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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO CURSO DE FISIOTERAPIA APLICAÇÃO DA CORRENTE MICROGALVÂNICA EM ESTRIAS ATRÓFICAS Bragança Paulista 2007 2 Mary Aparecida Soares Pinheiro RA: 001200400204 APLICAÇÃO DA CORRENTE MICROGALVÂNICA EM ESTRIAS ATRÓFICAS Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, sob a orientação da Profª Ms. Katiuscia Rosette Scasni Menon como exigência para conclusão do curso de graduação. Bragança Paulista 2007 3 PINHEIRO, Mary Ap. Soares. Aplicação da corrente microgalvânica em estrias atróficas. Monografia defendida e aprovada na Universidade São Francisco em 07 de dezembro de 2007 pela banca examinadora constituída pelos professores Prof.ª Ms Katiuscia Rosette Scasni Menon USF – Orientadora Temática Prof.ª Ms. Rosimeire Simprini Padula USF – Orientadora Metodológica Prof.ª Patrícia Teixeira Costa USF – Banca Examinadora 4 Ainda não vi ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo. Confúcio 5 AGRADECIMENTOS Aos anjos amigos Solú e Alê, que ajudaram muito nesta caminhada acadêmica e com os problemas da vida, aos muitos amigos que estiveram presentes nesta conquista,também a Reny,Vanderley, e Neide minha cunhada. À minha mãe de coração, tia Ia, que está sempre ao meu lado, à minha família mineira, Daniel, Nicíula e Renan pelo amor recebido, às voluntárias o meu grande carinho, à Profª Katiuscia Rosette Scasni Menon pela atenção. Agradeço à professora Juliana Heloísa Terra Ferreira, inspiradora deste projeto, que, por motivos de força maior, não pode finalizá-lo. Às pessoas que passam em nossas vidas com um propósito ou missão, deixando um pouco de si e levando um pouco de nós. Nossa convivência foi maravilhosa, amiga, sempre alegre, carinhosa, dedicada, compreensiva, rígida, quando necessário, e com uma humanidade invejável. Acredito que muito de você ficou comigo e tenho certeza que algo de mim foi com você também, tenha muito brilho e sucesso em sua vida. À você minha grande admiração! 6 DEDICATÓRIA À Deus, grande Pai, que me amparou e me deu forças para que, no início da graduação, não desistisse e abandonasse tudo. Aos meus filhos e grandes amores Marcell, Yuri e Ygor, por entender a minha falta de atenção, mau humor e crises de choro. Hoje tenho certeza que todos estão orgulhosos, também o meu Pinheiro, esteja onde estiver, sempre acreditou na minha vitória! Esta vitória é toda para vocês! 7 PINHEIRO, Mary Ap. Soares. Aplicação da corrente microgalvânica em estrias atróficas . 2007. Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, Bragança Paulista. RESUMO Introdução: As estrias apresentam-se com caráter de bilateralidade, simetricamente, em ambos os lados, com os sinais clínicos iniciais de prurido e dor. A sua coloração inicial pode ser rubra (striae rubrae) ou esbranquiçada (striae albae). A melhora das estrias depende do tempo, dimensão e coloração da pele .Existem diversos procedimentos para tratar as estrias, sendo a aplicação da corrente microgalvânica com o aparelho Striat® um recurso útil para o tratamento. Objetivo: Verificar as alterações da pele acometida por estrias após o tratamento com a corrente microgalvânica. Método: Participaram do estudo 15 voluntárias que apresentavam estrias esbranquiçadas, sendo submetidas ao tratamento sub-epidérmico com aplicação de agulha com voltagem de 100 microampéres . O tratamento consistiu de 1 aplicação semanal, com avaliação da voluntária antes de uma nova aplicação, reavaliação após 2 e 3 meses de tratamento, sendo realizada documentação fotográfica para visualização do resultado.Resultados: Os resultados obtidos por meio do tratamento com a corrente microgalvânica foram positivos pois observou-se a melhora no aspecto das estrias na maioria das voluntárias da amostra após o tratamento. Conclusão: O recurso da corrente microgalvânica pode auxiliar o tratamento de mulheres com estrias atróficas, podendo ser considerado como opção de tratamento, principalmente no que se refere ao grau de satisfação apresentado pelas voluntárias. Palavras Chaves: Corrente microgalvânica, estrias atróficas, fisioterapia dermato-funcional 8 ABSTRACT Introduction: Striae present themselves with a bilaterality character, symmetrically, in both sides, with initial clinical signs of itching and pain. The initial color can be reddish (striae rubrae) or whitish (striae albae). Improvement on the condition of the striae depends on time, dimension, and skin coloration. There are several procedures to treat striae, and application of microgalvanic current with the Striat® device is a useful resource for treatment. Objective: To verify changes in the skin which have occurred due to treatment with microgalvanic current. Method: Fifteen volunteers who had striae albae participated in the study and were submitted to the sub-epidermic treatment, with application of needle with 100 micro-amps (uA). The treatment consisted of one weekly application, with evaluation of the volunteer before a new application, and reevaluation after two and three months of treatment. Photographic documentation was done to allow for visualization of the results. Results: The results obtained through the treatment with microgalvanic current were positive. The majority of the volunteers from the sample presented improvements on the appearance of the striae after the treatment. Conclusion: The microgalvanic current can assist in the treatment of women with atrophic striae and can be considered as an option of treatment, especially when it relates to the degree of satisfaction presented by the volunteers. Key Words: Microgalvanic current, atrophic striae, dermato-functional physiotherapy. 9 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO.................................................................................................................12 1.1 Considerações sobre a pele.......................................................................................12 1.2 Considerações sobre estrias......................................................................................14 1.3 A corrente microgalvânica no tratamento de estrias................................................16 2.JUSTIFICATIVA..............................................................................................................20 3.OBJETIVOS......................................................................................................................21 3.1 Objetivo Geral............................................................................................................21 3.2 Objetivos Específicos.................................................................................................21 4. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................................22 4.1 Desenho do estudo.....................................................................................................22 4.2 Critérios de inclusão...................................................................................................22 4.3 Critérios de exclusão..................................................................................................22 4.4 Local de estudo..........................................................................................................224.5 Materiais....................................................................................................................22 4.6 Métodos.....................................................................................................................23 4.7 Análise de dados........................................................................................................25 5.RESULTADOS.................................................................................................................26 6. DISCUSSÃO.....................................................................................................................38 7. CONCLUSÂO..................................................................................................................41 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................42 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................43 ANEXOS...............................................................................................................................46 10 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1. Relação da época inicial do acometimento das estrias...................................26 GRÁFICO 2. Relação de outros tipos de tratamentos realizados pelas voluntárias.............................................................................................................................27 GRÁFICO 3. Relação das regiões tratadas acometidas pelas estrias...................................28 11 LISTA DE TABELAS TABELA 1. Média de algumas variáveis: idade, peso, altura, IMC e menarca das mulheres tratadas. ................................................................................................................................29 TABELA 2. Classificação das voluntárias segundo fototipo cutâneo .................................30 TABELA 3. Dados sobre os fatores de risco para estrias comparados com o grau melhora após 2 e 3 meses....................................................................................................................31 TABELA 4. Avaliação da coloração das estrias...................................................................32 TABELA 5. Comparação da melhora do aspecto das estrias nas regiões tratadas ..............33 TABELA 6. Avaliação da sensibilidade das voluntárias tratadas........................................34 TABELA 7. Avaliação dos tipos de dor das voluntárias tratadas.........................................35 TABELA 8. Análise comparativa das fotos das voluntárias realizada por professores........36 12 1. INTRODUÇÃO 1.1 Considerações sobre a pele A pele é o manto de revestimento do organismo, foi definida pelos anatomistas clássicos como involucrum corporis humani (GUILLOT,1987), é indispensável à vida, isolando os componentes orgânicos do meio exterior. Constitui-se em uma complexa estrutura de tecidos de várias naturezas, dispostos e inter-relacionados de modo a adequar- se, de maneira harmônica, ao desempenho de suas funções (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). Ela é o maior sistema de órgãos expostos ao meio ambiente e representa 12% do peso seco total do corpo, com um peso de aproximadamente 4,5 quilos. (GUIRRO & GUIRRO, 2004). Embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e mesodérmicos. As estruturas epiteliais, a epiderme, os folículos pilossebáceos, as glândulas apócrinas, as glândulas sudoríparas écrinas e as unhas, derivam do ectoderma. Os nervos e os melanócitos originam-se no neuroectoderma e as fibras colágenas e elásticas, os vasos sangüíneos, os músculos e o tecido adiposo, originam-se no mesoderma (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). A pele compõe-se essencialmente de duas camadas, a epiderme e a derme (VIVIER & MCKEE, 1997). A epiderme é constituída de quatro a cinco camadas ou estratos; devido ao fato da camada lúcida estar ou não incluída (GUIRRO & GUIRRO, 2004). É a camada externa que está diretamente ligada ao meio ambiente, sendo formada por um arranjo ordenado de células, denominadas de queratinócitos, cuja função básica é sintetizar a queratina, uma proteína filamentosa com função protetora. A derme é a camada interna e seu principal componente é uma proteína estrutural fibrilar denominado colágeno e elastina. Localiza-se sobre o panículo adiposo, composto por células adiposas, denominada hipoderme (ARNOLD et al., 1994). A derme pode ser dividida em três partes distintas, sendo classificada como papilar, perianexial e reticular. A derme papilar é constituída de uma camada pouco espessa de fibras colágenas finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante 13 substância fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones epiteliais da epiderme. A derme perianexial é estruturalmente idêntica à papilar, dispondo-se em torno dos anexos, compondo juntamente com estar, a unidade anatômica denominada derme adventicial. A derme reticular, apresenta-se como uma porção mais espessa que se estende até o subcutâneo, composta por feixes colágenos mais espessos, dispostos, em sua maior parte, paralelamente à epiderme. Há proporcionalmente menor quantidade de fibroblastos e de substância fundamental em relação à derme adventicial (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). A vascularidade dérmica consiste principalmente de três importantes plexos intercomunicantes como o plexo subpapilar, que percorre dentro da parte papilar da derme, paralela à epiderme e fornece um rico suprimento de capilares, arteríolas terminais e vênulas das papilas dérmicas. Os plexos profundos, ao redor dos folículos pilosos e das glândulas écrinas, são compostos por vasos sangüíneos maiores que os do plexo superficial. A vascularidade da derme é particularmente bem desenvolvida nas áreas das estruturas anexiais. Os linfáticos dérmicos estão associados ao plexo vascular (ARNOLD et al., 1994). Os nervos cutâneos provêm do sistema nervoso vegetativo e do sistema cérebroespinhal. Acompanhando os vasos sangüíneos, alcançam a hipoderme, derme e principalmente as papilas da camada papilar (BECHELLI, 1988). Em algumas regiões do corpo, os nervos formam órgãos terminais específicos como os Corpúsculos de Vater- Pacini, Corpúsculos de Meissner, Corpúsculos de Krause e meniscos de Merkel-Ranvier (GAMONAL, 2002). As funções da derme são promover flexibilidade à pele; determinar proteção contra traumas mecânicos; manter a homeostase, armazenar sangue para eventuais necessidades primárias do organismo; determinar a cor da pele, pela ação da melanina, hemoglobina e dos carotenos; ruborização, quando de respostas emocionais e é a primeira linha de proteção contra invasões por microorganismos, pela ação dos leucócitos e macrófagos. (CUCE & NETO, 1990). A hipoderme é de espessura variável, composta exclusivamente por tecido adiposo, isto é, células repletas de gordura formando lóbulos subdivididos por traves 14 conjuntivo-vasculares. Relaciona-se, em sua porção superior, com a derme profunda, constituindo-se a junção dermo-hipodérmica, em geral, sede das porções secretoras das glândulas apócrinas ou écrinas e de pêlos, vasos e nervos. Funcionalmente, a hipoderme, além de depósito nutritivo de reserva, participa no isolamento térmico e na proteção mecânica do organismo às pressões e traumatismos externos e promove a motilidade da pele em relação às estruturas subjacentes (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). 1.2. Considerações sobre estrias Quando há alteração na anatomia e fisiologia deste tecido epitelial, surgem diversos tipos de doenças ou alterações que podem resultar em problemas que compreendem desde simples disfunções estéticas até funcionais que podem comprometer osistema de barreira, essencial para nosso controle contra infecções. Devido à arquitetura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de suas várias estruturas, a pele, como uma membrana envolvente e isolante, é um órgão capacitado à execução de múltiplas funções como proteção contra o meio externo e imunológica, termo-regulação, percepção e secreção (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). Uma das afecções dermatológicas que podem ocorrer na pele são as estrias, que na sua grande maioria apresentam-se desagradáveis do ponto de vista estético. Estas afecções, são lesões atróficas lineares paralelas, em geral obedecendo às linhas de clivagem da pele. Suas formas são variadas, podendo ser retilíneas, curvilíneas, em S ou Z e a extensão pode variar de um a dois centímetros, podendo atingir até cinco centímetros. Raras ou numerosas dispõe-se paralelamente umas às outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando desequilíbrio elástico localizado, caracterizando uma alteração da pele (GUIRRO & GUIRRO, 2004). As estrias atróficas apresentam-se, de início, como vergões lineares vermelhos purpúricos, que, eventualmente, nivelam-se, deixando listras rugosas, atróficas e hipopigmentadas, sem as marcas normais da pele. No estágio inicial, muitas vezes, há um componente inflamatório, mas logo surge a fase atrófica. As estrias atróficas são irreversíveis, podendo-se iniciar ou exacerbar sob a condição de exercícios vigorosos de 15 levantamento de peso e as rápidas modificações do peso corporal. Geralmente as estrias atróficas são assintomáticas, embora alguns pacientes apresentem leve prurido no estágio inflamatório (BONDI et al.,1993). As estrias apresentam caráter de bilateralidade, isto é, existe tendência de distribuírem-se simetricamente. Em sua fase inicial, são eritemato-violáceas, planas ou sinuosas, geralmente de boa resposta aos tratamentos, na fase tardia tornam-se brancas (nacarados) ou atróficas, com aspecto mais claro, com pele mais fina de difícil reversão com tratamentos. (GUIRRO & GUIRRO, 2004). As estrias atróficas são encontradas em ambos os sexos, com predominância no sexo feminino, principalmente a partir da adolescência. A maior incidência de estrias em meninas ocorre entre os doze e os quatorze anos e nos meninos, aos doze e quinze anos, em decorrência do crescimento acelerado, podendo ainda estar relacionada a algum comprometimento hormonal. Entretanto, as estrias podem ocorrer em todos os grupos etários (GUIRRO & GUIRRO, 2004). Na mulher adulta saudável, a incidência de estrias é 2,5 vezes mais freqüente que no homem nas mesmas condições, decorrente do aumento de peso e da gravidez. As estrias abdominais disseminam-se para coxas, região glútea e braços, apesar de iniciar no abdômen. A região periumbilical é poupada (ALVES, 2004). Quanto à sua localização, podem ocorrer com incidência maior nas regiões que apresentam alterações teciduais como glúteos, mamas, abdômen, coxas, a região lombo sacra é mais comum em homens, podendo acometer ainda em regiões pouco comuns, como a fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço e a porção anterior do cotovelo. (GUIRRO & GUIRRO, 2004). Algumas populações são mais acometidas pelas estrias, como as pessoas com obesidade grave (striae distensae), período gestacional (striae infectiosae), as propriedades destas estrias, variam com o tempo, o que pode refletir as mudanças nos hormônios e nos stress mecânico que ajustam normalmente a pele sob a tensão (HENRY et al., 2001). O ganho de peso em um curto prazo de tempo representa uma justificativa para a excessiva deposição de gordura no tecido adiposo, com subseqüentes danos às fibras elásticas e colágenas da pele, sendo o principal mecanismo do aparecimento das estrias. Acredita-se 16 que o excessivo estiramento da pele, promova a conseqüente ruptura ou perda de fibras elásticas dérmicas, fator principal na origem das estrias que compreende, a teoria mecânica (BORGES, 2006). Podem estar relacionadas a algum comprometimento hormonal caracterizado pelo aumento de glicocorticóides, como na síndrome de Cushing, e nas corticoterapias intensivas gerais ou locais. Outro fator etiológico é o uso tópico ou sistêmico de esteróides, havendo aumento excessivo de massa muscular com crescimento intenso e rápido (BORGES, 2006). 1.3. A corrente microgalvânica no tratamento de estrias Atualmente, os tratamentos disponíveis e descritos pela literatura para as estrias são as esfoliações mecânicas (micro estimulação, peelings químicos, cristal, diamante.), esfoliação química com ácidos, estimulação dérmica com ácidos (intradermoterapia, mesoterapia), galvanopuntura, ionoforese, corrente microgalvânica, (BORGES, 2006), laser (JIMÉNEZ et al., 2002). A corrente galvânica é um recurso terapêutico utilizado para promover analgesia com ação estimulante sobre os nervos sensitivos, provoca vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo, estimula os nervos motores propiciando a contração dos músculos inervados por eles e aumenta a sua potência além de incrementar o metabolismo e o retorno venoso e linfático (ALMAGRO et al., 1998). Por se tratar de uma corrente irritante, essa mesma terapia, tem sido utilizada recentemente em tratamentos estéticos. Segundo Pierro, 1999, observou-se que a aplicação dessa corrente tem grande efeito polar imposto aos tecidos, e conseqüentemente, induz a uma inflamação aguda evidenciada pela hiperemia e edema local, resultados observados após a primeira aplicação do tratamento nas voluntárias com a corrente microgalvânica. A corrente microgalvânica consiste em introduzir uma solução eletrolítica através de uma agulha com corrente galvânica também denominada corrente contínua, em nível sub-epidérmico o que possibilita, utilizando-se das propriedades polares da corrente galvânica, a transferência de íons para o interior dos tecidos, desencadeando um processo 17 inflamatório local (hiperemia), que leva à cicatrização, promovendo melhora na aparência da pele (PIERRO et al., 1999). A corrente galvânica, devido à ação dos íons, agindo sobre os nervos vasomotores, torna ativa a hiperemia, pronunciando-se de forma mais significativa no pólo negativo. Os nervos vasomotores permanecem por considerável tempo hipersensibilizados. A hiperemia atinge ainda estruturas mais profundas por ação reflexa, decorrente desta tem- se maior oxigenação, aumento do metabolismo e das substâncias metabolizadas. Com isso há um aumento da irrigação sanguínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda, mais leucócitos e anticorpos, facilitando a reparação da área. (GUIRRO & GUIRRO, 2004). A regeneração é um mecanismo homeostático complexo, onde ocorre uma série de eventos, envolvendo a migração de células originárias do tecido vascular e conjuntivo, ao local da lesão para restaurar o equilíbrio fisiológico. Pode ser iniciada como resultado da perda de comunicação entre células adjacentes, entre células e seu suporte ou por morte celular. A regeneração pode ser descrita em termos de quimiocinesia (processo governado por substâncias quimiotáticas) liberadas no local em multiplicação e diferenciação celular (KITCHEN, 2003). Este processo visa restaurar a integridade do tecido o mais rápido possível, porém, alguns fatores exercem influência na reparação dos tecidos como idade, nutrição, corticosteróides, diabetes e hormônio do crescimento (GUIRRO & GUIRRO, 2004). A resposta do tecido à lesão é descrita em termos de agressão mecânica da pele e infecção. A série de mudanças que ocorre, é semelhante, independentemente do tecido envolvido e do modo como a lesão é causada. Assim, o processo de regeneração pode ser caracterizado e dividido em quatro estágios: lesão inicial, inflamação, proliferação e remodelamento. (LOW & REED, 2001).A lesão inicial ocorre pelo dano às células e aos pequenos vasos sangüíneos. As células morrem em conseqüência de agressão direta, de deficiência de oxigênio devido à lesão dos vasos sangüíneos ou pelos agentes químicos liberados de outras células lesadas. A estrutura extracelular dos tecidos pode ser lesada com a ruptura de fibras e o comprometimento da substância fundamental amorfa. Após esta lesão inicial, ocorre um processo inflamatório, como resposta da microcirculação dos tecidos a esta. Inicialmente 18 ocorre uma vasoconstrição fugaz dos vasos não lesados em resposta à irritação, seguidos por dilatação prolongada. Essa dilatação inclui arteríolas, vênulas e vasos linfáticos em canais tanto ativos quanto dormentes. O fluxo sangüíneo total para a região é aumentado, embora a velocidade do fluxo possa estar diminuída, assim, obtém-se rubor e aumento da temperatura da pele resultante de líquido nos tecidos, conhecido como edema. O líquido propriamente dito é chamado exsudato, e a pressão aplicada nas terminações nervosas sensoriais por este é responsável por parte da dor associada com a inflamação. Outros agentes químicos liberados pela lesão ainda podem causar dor. (LOW & REED, 2001). A terceira fase é o processo de regeneração, a proliferação que inclui a reconstrução dos tecidos, revestimento e quando necessário, envolve as atividades de três tipos de células: macrófagos, fibroblastos e células endoteliais, que agindo de forma combinada, formam um novo tecido de granulação, altamente vascular. (KITCHEN, 2003). Os macrófagos são considerados essenciais para que ocorra a cicatrização. Eles não apenas digerem e removem os restos da ferida, como também migram para a área lesada, liberando agentes quimiotáticos que estimulam a atividade fibroblástica e a angiogênese (para formação de novos vasos sanguíneos). Esses novos vasos sangüíneos aparecem primeiro como brotos de células endoteliais que crescem para dentro da área lesada, ramificando-se eventualmente e se unindo aos brotos adjacentes para formar circuitos capilares quando são canalizados. À medida que o sangue começa a fluir através deles, a oxigenação da região aumenta, ao mesmo tempo, os fibroblastos depositam novas fibras de colágeno para proporcionar uma estrutura de suporte. Assim, o novo tecido de granulação continua crescendo para dentro a partir das margens do tecido normal, substituindo os tecidos lesados mortos ou que estão morrendo. Desta maneira o remodelamento, um processo que pode continuar por meses, com a estrutura do novo tecido alterando-se lentamente. O número de vasos sangüíneos é reduzido ao número apropriado para manter a viabilidade dos tecidos. As arteríolas, as vênulas e os canais linfáticos se desenvolvem novamente e ocorre regeneração de pequenas fibras nervosas. Os fibroblastos não apenas depositam colágeno, que tende a ser de um tipo diferente nesse estágio final, além do remodelamento do tecido com o tempo. (LOW & REED, 2001). 19 A corrente microgalvânica utilizada para o tratamento das estrias pode alcançar até 40% de melhora no aspecto da estria. É um equipamento fabricado para uso na área de estética, não causa dependência e não tem efeitos colaterais indesejáveis, podendo ser utilizado em ionização e em todos os tratamentos estéticos no combate às rugas e estrias (KITCHEN, 2003). 20 2. JUSTIFICATIVA A relutância na aceitação e confiabilidade nos tratamentos de estrias, baseada no fato de vários autores considerar as estrias atróficas como irreverssíveis, inspirou o estudo em questão com a utilização da corrente microgalvânica, para auxiliar a confirmação e solidificação desta perspectiva no tratamento de estrias. O tratamento unilateral das estrias foi o indicado, tendo em vista que, tanto o paciente quanto o terapeuta, têm como acompanhar a sua evolução. 21 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral Verificar as alterações da pele acometida por estrias após o tratamento com a corrente microgalvânica. 3.2. Objetivos Específicos • Observar a alteração do aspecto e coloração da estria 2 e 3 meses após o término do tratamento comparando com a avaliação fotográfica do pré-tratamento; • Avaliar o grau de satisfação das pacientes tratadas; • Comparar as avaliações fotográficas após 3 meses do término da intervenção com a avaliação fotográfica após 2 meses. 22 4. MATERIAIS E MÉTODO 4.1. Desenho do estudo O estudo consistiu-se de um ensaio clínico controlado. 4.2. Critérios de inclusão Voluntárias do sexo feminino, com média de idade entre 20 e 30 anos, que não estiveram sob o uso contínuo ou prolongado, anteriormente à data de avaliação, de medicamentos à base de corticóides, anti-histamínicos, esteróides ou antiinflamatórios. 4.3. Critérios de exclusão Voluntárias que não se submeteram às 10 sessões de tratamento, usuárias contínuas ou prolongadas de medicamentos, portadoras de problemas patológicos ou de pele com propensão à quelóides. 4.4. Local do estudo Clínica de Fisioterapia da Universidade São Francisco. 4.5. Materiais Foram utilizados para o estudo : máquina fotográfica digital de 5.1 megapixels da marca Sony, equipamento de corrente microgalvânica, com o nome comercial de STRIAT®, gaze, algodão, álcool a 70%, luvas de procedimento, lupa, agulha individual, solução à base de quaternário de amônio e formol não oxidante, maca e lençóis. 23 4.6. Método Inicialmente, o projeto de pesquisa foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco.(Anexo I) Após, as voluntárias foram selecionadas na Universidade São Francisco (USF), tornando-se sujeitos da pesquisa após lerem e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II). Após a concordância com a pesquisa e não apresentando dúvidas, foi entregue a Ficha de Avaliação (Anexo III) , respondida anteriormente, de forma escrita e reservada. Questionou-se nesta ficha sobre o início do surgimento das estrias, sendo realizada posteriormente uma avaliação do local acometido pelas estrias das voluntárias, pela pesquisadora. Após esta avaliação, as voluntárias foram liberadas, não ocorrendo outra reavaliação. Uma data posterior foi marcada para a realização de uma sessão de fotos do local acometido pelas estrias. Na data marcada, as pacientes com identidade preservada, foram submetidas à avaliação das características dos locais acometidos pelas estrias e coleta de imagens realizada com uma câmera digital. Antes da aplicação da intervenção, a região a ser tratada foi higienizada com gaze ou algodão, embebidos em álcool a 70%, sendo utilizado ainda luvas de procedimento para a segurança da paciente e da pesquisadora, agulhas descartáveis, maca e lençóis. As regiões acometdias pelas estrias foram fotografadas por uma câmera digital. Na ficha de avaliação corporal constaram questionamentos referentes ao surgimento das estrias, à sua coloração inicial (branca, rósea ou violácea), ao período em que apareceram (adolescência, gravidez, obesidade ou com o uso de medicamentos). Com relação ao aspecto, foi questionado e verificado na data do pré-tratamento, se o seu aspecto era depressivo ou não depressivo. Foi indagado ainda sobre a região do surgimento e alocalização das estrias (abdome, mamas, coxas, flanco, glúteo), apresentando a classificação do fototipo cutâneo.(Anexo IV) Com finalidade comparativa, devido ao caráter de bilateralidade das estrias, foi aplicado o tratamento unilateralmente, sendo a aplicação realizada do lado mais acometido. Para este trabalho foram realizadas dez aplicações da correntemicrogalvânica, ocorrendo uma aplicação por semana, sendo que a duração inicial das cinco primeiras 24 aplicações foi de aproximadamente 15 minutos no local determinado na pré-avaliação; a partir da sexta sessão, ocorreu um acréscimo de 10 a 15 minutos, perfazendo-se um total de 25 a 30 minutos de aplicação por sessão. Devido à grande dificuldade em visualizar as estrias a olho nu, após as 5 primeiras aplicações, foi necessário utilizar uma lupa como dispositivo de auxílio no tratamento. Para a estimulação elétrica, foi utilizado um eletrodo ativo especial, o qual, consiste de uma fina agulha sustentada por um eletrodo do tipo caneta. A faixa de voltagem usada para o tratamento das estrias foi determinada em 100 microampéres. O procedimento técnico consistiu do acoplamento do eletrodo positivo passivo tipo placa, previamente umedecido com água e acoplado à paciente, próximo à área a ser tratada, por um velcro. O eletrodo negativo, ativo, a agulha, foi esterilizada, em líquido esterilizante, a cada início de tratamento, sendo que cada voluntária possuía sua agulha, para evitar contaminação. A agulha foi introduzida nas estrias das pacientes, superficialmente (região subepidérmica) em toda largura e extensão, paralela à pele.Por ser um tratamento invasivo, a área estimulada foi higienizada a cada sessão. Imediatamente, obteve-se um quadro de hiperemia e edema sobre toda a extensão da estria, sendo que, caso estas respostas não cessassem, não seria realizada uma nova aplicação até a melhora do quadro por completo. Ao término do tratamento, observaram-se estrias mais visíveis e edemaciadas (Anexo V). 25 4.7. Análise de Dados Foi realizada análise descritiva através de médias e frequências expressas em tabelas e gráficos, através de dados coletados por fotos, ficha de avaliação corporal, ficha de avaliação do grau de satisfação das voluntárias, enquete avaliativa dos professores e tabela de fototipo cutâneo . Os dados analisados foram submetidos a métodos estatísticos, sendo dispostos em gráficos e tabelas. 26 5. RESULTADOS Das 20 voluntárias entrevistadas, apenas 15 receberam as 10 aplicações. As 5 voluntárias restantes foram descontinuadas por motivo de faltas às sessões. O Gráfico 1 demonstra a relação da época inicial com o acometimento das estrias . Como mostra o Gráfico 1, 60% das voluntárias responderam que o início das estrias ocorreu na adolescência, 20% relataram que o início ocorreu na gestação e 20% das voluntárias restantes relataram que o aumento do peso ocasionou o aparecimento das estrias. GRÀFICO 1: Época inicial do acometimento das estrias 27 O Gráfico 2 representa a resposta do questionário sobre outros tipos de tratamentos realizados pelas voluntárias. GRÁFICO 2: Outros tipos de tratamentos realizados pelas voluntárias Como mostra o Gráfico 2, das 15 voluntárias avaliadas, 87% responderam não ter realizado outro tipo de tratamento e 13% relataram já ter se submetido à outro procedimento sem quaisquer resultados satisfatórios, não sendo no momento da entrevista, questionado qual o tratamento utilizado. 28 O Gráfico 3 representa a área acometida pelas estrias e as regiões que foram tratadas. GRÁFICO 3: Regiões tratadas acometidas pelas estrias Como mostra o Gráfico 3, 74% das pacientes realizaram a aplicação em região glútea, 20% das voluntárias realizaram a aplicação em região de coxas e o restante das voluntárias (6%) , na região dos flancos. 29 A Tabela 1 representa a média referente ao peso, altura, IMC e idade da menarca das voluntárias tratadas. TABELA 1: Média de algumas variáveis, idade, peso, altura, IMC e menarca das mulheres tratadas MÉDIA DESVIO PADRÃO UNIDADE DE REFERÊNCIA IDADE 23,53 3,31 anos PESO 55,13 6,94 Kg ALTURA 1,59 0,06 m IMC 21,71 2,89 Kg/m² MENARCA 11,40 3,29 anos Com relação às variáveis representadas na Tabela 1, a média de idade das voluntárias tratadas foi de 23,53 ± 3,31 anos; a média de peso das voluntárias foi de 55,13 ± 6,94 Kg e a média de altura foi de 1,59 ± 0,06 metros. No índice de massa corpórea não ocorreu grande diferença, apresentando a média de 21,71 ± 2,89 e na idade referente ao início da menarca ocorreu uma média de 11,40 ± 3,29 anos. 30 A Tabela 2 representa a classificação das voluntárias segundo o fototipo cutâneo. TABELA 2: Classificação das voluntárias, segundo fototipo cutâneo FOTOTIPO % I 0 II 34 III 40 IV 13 V 13 VI 0 Como mostra a Tabela 2 , nenhuma das voluntárias apresentava fototipo I e VI de um total de 100%. 34% apresentavam fototipo cutâneo II (pele clara, sempre queima e bronzeia pouco), 40% do fototipo cutâneo III (pele clara,queima e bronzeia pouco), 13% do fototipo cutâneo IV (pele moreno-claro, raramente queima e bronzeia com facilidade) e 13% do fototipo cutâneo V (pele morena, queima muito raramente, bronzeia facilmente) . 31 A Tabela 3 representa os fatores de risco (contraceptivos / sedentarismo) para a ocorrência de estrias comparados com o grau de melhora das voluntárias tratadas. TABELA 3: Dados sobre os fatores de risco para estrias comparados com grau de melhora após 2 e 3 meses SEM RESULTADO RESULTADO RESULTADO TOTAL SATISFATÓRIO EXCELENTE CONTRACEPTIVOS 3 ( 30%) 6 ( 60%) 1 (10%) 10 ( 67%) SEDENTARISMO 3 ( 25%) 8 ( 67%) 1 (10%) 12 ( 80%) Como mostra a Tabela 3, com relação à ingesta de contraceptivos orais, das 15 voluntárias que estavam sendo analisadas, 67% responderam que faziam uso destes medicamentos. Sobre a atividade física, declararam-se sedentárias 80% das mulheres analisadas. Não houve necessidade de especificar a atividade realizada ou a freqüência desta prática.32 A Tabela 4 representa a avaliação da coloração das estrias no surgimento, no pré- tratamento e no pós-tratamento. TABELA 4: Avaliação da coloração das estrias Surgimento Pré-Tratamento Pós-Tratamento Branca (33%) (100%) (33%) Vermelha (27%) (00%) (00%) Violácea (40%) (00%) (00%) Próximo ao tom de pele (00%) (00%) (67%) Como mostra a Tabela 4, com relação ao aparecimento da estria, referente à sua coloração inicial, 40% descreveram como coloração violácea, 33% como coloração branca e 27% como coloração vermelha. Quando questionadas sobre a coloração atual (pré-tratamento), todas as voluntárias (100%) responderam apresentar a coloração branca, observada também pela pesquisadora. A avaliação da coloração das estrias no pós-tratamento não pôde ser classificada como vermelha ou violácea pois a pele da paciente ficou mais semelhante à coloração normal . 33 A Tabela 5 representa a comparação da melhora do aspecto das estrias nas regiões tratadas. TABELA 5: Comparação da melhora do aspecto das estrias nas regiões tratadas ASPECTO Pré-Tratamento Pós-Tratamento Depressiva 33% 30% Não Depressiva 67% 70% Com mostra a Tabela 5, com relação ao aspecto das estrias na avaliação sobre serem depressivas ou não, 33% das voluntárias responderam que o aspecto que visualizavam era depressivo e 67% responderam que a aparência observada não era depressiva. 34 As Tabelas 6 e 7 representam o resultado dos formulários preenchidos pelas voluntárias referente à sensibilidade e ao tipo de dor nas sessões da aplicação da corrente microgalvânica. No inicio do tratamento, foi desenvolvido um formulário a ser respondido pelas voluntárias no decorrer das sessões de aplicação da corrente microgalvânica, nas áreas afetadas, apresentando escala de sensibilidade a dor variando de 0 a 5. (Anexo III) TABELA 6 : Avaliação da sensibilidade das voluntárias tratadas SENSIBILIDADE APLICAÇÕES 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª SEM DOR 5 2 0 0 0 0 0 0 0 0 DOR FRACA 10 8 4 0 0 0 0 0 0 0 DESCONFORTÁVEL 0 5 8 6 0 0 0 0 0 0 ANGUSTIANTE 0 0 3 9 12 8 7 5 3 0 HORRÍVEL 0 0 0 0 3 7 8 10 12 15 TOTAL 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 Como mostra a Tabela 6, durante a 1ª aplicação, a sensibilidade se mostrou sem dor até dor fraca, perdurando-se até a 3ª aplicação, iniciou com a sensibilidade desconfortável na 2ª sessão, indo até a 4ª, mas a sensibilidade angustiante apresentou o seu início na 3ª aplicação com aumento gradativo até a 5ª, começando com declínio nas próximas aplicações porque a sensibilidade horrível iniciou apenas na 5ª aplicação, ocorrendo aumento gradativo, tornando-se unânime pelas 15 voluntárias na décima aplicação 35 TABELA 7 : Avaliação dos tipos de dor das voluntárias tratadas TIPOS DE DOR APLICAÇÕES 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª SEM DOR 5 2 0 0 0 0 0 0 0 0 PONTADA 10 8 4 0 0 0 0 0 0 0 QUEIMA / ARDE 0 5 8 6 0 0 0 0 0 0 IRRITANTE 0 0 3 9 12 8 7 5 3 0 CRUEL / CASTIGANTE 0 0 0 0 3 7 8 10 12 15 TOTAL 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 De acordo com a Tabela 7, durante a 1ª aplicação, o tipo de dor se mostrou sem dor até dor em pontada, perdurando-se até a 3ª aplicação, iniciou com o tipo de dor queima/ arde na 2ª sessão indo até a 4ª, mas o tipo de dor irritante apresentou o seu início na 3ª aplicação com aumento gradativo até a 5ª, começando e declinando nas próximas aplicações porque o tipo de dor cruel / castigante iniciou apenas na 5ª aplicação, ocorrendo aumento gradativo, tornando-se unânime pelas 15 voluntárias na décima aplicação. 36 A Tabela 8 demonstra a análise comparativa das fotos das voluntárias realizada por três avaliadores (professores do Curso de Fisioterapia), sendo que a comparação foi feita entre as fotos do pré-tratamento e do pós-tratamento . A comparação seguiu o critério com alternativas que compreendem os níveis: sem resultado (SR) , resultado satisfatório (RS) e resultado excelente (RE) . TABELA 8: Análise comparativa das fotos das voluntárias realizada por professores (Pré + Pós 2meses) S R R S R E (2 + 3 meses) SR R S R E Avaliador A ( 9 ) ( 5 ) ( 1 ) (13 ) ( 2 ) ( 0 ) Avaliador B ( 5 ) ( 9 ) ( 1 ) ( 8 ) ( 7 ) ( 0 ) Avaliador C ( 2 ) ( 9 ) ( 4 ) ( 5 ) (10 ) ( 0 ) Como mostra a Tabela 8, a avaliação das fotos por 3 avaliadores A, B e C ocorreu em dois momentos distintos (Anexo VI): 37 1º momento – comparação das fotos do pré e do pós- tratamento com 2 meses 2º momento – comparação das fotos do pós 2 meses e do pós 3 meses de tratamento. Apesar do resultado da análise do avaliador A ter sido a menos satisfatória com relação à melhora dos resultados do tratamento, o resultado apresentado no 1º momento foi de melhora, pois das 15 voluntárias avaliadas, 9 obtiveram como resposta SR (Sem Resultado) e 6 obtiveram entre RS (Resultado Satisfatório) e RE (Resultado Excelente), mantendo a mesma análise na foto de 2 e 3 meses. O avaliador B no primeiro momento apresentou o resultado de 5 voluntárias como SR (Sem Resultado) e 10 entre RS (Resultado Satisfatório) e RE (Resultado Excelente) e no 2º momento manteve a mesma análise. A análisedo avaliador C , no primeiro momento, apresentou o resultado de 2 voluntárias com SR (Sem Resultado) e 13 entre RS (Resultado Satisfatório) e RE (Resultado Excelente), no 2º momento manteve a mesma análise comparativa do 1º momento. Apesar de não ter realizado o acompanhamento do trabalho e não estar ciente a que momento as fotos pertenciam, foi o avaliador que apresentou maior consistência nos dados da avaliação. 38 6. DISCUSSÃO De acordo com a avaliação realizada no pré-tratamento deste estudo, as pacientes relataram o acometimento inicial das estrias ocorrendo em 60% na adolescência, em 20% na gestação e em 20% devido ao aumento de peso. Segundo SANTOS & SIMÕES (2004) é comum o surgimento das estrias, no sexo feminino, principalmente na puberdade, em decorrência do crescimento acelerado e no início da fase adulta, podendo ser devido à obesidade ou por gestação. Em relação à localização das estrias apresentadas pelas voluntárias, 74% responderam que a região glútea era a região predominante, 20% na região de coxas e 6% em flancos. ALVES et al (2005) confirmam esses dados descrevendo as mesmas regiões acometidas por estrias em mulheres. A coloração apresentada no surgimento inicial das estrias se mostrou violácea, vermelha ou branca e, no pré-tratamento, 100% das estrias apresentavam coloração branca. Isso também foi citado por GUIRRO & GUIRRO (2004), que observam que as estrias são eritemato-violáceas na sua fase inicial e, na fase mais tardia, tornam-se brancas ou atróficas. Neste estudo, no pós-tratamento, as estrias apresentaram-se próximas ao tom da pele em 67% das voluntárias, fato confirmado pelos mesmos autores acima. MARC (2007) afirma que são consideradas de risco para o aparecimento de estrias mulheres com história familiar, fato também observado no tratamento das voluntárias deste estudo. A cor da pele é de extrema importância para SILVA et al (1999) apud GUIRRO & GUIRRO (2004), que comprovou em seu trabalho experimental, que as pacientes com a pele morena, a regeneração foi mais rápida e evidente do que naquelas com pele clara. O mesmo foi notado nas voluntárias que apresentavam a cor da pele mais morena, onde, ocorreu um quadro regenerativo mais rápido que nas que apresentavam cor da pele clara. As voluntárias apresentaram pouca sensibilidade no decorrer das primeiras aplicações, onde o estímulo da agulha associado ao estímulo da corrente desencadeia uma resposta inflamatória aguda localizada, com um processo de reparação tecidual. Após a quinta sessão, ocorreu um aumento exacerbado da sensibilidade, fato que também é descrito por GUIRRO & GUIRRO (2004) como um parâmetro para se observar a melhora 39 do tecido em resposta à estimulação elétrica. Ao serem avaliadas, as pacientes referiram-se à dor com um nível de intensidade cruel-castigante, que significa uma reação inflamatória aguda, estimulando a atividade fibroblástica para a produção da síntese de colágeno, reestruturando o tecido lesado e ocorrendo aumento da sensibilidade e da resistência das pacientes com relação às demais aplicações. Segundo DANIEL (2002) os primeiros sinais de regeneração, avaliados como indicadores da melhora das estrias através do processo de reparação são a alteração de coloração e nivelamento da estria, uma vez que a presença desses indicadores comprova a resposta do tecido ao estímulo elétrico da corrente microgalvânica, promovendo um aumento de fibroblastos jovens associado à uma neovascularização e remodelamento do colágeno. Pôde-se observar que as estrias tratadas neste estudo por meio da aplicação da corrente microgalvânica, realizada com 100 microamperes, apresentaram sensível melhora no diâmetro, aspecto e coloração. No trabalho realizado por SANTOS & SIMÕES (2004) utilizou-se a corrente microgalvânica no tratamento das estrias em três pacientes do sexo feminino, onde a freqüência variou de 100 a 150 uA microamperes, obtendo uma resposta satisfatória nos três casos. Através da comparação visual, neste estudo, os avaliadores observaram através das fotos do pré-tratamento e pós-tratamento (2 meses), uma melhora no aspecto das estrias em relação às fotos do pré-tratamento. A reação inflamatória foi observada nas voluntárias logo após a primeira aplicação, com inflamação aguda, levando a um quadro de hiperemia e calor, desaparecendo até a próxima aplicação. Segundo Guyton (2002), após a lesão, aparece um quadro de hiperemia e edema que são motivados por substâncias locais liberadas pela lesão responsáveis pela vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos. De acordo, com SANTOS (2006), esta reação inflamatória instala-se minutos após o término da aplicação e sua duração depende da reação inflamatória de cada sujeito. Este processo inflamatório concentra-se entre o primeiro e o quarto dia pós-estimulação com a recuperação das estrias, restabelecendo de forma satisfatória a integridade da pele e restituindo assim sua arquitetura original. Neste estudo, nas fotos do pós-tratamento (3 meses) não foram observadas alterações visuais acentuadas como nas primeiras fotos. 40 Na foto do pós-tratamento (2 meses), comparadas com a foto do pós-tratamento (3 meses), manteve-se a melhora do quadro, tendo em vista que a comparação final dos avaliadores não foi modificada com relação à primeira análise realizada. 41 7. CONCLUSÃO Conclui-se que o tratamento com a corrente microgalvânica não elimina totalmente as estrias mas pode se obter uma melhora considerável em seu aspecto, coloração e diâmetro. Para realizar o tratamento, é necessário persistência, pois na maioria dos casos, pode durar meses, aumentando o quadro de dor à medida que as estrias tornam- se vascularizadas. 42 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS O fisioterapeuta, através de recursos físicos, vem adquirindo cada vez mais espaço, atuando em diversas áreas, ampliando ainda mais o seu leque de condutas, abrangendo assim, o campo da Fisioterapia Dermato-funcional, que tem por base a prevenção e recuperação física funcional dos distúrbios endócrino-metabólicos, dermatológicos e músculo-esqueléticos, podendo agir de maneira preventiva ou curativa. A pesquisa nesta área é multidisciplinar, sendo necessário um trabalho em equipe para que se possa interferir, minimizando ou curando o distúrbio do paciente, sem, no entanto, comprometer sua saúde. Para atingir esses objetivos, acima de tudo, deve-se agir com senso ético, responsabilidade e respeito ao próximo. Acreditamos que novas pesquisas deveriam ser realizadas, utilizando-se de métodos com mais aplicações e com a associação da corrente microgalvânica em conjunto com produtos estéticos, laserterapia, terapia à vácuo e aplicação médica de ácidos, tornando-se futuramente uma alternativa no combate e melhora das estrias. O referencial bibliográfico disponível para pesquisa ainda é escasso, os estudos clínicos de tratamento das estrias são pouco freqüentes e os dados clínicos são obtidos de maneira casual. Para um próximo estudo, um número maior de aplicações em pacientes seria necessário para obtenção de melhores resultados . 43 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMAGRO Urrutya, Zoraya E, SANTOS Solano, LOS Lourdes de, RODRIGUES Lázaro L., Corrientes diadinámicas y galvánicas en el tratamiento de la disfunción Temporomandibular. Rev Cubana Estomatol. sep.-dic. 1998, vol.35, no.3, p.73-79. ALVES, Gilvan F., Nogueira Lucas S. C.,Varella Tatiana C. N. Artigo de Revisão Dermatologia e gestação. 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Carlos,Cosmetologia Dermatológica Practica. 5ª.ed.Buenos Aires: El Ateneo, Pedro Garcia S.A: 1987,. 1155p GUIRRO, Elaine; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia Dermato-funcional.3.ed. ver. E amp. São Paulo: Manole, 2004. 560p. GUYTON, A.C. John E. Hall, Tratado de Fisiologia . 10ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 973p. HENRY F, Piérard-Franchimont C, Pans A, Piérard G. Striae distensae of pregnancy. An in vivo biomechanical evaluation. 2001 JIMÉNEZ GP, Flores F, Berman B, Gunja-Smith Z. Treatment of striae rubra and striae alba with the 585-nm pulsed-dye laser. KARIME G. de M. Géssica. Estudo comparativo por meio do método de varredura e galvanopuntura 2006 . KITCHEN, Sheila. Eletroterapia: Prática baseada em evidências.11.ed. Barueri: Manole, 2003. 360p. LOW, John; REED, Ann. Eletroterapia Explicada.3.ed.Barueri:Manole, 2001.472p. MC DANIEL DH. Laser therapy of stretch marks. Dermatol Clin. Dermatol Clin. 2002 Jan;20(1):67-76 . 45 MARC TUNZI, M.D., Gary R., GRAY, D.O., Common skin conditions during pregnancy. Family Medicine Residency Program, Natividad Medical Center, Salinas, California 2007 By the American Academy of Family Physicians. MILANI, B.G.;JOÃO,A. M.S.; FARAH, A . E. Fundamentos da Fisioterapia dermato- funcional: revisão de literatura.Fisioterapia e Pesquisa, v.13,p.37 – 43,2006. PRENTICE, William E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 472p. RUSENHACK, Casia., Microdermoabrasão, In:BORGES,S.F Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Porth,2006.p. 101-115. SAMPAIO, Sebastião; RIVITTI, Evandro. Dermatologia. 2.ed.São Paulo: Artes Médicas, 2001. 1155p. SANTOS, S., Natividade Vilma.,Microcorrentes. In: BORGES,S.F Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas.São Paulo: Porth,2006.p. 185-197 SANTOS, M.C.;SIMÕES,P.N. Tratamento Estético da Estria através da Microgalvanopuntura. 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II. - Durante o estudo, deverão ser feitas 10 aplicações. III - Fica aqui declarado, que a paciente está de acordo e esclarecida sobre como proceder no período da aplicação do tratamento: - Não tomar sol, - Não realizar outro tratamento para estrias. - Não faltar às aplicações - Somente um lado será tratado, sendo o outro para análise comparativa, levando em consideração que as estrias têm características de bilateralidade. IV – A participação neste estudo poderá (ou não) acarretar benefício terapêutico, pois somente um dos lados acometidos será tratado, permanecendo o outro lado da lesão utilizado como controle, para posterior análise comparativa, não se comprometendo a tratar o outro lado após o término das aplicações. V - Será submetido antes e após dois e três meses, as fases do estudo a uma sessão de fotografias para a análise comparativa. 48 VI - Obteve todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a participação do referido ensaio clínico. VII - Está livre para interromper a participação no ensaio clínico a qualquer momento, desde que explique o motivo para tal. VIII - Caso surja alguma intercorrência, deverá procurar o serviço de Pronto Socorro do HUSF. IX - Poderá contactar o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar recursos ou reclamações em relação ao ensaio clínico X - É condição indispensável para participação no ensaio clínico que esteja em boa saúde, e, portanto, não esteja no momento sob tratamento médico, estético ou fazendo uso de quaisquer drogas ou medicações. XI - Poderá contactar o responsável pelo estudo, sempre que necessário pelo telefone. Bragança Paulista,........ de.................................de 2007. Voluntário: Nome: ______________________________________________________________ Idade: __________________ RG: ___________________ Endereço: ___________________________________________________________ _________________________________ Voluntário Responsáveis: ______________________________________ Mary Aparecida Soares Pinheiro ___________________________________ Katiuscia Rosette Scasni Menon 49 ANEXO III FICHA DE AVALIAÇÃO CORPORAL Dados Pessoais - Nome: ______________________________________________ Data: ______ - Data de nascimento: ______________ - Sexo: ____________ - Estado civil: ____________________ - Endereço: ________________________________________________________ - Telefone: ________________________________________________________ - Profissão: _______________________ Raça: _____________________ - Indicação: ___________________________ Queixa Principal: _________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Cor da pele: ( ) branca ( ) parda ( ) negra ( ) amarela Ano da menarca:___________ Números de gestações: ___________ Mudanças Observadas: ______________________________________________ Atividade física: ________ Qual: ________________________ Dias da semana: _______________ Medicamentos à base de corticóide:_____________ ( ) anti-histamínico ( ) esteróides ( ) antiinflamatórios Disfunção Hormonal: ___________________________________________________ Diabetes ( ) sim ( ) não Hemofilia ( ) sim ( ) não Transtornos circulatórios e/ou cicatrização: _________________________________ Propensão a quelóides: ( ) sim ( ) não 50 Doença de pele: ________________________________________________________Alergias: ( ) corrente elétrica ( ) outros produtos Tratamentos anteriores: _________________________________________________ Resultado do tratamento: ________________________________________________ Caracterização do quadro: Aparecimento das estrias: ( ) adolescência ( ) gravidez ( ) obesidade ( ) medicamento Coloração inicial: ( ) vermelha ( ) violácea ( ) branca Coloração atual: ( ) vermelha ( ) violácea ( ) branca Aspecto macroscópico: ( ) depressão Localização: ( ) abdome ( ) seios ( ) coxas ( ) flanco ( ) glúteos Sensibilidade Dolorosa ao estímulo: Tipo de dor Data Sensibilidade (0-5) Pontada Queima/arde Irritante Cruel/Castigante Latejante Cortante Aflitiva Assustadora (0) sem dor (1) fraca (2) desconfortável (3) angustiante (4) horrível (5) torturante 51 ANEXO IV Avaliação do grau de satisfação das pacientes Com relação ao tratamento das estrias os resultados obtidos foram: ( ) sem resultado ( ) resultado satisfatório ( ) resultado excelente 52 ANEXO V Enquete avaliativa do aspecto das estrias por três avaliadores convidados do Curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco * Em relação às fotos apresentadas observar e comparar os resultados obtidos no tratamento de estrias: Nº__________________________ 1.2 ( ) sem resultado ( ) resultado satisfatório ( ) resultado excelente 1.2 Melhor: P( ) S( ) 2.3 ( ) sem resultado ( ) resultado satisfatório ( ) resultado excelente 2.3 Melhor: P( ) S( ) 53 ANEXO VI TABELA 1: Classificação do Fototipo Cutâneo: (FITZPATRICK, 1988) TIPO DA PELE COR DA PELE REAÇÃO À EXPOSIÇÃO SOLAR I Claro Sempre queima e nunca bronzeia II Claro Sempre queima e bronzeia pouco III Claro Queima e bronzeia pouco IV Moreno-claro Raramente queima , bronzeia com facilidade V Moreno Queima muito raramente, bronzeia facilmente VI Negro Não queima, bronzeia facilmente
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