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resumo história da psicologia NP2

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Resumo np2 – História da Psicologia
Fechner – através de pesquisas na área de psicofísica, permitiu o estudo das relações existentes entre os processos físicos (ex:estimulo ambiental) e os processos mentais (sensações, experiências conscientes) 
Relação entre mental e material
Conceito unificado de corpo e mente
Representou a “primeira conquista” da psicologia experimental.
Quando Fechner faleceu, seus papéis foram doados a Wundt.
Wundt fundou a psicologia como ciência independente, porém, fundação não é sinônimo de criação.
Wundt – Acreditava que as funções mentais mais simples, como a sensação e a percepção, deviam ser estudadas por meio de métodos de laboratório. No entanto, os processos mentais superiores, como a aprendizagem e a memória, não podiam ser investigados pela experimentação cintífica por serem condicionados pela língua e outros aspectos culturais.
- Utilizava os métodos experimentais das ciências naturais, principalmente as técnicas empregadas pelos fisiologistas.
- Seu objeto de estudo: consciência
- Acreditava que os psicólogos deveriam dedicar-se ao estudo da experiência IMEDIATA (que não sofre nenhum tipo de influência de interpretações pessoais) e não da experiência mediata.
- Havia identificado elementos ou conteúdos da consciência, mas a questão que mais chamava a sua atenção era a organização desses elementos, ou seja, a sua síntese em processos cognitivos superiores por meio da apercepção. Na opinião de Wundt, a mente era dotada do poder de organização voluntária dos elementos mentais, posição divergente da explicação mecanicista da passividade mental sustentada pela maioria dos empiristas e associacionistas britânicos.
Metas de Wundt: 
- Analisar os processos conscientes, utilizando os elementos básicos
- Descobrir como esses elementos eram sintetizados e organizados
- Determinar as leis da conexão que regiam a organização dos elementos
Voluntarismo: capacidade própria de organização da mente em processos de pensamento superiores.
Introspecção: Autoanálise da mente para inspencionar e relatar pensamentos ou sentimentos pessoais.
Duas formas básicas de experiência imediata: Sensação e Sentimento 
Teoria tridimensional do sentimento: Explicação de Wundt para os estados do sentimento, baseada em três dimensões: prazer/desprazer, tensão/relaxamento e excitação/depressão.
Apercepção: processo pelo qual elementos mentais são organizados.
Hermann Ebbinghaus tornou-se o primeiro psicólogo a pesquisar experimentalmente a aprendizagem e a memória. Desse modo, não apenas demonstrou que Wundt estava errado a respeito daquela questão, como também mudou a forma de estudo da associação e do aprendizado.
Sílabas sem sentido: sílabas apresentadas em séries aleatórias para estudar os processos da memória
A importância do trabalho de Ebbinghaus consiste no controle meticuloso das condições experimentais, na análise quantitativa dos dados e na conclusão de que o tempo de aprendizagem de uma sílaba – assim como o tempo total da aprendizagem – aumenta quanto mais extensa a lista de sílabas.
Franz Brentano, professor popular, muitos de seus alunos acabaram destacando-se na psicologia e entre os mais brilhantes estão Christian von Ehrenfels e Sigmund Freud.
Considerava a observação, e não a experimentação, o principal método da psicologia. 
Brentano é considerado um dos mais importantes psicólogos do início da disciplina por causa da diversificação de seus interesses. Foi precursor intelectual das escolas da psicologia da Gestalt e da psicologia humanista, além de ter compartilhado com Wundt a ideia de transformar a psicologia em ciência.
Enquanto a psicologia de Wundt era experimental, a de Brentano era empirista.
Psicologia do ato: sistema de psicologia de Brentano que se concentra mais nas atividades mentais (por exemplo, no ato de ver) do que nos conteúdos mentais (por exemplo, aquilo que é visto).
Apesar de não ser experimental, o método de Brentano dependia da observação sistemática.
Carl Stumpf: Os primeiros trabalhos produzidos por Stumpf eram a respeito da percepção espacial, no entanto seu trabalho de maior impacto, resultado do seu eterno interesse pela música, foi Psicologia do tom. Considerado pioneiro no estudo psicológico da música.
A fenomenologia, tipo de introspecção defendida por Stumpf, refere-se ao exame da experiência imparcial, ou seja, a experiência tal qual ela ocorre. Ele discordava da posição de Wundt de dividir a experiência em elementos.
Fenomenologia: método de introspecção de Stumpf que examina a experiência tal como ela ocorreu, sem tentar reduzi-la a seus componentes elementares. Também uma abordagem baseada em uma descrição imparcial da experiência imediata conforme ela ocorre, e não analisada ou reduzida aos elementos.
Oswald Külpe dedicou toda a sua carreira a trabalhar com os problemas ignorados pela psicologia de Wundt. Desenvolveu um método que chamou introspecção experimental sistemática, que envolvia, primeiro, a execução de uma tarefa complexa (como estabelecer conexões lógicas entre conceitos) e, em seguida, a coleta dos relatos individuais sobre os processos cognitivos ocorridos durante a realização da tarefa. Em outras palavras, as pessoas realizavam alguns processos mentais, como o pensamento ou o julgamento, e depois examinavam como haviam pensado e julgado. 
Introspecção experimental sistemática: método de introspecção de Külpe que utilizava relatos retrospectivos de processos cognitivos das pessoas após terem completado uma tarefa experimental.
A abordagem de Külpe objetivava diretamente a investigação sobre o que acontecia na mente do indivíduo durante a experiência consciente. Suas metas eram expandir o conceito de Wundt sobre o objeto de estudo da psicologia para englobar os processos mentais superiores e aprimorar o método de introspecção.
Edward Bradford Titchener:
Titchener alterou drasticamente o sistema de psicologia (de Wundt) ao levá-lo da Alemanha para os Estados Unidos. Ele apresentou uma abordagem própria, à qual denominou estruturalismo, embora alegasse tratar do mesmo sistema estabelecido por Wundt. Na realidade, os dois eram completamente distintos e a denominação “estruturalismo” é adequada para definir apenas a psicologia de Titchener.
Titchener se concentrava nos elementos ou conteúdos mentais, assim como na conexão mecânica mediante o processo da associação, mas descartava a doutrina da apercepção de Wundt. O seu enfoque estava nos elementos propriamente ditos e, em sua opinião, a principal tarefa da psicologia consistia na descoberta da natureza das experiências conscientes elementares – a determinação da estrutura da consciência mediante a análise das suas partes componentes.
De acordo com Titchener, o objeto de estudo da psicologia é a experiência consciente como dependente do indivíduo que a vivencia. 
No estudo da experiência consciente, Titchener fez um alerta a respeito de se cometer o que chamou erro de estímulo, que gera uma confusão entre o processo mental e o objeto da observação.
O objeto da observação não deve ser descrito na linguagem cotidiana, mas em termos do conteúdo consciente elementar da experiência.
Titchener divergia de Wundt porque estava interessado em analisar a experiência consciente complexa a partir das partes componentes, e não a síntese dos elementos mediante a apercepção. Titchener dava ênfase às partes, enquanto Wundt, ao todo. 
Titchener apresentou três propostas básicas para a psicologia:
1. reduzir os processos conscientes a seus componentes mais simples;
2. determinar as leis de associação desses elementos da consciência;
3. conectar os elementos às suas condições fisiológicas;
Titchener definiu três estados elementares da consciência: o estado da sensação, o da imagem e os estados afetivos. As sensações são elementos básicos da percepção
e estão presentes nos sons, nas visões, nos cheiros e nas outras experiências provocadas pelos objetos físicos do ambiente. As imagens são elementos das ideias e estão no processo que reflete as experiências não realmente presentes no momento, mas como a lembrança de uma experiência do passado. Os estados afetivos, ou as afeições, são elementos da emoção e encontram-se nas experiências como o amor, o ódio e a tristeza.
Na década de 1920, Titchener colocou em dúvida o uso do termo “psicologia estrutural” e passou a chamar sua abordagem de psicologia existencial. Reavaliou seu método de introspecção e adotou o tratamento fenomenológico, examinando a experiência como um todo e não dividida em elementos.
Charles Darwin, com sua noção de evolução, mudou o foco da nova psicologia da estrutura da consciência para as suas funções. Era inevitável que a escola de pensamento funcionalista se desenvolvesse.
O funcionalismo se preocupa com as funções da mente, em como ela é usada por um organismo para se adaptar a seu ambiente. O movimento da psicologia funcional focou em uma questão prática: O que os processos mentais conseguem realizar? Os funcionalistas estudaram a mente não do ponto de vista de sua composição – seus elementos mentais ou sua estrutura – mas, sim, como um conglomerado ou acúmulo de funções e processos que levam a consequências práticas no mundo real. 
A influência de Darwin na psicologia
* o enfoque na psicologia animal, que formou a base da psicologia comparativa;
* a ênfase nas funções e não na estrutura da consciência;
* a aceitação da metodologia e dos dados de diversas áreas;
* o enfoque na descrição e mensuração das diferenças individuais.
O objetivo de Galton era incentivar o nascimento de indivíduos mais notáveis ou mais aptos na sociedade e desencorajar o nascimento dos inaptos. Para essa finalidade, fundou a ciência da “eugenia”, palavra por ele cunhada. Eugenia, ele afirmou, lida com as “questões relacionadas com o termo grego, Eugenes, isto é, de boa estirpe, hereditariamente dotado de qualidades nobres” 
Galton desejava impulsionar o aperfeiçoamento das qualidades herdadas da raça humana. Argumentava que os seres humanos, assim como os animais de criação, podiam ter as características melhoradas mediante a seleção artificial. Se as pessoas de muito talento fossem selecionadas e acasaladas geração após geração, o resultado seria uma raça humana extremamente talentosa. Propôs o desenvolvimento de testes de inteligência para selecionar homens e mulheres brilhantes, destinados à reprodução seletiva, e recomendou que os melhores recebessem incentivos financeiros para se casarem e procriarem. Sua tese principal é de que não havia igualdeade entre os homens e que alguns eram dotados de certas habilidades e competências, enquanto outros não. 
Galton quem deu origem ao conceito de testes mentais. Ele imaginava que a inteligência podia ser medida com base na capacidade sensorial individual e que, quanto mais inteligente, mais alto seria o nível de funcionamento sensorial do indivíduo. Galton extraiu essa ideia da visão empirista de John Locke de que todo conhecimento é adquirido por meio dos sentidos. Se Locke estivesse correto, as pessoas mais inteligentes teriam os sentidos mais aguçados.
Testes mentais: testes de habilidade motora e capacidade sensorial; os testes de inteligência usam medições mais complexas de habilidade mental.
George Romanes formalizou e sistematizou o estudo da inteligência animal.
Método anedótico: utilização dos relatos de observação sobre o comportamento animal.
Herbert Spencer foi um importante divulgador das teses evolucionistas na Inglaterra, ele alegava que o desenvolvimento de todos os aspectos do universo é evolucionário, incluindo o caráter humano e as instituições sociais, em conformidade com o princípio da “sobrevivência do mais apto” (expressão cunhada por ele). Essa ênfase no chamado darwinismo social – aplicação da teoria da evolução da natureza humana e da sociedade – foi recebida com muito entusiasmo nos Estados Unidos. Ao propor a lei da seleção natural, Darwin enfatizava o valor de sobrevivência das comunidades e não de indivíduos. Spencer desloca o foco para indivíduos - sobrevivem os indivíduos mais aptos, em resultado de uma lei 'natural'. Este evolucionismo social, versão espúria das idéias de Darwin, serviu de suporte para práticas sociais de exclusão, largamente utlizadas com fins ideológicos. 
Defende o Liberalismo e sua proposta de um Estado mínimo, apoiado na redução do papel de todas as instituições na regulação da vida em sociedade, com exceção da propriedade, bastante valorizada em sua proposta. 
Uma forma de governo liberal, em que a organização da vida social se daria sem o constrangimento das instituições, de forma que cada indivíduo pudesse agir livremente em função de seus interesses. 
Filosofia sintética: ideia de Spencer que o conhecimento e a experiência podem ser aplicados em termos evolutivos.
William James: o precursor da psicologia funcional
James não fundou a psicologia funcional, mas apresentou de forma clara e eficaz as suas ideias dentro da atmosfera funcionalista impregnada na psicologia norte-americana. Dessa forma, influenciou o movimento funcionalista, inspirando as gerações posteriores de psicólogos.
Segundo James, a psicologia não tem como meta a descoberta dos elementos da experiência, mas o estudo sobre a adaptação dos seres humanos ao meio ambiente. A função da nossa consciência é guiar-nos aos fins necessários para a sobrevivência. A consciência é vital para as necessidades dos seres complexos em um ambiente complexo; de outra forma, a evolução humana não ocorreria.
No que tange ao objeto de estudo, as palavras-chave são fenômenos e condições. O termo fenômenos é utilizado para indicar que o objeto de estudo da psicologia deve ser buscado na experiência imediata; já o termo condições, refere-se à importância do corpo, particularmente do cérebro, na vida mental.
Acreditava serem as experiências conscientes simplesmente experiências conscientes e não grupos ou conjuntos de elementos.
Fluxo de consciência: ideia de James de que a consciência é um processo de fluxo contínuo e qualquer tentativa de reduzi-la a elementos pode distorcê-la.
A função da consciência é proporcionar a capacidade de adaptação ao ambiente, permitindo-nos escolher. 
Os métodos citados na sua obra Princípios de psicologia salientam a principal diferença entre a psicologia estrutural e a funcional: o movimento funcionalista não se restringia a um único método como as formas de introspecção de Wundt ou Titchener. Ele também aceitava e adotava outras metodologias. Esse tratamento eclético ampliou consideravelmente a área de estudo da psicologia norte-americana.
James enfatizava a importância do pragmatismo na psicologia, cuja doutrina baseia-se na comprovação da validade de uma ideia ou de um conceito mediante a análise das consequências práticas. A conhecida expressão do ponto de vista pragmático afirma que “se funcionar, é verdadeiro”.
Pragmatismo: doutrina que valida as ideias medidas por suas consequências práticas.
A teoria das emoções de James, contradizia o pensamento corrente sobre a natureza dos estados emocionais. Os psicólogos partiam do princípio de que a experiência mental subjetiva da emoção antecedia a expressão ou a ação corporal. O exemplo clássico de avistar um animal selvagem, sentir medo e fugir correndo, ilustra a ideia de que a emoção (o medo) ocorre antes da reação do corpo (a fuga). James inverteu essa ordem e afirmou que a reação física ocorre antes do surgimento da emoção, principalmente das emoções que considerava “grosseiras” como o medo, a ira, a dor e a compaixão. Por exemplo, vemos o animal, corremos e, então, vivenciamos a emoção do medo. 
James sugeriu
que o sentido do eu de uma pessoa é formado por três aspectos ou componentes. O eu material consiste de tudo que chamamos de pessoal, como nosso corpo, família, lar, ou estilo de se vestir. O eu social refere-se ao reconhecimento que obtemos por meio de outras pessoas. O terceiro componente, o eu espiritual, refere-se a nosso ser interior ou subjetivo.
Psicologia dinâmica: sistema de psicologia de Woodworth, que se dedica aos fatores causais e às moti- vações que influenciam os sentimentos e o comportamento.
Psicometria: dedicada ao desenvolvimento de instrumentos para a mensuração das diferenças individuais.
Os homens diferem entre si em suas características intelectuais e de personalidade.
As características psicológicas podem ser medidas por meio de instrumentos cientificamente desenvolvidos.
A psicometria: Uma das derivações da Psicologia aplicada foi o movimento interessado em medir, classificar e diferenciar os indivíduos, considerando suas características psicológicas. Começam a ser desenvolvidos os instrumentos de avaliação psicológica, destinados a medir a inteligência, as aptidões, os interesses e as características de personalidade. O movimento dos ‘testes mentais’ teve grande difusão e acarretou o desenvolvimento de um grande número de instrumentos.
A psicometria é a idéia de que é possível medir as características psicológicas dos indivíduos por meio de testes psicológicos. 
Foi, portanto, a partir do movimento funcionalista americano e das psicologias diferencial e comparada, surgidas na Inglaterra, que a Psicologia adquiriu as feições atuais, focalizada na aplicação prática do conhecimento que produz.
Ideias transformacionistas: aquelas que procuram compreender as transformações pelas quais os seres vivos passaram ao longo do tempo, em resultado de sua adaptação às condições do meio
Ocorre a expansão universitária, com o estabelecimento de centros educacionais, como a Universidade de Colúmbia e a de Chicago, que se somam as universidades tradicionais, como Harvard, na difusão das idéias funcionalistas, estudando os processos de evolução e adaptação dos organismos, com fins práticos: intervir ativamente nos indivíduos, grupos e comunidades.
Nesse movimento, destacam-se dois grupos: o primeiro, representado por Stanley Hall (Universidade de Clark), Cattell (Columbia) e Baldwin (Princeton), tiveram sua formação em Leipzig, na Alemanha, com Wundt, mas passaram, no retorno aos Estados Unidos, a desenvolver estudos sobre o desenvolvimento infantil, com base em conceitos evolucionistas (Baldwin), a aperfeiçoar instrumentos de medida psicológicos (Cattell) e a implantar a psicologia em áreas específicas (Stanley Hall).

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