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Gestão do Capital de Giro Risco e Retorno Prof. Alexandre Costa Conteúdo da Seção Risco e Retorno Fundamentos de risco e retorno Retorno e risco de um ativo individual Retorno e risco de uma carteira Modelo de formação de preços de ativos (CAPM) 2 INTRODUÇÃO Risco e Retorno Risco e Retorno: Toda decisão financeira é fundamentada na relação risco X retorno percebida pelos analistas e investidores. Por essa razão, entender como é medido o retorno e o risco é muito importante. Risco e Retorno 3 Definição de Risco Em uma definição simplista podemos dizer que o risco estaria relacionado com a possibilidade de perda financeira (prejuízo). Porém uma visão mais completa, holística e integrada nos leva a perceber que o risco está realmente associado à incerteza, variação, insegurança de não saber o que vai acontecer com o retorno de um investimento. Risco e Retorno 4 Definição de Risco Risco é a capacidade de se mensurar o estado de incerteza de uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades de ocorrência de determinados resultados Os ativos que apresentam maior probabilidade de perda são considerados mais arriscados do que os ativos com probabilidades menores de perda Risco e incerteza podem ser usados como sinônimos em relação à variabilidade de retornos associada a um ativo 5 Definição de Retorno Retorno é o ganho ou prejuízo total (incluindo pagamentos periódicos recebidos e variação no valor do ativo) ao longo de um período de tempo. Retorno costuma ser expresso em termos percentuais ou em termos absolutos. Risco e Retorno 6 EXEMPLO Considere os seguintes investimentos A e B para você aplicar $100,00: a) Investimento A: você investe $100,00 para receber $10,00 mensais como rendimento periódico. b) Investimento B: você investe $100,00 para receber a cada mês ou $9,00 ou $11,00 com 50% de probabilidade cada, ou seja, no longo prazo na média você espera receber $10,00 mensais. Risco e Retorno 7 Considerações Em ambos investimentos, A e B, você tem uma expectativa de receber $10,00 mensais. No investimento A, você com certeza vai receber $10,00. No investimento B, apesar de ter uma expectativa de receber na média $10,00, você vai na realidade receber a cada mês $9,00 ou $11,00. Ou seja, no investimento B, você nunca tem certeza de quanto vai receber. Risco e Retorno 8 Definição do investidor quanto a sua preferência ao risco O investidor avesso ao risco prefere aplicar em A. O investidor neutro ao risco fica indiferente entre aplicar em A ou B. O investidor propenso ao risco prefere aplicar em B. Risco e Retorno 9 Objetivos da Seção Entender o significado e os fundamentos de risco, retorno e preferências individuais em relação a risco Descrever procedimentos para aferir e medir o risco de um ativo individual Compreender as características de risco e retorno de uma carteira em termos de correlação e diversificação Analisar o papel de beta na mensuração do risco, tanto de um ativo individual como de uma carteira. Explicar o modelo de formação de preços de ativos (capital asset pricing model – CAPM) 10 Fundamentos de Risco e Retorno As decisões financeiras são tomadas em um ambiente de incerteza com relação ao futuro Parte-se do pressuposto que todo investidor é racional, ou seja, procura minimizar os riscos ao mesmo tempo que tenta maximizar o retorno de seus investimentos 11 Riscos Específicos da Empresa Risco operacional – possibilidade de que a empresa não seja capaz de cobrir seus custos de operação, sendo determinado pela estabilidade das receitas e pela estrutura de custos operacionais Risco financeiro – possibilidade de que a empresa não seja capaz de honrar as suas obrigações financeiras, sendo determinado pela previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais e suas obrigações financeiras 12 Riscos Específicos dos Investidores Risco de taxa de juros – possibilidade de que as taxas de juro afetem negativamente o valor de um investimento (estes tendem a perder valor quando a taxa aumenta) Risco de liquidez – possibilidade de que um ativo não possa ser transformado em meios líquidos com facilidade a um valor razoável Risco de mercado – possibilidade de que o valor de um investimento caia devido a fatores de mercado, como por exemplo, eventos econômicos, políticos e sociais Preferências Individuais em Relação ao Risco O objetivo de um administrador é selecionar um ativo que proporcione maior nível de satisfação em sua combinação de risco e retorno De um modo geral, os administradores são avessos ao risco, ou seja, para um aumento de risco exigem um aumento de retorno A curva de indiferença representa a escala de preferência do indivíduo diante do conflito risco/retorno Qualquer combinação inserida sobre a curva de indiferença é igualmente desejável 14 Preferências Individuais em Relação ao Risco Curvas que representam investidores com maior aversão ao risco, perfil mais conservador Curvas que representam investidores mais ousados, que aceitam mais risco 15 Avaliação do Risco A avaliação do risco de um investimento deve levar em consideração os retornos esperados com esse investimento Dois métodos podem ser usados para estimar o risco associado a um investimento: Análise de Sensibilidade Distribuição de Probabilidades 16 Análise de Sensibilidade Exemplo A Norman Company, empresa de equipamentos de golfe, deseja saber qual é o melhor de dois investimentos. Ambos exigem um dispêndio inicial de $ 10.000 e ambos têm uma taxa anual de retorno mais provável de 15%. A administração fez uma estimativa pessimista e uma otimista dos retornos associados a cada investimento: Investimento A Investimento B Investimento inicial $10,000 Taxa anual de retorno Pessimista 13% Mais provável 15% Otimista 17% Amplitude 4% Investimento inicial $10,000 Taxa anual de retorno Pessimista 7% Mais provável 15% Otimista 23% Amplitude 16% 17 Análise de Sensibilidade Exemplo O ativo A parece ser menos arriscado; sua amplitude é de 4% (17% – 13%) contra 16% (23% – 7%) do ativo B. Um tomador de decisões avesso a risco preferiria o ativo A ao B, porque o A oferece o mesmo retorno mais provável que o B (15%), mas com menor risco Embora a análise de sensibilidade e da amplitude seja um procedimento rudimentar, ela oferece uma noção do retorno esperado que pode ser usada para estimar o risco de um investimento 18 Distribuição de Probabilidades O conceito básico de probabilidade refere-se à possibilidade de ocorrência de determinado evento A distribuição de probabilidades consiste na associação dos resultados esperados a uma probabilidade de ocorrência Essa distribuição de probabilidades pode ser discreta ou contínua 19 Probabilidades Discretas e Contínuas Copyright © 2004 Pearson Education, Inc. (Livro Gitman) 20 Medidas Estatísticas de Retorno e Risco O valor esperado representa uma média dos vários resultados esperados ponderada pela probabilidade atribuída a cada valor Onde: E(k) = retorno ou valor esperado kj = valor de cada resultado considerado Prj = probabilidade de ocorrência de cada evento 21 Medidas Estatísticas de Retorno e Risco O desvio-padrão, k, mede a dispersão em torno da média, representado o risco dos possíveis resultados em relação ao valor esperado Onde: k = desvio-padrão (risco) de um investimento kj = valor de cada resultado considerado Prj = probabilidade de ocorrência de cada evento 22 Mensuração de Retorno Exemplo Considere os seguintes investimentos alternativos: E(kA) = (0,25 x 13%) + (0,5 x 15%) + (0,25 x 17%) = 15% E(kB) = (0,25 x 7%) + (0,5 x 15%) + (0,25 x 23%) = 15% Investimento A Investimento B Retorno Probabilidade Retorno Probabilidade 13%15% 17% 0,25 0,50 0,25 7% 15% 23% 0,25 0,50 0,25 Mensuração de Risco Exemplo Investimento A j Kj E(k) Kj-E(k) [Kj-E(k)]2 Prj [Kj-E(k)]2*Prj 1 2 3 13% 15% 17% 15% 15% 15% -2% - 2% 4% - 4% 25% 50% 25% 1% 0% 1% Investimento B j Kj E(k) Kj-E(k) [Kj-E(k)]2 Prj [Kj-E(k)]2*Prj 1 2 3 7% 15% 23% 15% 15% 15% -8% - 8% 64% - 64% 25% 50% 25% 16% 0% 16% 24 Análise dos Resultados As duas alternativas apresentam o mesmo valor esperado (15%), sendo, portanto, indiferentes em termos de retorno O investimento B possui um desvio-padrão maior, sendo, portanto, classificada como o investimento de maior risco O investimento A apresenta o mesmo retorno esperado e um nível mais baixo de risco, sendo, portanto, considerada a alternativa de investimento mais atraente 25 Retornos e Riscos Históricos Procure tirar algumas conclusões relativamente à relação entre retorno e risco de cada um dos investimentos considerados 26 Medidas Estatísticas de Retorno e Risco O coeficiente de variação, CV, indica a dispersão relativa (risco relativo) por unidade de retorno esperado Permite que se proceda a comparações mais precisas entre dois ou mais conjuntos de valores 27 Coeficiente de Variação Exemplo O nível de risco, medido pelo desvio-padrão, é maior no caso do investimento A – 12% > 10% No entanto, pelo critério do coeficiente de variação, a alternativa A é a que apresenta menor dispersão relativa (risco) e maior retorno – 0,60 < 0,67 Investimento Retorno Esperado Desvio-Padrão Coeficiente de Variação A 20% 12% 0,60 B 15% 10% 0,67 28 Carteira de Ativos Uma carteira é um conjunto ou combinação de ativos financeiros Se um investidor aplicar em um único ativo, sofrerá todas as conseqüências de um mau desempenho Isso não ocorrerá com um investidor que aplicar em uma carteira diversificada de ativos Desta forma, supondo que todos os investidores são racionais e, portanto, têm aversão a risco, é preferível investir em carteiras, e não em ativos individuais 29 Retorno Esperado de uma Carteira O retorno esperado de uma carteira composta por mais de um ativo é definido pela média ponderada do retorno de cada ativo em relação a sua participação no total da carteira Onde: Kp = retorno ou valor esperado da carteira de ativos kj = retorno esperado do ativo j wj = peso do ativo j na carteira de ativos 30 Retorno de uma Carteira Exemplo Suponha uma carteira composta por dois ativos (X e Y), sendo que o ativo X representa 40% da carteira e tem um retorno de 20% e o Y (60% da carteira) tem um retorno de 40%, o retorno da carteira será: Retornos esperados de diferentes composições de um portfólio 31 Risco de uma Carteira O risco de um ativo mantido fora de uma carteira é diferente de seu risco quando incluído na carteira Para o cálculo do risco de uma carteira, é necessário levar em consideração não somente a participação e o risco de cada ativo individualmente, mas também como os ativos se relacionam A redução do risco de uma carteira pode ser promovida pela seleção de ativos que mantenham relação inversa entre si 32 Risco de uma Carteira O risco de uma carteira de ativos pode ser calculado: Aplicando-se a fórmula do desvio-padrão ao retorno da carteira de ativos (ver exemplo a seguir) Considerando o risco de cada ativo individual e os coeficientes de correlação entre os retornos dos ativos 33 Risco de uma Carteira Exemplo Suponhamos que se queira determinar o retorno esperado e o desvio-padrão dos retornos de uma carteira constituída pelos ativos X e Y em proporções iguais (50% de cada). Os retornos previstos dos dois ativos em cada um dos próximos cinco anos (2014 a 2018) são: Ano Retorno Ativo X Retorno Ativo Y Retorno da Carteira 2014 2015 2016 2017 2018 8% 10% 12% 14% 16% 16% 14% 12% 10% 8% =0,5*8%+0,5*16%=12% =0,5*10%+0,5*14%=12% =0,5*12%+0,5*12%=12% =0,5*14%+0,5*10%=12% =0,5*16%+0,5*8%=12% O mesmo raciocínio se aplica para uma análise de cenários. Ou seja, ao invés de considerar os 5 anos, poderíamos considerar 5 cenários (do mais favorável ao menos favorável) com as respectivas probabilidades de ocorrência 34 Risco de uma Carteira Exemplo O retorno esperado da carteira para os próximos 5 anos é: Por sua vez, o desvio-padrão dos retornos da carteira é: Esse valor não deve ser surpreendente, pois o retorno esperado em todos os anos é o mesmo, igual a 12%. Não há variabilidade nos retornos esperados de um ano para outro Ver fórmula da nota 10 do livro-texto – pág. 190 35 Diversificação e Correlação A diversificação é reforçada na medida em que os retornos dos ativos variam em conjunto Esse movimento geralmente é medido por uma estatística conhecida como correlação Copyright © 2004 Pearson Education, Inc. (Livro Gitman) A correlação negativa permite reduzir o risco da carteira 36 Diversificação e Correlação Mesmo que dois ativos não tenham correlação negativa perfeita, um investidor ainda pode conseguir benefícios com a diversificação, combinando-os em uma carteira Copyright © 2004 Pearson Education, Inc. (Livro Gitman) 37 Mensuração do Risco de uma Carteira A fórmula de Markowitz é utilizada para calcular o risco de uma carteira composto por dois ativos, a partir do risco individual de cada um dos ativos que a compõem é: Onde: 1 e 2 = desvio-padrão do retorno dos ativos 1 e 2 w1 e w2 = proporções dos ativos que compõem a carteira r1,2 = coeficiente de correlação entre os retornos dos ativos 1 e 2 38 Risco de uma Carteira Exemplo Considere as seguintes carteiras de ativos composta pelos ativos X (retorno 12% e risco 18%) e Y (retorno 24% e risco 27%) A tabela apresenta o retorno esperado e o risco da carteira formada com diferentes participações das ações X e Y, na situação de correlação extrema (positiva e negativa) entre os ativos Peso da Ação X Peso da Ação Y Retorno da Carteira Risco da Carteira (r1,2 = 1) Risco da Carteira (r1,2 = -1) 100% 80% 60% 40% 20% 0% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 12,0% 14,4% 16,8% 19,2% 21,6% 24,0% 18,0% 19,8% 21,6% 23,4% 25,2% 27,0% 18,0% 9,0% 0,0 9,0% 18,0% 27,0% 39 Risco de uma Carteira Exemplo Considerando WX = 80%, WY = 20% e R1,2 = -1, temos: Considerando WX = 80%, WY = 20% e R1,2 = 1, temos: 40 Componentes do Risco de uma Carteira Risco sistemático - risco inerente a todos os ativos e determinado por eventos externos à empresa. Não pode ser eliminado ou reduzido. Risco diversificável ou específico – risco intrínseco a cada ativo. Pode ser total ou parcialmente diluído pela diversificação da carteira. 41 Diversificação e o Risco Na medida em que se amplia a diversificação da carteira por meio da inclusão de títulos, o risco total decresce em função da eliminação do risco diversificável A partir de certo número de títulos, o risco da carteira se mantém estável, correspondendo unicamente à sua parte não diversificável O risco sistemático não pode ser eliminado por meio da diversificação, porque essa variabilidade é causada por eventos que afetam a maioria das ações de maneira semelhante (ex: taxas de juros, inflação, etc.) 42 Modelo de Formação de Preços de Ativos (CAPM) No início da década de 1960, pesquisadores em finanças (Sharpe, Treynor e Lintner) desenvolveram um modelo de formação de preços de ativos que considera somente o grau de risco sistemático que um ativo possui Concluíram que, se pudessem medir essa variabilidade – o risco sistemático –, então poderiam desenvolver um modelo para avaliar ativos usando apenas esse tipo de risco O risco diversificável (específico à empresa) é irrelevante porque poderia ser facilmente eliminado com a montagem de uma carteira diversificada 43 Mensuração do Risco Diversificável Para medir o risco sistemático de um ativo, simplesmente estimaram a regressão dos retornos da carteira de mercado – a carteira formada por todos os ativos – contra os retornos de um ativo individual A inclinação da linha de regressão – beta – mede o risco sistemático (não-diversificável) de um ativo Em geral, empresas de atividadecíclica, como as da indústria automobilística, apresentam betas altos, ao passo que empresas relativamente estáveis, como as concessionárias de serviços de utilidade pública, apresentam betas baixos 44 Mensuração do Beta 45 Análise e Interpretação dos Betas O coeficiente beta do mercado é igual a 1 e todos os demais são considerados em relação a este valor Um beta de 0,5 significa que o ativo tem metade da sensibilidade do mercado, ou seja, se o mercado variar 1%, o ativo varia 0,5% (no mesmo sentido) Um beta de 2 significa que o ativo tem o dobro da sensibilidade do mercado, ou seja, se o mercado variar 1%, o ativo varia 2% (no mesmo sentido) Um beta de -1 significa que o ativo tem a mesma sensibilidade do mercado, no entanto varia em sentido contrário, ou seja, quando o mercado varia 1%, o ativo varia 1%, mas no sentido contrário 46 Betas de Ações Exemplos Consulte o site www.infomoney.com.br e analise os betas de algumas empresas brasileiras 47 Análise do Beta de um Carteira Exemplo O Austin Fund deseja avaliar o risco de duas carteiras: Ativo Carteira V Carteira W Proporção Beta Proporção Beta 1 2 3 4 5 10% 30% 20% 20% 20% 1,65 1,00 1,30 1,10 1,25 10% 10% 20% 10% 50% 0,80 1,00 0,65 0,75 1,05 Procure interpretar os resultados com os alunos. Qual é a melhor carteira? Em que condições recomendaria a carteira V em detrimento da carteira W? 48 Equação do Modelo CAPM Após estimar beta, que mede o risco sistemático de um ativo individual ou de uma carteira, o modelo CAPM possibilita que se calcule o retorno exigido de um ativo ou de uma carteira Onde: kj = retorno exigido do ativo ou carteira j RF = taxa de retorno livre de risco bj = coeficiente beta do ativo ou carteira j km = retorno esperado da carteira do mercado 49 Cálculo do Retorno de Ativo Exemplo Calcule o retorno exigido da ação Delta, supondo que tenha beta igual a 1,25, a taxa de juro sem risco é de 5% e o retorno esperado do índice Bovespa seja igual a 15%. Como se conclui a partir da fórmula, o retorno exigido tem 2 componentes: A taxa livre de risco (RF) – geralmente estimada a partir da taxa Selic ou de títulos públicos de renda fixa (no exemplo, 5%) O prêmio de risco – depende das condições do mercado e do próprio ativo (no exemplo, 12,5%) O prêmio por risco de uma ação tem duas partes: O prêmio por risco do mercado, ou seja, o retorno exigido ao se aplicar em qualquer ativo com risco, em lugar de aplicar à taxa livre de risco. Beta, um coeficiente de risco que mede a sensibilidade do retorno da ação específica a variações das condições do mercado. 50 Cálculo do Retorno de Ativo Graficamente 51 Comentários sobre CAPM O CAPM se apóia em dados históricos, o que significa que os betas podem não refletir a variabilidade futura dos retornos Portanto, os retornos exigidos indicados pelo modelo devem ser usados somente como aproximações O CAPM também supõe que os mercados são eficientes, o que nem sempre é verdade, principalmente os mercados emergentes como é o caso do brasileiro Mercado eficiente quando: Nenhum participante tem a capacidade de influenciar o preço das negociações O mercado é constituído de investidores racionais As informações são instantâneas e gratuitas aos participantes do mercado O mercado trabalha com inexistência de racionamento de capital Os ativos são divisíveis e negociados sem restrições As expectativas dos investidores são homogêneas 52 Gestão de Carteiras e Classes de Ativos 53 Risco e Retorno de Classes de Ativos no Brasil Ano Retorno Realizado Prêmio de Liquidez Prêmio por Default Prêmio de Risco de Mercado Ações Títulos Privados Títulos Públicos Selic (RF) Inflação 28,9% 25,8% 20,3% 19% 9% 20,3%-19% = 1,3% 25,8%-20,3% = 5,5% 28,9%-19% = 9,9% Fonte: Assaf Neto, Finanças Corporativas e Valor, Editora Atlas, 2012 Prêmio por default representa o risco de inadimplência de um título privado de renda fixa (debênture ou obrigação) 54 image2.png image3.png image4.png image5.jpeg image6.jpeg image7.emf j n j j kkkE Pr)( 1 oleObject1.bin image8.emf j n j j kk Pr 1 2 oleObject2.bin image9.emf %41,1%2 A image10.emf %66,5%32 B oleObject3.bin oleObject4.bin image11.jpeg image12.emf k CV oleObject5.bin image13.emf j n j jp wkk 1 oleObject6.bin image14.emf %32)60,040,0()40,020,0( p k oleObject7.bin image15.png image16.emf %12 5 %12%12%12%12%12 p k image17.emf %0 15 %12%12 5 1 2 j p oleObject8.bin oleObject9.bin image18.jpeg image19.jpeg image20.emf 212,121 2 2 2 2 2 1 2 1 2 rwwww p oleObject10.bin image21.emf 27,018,018,02,0227,02,018,08,0 22 p image22.emf %909,0015552,0002916,0020736,0 p image23.emf 27,018,018,02,0227,02,018,08,0 22 p image24.emf %8,19198,0015552,0002916,0020736,0 p oleObject14.bin oleObject11.bin oleObject12.bin oleObject13.bin image25.png image26.png image27.jpeg image28.emf 2,125,12,01,12,03,12,013,065,11,0 v b image29.emf 91,005,15,075,01,065,02,011,08,01,0 w b oleObject15.bin oleObject16.bin image30.emf FmjFj RkbRk oleObject17.bin image31.emf %5,17%5,12%5%5%1525,1%5 Delta k oleObject18.bin image32.png image33.png image1.jpeg