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Caderno de Jurisprudência

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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES 
 
 
RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ 
 
TURMA 3 - SEMANA 01 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
 
SEMANA 05 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
3 
 
COMO UTILIZAR O MATERIAL 
 
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por 
meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de 
dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e 
estude o informativo na íntegra. 
 
Sumário 
Sumário ......................................................................................................................................... 3 
SEMANA 05 ................................................................................................................................... 4 
3.4. Foro por Prerrogativa de Função: ............................................................................................ 4 
4. PRISÃO E LIBERDADE: ................................................................................................................ 8 
4.1. Prisão em Flagrante: .............................................................................................................. 8 
4.2. Prisão Preventiva: .................................................................................................................. 8 
4.3. Prisão Domiciliar do CPP: ...................................................................................................... 13 
4.4. Outros Temas: ..................................................................................................................... 15 
5. PROCEDIMENTO: ..................................................................................................................... 19 
5.1. Audiência de Custódia: ......................................................................................................... 19 
5.2 Procedimento Previsto na Lei nº 8.038/90: ............................................................................. 19 
5.3 Temas Diversos: ................................................................................................................... 20 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
4 
SEMANA 05 
 
3.4. Foro por Prerrogativa de Função: 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Compete ao Superior Tribunal de Justiça, para os fins preconizados pela regra do foro por prerrogativa de 
função, processar e julgar governador em exercício que deixou o cargo de vice-governador durante o 
mesmo mandato, quando os fatos imputados digam respeito ao exercício das funções no âmbito do Poder 
Executivo estadual. 
STJ. QO no AgRg na APn 973-RJ, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Rel. para acórdão Ministro Luis Felipe Salomão, Corte Especial, por maioria, 
julgado em 3/5/2023. (Info 775). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A superveniente aposentadoria da autoridade detentora do foro por prerrogativa de função cessa a 
competência do Superior Tribunal de Justiça para o processamento e julgamento do feito. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Francisco Falcão, Corte Especial, por unanimidade, julgado em 7/12/2022, DJe 16/12/2022. (Info 
762). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A prerrogativa de foro não se estende a terceiro que compartilhe imóvel com autoridade não investigada. 
Nota: No caso, considerando que o detentor de foro por prerrogativa de função não é objeto da investigação, 
não há razão para se estender a terceiro a prerrogativa de foro, ainda que compartilhem o mesmo domicílio. 
A respeito do tema, o STF também já decidiu que a prerrogativa de foro se relaciona à autoridade, e não à 
titularidade de um imóvel. No julgamento da Reclamação 36.956/SP, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, 
ficou definido que a questão central para validar a admissibilidade da diligência é a incomunicabilidade do 
seu resultado com o titular da prerrogativa de foro. 
STJ. Processo sob segredo de justiça, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 25/10/2022, DJe 
7/11/2022. (Info 759). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
NO CONCURSO SERÁ COBRADO DA SEGUINTE FORMA... 
Não sendo o crime praticado em razão e durante o exercício do cargo ou função, as regras 
de competência não são alteradas pela superveniente posse no cargo de Prefeito Municipal. 
REsp 1.982.779-AC, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 
14/09/2022, DJe 20/09/2022. (Info 755). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É inconstitucional, por violação ao princípio da simetria, norma de Constituição Estadual que confere foro por 
prerrogativa de função a autoridades que não guardam semelhança com as que o detém na esfera federal. 
Nota: Julgado se refere a “Reitores de Universidades Públicas” e “Diretores Presidentes das entidades da 
Administração Estadual Indireta.” 
⇾ Mesmo sentido: 
• É inconstitucional norma de constituição estadual que estende o foro por prerrogativa de função a 
autoridades não contempladas pela Constituição Federal de forma expressa ou por simetria. STF. Plenário. 
ADI 6501/PA, ADI 6508/RO, ADI 6515/AM e ADI 6516/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 20/8/2021 
(Info 1026). 
A CF/88 não previu foro por prerrogativa de função aos Vereadores e aos Vice-prefeitos. STF. Plenário. ADI 
558/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/04/2021. 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
5 
• É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função para 
Defensores Públicos e Procuradores do Estado. Info. 1000, STF. 
• É inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere foro por prerrogativa de função, no 
Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado, Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de 
Polícia. STF, Info 940. 
STF. ADI 6511/RR, relator Min. Dias Toffoli, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022. (Info 1067) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A competência penal originária do STF para processar e julgar parlamentares alcança os congressistas 
federais no exercício de mandato em casa parlamentar diversa daquela em que consumada a hipotética 
conduta delitiva, desde que não haja solução de continuidade. 
Nota: Mandato cruzado. 
STF. Precedente: AP 937 QO Inq 4342 QO/PR, relator Min. Edson Fachin, julgamento virtual finalizado em 1º.4.2022 (Info 1049). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A competência para o julgamento de crime praticado por Promotor de Justiça, em contexto que não guarda 
relação com as atribuições do cargo, é do Tribunal de Justiça, revelando-se inviável a extensão do 
entendimento exarado pelo STF na QO na AP 937. 
STJ. 5ª Turma. HC 684.254-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, Quinta Turma, julgado em 23/11/2021, DJe 29/11/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É indispensável a existência de prévia autorização judicial para a instauração de inquérito ou outro 
procedimento investigatório em face de autoridade com foro por prerrogativa de função em Tribunal de 
Justiça. 
STJ. 6ª Turma. HC 653.515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/11/2021 (Info 720). 
No mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 201965/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 30/11/2021 (Info 1040). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar os delitos comuns, não relacionados com o 
cargo, em tese praticados por Promotoresde Justiça. 
Nota: considerando que a previsão da prerrogativa de foro da Magistratura e do Ministério Público encontra-
se descrita no mesmo dispositivo constitucional (art. 96, III, da CF/88), seria desarrazoado conferir-lhes 
tratamento diferenciado. 
STJ. 3ª Seção. CC 177.100-CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 08/09/2021 (Info 708). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Depois de anos sendo investigado em inquérito que tramitava no STF, o Ministro Relator declinou a 
competência para apurar os crimes porque os fatos ocorreram antes de o investigado ser Deputado Federal; 
logo, aplica-se o entendimento firmado na AP 937 QO. 
Nota: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo 
e relacionados às funções desempenhadas. Após o final da instrução processual, com a publicação do 
despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações 
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que 
ocupava, qualquer que seja o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 
03/05/2018 (Info 900). 
Pet 7716 AgR/DF, rel. Min. Edson Fachin, julgamento em 18.2.2020. (Pet-7716) – (Info 967-STF) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Senador que pratica corrupção passiva que não está relacionada com seu cargo e que não ofende bens, 
serviços ou interesse da União, deverá ser julgado em 1ª instância pela justiça comum estadual. 
STF. 1ª Turma. Inq 4624 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/10/2019. (Info 955). 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202102448354%27.REG.
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=7716&classe=Pet&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
6 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Eventual nulidade decorrente da inobservância da prerrogativa de foro não se estende aos agentes que não 
se enquadrem nessa condição. 
A usurpação da competência do STF não contamina os elementos probatórios colhidos no que se refere aos 
investigados que não possuem foro por prerrogativa de função. 
STF. Plenário. Rcl 25537/DF e AC 4297/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 26/6/2019. (Info 945) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
STJ não é competente para julgar crime praticado por Governador no exercício do mandato se o agente 
deixou o cargo e atualmente voltou a ser Governador por força de uma nova eleição. 
Nota: o foro de prerrogativa exige contemporaneidade e pertinência temática entre os fatos em apuração e 
exercício da função pública. 
STJ. Corte Especial. QO na APn 874-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2019. (Info 649) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A prorrogação do foro por prerrogativa de função só ocorre se houve reeleição, não se aplicando em caso de 
eleição para um novo mandato após o agente ter ficado sem ocupar função pública. 
1ª Turma. RE 1185838/SP, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2019. (Info 940) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O STF entende que o recebimento de doação ilegal destinado à campanha de reeleição ao cargo de Deputado 
Federal é um crime relacionado com o mandato parlamentar. Logo, a competência é do STF. Além disso, 
mostra-se desimportante a circunstância de este delito ter sido praticado durante o mandato anterior, 
bastando que a atual diplomação decorra de sucessiva e ininterrupta reeleição. 
STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019. (Info 933) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Se os fatos criminosos que teriam sido supostamente cometidos pelo Deputado Federal não se relacionam 
ao exercício do mandato, a competência para julgá-los não é do STF. 
Nota: Isso porque o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o 
exercício do cargo e relacionado às funções desempenhadas (STF AP QO/RJ, Min. Barroso, julgado em 
03/05/2018). 
STF. 1ª Turma. Inq 4619 AgR-segundo/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019. (Info 931) 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Com a decisão proferida pelo STF, em 03/05/2018, na AP 937 QO/RJ, todos os inquéritos e processos 
criminais que estavam tramitando no Supremo envolvendo crimes não relacionados com o cargo ou com 
a função desempenhada pela autoridade, foram remetidos para serem julgados em 1ª instância. 
Nota: Isso porque o STF definiu, como 1ª tese, que “o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes 
cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas”. O entendimento acima não se 
aplica caso a instrução já tenha se encerrado. Em outras palavras, se a instrução processual já havia terminado, mantém-
se a competência do STF para o julgamento de detentores de foro por prerrogativa de função, ainda que o processo 
apure um crime que não está relacionado com o cargo ou com a função desempenhada. Isso porque o STF definiu, como 
2ª tese, que “após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de 
alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o agente público 
vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.” 
STF. 1ª Turma. AP 962/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 16/10/2018. (Info 920) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O Superior Tribunal de Justiça é o tribunal competente para o julgamento nas hipóteses em que, não fosse 
a prerrogativa de foro (art. 105, I, da CF/88), o desembargador acusado houvesse de responder à ação 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
7 
penal perante juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo tribunal. Assim, mesmo que o crime cometido 
pelo Desembargador não esteja relacionado com as suas funções, ele será julgado pelo STJ se a remessa 
para a 1ª instância significar que o réu seria julgado por um juiz de primeiro grau vinculado ao mesmo 
tribunal que o Desembargador. A manutenção do julgamento no STJ tem por objetivo preservar a isenção 
(imparcialidade e independência) do órgão julgador. 
STJ. Corte Especial. QO na APn 878-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/11/2018. (Info 639) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Em regra, a autoridade com foro por prerrogativa de função pode ser indiciada. Existem duas exceções 
previstas em lei de autoridades que não podem ser indiciadas: a) Magistrados (art. 33, parágrafo único, da 
LC 35/79); b) Membros do Ministério Público (art. 18, parágrafo único, da LC 75/93 e art. 41, parágrafo 
único, da Lei nº 8.625/93). Excetuadas as hipóteses legais, é plenamente possível o indiciamento de 
autoridades com foro por prerrogativa de função. No entanto, para isso, é indispensável que a autoridade 
policial obtenha uma autorização do Tribunal competente para julgar esta autoridade. 
Nota: O ato de indiciamento é privativo da autoridade policial (Lei nº 12.830/2013, art. 2º, § 6º). O Ministro 
Relator irá apenas autorizar que o Delegado realize o indiciamento. 
Nota: há decisão MONOCRÁTICA mais recente em sentido contrário: 
De acordo com o Plenário do STF, é nulo o indiciamento de detentor de prerrogativa de foro, realizado por 
Delegado de Polícia, sem que a investigação tenha sido previamente autorizada por Ministro-Relator do STF 
(Pet 3.825-QO, Red. p/o Acórdão Min. Gilmar Mendes). 
Diversa é a hipótese em que o inquérito foi instaurado com autorização e tramitou, desde o início, sob 
supervisão de Ministro do STF, tendo o indiciamento ocorrido somente no relatório final do inquérito. 
Nesses casos, o indiciamento é legítimo e independede autorização judicial prévia. 
STF. Decisão monocrática. Inq 4621, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 23/10/2018. 
STF. Decisão monocrática. HC 133835 MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 18/04/2016 (Info 825). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Se uma pessoa sem foro por prerrogativa está sendo interceptada por decisão do juiz de 1ª instância e ela 
liga para uma autoridade com foro (ex: Promotor de Justiça), a gravação desta conversa não é ilícita. Isso 
porque se trata de encontro fortuito de provas (encontro fortuito de crimes), também chamado de 
serendipidade ou crime achado. Se, após essa ligação, o Delegado ainda demora três dias para comunicar 
o fato às autoridades competentes para apurar a conduta do Promotor, este tempo não é considerado 
excessivo, tendo em vista a dinâmica que envolve as interceptações telefônicas. Assim, o STF decidiu que 
a prerrogativa de foro de membro do Ministério Público é preservada quando a possível participação deste 
em conduta criminosa é comunicada com celeridade ao Procurador-Geral de Justiça. Tais gravações, por 
serem lícitas, podem servir como fundamento para que o CNMP aplique sanção de aposentadoria 
compulsória a este Promotor. 
STF. 1ª Turma. MS 34751/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2018. (Info 911) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A iminente prescrição do crime praticado por Desembargador excepciona o entendimento consolidado na 
APn 937 - o foro por prerrogativa de função é restrito a crimes cometidos ao tempo do exercício do cargo 
e que tenham relação com o cargo - e prorroga a competência do Superior Tribunal de Justiça. 
STJ. Corte Especial. QO na APn 703-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 01/08/2018. (Info 630) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As hipóteses de foro por prerrogativa de função perante o STJ restringem-se àquelas em que o crime for 
praticado em razão e durante o exercício do cargo ou função. 
STJ AgRg na APn 866-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 20/06/2018, DJe 03/08/2018. 
 
 
 
 
 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=APn866
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
8 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de função 
devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados 
durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o 
indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser 
julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o 
crime tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com 
as funções exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: 
O FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO APLICA-SE APENAS AOS CRIMES 
COMETIDOS DURANTE O EXERCÍCIO DO CARGO E RELACIONADOS ÀS FUNÇÕES 
DESEMPENHADAS. APÓS O FINAL DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL, COM A 
PUBLICAÇÃO DO DESPACHO DE INTIMAÇÃO PARA APRESENTAÇÃO DE 
ALEGAÇÕES FINAIS, A COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR AÇÕES PENAIS 
NÃO SERÁ MAIS AFETADA EM RAZÃO DE O AGENTE PÚBLICO VIR A OCUPAR 
OUTRO CARGO OU DEIXAR O CARGO QUE OCUPAVA, QUALQUER QUE SEJA O 
MOTIVO. 
STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018. (Info 900) 
 
 
4. PRISÃO E LIBERDADE: 
 
4.1. Prisão em Flagrante: 
 
Veja “Audiência de Custódia” 
 
 
4.2. Prisão Preventiva: 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
Na análise do cabimento da prisão preventiva de pessoas em situação de rua, além dos requisitos legais 
previstos no Código de Processo Penal, o magistrado deve observar as recomendações constantes da 
Resolução n. 425 do CNJ, e, caso sejam fixadas medidas cautelares alternativas, aquela que melhor se adequa 
a realidade da pessoa em situação de rua. 
Nota: A questão referente a pessoas em situação de rua é complexa, demanda atuação conjunta e 
intersetorial, e o cárcere, em situações como a que se apresenta nos autos, não se mostra como solução 
adequada. Cabe aos membros do Poder Judiciário, ainda que atuantes somente no âmbito criminal, um olhar 
atento a questões sociais atinentes aos réus em situação de rua, com vistas à adoção de medidas pautadas 
sempre no princípio da legalidade, mas sem reforçar a invisibilidade desse grupo populacional.STJ. HC 772.380-
SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 08/11/2022, DJe 16/11/2022. (Info 757). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Estando o advogado em cela individual, sem registro de eventual inobservância das condições mínimas de 
salubridade e dignidade humanas, não se configura constrangimento ilegal em razão das instalações em 
que se encontra recolhido. 
STJ. AgRg no HC 765.212-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/09/2022, DJe 04/10/2022. 
(Info 753). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
9 
A necessidade de interrupção do ciclo delitivo de associações e organizações criminosas é fundamento 
idôneo para justificar a custódia cautelar e a garantia da ordem pública. 
STJ. 6ª Turma. HC 730.721-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 23/08/2022 (Info 746). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A mera imputação da prática dos crimes previstos na Lei n. 12.850/2013, em decorrência de operação 
envolvendo compra ou venda de criptomoedas, por si só, não justifica a imposição automática da custódia 
prisional. 
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta 
Turma, por maioria, julgado em 21/06/2022, DJe 29/06/2022. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A mera circunstância de o agente ter sido denunciado em razão dos delitos descritos na Lei n. 12.850/2013 
não justifica a imposição automática da prisão preventiva, devendo-se avaliar a presença de elementos 
concretos, previstos no art. 312 do CPP. 
Nota: No que concerne à prisão preventiva, é cediço que a segregação cautelar é medida de exceção, 
devendo estar fundamentada em dados concretos, quando presentes indícios suficientes de autoria e provas 
de materialidade delitiva e quando demonstrada sua imprescindibilidade, nos termos do art. 312 do CPP. 
Dado seu caráter excepcional, deve ainda estar evidenciada a insuficiência de outras medidas cautelares, 
arroladas no art. 319 do CPP. 
Conquanto os tribunais superiores admitam a prisão preventiva para interrupção da atuação de integrantes 
de organização criminosa, a mera circunstância de o agente ter sido denunciado pelos delitos descritos na 
Lei n. 12.850/2013 não justifica a imposição automática da custódia prisional. 
STJ. HC 708.148-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 05/04/2022. (Info 
732). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Quando o acusado encontrar-se foragido, não há o dever de revisão ex officio da prisão preventiva, a cada 
90 dias, exigida pelo art. 316, parágrafo único, do Código de Processo Penal. 
Nota: Mediante interpretação teleológica de viés objetivo - a qual busca aferir o fim da lei, e não a suposta 
vontade do legislador, visto que aquela pode ser mais sábia do que este -, a finalidade da norma que impõe 
o dever de reexame ex officio buscar evitar o gravíssimo constrangimento experimentado por quem, estando 
preso, sofre efetiva restrição à sua liberdade, isto é, passa pelo constrangimentoda efetiva prisão, que é 
muito maior do que aquele que advém da simples ameaça de prisão. Não poderia ser diferente, pois somente 
gravíssimo constrangimento, como o sofrido pela efetiva prisão, justifica o elevado custo despendido pela 
máquina pública com a promoção desses numerosos reexames impostos pela lei. 
Com efeito, não seria razoável ou proporcional obrigar todos os Juízos criminais do país a revisar, de ofício, 
a cada 90 dias, todas as prisões preventivas decretadas e não cumpridas, tendo em vista que, na prática, há 
réus que permanecem foragidos por anos. 
STJ. RHC 153.528-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 29/03/2022, DJe 01/04/2022. 
(Info 731). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não se justifica a prisão preventiva se, considerando o modus operandi dos delitos, a imposição da cautelar 
de proibição do exercício da medicina e de suspensão da inscrição médica, e outras que o Juízo de origem 
entender necessárias, forem suficientes para prevenção da reiteração criminosa e preservação da ordem 
pública. 
STJ. 5ª Turma. HC 699.362-PA, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, julgado 
em 08/03/2022 (Info 728). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
 
 
 
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O transcurso do prazo previsto no parágrafo único do art. 316 do Código de Processo Penal não acarreta, 
automaticamente, a revogação da prisão preventiva e, consequentemente, a concessão de liberdade 
provisória. 
A exigência da revisão nonagesimal quanto à necessidade e adequação da prisão preventiva aplica-se até o 
final dos processos de conhecimento. 
Nota: O parágrafo único do art. 316 do CPP se aplica para: 
• o juízo em 1ª instância: SIM 
• o TJ ou TRF: SIM (tanto nos processos de competência originária do TJ/TRF – foro por prerrogativa de função 
– como também durante o tempo em que se aguarda o julgamento de eventual recurso interposto contra 
decisão de 1ª instância). 
• o STJ/STF: em regra, não. Encerrado o julgamento de segunda instância, não se aplica o art. 316, parágrafo 
único, do CPP. 
Exceção: caso se trate de uma ação penal de competência originária do STJ/STF. 
Em conclusão, o art. 316, parágrafo único, do CPP aplica-se: 
a) até o final dos processos de conhecimento, onde há o encerramento da cognição plena pelo Tribunal de 
segundo grau; 
b) nos processos onde houver previsão de prerrogativa de foro. Por outro lado, o art. 316, parágrafo único, 
do CPP não se aplica para as prisões cautelares decorrentes de sentença condenatória de segunda instância 
ainda não transitada em julgado. 
O art. 316, parágrafo único, do CPP aplica-se até o final do processo de conhecimento, o que se encerra com 
a cognição plena pelo Tribunal de segundo grau. 
Assim, nos casos em que se aguarda o julgamento da apelação, o TJ ou TRF têm a obrigação de revisar 
periodicamente a prisão, nos termos do art. 316, parágrafo único, do CPP. 
STF. Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Alexandre de 
Moraes, julgados em 8/3/2022 (Info 1046). 
⚠ Memorize o que vale atualmente: o parágrafo único do art. 316 do CPP também se aplica para os Tribunais 
de Justiça e Tribunais Regionais Federais. 
STF. Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes, julgados em 8/3/2022 (Info 
1046). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A determinação do magistrado pela cautelar máxima, em sentido diverso do requerido pelo Ministério 
Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser considerada como atuação ex officio. 
Nota: Essa situação envolve três interessantes temas: 
 1) É possível atualmente que o juiz decrete, de ofício, a prisão preventiva? Não. Após o advento da Lei nº 
13.964/2019 (Pacote Anticrime), não é mais possível a conversão da prisão em flagrante em preventiva sem 
provocação por parte ou da autoridade policial, do querelante, do assistente, ou do Ministério Público. 
2) É possível que o juiz decrete, de ofício, a prisão preventiva do indivíduo nos casos de violência doméstica 
com base art. 20 da Lei Maria da Penha? Não. O art. 20 da Lei Maria da Penha não é uma exceção à regra 
acima exposta. A proibição de decretação da prisão preventiva de ofício também se estende para o art. 20 
da Lei Maria da Penha. Se você reparar o art. 20 da Lei nº 11.340/2006 ele continua dizendo, textualmente, 
que o juiz pode decretar a prisão preventiva de ofício nos casos envolvendo violência doméstica. Ocorre que 
esse art. 20 da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) destoa do atual regime jurídico. A atuação do juiz de 
ofício é vedada independentemente do delito praticado ou de sua gravidade, ainda que seja de natureza 
hedionda, e deve repercutir no âmbito da violência doméstica e familiar. 
 3) Se o MP pediu a aplicação de medida cautelar diversa da prisão, o juiz está autorizado a decretar a prisão? 
Sim. A decisão que decreta a prisão preventiva, desde que precedida da necessária e prévia provocação do 
Ministério Público, formalmente dirigida ao Poder Judiciário, mesmo que o magistrado decida pela cautelar 
pessoal máxima, por entender que apenas medidas alternativas seriam insuficientes para garantia da ordem 
 
 
 
 
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11 
pública, não deve ser considerada como de ofício. Isso porque uma vez provocado pelo órgão ministerial a 
determinar uma medida que restrinja a liberdade do acusado em alguma medida, deve o juiz poder agir de 
acordo com o seu convencimento motivado e analisar qual medida cautelar pessoal melhor se adequa ao 
caso. Impor ou não cautelas pessoais, de fato, depende de prévia e indispensável provocação. Entretanto, a 
escolha de qual delas melhor se ajusta ao caso concreto há de ser feita pelo juiz da causa. Entender de forma 
diversa seria vincular a decisão do Poder Judiciário ao pedido formulado pelo Ministério Público, de modo a 
transformar o julgador em mero chancelador de suas manifestações, ou de lhe transferir a escolha do teor 
de uma decisão judicial. 
⚠ ATENÇÃO! EM SENTIDO CONTRÁRIO -Se o requerimento do Ministério Público limita-se à aplicação de 
medidas cautelares ao preso em flagrante, é vedado ao juiz decretar a medida mais gravosa - prisão 
preventiva -, por configurar uma atuação de ofício. STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 754.506-MG, Rel. Min. 
Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 16/08/2022, DJe 22/08/2022. 
STJ. 6ª Turma. RHC 145.225-RO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/02/2022 (Info 725). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É idônea a fundamentação do decreto prisional assentada na periculosidade do agente, evidenciada 
pelo modus operandi, e na necessidade de interromper atuação de líder de organização criminosa voltada 
para a prática de crimes informáticos. 
STJ. HC 574.573-RJ, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 22/06/2021, DJe 28/06/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A complexidade da causa penal e o caráter multitudinário do feito (dezoito réus, no caso), justificam uma 
maior duração do processo, salvo quando eventual retardamento se dê em virtude da inércia do Poder 
Judiciário, fato já afastado no presente caso. 
STF. 2ª Turma. AgRg no HC 199.238, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 14/06/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é possível que o juiz, de ofício, decrete a prisão preventiva; vale ressaltar, no entanto, que, se logo 
depois de decretar, a autoridade policial ou o MP requererem a prisão, o vício de ilegalidade que maculava 
a custódia é suprido. 
Nota: O que acontece se o juiz decretar a prisão preventiva de ofício (sem requerimento)? 
• Regra:a prisão deverá ser relaxada por se tratar de prisão ilegal. 
• Exceção: se, após a decretação, a autoridade policial ou o Ministério Público requererem a prisão, o vício 
de ilegalidade que maculava a custódia é suprido (convalidado) e a prisão não será relaxada. O posterior 
requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou manifestação do Ministério Público 
favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da formalidade de prévio requerimento. 
STJ. 5ª Turma. AgRg RHC 136.708/MS, Rel. Min. Felix Fisher, julgado em 11/03/2021. (Info 691) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é possível a decretação “ex officio” de prisão preventiva em qualquer situação (em juízo ou no curso de 
investigação penal), inclusive no contexto de audiência de custódia, sem que haja, mesmo na hipótese da 
conversão a que se refere o art. 310, II, do CPP, prévia, necessária e indispensável provocação do Ministério 
Público ou da autoridade policial. 
Nota: Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, e do art. 311, 
ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva sem o prévio ‘requerimento das 
partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante 
requerimento do Ministério Público’, não mais sendo lícito, portanto, com base no ordenamento jurídico 
vigente, a atuação ‘ex officio’ do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade. A 
interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz dos arts. 282, § 2º, e 311, significando que se 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22754506%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22754506%22%29.suce.
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tornou inviável, mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante 
de qualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal 
provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do 
assistente do MP. 
STJ. 5ª Turma. HC 590039/GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/10/2020. 
Mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 06/10/2020. STJ. 3ª Seção. RHC 131263, Rel. Min. Sebastião 
Reis Júnior, julgado em 24/02/2021 (Info 686). STF. 2ª Turma. HC 192532 AgR, Rel. Gilmar Mendes, julgado em 24/02/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É cabível prisão preventiva no crime de embriaguez ao volante quando se tratar de réu reincidente com risco 
de reiteração delitiva. 
STJ. 6ª Turma. RHC 132.611/GO, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/02/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica automática 
revogação da prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a reavaliar a legalidade e a 
atualidade de seus fundamentos. 
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (Info 995) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O STJ não concede liberdade para o acusado preso preventivamente sob o argumento de que, ao final, se 
condenado, ele receberá regime diverso do fechado. 
Nota: Assim, não há que se falar em ofensa ao princípio da homogeneidade das medidas cautelares porque 
não cabe ao STJ, em um exercício de futurologia, antecipar a provável colocação da paciente em regime 
aberto/semiaberto ou a substituição da sua pena de prisão por restritiva de direitos. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 559.434/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 19/05/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 539.502/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 19/05/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A manutenção da prisão preventiva exige a demonstração de fatos concretos e atuais que a justifiquem. 
HC 179859 AgR/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 3.3.2020. (HC-179859) (Info 968-STF) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres presas que sejam gestantes, 
puérperas, mães de crianças ou mães de pessoas com deficiência. No entanto, nem toda mãe de criança 
deverá ter direito à prisão domiciliar ou a receber medida alternativa à prisão, porque pode haver situações 
em que o crime é grave e o convívio com a mãe pode prejudicar o desenvolvimento do menor. 
STF. 1ª Turma. HC 168900/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2019. (Info 953). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A liberdade de um indivíduo suspeito da prática de infração penal somente pode sofrer restrições se houver 
decisão judicial devidamente fundamentada, amparada em fatos concretos, e não apenas em hipóteses ou 
conjecturas. A prisão cautelar, portanto, constitui medida de natureza excepcional e não pode ser utilizada 
como instrumento de punição antecipada do réu. 
HC 152676/PR, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 9.4.2019 - (Info 937-STF) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Deve ser concedida a liberdade provisória a réu primário preso preventivamente sob a imputação de 
tráfico de drogas por ter sido encontrado com 887,89 gramas de maconha e R$ 1.730,00. O STF considerou 
genéricas as razões da segregação cautelar do réu. Além disso, reconheceu como de pouca nocividade a 
substância entorpecente apreendida (maconha). Reputou que a prisão de jovens pelo tráfico de pequena 
quantidade de maconha é mais gravosa do que a eventual permanência em liberdade, pois serão 
 
 
 
 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/66cf21351023f60e092be950584699cb?categoria=12&subcategoria=128&assunto=298
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/66cf21351023f60e092be950584699cb?categoria=12&subcategoria=128&assunto=298
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/66cf21351023f60e092be950584699cb?categoria=12&subcategoria=128&assunto=298
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/66cf21351023f60e092be950584699cb?categoria=12&subcategoria=128&assunto=298
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/66cf21351023f60e092be950584699cb?categoria=12&subcategoria=128&assunto=298
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=179859&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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fatalmente cooptados ou contaminados por uma criminalidade mais grave ao ingressarem no ambiente 
carcerário. 
STF. 1ª Turma. HC 140379/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 23/10/2018. (Info 921) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É ilegal a decisão judicial que, ao decretar a prisão preventiva, descreve a conduta do paciente de forma 
genérica e imprecisa. 
STF. 2ª Turma. HC 157.604/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/9/2018. (Info 914) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A prática de contravenção penal, no âmbito de violência doméstica, não é motivo idôneo para justificar a 
prisão preventiva do réu. 
STJ. 6ª Turma. HC 437.535-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/06/2018. (Info 632) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é cabível a substituição da prisão preventiva pela domiciliar quando o crime é praticado na própria 
residência da agente, onde convive com filhos menores de 12 anos. 
STJ. 6ª Turma. HC 441.781-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 12/06/2018. (Info 629) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O STF reconheceu a existência de inúmeras mulheresgrávidas e mães de crianças que estavam cumprindo 
prisão preventiva em situação degradante, privadas de cuidados médicos pré-natais e pós-parto. 
Além disso, não havia berçários e creches para seus filhos. Também se reconheceu a existência, no Poder 
Judiciário, de uma “cultura do encarceramento”, que significa a imposição exagerada e irrazoável de 
prisões provisórias a mulheres pobres e vulneráveis, em decorrência de excessos na interpretação e 
aplicação da lei penal e processual penal, mesmo diante da existência de outras soluções, de caráter 
humanitário, abrigadas no ordenamento jurídico vigente. 
A Corte admitiu que o Estado brasileiro não tem condições de garantir cuidados mínimos relativos à 
maternidade, até mesmo às mulheres que não estão em situação prisional. Diversos documentos 
internacionais preveem que devem ser adotadas alternativas penais ao encarceramento, principalmente 
para as hipóteses em que ainda não haja decisão condenatória transitada em julgado. É o caso, por 
exemplo, das Regras de Bangkok. 
Os cuidados com a mulher presa não se direcionam apenas a ela, mas igualmente aos seus filhos, os quais 
sofrem injustamente as consequências da prisão, em flagrante contrariedade ao art. 227 da Constituição, 
cujo teor determina que se dê prioridade absoluta à concretização dos direitos das crianças e adolescentes. 
STF. 2ª Turma. HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018. (Info 891) 
 
4.3. Prisão Domiciliar do CPP: 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A utilização do próprio filho para a prática de crimes, por se tratar de situação de risco ao menor, obsta a 
concessão de prisão domiciliar. 
STJ. AgRg no HC 798.551-PR, Rel. Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 
28/2/2023. (Info 765). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A concessão de prisão domiciliar às genitoras de menores de até 12 anos incompletos não está condicionada 
à comprovação da imprescindibilidade dos cuidados maternos, que é legalmente presumida. 
STJ. 5a Turma. AgRg no HC 731.648-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado 
em 07/06/2022, DJe 23/06/2022. (Info 742). 
 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22731648%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22731648%22%29.suce.
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A apreensão de grande quantidade e variedade de drogas não impede a concessão da prisão domiciliar à 
mãe de filho menor de 12 anos se não demonstrada situação excepcional de prática de delito com violência 
ou grave ameaça ou contra seus filhos, nos termos do art. 318-A, I e II, do CPP. 
Nota: Isso porque, o fundamento relacionado à apreensão de grande quantidade e variedade de 
entorpecentes não impede a concessão da prisão domiciliar se não demonstrados outros motivos que 
evidenciam que a conduta praticada representa risco à ordem pública, como indícios de comércio ilícito no 
local em que a agente cria os menores, nos termos da jurisprudência desta Corte. 
STJ. AgRg no HC 712.258-SP, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 
29/03/2022, DJe 01/04/2022 (Info 733). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Excepcionalmente, admite-se a concessão da prisão domiciliar às presas dos regimes fechado ou semiaberto 
quando verificado pelo juízo da execução penal, no caso concreto, a proporcionalidade, adequação e 
necessidade da medida, e que a presença da mãe seja 
imprescindível para os cuidados da criança ou pessoa com deficiência, não sendo caso de crimes praticados 
por ela mediante violência ou grave ameaça contra seus descendentes. 
Nota: 
⚠ Mas CUIDADO! É possível aplicar a decisão do STF no HC 143641/SP ou o art. 318-A do CPP para os casos 
de cumprimento definitivo da pena em que a acusada foi condenada aos regimes fechado ou semiaberto? A 
jurisprudência está dividida: 
• STF: não. Não é possível a concessão de prisão domiciliar para condenada gestante ou que seja mãe ou 
responsável por crianças ou pessoas com deficiência se já houver sentença condenatória transitada em 
julgado e ela não preencher os requisitos do art. 117 da LEP. 
• Em caso de execução definitiva da pena, a prisão domiciliar deve observar o que dispõe o art. 117 da LEP. 
Não se aplica o que o STF decidiu no HC 143.641/SP nem tampouco o art. 318-A do CPP, que se referem 
exclusivamente a prisão cautelar. STF. 1ª Turma. HC 177164/PA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 
18/2/2020 (Info 967). STF. 1ª Turma. HC 185404 AgR, Rel. Rosa Weber, julgado em 23/11/2020. 
STJ. 3ª Seção. RHC 145.931-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 09/03/2022 (Info 728). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Período em que o indivíduo esteve em prisão domiciliar deve ser considerado para fins de detração da pena. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no AgRg nos EDcl no HC 442.538/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 05/03/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Tem direito à substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar os pais, caso sejam os únicos 
responsáveis pelos cuidados de menor de 12 anos ou de pessoa com deficiência, bem como outras pessoas 
presas, que não sejam a mãe ou o pai, se forem imprescindíveis aos cuidados especiais de pessoa menor de 
6 anos ou com deficiência desde que observados os requisitos do art. 318 do Código de Processo Penal e não 
praticados crimes mediante violência ou grave ameaça ou contra os próprios filhos ou dependentes. 
Nota: Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se: 
1) a mulher tiver praticado crime mediante violência ou grave ameaça; 
2) a mulher tiver praticado crime contra seus descendentes (filhos e/ou netos); 
3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes 
que denegarem o benefício. 
STF. 2ª Turma. HC 143641/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018 (Info 891). 
Lei nº 13.769/2018, Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável 
por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que: I - não tenha 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22712258%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22712258%22%29.suce.
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/52fc2aee802efbad698503d28ebd3a1f?categoria=12&subcategoria=128&assunto=299
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cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou 
dependente. 
STF. 2ª Turma. HC 165704/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 20/10/2020. (Info 996) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Qualquer prisão processual deve ser detraída da pena final imposta, não importa o local de seu cumprimento 
- cadeia, domicílio ou hospital -, devendo, portanto, a decisão ser mantida por seus próprios fundamentos. 
Assim, mesmo o tempo em que o indivíduo ficou em prisão domiciliar também deve ser detraído do tempo 
total de pena. 
Nota: O cumprimento de prisão domiciliar, por comprometer o status libertatis da pessoa humana, deve ser 
reconhecido como pena efetivamente cumprida para fins de detração da pena, em homenagem ao princípio 
da proporcionalidade e em apreço ao princípio do non bis in idem. STJ. 5ª Turma. HC 459.377/RS, Rel. Min. 
Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 04/09/2018. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no AgRg nos EDcl no HC 442.538/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 05/03/2020.No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A prisão domiciliar do art. 318 do CPP só se aplica para os casos de prisão preventiva, não podendo ser 
utilizado quando se tratar de execução definitiva de título condenatório (sentença condenatória transitada 
em julgado). 
Nota: Não é possível a concessão de prisão domiciliar para condenada gestante ou que seja mãe ou 
responsável por crianças ou pessoas com deficiência se já houver sentença condenatória transitada em 
julgado e ela não preencher os requisitos do art. 117 da LEP. 
HC 177164/PA, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 18.2.2020. (HC-177164) – (Info 967-STF) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Em um caso concreto, o STF entendeu que deveria conceder prisão humanitária (art. 318, II, do CPP) ao 
réu tendo em vista o alto risco de saúde, a grande possibilidade de desenvolver infecções no cárcere e a 
impossibilidade de tratamento médico adequado na unidade prisional ou em estabelecimento hospitalar 
— tudo demonstrado satisfatoriamente no laudo pericial. Considerou-se que a concessão da medida era 
necessária para preservar a integridade física e moral do paciente, em respeito à dignidade da pessoa 
humana (art. 1º, III, da CF). 
STF. 2ª Turma. HC 153961/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/3/2018. (Info 895) 
 
4.4. Outros Temas: 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É incompatível com a Constituição Federal de 1988 — por ofensa ao princípio da isonomia (CF/1988, arts. 3º, 
IV; e 5º, “caput”) — a previsão contida no inciso VII do art. 295 do Código de Processo Penal (CPP) que 
concede o direito a prisão especial, até decisão penal definitiva, a pessoas com diploma de ensino superior. 
STF. ADPF 334/DF, relator Ministro Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 31.3.2023. (Info 1089) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A escolha pelo Magistrado de medidas cautelares pessoais, em sentido diverso das requeridas pelo 
Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo ofendido, não pode ser considerada como atuação ex 
officio. 
Nota: In casu, na audiência de custódia, o Ministério Público manifestou-se pela concessão de liberdade 
provisória mediante o pagamento de fiança. O Juízo singular acolheu o pleito e fixou, também, a medida de 
recolhimento domiciliar em período noturno e nos dias de folga. 
 
 
 
 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=177164&classe=HC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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A determinação do magistrado, em sentido diverso do requerido pelo Ministério Público, pela autoridade 
policial ou pelo ofendido, não pode ser considerada como atuação ex officio, uma vez que lhe é permitido 
operar conforme os ditames legais, desde que previamente provocado, no exercício de sua jurisdição. 
Não há que se falar em ofensa ao princípio acusatório ou ao da correlação, porquanto, depois de 
devidamente provocado é o juízo que tem a responsabilidade de analisar a suficiência das medidas cautelares 
à luz do caso concreto, sempre com vistas à garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, como prescreve o art. 
312, caput, do CPP. 
STJ. AgRg no HC 626.529-MS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2022, DJe 03/05/2022. (Info 
735) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do art. 492, I, do 
CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da pena mesmo 
em caso de condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão. 
Nota: Discute-se a legalidade da execução provisória da pena na forma do art. 492, I, e, parte final, do Código 
de Processo Penal, diante de condenação pelo Tribunal do Júri, que resultou em reprimenda superior a 15 
anos de reclusão. 
No entanto, o entendimento desta Corte, firmado em consonância com a jurisprudência do STF fixada no 
julgamento das ADCs n. 43, 44 e 54, é no sentido de ilegalidade da execução provisória da pena quando 
ausentes elementos de cautelaridade, previstos no art. 312 do CPP. 
A constitucionalidade do art. 492 do CPP, aliás, é objeto de repercussão geral no STF, Tema n. 1.068 (RE 
1.235.340/SC), já tendo o Ministro Gilmar Mendes votado no sentido da inconstitucionalidade do dispositivo 
legal. De fato, no sistema constitucional brasileiro, em harmonia como a jurisprudência dos tribunais 
superiores, não há espaço para execução provisória da pena. 
Assim, estando pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do 
art. 492, I, do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da 
pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superior a 15 anos de 
reclusão. 
AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, 
por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 24/03/2022. (Info 730) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A decretação de prisão temporária somente é cabível quando: 
(i) for imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
(ii) houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado; 
(iii) for justificada em fatos novos ou contemporâneos; 
(iv) for adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do 
indiciado; e 
(v) não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas. 
STF. Plenário. ADI 3360/DF e ADI 4109/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, redator para o acórdão Min. Edson Fachin, julgados em 11/2/2022 (Info 1043). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Em razão da pandemia de covid-19, concede-se a ordem para a soltura de todos os presos a quem foi deferida 
liberdade provisória condicionada ao pagamento de fiança e que ainda se encontram submetidos à privação 
cautelar em razão do não pagamento do valor. Não se mostra proporcional, neste período de pandemia, a 
manutenção dos réus na prisão, tão somente em razão do não pagamento da fiança, visto que os casos - 
notoriamente de menor gravidade – não revelam a excepcionalidade imprescindível para o decreto 
preventivo. 
STJ. 3ª Seção. HC 568693-ES, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 14/10/2020 (Info 681). 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22626529%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22626529%22%29.suce.
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22714884%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22714884%22%29.suce.
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não se conhece de habeas corpus impetrado contra decisão monocrática de Ministro do STJ que nega liminar 
mantendo decisão do TJ que determinou a execução provisória da pena em caso de condenação pelo 
Tribunal do Júri. 
Nota: aplica-se o raciocínio da Súmula 691- STF. 
O caso concreto envolve uma condenação pelo Tribunal do Júri. Alguns Ministros do STF que entendem que 
seria possível a execução provisória da pena nas condenações do Tribunal do Júri. Isso porque, em razão da 
soberania dos vereditos, o Tribunal não pode reexaminar os fatos decididos pelos jurados. 
MAS VEJA: Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do art. 
492, I, do CPP, deve ser reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da 
pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal do júri com reprimenda igual ou superiora 15 anos de 
reclusão. STJ AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. 
Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 24/03/2022. 
STF. 1ª Turma. HC 175808/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 17/12/2019. (Info 964) 
Mesmo sentido: STF. Plenário. HC 170263, Rel. Edson Fachin, julgado em 22/06/2020 (Info 985) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Se o Tribunal de 2ª instância determinou a execução provisória da pena, mas o juiz já havia negado o direito 
do condenado de recorrer em liberdade, não cabe a soltura do réu com base no novo entendimento do STF 
de que é proibida a execução provisória da pena. 
Nota: a manutenção da prisão não foi apenas por conta da execução provisória da pena. 
STF. 1ª Turma. HC 176723/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 17/12/2019. (Info 964) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
1ª Turma do STF aplica entendimento do Plenário no sentido da impossibilidade de execução provisória da 
pena. 
Nota: Em dezembro de 2019, foi inserido no ordenamento jurídico o “Pacote Anticrime” com a seguinte 
redação: “Art. 492. .................................................................................................... 
I - ................................................................................................................................................. 
.................................................................................................................................................... 
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos 
da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, 
DETERMINARÁ A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, 
sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; 
.................................................................................................................................................... 
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, DEIXAR DE AUTORIZAR A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS 
de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução pelo 
tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação.” 
Assim, deve-se ficar atento aos próximos entendimentos dos Tribunais acerca do tema. 
STF. 1ª Turma. ARE 1066359 AgR/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/11/2019 (Info 961). 
Mesmo sentido: STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019 (Info 958). 
STF. 2ª Turma. HC 163814 ED/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/11/2019 (Info 960). 
STF. 2ª Turma. HC 136223, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, julgado em 25/04/2017 STJ. 5ª Turma. HC 438.088, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 24/05/2018. STJ. Presidente Min. Laurita Vaz, em decisão monocrática no HC 458.249, julgado em 12/07/2018. 
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é possível a execução provisória da pena mesmo em caso de condenações pelo Tribunal do Júri. 
Nota: Em dezembro de 2019, foi inserido no ordenamento jurídico o “Pacote Anticrime” com a seguinte 
redação: “Art. 492. .................................................................................................. 
 
 
 
 
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22714884%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22714884%22%29.suce.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492ie.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492%C2%A73
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I - ............................................................................................................................................... 
................................................................................................................................................... 
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos 
da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, 
DETERMINARÁ A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, 
sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; 
................................................................................................................................................... 
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, DEIXAR DE AUTORIZAR A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DAS PENAS 
de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução pelo 
tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação.” 
Assim, deve-se ficar atento aos próximos entendimentos dos Tribunais acerca do tema. 
STF. 2ª Turma. HC 163814 ED/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/11/2019 (Info 960). 
Mesmo sentido: STF. 1ª Turma. ARE 1066359 AgR/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/11/2019 (Info 961). 
STF. 2ª Turma. HC 136223, Rel. Min. Dias Toffoli, Segunda Turma, julgado em 25/04/2017 STJ. 5ª Turma. HC 438.088, Rel. Min. Reynaldo Soares da 
Fonseca, julgado em 24/05/2018. STJ. Presidente Min. Laurita Vaz, em decisão monocrática no HC 458.249, julgado em 12/07/2018. 
E MAIS RECENTE: Pendente de julgamento no STF o Tema n. 1.068, em que se discute a constitucionalidade do art. 492, I, do CPP, deve ser 
reafirmado o entendimento do STJ de impossibilidade de execução provisória da pena mesmo em caso de condenação pelo tribunal do júri com 
reprimenda igual ou superior a 15 anos de reclusão. 
AgRg no HC 714.884-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, 
por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 24/03/2022. 
Obs.: existe decisão da 1ª Turma em sentido contrário, ou seja, afirmando que “a prisão de réu condenado por decisão do Tribunal do Júri, ainda que 
sujeita a recurso, não viola o princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.” (STF. 1ª Turma. HC 118770, Relator p/ Acórdão 
Min. Roberto Barroso, julgado em 07/03/2017). 
Há ainda, STF. 1ª Turma. HC 140449/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 6/11/2018 (Info 922), também 
no sentido: É possível a execução da condenação pelo Juiz Presidente do Tribunal do Júri, independentemente do julgamento da apelação ou de 
qualquer outro recurso, em face do princípio da soberania dos veredictos. Assim, nas condenações pelo Tribunal do Júri não é necessário aguardar 
julgamento de recurso em segundo grau de jurisdição para a execução da pena. 
Vale ressaltar, contudo, que as decisões foram tomada antes do resultado das ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, julgadas em 7/11/2019. Além 
disso, verifique a nota abaixo. 
Súmula 643-STJ: A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O art. 283 do CPP, que exige o trânsito em julgado da condenação para que se inicie o cumprimento da pena, 
é constitucional, sendo compatível com o princípio da presunção de inocência, previsto no art. 5º, LVII, da 
CF/88. Assim, é proibida a chamada “execução provisória da pena”. 
Nota: 
• Súmula nº 643, STJ. A execução da pena restritiva de direitos depende do trânsito em julgado da 
condenação. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021.STF. Plenário. ADC 43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 7/11/2019. (Info 958) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A SV 56 destina-se com exclusividade aos casos de cumprimento de pena, ou seja, aplica-se tão somente ao 
preso definitivo ou àquele em execução provisória da condenação. Não se pode estender a citada súmula 
vinculante ao preso provisório (prisão preventiva). 
Nota: Súmula vinculante 56-STF- A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do 
condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nesta hipótese, os parâmetros fixados 
no Recurso Extraordinário (RE) 641320. 
STJ. 5ª Turma. RHC 99.006/PA, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 07/02/2019. (Info 642) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia da defesa, determine 
transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento penitenciário federal. 
STJ. Terceira Seção, julgado em 27/11/2018, DJe 5/12/2018. (Info 660) 
Súmula 639, STJ 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492ie.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art492%C2%A73
https://processo.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%28%28AGRHC.clas.+ou+%22AgRg+no+HC%22.clap.%29+e+%40num%3D%22714884%22%29+ou+%28%28AGRHC+ou+%22AgRg+no+HC%22%29+adj+%22714884%22%29.suce.
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5. PROCEDIMENTO: 
 
5.1. Audiência de Custódia: 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A superveniência da realização da audiência de instrução e julgamento não torna superada a alegação de 
ausência de audiência de custódia. 
STF. 2ª Turma. HC 202579 AgR/ES e HC 202700 AgR/SP, Rel. Min. Nunes Marques, redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, julgados em 
26/10/2021 (Info 1036). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A ausência de realização de audiência de custódia não implica a nulidade do decreto de prisão preventiva. 
Veja também: A falta de audiência de custódia constitui irregularidade, não afastando a prisão preventiva, 
uma vez atendidos os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal e observados direitos e garantias 
versados na Constituição Federal STF. 1ª Turma. HC 198.784, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje em 16/06/2021. 
TF. 2ª Turma. HC 201506 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 22/08/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A audiência de custódia (ou de apresentação) constitui direito público subjetivo, de caráter fundamental, 
assegurado por convenções internacionais de direitos humanos a que o Estado brasileiro aderiu, já 
incorporadas ao direito positivo interno (Convenção Americana de Direitos Humanos e Pacto Internacional 
sobre Direitos Civis e Políticos). Traduz prerrogativa não suprimível assegurada a qualquer pessoa. Sua 
imprescindibilidade tem o beneplácito do magistério jurisprudencial (ADPF 347 MC) e do ordenamento 
positivo doméstico (Lei nº 13.964/2019 e Resolução 213/2015 do CNJ). 
Nota: A ausência da realização da audiência de custódia qualifica-se como causa geradora da ilegalidade da 
própria prisão em flagrante, com o consequente relaxamento da privação cautelar da liberdade. Se o 
magistrado deixar de realizar a audiência de custódia e não apresentar uma motivação idônea para essa 
conduta, ele estará sujeito à tríplice responsabilidade, nos termos do art. 310, § 3º do CPP. 
Obs1.: STJ possui julgados em sentido contrário: A não realização de audiência de custódia não induz a 
ilegalidade do decreto preventivo, cujos fundamentos e requisitos de validade não incluem a prévia 
realização daquele ato, vinculados, por força de lei, ao que dispõem os arts. 312 e 313 do CPP. STJ. 6ª Turma. 
HC 598.525/BA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/10/2020. Obs2: a audiência de custódia deve 
ser realizada em todas as modalidades de prisão, inclusive as temporárias, preventivas e definitivas (STF RCL 
29303). 
STF. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 6/10/2020. (Info 994) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A decisão que, na audiência de custódia, determina o relaxamento da prisão em flagrante sob o argumento 
de que a conduta praticada é atípica não faz coisa julgada. Assim, esta decisão não vincula o titular da ação 
penal, que poderá oferecer acusação contra o indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz poderá receber 
essa denúncia. 
STF. 1ª Turma. HC 157306/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/9/2018. (Info 917) 
 
5.2 Procedimento Previsto na Lei nº 8.038/90: 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Promotor de Justiça condenado criminalmente pelo Tribunal de Justiça impetrou habeas corpus alegando 
que o julgamento seria nulo por não ter observado o art. 400 do CPP, já que o interrogatório do acusado 
 
 
 
 
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não foi o último ato da instrução. O Min. Relator Marco Aurélio indeferiu a ordem manifestando sua 
posição no sentido de que não se deve aplicar a regra geral do art. 400 do CPP (interrogatório como último 
ato) considerando que, por se tratar de Promotor de Justiça, julgado perante o Tribunal de Justiça, a norma 
aplicável seria a do art. 7º da Lei nº 8.038/90, segundo a qual a audição do acusado é o primeiro ato do 
procedimento. O Min. Alexandre de Moraes votou por indeferir a ordem com base em outro fundamento, 
alegando que a defesa não demonstrou prejuízo, afirmando, portanto, que não haverá declaração de 
nulidade quando não demonstrado o efetivo prejuízo causado à parte (pas de nullité sans grief). 
Nota: independente do julgado acima, acredita-se que o STF continue com o entendimento de que o 
interrogatório deve ser o último ato da instrução, mesmo nos processos regidos pela Lei nº 8.038/90. Isso 
porque, antes de 2008, o interrogatório era o primeiro ato da instrução. O indivíduo era citado para ser 
interrogado (prevalecia a ideia de que o interrogatório era um “meio de prova”). Depois do interrogatório 
eram realizados os demais atos de instrução. Com a edição da Lei nº 11.719/2008, o art. 400 do CPP foi 
alterado e o interrogatório passou a ser o último ato da instrução probatória. 
STF. 1ª Turma. HC 178252/ES, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 2/6/2020. (Info 980) 
 
Veja em sentido contrário dentro do próprio STF: 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos processos criminais que tramitam perante o STF e o STJ, cujo procedimento é regido pela Lei nº 
8.038/90, o interrogatório também é o último ato de instrução. Apesar de não ter havido uma alteração 
específica do art. 7º da Lei 8.038/90, com base no CPP, entende-se que o interrogatório é um ato de defesa, 
mais bem exercido depois de toda a instrução, porque há possibilidade do contraditório mais amplo. 
Assim, primeiro devem ser ouvidas todas as testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa para, só 
então, ser realizado o interrogatório. 
STF. 1ª Turma. AP 1027/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luís Roberto Barroso, julgado em 2/10/2018. (Info 918) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No rito especial da Lei nº 8.038/90, a rejeição da denúncia é balizada pelo art. 395 do CPP e a improcedência 
da acusação é pautada pelo disposto no art. 397 do CPP (que trata sobre a absolvição sumária). 
STJ. Corte Especial. APn 923-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/09/2019. (Info 657) 
 
5.3 Temas Diversos: 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É justificável a antecipação de prova no caso de depoimento especial de adolescente vítima de possível 
crime sexual - na forma da Lei n. 13.431/2017 - pela relevância da palavra da vítima em crimes dessa 
natureza e na sua urgência pela falibilidade da memória de crianças e adolescentes. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. MinistroMessod Azulay Neto, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 6/3/2023, DJe 14/3/2023. 
(Info 767) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A oitiva do representado deve ser o último ato da instrução no procedimento de apuração de ato 
infracional. 
Nota: o Supremo Tribunal Federal, em recentes decisões monocráticas, tem aplicado a orientação firmada 
no HC 127.900/AM ao procedimento de apuração de ato infracional, sob o fundamento de que o art. 400 do 
Código de Processo Penal possibilita ao representado exercer de modo mais eficaz a sua defesa e, por essa 
razão, em uma aplicação sistemática do direito, tal dispositivo legal deve suplantar o estatuído no art. 184 
da Lei n. 8.069/1990. Nessa conjuntura, é necessária a revisão do entendimento consolidado no 
Superior Tribunal de Justiça para adequá-lo à jurisprudência atual da Suprema Corte, no sentido de 
que a oitiva do representado deve ser o último ato da instrução no procedimento de apuração de 
ato infracional. 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
21 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 28/2/2023. (Info 766) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É inconstitucional norma estadual que confere à Defensoria Pública o poder de requisição para instaurar 
inquérito policial. 
Nota: O poder de requisitar a instauração de inquérito policial está intrinsecamente ligado à persecução 
penal no País, o que exige uma disciplina uniforme em todo o território nacional. Nesse contexto, o Código 
de Processo Penal — norma editada no exercício da competência privativa da União para legislar sobre 
direito processual (CF/1988, art. 22, I) — já delimitou essa atribuição, conferindo-a somente à autoridade 
judiciária ou ao Ministério Público. 
STF. ADI 4.346/MG, relator Ministro Roberto Barroso, redator do acórdão Ministro Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 
10.3.2023 (sexta-feira), às 23:59 (Info 1086) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É possível a antecipação de provas para a oitiva de testemunhas policiais, dado que, pela natureza dessa 
atividade profissional, diariamente em contato com fatos delituosos semelhantes, o decurso do tempo 
traz efetivo risco de perecimento da prova testemunhal por esquecimento. 
STJ. REsp 1.846.407-RS, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 13/12/2022. (Info 764). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A ausência do membro do Ministério Público na oitiva de testemunhas da acusação durante audiência de 
instrução não permite que o magistrado formule perguntas diretamente a estas, assumindo função 
precípua do Parquet. 
Nota: A ausência do Ministério Público à audiência de instrução não dá, à autoridade judicial, a liberdade de 
assumir a função precípua do Parquet, que deve prosseguir a audiência sem as perguntas acusatórias ou, 
então, suspender a audiência e marcar uma nova data. 
O magistrado, ao iniciar os questionamentos e formular a maioria das perguntas, assume o protagonismo na 
inquirição de testemunhas, presumindo-se o prejuízo sofrido pela defesa (EDcl no HC 741.725/RS, Ministro 
Sebastião Reis Junior, Sexta Turma, DJe 27/10/2022). 
STJ. REsp 1.846.407-RS, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 13/12/2022. (Info 761). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É lícito ao juiz alterar a tipificação jurídica da conduta do réu no momento da sentença, sem modificar os 
fatos descritos na denúncia, sendo desnecessária a abertura de prazo para aditamento. 
STJ. AgRg no HC 770.256-SP, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 25/10/2022, DJe 4/11/2022. (Info 761). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No âmbito da audiência de inquirição de testemunhas, a ausência de contato prévio entre o réu e seu 
defensor dativo configura cerceamento de defesa. 
STJ. REsp 1.794.907-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 13/09/2022. (Info 749). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A gravação ambiental em que advogados participam do ato, na presença do inquirido e dos representantes 
do Ministério Público, inclusive se manifestando oralmente durante a sua realização, ainda que clandestina 
ou inadvertida, realizada por um dos interlocutores, não configura crime, escuta ambiental, muito menos 
interceptação telefônica. 
Nota: Embora não se afigure ética e moralmente louvável a realização de gravação clandestina, contrária às 
diretrizes preconizadas pela autoridade incumbida para o ato, a realidade é que, naquela conjuntura, não se 
revelou ilegal, muito menos criminosa. 
STJ. 5ª Turma. HC 662.690-RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 17/05/2022. 
 
 
 
 
 
https://scon.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=%27202101265761%27.REG.
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL 
DELEGADO TOCANTINS – TURMA 4 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 05/18 
 
22 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É inexigível o pagamento de custas processuais em embargos de divergência oriundos de ação penal pública. 
Nota: O art. 806 do CPP prevê que o pagamento prévio de custas somente é exigível nos casos de ação penal 
privada. 
Cuidado: Jurisprudência em Teses, é necessário riscar a tese 1 da edição nº 173, que está SUPERADA: 1) Os 
embargos de divergência não são modalidade de recurso previsto na legislação processual penal, contudo 
podem ser utilizados no âmbito penal como meio geral de impugnação interna, de forma que a eles não se 
aplica a isenção estipulada no art. 7º da Lei nº 11.636/2007, sendo lícita a exigência de recolhimento 
antecipado das custas. 
STJ. Corte Especial. EAREsp 1.809.270-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 06/10/2021 (Info 713). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O art. 366 do CPP estabelece que se o acusado for citado por edital e não comparecer ao processo nem 
constituir advogado o processo e o curso da prescrição ficarão suspensos. Enquanto o réu não for localizado, 
o curso processual não pode ser retomado. 
STJ. 6ª Turma. RHC 135970/RS, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 20/04/2021 (Info 693). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O prazo de 30 dias do art. 529 do CPP não afasta a decadência pelo não exercício do direito de queixa em 
6 meses (art. 38), contados da ciência da autoria do crime. 
Nota: Nos crimes contra a propriedade imaterial que deixam vestígios, depois que o ofendido tem ciência da 
autoria do delito, ele possui o prazo decadencial de 6 meses para a propositura da ação penal, nos termos 
do art. 38 do CPP. Se, antes desses 6 meses, o laudo pericial for concluído, o ofendido terá 30 dias para 
oferecer a queixa crime. Assim, em se tratando de crimes contra a propriedade imaterial que deixem vestígio, 
a ciência da autoria do fato delituoso dá ensejo ao início do prazo decadencial de 6 meses (art. 38 do CPP), 
sendo tal prazo reduzido para 30 dias (art. 38) se homologado laudo pericial nesse ínterim. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.762.142/MG, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 13/04/2021 (Info 692). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No caso do art. 366 do CPP, o prazo prescricional ficará SUSPENSO pelo tempo de prescrição da pena máxima 
em abstrato cominada ao crime. 
Nota: No mesmo sentido: Súmula 415-STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo 
máximo da pena cominada. 
Veja, ainda: Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das 
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 
312. 
STF. Plenário. STF. Plenário.

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