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Projeto PROMETEU atividade

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Universidade de Brasília - FT - EFL 
Conservação de Recursos Naturais - ECL0010 
Professor Carlos Henke de Oliveira 
Ana Maria Rodrigues dos Santos - 19/0097485 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise dos vídeos "não-públicos" do Projeto Prometeu, discutindo a orientação 
metodológica do projeto, as perguntas norteadoras e a sua orientação à ciência 
aplicada e extensão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília, 2023 
Os retardantes químicos são substâncias utilizadas no combate aos incêndios 
florestais com o objetivo de retardar ou inibir a propagação do fogo. Eles são aplicados 
sobre a vegetação, formando uma camada protetora que reduz a inflamabilidade dos 
materiais vegetais, como a vegetação rasteira, a serrapilheira e as copas das árvores. 
Existem diferentes tipos de retardantes químicos disponíveis, mas geralmente 
eles são compostos por uma mistura de água, produtos químicos retardantes de chama e 
aditivos para melhorar a adesão e a cobertura. Os retardantes mais comumente utilizados 
contêm substâncias como fosfatos, sulfatos, boratos e polímeros de longa cadeia. 
Ao serem lançados sobre a vegetação em chamas, os retardantes químicos têm 
diversas ações para auxiliar no combate aos incêndios. Entre os principais efeitos estão: 
1. Retardação do fogo: Os produtos químicos presentes nos retardantes reduzem 
a velocidade de propagação do incêndio, tornando-o mais lento e controlável. 
2. Resfriamento: O alto teor de água nos retardantes ajuda a resfriar a vegetação 
e os materiais em combustão, diminuindo a temperatura do fogo. 
3. Cobertura e adesão: Os aditivos presentes nos retardantes auxiliam na adesão 
à vegetação, garantindo uma cobertura uniforme e duradoura, mesmo em terrenos 
íngremes ou em condições de vento. 
4. Proteção dos recursos naturais: Ao retardar a propagação do incêndio, os 
retardantes químicos ajudam a proteger recursos naturais, como florestas, animais e 
corpos d'água, além de reduzir o impacto sobre comunidades próximas. 
Contudo, os retardantes químicos são ferramentas que devem ser utilizadas em 
conjunto a outras técnicas estratégias no combate de incêndios florestais, como a 
construção de linhas de contenção, o uso de aeronaves de combate a incêndios, a 
aplicação de água e a mobilização de equipes terrestres, por exemplo. 
Além disso, é necessário considerar os possíveis impactos ambientais dos 
retardantes químicos. Embora sejam amplamente utilizados, alguns estudos indicam que 
certos produtos químicos presentes nesses retardantes podem ter efeitos negativos na água 
e no solo. Portanto, é fundamental avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios do uso 
dessas substâncias, buscando alternativas mais sustentáveis sempre que possível. 
No geral, o uso de retardantes químicos pode ser uma ferramenta valiosa no 
combate aos incêndios florestais, contribuindo para a redução da velocidade de 
propagação do fogo e auxiliando no controle da situação. Ademais é de suma importância 
considerar suas limitações e possíveis impactos ambientais, buscando sempre ações 
integradas e sustentáveis para lidar com os incêndios florestais. 
O Projeto PROMETEU começou por conta dos riscos e/ou impactos 
desconhecidos que os retardantes químicos podem trazer para a sociedade, sendo seu 
maior interesse, conhecer os impactos negativos e positivos desse material. 
O principal e único impacto positivo dos retardantes seria sua contribuição no 
processo de combate ao fogo. Já os negativos seriam vários, incluindo eles o impacto 
químico sobre o solo, vegetação e recursos hídricos; além de impactos institucionais, já 
que precisa de investimento e as instituições precisam prever o que isso pode gerar ao 
meio ambiente; e impactos operacionais, que já abordam a segurança de manuseio do 
produto. 
O PrevFogo é um centro especializado no combate a incêndios florestais, porém 
mesmo com tanta experiência em combate, o conhecimento a cerca de uso e manuseio de 
retardantes químicos em incêndios florestais é pouco, segundo Berni (Biólogo – Núcleo 
de Operação e Combate – NOC/PrevFogo, Ibama). Sendo o uso mais recente do uso de 
retardantes, foi em 2016, no grande incêndio da terra indígena de Araribóia. 
As sondas meteorológicas são dispositivos utilizados no combate aos incêndios 
florestais para coletar informações sobre as condições meteorológicas, especialmente as 
relacionadas ao vento, temperatura e umidade. Essas informações são essenciais para os 
bombeiros e equipes de combate a incêndios, pois ajudam a entender como o fogo pode 
se comportar e a desenvolver estratégias eficazes para controlá-lo. 
As sondas meteorológicas podem ser implantadas em locais estratégicos nas 
áreas afetadas pelo incêndio. Elas são geralmente compostas por uma haste vertical 
equipada com sensores que medem variáveis como velocidade e direção do vento, 
temperatura do ar, umidade relativa e pressão atmosférica. Esses dados são coletados em 
tempo real e fornecem uma imagem mais precisa das condições atmosféricas locais, que 
podem variar consideravelmente em áreas montanhosas ou durante mudanças rápidas de 
tempo. 
Com base nas informações coletadas pela sonda meteorológica, as equipes de 
combate a incêndios podem tomar decisões mais informadas e ajustar suas táticas para 
lidar com o incêndio. Alguns dos benefícios do uso das sondas meteorológicas no 
combate a incêndios florestais incluem: 
1. Previsão do comportamento do fogo: As informações sobre o vento, 
temperatura e umidade fornecidas pelas sondas meteorológicas ajudam a prever a direção 
e a taxa de propagação do incêndio. Isso auxilia na definição de estratégias de contenção 
e evacuação de áreas ameaçadas. 
2. Segurança das equipes: O conhecimento detalhado das condições 
meteorológicas permite que as equipes de combate a incêndios tomem decisões mais 
seguras. Eles podem evitar áreas de alta periculosidade, como a formação de ventos fortes 
que possam causar mudanças repentinas no comportamento do fogo. 
3. Gerenciamento de recursos: Compreender as condições meteorológicas locais 
ajuda no planejamento e na alocação eficiente de recursos. Por exemplo, o conhecimento 
de ventos favoráveis pode ser usado para definir a direção de ataque do fogo ou direcionar 
aeronaves para soltar retardantes químicos de forma precisa. 
4. Planejamento estratégico: As informações fornecidas pelas sondas 
meteorológicas também podem ser usadas para criar modelos de comportamento do fogo 
e realizar simulações que auxiliam no planejamento estratégico a curto e longo prazo. 
No entanto, as sondas meteorológicas são apenas uma ferramenta que podem 
auxiliar no processo de combate a incêndios florestais e elas devem ser usadas em 
conjunto com outras técnicas e conhecimentos especializados, como análise de 
topografia, avaliação de combustíveis vegetais e coordenação de equipes de combate a 
incêndios, a fim de obter uma resposta eficiente e segura diante de um incêndio florestal. 
No projeto apresentado, foi utilizado a sonda safira 3, versão 5 e foi embarcada 
numa aeronave do corpo de bombeiro do Distrito Federal. O projeto agrega várias 
instituições como o corpo de bombeiros do Distrito Federal, a universidade de Brasília, 
ICMBio e o PrevFogo do Ibama. O objetivo central dessa sonda é conhecer a atmosfera 
acima do fogo no cerrado, principalmente em áreas naturais. 
No momento do lançamento da água, esse material irá analisar diversos 
parâmetros do fogo e irá fazer diversos registros da atmosfera e da região abaixo do avião 
na região em combustão. 
No vídeo apresentado, essa sonda estava em fase final de desenvolvimento, em 
operação em bancada. Junto a sonda, se encontra seu núcleo, sensores e o monitor 
utilizado somente na fase de desenvolvimento. 
Levando em conta o texto abordado acima, houve vários testes para abordar o 
uso e a eficácia de retardantes químicos em campo. Ao todo foram 3 experimentos com 
algunsmétodos que auxiliaram no combate ao fogo. 
Foram cerca de vários meses para articular melhor o uso desses tipos de produto 
no combate a incêndios, sendo a Marinha que concedeu o espaço para os estudos. Além 
desses ensaios em campo, teve os ensaios laboratoriais, com a queima de capim em 
bandejas para verificar a eficácia do objetivo de funcionamento desses produtos. 
O projeto trabalha com dois tipos de aceiros químicos, o aceiro seco e o aceiro 
fresco ou úmido. O primeiro é feito no dia anterior e com o tempo a água tem por 
evaporado, conseguindo isolar só o efeito do produto químico e o último é feito poucos 
minutos antes do fogo. A água é o principal retardante no combate a incêndios florestais 
No vídeo foi apresentado três tipos de experimentos: 
• Experimento 1 – esse experimento foi feito com aceiros secos. Aplicou-
se o produto e aguardou 24 horas para secar. O tamanho da parcela era 
de 110 metros, então o fogo veio percorrendo alinhado no vento, até 
chegar nos últimos dez metros, onde se encontra o retardante químico. 
Também foram analisadas amostras de solo, plantas e insetos. 
• Experimento 2 – esse experimento foi o primeiro ensaio realizado com 
combate direto, com dois brigadistas, sendo um com água e o outro com 
retardante químico nas bombas costais de vinte litros. O objeto foi 
analisar a efetividade e o impacto desses instrumentos. 
• Experimento 3 – combina o uso de aeronaves, retardante e a equipe de 
solo. Se trata da fusão dos experimentos anteriores. Foram utilizados 
apenas dois produtos, pois foram os que se apresentaram com melhor 
efetividade para atividade em campo. 
Então, para cada produto foram utilizadas três réplicas e mais um controle. Cada réplica 
seria uma parcela de 110 metros. 
Lembrando que em regiões diferentes, vão ser utilizados métodos diferentes. No 
cerrado é mais comum fazer o combate direto, com uso de abafadores, bomba costal e 
abrindo linhas de defesa para não deixar o fogo escapar durante o processo. 
 
Referências Bibliográficas 
Prometeu: Incêndios Florestais. Projeto PROMETEU: Incêndios Florestais - Breve 
história. Youtube, 2020. 
OLIVEIRA, Carlos. Vídeo-relatório 2018 (Projeto "Combate aos incêndios em áreas 
naturais"). Youtube, 2019 
 
OLIVEIRA, Carlos. Planejamento para o EXPERIMENTO 2. Youtube, 2020 
 
OLIVEIRA, Carlos. Experimento 2: primeiro combate direto com retardantes e água do 
Projeto Prometeu. Youtube, 2020 
 
OLIVEIRA, Carlos. Sonda SAPHIRA 3 v5. Youtube, 2017

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