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Citopatologia Clínica finalidades do exame citopatológico - pesquisar células neoplásicas ou pré-neoplásicas do colo uterino, antes que progrida para um carcinoma invasor - avaliação da microflora - auxílio na avaliação hormonal o que o biomédico pode fazer - realizar coleta de material cérvico vaginal e leitura da respectiva lâmina, exceto pela técnica de PAAF (punção biópsia aspirativa por agulha fina) - realizar a leitura de citologia de raspados e aspirados de lesões através da metodologia do Papanicolau - assumir responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos a ectocérvice é recoberta por um epitélio escamoso estratificado constituído de várias camadas de células (epitélio rosado na microscopia) revestida por: zona basal - uma ou duas camadas de células, esféricas com núcleos grandes e é a principal área de atividade mitótica zona intermediária - maior, várias camadas de células, citoplasma contém glicogênio zona superficial - camada de células maiores com núcleo picnótico (núcleo extremamente condensado) e a endocérvice é revestida por um epitélio colunar simples com uma única camada de células (avermelhado na microscopia) JEC (junção escamocolunar) é o limite entre a ectocérvice e a endocérvice - a identificação da zona de transformação durante a coleta do exame citológico é de grande importância, pois é nessa região que se estabelecem a maioria das lesões precursoras de câncer de colo de útero - nas mulheres, principalmente após a menopausa (na infância tb), o colo do útero diminui de tamanho por ausência de estímulo hormonal, ocorrendo o deslocamento da JEC para dentro do canal endocervical metaplasia: transformação do epitélio em epitélio escamoso devido às condições adversas do meio e a área que sofreu esse processo denomina-se “zona de transformação” - a presença de células metaplásicas ou endocervicais (representativas da JEC) tem sido considerada indicador de qualidade da coleta passos antes de iniciar a colheita: - humanização - não estar menstruada - não ter tido relações sexuais a 2 dias - sem ter feito uso de cremes, duchas… - pacientes virgens, colheita só pelo médico - gravidez ou suspeita - fazer a identificação da lâmina (na extremidade fosca), com lápis n2 antes da colheita - deixar o fixador próximo a lâmina já identificada técnica da colheita e material necessário: - espéculo - lâmina com extremidade fosca - espátula de Ayre - escova cervical - par de luvas pro procedimento - lápis n2 - fixador apropriado - máscara cirúrgica - avental - lençol para cobrir o paciente como é feito a colheita: - observação ou exame externo para identificação de infecção - introdução do espéculo - coleta do material com a espátula de Ayre e a escova, pequena descamação da superfície externa e interna do colo do útero - as células colhidas são colocadas na lâmina para análise técnicas de colheita esfoliativa: espátula de ayre e escova removem células superficiais da cérvice, endocérvice e vagina esfregaço vaginal: baseia-se na descamação natural das superfícies do colo do útero e vagina e se acumulam no fundo do saco vaginal (não recomendado) células superficiais: maiores núcleo denso e picnótico citoplasma pode conter grânulos pequenos células intermediárias: menores que as superficiais aparecem aglomeradas são elípticas ou alongadas células parabasais: formas redondas e ovais citoplasma cianofílico (tonalidade menos intensa que as basais) e bem demarcado células metaplásicas: = ou maiores que as parabasais poligonais, citoplasma denso e com pequenos vacúolos células basais: raramente encontrada no esfregaço (origem embrionária) formas arredondadas ou ovais núcleo grande, redondo ou oval, cromatina com padrão granular classificação de papanicolau classe 1: ausência de células anormais classe 2: alteração de células benignas, geralmente causada por processo inflamatório classe 3: presença de células anormais classe 4: citologia sugestiva de malignidade classe 5: citologia indicativa de câncer de colo de útero classificação de Reagan displasia leve (classe 3) displasia moderada (classe 3) displasia acentuada (classe 3) carcinoma in situ (classe 4) carcinoma invasor (classe 5) classificação de Richart (NICs) NIC I: ⅓ do epitélio escamoso afetado (classe 3) NIC II: ⅔ do epitélio escamoso afetado (classe 3) NIC III: comprometem mais de ⅔ ou todo o epitélio (classe 3 e 4) carcinoma invasor (classe 5) classificação de Bethesda LSIL - lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (associadas a HPV e NIC I) HSIL - lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC II e NIC III) 2001, atipias escamosas divididas em duas subcategorias: ASC-US - atipia escamosa de significado indeterminado ASC-H - atipia escamosa sem descartar lesão de alto grau ASC-US - núcleos com aproximadamente 2,5 a 3 vezes maior que o normal - relação núcleo-citoplasma discretamente aumentada - anormalidades nucleares associadas a células com citoplasma denso ASC-H - células isoladas ou distribuídas em pequenos conjuntos - células 1,5 a 2 vezes maiores que uma célula metaplásica (que já maiorzinhas) - aumento núcleo-citoplasma (maior que célula metaplásica normal) - hipercromasia e irregularidade nuclear - cromatina finamente granular classificação brasileira = mesma de Bethesda HSIL/LSIL + ASC-US/ASC-H -> os tipos de HPV 16, 18 e 45 são considerados os mais carcinogênicos (70% dos casos de câncer cervical e cerca de 50% dos casos de HSIL) coilocitose “oco” células presentes nas fases do ciclo menstrual superficiais: ovulação (ação do estrogênio) intermediárias: pós ovulação, gravidez e menopausa precoce (pico de estrogênio) parabasais: lactação e menopausa (deficiência de estrogênio) basais: rara de ser encontrada
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