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Dor na Atenção Primária


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Dor na Atenção Primária 
→ De acordo com o IASP, a dor é uma 
experiência sensorial e emocional 
desagradável associada a um dano real ou 
potencial dos tecidos, ou descrita em termos 
de tais lesões 
 
Atenção Primária
→ Primeiro nível de atendimento dos 
pacientes via SUS 
 
Epidemiologia
→ Mulheres são as principais acometidas, 
maior prevalência com aumento da idade 
 Cefaleia (26,7%) 
 Lombalgia (19,4%) 
 Dores em MMII (13,3%) 
 
Dor Aguda
→ Alerta 
→ 5º sinal vital 
→ Período frequentemente curto 
→ Associada a lesões em tecidos ou órgãos 
→ fisiopatologia bem compreendida 
→ Intensidade e localização têm boa 
correspondência com o local 
→ Desaparece quando a causa é tratada 
 
Dor Crônica
→ Patológica 
→ Maior que o tempo de cura da lesão 
→ Alterações nas atividades físicas, sono, 
vida sexual, modificação do humor, baixa 
auto-estima, pensamentos negativos, 
apreciação desesperançada da vida, altera 
relações familiares, de trabalho e lazer 
→ 20% das queixas na AP 
→ Tempo >= a 3 meses 
→ Dor musculoesquelética é a mais 
prevalente 
→ Comumente associada a gatilhos 
 
Dor Nociceptiva
→ Normalmente, resultado de lesão do 
tecido visceral ou somático 
→ Os tipos comuns de dor nociceptiva são a 
dor da artrite, a dor mecânica nas costas ou 
a dor pós-cirúrgica 
Dor Inflamatória
→ Uma inflamação anormal causada por 
uma resposta inadequada do sistema 
imunológico do corpo 
→ As condições nesta categoria incluem 
gota e artrite reumatoide 
 
Dor Neuropática
→ Dor causada por lesões ou doenças que 
afetam o sistema nervoso (SNC ou SNP) 
→ Isso inclui condições como neuropatia, dor 
radicular e neuralgia do trigêmeo 
 
Dor Funcional
→ Dor resultante de desregulação neuronal 
persistente sem necessidade de haver 
identificação do tecido ou nervo afetado 
→ Exemplos de tais condições são 
fibromialgia e síndrome do intestino irritável 
 
Dor Miofascial
→ Regional 
→ Piora com movimento dos músculos 
antingidos 
→ Melhora com repouso ou alongamento do 
músculo 
→ Pode haver dor local ou irradiada e 
imprecisa 
→ É mais que um tipo de dor: é um 
componente de toda a dor 
 
 
 
 
 
 
 
Anamnese
→ Local 
→ Início 
→ Tipo 
→ Duração 
→ Intensidade 
→ Irradiação 
→ Fator de melhora/piora 
→ Sinais e sintomas associados 
→ Tratamentos já realizados 
 
 
Lesão Muscular
→ As lesões musculares podem ser causadas 
por contusões, estiramentos ou lacerações. 
→ Mais de 90% de todas as lesões 
relacionadas ao esporte são contusões ou 
estiramento 
 
Fase 1 
• Destruição: caracterizada pela ruptura e 
posterior necrose das miofibrilas, pela 
formação do hematoma no espaço 
formado entre o músculo roto e pela 
proliferação de células inflamatórias 
 
Fase 2 
• Reparo e remodelação: consiste na 
fagocitose do tecido necrótico, na 
regeneração das miofibrilas e na produção 
concomitante do tecido cicatricial 
conectivo, assim como a neoformação 
vascular e crescimento neural 
 
Fase 3 
• Remodelação: período de maturação das 
miofibrilas regeneradas, de contração e de 
reorganização do tecido cicatricial e da 
recuperação da capacidade funcional 
muscular 
 
→ O tratamento imediato para a lesão do 
músculo esquelético ou qualquer tecido de 
partes moles é conhecido como princípio 
PRICE (Proteção, Repouso, Gelo ou Ice, 
Compressão e Elevação) 
→ A justificativa do uso do princípio PRICE é 
por ele ser muito prático, visto que as cinco 
medidas clamam por minimizar o 
sangramento do sítio da lesão 
Avaliação da Dor
Escala Visual Analógica 
→ 0: sem dor 
→ 10: pior dor imaginável 
 Leve: 0-2 
 Moderada: 3-7 
 Intensa: 8-10 
 
 
LANSS 
→ Leeds Assessment of Neurophatic 
Symptoms and Signs 
→ Escore < 8 – nociceptiva 
→ Escore > 16 – neuropática 
 
 
Avaliação da Dor em Idosos
→ Subnotificada 
→ Dor pode mascarar alterações agudas 
→ Redução da acuidade visual e auditiva 
pode dificultar a comunicação 
 
 
Etiologias
→ Enxaqueca: agudo x crônico 
→ Fibromialgia: pontos dolorosos + fadiga + 
alteração do sono e humor 
→ Distensões 
→ Hérnia: dor irradiada no trajeto nervoso 
pinçado 
→ Espondilolistese: melhora ao repouso 
 
 
 
Contexto Clinico e Social
→ Sono 
→ Trabalho 
→ Enfrentamento da dor 
→ Família e amigos 
Tratamento
Dor Nociceptiva 
• Responsiva a AINEs, ANO (analgésicos não 
opioides), opioides e corticoides 
 
Dor Neuropática 
• Responsiva a antiepiléticos, tricíclicos e ISRS 
 
Dor Nociplastica 
• Responsiva a antiepiléticos, tricíclicos e ISRS 
 
→ Escala de analgesia OMS 
 Dor leve: degrau 1 → analgésico 
simples (dipirona, paracetamol, AINEs..) 
 Dor moderada: degrau 2 → opioide 
fraco (tramadol ou codeína) + 
analgésico simples 
 Dor intensa: degrau 3 → opioide forte 
(morfina, oxicodona, metadona ou 
fentanil) + analgésico simples 
→ Obs: analgésicos podem ser associados a 
fármacos adjuvantes (antidepressivos e 
anticonvulsivantes) 
 
→ Analgésicos: dipirona e paracetamol 
→ Anti-inflamatórios: AAS e ibuprofeno 
→ Opioides fracos: codeína 
→ Opioides fortes: morfina e metadona 
→ Antidepressivos: amitriptilina, nortriptilina e 
clomipramina 
→ Anticonvulsivantes: fenitoína, 
carbamazepina, gabapentina e ácido 
valpróico 
→ Adjuvantes: antidepressivos (tricíclicos / 
amitriptilina / fluoxetina) e antiepiléticos 
(pregabalina) 
 
→ Alongamento 
→ Atividade física regular 
→ Frio ou calor local 
→ Ações corretivas e orientações posturais 
(ex: altura do travesseiro) 
→ Fisioterapia 
→ Psicoterapia 
→ Acupuntura 
→ Técnicas de relaxamento / meditação 
→ Agulhamento seco e úmido de pontos-
gatilho 
→ Inativação de pontos-gatilho 
→ Infiltrações 
→ Bloqueio para-espinhoso 
→ TCC e terapia de resolução de problemas

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