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SISTEMA URINÁRIO Anna Karenina Azevedo-Martins Núcleo de Estudos em Biociências – NEB Escola de Artes Ciências e Humanidades – EACH Universidade de São Paulo – USP COMPARTIMETOS HÍDRICOS Algumas reflexões antes... HIPÓTESE DE OPARIN E HALDANE AO LONGO DA VIDA PERDEMOS ÁGUA DISTRIBUIÇÃO DOS LÍQUIDOS NO ORGANISMO INTERAÇÃO MEIO EXTERNO/ MEIO INTERNO Os líquidos corporais apresentam composições diferentes. A presença de diferentes solutos retém a água nos diferentes compartimentos hídricos. Porém a água transita o tempo todo entre os compartimentos DISTRIBUIÇÃO DOS SOLUTOS NOS COMPARTIMENTOS LÍQUIDOS Universidade de São Paulo Escola de Artes, Ciências e Humanidades ACH5004 - Fundamentos Biológicos da Obstetrícia III O Caso José Minervino, 43 anos, cobrador de ônibus, precisou faltar ao trabalho nos últimos dois dias por causa de uma dor latejante e insuportável no hálux (dedão) do pé esquerdo. Quando a dor começou, achou que pudesse ter se machucado na partida de futebol do sábado. No terceiro dia, não suportando mais resolveu ir, mesmo mancando, ao PS do hospital mais próximo. Na triagem, José foi pesado e sua altura aferida: 74 kg e 1,65 m (IMC:____); pressão arterial normal. A anamnese revelou os seguintes hábitos: atleta de fim de semana, segundo sua avaliação, come muito bem e tem preferência por carnes. É raro um fim de semana que não tenha um churrasco com a família ou amigos. Admite que bebe cerveja, praticamente, todos os dias, ainda que, durante a semana, apenas uma ou duas latinhas. Fumou durante 10 anos, mas relata ter abandonado o tabagismo desde os 30 anos. Ao exame, seu dedo estava muito inchado, avermelhado e quente, embora não apresentasse nenhuma lesão aparente. Outras articulações não apresentavam alterações e sua temperatura corporal estava normal. Relatou ainda ser aquela a primeira vez que acontecia isso. Quando perguntado sobre doenças articulares na família, José lembrou-se que seu pai, desenvolveu artrose na articulação do quadril, nos últimos 5 anos. PARTE 1 - A investigação Que outras informações vocês colheriam na anamnese? Elenquem pelo menos 3 possibilidades de diagnóstico e as razões que justificam. Que exames vocês solicitariam para chegar a um diagnóstico? PARTE 2 – O diagnóstico Depois da consulta, José foi encaminhado para a coleta de sangue. A médica que o atendeu receitou um antiinflamatório e analgésico e pediu que voltasse no dia seguinte, pois os exames de sangue já estariam prontos. Tinha sido solicitado hemograma completo e dosagem de ácido úrico. O hemograma revelava um leve processo inflamatório e a dosagem de ácido úrico, hiperuricemia (8 mg/dL – valores de referência para o sexo masculino: 3,4 a 7,0 mg/dL). O diagnóstico foi de gota. Explique como o diagnóstico se articula com o quadro apresentado por José. O que precisará mudar nos hábitos de José para colaborar com o tratamento? PARTE 3 – A gota Com o diagnóstico definido, José quis saber sobre a doença, antes mesmo da médica propor o tratamento. Que doença é essa e o que o ácido úrico tem a ver? O ácido úrico é proveniente de que? PARTE 4 – O tratamento Após esclarecer várias dúvidas de José, a médica manteve o antiinflamatório, com a intenção de resolver a situação aguda e receitou um agente uricosúrico, o probenecide. Além do uso da medicação, José foi orientado a não comer carnes, nem tomar bebidas alcoólicas, mas beber líquido suficiente para produzir cerca de 3L de urina. Claro que ele quis saber: Como o probenecide aumenta a excreção de ácido úrico? Por que deixar de comer carnes? PARTE 5 – 3 semanas depois... Chegou o dia do retorno e José chegou beeeem cedo para a consulta. Na verdade, ele tinha passado a noite no hospital por causa de uma crise de cálculo renal. Durante a consulta, a médica perguntou sobre como ia o tratamento. José contou que estava tomando os remédios, disciplinadamente, mas que as mudanças nos hábitos tinham sido a maior dificuldade. Quando perguntado sobre o consumo de líquido, ele admitiu que no trabalho sempre esquecia de beber água. A médica lhe disse que havia uma chance enorme de que o cálculo fosse de ácido úrico. Sendo o cálculo ainda muito pequeno, o mais provável é que fosse eliminado. José voltou para casa com a mesma indicação de tratamento, porém, comprometido com as mudanças de hábito necessárias. Respondam: Por que não beber água suficiente enquanto toma agentes uricosúricos pode formar cálculos de ácido úrico na pelve renal? Descreva o trajeto seguido pelos cálculos renais quando eles são excretados. PARTE 6 – Vamos desenhar? O trato urinário é composto por 2 rins, 2 ureteres, a bexiga urinária e o ureter, sendo que os rins são os principais executores das funções desse sistema. Esses órgãos são formados por unidades funcionais chamadas néfrons. Agora mãos à obra! Façam um desenho do trato urinário, localizando dentro de um dos rins o néfrom. Liste as funções do sistema urinário. As funções Regulação do volume do líquido extracelular e da PA Regulação da osmolaridade Manutenção do equilíbrio iônico Regulação do pH Excreção de resíduos Produção de hormônios Gliconeogênese A ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA OS COMPONENTES Localização dos rins Vista anterior Vista posterior Estrutura anatômica a unidade funcional Néfron: Elementos tubulares Corpúsculo renal Elementos vasculares Os processos básicos da função renal FILTRAÇÃO: movimento do sangue para o lúmen. REABSORÇÃO: do lúmen de volta para o sangue. SECREÇÃO: do sangue para o lúmen independente da filtração. EXCREÇÃO: eliminação do lúmen para o meio externo. Os processos básicos da função renal 340 mL / 3 min 180 L / dia 1,5 L - urina Localização no néfron Volume de líquido Osmolaridade do líquido Cápsula de Bowman 180L/dia 300 mOsM Final do túbulo proximal 54L/dia 300 mOsM Final da alça de Henle 18L/dia 100 mOsM Final do ducto coletor 1,5L/dia 50 – 1.200 mOsM Fração de filtração 3 barreiras para a filtração Endotélio do capilar glomerular Lâmina basal Epitélio da cápsula de Bowman A diferença de 3 pressões promove a filtração Pressão capilar sanguínea (hidrostática) Pressão capilar coloidosmótica Pressão do líquido capsular Volume filtrado / unidade de tempo = TFG 125 mL/min = 180 L/dia 3L de plasma são filtrados 60x/dia Fatores que regulam a TFG RESPOSTA MIOGÊNICA RETROALIMENTAÇÃO TUBULAR Células da mácula densa Células justaglomerulares + NaCl Contração Renina Os processos básicos da função renal REABSORÇÃO Pra que filtrar 180L se só vou eliminar 1,5L? Eficiente Seletiva Ativa Passiva Reabsorção de GLICOSE A reabsorção tem limite Os processos básicos da função renal SECREÇÃO EXCREÇÃO = Filtração – Reabsorção + Secreção DEPURAÇÃO(mL de plasma depurado/min) = taxa de excreção (mg/min) [X]plasma (mg/mL Substâncias com diferentes manejos MICÇÃO EPITÉLIO PSEUDO ESTRATIFICADO BALANÇO HÍDRICO Exige uma resposta integrada Disgestório Resporatório Urinário Tegumento Quais podem ser os desafios? CONCENTRANDO OU DILUINDO A URINA NA MEDULA RENAL A URINA É CONCENTRADA Controle da secreção de vasopressina COMO AGE A VOSOPRESSINA COMO O RIM APRESENTA UMA OSMOLARIDADE TÃO VARIADA? O MECANISMO DE CONTRACORRENTE EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE QUAL IMPORTÂNCIA DE MANTER O pH CORPORAL? O equilíbrio ácido base depende de Tampões: proteínas, fosfato, bicarbonato Respiração Rins Compensação respiratória para ACIDOSE Os rins usam tampão amônia e fosfato Secretam H+ e reabsorvem HCO3- image1.png image2.jpeg image3.jpeg image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.png image16.jpeg image17.jpeg image18.png image19.png image20.png image21.jpeg image22.png image23.jpeg image24.jpeg image25.jpeg image26.jpegimage27.jpeg image28.png image29.png image30.png image31.png image32.jpeg image33.png image34.png image35.png image36.jpeg image37.jpeg image38.jpeg image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.jpeg image45.jpeg image46.jpeg image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.png image59.png image60.png image61.png