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Aula 3 Desenho de Políticas Públicas Objetivo da leitura e da aula: entender impacto da estrutura político-institucional (federalismo) e das condições de vida da população (desigualdade e pobreza) para a construção de políticas públicas, seu funcionamento e efetividade Livro: eixos analíticos Processo de políticas públicas: etapas não são sequenciais nem independentes (etapas: agenda, formulação, decisão, implementação, monitoramento, avaliação) Políticas sociais no Brasil: eixos analíticos fundamentais: federalismo, intersetorialidade, concepção sistêmica Concepção sistêmica: implica aos pactuantes representação política, controle mútuo e decisão sobre assuntos com impacto intergovernamental Intersetorialidade: é abordagem (problemas são complexos e multideterminados) e estratégia (deslocar foco da eficiência instrumental para eficácia substantiva das políticas) Relações federativas estão na essência da implementação das políticas sociais Assistência social: reconfiguração Fragmentação institucional: instituições privadas e filantrópicas desde anos 1930 até 1988 Desigualdade entre entes federados: serviços diferentes Implementação do SUAS seguiu “receita” de sucesso do SUS e Educação: assistência social como direito de cidadania (em oposição a filantropia/iniciativa privada) Pobreza decorre de condições sociais que impedem desenvolvimento de capacidades dos indivíduos Redução da pobreza (ciclo da pobreza intergeracional) depende de ações coletivas Pobreza como privação de capacidades Pobreza é fenômeno social complexo: privações materiais de bem estar + negação de oportunidades de se levar a vida dentro de padrões aceitáveis socialmente Pobreza como fenômeno multidimensional: Amartya Sen: relaciona fatores econômicos, conotações legais, implicações políticas e justiça social Pobreza = privação das capacidades básicas Acesso a alimentos e bens é função de fatores legais e econômicos (miséria é gerada não pela escassez de bens, mas pela incapacidade legal ou econômica das pessoas de obtê-los) Ana Luiza Codes, A trajetória do pensamento científico sobre pobreza. IPEA 2008. Implementação das políticas sociais LOAS (1993), extinção LBA (1995), NOBs (1997) PNAS (2004) Implementação do SUAS: Gestão compartilhada Cofinanciamento pelas 3 esferas Definição mais clara das responsabilidades de cada ente da federação Governo federal: BPC, financiamento de projetos de enfrentamento à pobreza, coordenação da política Estados: serviços em caráter supletivo (caso de municípios incapazes), regionalização dos serviços de média e alta complexidade Municípios: execução dos projetos de combate à pobreza, serviços socioassistenciais Tipos de serviço PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA 1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF); 2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; 3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas. PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Média Complexidade 1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); 2. Serviço Especializado em Abordagem Social; 3. Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC); 4. Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias; 5. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL Alta Complexidade 6. Serviço de Acolhimento Institucional; 7. Serviço de Acolhimento em República; 8. Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora; 9. Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências. Coordenação federativa mecanismos: Instâncias de pactuação federativa: Criação e progressivo empoderamento dos espaços de interação e coordenação da ação governamental CIT: decisão sobre aspectos centrais da política e processo de implementação, participação de estados e municípios nas decisões Incentivo e indução: pactos intergovernamentais Pactos de aprimoramento da gestão (sistematizam prioridades, princípios e metas que geram compromissos de implementação) Politicamente, tem sido mais fácil incentivar municípios que estados
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