeos nos parênquimas 
dos órgãos: fígado, (é o local mais comum – 
esse acúmulo é observado na forma de 
esteatose) rins, coração e musculo. 
 As causas mais comuns são: álcool (ele 
paralisa o mecanismo internos dos 
hepatócitos – o que gera o acumulo), 
diabetes (lentifica o metabolismo) e 
obesidade (velocidade de síntese dos 
ácidos graxos e muito maior que da sua 
degradação). 
 
 COLESTEROL E ESTER DE COLESTEROL: são utilizados para síntese de membranas 
 Aterosclerose: células da túnica íntima repletas de vacúolos lipídicos, presença de 
LDL que são fagocitados por macrófagos formando as células espumosas. 
 
 Xantomas: acontece em casos de 
hipercolesterolemia familiar em que 
formam aglomerados de células 
espumosas (macrófagos) no tecido 
conjuntivo subepitelial da pele e 
tendões = massas tumorais 
(xantomas). 
 
 Inflamações e Necrose: encontra-se macrófagos espumosos (amarelados). 
 
 ACÚMULO DE PROTEÍNAS: 
 Quando elas estão acumuladas na célula elas aparecem na forma de gotículas 
eosinofílica. Esses acúmulos são incapazes de serem metabolizados 
 Proteínuria, doenças autoimunes são encontradas corpúsculos de Hussel. 
 Doença hepática alcoolica: corpúsculo de Mallory - lesão tóxica pelo álcool, 
hepatócito balonizado (aumento de água, aumento de volume). Acúmulo intenso de 
grânulos eosinofílicos (alteração hialina). Resquícios de proteínas que não foram 
totalmente degradadas. 
 Doença de Alzhaimer – proteínas dobradas de forma incorreta (beta-amilóide). 
 Amiloidose – produção de proteína anormal que transforma o glomérulo em uma bola 
hialina, obstrução do glomérulo, ausência de capilares e muitas células inflamatórias. 
Pode ser de causa primaria ou secundária. 
 
 ACÚMULO DE GLICOGÊNIO: 
 Ocorre defeito no metabolismo de glicose (diabetes mellitus 2) e glicogênio. 
 Distúrbios resultam em alterações genéticas em enzimas que metabolizam o glicogênio. 
 Glicogenólise: O glicogênio fica dentro da célula, não é metabolizado, forma vacúolos 
claros no citoplasma da célula. 
 Locais de acumulo: onde tem reserva de glicogênio – fígado, coração, rim (túbulos 
proximais e alça de Henle) 
 
 Gliconenases: 
 Doença de Von Gierke (I): deficiência de glicose 6 fosfatase. 
 Doença de Mc Ardle (V): deficiência de fosforilase muscular. 
 Doenca de Pompe: doença metabólica que acomete o tecido muscular, levandoa um quadro de miopatia debilitante e progressiva, que com frequência leva a 
risco a vida do paciente. Decorre de uma deficiência da atividade da enzima GAA 
(alfaglicosidade ácida) ocasionando um acúmulo de glicogênio dentro do 
lisossomo, acarretando fraqueza muscular, deterioração da função respiratória 
e morte prematura. É também conhecida também como deficiência de maltase 
ácida (AMD), doença tipo II de armazenamento de glicogênio (GDS-II) e 
glicogenose II. 
 
 
 
 ACÚMULO DE PIGMENTOS: 
 EXÓGENOS: 
 Antracose: Carvão. Inalação de sais de carbono, que se acumulam dentro de macrófagos 
dentro dos pulmões; Parênquima pulmonar com coloração escura; Pode evoluir para 
fibrose pulmonar (pneumoconiose do trabalhador do carvão). 
 Asbestose: Amianto. Presente em telhas de amianto; Asbestos inalados vão para 
pulmões; Imagem com cor de ferrugem; Processo inflamatório; Risco de evolução para 
câncer pulmonar. 
 Plumbose: Chumbo. Acúmulo de chumbo gerando saturnismo; Gengiva azulada, 
acúmulo nas mucosas, alterações neurológicas, confusão mental, coma; Intoxicação 
grave. 
 Silicose: Sílica. 
 Siderose: Ferro. 
 
 ENDÓGENOS 
 Lipofuscina: Lesão por radicais livres e peroxidação lipídica  Pigmento de senescência; 
Coloração castanho avermelhado. Alta quantidade no cérebro com Alzheimer. 
 Melanina: Sardas, cloasmas (escurecimento de mamas e face em gestantes por 
alteração hormonal). 
 Hemossiderina: Hb libera ferro quando é metabolizada (lise de hemácia). O ferro se 
acumula em grânulos de ferritina ou hemossiderina. Causado por transfusão sanguínea 
e hemorragias (hemocromatose) Coloração castanho-dourado, amarronzado. Presente 
em articulações e mucosas. 
 
 CALCIFICAÇÕES: São depósitos anormais de sais de cálcio, em combinação com pequenas 
quantidades de ferro, magnésio e outros minerais. 
 Distrófica 
 Sempre ligada a áreas de dano celular. 
 Quando a lesão envolve peroxidação lipídica, há ligação de cálcio com lipídeo. 
 Quando lesa mitocôndria e RE, libera cálcio. 
 Estenose valvar: disfunção na contratilidade, ocorre por aumento de fluxo sanguíneo 
passando pelas valvas, necrose e calcificação das células (HAS). 
 Metastática: relacionada com aumento de cálcio no sangue 
 Hipercalcemia: mucosas, cápsulas, fáscias, mucosa gástrica, meninge. 
 Causas: hiperparatireoidismo secundário à insuf. Renal ( paratormônio), excesso 
vitamina D ( absorção Ca), doença de Paget, osteogênese imperfecta. 
 
INFLAMAÇÃO 
 A inflamação sempre vai suceder uma lesão celular irreversível em que a célula foi 
encaminhada para a necrose. 
 É um conjunto de fenômenos bioquímicos, morfológicos e fisiológicos, que vão 
envolver a resposta dos tecidos e vasos. É uma resposta local, inespecífica e ativa. 
 Participantes do processo inflamatório: 
 Vasos sanguíneos 
 Células endoteliais 
 Células inflamatórias 
 Leucócitos 
 Macrófagos/monócitos 
 Células tissulares 
(teciduais, presente nos 
parênquimas) 
 Fibroblasto 
 Mediadores da 
inflamação (citocinas, 
interleucinas, 
quimiocinas, proteínas 
de fase aguda) 
 
 O processo de cicatrização anda junto com a lesão, ou seja, a medida que o tecido 
está sendo lesado há tentativa de recuperação. Proteínas atuam estimulando a 
angiogênese. 
 Existem dois padrões de inflamação: aguda ou crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sinais da inflamação (flogísticos): DOR, CALOR, RUBOR, EDEMA E PERDA DE FUNÇÃO. 
 Características gerais da inflamação: 
 É uma resposta protetora do hospedeiro a agentes invasores 
 Os principais componentes são a reação vascular e a resposta celular 
 As etapas da resposta inflamatória são divididas em 5 (5 ERRES): 
reconhecimento, recrutamento de leucócitos, remoção do agente invasor, 
regulação da resposta e reparo. 
 
 
 
 
 INFLAMAÇÃO AGUDA: 
 As causas podem ser endógenas ou exógenas. 
 Fenômenos irritativos vão desencadear essa resposta, gerando alteração nos vasos, 
transmigração de leucócitos. 
 As células (APC’s) vão reconhecer um antígeno através do seu receptor de 
reconhecimento de padrão e vão liberar citocinas (IL-1, TNF, histamina, serotonina, 
oxido nítrico e PAF) que vão culminar com a 
resposta inflamatória, alterando a 
permeabilidade vascular. 
 Os vasos sanguíneos vão aumentar seu 
calibre devido a participação dessas aminas 
vasoativas, que vão acabar aumentando 
também o fluxo sanguíneo do local. O que 
explica o calor e rubor. 
 Além da alteração na permeabilidade 
(aumento do calibre) há um desequilíbrio nas 
pressões dos vasos, fazendo com que as 
células e líquidos migrem para o interstício 
gerando o EDEMA, que é um efeito colateral 
da inflamação. 
 O edema inflamatório é composto de células, líquidos e proteínas inflamatórias. 
 Já o transudato é um edema devido ao acumulo de água e ocorre por aumento na 
pressão hidrostática. É muito comum na insuficiência cardíaca. 
 Toda alteração até o momento é para que aconteça, agora, a estase sanguínea. Então 
o fluxo sanguíneo naquele lugar vai ficar mais lento para permitir a migração das 
células (LEUCÓCITOS- segue abaixo). 
 Processo de transmigração (é dividido em etapas): 
1ª etapa: 
marginalização – 
células começam a 
migrar para a 
periferia 
2ª etapa: rolagem – 
os neutrófilos ao 
chegarem na 
periferia vão rolar 
sobre os receptores 
de SELECTINAS P, E, L 
até encontrar o 
ICAM-1, mudando 
sua conformação de uma célula globosa para uma célula com prolongamento. 
3º etapa: adesão estável – encontro do neutrófilo com o ICAN-1 
4ª etapa: diapedese - migração dessas células para o interstício através das fendas 
venulares. 
 
 Processo de quimiotaxia: é o processo de migração da célula para o sitio infeccioso. 
Produtos do complemento vão auxiliar, leucotrieno B4. 
 
 Ativação leucocitária: preparação para a fagocitose 
 Ativação de receptores de superfície. 
 Alterações bioquímicas e metabólicas que ocorrem no leucócito, para preparar 
para fagocitose. 
 Aumento da síntese de enzimas lisossomais, vesículas de lisossomos ficam 
maiores. 
 Leucócito ativo é maior do que leucócito não-ativo. 
 Ativação de receptores de superfície: reconhece o agente agressor pelo receptor. 
 Liberação de mediadores para manutenção da resposta inflamatória: 
prostaglandinas e leucotrienos -> aumento da permeabilidade, calibre, 
recrutamento de leucócitos. 
 Liberação de mais citocinas e quimiocinas: aumento recrutamento. 
 
 Além do processo de ativação leucocitária, a opsonização é uma atividade que vai 
facilitar o processo de fagocitose. 
 
 Processo de fagocitose: 
1- Reconhecimento e ligação 
2- Captura 
3- Morte e degradação 
 
 O processo de morte e degradação acontece por duas vias: reações dependentes de 
oxigênio e reações não dependentes de oxigênio. 
 Reação dependente de oxigênio: 
 Necessidade do oxigênio para geração de radicais livres 
 Surto oxidativo -> O2 NADPH OXIDASE H202 -> OH 
 Parte dos radicais livres produzidos vão estar dentro de vacúolos fagocíticos, que 
vão culminar com a primeira via de morte do microrganismo. 
 O superóxido atravessa a membrana do vacúolo fagocitário, é oxidado pelo 
complexo enzimático NADPHoxidase, que é convertido em H2O2 (peróxido de 
hidrogênio), que por dismutação espontânea, perde oxigênio e hidrogênio e vira 
OH (hidroxila). 
 
 Reação dependente de oxigênio: via complementar 
 Microorganismos com cloro: a hidroxila – OH não dá conta de combater então 
ocorre a liberação de -> Mieloperoxidase (MPO). 
 MPO é pré-fabricada dentro dos grânulos azurófilos. 
 Presença de cloro: grânulo com MPO degranula, libera MPO dentro do vacúolo 
fagocitário. MPO reage com haloide (cloro) e transforma peróxido de hidrogênio 
em hipoclorito (HOCl). 
 Hipocloreto é mais potente, direcionado para bactérias mais resistentes. 
 Sistema: Potente sistema bactericida. 
 
 Reação independentede oxigênio: 
 Enzimas presentes nos grânulos dos leucócitos: Azurófilos (MPO) e específicos. 
 Cada grânulo específico tem um tipo de enzima: BPI, lisozima, lactoferrina, 
proteína básica principal, defensinas. 
 Essas enzimas também degranulam ao vacúolo fagocitário. 
 Cada uma altera a integridade da membrana dos microorganismos. Promovem 
peroxidação lipídica, aumento permeabilidade e lise. 
 
 Degradação 
 Ocorre pelas enzimas lisossomais, hidrolases ácidas dos lisossomos. 
 Se o antígeno não for microorganismo não precisa da etapa de morte, vai direto 
para degradação. 
 
 Substâncias importantes: 
 Enzimas lisossomais 
 Intermediários reativos de O2 
 Produtos do metabolismo Ác. Araquidônico (PTG’s E LEUCOTRIENOS) 
 As células ao terminarem o processo de fagocitose vão sofrer apoptose. Só que antes 
de acontecer a apoptose o leucócito pode romper sua membrana e extravasar 
conteúdo levando a toxicidade de células adjacentes. (segue abaixo) 
 Exemplos clínicos de doenças induzidas por leucócitos: SARA (foco de infecção 
pulmonar que vai levar ao aumento de leucócitos extravasando seu núcleo que vão 
lesar as células do parênquima pulmonar). 
 
 Término da inflamação aguda: acontece quando os mediadores cessam sua 
atividade. Existem interleucinas próprias que vão inibir a atividade dos leucócitos 
(desativam receptores, selectinas e icams) e como saldo tem a eliminação do 
agressor. 
 Existem 3 possibilidades para uma inflamação: resolução completa ou cura/ 
cicatrização e substituição por tecido conjuntivo/ cronicidade. 
 
 Mediadores da inflamação aguda: 
 IL-1, IL-8, PAF, OXIDO NÍTRICO, PAF (podem vir dos leucócitos, proteínas sanguíneas 
do complemento ou através das proteínas do sistema de coagulação) 
 
 Efeitos sistêmicos dos mediadores: 
 Febre (IL-1, TNF e PTG) 
 Aumento do sono 
 Diminuição do apetite 
 Síntese de proteínas de fase aguda (IL-6) – PCR principalmente 
 
Padrões morfológicos da inflamação: 
 Inflamação Serosa: 
 Extravasamento de fluido 
líquido, pobre em células e 
proteínas. 
 Ocorre em superfícies, pele. 
 Relacionada à lesão dérmica ou 
por atrito, estímulo mais brando. 
Aumento da permeabilidade, 
não exagerado, não sai células e 
proteínas. 
 Edema exsudato menos 
concentrado. 
 Diminuiu células, aumenta água. 
 Ex: Bolha de queimadura; Edema seroso de pulmão (SARA). 
 
 Inflamação Fibrinosa 
 Acúmulo de fibrina nos tecidos. 
 A fibrina vem do fibrinogênio plasmático (sistema de coagulação). 
 Aumento da permeabilidade = aumento da 
saída fibrinogênio para interstício = 
convertido em fibrina. 
 Formação de malha (pseudomembrana) que 
impregna no tecido, em superfície, em 
cápsulas, fáceas, mucosas, pleura, meninge. 
 Fibrina estimula fibroblasto -> Deposição de 
colágeno -> Fibrosamento do órgão. 
 Aspecto pão-com-manteiga (superfície 
rugosa). 
 Exsudato fibrinoso: célula inflamatória e 
proteína. 
 Ex: Pericardite aguda por endocardite; Tamponamento cardíaco. 
 
 
 Inflamação Supurativa / Purulenta 
 Acúmulo de pus no tecido. 
 Quadros de infecção por microorganismos piogênicos (Strepto, Staphilo). 
 Exsudato inflamatório, muito 
mais concentrado: muito 
microorganismo, proteínas 
inflamatórias, mediadores 
inflamatórios, restos necróticos de 
células e muitas células 
inflamatórias. 
 Muito viscoso e amarelado. 
 Ex: Abscesso, furúnculo, 
pneumonia (fibrinopurulenta). 
 
 
 Inflamação Necrótica / Ulcerativa 
 Aguda / Crônica. 
 Úlcera crônica do tecido acometido; 
Escavação da superfície do órgão; 
Profundidade. 
 Afeta camadas subsequentes do tecido. 
 Pode evoluir para supurativa se infectar. 
 Ex: Pele ou mucosa (boca, estômago, 
intestino). 
 
 
 
 
 
 INFLAMAÇÃO CRÔNICA: 
 Inflamação ativa 
 Destruição tecidual 
 Tentativa de reparo 
 Processo insidioso e de duração prolongada. 
 Eventos que caracterizam a inflamação: 
 Inflamação ativa: Reações celulares e vasculares (recrutamento de leucócitos, 
fagócitos). 
 Destruição tecidual: Tem muito mediador inflamatório e radical livre. 
 Tentativa de reparo: Vai depositando colágeno e a longo prazo vai fibrosando. 
 Causas: 
 Infecções persistentes por determinados microorganismos ou infecções 
repetidas. 
 Exposição prolongada a agentes tóxicos (inalado, digerido, contato com pele). 
 Reações de auto-imunidade. 
 Características Morfológicas 
 Infiltrados de células mononucleares = inflamação crônica (macrófago). 
 Destruição tecidual = área de necrose. 
 Tentativa de cicatrização e reparo = tecido conjuntivo, deposição de colágeno, 
tecido fibroso. 
 Obs: Muitos macrófagos ativos na área inflamada, extravasa radicais livres para 
o meio extracelular e vai lesando o tecido. 
 
 Causas do Acúmulo de Macrófagos 
 Recrutamento persistente de monócitos da circulação pela liberação de 
mediadores. 
 Proliferação local com população crescente de macrófagos. 
 Imobilização de macrófagos por ação das citocinas. 
 
 Mecanismo: 
 Extravasamento de monócitos. (na inflamação 
aguda ocorre o extravasamento de neutrófilo) 
 Monócito adere-se à base e se transforma em 
macrófago tecidual. 
 Aumento de enzimas lisossomais, aumento do 
tamanho celular, metabolismo ativo, aumento 
da capacidade de fagocitar. 
 Macrófago ativado por microorganismos, 
citocinas e LT; libera espécies reativas de 
oxigênio, proteases, citocinas, quimiocinas, 
fatores de coagulação, metabólitos do ac. 
araquidônico. Libera substâncias que lesam o 
tecido, com mais estímulo para mais 
inflamação. 
 Macrófago libera fatores de crescimento e 
mediadores que estimulam a fibrose: PDGF, 
FGF, TGFβ (crescimento tecidual, crescimento derivado de plaqueta, fatores de 
angiogênese). 
 Macrófago libera mediadores que:  Sustentam a resposta inflamatória;  
Iniciam o processo de reparo;  Estimulam angiogênese;  Estimulam a 
proliferação de fibroblastos  colágeno  fibrose 
 
CICATRIZAÇÃO 
 Reparo tecidual pode acontecer por regeneração ou cicatrização. 
 Processo cicatricial: 
 
 
 
1. Formação de novos vasos (angiogênese): 
 Acontece por duas vias: ramificação e extensão dos vasos preexistentes (é a 
mais comum) ou recrutamento de células endoteliais progenitoras. 
 Angiogênese dos vasos preexistentes: 
Formação de novos vasos 
sanguíneos
Migração e proliferação de 
fibroblastos
Deposição de MEC
Maturação e 
reorganização do 
tecido fibroso
- Vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos já preexistentes 
mediados por VEGF 
- Degradação da membrana basal dos vasos por metaloproteases, são enzimas 
liberadas no processo de diapedese da transmigração leucocitária. 
- Migração de células -> estimulo angiogênico. 
- Proliferação das células endoteliais. 
- Recrutamento de células periendoteliais (responsáveis pelo amadurecimento 
do novo vaso). Essas células são recrutadas pelas angiopoetinas. 
- Principal fator no processo de cicatrização é o VEGF (estimula a liberação de 
células endoteliais pela medula óssea e a sua proliferação). 
 
 
2. Migração e proliferação de fibroblastos 
VEGF -> aumenta permeabilidade vascular fazendo com que ocorra saída de 
fibrinogênio e fibronectina plasmática que serão convertido em fibrina -> 
estroma provisório que estimula o crescimento de fibroblastos e células do 
endotélio. 
TGFβ, PDGF, EGF, FGF: Migração e proliferação de fibroblastos no local da lesão. 
 
3. Deposição de MEC: 
 Os fibroblastos depositam grande quantidade de MEC 
 Resultado final: Cicatriz composta por colágeno, fibra reticular, fibroblasto 
fusiformes, fragmentos de tecido elástico e proteínas da MEC. 
 
4. Maturação e organização do tecido fibroso: remodelamento tecidual 
 Equilíbrio entre aquilo que vai sendo produzido e aquilo que vai sendo degradado. É 
controlado através das colagenasesque vão delimitar a deposição de MEC. 
 Objetivo: formação de cicatriz apenas no limite da lesão. 
 
CICATRIZAÇÃO DE FERIDA CUTÂNEA 
 É dividida em três fases: 
 Inflamação 
 Formação de tecido de granulação e reeptelização 
 Contração da ferida (importante para limitar aquele dano), deposição de MEC e 
remodelagem 
 
 A cicatrização cutânea pode ser dividida em primeira intenção – cicatriz pequena 
(acontece em feridas limpas, não infectadas com margens aproximadas) e segunda 
intenção – cicatriz grande (acontece quando as margens estão separadas, ou seja, o 
dano tecidual é maior). 
 A cicatrização de primeira e segunda intenção passam pelas mesmas etapas, o que 
difere é o tempo de cicatrização na segunda intenção que é maior. 
 1ª INTENÇÃO: 
 Feridas com margens opostas e aproximadas, limpas e não-infectadas. 
 Ex: Incisão cirúrgica limpa não infectada e aproximada por suturas cirúrgicas. 
 Acontece de forma rápida, menos potencial de complicação, resultado funcional 
é melhor. 
 Processo inflamatório regride rápido, processo conclui rapidamente, com menos 
chance de complicar. 
 Precisa-se de menos tecido de granulação. 
 A cicatriz fica menor do que o ferimento inicial. A contração aproxima as bordas 
para diminuir a área de dano. 
 2ª INTENÇÃO: 
 Ferimentos com margens separadas 
 Quando há perda excessiva de células 
 O processo reparativo é mais complicado 
 
 ETAPAS: 
 Imediatamente a lesão: formação da crosta (coagulo) 
 24h: resumida em reepitelização e inflamação. 
 Surgimento de neutrófilos (processo inflamatório). 
 Estimulação de células epiteliais. 
 Formação de uma fina camada epitelial que fecha a ferida. 
 
 3º dia: resumido em granulação 
 Neutrófilos são substituídos por macrófagos que vão remover células necróticas 
e vão liberar fatores de crescimento para a proliferação celular. 
 Invasão por tecido de granulação (angiogênese). 
 Fibras colágenas dispostas verticalmente. 
 Proliferação celular epitelial. 
 
 5º dia: 
 Espaço incisional é preenchido com tecido de granulação. 
 Neovascularização é máxima (cicatriz fica vermelha). 
 Fibras colágenas mais espessas unem a incisão. 
 Epiderme recupera sua espessura normal. 
 
 2ª Semana: 
 Acúmulo de fibroblastos e colágeno 
 Desaparecimento do edema e infiltrado leucocitário (regressão da inflamação) 
 Início do empalidecimento com deposição de colágeno e regressão dos canais 
vasculares (cicatriz vai ficando mais clara, devido a deposição de colágeno) 
 
 1º mês: 
 Cicatriz formada por T.C celular, sem inflamação 
 Força tensil aumenta gradativamente (resistência da cicatriz) 
 Obs.: diabético tem glicosilação da fibra de colágeno, ou seja, o colágeno fica 
mais fino e frágil e a ferida se abre porque não tem adesão suficiente. Além disso 
apresentam complicações que são: feridas infectam com mais facilidade, tem 
menos quimiotaxia de leucócitos, tem alteração na adesão de leucócitos no 
epitélio e a neoangiogenese não é eficaz. 
 
 A cicatrização por 2ª intenção difere da 1ª intenção por vários aspectos: 
 Formação de um grande coágulo de fibrina (crosta é muito maior). 
 Reação inflamatória é mais intensa 
 Quantidades maiores de tecido de granulação são formados 
 Aspecto mais divergente: fenômeno de contração da ferida que ocorre nas 
feridas de superfícies grandes. Visto que na primeira intenção as margens já 
estão próximas e não precisam de tanta contração. Os miofibroblastos são 
células responsáveis por aproximar as margens.

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