Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Parkinson Antiparkinsonianos ● Agonistas dopaminérgicos ● Inibidores do metabolismo da dopamina ● Levodopa ● Anticolinérgicos Anticolinesterásicos ● Donezepila ● Rivastigmina ● Galantamina Antagonistas do glutamato ● Amantadina ● Memantina Mecanismo de ação Atuam na síntese de catecolaminas ● A cascata de formação da dopamina que é um dos principais neurotransmissores alvos do Parkinson ● Armazenamento, liberação, recaptação e inativação da dopamina ○ A dopamina é degradada pela enzima monoaminoxidase ○ Interage com receptor pós e pré-sináptico ○ Pode ser recaptada por transportador de dopamina, com bomba de sódio ○ Pode ser degradada por COMT e vira ácido homovanílico→ excretado na urina ○ Degradação → DOPA descarboxilase e MaO-B ○ MAO B → metaboliza dopamina pré-sináptica durante a recapacitao ○ COMT→ metaboliza na fenda sináptica 1 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Receptores dopaminérgicos: ● D1 é excitatório e D2 é inibitório → A via dopaminérgica nigroestriatal é a mais envolvida com a doença de parkinson Efeito da doença de Parkinson sobre as vias dopaminérgicas que regulam o movimento: ● Duas vias principais nos núcleos da base regulam o movimento → a via indireta, que inibe o movimento, e a via direta, que possibilita a realização de movimento. ○ A dopamina inibe a via indireta e estimula a via direta, produzindo uma tendenciosidade efetiva que possibilita o movimento voluntário. ● As vias excitatórias são mostradas em azul, e as vias inibitórias, em preto. ● A via direta emite sinais do putame para GPi, tálamo e córtex, enquanto a via indireta emite sinais do putame para GPe, NST e GPi, tálamo e córtex. ● Obs → neurônios das vias direta e indireta no putame recebem influxos do sistema dopaminérgico nigroestriatal (seta azul pontilhada) e dos sistemas glutamatérgicos corticais (seta azul cheia), processam esses influxos no contexto de influências colinérgicas locais (ACh) e transmitem o efluxo GABAérgico (não ilustrado). ● A degeneração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra resulta em estimulação deficiente da via direta (que possibilita o movimento) e inibição insuficiente da via indireta (que inibe o movimento). ● O resultado final consiste em uma escassez de movimento. A seta cinza pontilhada indica redução de atividade causada pela estimulação deficiente, enquanto a seta preta espessa indica aumento de atividade produzida pela inibição insuficiente. Fisiopatologia da dp ● Perda de neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra→ fatores ambientais e genéticos ● Início dos sintomas→ perda de 70% ● Bradicinesia ● Rigidez ● Tremor de repouso aliviado clinicamente Critérios de suporte + p/ o diagnóstico de DP→ precisa de 3/+ ● Início unilateral 2 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Presença de tremor de repouso ● Doença progressiva ● Persis da assimetria dos sintomas ● Boa resposta a levodopa ● Presença de discinesias induzidas por levodopa ● Resposta a levodopa por 5/+ anos ● Evolução clínica de 10/+ anos Farmacoterapia ● Ttos sintomáticos → restauram a função e a qualidade de vida por muitos anos ● Evolução da doença x dificuldade no controle dos sintomas ○ Após algum empório → discinesia e sintomas on-off, wearing-off ● Intervenções → restauração dos níveis de DA no cérebro ● Teoria dopaminérgica ○ Precursores da DA ○ Agonistas dos receptores da DA ○ Inibidores da degradação da DA ● Teoria ñ dopaminérgica ○ Anticolinérgicos ○ Amantadina O objetivo inicial do tto deve ser a redução da progressão dos sintomas. Uma vez que o tto sintomático seja requerido, os medicamentos devem produzir melhora funcional com um mínimo de efeitos adversos e sem indução do aparecimento de complicações futuras. ● Estágio mais avançada passa a ter refratariedade ● Objetivo é recolocar dopamina no cérebro Precursores da dopamina→ Levodopa ● Metabolismo→ 97% no TGI ● Levodopa + carbidopa (inibidor da doa descarboxilase) → metabolismo de 90% ● Benzerazida→ inibidor da DOPA descarboxilase ● Melhora significativa na fase inicial da doença ● Atravessa a BHE e é convertida em dopamina ● 3% consegue ser absorvida para chegar à BHE ○ Associada à carbidopa (inibidor da dopa-descarboxilase) chega a melhorar a absorção para 10% ● Efeito adverso → discinesia ou flutuações motoras (mais frequentes em doses maiores de levodopa ou após cinco anos de uso) → possível associação com meia vida mais curta Agonistas dos receptores da dopamina ● Nem produzem e nem aumentam a concentração → ligam-se direto aos receptores ○ Úteis nas fases avançadas, em que houve degradação neuronal dopaminérgica ● Bromocriptina (D2), pergolida (D1 e D2), pramipexol (D3>D2), ropinirol (D3>D2) ● Alvo→ receptor dopaminérgico pós-sináptico ● Vantagens ○ Ñ competem com a levodopa pelo transporte através da BHE ○ Ñ precisam ser metabolizados pela dopa descarboxilase → efetivos na fase avançada da doença ○ ½ vida é + longa que a levodopa ● Limitação → efeitos colaterais → náuseas, edema periférico, hipotensão, sedação excessiva, alucinações ● A partir de 10 anos de uso vão ocorrer flutuações motoras (Wearing on - capacidade de responder e wearing off - capacidade reduzida de resposta à levodopa) Inibidores do metabolismo da dopamina → Deixam a dopamina mais livre no SNC porque inibe a enzima que metaboliza ● Inibidores seletivos da MAO-B ○ Selegilina→ anfetamina→ insônia e confusão ○ Rasagilina→ não possui metabólito tóxico ○ Melhoria da função mototra (isoladamente) e aumento da eficiência da levodopa ● Inibidores da COMT ○ Tolcapona → atravessa a BHE, maior efetividade no SNC → hepatotoxicidade fatal ■ Acompanhamento de hepato pelo menos por 6 meses ■ Impede a degradação da dopamina ○ Entacapona→ apenas na periferia ■ Aumenta a concentração da levodopa na periferia, auxiliando ela a entrar mais na BHE ○ Associação com a levodopa e a carbidopa → aumento a ½ vida da levodopa 3 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Anticolinérgicos ● Antagonistas dos receptores muscarínicos ● Efetivos no tremor ● Ruim p/ idosos Amantadina ● Tto das discinesias pelo levodopa ○ Podem ser utilizadas em conjunto ● Bloqueia receptores NMDA excitatórios ● Tbm tem ação agonista direta nas receptores dopaminergicos ● Aumenta a disponibilidade da dopamina pela inibição do metabolismo Escolha do medicamento Deverá levar em conta fatores como o estágio da doença, sintomatologia presente, ocorrência de efeitos colaterais, idade do pcte, medicamentos em uso e seu custo ● Inicial → sintomas leves sem prejuízo funcional → sintomas com prejuízo funcional → prevenção das flutuações motoras e discinesias ● Avançada → complicações motoras → cirurgia → sintomas psicóticos Fase inicial sem prejuízo funcional ● Inibidores da MAO-B ○ Selegilina→ 5-10mg, 1x/dia ○ Rasagilina→ 1mg, 1x/dia ■ Preferível a Rasagilina por maior permeabilidade da BHE e menor efeitos adversos ● Amantadina→ 100mg, 2x/doa ○ Aumentar se necessário→ até 400mg/dia ● Anticolinérgicos → pctes jovens e s/ disfunção cognitiva ○ Biperideno → entre 2-8mg/dia, iniciando com 1mg, 2x/dia ○ Triexifenidil → começa com 0,5-1mg, 2x/dia, com incrementos a cada 3-5 dias até atingir 2mg, 3x/dia. ■ Máximo de 15mg/dia Fase inicial com prejuízo funcional ● Levodopa→ rigidez e bradicinesia ○ Flutuações motoras e discinesias ○ Levodopa/carbidopa → dose inicial de 250 mg/dia, ao menos em 2x ○ Dose média eficaz para a maioria dos pctes é de 600-750mg/dia de levodopa ○ Dose máxima de 2g/dia ○ Flutuações motoras: principalmente para uso >5 anos, mais jovens, doses mais altas ● Uso de anticolinérgicos em paciente com prejuízo funcional → pacientes jovens, com contraindicação do uso de levodopa, sem prejuízo cognitivo ○ Pioram a disfunção cognitiva e os sintomas psicóticos/alucinações DP em fase inicial ● Pctes jovens→ iniciar com agonistas da dopamina ○ Bromocriptina→ de 7,5-70 mg/dia ○Pramipexol → a dose recomendada é de 2-4,5 mg/dia, em 3x. ■ Inicia com 0,125 mg, 3x/dia e aumenta a cada 5-7 dias→ 0,75, 1,5, 2,25, 3 mg… ● Início do tto com levodopa ○ Pcte acima de 70 anos ○ Presença de comorbidades → tto com agonistas dopaminérgicos está associado a maior nº de efeitos adversos, incluindo alucinações, sonolência e hipotensão postural ○ Presença de prejuízo cognitivo ● Pacientes jovens utiliza os agonistas da dopamina, se ele não responder entra com levodopa 4 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Levodopa é o fármaco de escolha para prejuízo cognitivo Fase avançada ● Levodopa ● Outros → bromocriptina, rotigotina, cabergolina, pramipexol, entacapona e tolcapona ● Complicações motoras ○ Agonistas dopaminérgicos e inibidores da COMT→ redução de flutuações motoras ■ Tolcapona → 100mg, 3x/dia, sendo a dose máxima diária de 600mg ■ Entacapona → 200mg, 4x/dia, com máxima de 2g ○ Agonistas dopaminérgicos e amantadina → controle de discinesias ● Sintomas psicóticos ○ Alucinações e delírios ○ Anticolinérgicos, inibidores da MAO, amantadina, agonistas dopaminégicos e inibidores da COMT → retirados ou reduzidos ○ Sintomas persistentes ou graves ou se ñ consigo tirar medicamentos → antipsicóticos ○ Escolha → clozapina → 12,5 mg/dia no começo e incremento de 25 mg a cada 2dias → faixa de dose para controle em torno de 50mg/dia, com máximo de 900 ○ Haloperidol, clorpromazina, levomepromazina, risperidona, olanzapina, ziprasidona e aripiprazol, pioram o parkinsonismo Associação de antiparkinsonianos ● Associação de anticolinérgicos →presença de tremor refratário a levodopa ou agonistas dopaminérgicos ● Associação de agonistas dopaminérgicos a levodopa→ no momento que começam a ocorrer flutuações motoras ● Associação de inibidor da COMT a levodopa → os inibidores da COMT sempre devem ser utilizados com essa associação, pois não possuem efeito antiparkinsoniano se usados sem levodopa ● Associação de agonista dopaminérgico a levodopa com inibidor da COMT → pacientes com flutuações motoras graves não controladas ● Associação de amantadina a levodopa→ a amantadina, além da possibilidade de seu uso em monoterapia na fase inicial da doença, é utilizada em pacientes com flutuações motoras e discinesias ● Associação da rasagilina e levodopa → a rasagilina aumenta a biodisponibilidade da levodopa, e estudos mostram que esta associação é eficaz no controle das flutuações motoras da DP Demências Anticolinesterásicos ● Diminuem o catabolismo de acetilcolina e melhoram a transmissão neural colinérgica a qual está comprometida ● Donezepila, rivastigmina e galantamina ○ Se ligam ao sítio ativo da acetilcolinesterase ○ Tto de DA leve a moderada → redução da progressão dos déficits cognitivos, funcionais e de comportamento, mas não evitam progressão da doença ● Aumento da disponibilidade de acetilcolina ● EA → náuseas, vômitos, flatulência, diarreia, cólica abdominal, anorexia, insônia ● Associação dos anticolinesterásicos com efeitos no TGI ● O uso é mais por disponibilidade ou se o paciente não tolerar a medicação ● O grau de benefício esperado no uso de inibidores de colinesterase no tratamento de Alzheimer é modesto e a terapia não deve ser continuada indefinidamente em pacientes que não pareçam estar se beneficiando com o uso ou pacientes com efeitos colaterais significativos. ● Rivastigmina → metabolismo através de esterases plasmáticas; ● Galantamina e Dopezila→ metabolismo hepático. Antagonistas glutamatérgicos ● Memantina ○ Antagonista ñ competitivo dos receptores NMDA → baixa a moderada afinidade, que bloqueia o canal iônico do receptor de NMDA apenas quando este se encontra aberto; 5 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ○ Ação é rápida e reversível, permitindo que a memantina reduza a ativação excessiva dos receptores de NMDA sem prejudicar a neurotransmissão normal. ○ Diminui a progressão da DA moderada a grave ■ Existem poucas ou nenhuma evidência de que pacientes com Doença de Alzheimer de grau leve se beneficiem com o uso da memantina. ○ Memantina é usada em associação com os anticolinesterásicos mais na fase grave Evita a citotoxicidade emitida pelo glutamato ○ Tontura, confusões e alucinações (em menor frequência), maior agitação e comportamentos delirantes como efeitos adversos. ○ Age como um "magnésio artificial" que protege os neurônios glutamatérgicos da excitotoxicidade sem prejudicar a função cognitiva. ● De acordo com a hipótese, o "vazamento" constante de glutamato, que pode ser desencadeado por placas e emaranhados, pode interferir na neurotransmissão glutamatérgica e, consequentemente, na memória e aprendizagem; ● No entanto, essa liberação constante de glutamato não necessariamente causa lesão dos neurônios. O objetivo medicamentoso é propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização 6 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA das atividades da vida diária ( ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de EA ● Anticolinesterásicos→DA leve a moderada ● Anticolinesterásicos + memantina→DA moderada ○ Melhora, mesmo que modesta, na cognição ● Memantina→DA avançada Donepezila → iniciar com 5 mg/dia por via oral. A dose pode ser aumentada para 10 mg/dia após 4- 6 semanas, devendo ser administrada ao deitar. ● Ligeira melhora na dose maior → mas tbm com mais efeito colateral ● Meia vida longa ● Antagonista não reversível da acetilcolinesterase, o qual possui meia vida de 60 a 90 horas; 7 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Galantamina → iniciar com 8 mg/dia, por via oral, durante 4 semanas. A dose de manutenção é de 16 mg/dia por, no mínimo, 12 meses. A dose máxima é de 24 mg/dia. Como se trata de cápsulas de liberação prolongada, devem ser administradas uma vez ao dia, pela manhã ● Uso contraindicado em casos de insuficiência hepática ou renal graves ● Inibidor competitivo reversível da acetilcolinesterase. Possui meia vida de 5 a 7 horas; ● A galantamina age tanto como inibidor da AChE quanto como modulador alostérico positivo dos receptores colinérgicos nicotínicos → aumenta a disponibilidade de acetilcolina nas sinapses colinérgicas através da inibição da AChE, e potencializa a ação da acetilcolina nos receptores nicotínicos. Rivastigmina→ iniciar com 3 mg/dia por via oral. ● A dose pode ser aumentada para 6 mg/dia após 2 semanas. ● Aumentos subsequentes para 9 mg/dia e para 12 mg/dia devem ser feitos de acordo com a tolerabilidade e após um intervalo de 2 semanas. ● A dose máxima é de 12 mg/dia. ● As doses devem ser divididas em duas administrações, junto às refeições. ● No uso de adesivos transdérmicos, inicia-se com a apresentação de 5 cm2 e, se houver boa tolerância em pelo menos 4 semanas de uso, a dose deve ser aumentada para 10 cm2, que é a dose efetiva. ● Aplica-se um adesivo a cada 24 horas em um dos lados da parte superior do braço, do peito ou da parte superior ou inferior das costas ● Efeitos adversos nos sistemas endócrino, gastrointestinal, nervoso, neuromuscular, cardiovascular, dermatológico, e genitourinário. ● Inibidor pseudoirreversível de AChE e BuChE → parece ter uma maior ação no córtex e no hipocampo em comparação com outras áreas do cérebro. Memantina → iniciar com 5 mg/dia por via oral (1/2 comprimido), aumentar 5 mg/semana nas 3 semanas subsequentes até chegar à dose de 20 mg/dia (1 comprimido de 10mg duas vezes por dia) na quarta semana e manter esta dose ● Deve ser evitada a interrupção abrupta da medicação (exceto em reações adversas graves) para minimizar sintomas de abstinência. → É indicado que, em caso de redução, diminua 50% da dose ou que seja feita uma redução gradual a cada 4 semanas até a dose mais baixa antes da descontinuação. 8 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● De maneira geral, a descontinuação da terapia pode resultar na piora da função cognitiva. ● Em relação à interação medicamentosa, o uso de outros antagonistasdo Receptor NMDA podem potencializar os efeitos adversos/tóxicos da Memantina. Fármacos como Risperidona, Olanzapina e Quetiapina podem ser utilizados de forma associada a outros medicamentos no tratamento da DA. ● A associação de medicamentos para tratar DA com antipsicóticos atípicos aumenta o risco de AVE ● Em casos de agitação psicomotora aguda, benzodiazepínicos podem ser usados (em períodos curtos). ● Ansiedade e depressão também podem estar presentes em pacientes com alzheimer, nesse sentido, caso seja necessário, medicamentos que inibem a recapitação de serotonina podem ajudar no tratamento de DA. 9
Compartilhar