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Direito Administrativo

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Direito Administrativo 
Conceitos: 
 Direito: conjunto de regras e princípios instituídos por quem detenha o poder, com o propósito de viabilizar 
a harmonia das relações jurídicas travadas entre os indivíduos que compõem a sociedade. 
Ciência humana  regras de conduta 
 Direito posto: conjunto de normas que são impostas coercitivamente pelo Estado. 
 Direito externo: regulam relações jurídicas nacionais. 
 Direito interno: regulam relações jurídicas nacionais. 
 Direito privado: tem como escopo principal a regulação dos interesses particulares, como 
forma de possibilitar o convívio das pessoas em sociedade e uma harmoni-
osa fruição de seus bens. 
Relações privadas, horizontais (particular-particular), interesse individual, disponibili-
dade. 
 Direito público: tem por objetivo primordial a regulação dos interesses da sociedade 
como um todo, quer nas relações desta com o estado, quer nas relações 
entre as entidades e os órgãos estatais em si considerados 
Relações entre Estado-Estado ou Estado-particular, desiquilíbrio entre as partes, vertical 
(a favor do Estado), interesse coletivo. 
Direito Administrativo 
É o conjunto harmônico de normas e princípios jurídicos que regulamentam e disciplinam os órgãos, 
agentes, entidades, bens e serviços públicos, assim como os atos, poderes, processos, procedimentos e 
atividades administrativas do Estado. 
 Objeto do direito administrativo: 
 Objeto imediato: são os princípios e normas que regulam a função administrativa. 
 Objeto mediato: a disciplina das atividades, agentes, pessoas e órgãos da administração pública. 
 
 Ordenamento jurídico: conjunto de normas e princípios jurídicos vigentes em determinado Estado. 
 
 Fontes do direito administrativo: 
 Leis: 
Fonte primaria do direito administrativo. 
É uma descrição textual abstrata de determinada situação/circunstância à qual se confere um 
efeito jurídico. 
Nenhuma das fontes secundarias pode contrariar o que é previsto na lei. 
Características: generalidade, impessoalidade e abstração. 
Norma jurídica: é um comando proibindo, impossibilitando ou autorizando determinada conduta. 
 
 Jurisprudência: 
Fonte secundaria do direito administrativo. 
É o conjunto de decisões judiciais reiteradas no mesmo sentido, acerca de caos concretos se-
melhantes. 
Sumulas: enunciados elaborados pelos tribunais para resumir e consolidar algumas de suas 
orientações jurisprudenciais. 
Sumulas vinculantes: são as únicas jurisprudências que, quando votados e aprovados por pelo 
menos 2/3 do plenário, se torna um entendimento obrigatório ao qual 
todos devem seguir, com exceção do poder legislativo e do próprio STF. 
Direito Administrativo
Regulamento (aspectos 
administrativos)
Subjetivos: orgão, agentes, 
entidades, bens e serviços 
públicos 
Objetivos: atos, poderes, 
processos, procedimentos, 
atividades administrativas.
 
Critérios subjetivos, objetivo material, objetivo formal. 
 Doutrina: 
 São os estudos, teses, teorias e trabalhos científicos elaborados pe-
los doutrinadores e estudiosos do direito. 
 
 Costumes: 
 Repetição de comportamentos administrativos exigidos em lei ado-
tados pelas diversas entidades da administração pública em casos concretos. 
 
 
 
 
 
O costume é aplicado em lacunas da lei. 
 
 Princípios gerais do direito: 
São premissas, paradigmas ou valores mais essenciais de uma sociedade. 
Olimpiano: 
1. Viver honestamente; 
2. Dar a cada um o que é seu; 
3. Não causar prejuízo a ninguém; 
4. Supremacia do interesse público sobre o privado; 
5. Função social da propriedade; 
6. Dignidade da pessoa humana; 
7. Vedação do enriquecimento ilícito; 
8. Ninguém pode se beneficiar da malicia/torpeza/astucia. 
 
Estado e Governo: 
 Estado: nação politicamente organizada. 
É dotado de personalidade jurídica própria, sendo pessoa jurídica de direito publico interno, e 
de quatro elementos básicos: povo, território, poder soberano e finalidades definidas. 
Personalidade jurídica: aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres. 
Pessoa jurídica: um ente ou entidade abstrata o que se atribui por ficção personalidade jurídica. 
Povo: conjunto de pessoas que fazem parte do Estado (nacionais). 
Território: base geográfica do Estado, sua dimensão espacial. 
Poder soberano: poder de autodeterminação e auto-organização emanadas do povo para ser 
exercido em território determinado e por ele definido. 
 
 Forma de Estado: 
 Federação: 
Confere a cada ente federado capacidade de auto-organização, autogoverno e auto-
administração. 
Entes: 
 
 
 
 
 
 Poderes e funções essenciais do Estado: 
São poderes da união, independentes e harmônicos entre si, o legislativo, o execu-
tivo e o judiciário (clausula pétrea) 
Função típica: inerente ao poder. 
Função atípica: própria de outros poderes. 
Fonte material: 
 
A partir do fato real eclode 
em direito administrativo. 
Tipos de costumes 
Secundum lege = de acordo com a lei  
Contra lege = contrario a lei  
Praeter lege = complementa uma lacuna da lei  
União 
Estados 
Distrito Federal 
Municípios 
 
 
- Todos possuem suas normas constitutivas (constituição estaduais e leis orgânicas) 
- Elegem seus governantes. 
- Organizam seus órgãos e entidades da administração. 
- Todos possuem personalidade jurídica de direito público interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O exercício da atividade administrativa é concreto e direto, o da atividade legisla-
tiva é abstrato, e o do judiciário é indireto. 
Governo: é a atividade diretiva do Estado. No sentido subjetivo, é a cúpula diretiva do Estado, responsá-
vel pela condução dos altos interesses estatais e pelo poder político, e cuja composição pode ser 
modificada mediante eleição. 
Forma de governo: 
Republicana: privilegia a isonomia entre todos, governantes e governados, não admite irres-
ponsabilidade política e privilegia o interesse público. 
Sistema de governo: 
Presidencialista: confiado ao chefe do Executivo a chefia da administração pública, a repre-
sentação do Estado e do Governo. 
 
 
Administração Pública: 
É o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, 
independente do poder ao qual pertençam. (Sentido subjetivo, orgânico ou formal) 
Exercem função de execução, planejamento, coordenação e controle da gestão 
pública, sob o comando do governo. 
 Regime jurídico da administração: 
É o conjunto de normas e princípios jurídicos aplicados nas relações jurídicas 
envolvendo a administração pública. 
- Regime de direito público: são normas e princípios jurídicos aplicados nas 
relações que conferem prerrogativas especiais a administração, garantindo-
lhe supremacia. 
Fundamenta-se em dois basilares: 
- Supremacia do interesse público sobre o privado 
- Indisponibilidade do interesse público pela própria adm. 
- Regime de direito privado que se submete a administração: são normas 
do direito civil e comercial a que, eventualmente, a adm. Pública se submete 
para não prejudicar o interesse público. 
 Função administrativa: 
É aquela exercida pelos agentes públicos na defesa dos interesses públicos. 
- Interesse público: é a soma ou ao resultante dos interesses de todos os 
indivíduos na sua dimensão ou perspectiva coletiva. 
 Interesse público primário: verdadeiro interesse da coletividade 
 Interesse público secundário: interesse patrimonial do Estado como 
pessoa jurídica. Só pode ser deferido quando coincidir com o primário. 
Não tem supremacia perante o interesse particular. 
A função administrativa é exercida em caráter infra legal – absoluta 
submissão da lei. 
 
Funções essenciais do 
Estado 
Poder Função típica Função atípica 
Legislar 
Atividade normativa 
Legislativo 
Ato legislativo 
Art.59, CF 
Ato administrativo 
(Art.52, XIII, CF) 
Ato judicial (julgar improbidade) 
Administrar Executivo Ato administrativo 
Ato legislativo (lei delega) 
Ato judicial (PAD) 
Julgar 
Funçãojurisdicional 
Judiciário Ato judicial 
Ato administrativo 
(Art.96. I, “b”) 
Ato legislativo 
(Art.96, I, “a”) 
Conceitos da Adm. Pública: 
Em sentido: 
 Objetivo, material ou funcional: são atividades 
destinadas a desempenhar, realizar a 
função típica administrativa do Es-
tado. 
 Amplo: é o conjunto de todos os órgãos, agen-
tes e entidades do estado, ou o con-
junto de todas as atividades realizadas 
para cumprir qualquer das funções do 
Estado. 
 Estrito: são somente os órgãos, agentes e enti-
dades destinados precipuamente a fun-
ção de administrar, ou então apenas as 
atividades tipicamente administrativas. 
 
 
 
Adm. 
Pública
Quem?
Subjetivo
Amplo
Agentes
Órgãos
Endidade dos 3 
poderes
Estrito
só agentes, 
orgãos e 
entidades do 
Executivo.
O que?
Objetivo
Amplo
atividade 
administrativa, 
legislativa e julgar
Estrito só atividade 
administrativa
Constituição
leis
atos administrativos
 Tarefas precípuas da adm. Pública: 
São 3 as tarefas essenciais da administração pública: 
 O exercício do poder de polícia. 
 A prestação de serviços pública. 
 A realização de atividade de fomento. 
 
Princípios da administração: 
Princípios são valores ou premissas que norteiam a elaboração e a aplicação ou interpreta-
ção das normas jurídicas. Eles podem ser expressos na lei ou implícitos no ordenamento jurídico. 
Violar um princípio é muito mais grave do que violar uma norma. 
Não existe hierarquia entre os princípios, entretanto, é correto afirmar que o princípio da 
legalidade precede aos demais. 
 Princípios Constitucionais: 
Expressos no art.37, CF/88. 
- Legalidade: significa que a administração e seus agentes só podem fazer aquilo 
que a lei expressamente autoriza, permite ou determina. 
É o princípio da legalidade estrita/restrita. 
Dele decorre a presunção de legitimidade dos atos administrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos constitucionais: art.37, caput; art.5º, II; art.84, IV, da CF/88. 
 
*Legalidade para os administrados: 
Art.5º, II, CF/88: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 
 
É o princípio da legalidade ampla: 
 Os administrados podem fazer tudo aquilo que a lei não proíbe (autonomia da vontade) 
 A administração (Estado) só pode criar deveres e obrigações para a administrados por 
meio de lei. 
* Exceções a legalidade: 
 Medida provisória; 
 Estado de defesa; 
 Estado de sítio. 
 
- Impessoalidade: Significa que a administração e seus agentes não podem favorecer ou desfavo-
recer qualquer que seja, com base em amizade, inimizade, afeto, desafeto, afi-
nidade, prestigio social ou qualquer outro subjetivismo. 
 É uma decorrência da igualdade (isonomia) 
 Proíbe a promoção pessoal do agente público, com exceção para home-
nagens póstumas (art.37, §1º, CF/88) 
 Impõe o dever de atuar em conformidade com a finalidade pública. 
 Acarreta a imputação ao Estado da responsabilidade pela conduta de seus 
agentes. 
= Estimular o progresso. 
Legalidade 
Impessoalidade 
Moralidade 
Publicidade 
Eficiência 
 
Art.37, caput, CF/88 
Presunção de 
legitimidade
Presunção de 
conformidade 
com a lei
Presunção 
relativa
Presunção de 
veracidade
Legalidade 
Acarreta inversão 
do ônus da prova 
Por este princípio é possível reconhecer a validade de atos praticados por funcionários públicos 
irregularmente investido do cargo ou função, sob o fundamento de que tais atos configuram atuação do órgão e 
não do agente público. 
 
- Moralidade: significa que além de cumprir a lei, os agentes públicos devem observar padrões 
éticos e morais de comportamento. 
Soma da ética, honestidade, lealdade e probidade. 
Senso comum (padrão do homem médio): é a noção social predominante de justo 
ou injusto, certo ou errado, honesto ou desonesto. 
Nem tudo que é legal será moral. 
Para atuar de acordo com a moral administrativa não basta cumprir a letra fria 
(seca) da lei. 
Moralidade administrativa compreende: 
 Lealdade: é honrar as justas expectativas criadas. É manter comportamento 
esperado em razão do cargo ou função que exerce. É ser fiel aos 
interesses e instituições a que servir. 
 Boa fé: significa que além de realizar o interesse público, os agentes públicos 
devem assegurar aos administrados o exercício dos seus direitos 
e o cumprimento de suas obrigações. 
 Probidade administrativa: é o dever de honestidade, lisura, retidão de cará-
ter, decência, honradez, integridade moral e funcional que se im-
põe aos agentes públicos. 
Apesar de ser um dos aspectos da moralidade, a probidade 
recebeu um tratamento próprio na constituição federal. 
Atos de improbidade acarretam: 
 Perda da função pública; 
 Suspensão dos direitos políticos; 
 Indisponibilidade de bens; 
 Ressarcimento ao erário. 
Art.5º, LXXIII, CF: conferiu a todos os cidadãos o direito ou garantia fundamental 
de ajuizar a ação popular para assegurar a moralidade administrativa. 
O princípio da moralidade pode ser levado em consideração para a responsabili-
zação dos agentes públicos. 
Moralidade administrativa ≠ Moralidade social 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
(...) 
V - Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; Exemplo de moralidade social, não é princípio 
da moralidade. 
 
- Publicidade: pode ser definido como o dever de divulgação oficial dos 
atos administrativos. É direito dos indivíduos o livre acesso 
a informações de seus interesses e de transparência na atu-
ação administrativa. 
Garantir a publicidade corresponde o direito do administrado de ter ciência da tra-
mitação de processos administrativo em que tenha a condição do interessado ter 
vista dos autos, obter cópia de documentos neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas. 
Subprincípios da publicidade: 
 Transparência: abriga o dever de prestar informações de interesse dos cida-
dãos e de não praticar condutas sigilosas. 
 Divulgação oficial: exige a publicação do conteúdo dos atos praticados aten-
tando-se para o meio de publicidade definido. 
Objetivos da publicidade: 
Art.37, §4º, CF 
 Regulamentada pela lei 8.429/92 
Habeas data: 
É cabível quando a informação for 
relativa ao próprio impetrante. 
 Exteriorizar a vontade da administração pública divulgando seu conteúdo 
para conhecimento público; 
 Tornar exigível o conteúdo do ato; 
 Desencadear a produção de efeitos do ato administrativo; 
 Permitir controle de legalidade do comportamento. 
Formas de publicidade: 
 Atos individuais: simples comunicação do interessado; 
 Atos gerais: publicação no diário oficial; 
 Atos individuais de efeitos coletivos: publicação no diário oficial. 
Publicidade ≠ Publicação 
 
 
Natureza jurídica: 
 Corrente majoritária: condição de eficácia do ato (ato já existe, mas sem efeito) 
 Corrente minoritária: constitui elemento de existência (o ato só existirá após 
sua publicação) 
Exceção a publicidade: 
É autorizado o sigilo nos casos de risco para: 
 A segurança nacional (do Estado) 
 A segurança da sociedade 
 A intimidade dos envolvidos (ex.: processo administrativo disciplinar) 
A publicidade ou propaganda de atos, obras, serviços e programas devem observar 
os seguintes aspectos: 
a. Finalidade {
Educativa
Informativa
Orientação social
 
Seu descumprimento viola o princípio da publicidade 
e da finalidade pública. 
b. É vedada a autopromoção do agente mediante di-
vulgação indevida de: nomes símbolos, imagens. 
Seu descumprimento viola o princípio da impessoali-
dade e da moralidade. 
 
- Eficiência: 
Incluída na CF/88 através da EC 19/98. 
* Até 1998: modelo burocrático (controle) 
 Após 1998: modelo gerencial (resultado) 
Procurou implementar o modelo gerencial voltado para um controle de resultados na 
atuação estatal. 
São valores da eficiência: economicidade, redução de desperdício, qualidade, rapidez, 
produtividadee rendimento funcional. 
O conteúdo jurídico do princípio da eficiência consiste em obrigar a administração bus-
car os melhores resultados por meio da aplicação da lei. 
 Economicidade: é o dever de atuar com base no planejamento de ações, no estabe-
lecimento de metas e objetivos e na análise de custos e riscos para 
melhor desempenhar os interesses da coletividade. 
 Eficiência: modo pelo qual se exerce a função administrativa; 
 Eficácia: meios e instrumentos empregados pelo agente; 
 Efetividade: resultado de um ato ou conduta. 
 
 
Forma 
Principio 
Lei 2.527/2011 – lei de acesso a informação 
Regula a publicidade 
 Nem todo ato é público; 
 Nem todo ato público é publicável; 
 Nem todo ato público publicável será 
publicado em diário oficial. 
 
Princípios infraconstitucionais: 
Princípios legais (art.2º, lei 9.784/99) 
Princípios infraconstitucionais e doutrinários têm a mesma relevância sistêmica daqueles expressos na CF. 
- Finalidade: 
 Finalidade geral  veda a utilização de prerrogativas administrativas para defesa de inte-
resse alheio ao interesse público. 
 Finalidade especifica  proíbe a pratica de ato administrativo em hipóteses diferentes 
daquela para o qual foi previsto na lei, violando sai tipicidade legal. 
(Uso de decreto quando a lei exige licença) 
* Desvio de finalidade: 
Desvio de poder ou predestinação é defeito que torna nulo o ato administrativo quando 
praticado, tendo em vista fim diverso daquele previsto, explicita ou implicitamente, na regra 
de competência. 
Desvio de poder ≠ excesso de poder 
 
- Motivação: 
Significa que os atos administrativos praticados devem ser fundamentados e justificados. 
Trata-se de um mecanismo de controle sobre a legalidade e legitimidade das decisões da 
administração pública. 
 Motivação: justificativa escrita sobre as razões fáticas e jurídicas que determinaram a pra-
tica do ato. 
 Motivo: fato que autoriza a realização do ato administrativo. 
 Causa: pertinência logica entre o motivo do ato e o conteúdo 
 Móvel: intensão declarada pelo agente como justificativa para pratica do ato 
 Intenção real: é a verdadeira razão que conduz o agente a praticar o ato. 
Motivação dispensada: 
 Evidente ato em si é a motivação 
 Inviável  ex.: sinal de transito dos semáforos 
 Nomeação e exoneração de cargos comissionados  livre exoneração e livre nomeação 
* A motivação deve ser apresentada simultaneamente ou no instante seguinte a pratica do 
ato. Ela deve ser explicita, clara e congruente. 
* O motivo apresentado como fundamento fático da conduta vincula a validade do ato ad-
ministrativo. 
 
- Razoabilidade: 
* Princípio constitucional implícito 
Exigência implícita da legalidade 
É o dever de atuar com bom senso, equilíbrio e ponderação, evitando excessos, abusos, 
desmandos e condutas incoerentes e inconsequentes ou despropositadas. 
- Proporcionalidade: 
Constitui proibição de exageros no exercício da função administrativa. 
Há duas formas de violação da proporcionalidade: pela intensidade e pela extensão da me-
dida adotada. 
A proporcionalidade dever seguir os seguintes aspectos: 
 Necessidade: consiste em verificar se é necessária uma atuação do poder público. 
 Adequação: consiste em levantar quais são as soluções das medidas cabíveis e pos-
síveis no caso concreto. 
 Proporcionalidade em sentido estrito: escolher a medida mais adequada ao caso concreto. 
* Proporcionalidade perante a lei aplica-se ao administrador público, que deverá evitar exa-
geros no modo de aplicação da lei ao caso concreto. 
* Proporcionalidade na lei constitui exigência aplicável ao legislador, pois, no momento de 
criação da lei está obrigado a estabelecer penas adequadas a todos os tipos de conduta. 
* Também pode receber o nome de Equilíbrio. 
* É um princípio constitucional implícito. 
“Não se usa canhões para matar pardais. ” 
 
- Ampla defesa e contraditório: 
Estão inseridos no critério de garantia dos direitos a comunicação, a apresentação de ale-
gações finais, a produção de provas e a interposição de recursos, nos processos de que possam 
resultar sanções e nas situações de litigio. 
 
- Segurança jurídica: 
Também chamado de boa-fé ou proteção à confiança, é um fundamento geral aplicável a 
todo o direito. 
Garante estabilidade social e previsibilidade das atuações estatais. 
Seu principal emprego está na proibição de aplicação retroativa de novas interpretações de 
dispositivos legais e normas administrativas (art.2º, XIII, lei 9.784/99) 
Diversos institutos jurídicos refletem a proteção da segurança jurídica: 
 Decadência: perda do próprio direito, por não ser exercido no prazo legal para tanto. 
 Prescrição: perda do direito ou faculdade de agir ou exercer um direito em razão do 
decurso do tempo para fazê-lo. Atos administrativos prescrevem em 5 
anos, alguns. 
 Preclusão: é o exaurimento das instancias ou oportunidades dentro de um processo 
administrativo. 
 Usucapião, direito adquirido, irretroatividade da lei, coisa julgada e manutenção de 
atos praticados por funcionário de fato. 
 
- Outros Princípios: 
o Supremacia dos interesses públicos: significa que os interesses da coletividade são mais 
importantes que o interesse individual. 
É um princípio constitucional implícito. 
 
o Indisponibilidade de interesse público: enuncia que os agentes públicos não são donos do 
interesse por eles definidos. 
Princípio constitucional implícito. 
Não se admite que os agentes renunciem aos poderes 
legalmente conferidos ou que transacionem em juízo. 
Constitui uma noção relativa. 
 
o Continuidade do serviço público: veda a interrupção na prestação dos serviços públicos. 
 Exceções: 
 Por falta de pagamento pelo usuário do serviço; 
 Por falta de adequação técnica do usuário para 
continuar recebendo o serviço público; 
 Para manutenção; 
 Em razão de caso fortuito (evento humano) ou de 
força maior (evento natural). 
 
o Autotutela ou autocontrole: consagra o controle interno que a adm. Pública exerce sobre 
seus próprios atos. 
A administração não precisa recorrer ao judiciário para 
anular seus atos ilegais e revogar os atos inconvenientes que 
pratica. 
A anulação envolve problema de legalidade. 
A revogação trata de mérito do ato. 
A administração deve anular. 
A administração pode revogar. 
Estrutura da administração pública: 
 Divisão Vertical: 
A República federativa do Brasil é composta pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos 
Municípios. 
Todo detém personalidade jurídica de direito público interno reunindo capacidade de auto-orga-
nização, autogoverno, auto legislação e autoadministração. 
Competências materiais (adm.) 
 União: interesse nacional 
Exclusiva: art.21 da CF/88 
Comum: art.23 da CF/88 
 Estados-membros: interesse regional 
Comum: art.23 da CF/88 
Residual: art.25, §1º da CF/88 
 Municípios: interesses locais 
Comum: art.23 da CF/88 
Privativa: art.30, III a IX, da CF/88 
 Distrito Federal: competência cumulativa 
Reuni competência dos municípios e estados-membros 
Não admite subdivisão em municípios (art.32, CF/88) 
 
* O arquipélago de Fernando de Noronha é hoje uma entidade autárquica que integra o Executivo de Per-
nambuco, nominada de distrito estadual, com estatuto próprio e autonomia administrativa e financeira. 
 
 Divisão horizontal: 
- Administração Direta: 
É cada um dos entes federativos com suas respectivas estruturas orgânicas (seus órgãos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dotada de personalidade jurídica própria. 
- Administração Indireta: 
São as pessoas jurídicas administrativas criadas por cada um dos entes federativos para de-
sempenhar de forma autônoma parcela de suas competências. 
 
 
 
 
 
 
Competência legislativa: 
União: 
Privativa: art.22/CF 
Concorrente: art.24/CF 
Estado-membro: 
Expressa: art.25, caput/CF 
Residual:art.25, §1º/CF 
Delegada: art.22, PU/CF 
Concorrente: art.24/CF 
Suplementar: art.24, §1º a 4º/CF 
Municípios: 
Expressa: art.29, caput/CF 
Suplementar: art.30, I/CF 
 
Desconcentração: 
É a forma de repartição interna da competência atribuída à entidade estatal 
e dela decorre a criação de órgãos públicos. 
* A desconcentração também pode ocorrer internamente nas entidades da 
administração indireta, exceto nas empresas públicas e na sociedade de econo-
mia mista. 
* Órgão público é um núcleo de competências estatais sem personalidade 
jurídica própria. 
 Espécies: 
 Territorial ou geográfica: cada órgão público detém as mesmas 
atribuições materiais dos demais, variando somente o âmbito geográ-
fico de sua atuação. Ex.: delegacia de polícia. 
 Material ou temática: especialização de cada órgão em determi-
nado assunto. Ex.: ministérios. 
 Hierarquia ou funcional: relação de subordinação. Ex.: tribunais 
administrativos em relação aos órgãos de 1º instancia. 
Descentralização: 
Atividade administrativa transferida para outro ente, com personalidade pró-
pria. Fenômeno por meio do qual um ente federativo cria uma entidade da admi-
nistração indireta e a ela transfere parcela da sua competência direta. 
* Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica própria. Tendo 
responsabilidade autônoma, tais entidades respondem judicialmente pelos prejuízos causa-
dos por seus agentes públicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Regime jurídico: 
Público – atividade típica do Estado 
Privado - atividade típica do privado 
Prerrogativas do regime jurídico público: 
1. Imunidade tributária: art.150, VI, “a”, CF/88 
Apenas impostos 
 
2. Bens públicos: 
Impenhoráveis – precatório (legitima a pessoa como credor do Estado) art.100, CF/88 
Inusucapiveis art.191, PU, CF/88 
Inalienáveis – exceção: art.17 e 19 da lei 8.666/1993 
 
3. Processo civil: 
Art. 91, Lei n.º 13.105/2015 (CPC): As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério 
Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido. 
Art. 496, Lei n.º 13.105/2015 (CPC): Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada 
pelo tribunal, a sentença: 
I - Proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respec-
tivas autarquias e fundações de direito público; 
II - Que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Espécies: 
 Política: ao criar ente federativo (art.18, CF/88) 
 Administrativa: 
 Geográfica ou territorial: Ex.: territórios federais – autarquia 
federal 
 Técnica, por serviço ou funcional: 
Ao criar: 
Autarquias  criada por outorga  transfere a 
titularidade e 
execução da 
competência. 
Fundação publica 
Empresa publica 
Sociedade de economia mista 
Consórcios públicos 
Criados por 
delegação 
legal 
Transfere 
apenas a 
execução da 
competência 
 Por colaboração (delegação de serviços) 
Ao transferir a um particular apenas a execução de um 
serviço público. Realiza-se por concessão (de serviço), permis-
são (de serviço)  por contrato, autorização (de serviço)  por 
ato administrativo. 
 
 Descentralização: responsabilidade da empresa 
 Desconcentração: responsabilidade da união 
Estrutura administrativa do 
Estado
administração 
direta
Centralizada
órgãos públicos
agentes publicos
ag. politico
ag. administrativo
ag.honorifico
ag.delegado
ag.credenciado
administração 
indireta
Descentralizada
autarquia
fundações publicas
empresas publicas
sociedade de economia mista
consorcios publicos
 
* As entidades da administração indireta possuem capacidade exclusivamente administrativa. 
* Os entes federativos são criados por norma constitucional, ao passo que as entidades administrativas são criadas por normas infra-
constitucionais; 
* Imunidade Tributária: (impostos – art.150 §2º, CF/88) 
“ No que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Caso a 
entidade reinvestir o que ganhar em atividades essenciais da própria entidade, esta não precisará pagar o imposto”. 
 
 Órgãos Públicos: 
 Órgãos públicos são centros de competência, ou unidades de atuação, pertencentes a uma en-
tidade estatal, dotados de atribuições próprias, porém não dotada de personalidade jurídica própria. 
Teoria de órgão: o agente público atua em nome do Estado, titularizando um órgão público, de 
modo que a atuação do agente é atribuída ao Estado. 
Quem responde pelos atos dos agentes, em seu exercício da função, é o Estado. 
 Características: 
º Há hierarquia (dentro da mesma PJ). 
º São meros centros de competência criados ou extintos por lei formal. 
º Não possuem personalidade jurídica própria. 
º Embora não sejam entes personalizados, possuem o registro do CNPJ, que serve 
apenas para fins fiscais de reconhecimento. 
Art. 4º Todas as entidades domiciliadas no Brasil estão obrigadas a se inscrever no CNPJ, bem como cada um de seus estabelecimentos 
localizados no Brasil ou no exterior, antes do início de suas atividades... 
§ 1º Os estados, o Distrito Federal e os municípios devem ter uma inscrição no CNPJ, na condição de estabelecimento matriz, 
que os identifique como pessoa jurídica de direito público. 
(Instrução Normativa RFB nº 2.119, de 2022) 
º Não possuem patrimônio próprio. 
º Não respondem pelos seus atos. 
 
 Espécies de órgãos: 
1. Quanto a posição hierárquica: 
 Independentes: aqueles originários da constituição federal e representa-
tivos da cúpula dos poderes estatais, não sujeito a qualquer subordinação 
hierárquica ou funcional. 
Exemplos: Casas Legislativas (Câmara e Senado); 
Presidência da República; 
Tribunais (todos). 
 Autônomos: gozam de ampla autonomia administrativa, financeira e téc-
nica e são dotados de competência de planejamento, supervisão e controle 
sobre outros órgãos. 
Exemplo: Ministérios 
Secretarias e advocacia geral da União. 
 Superiores: são aqueles de nível mais elevado na função técnica de 
gestão do Estado e subordinados a um órgão autô-
nomo ou independente. 
Exemplos: Secretaria do Tesouro nacional 
Secretaria da receita federal 
Procuradorias gerais 
Coordenadorias gerais 
 Subalternos: são órgãos comuns dotados de atribuições predomi-
nantemente executória. 
Exemplo: repartições comuns. 
2. Quanto a estrutura: 
 Simples: constituídos somente por um centro de competências. 
Exemplo: Presidência da Republica 
Juiz 
 Composto: Constituído por diversos órgãos menores 
Exemplo: Secretarias 
Ministérios 
 
• Presidencia Da Republica, Tribunais, MP, 
CNJ, CNMP, TCU, Senado, Câmara
Independentes:
• AGU, CGU, GSI, Ministérios, 
Secretarias Especiais.
Autônomos:
• STN, ABIN, SRF, 
Procuradorias Gerais, 
Coordenadorias Gerais, 
Divisões, Departamentos
Superiores:
• Setor De Claviculario, 
Sessões, Subsessões, 
Núcleo, Setores 
Almoxarifados
Subalternos
3. Quanto a atuação funcional: 
 Singulares: são aqueles em que as decisões, em nome do órgão, são tomadas pela mani-
festação de uma única autoridade superior. 
Exemplo: Presidência da República 
Ministérios 
Secretarias, departamentos 
 Colegiados: as decisões são tomadas mediante a votação de um grupo de agentes que 
decidem por maioria ou unanimidade. 
Exemplo: Câmara e Senado 
Tribunais Superiores 
Conselho de política monetária 
 
4. Quanto a função: 
 Ativo: destinados, predominantemente, a execução de serviços públicos ou atividades ad-
ministrativas do Estado. 
Ex.: departamento de polícia federal 
Marinha 
Secretaria da receita federal 
 Consultivos: destinados, principalmente, a assessoria, prestar consultoria e subsidiar ou-
tros órgãos para que possam tomar decisões. 
Exemplo: conselho da republica 
Conselho de segurança 
Advocacia geral da União 
 De controle: destinados,principalmente, a rever, revisar, fiscalizar e controlar atos de ou-
tros poderes. 
Exemplo: controladoria geral da união 
Corregedorias de policias 
TCU, MPU, CNJ, CNMP 
 
 Autarquias: 
São pessoas jurídicas de direito público interno, pertencente à administração pública indireta, 
criadas por lei especifica para o exercício de atividades típicas da administração pública. 
Art.5º, I, Decreto-lei n.º200/1967: Autarquia: o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar 
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão ad-
ministrativa e financeira descentralizada. 
O nome “instituto” designa entidades públicas com natureza autárquica. 
A personalidade jurídica de uma autarquia surge com a publicação da lei que a institui, dispen-
sando o registro dos atos constitutivos em cartório. 
Lei especifica é a que trata exclusivamente da criação da autarquia. 
Dotada de autonomia gerencial, orçamentária e patrimonial. 
Capacidade de autogoverno 
Não estão subordinadas hierarquicamente à administração pública direta, mas sofre supervisão 
ou tutela ministerial. 
Não exercem atividade econômica, somente desempenham atividade típica da administração 
pública, como prestar serviços públicos, exercer o poder de polícia ou promover o fomento. 
São imunes a impostos. 
Seus bens são públicos: impenhoráveis, inalienáveis e imprescritíveis. 
Praticam atos administrativos: são dotados de presunção de legitimidade, exigibilidade, impe-
ratividade e autoexecutoriedade. 
Celebram contratos administrativos. 
Regime jurídico público. 
Responsabilidade objetiva e direta: é responsável pelos atos de seus agentes. 
Sofrem controles dos Tribunais de Contas. 
Deve observar as regras de contabilidade pública. 
É vedada acumulação de cargos e funções públicas. 
Devem realizar licitações. 
Seus dirigentes ocupam cargos em comissão de livre provimento e exoneração. 
 
1. Autarquia administrativa ou de serviço: 
Autarquias comuns. 
Ex.: INSS 
 
2. Autarquia especial: 
Maior autonomia que as autarquias comuns. 
 Stricto Sensu: 
Exemplo: Bacen, Sudam, Sudene etc. 
 
 Agências reguladoras: 
Criadas para fiscalizar, controlar e regulamentar a prestação de serviços públicos, 
estatizados ou não, e as atividades de relevante interesse coletivo. 
Exercem predominantemente o poder de polícia administrativa sobre os respec-
tivos setores regulares. 
Possuem competência normativa administrativa para dispor sobre aspectos de 
cada setor regulado. 
Possuem discricionariedade técnica sobre o respectivo setor regulado. 
Vinculação à administração direta. (Ministério supervisor) 
Dirigentes: 
 Presidente da república Senado 
 Indica (ad.nutum) autoriza (por sabatina) 
 Mandato fixo Duração depende da lei de cada autarquia 
 Quarentena - Certo tempo proibido de trabalhar em empresas no qual 
fiscalizava (conflito de interesses) 
Exemplo: ANATEL, ANTT, ANEEL, ANTAC etc. 
Nem tudo que é denominado agencia será uma autarquia especial. 
Ex.: ABIN – Agencia Brasileira de Inteligência (órgão público subordinado ao Ministério da Defesa) 
APEX/Brasil – Agência para exportação brasileira (entidade para estatal) 
 
 Autarquia fundacional (executivas) 
Autarquia ou fundação criada por lei. 
Título emitido pelo Presidente da República através 
de decreto. 
Exemplo: INMETRO 
Contrato de gestão (art.37, §8º, CF/88) 
 
 Autarquias territoriais: 
Territórios federais (art.33, CF/88) 
O arquipélago de Fernando de Noronha é hoje uma entidade autárquica que 
integra o executivo pernambucano, nominada de distrito estadual, com estatuto e autono-
mia administrativa e financeira. 
 
 Autarquia corporativa: 
Autarquias profissionais 
Exercem controle e fiscalização sobre determinadas categorias profissionais. 
Exemplo: CREA, CAU, CRM 
Exceção: OAB 
 Entidade sui generis 
 Tem prerrogativas públicas (não paga impostos) 
 Não sofre controle público. 
 Não é entidade privada 
 
Agencia executiva: é um título atribuído pelo 
governo federal a autarquia, fundação pú-
blica e órgãos que celebrem contrato de ges-
tão para ampliação de sua autonomia medi-
ante a fixação de metas de desempenho. 
* importante instrumento da administração 
gerencial. 
Quadro comparativo entre agências reguladoras e agencias executivas: 
 Agência executiva Agência reguladora 
Natureza 
Qualificação jurídica atribuída a ór-
gãos ou pessoas governamentais 
Autarquias em regime especial 
Atuação 
Visam a operacionalidade mediante 
exercício descentralizado de tarefas 
públicas 
Controle e fiscalização de setores pri-
vados 
Surgimento Contexto da reforma administrativa Contexto da reforma administrativa 
Exemplos INMETRO ANATEL, ANEEL, ANAC 
Base ideológica Modelo da administração gerencial Modelo da administração gerencial 
Âmbito federativo Existe apenas no âmbito federal Existem em todas esferas federativas. 
 
 Fundações públicas: 
Art.5º, IV, Decreto-Lei 200/67: Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude 
de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos 
ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos res-
pectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
São pessoas jurídicas de direito público interno, instituídas por lei especifica mediante a afetação 
de um acervo patrimonial do Estado a uma dada finalidade pública. 
Art.5º, §3º, Decreto-Lei 200/67: (Fundação públicas) adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua consti-
tuição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil 
concernentes às fundações. 
É um patrimônio público personificado ou personalizado. 
Decorre do princípio da especialidade. 
Descentralização por delegação (legal) 
Possuem autonomia gerencial, orçamentária, financeira, 
patrimonial e administrativa. 
 Personalidade jurídica: 
Direito privado: fundações governamentais 
Sem prerrogativas 
FUNPRESP (lei n.º 12618/12) 
Direito público: fundações autárquicas 
Autarquias fundacionais 
Com prerrogativas 
FUNAI, CNPQ, IBGE 
 Fundação publica de direito privado: 
Criada por lei especifica (art.37, XIX, CF/88) 
Lei + Ato administrativo + registro em cartório = forma de lei civil 
 
 Fundação publica de direito publico ≡ autarquias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundações governamentais: 
 Pessoa jurídica de direito privado; 
 Pertence a administração pública indireta; 
 Criada por autorização legislativa; 
 A personalidade jurídica surge como o registro 
dos atos constitutivos em cartório, após publica-
ção de lei autorizando e do decreto regulamen-
tando a instituição; 
 São extintas com baixa em cartório; 
 Categoria autônoma; 
 Não pode titularizar serviços públicos. 
 
Autarquias e fundações públicas (Semelhanças) 
1. Características jurídicas comuns: 
 Respondem por seus próprios atos. 
 Sem fins lucrativos. 
 Regime, predominantemente, estatutário. 
 Regidos pela lei de licitação (8.666/1993) 
 Responsabilidade civil objetiva (responde pelos seus funcionários) 
 Regime público jurídico de bens. 
 Não estão sujeitos a falência nem a recuperação judicial. 
 Gozam de imunidade tributária reciproca. (Aplica-se apenas as atividades fins ou delas decorrentes) 
2. Prerrogativas processuais: 
 Possuem personalidade jurídica (de direito público) ou capacidade processual. 
 Prerrogativas processuais comuns aos do regime jurídico. 
𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑠𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑣𝑖𝑙
{
 
 
 
 
 
 
𝑆𝑢𝑏𝑗𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 
{
 
 
 
 
𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑎 
𝑑𝑎𝑛𝑜 
𝑛𝑒𝑥𝑜 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎𝑙𝑑𝑜𝑙𝑜 𝑜𝑢 𝑐𝑢𝑙𝑝𝑎 {
𝑛𝑒𝑔𝑙𝑖𝑔ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑖𝑚𝑝𝑟𝑢𝑑ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑖𝑚𝑝𝑒𝑟í𝑐𝑖𝑎
𝑂𝑏𝑗𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 {
𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑎 𝑑𝑎𝑛𝑜
𝑛𝑒𝑥𝑜 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎𝑙 
 
 
 
 
 Empresas públicas: 
Art.5º, II, Decreto-Lei 200/67: Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital 
exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja le-
vado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de 
qualquer das formas admitidas em direito. 
São pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização legislativa, com totalidade de 
capital público e regime organizacional livre. 
 Características: 
Criação autorizada por lei especifica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todo capital é público. 
Forma organizacional livre: pode adotar qualquer forma admitida pelo Direito 
empresarial. 
Suas demandas são de competência da justiça federal. 
Empresa pública não admite sócio privado. 
Pode ter mais de um sócio desde que todos sejam públicos. 
No âmbito estadual, distrital e municipal a competência de suas demandas será a justiça estadual ou do DF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vítima do dano tem 
que comprovar 
Ex.: omissão do Estado 
A vítima tem que 
comprovar 
Conduta + Dano 
Lei ordinária 
Lei + Ato administrativo + Registro 
No cartório e junta comercial: 
Confere a existência 
Expedição de decreto: 
Constitui 
Autoriza 
 Sociedade de economia mista: 
Art.5º, III, Decreto-Lei 200/67: Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a 
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração In-
direta. 
Pessoa jurídica de direito privado criada mediante autorização legislativa, com maioria de capital 
público e organizada obrigatoriamente como sociedades anônimas. 
Além de explorar atividades econômicas, pode também prestar serviços públicos. 
 Características: 
o Criação autorizada por lei: 
A personalidade jurídica surge com o registro dos atos constitutivos no cartório. 
o A maioria do capital é público. 
O capital votante deve ser de 50% mais uma ação e deve pertencer ao Estado. 
o Forma organizacional, obrigatoriamente, deverá ser sociedade anônima. 
o Suas demandas são de competência da justiça comum estadual. 
As estaduais, distritais e municipais tem causas julgadas em Varas Cíveis. 
Art.5º, §1º, Decreto-Lei 200/67: quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, 
em caráter permanente. 
 
 Consorcio Público: 
É uma pessoa jurídica criada por lei com a finalidade de executar a gestão associada de serviços 
públicos, onde os entes consorciados, no todo ou em partes, destinarão pessoal e bens essenciais à 
execução dos serviços transferidos. 
Lei que rege: lei n.º 11;107/2005. 
Consórcio público de direito público integra a administração indireta de todos entes da federação 
associados. 
Consórcio público de direito privado devem observar as normas de licitação, celebração de con-
tratos, prestação de contas e admissão de pessoal (CLT). 
 
 Entidades Paraestatais: 
Entidades que atuam ao lado do Estado. 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Melo, o conceito de paraestatal inclui somente os Serviços 
Sociais autônomos. 
 Serviços Sociais Autônomos: 
Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito privado, criadas medi-
ante autorização legislativa e que compõem o denominado sistema S. 
Estão ligados às estruturas sindicais. 
SESC, SENAI, SENAC... 
 Características: 
Não tem fins lucrativos 
Executam serviços de utilidade pública, mas não serviços públicos. 
Não pertencem ao Estado. 
São custeados pelos sindicalizados (parafiscalidade tributaria). 
Seu superávit deverá ser convertido em beneficies da entidade. 
Sociedade de economia mista e empresa pública: 
Prestadoras de serviço público Exploradoras de atividade econômica 
 Imunes a impostos 
 Bens públicos 
 Responsabilidade objetiva 
 O Estado responde subsidiariamente 
 Sujeitam-se a impetração de mandado de segurança 
 Maior influência do direito administrativo 
 Obrigadas a licitar 
 Não tem imunidade 
 Bens privados 
 Responsabilidade subjetiva 
 O estado não tem responsabilidade pelos danos causados 
 Não se sujeitam a impetração de mandado de segurança 
 Menor influência do direito administrativo 
 Obrigadas a licitar, exceto no que tange suas atividades fim. 
Estão sujeitos a Controle Estatal, inclusive TCs. 
Não contrata mediante concurso público (não é obrigado) 
Estão obrigados a realizar licitações. Podem editar regulamento próprio de licitação e 
contratação. 
São imunes a impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços. 
 
 Terceiro setor: 
É composto por entidades privadas da sociedade civil que exercem atividade de interesse público 
sem finalidade lucrativa. 
 
 
 Organizações sociais: (OS) 
Desempenham atividades de interesse público, mas que não se caracterizam como ser-
viço público stricto sensu. 
Áreas de atuação: 
 Ensino, pesquisa cientifica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação 
do meio ambiente, cultura e saúde. 
 
 Organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) 
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa dos 
particulares, para desempenhar serviços não executivos do Estado. 
Não podem ser OSCIP: 
 Sociedades comerciais; 
 Sindicatos, organizações partidárias; 
 Instituições religiosas; 
 Plano de saúde, instituições hospitalares privadas não gratuitas; 
 Escolas privadas não gratuitas; 
 Organizações sociais, cooperativas, fundações públicas e suas subordinadas, orga-
nizações credenciadas com vinculo ao sistema financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro comparativo entre OS e OSCIP: 
Organizações Sociais OSCIP 
 Lei n.º 9.637/98; 
 Exercem atividades de interesse público anterior-
mente desempenhadas pelo Estado; 
 Contrato de gestão 
 Outorga discricionária; 
 A qualificação depende de aprovação do Ministro de 
Estado ligado à área de atuação da entidade; 
 Podem ser contratadas por dispensa de licitação; 
 Devem realizar licitação para contratações resultantes 
da aplicação de recursos e bens repassados direta-
mente pela união; 
 Estão proibidas de receber a qualificação das OSCIPS; 
 Pode ter seu ingresso de funcionário por concurso. 
 Lei n.º 9.790/99; 
 Exerce atividade de natureza privada; 
 Termo de parceria; 
 A outorga é vinculada; 
 A qualificação é outorgada pelo Ministério da Justiça; 
 Não há previsão legal de contratação direta sem licitação; 
 Devem realizar licitação para contratações resultantes da 
aplicação de recursos e bens repassados diretamente pela 
União; 
 Não há previsão legal equivalente. 
1º setor
• Estado
• Coletivo
• Direito público
2º setor
• Iniciativa Privada
• Individual
• Direito Privado
3º setor
• Privada
• Sem fins lucrativos
• coletivo 
• direito privado
4º setor
• Economia informal
• individual
• atividades ilicitas, 
irregulares
 
1 – As entidades do serviço social autônomo sujeitam-se a regra da obrigatoriedade da licitação, porém não 
estão obrigadas a observar as regras do procedimento licitatório previstos na lei 8.666/1993 e na lei 
10.520/2002. Isso porque elas podem editar regulamento próprio de licitação. 
2 e 3 – Sujeitam-se a obrigatoriedade de licitação e aos princípios licitatórios, mas não estão obrigados a 
seguir as regras da lei 8.666/1993 e da lei 10.520/2002. 
4 – A partir de 2012, o TST firmou jurisprudência no sentido de que elas não precisam realizar concurso, 
nem processo seletivo. 
5 – Este contrato de gestão não se confunde com aqueledestinado a qualificar uma entidade como agencia 
executiva. Aqui o contrato de gestão se destina a qualificar como OS uma entidade privada sem fins lucra-
tivos da área de saúde, ensino, cultura, pesquisa, assistência ou proteção e preservação do meio ambiente. 
Destina-se também a dispor sobre o repasse de recursos públicos e a seção de pessoal e bens do poder 
público para a OS. 
6 – É o ajuste ou acordo que dispõe sobre a conjugação de recursos e esforços entre o poder público e a 
entidade de apoio para a consecução de um interesse coletivo comum. Destina-se a dispor sobre o repasse 
de recursos, bens e pessoal entre eles. 
7 - É o ajuste ou acordo firmado entre um ente público e uma entidade privada sem fins lucrativos, que 
já tenha sido qualificada como OSCIO por ato vinculado ao ministério da justiça. Destina-se também a dispor 
sobre o repasse de recursos, bens e pessoal. 
Atos administrativos: 
São manifestações unilaterais de vontade do Estado ou de quem atua em nome dele, submetidas ao re-
gime jurídico-administrativo e destinadas a realizar função tipicamente administrativa para produzir efeitos 
jurídicos imediatos e satisfazer um interesse coletivo. 
É toda manifestação expedida no exercício da função administrativa, com caráter infralegal, consistente 
na emissão de comandos complementares à lei, com a finalidade de produzir efeitos jurídicos. 
 Atos da administração: 
É qualquer acontecimento ou realização no âmbito da administração (poder Executivo) 
 Atos políticos ou de governo: ampla margem de discricionariedade e tem competência 
extraída diretamente da Constituição Federal. 
Exemplo: declaração de guerra, indulto, veto. 
 Atos meramente materiais (fatos administrativos): constituem mera prestação con-
creta de serviços. 
Exemplo: poda de arvore, varrer rua. 
 Atos legislativos e jurisdicionais: praticados no exercício de função atípica. 
Exemplo: medida provisória. 
Características jurídicas de direito público aplicados aos entes de cooperação 
 
Serviços 
Sociais 
Autônomos 
Lei 9.637/98 
OS 
Lei 8.958/94 
Entidade de 
Apoio 
Lei 9.790/99 
OSCIP 
Devem prestar contas ao TCU e outros 
entes de controle? 
Sim Sim Sim Sim 
Devem realizar licitação para contrata-
ção de bens, serviço e obras? 
Sim1 Sim2 Não Sim3 
Devem realizar concurso ou processo 
seletivo para contratação de pessoal? 
Não4 Sim Não Não 
Devem observar os princípios básicos 
da administração pública? (LIMPE) 
Sim Sim Sim Sim 
Qual é a forma ou instrumento jurí-
dico de cooperação ou parceria com o 
Estado? 
Por lei 
Por contrato5 
de gestão 
Por convênio6 Por tempo de 
parceria7 
 Atos regidos pelo direito privado ou ato de gestão: ocupam posição de igualdade pe-
rante o particular. 
Exemplo: contrato de locação, compra, venda. 
 Contratos administrativos: vinculações jurídicas bilaterais. 
Exemplo: concessão de serviço público, parceria público-privada. 
 
 Atributos do ato administrativo: 
São prerrogativas conferidas a administração ao praticar um ato administrativo, para fazer 
valer o interesse coletivo dobre o individual. 
Presunção de legitimidade 
Autoexecutoriedade 
Imperatividade 
Exigibilidade 
Tipicidade 
 
Presunção de legitimidade 
Significa que o ato administrativo, até prova em contrário, é considerado valido para 
o direito. 
Efeitos imediatos. 
Presunção relativa: cabe ao particular provar existência de vicio que macula o ato 
administrativo. 
Juris tantun Inversão do ônus da prova 
 Fé pública 
Enquanto não decretada a invalidade, o ato produzirá os mesmos efeitos decorren-
tes dos atos válidos. 
É atribuído presente em todo ato administrativo. 
 
Imperatividade (coercibilidade) 
Significa que o ato administrativo pode criar unilateralmente obrigações aos particu-
lares, independentemente da anuência destes. 
É uma decorrência do poder extroverso do Estado. 
 
É o poder que o Estado tem de intervir na esfera individual dos particulares im-
pondo-lhes obrigações e deveres. 
A coercibilidade (aplicação da força) é aptidão da administração pública para fazer 
cumprir seus atos de império. 
A aplicação da força deve ser proporcional a resistência do particular 
Não está presente em atos enunciativos. 
 
Exigibilidade: 
Permite a administração aplicar punições aos particulares por violação da ordem ju-
rídica, sem necessidade de ordem judicial. 
É o poder de aplicar sanções administrativas. 
 
Autoexecutoriedade: 
Permite que a administração pública realize a execução material dos atos adminis-
trativos ou de dispositivos legais, usando a força física, se for para desconstituir situação 
violadora da ordem jurídica. 
 
 
 
 
 
 
 
Tipicidade: 
Dependendo da finalidade que a administração pretende alcançar, existe um ato de-
finido em lei. 
Impede a administração pública de praticar atos atípicos ou inominados. 
Respeito as finalidades típicas. 
Abrange todos os atos administrativos. 
 
 Elementos ou requisitos do ato administrativo: 
Elementos = requisitos, componentes ou pressupostos. 
Competência 
Forma vinculado 
Finalidade 
Objeto 
Motivo 
 
Competência (Sujeito capaz): 
É o poder atribuído ao agente da administração para o desempenho de usas fun-
ções. 
A competência não se transfere a outro por falta de uso. 
Inderrogabilidade = irrenunciabilidade 
Incaducalidade = imprescritividade  não se extingue, exceto por vontade legal. 
Delegabilidade = 
 Passar a responsabilidade a outra pessoa. 
 É admitida nos sentidos verticais e horizontais. 
Deve sempre ser motivada. 
 São indelegáveis: (art.13, lei nº 9.784/99) 
 I – Edição de atos normativos; 
 II – Decisão de recursos; 
 III – Matéria de competência exclusiva. 
Avocabilidade: 
 Conferir a si próprio a responsabilidade. 
 É admitida apenas no sentido vertical (de cima para baixo). 
 Como regra, em caráter temporário. 
 
Exigibilidade
Aplicação de sanções administrativas
Ex.: multa de transito
Dispensa ordem judicial
Coerção indireta
Pune, mas não desfaz a ilegalidade
Não permite uso da força física
Autoexecutoriedade
Execução material do ato 
administrativo
Ex.: guinchamento do carro
Dispensa ordem judicial
Coerção direta
Pune e desconstitui a situação ilegal
Permite o uso da força física
• Exceção:
• art.5º, XI, XXII, XXIII, XXIV - CF/88
Discricionário 
Forma (Previsão legal): 
 É a exteriorização da vontade ou ato da administração. 
 Espécies de forma: 
 Escrita 
 Verbal 
 Eletrônica 
 Gestual 
 Luminosa ou semafórica 
 Pictórica ou simbólica 
 Sonora 
 
Finalidade (resultado) 
É aquilo, ou interesse público, que deve ser alcançado com a pratica do ato por 
determinação legal. 
Imediato: especifico, resultado prático a ser alcançado pela vontade administrativa. 
(Variável) 
Mediato: geral, interesse coletivo que deve o administrador perseguir. 
 O ato só será legal se atender as duas finalidades ao mesmo tempo. 
 
Objeto (conteúdo) 
É aquilo que o ato dispõe, impõe ou determina sobre situação, coisa ou pessoa. 
 Licito 
 Certo 
 Possível 
 Moral 
 Todo ato administrativo tem por objeto a criação, modificação, comprovação de situação jurídica concernente a pessoas, 
coisas ou atividades sujeitas à ação da administração pública. 
 
Motivo (porquê) 
É a situação de fato e o fundamento jurídico que autorizam a prática do ato. É ele-
mento externo, extrínseco ao ato administrativo, aparecendo antes da pratica do ato. 
Existe sem sua explicitação. 
 Motivação aliunde: Motivação que se refere à ação administrativa baseada num 
parecer, laudo ou qualquer outro documento de ato admi-
nistrativo anterior. 
Art.50, §1º, Lei 9.784/1999: A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com funda-
mentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrantedo ato. 
Não é necessário motivo para: 
 Nomeação e exoneração para cargos em comissão 
 Atos materiais (de mera execução) 
 Teoria dos motivos determinantes: Por essa teoria os atos administrativos 
praticados ficam vinculados aos moti-
vos apresentados, de maneira que, se 
os motivos forem falsos ou inexistentes 
o ato é nulo e deve ser invalidado. 
 
 
Ato administrativo
motivo condizente com a realidade ato válido
motivo falso ou inexistente ato invalido
 Classificação dos atos administrativos: 
 Quanto a liberdade (grau) – Regramento 
 Atos vinculados: são aqueles praticados pela administração sem margem alguma de li-
berdade. 
Não podem ser revogados. 
Não possui mérito, sofre controle judicial. 
Pode ser anulado por vicio de legalidade. 
 Atos discricionários: dispõe de margem de liberdade para que o agente público decida, 
diante do caso concreto, qual a melhor maneira de atingir o interesse 
público. 
Possui mérito (juízo de conveniência e oportunidade no motivo ou objeto) 
Pode ser anulado por vicio de legalidade. 
Poder ser revogado por razão de interesse público. 
Estão sujeitos a amplo controle de legalidade perante o judiciário. 
 
Não pode revisar o mérito. 
 
 Quanto a formação: 
 
 Simples Composto Complexo 
Mecanismo de for-
mação 
Manifestação de um 
único órgão 
Praticado por um ór-
gão, mas sujeito à 
aprovação de outro 
Conjugação de 
vontades de mais de 
um órgão 
Exemplo 
importante 
Decisão do conselho de 
contribuintes 
Auto de infração que 
depende do visto de 
autoridade superior 
Investidura de 
Funcionário 
Dica especial 
A vontade de um único 
órgão torna o ato exis-
tente, valido e eficaz 
A vontade do 2º 
órgão é condição de 
exequibilidade do ato 
A vontade do 2º 
órgão é elemento de 
existência do ato 
O que guardar 
Mesmo se o órgão for 
colegiado, o ato é sim-
ples 
Apareceu na prova 
“condição de exequibi-
lidade”, o ato é com-
posto 
No ato complexo, as 
duas vontades se fun-
dem na pratica de ato 
uno. 
 
 
 Quanto ao destinatário: 
 Atos gerais (regulamentares ou normativos): 
São aqueles de natureza genérica e abstrata destinados a dispor sobre determinadas 
circunstâncias e produzir efeitos reiterados a quem quer que venha a se enquadrar na 
respectiva circunstância. 
Ex.: decretos, resoluções, regulamentos, portarias, circulares etc. 
Normalmente publicados na imprensa Oficial, jornais de grande publicação ou locais 
públicos. 
 
 Atos coletivos (plúrimos): 
Expedido em função de um grupo definido de destinatários. A publicidade é atendida 
com a simples comunicação dos interessados. 
Ex.: alteração de horário de uma repartição. 
 
 
 
 
 
 Atos individuais (concreto): 
Destinado a um indivíduo determinado. A publicidade é cumprida com a comunica-
ção ao destinatário. 
Ex.: nomeação, multa, remoção de oficio etc. 
Regulam apenas um caso, esgotando-se após a primeira aplicação. 
 Quanto ao alcance: 
 Atos internos: efeitos dentro da administração pública. 
Ex.: instrução ministerial. 
 Atos externos: efeitos perante terceiros. 
Ex.: fechamento de estabelecimento. 
 
 Quanto ao objeto: 
 Atos de império: praticado em posição de superioridade diante do particular. Ex.: multa. 
 Atos de gestão: expedidos em posição de igualdade perante o particular. Ex.: locação de 
imóvel. 
 Atos de expediente: são rotinas internas da administração pública sem competência de-
cisória. Ex.: protocolar 
 
 Quanto ao conteúdo: 
 Atos declaratórios (enunciativos) 
São destinados a comprovar ou demonstrar um direito ou uma situação jurídica pré-
existente. 
Ex.: certidões, atestados, declarações. 
 Atos constitutivos 
Criam novas situações jurídicas. 
Ex.: admissão de aluno em escola pública. 
 Atos extintivos (desconstitutivos) 
Destinados a pôr fim a um direito ou situação jurídica pré-existente. 
Ex.: exoneração, nomeação, revogação. 
 Atos alienativos: 
Realizam a transferência de bens ou direitos a terceiros. 
Ex.: venda de bens públicos. 
 Atos modificativos: 
Alteram situações preexistentes. 
Ex.: remoção, readaptação 
 Atos abdicativos: 
O titular abre mão de um direito ou renuncia a um interesse. 
Ex.: perdão de dívida, renuncia à função pública. 
Sempre dependem de autorização especifica em lei. 
 
 Outros: 
 Ato regra: cria situações gerais, abstratas e impessoais. 
 Ato subjetivo: cria situações particulares, concretas, pessoais. 
 Ato condição: alguém se submete a situações criadas pelos atos regra. 
 Ato valido: atende todos os requisitos exigidos pela ordem jurídica. 
 Ato nulo: possui defeito insuscetível de convalidação. 
 Ato anulável: possui vícios sanáveis. Admite convalidação. 
 Ato inexistente: possui erro gravíssimo, sem qualquer efeito jurídico. 
 Ato irregular: possui defeitos formais leves, sem prejuízo a seus efeitos. 
 Ato perfeito: atende a todos dos requisitos. 
 Ato imperfeito: incompleto em sua formação. 
 Ato pendente: sua irradiação de efeitos depende do implemento de condição suspensiva 
ou termo inicial. 
 Ato consumado ou exaurido: produzem todos os efeitos. 
 Ato irrevogável: insuscetível a revogação. 
 Ato revogável: sujeito a possibilidade de extinção por revogação. Somente atos discricio-
nários admitem revogação. 
 Ato suspensível: pode ter seus efeitos interrompidos temporariamente diante de situa-
ções excepcionais. 
 Ato precário: ao ser revogado ou retirado do mundo jurídico a qualquer tempo pela ad-
ministração, não geram para o prejudicado o direito a indenização dos 
prejuízos sofridos. 
 Ato não precário: ao ser retirado do mundo jurídico antes do prazo legal geram direito a 
indenização ao particular prejudicado. 
 Ato auto executório: executado pela administração. 
 Ato não auto executório: necessita de intervenção do judiciário. 
 Ato principal: existência basta em si. 
 Ato complementar: aprova ou confirma o principal. 
 Ato intermediário: (precatório) concorrem para a pratica de um ato principal e final. 
 Ato condição: são pré-requisitos a outro ato. 
 Ato de jurisdição: envolve decisão de matéria controvertida. 
 
 Espécie de ato administrativo: 
 Atos normativos: 
São aqueles que contém comandos, em regra, gerais e abstratas para viabilizar o 
comprimento da lei. 
São “lei em sentido material” 
Não podem inovar o ordenamento jurídico. 
Decorrem do exercício do poder administrativo disciplinar. 
Ex.: decretos, resoluções, regulamentos, instruções normativas. 
 
 Atos ordinários: 
Destinados a detalhar, estruturar, escalonar e dispor sobre o funcionamento admi-
nistrativo do Estado, o exercício das competências e a conduta dos agentes. 
Ex.: despacho, portaria, ordem de serviço, memorando, aviso, circular, provimento 
etc. 
 
 Atos enunciativos: 
Cerificam ou atestam uma situação existente, não contendo manifestação de von-
tade da administração pública. 
Ex.: certidões, pareceres, laudos técnicos, relatórios etc. 
 
 Atos punitivos: 
São aqueles destinados a impor sansões ou penalidades administrativas a servido-
res e administrados. 
Ex.: advertência, multa, suspensão, demissão, destituição de cargo em comissão, 
cassação, embarque de obra, interdição de estabelecimento, apreensão de mercadoria 
etc. 
 
 Atos negociais: 
São aqueles editados pelo poder público que contém uma manifestação de vontade 
da administração pública coincidente com a vontade do particular (mas não se confundem 
com contratos administrativos). Visam a concretizar negócios públicos ou conferir direitos 
e prerrogativas aos particulares. 
Ex.: licença, alvará, autorização, permissão de uso, visto, renuncia, homologação, 
entre outros. 
Diferença entre concessão, permissão e autorização: 
 Concessão Permissão Autorização 
Quanto a natureza 
Ato bilateral 
(Contrato adminis-
trativo) 
Ato unilateral, dis-
cricionário precário 
Ato unilateral, discri-
cionário constitutivo 
e precário 
Quanto asobeneficiários Só pessoas jurídicas 
Pessoas físicas e 
pessoas jurídicas 
Pessoas físicas e 
pessoas jurídicas. 
Quanto a licitação 
Exige previa con-
corrência 
Exige licitação em 
qualquer modali-
dade 
Exige licitação em 
qualquer modali-
dade 
Quanto ao prazo Prazo determinado 
Pode ter prazo inde-
terminado 
Pode ter prazo inde-
terminado 
Quanto a forma de outorga Lei especifica 
Autorização legisla-
tiva 
Autorização legisla-
tiva 
Dica especial 
Na concorrência 
que antecede a 
concessão, a fase 
de julgamento an-
tecede a habitação 
É outorgada no in-
teresse predomi-
nante da coletivi-
dade (interesse pú-
blico) 
É outorgada no inte-
resse predominante 
do particular 
Exemplos 
Rodovias 
Telefonia fixa 
Radio 
TV 
Empresas aéreas 
Transporte de pas-
sageiros 
Taxistas 
Instalação de mesas 
de bar em calçadas 
 
 Extinção ou invalidação dos atos administrativos; 
O ato administrativo é praticado, produz efeito e desaparece. 
 Naturais ou ordinárias: 
A extinção é automática. São atos eficazes, ou seja, já produziram seus efeitos. 
Extinção ipso Iuri pelo cumprimento integral de seus efeitos. 
Pode se dar das seguintes formas: 
 Esgotamento do conteúdo 
 Execução material 
 Implemento de condições resoluta ou termo final (vencimento de prazo) 
 Desaparecimento do sujeito ou do objeto no qual o ato é praticado. 
 
 Extinção por renúncia: 
Ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da situação proporcionada pelo ato. 
 
 Retirada do ato: 
A extinção decorrerá da manifestação de vontade do administrador. São eles: re-
vogação, anulação, cassação, caducidade e contraposição. 
Cassação: ocorre quando o administrado deixa de preencher condição necessária 
para permanência da vantagem. Ex.: habilitação cassada porque o con-
dutor ficou cego. 
Caducidade ou decaimento: 
Há caducidade quando a retirada se fundamenta no advento de nova le-
gislação que impede a permanência da situação anteriormente consentida. O ato, 
que passa a ficar em antagonismo com a nova norma, extingue-se. 
 
Contraposição: 
Ocorre com a expedição de um segundo ato, fundado em competência 
diversa, cujos efeitos são contrapostos aos do ato inicial, produzindo sua extinção. 
Ex.: ato de nomeação de um funcionário extinto com a exoneração. 
 Ato 1 Ato 2 
 Anulação Revogação 
Motivo 
Ilegalidade 
Ilegitimidade 
Irregularidade 
Conveniência e oportunidade 
(Interesse público) 
Competência 
Administração 
Judiciário (quando provocado) 
Somente a administração 
Efeitos Retroativos (ex tunc) Não retroativo (ex nunc) 
Ato que realiza Ato anulatório Ato revocatório 
Natureza 
Decisão vinculada 
“Poder-dever” 
Obrigatória 
Decisão discricionária 
“Poder” 
Facultativa 
Alcance 
Ato vinculado e 
Ato discricionário 
Atos discricionários perfeitos 
e eficazes 
Prazo 5 anos Não tem 
Objeto
 
Ato invalido 
Ilegal 
Ato valido 
Legal 
Repristinação1 Não há Não há2 
Direito adquirido3 Não há 
Há 
Respeita o direito adquirido 
Dica especial 
Anulação de atos ampliativos e dos pra-
ticados por funcionários de fato tem 
efeito ex nunc 
A revogação só pode ser rea-
lizada com a superveniência 
de fato novo que deve cons-
tar da motivação do ato re-
vocatório. 
 Ato administrativo válido e vinculado não pode ser retirado do mundo jurídico, ou seja, não pode ser 
anulado nem revogado. 
1 – Repristinação = restauração funcional ao estado inicial; 
2 – Só ocorrerá a restauração dos efeitos (repristinação) se o último ato revogador expressamente de-
terminar; 
3 – Direito adquirido = é o direito subjetivo que já ingressou no patrimônio jurídico de uma pessoa, mas 
ainda não foi exercida ou gozada. 
 
 Convalidação: 
É uma forma de suprir defeitos leves do ato para preservar sua eficácia. 
Fundamento: preservação da segurança jurídica e da economia processual. 
Objeto: ato administrativo, vinculado ou discricionário, possuídos de vicio sanável ensejado de 
anulabilidade. Ato inexistente, nulo ou irregular nunca poderá ser convalidado. 
São passiveis de convalidação os atos com defeito na competência ou na forma. 
Regido pelo art.55 da lei 9.784/99: 
Art. 55, lei 9.784/1999: Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apre-
sentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 
Espécie de convalidação: 
 Ratificação: quando é realizado pela mesma autoridade que praticou o ato. 
 Confirmação: realizada por outra autoridade. 
 Saneamento: nos casos em que o particular é quem promove a somatória do ato. 
 
 Conversão: 
Aproveitamento de ato defeituoso como ato valido. 
É constituído, discricionário e com eficácia ex tunc. 
 
 
 
 
 Mérito do ato administrativo: 
Mérito ou merecimento é a margem de liberdade que os atos discricionários recebem da lei 
para permitir aos agentes públicos escolher, diante da situação concreta, qual a melhor maneira de 
atender ao interesse público. 
Trata-se de um juízo de conveniência e oportunidade que constitui o núcleo da função típica 
do Poder executivo. 
É vedado ao poder Executivo controlar o mérito do ato administrativo. 
Essa margem de liberdade se limita ao motivo e objeto do ato discricionário. 
 
 
 Poderes da administração: 
A função administrativa deve ser exercida nos limites e na forma da lei e do direito. O agente 
há de reunir competência para a pratica do ato, a finalidade há de ser aquela imposta na lei que 
autoriza a atuação, os motivos devem ser verdadeiros e aqueles presumidos na norma, o objeto há 
de ser licito e a forma não vedada pelo direito ou a imposta na lei. 
Poder, para a administração pública, corresponde, ao mesmo tempo, a dever. Poder-dever. 
Há inteira subordinação do poder em relação ao dever, tanto que o poder não pode ser exer-
cido livremente, sujeitando-se sempre a uma finalidade especifica. 
 Tipos: 
o Poder vinculado: 
É a prerrogativa de agir, mas também a obrigação de fazê-lo, sempre que estiverem 
presentes os motivos legais para tanto. 
Não há margem para conveniência e oportunidade para mérito administrativo. 
Onde houver vinculação, o agente público é um simples executor da vontade legal. 
É exercido por atos vinculados. 
 
o Poder Discricionário: 
Na discricionariedade, o legislador atribui certa competência a administração pú-
blica, reservando uma margem de liberdade para que o agente público, diante da situação 
concreta, possa selecionar entre as opções predefinidas qual a mais apropriada para de-
fender o interesse público. 
Haverá discricionariedade sempre que pelo menos um dos aspectos da competência 
inclua a referida margem de liberdade. 
Nunca haverá discricionariedade em todos os aspectos do comportamento a ser ado-
tado. Toda atribuição de competência implica a definição de limites. 
Não existe competência ilimitada. 
 
 
 
 
 
Mérito 
(só ato discricionario possui)
Oportunidade
juízo sobre o momento e o motivo 
da pratica do ato
a grave inoportuniddae fere o 
principio da razoabilidade
Conveniêcia
juizo na escolha do conteudo e da 
intensidade de eficacia juridica
a grave inconveniencia fere o 
principio da proporcionalidade
o Poder disciplinar: 
Consiste na possibilidade de a administração aplicar punições aos agentes públicos 
que cometeram (cometam) infrações funcionais. 
Constatada a infração, a administração é obrigada a punir seu agente. É um dever 
vinculado, mas a escolha da punição é discricionária. 
Regime disciplinar + Sanções administrativas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Poder hierárquico: 
É a prerrogativa que a administração tem de organizar, estruturar, escalonar e dispor 
sobre as atividades administrativas o exercício das competências e a conduta dos agentes. 
Compreende as relações funcionais de subordinação 9verticais) e de coordenação 
(horizontais). 
Permite o exercício do poder político de direção e comando sobreas esferas admi-
nistrativas inferiores, mediante atos concretos e abstratos de caráter vinculante. 
Permite dar ordens e rever, revisar, controlar, fiscalizar, revogar, anular e convalidar 
os próprios atos administrativos praticados. Além disso, permite delegar e avocar compe-
tências ou atribuições. 
 Delegação: 
Art.12, lei 9.784/1999. 
Poderá ser realizado em razão de circunstância de índole técnica, social, 
econômica, jurídica ou territorial. 
A delegação é a transferência temporária de competência admi-
nistrativa de seu titular a outro órgão ou agente público. 
Admite-se delegação vertical e horizontal. 
Pode ser revogada a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
 O ato de delegação, obrigatoriamente, especificará: 
 Matérias 
 Poderes transferidos 
 Limites 
 Duração 
 Objetivos 
 Recursos cabíveis 
 Deverão indicar que foram praticados em decorrência de delega-
ção 
 Vedações a delegação (competência) – art.13, lei 9.784/1999 
 Edição de ato de caráter normativo 
 Decisão em recursos administrativos 
 Materiais de competência exclusiva do órgão ou autoridade 
 
 
 
Aos servidores públicos e particulares que se submetem a 
disciplina interna da administração: 
 Particulares que celebram contrato com a adminis-
tração pública; 
 Entidades paraestatais; 
 3º setor; 
 Alunos de instituições públicas; 
 Delegatório de serviço público; 
 Preso ... 
 Advertência 
 Suspensão 
 Demissão 
 Cassação 
 Destituição 
 
Instauração de 
PAD 
 Avocação: 
A autoridade hierarquicamente superior chama para se a compe-
tência de um órgão ou agente subordinado em casos excepcionais e tem-
porários. 
 Art.15, lei 9.784/1999 
Sempre motivada. 
Admite-se no sentido vertical 
 É o sistema hierarquizado que permite a distribuição da legitimidade demo-
crática do governo entre as várias instancias administrativas. 
 
o Poder regulamentar: 
Consiste na possibilidade de os chefes do Poder Executivo edita-
rem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais e concretos, ex-
pedidos para dar fiel execução a lei. 
 Não pode inovar no ordenamento jurídico. 
Sua função especifica é estabelecer detalhamentos quanto ao modo de aplicação de 
dispositivos legais. 
 Decreto autônomo: inova no ordenamento jurídico. 
Hipóteses onde o decreto autônomo é admitido: 
 Para organizar e estruturar a administração publica desde que não acarrete 
criação ou extinção de órgão público, nem aumente despesa orçamentaria. 
(art.84, VI, “a”, CF/88) 
 Para extinguir cargos e funções publicas quando vagos. (art.84, VI, “b”, CF/88) 
 
o Poder de polícia: 
O poder de polícia representa uma atividade estatal restritiva dos interesses priva-
dos, limitando a liberdade estatal restritiva dos interesses privados, limitando a liberdade 
e a propriedade individual em favor do interesse público. 
É uma decorrência da supremacia geral do Estado. 
Manifestações do poder de polícia: 
 Legislação: consiste em editar leis ou atos normativos estabelecendo restri-
ções ou proibições ao exercício de atividades particulares ou uso 
de bens privados. 
Ex.: CTB – Resolução 130, ANAC/2009, Procedimento de identifi-
cação do passageiro para embarque em aeroportos brasilei-
ros. 
 Consentimento: consiste na exigência de autorização ou liberação previa para 
que alguma atividade particular ou uso de um bem privado 
seja feito legitimamente pelo particular ou indivíduo. 
Ex.: alvará, licença, porte de armas, CNH... 
 Fiscalização: consiste em verificar a observância ou cumprimento das restri-
ções ou proibições inerentes ao poder de polícia. 
Ex.: inspeção, vistoria, aferição, pesagem, mensuração, rastrea-
mento, monitoramento. 
 Sanção: consiste em aplicar medidas punitivas ou interruptivas para inibir ou 
fazer cessar atividades que causam lesão ou exponham o risco de 
lesão ao interesse coletivo. 
Ex.: multa, embargo de obra, cassação de alvará, apreensão de 
mercadoria, interdição de estabelecimento. 
Decreto é o veí-
culo introdutor do 
regulamento. 
Vínculo jurídico comum que liga a administração e os parti-
culares. Nela, o princípio da legalidade tem o comporta-
mento tradicional, isto é, somente por meio da lei podem ser 
criadas obrigações de fazer ou de não fazer, cabendo a admi-
nistração o papel de simples executora da vontade legal. 
 Preventiva: evita ou impede particulares a causarem lesão ou exponha o risco 
de lesão ao interesse coletivo. 
Ex.: legislação, consentimento, fiscalização. 
 Repressiva: interrompe ou cessa atividades particulares ou uso de bens priva-
dos que estejam causando lesão ao interesse público ou expondo 
a risco de lesão. 
Ex.: sanção. 
 
Casos no qual o poder de polícia pode ser delegado: 
 Empresas públicas e sociedade de economia mista podem receber apenas a 
delegação das atividades inerentes ao poder de polícia caso sejam prestadoras 
de serviço público, segundo STF. (Consentimento e fiscalização) 
 A fiscalização pode ser delegada a determinados particulares (concessionários 
e permissionários do serviço público). 
Ex.: comandante de aeronaves e capitães de embarcações. 
Atributos: 
 Coercibilidade: significa que os atos de polícia são imperativos de cumpri-
mento obrigatório pelos particulares. Ao particular a decisão 
administrativa sempre será cogente, obrigatória, admitindo o 
emprego de força para seu cumprimento. 
 Auto executoriedade: o ato será executado diretamente pela administração, 
não carecendo de provimento judicial para tornar-se apto. 
 Discricionariedade: a lei concede à administração a possibilidade de decidir o 
momento, as circunstâncias para o exercício da atividade, con-
cede-lhe oportunidade e conveniência a seu juízo. 
Os atributos podem ou não estar presentes, conforme a modela-
gem ofertada pela lei a atuação administrativa. 
Limites: 
 Observância dos direitos fundamentais. 
 Observância dos princípios da proporcionalidade, adequação, necessidade. 
 Observância dos limites previstos em lei. 
 O poder de polícia incide sobre bens, direitos, atividades e liberdade*. 
 Em nenhuma hipótese o poder de polícia incide sobre uma pessoa, ou seja, não 
acarreta prisão. 
 
 Comparativos: 
 
 Poder de policia Policia judiciária 
Finalidade 
Restringir ou limitar ativi-
dades particulares em be-
nefício do interesse cole-
tivo 
Investigar e apurar supos-
tos crimes, visando a uma 
condenação penal poste-
rior. 
Objeto Ilícito administrativo Ilícito penal 
Natureza 
Preventiva 
Repressiva 
Antes do crime 
Repressiva 
Após o crime 
Normas Direito administrativo Direito processual penal 
Incidência Bens, direitos e atividades Pessoas 
Instituições que 
exercem 
Polícia militar, CBM, DE-
TRAN, IBAMA, PRF... 
Polícia civil 
Polícia militar 
 
A polícia judiciária tem uma atuação voltada as pessoas, enquanto que a polí-
cia administrativa se relaciona mais com a atividade das pessoas. 
 A servidão administrativa é uma modalidade de intervenção do estado na pro-
priedade privada. Ao contrário do poder de polícia, a servidão atinge um bem 
determinado, restringindo seu uso em benefício do interesse público. 
 Limitação administrativa (Poder de polícia) Servidão administrativa 
Valores atingidos Liberdade e propriedade Somente propriedade 
Conteúdo Gera obrigações de não fazer Produz dever de tolerar 
Indenização Nunca indenizar Pode indenizar 
Abrangência É geral (vale para todos) Atinge bem determinado 
Conceito 
Legislativo 
Art.78, Lei n.º5.172/1966 (CTN): Considera-se poder de polícia atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse 
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disci-
plina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas de-
pendentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito

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