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Universidade Paulista – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O caso dos Exploradores de Cavernas 
Análise crítica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
 
 
Introdução 
 
 A finalidade deste trabalho é um resumo e análise crítica da obra ´´ O caso dos 
Exploradores de Cavernas`` de Lon Luvois Fuller, professor, jurista e destaque em filosofia. 
 O livro foi usado como instrumento de estudo na área das ciências jurídicas no início das 
escolas de Direito, e ainda é utilizado atualmente nas universidades e no decorrer da 
profissão. Mostrando as várias possibilidades de aplicação da norma legal ao caso concreto, 
e que cada caso terá sua peculiaridade. 
 
O livro 
 A obra do professor Lon L. Fuller, O caso dos Exploradores de Cavernas, conta a história 
fictícia de cinco exploradores de cavernas onde houve um deslizamento de terra durante a 
expedição, que resultou no bloqueio da única entrada, deixando os exploradores presos. 
 Quando os exploradores não retornaram da expedição as autoridades foram acionadas e 
um grupo de resgate foi enviado ao local, porém a ajuda tinha um preço muito alto, e novos 
desmoronamentos aconteceram dificultando ainda mais a situação, acarretando a morte de 
dez trabalhadores. 
 O resgate ocorreu de fato após trinta e dois dias, a situação crítica dos exploradores 
devido à falta de acesso a animais ou vegetação e sem qualquer tipo de comunicação com o 
meio exterior quando se lembraram que haviam levado um aparelho capaz de enviar e 
receber mensagens. Quando conseguiram o contato com a equipe de resgate, foram 
informados que haveria pelo menos mais dez dias para o resgate e com a quantidade de 
suprimentos que tinham as chances de sobreviverem eram muito baixas. 
 O explorador Roger Whetmore, que representava o grupo inteiro, questionou se essas 
chances aumentariam consideravelmente caso consumissem a carne de um deles. O médico 
respondeu positivamente, mas nenhum membro do grupo de resgate se aprontou a 
qualificar e nem a recomendar tal ato, no que se diz respeito à escolha do companheiro a 
ser morto. Depois das indagações não houve mais comunicação. 
 No vigésimo terceiro dia Whetmore foi designado a tal sacrifício e foi morto pelos outros 
exploradores. De acordo com os próprios exploradores, como foi Whetmore quem tanto 
sugeriu o consumo da carne de um deles para a sobrevivência da maioria, quanto a sorte 
como meio de escolha de quem seria morto, a partir de um par de dados que ele havia 
levado para a caverna. A princípio os outros foram contrários a essa ideia, mas acabaram 
concordando. 
 Ao arremessar os dados Whetmore hesitou e propos que eles esperassem mais uma 
semana antes de tomar tal medida. Devido a isso, ele foi acusado de quebra dor acordo e 
continuaram o arremesso dos dados. Quando chegou a vez de Whetmore outro explorador 
jogou os dados por ele, com o consentimento do próprio. No final, Whetmore não teve 
sorte com o resultado dos dados tendo por consequência a morte e o consumo de sua carne 
por seus companheiros. 
 Após o resgate, os exploradores sobreviventes foram hospitalizados e tratados. Depois 
todos foram indiciados pelo assassinato de Roger Whetmore e condenados à forca pelo 
tribunal de primeira instância do Condado de Stowfield. 
 Em conjunto os réus enviaram um comunicado para o chefe do Executivo, requisitando a 
comutação da pena para prisão de seis meses. E assim também o fez o juiz que presidiu o 
julgamento. Os acusados apelaram à segunda instância alegando vício, exibindo argumentos 
e fatos necessários para a apreciação perante este Tribunal, composto por cinco juízes. 
 
Análise 
 A Suprema Corte ficou dividida em relação aos votos sendo dois a favor e dois contra e 
diante disso, optaram por manter a decisão do Tribunal de Primeira Instância, ou seja, 
mantes a condenação dos réus ao enforcamento. 
 O debate entre o Direito Positivo e o Direito Natural nesse livro é estipulado pelos 
próprios juízes e apresenta dificuldade de decisão, muitas vezes por divergências 
interpretativas sobre o determinado caso. 
 
 O Direito Positivo e o Direito Natural 
 O Direito Positivo, depende de uma manifestação de vontade seja ela da sociedade ou das 
autoridades, ele é criado por meio de decisões voluntárias e deve ser garantido por um 
conjunto de leis e normas. 
 Com relação as infrações vistas nas perspectivas do Direito Positivo, determinam o direito 
como um fator e não apenas como um valor. Por isso é defendido por uma legislação e sua 
infração é considerada como um crime, gerando uma sansão jurídica de acordo com o ato 
cometido. 
 Já o Direito Natural independente do estado ou de leis ele é considerado autônomo. Esse 
tipo de direito é inerente a todo ser humano, possuindo um caráter universal, imutável e 
atemporal. 
 A transgressão de uma regra vista como Direito Natural e não sofrerá de sansão jurídica, 
tendo em vista que ele não é previsto por lei. Mas a sociedade que dá valor a esse direito irá 
repudiar o ato da pessoa. 
 O estado de necessidade: 
 Se esse caso tivesse ocorrido no Brasil, os réus teriam maiores chances de absolvição, pois 
o caso poderia ser compreendido como ``estado de necessidade`` tornando permitidas 
atitudes que inicialmente são vedadas, se esse for o único recurso para garantir a 
sobrevivência naquele momento. 
 Conforme estabelece o inciso I, art.23 e o 24 do Código Penal. O estado de necessidade 
pressupõe um conflito entre titulares de interesses lícitos e legítimos, em que um pode 
parecer licitamente para que outro sobreviva. 
 Dessa forma, constata – se que deve haver uma interpretação do caso conforme a 
situação fática, sendo levado em consideração todos os aspectos do ocorrido para só então 
ser possível um julgamento justo. 
 Em um julgamento deve analisar não somente as questões positivas, mas também os 
outros aspectos externos e peculiares que abrangem o caso. Afinal o direito não se limita a 
solução práticas e fáceis, nas quais se analisam tão somente se aquela situação se enquadra 
ou não no que está descrito na lei. É um sistema complexo e demanda tempo e análise 
profunda e completa dos fatos, observando e respeitando os princípios Constitucionais, 
principalmente a ampla defesa e contraditório.

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