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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO 
 CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APLICAÇÃO DA CORRENTE MICROGALVÂNICA EM 
ESTRIAS ATRÓFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bragança Paulista 
2007 
 
 2
Mary Aparecida Soares Pinheiro 
RA: 001200400204 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DA CORRENTE MICROGALVÂNICA EM ESTRIAS 
ATRÓFICAS 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à disciplina 
Trabalho de Conclusão de Curso do 
Curso de Fisioterapia da 
Universidade São Francisco, sob a 
orientação da Profª Ms. Katiuscia 
Rosette Scasni Menon como 
exigência para conclusão do curso 
de graduação. 
 
 
 
 
 Bragança Paulista 
 
2007 
 
 3
PINHEIRO, Mary Ap. Soares. Aplicação da corrente microgalvânica em estrias 
atróficas. Monografia defendida e aprovada na Universidade São Francisco em 07 de 
dezembro de 2007 pela banca examinadora constituída pelos professores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Ms Katiuscia Rosette Scasni Menon 
USF – Orientadora Temática 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Ms. Rosimeire Simprini Padula 
USF – Orientadora Metodológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Patrícia Teixeira Costa 
USF – Banca Examinadora 
 
 
 
 
 
 
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Ainda não vi ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo. 
Confúcio 
 
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 AGRADECIMENTOS 
Aos anjos amigos Solú e Alê, que ajudaram muito nesta caminhada acadêmica e 
com os problemas da vida, aos muitos amigos que estiveram presentes nesta 
conquista,também a Reny,Vanderley, e Neide minha cunhada. À minha mãe de coração, tia 
Ia, que está sempre ao meu lado, à minha família mineira, Daniel, Nicíula e Renan pelo 
amor recebido, às voluntárias o meu grande carinho, à Profª Katiuscia Rosette Scasni 
Menon pela atenção. 
Agradeço à professora Juliana Heloísa Terra Ferreira, inspiradora deste projeto, 
que, por motivos de força maior, não pode finalizá-lo. Às pessoas que passam em nossas 
vidas com um propósito ou missão, deixando um pouco de si e levando um pouco de nós. 
Nossa convivência foi maravilhosa, amiga, sempre alegre, carinhosa, dedicada, 
compreensiva, rígida, quando necessário, e com uma humanidade invejável. Acredito que 
muito de você ficou comigo e tenho certeza que algo de mim foi com você também, tenha 
muito brilho e sucesso em sua vida. À você minha grande admiração! 
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DEDICATÓRIA 
 À Deus, grande Pai, que me amparou e me deu forças para que, no início da 
graduação, não desistisse e abandonasse tudo. Aos meus filhos e grandes amores Marcell, 
Yuri e Ygor, por entender a minha falta de atenção, mau humor e crises de choro. Hoje 
tenho certeza que todos estão orgulhosos, também o meu Pinheiro, esteja onde estiver, 
sempre acreditou na minha vitória! Esta vitória é toda para vocês! 
 7
PINHEIRO, Mary Ap. Soares. Aplicação da corrente microgalvânica em estrias 
atróficas . 2007. Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Fisioterapia da Universidade 
São Francisco, Bragança Paulista. 
 
RESUMO 
Introdução: As estrias apresentam-se com caráter de bilateralidade, simetricamente, em 
ambos os lados, com os sinais clínicos iniciais de prurido e dor. A sua coloração inicial 
pode ser rubra (striae rubrae) ou esbranquiçada (striae albae). A melhora das estrias 
depende do tempo, dimensão e coloração da pele .Existem diversos procedimentos para 
tratar as estrias, sendo a aplicação da corrente microgalvânica com o aparelho Striat® um 
recurso útil para o tratamento. Objetivo: Verificar as alterações da pele acometida por 
estrias após o tratamento com a corrente microgalvânica. Método: Participaram do estudo 
15 voluntárias que apresentavam estrias esbranquiçadas, sendo submetidas ao tratamento 
sub-epidérmico com aplicação de agulha com voltagem de 100 microampéres . O 
tratamento consistiu de 1 aplicação semanal, com avaliação da voluntária antes de uma 
nova aplicação, reavaliação após 2 e 3 meses de tratamento, sendo realizada documentação 
fotográfica para visualização do resultado.Resultados: Os resultados obtidos por meio do 
tratamento com a corrente microgalvânica foram positivos pois observou-se a melhora no 
aspecto das estrias na maioria das voluntárias da amostra após o tratamento. Conclusão: O 
recurso da corrente microgalvânica pode auxiliar o tratamento de mulheres com estrias 
atróficas, podendo ser considerado como opção de tratamento, principalmente no que se 
refere ao grau de satisfação apresentado pelas voluntárias. 
 
Palavras Chaves: 
Corrente microgalvânica, estrias atróficas, fisioterapia dermato-funcional 
 
 
 
 
 
 
 
 8
 
 
ABSTRACT 
 
 
Introduction: Striae present themselves with a bilaterality character, symmetrically, in 
both sides, with initial clinical signs of itching and pain. The initial color can be reddish 
(striae rubrae) or whitish (striae albae). Improvement on the condition of the striae depends 
on time, dimension, and skin coloration. There are several procedures to treat striae, and 
application of microgalvanic current with the Striat® device is a useful resource for 
treatment. Objective: To verify changes in the skin which have occurred due to treatment 
with microgalvanic current. Method: Fifteen volunteers who had striae albae participated 
in the study and were submitted to the sub-epidermic treatment, with application of needle 
with 100 micro-amps (uA). The treatment consisted of one weekly application, with 
evaluation of the volunteer before a new application, and reevaluation after two and three 
months of treatment. Photographic documentation was done to allow for visualization of 
the results. Results: The results obtained through the treatment with microgalvanic current 
were positive. The majority of the volunteers from the sample presented improvements on 
the appearance of the striae after the treatment. Conclusion: The microgalvanic current can 
assist in the treatment of women with atrophic striae and can be considered as an option of 
treatment, especially when it relates to the degree of satisfaction presented by the 
volunteers. 
 
 
Key Words: 
Microgalvanic current, atrophic striae, dermato-functional physiotherapy. 
 
 
 
 9
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO.................................................................................................................12 
 1.1 Considerações sobre a pele.......................................................................................12 
 1.2 Considerações sobre estrias......................................................................................14 
 1.3 A corrente microgalvânica no tratamento de estrias................................................16 
2.JUSTIFICATIVA..............................................................................................................20 
3.OBJETIVOS......................................................................................................................21 
 3.1 Objetivo Geral............................................................................................................21 
 3.2 Objetivos Específicos.................................................................................................21 
4. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................................22 
 4.1 Desenho do estudo.....................................................................................................22 
 4.2 Critérios de inclusão...................................................................................................22 
 4.3 Critérios de exclusão..................................................................................................22 
 4.4 Local de estudo..........................................................................................................224.5 Materiais....................................................................................................................22 
 4.6 Métodos.....................................................................................................................23 
 4.7 Análise de dados........................................................................................................25 
 5.RESULTADOS.................................................................................................................26 
6. DISCUSSÃO.....................................................................................................................38 
7. CONCLUSÂO..................................................................................................................41 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................42 
 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................43 
ANEXOS...............................................................................................................................46 
 10
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
 
GRÁFICO 1. Relação da época inicial do acometimento das estrias...................................26 
 
GRÁFICO 2. Relação de outros tipos de tratamentos realizados pelas 
voluntárias.............................................................................................................................27 
 
GRÁFICO 3. Relação das regiões tratadas acometidas pelas estrias...................................28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1. Média de algumas variáveis: idade, peso, altura, IMC e menarca das mulheres 
tratadas. ................................................................................................................................29 
 
TABELA 2. Classificação das voluntárias segundo fototipo cutâneo .................................30 
 
 TABELA 3. Dados sobre os fatores de risco para estrias comparados com o grau melhora 
após 2 e 3 meses....................................................................................................................31 
 
TABELA 4. Avaliação da coloração das estrias...................................................................32 
 
TABELA 5. Comparação da melhora do aspecto das estrias nas regiões tratadas ..............33 
 
TABELA 6. Avaliação da sensibilidade das voluntárias tratadas........................................34 
 
TABELA 7. Avaliação dos tipos de dor das voluntárias tratadas.........................................35 
 
TABELA 8. Análise comparativa das fotos das voluntárias realizada por professores........36 
 
 
 12
1. INTRODUÇÃO 
 
1.1 Considerações sobre a pele 
 
 
 A pele é o manto de revestimento do organismo, foi definida pelos anatomistas 
clássicos como involucrum corporis humani (GUILLOT,1987), é indispensável à vida, 
isolando os componentes orgânicos do meio exterior. Constitui-se em uma complexa 
estrutura de tecidos de várias naturezas, dispostos e inter-relacionados de modo a adequar-
se, de maneira harmônica, ao desempenho de suas funções (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). 
Ela é o maior sistema de órgãos expostos ao meio ambiente e representa 12% do peso seco 
total do corpo, com um peso de aproximadamente 4,5 quilos. (GUIRRO & GUIRRO, 
2004). 
 Embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e mesodérmicos. 
As estruturas epiteliais, a epiderme, os folículos pilossebáceos, as glândulas apócrinas, as 
glândulas sudoríparas écrinas e as unhas, derivam do ectoderma. Os nervos e os 
melanócitos originam-se no neuroectoderma e as fibras colágenas e elásticas, os vasos 
sangüíneos, os músculos e o tecido adiposo, originam-se no mesoderma (SAMPAIO & 
RIVITTI, 2001). 
 A pele compõe-se essencialmente de duas camadas, a epiderme e a derme 
(VIVIER & MCKEE, 1997). A epiderme é constituída de quatro a cinco camadas ou 
estratos; devido ao fato da camada lúcida estar ou não incluída (GUIRRO & GUIRRO, 
2004). É a camada externa que está diretamente ligada ao meio ambiente, sendo formada 
por um arranjo ordenado de células, denominadas de queratinócitos, cuja função básica é 
sintetizar a queratina, uma proteína filamentosa com função protetora. A derme é a camada 
interna e seu principal componente é uma proteína estrutural fibrilar denominado colágeno 
e elastina. Localiza-se sobre o panículo adiposo, composto por células adiposas, 
denominada hipoderme (ARNOLD et al., 1994). 
 A derme pode ser dividida em três partes distintas, sendo classificada como 
papilar, perianexial e reticular. A derme papilar é constituída de uma camada pouco 
espessa de fibras colágenas finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante 
 13
substância fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones epiteliais 
da epiderme. A derme perianexial é estruturalmente idêntica à papilar, dispondo-se em 
torno dos anexos, compondo juntamente com estar, a unidade anatômica denominada 
derme adventicial. A derme reticular, apresenta-se como uma porção mais espessa que se 
estende até o subcutâneo, composta por feixes colágenos mais espessos, dispostos, em sua 
maior parte, paralelamente à epiderme. Há proporcionalmente menor quantidade de 
fibroblastos e de substância fundamental em relação à derme adventicial (SAMPAIO & 
RIVITTI, 2001). 
 A vascularidade dérmica consiste principalmente de três importantes plexos 
intercomunicantes como o plexo subpapilar, que percorre dentro da parte papilar da derme, 
paralela à epiderme e fornece um rico suprimento de capilares, arteríolas terminais e 
vênulas das papilas dérmicas. Os plexos profundos, ao redor dos folículos pilosos e das 
glândulas écrinas, são compostos por vasos sangüíneos maiores que os do plexo superficial. 
A vascularidade da derme é particularmente bem desenvolvida nas áreas das estruturas 
anexiais. Os linfáticos dérmicos estão associados ao plexo vascular (ARNOLD et al., 
1994). 
 Os nervos cutâneos provêm do sistema nervoso vegetativo e do sistema 
cérebroespinhal. Acompanhando os vasos sangüíneos, alcançam a hipoderme, derme e 
principalmente as papilas da camada papilar (BECHELLI, 1988). Em algumas regiões do 
corpo, os nervos formam órgãos terminais específicos como os Corpúsculos de Vater-
Pacini, Corpúsculos de Meissner, Corpúsculos de Krause e meniscos de Merkel-Ranvier 
(GAMONAL, 2002). 
 As funções da derme são promover flexibilidade à pele; determinar proteção 
contra traumas mecânicos; manter a homeostase, armazenar sangue para eventuais 
necessidades primárias do organismo; determinar a cor da pele, pela ação da melanina, 
hemoglobina e dos carotenos; ruborização, quando de respostas emocionais e é a primeira 
linha de proteção contra invasões por microorganismos, pela ação dos leucócitos e 
macrófagos. (CUCE & NETO, 1990). 
 A hipoderme é de espessura variável, composta exclusivamente por tecido 
adiposo, isto é, células repletas de gordura formando lóbulos subdivididos por traves 
 14
conjuntivo-vasculares. Relaciona-se, em sua porção superior, com a derme profunda, 
constituindo-se a junção dermo-hipodérmica, em geral, sede das porções secretoras das 
glândulas apócrinas ou écrinas e de pêlos, vasos e nervos. Funcionalmente, a hipoderme, 
além de depósito nutritivo de reserva, participa no isolamento térmico e na proteção 
mecânica do organismo às pressões e traumatismos externos e promove a motilidade da 
pele em relação às estruturas subjacentes (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). 
 
1.2. Considerações sobre estrias 
 
 Quando há alteração na anatomia e fisiologia deste tecido epitelial, surgem 
diversos tipos de doenças ou alterações que podem resultar em problemas que 
compreendem desde simples disfunções estéticas até funcionais que podem comprometer osistema de barreira, essencial para nosso controle contra infecções. Devido à arquitetura e 
às propriedades físicas, químicas e biológicas de suas várias estruturas, a pele, como uma 
membrana envolvente e isolante, é um órgão capacitado à execução de múltiplas funções 
como proteção contra o meio externo e imunológica, termo-regulação, percepção e 
secreção (SAMPAIO & RIVITTI, 2001). 
 Uma das afecções dermatológicas que podem ocorrer na pele são as estrias, 
que na sua grande maioria apresentam-se desagradáveis do ponto de vista estético. Estas 
afecções, são lesões atróficas lineares paralelas, em geral obedecendo às linhas de clivagem 
da pele. Suas formas são variadas, podendo ser retilíneas, curvilíneas, em S ou Z e a 
extensão pode variar de um a dois centímetros, podendo atingir até cinco centímetros. 
Raras ou numerosas dispõe-se paralelamente umas às outras e perpendicularmente às linhas 
de fenda da pele, indicando desequilíbrio elástico localizado, caracterizando uma alteração 
da pele (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
 As estrias atróficas apresentam-se, de início, como vergões lineares vermelhos 
purpúricos, que, eventualmente, nivelam-se, deixando listras rugosas, atróficas e 
hipopigmentadas, sem as marcas normais da pele. No estágio inicial, muitas vezes, há um 
componente inflamatório, mas logo surge a fase atrófica. As estrias atróficas são 
irreversíveis, podendo-se iniciar ou exacerbar sob a condição de exercícios vigorosos de 
 15
levantamento de peso e as rápidas modificações do peso corporal. Geralmente as estrias 
atróficas são assintomáticas, embora alguns pacientes apresentem leve prurido no estágio 
inflamatório (BONDI et al.,1993). 
 As estrias apresentam caráter de bilateralidade, isto é, existe tendência de 
distribuírem-se simetricamente. Em sua fase inicial, são eritemato-violáceas, planas ou 
sinuosas, geralmente de boa resposta aos tratamentos, na fase tardia tornam-se brancas 
(nacarados) ou atróficas, com aspecto mais claro, com pele mais fina de difícil reversão 
com tratamentos. (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
 As estrias atróficas são encontradas em ambos os sexos, com predominância no 
sexo feminino, principalmente a partir da adolescência. A maior incidência de estrias em 
meninas ocorre entre os doze e os quatorze anos e nos meninos, aos doze e quinze anos, em 
decorrência do crescimento acelerado, podendo ainda estar relacionada a algum 
comprometimento hormonal. Entretanto, as estrias podem ocorrer em todos os grupos 
etários (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
 Na mulher adulta saudável, a incidência de estrias é 2,5 vezes mais freqüente 
que no homem nas mesmas condições, decorrente do aumento de peso e da gravidez. As 
estrias abdominais disseminam-se para coxas, região glútea e braços, apesar de iniciar no 
abdômen. A região periumbilical é poupada (ALVES, 2004). 
 Quanto à sua localização, podem ocorrer com incidência maior nas regiões que 
apresentam alterações teciduais como glúteos, mamas, abdômen, coxas, a região lombo 
sacra é mais comum em homens, podendo acometer ainda em regiões pouco comuns, como 
a fossa poplítea, tórax, região ilíaca, antebraço e a porção anterior do cotovelo. (GUIRRO 
& GUIRRO, 2004). 
 Algumas populações são mais acometidas pelas estrias, como as pessoas com 
obesidade grave (striae distensae), período gestacional (striae infectiosae), as propriedades 
destas estrias, variam com o tempo, o que pode refletir as mudanças nos hormônios e nos 
stress mecânico que ajustam normalmente a pele sob a tensão (HENRY et al., 2001). O 
ganho de peso em um curto prazo de tempo representa uma justificativa para a excessiva 
deposição de gordura no tecido adiposo, com subseqüentes danos às fibras elásticas e 
colágenas da pele, sendo o principal mecanismo do aparecimento das estrias. Acredita-se 
 16
que o excessivo estiramento da pele, promova a conseqüente ruptura ou perda de fibras 
elásticas dérmicas, fator principal na origem das estrias que compreende, a teoria 
mecânica (BORGES, 2006). Podem estar relacionadas a algum comprometimento 
hormonal caracterizado pelo aumento de glicocorticóides, como na síndrome de Cushing, e 
nas corticoterapias intensivas gerais ou locais. Outro fator etiológico é o uso tópico ou 
sistêmico de esteróides, havendo aumento excessivo de massa muscular com crescimento 
intenso e rápido (BORGES, 2006). 
 
1.3. A corrente microgalvânica no tratamento de estrias 
 
 Atualmente, os tratamentos disponíveis e descritos pela literatura para as estrias 
são as esfoliações mecânicas (micro estimulação, peelings químicos, cristal, diamante.), 
esfoliação química com ácidos, estimulação dérmica com ácidos (intradermoterapia, 
mesoterapia), galvanopuntura, ionoforese, corrente microgalvânica, (BORGES, 2006), laser 
(JIMÉNEZ et al., 2002). 
 A corrente galvânica é um recurso terapêutico utilizado para promover 
analgesia com ação estimulante sobre os nervos sensitivos, provoca vasodilatação e 
aumento do fluxo sanguíneo, estimula os nervos motores propiciando a contração dos 
músculos inervados por eles e aumenta a sua potência além de incrementar o metabolismo e 
o retorno venoso e linfático (ALMAGRO et al., 1998). 
 Por se tratar de uma corrente irritante, essa mesma terapia, tem sido utilizada 
recentemente em tratamentos estéticos. Segundo Pierro, 1999, observou-se que a aplicação 
dessa corrente tem grande efeito polar imposto aos tecidos, e conseqüentemente, induz a 
uma inflamação aguda evidenciada pela hiperemia e edema local, resultados observados 
após a primeira aplicação do tratamento nas voluntárias com a corrente microgalvânica. 
 A corrente microgalvânica consiste em introduzir uma solução eletrolítica 
através de uma agulha com corrente galvânica também denominada corrente contínua, em 
nível sub-epidérmico o que possibilita, utilizando-se das propriedades polares da corrente 
galvânica, a transferência de íons para o interior dos tecidos, desencadeando um processo 
 17
inflamatório local (hiperemia), que leva à cicatrização, promovendo melhora na aparência 
da pele (PIERRO et al., 1999). 
 A corrente galvânica, devido à ação dos íons, agindo sobre os nervos 
vasomotores, torna ativa a hiperemia, pronunciando-se de forma mais significativa no pólo 
negativo. Os nervos vasomotores permanecem por considerável tempo hipersensibilizados. 
A hiperemia atinge ainda estruturas mais profundas por ação reflexa, decorrente desta tem-
se maior oxigenação, aumento do metabolismo e das substâncias metabolizadas. Com isso 
há um aumento da irrigação sanguínea, acarretando maior nutrição tecidual profunda, mais 
leucócitos e anticorpos, facilitando a reparação da área. (GUIRRO & GUIRRO, 2004). 
 A regeneração é um mecanismo homeostático complexo, onde ocorre uma série 
de eventos, envolvendo a migração de células originárias do tecido vascular e conjuntivo, 
ao local da lesão para restaurar o equilíbrio fisiológico. Pode ser iniciada como resultado 
da perda de comunicação entre células adjacentes, entre células e seu suporte ou por morte 
celular. A regeneração pode ser descrita em termos de quimiocinesia (processo governado 
por substâncias quimiotáticas) liberadas no local em multiplicação e diferenciação celular 
(KITCHEN, 2003). Este processo visa restaurar a integridade do tecido o mais rápido 
possível, porém, alguns fatores exercem influência na reparação dos tecidos como idade, 
nutrição, corticosteróides, diabetes e hormônio do crescimento (GUIRRO & GUIRRO, 
2004). 
 A resposta do tecido à lesão é descrita em termos de agressão mecânica da pele 
e infecção. A série de mudanças que ocorre, é semelhante, independentemente do tecido 
envolvido e do modo como a lesão é causada. Assim, o processo de regeneração pode ser 
caracterizado e dividido em quatro estágios: lesão inicial, inflamação, proliferação e 
remodelamento. (LOW & REED, 2001).A lesão inicial ocorre pelo dano às células e aos pequenos vasos sangüíneos. As 
células morrem em conseqüência de agressão direta, de deficiência de oxigênio devido à 
lesão dos vasos sangüíneos ou pelos agentes químicos liberados de outras células lesadas. 
A estrutura extracelular dos tecidos pode ser lesada com a ruptura de fibras e o 
comprometimento da substância fundamental amorfa. Após esta lesão inicial, ocorre um 
processo inflamatório, como resposta da microcirculação dos tecidos a esta. Inicialmente 
 18
ocorre uma vasoconstrição fugaz dos vasos não lesados em resposta à irritação, seguidos 
por dilatação prolongada. Essa dilatação inclui arteríolas, vênulas e vasos linfáticos em 
canais tanto ativos quanto dormentes. O fluxo sangüíneo total para a região é aumentado, 
embora a velocidade do fluxo possa estar diminuída, assim, obtém-se rubor e aumento da 
temperatura da pele resultante de líquido nos tecidos, conhecido como edema. O líquido 
propriamente dito é chamado exsudato, e a pressão aplicada nas terminações nervosas 
sensoriais por este é responsável por parte da dor associada com a inflamação. Outros 
agentes químicos liberados pela lesão ainda podem causar dor. (LOW & REED, 2001). 
 A terceira fase é o processo de regeneração, a proliferação que inclui a 
reconstrução dos tecidos, revestimento e quando necessário, envolve as atividades de três 
tipos de células: macrófagos, fibroblastos e células endoteliais, que agindo de forma 
combinada, formam um novo tecido de granulação, altamente vascular. (KITCHEN, 2003). 
 Os macrófagos são considerados essenciais para que ocorra a cicatrização. Eles 
não apenas digerem e removem os restos da ferida, como também migram para a área 
lesada, liberando agentes quimiotáticos que estimulam a atividade fibroblástica e a 
angiogênese (para formação de novos vasos sanguíneos). Esses novos vasos sangüíneos 
aparecem primeiro como brotos de células endoteliais que crescem para dentro da área 
lesada, ramificando-se eventualmente e se unindo aos brotos adjacentes para formar 
circuitos capilares quando são canalizados. À medida que o sangue começa a fluir através 
deles, a oxigenação da região aumenta, ao mesmo tempo, os fibroblastos depositam novas 
fibras de colágeno para proporcionar uma estrutura de suporte. Assim, o novo tecido de 
granulação continua crescendo para dentro a partir das margens do tecido normal, 
substituindo os tecidos lesados mortos ou que estão morrendo. Desta maneira o 
remodelamento, um processo que pode continuar por meses, com a estrutura do novo tecido 
alterando-se lentamente. O número de vasos sangüíneos é reduzido ao número apropriado 
para manter a viabilidade dos tecidos. As arteríolas, as vênulas e os canais linfáticos se 
desenvolvem novamente e ocorre regeneração de pequenas fibras nervosas. Os fibroblastos 
não apenas depositam colágeno, que tende a ser de um tipo diferente nesse estágio final, 
além do remodelamento do tecido com o tempo. (LOW & REED, 2001). 
 19
 A corrente microgalvânica utilizada para o tratamento das estrias pode alcançar 
até 40% de melhora no aspecto da estria. É um equipamento fabricado para uso na área de 
estética, não causa dependência e não tem efeitos colaterais indesejáveis, podendo ser 
utilizado em ionização e em todos os tratamentos estéticos no combate às rugas e estrias 
(KITCHEN, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20
2. JUSTIFICATIVA 
 
 
A relutância na aceitação e confiabilidade nos tratamentos de estrias, baseada 
no fato de vários autores considerar as estrias atróficas como irreverssíveis, inspirou o 
estudo em questão com a utilização da corrente microgalvânica, para auxiliar a 
confirmação e solidificação desta perspectiva no tratamento de estrias. O tratamento 
unilateral das estrias foi o indicado, tendo em vista que, tanto o paciente quanto o terapeuta, 
têm como acompanhar a sua evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21
3. OBJETIVOS 
 
3.1. Objetivo Geral 
 Verificar as alterações da pele acometida por estrias após o tratamento com a 
corrente microgalvânica. 
 
 
 3.2. Objetivos Específicos 
 
• Observar a alteração do aspecto e coloração da estria 2 e 3 meses após o término 
 do tratamento comparando com a avaliação fotográfica do pré-tratamento; 
 
• Avaliar o grau de satisfação das pacientes tratadas; 
 
• Comparar as avaliações fotográficas após 3 meses do término da intervenção 
com a avaliação fotográfica após 2 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
4. MATERIAIS E MÉTODO 
 
4.1. Desenho do estudo 
O estudo consistiu-se de um ensaio clínico controlado. 
 
 
 4.2. Critérios de inclusão 
Voluntárias do sexo feminino, com média de idade entre 20 e 30 anos, que não 
estiveram sob o uso contínuo ou prolongado, anteriormente à data de avaliação, de 
medicamentos à base de corticóides, anti-histamínicos, esteróides ou antiinflamatórios. 
 
 
4.3. Critérios de exclusão 
Voluntárias que não se submeteram às 10 sessões de tratamento, usuárias 
contínuas ou prolongadas de medicamentos, portadoras de problemas patológicos ou de 
pele com propensão à quelóides. 
 
 
4.4. Local do estudo 
 Clínica de Fisioterapia da Universidade São Francisco. 
 
 
4.5. Materiais 
Foram utilizados para o estudo : máquina fotográfica digital de 5.1 megapixels 
da marca Sony, equipamento de corrente microgalvânica, com o nome comercial de 
STRIAT®, gaze, algodão, álcool a 70%, luvas de procedimento, lupa, agulha individual, 
solução à base de quaternário de amônio e formol não oxidante, maca e lençóis. 
 
 
 
 
 23
 4.6. Método 
 Inicialmente, o projeto de pesquisa foi submetido à aprovação do Comitê de 
Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco.(Anexo I) 
Após, as voluntárias foram selecionadas na Universidade São Francisco (USF), 
tornando-se sujeitos da pesquisa após lerem e assinarem o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido (Anexo II). Após a concordância com a pesquisa e não apresentando dúvidas, 
foi entregue a Ficha de Avaliação (Anexo III) , respondida anteriormente, de forma escrita 
e reservada. Questionou-se nesta ficha sobre o início do surgimento das estrias, sendo 
realizada posteriormente uma avaliação do local acometido pelas estrias das voluntárias, 
pela pesquisadora. 
Após esta avaliação, as voluntárias foram liberadas, não ocorrendo outra 
reavaliação. Uma data posterior foi marcada para a realização de uma sessão de fotos do 
local acometido pelas estrias. 
Na data marcada, as pacientes com identidade preservada, foram submetidas à 
avaliação das características dos locais acometidos pelas estrias e coleta de imagens 
realizada com uma câmera digital. 
 Antes da aplicação da intervenção, a região a ser tratada foi higienizada com 
gaze ou algodão, embebidos em álcool a 70%, sendo utilizado ainda luvas de procedimento 
para a segurança da paciente e da pesquisadora, agulhas descartáveis, maca e lençóis. As 
regiões acometdias pelas estrias foram fotografadas por uma câmera digital. 
 Na ficha de avaliação corporal constaram questionamentos referentes ao 
surgimento das estrias, à sua coloração inicial (branca, rósea ou violácea), ao período em 
que apareceram (adolescência, gravidez, obesidade ou com o uso de medicamentos). Com 
relação ao aspecto, foi questionado e verificado na data do pré-tratamento, se o seu aspecto 
era depressivo ou não depressivo. Foi indagado ainda sobre a região do surgimento e 
alocalização das estrias (abdome, mamas, coxas, flanco, glúteo), apresentando a 
classificação do fototipo cutâneo.(Anexo IV) 
Com finalidade comparativa, devido ao caráter de bilateralidade das estrias, foi 
aplicado o tratamento unilateralmente, sendo a aplicação realizada do lado mais acometido. 
Para este trabalho foram realizadas dez aplicações da correntemicrogalvânica, 
ocorrendo uma aplicação por semana, sendo que a duração inicial das cinco primeiras 
 24
aplicações foi de aproximadamente 15 minutos no local determinado na pré-avaliação; a 
partir da sexta sessão, ocorreu um acréscimo de 10 a 15 minutos, perfazendo-se um total 
de 25 a 30 minutos de aplicação por sessão. Devido à grande dificuldade em visualizar as 
estrias a olho nu, após as 5 primeiras aplicações, foi necessário utilizar uma lupa como 
dispositivo de auxílio no tratamento. 
 Para a estimulação elétrica, foi utilizado um eletrodo ativo especial, o qual, 
consiste de uma fina agulha sustentada por um eletrodo do tipo caneta. A faixa de 
voltagem usada para o tratamento das estrias foi determinada em 100 microampéres. O 
procedimento técnico consistiu do acoplamento do eletrodo positivo passivo tipo placa, 
previamente umedecido com água e acoplado à paciente, próximo à área a ser tratada, por 
um velcro. O eletrodo negativo, ativo, a agulha, foi esterilizada, em líquido esterilizante, a 
cada início de tratamento, sendo que cada voluntária possuía sua agulha, para evitar 
contaminação. A agulha foi introduzida nas estrias das pacientes, superficialmente (região 
subepidérmica) em toda largura e extensão, paralela à pele.Por ser um tratamento invasivo, 
a área estimulada foi higienizada a cada sessão. Imediatamente, obteve-se um quadro de 
hiperemia e edema sobre toda a extensão da estria, sendo que, caso estas respostas não 
cessassem, não seria realizada uma nova aplicação até a melhora do quadro por completo. 
Ao término do tratamento, observaram-se estrias mais visíveis e edemaciadas (Anexo V). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25
4.7. Análise de Dados 
 
 Foi realizada análise descritiva através de médias e frequências expressas em tabelas 
e gráficos, através de dados coletados por fotos, ficha de avaliação corporal, ficha de 
avaliação do grau de satisfação das voluntárias, enquete avaliativa dos professores e tabela 
de fototipo cutâneo . Os dados analisados foram submetidos a métodos estatísticos, sendo 
dispostos em gráficos e tabelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
5. RESULTADOS 
 
 
 Das 20 voluntárias entrevistadas, apenas 15 receberam as 10 aplicações. As 5 
voluntárias restantes foram descontinuadas por motivo de faltas às sessões. 
 
 O Gráfico 1 demonstra a relação da época inicial com o acometimento das 
estrias . 
 
 Como mostra o Gráfico 1, 60% das voluntárias responderam que o início das 
estrias ocorreu na adolescência, 20% relataram que o início ocorreu na gestação e 20% das 
voluntárias restantes relataram que o aumento do peso ocasionou o aparecimento das 
estrias. 
 
 
GRÀFICO 1: Época inicial do acometimento das estrias 
 
 
 27
 
 
 
 O Gráfico 2 representa a resposta do questionário sobre outros tipos de tratamentos 
realizados pelas voluntárias. 
 
 
GRÁFICO 2: Outros tipos de tratamentos realizados pelas voluntárias 
 
 
 
 
 
 
 Como mostra o Gráfico 2, das 15 voluntárias avaliadas, 87% responderam não 
ter realizado outro tipo de tratamento e 13% relataram já ter se submetido à outro 
procedimento sem quaisquer resultados satisfatórios, não sendo no momento da entrevista, 
questionado qual o tratamento utilizado. 
 
 28
 O Gráfico 3 representa a área acometida pelas estrias e as regiões que foram 
tratadas. 
 
 
GRÁFICO 3: Regiões tratadas acometidas pelas estrias 
 
 
 
 
 
 Como mostra o Gráfico 3, 74% das pacientes realizaram a aplicação em região 
glútea, 20% das voluntárias realizaram a aplicação em região de coxas e o restante das 
voluntárias (6%) , na região dos flancos. 
 
 
 
 
 29
 
 A Tabela 1 representa a média referente ao peso, altura, IMC e idade da menarca 
das voluntárias tratadas. 
 
 
 
TABELA 1: Média de algumas variáveis, idade, peso, altura, IMC e menarca das 
mulheres tratadas 
 
 
 
 MÉDIA DESVIO PADRÃO UNIDADE DE REFERÊNCIA 
 
IDADE 23,53 3,31 anos 
 
PESO 55,13 6,94 Kg 
 
ALTURA 1,59 0,06 m 
 
IMC 21,71 2,89 Kg/m² 
 
MENARCA 11,40 3,29 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Com relação às variáveis representadas na Tabela 1, a média de idade das 
voluntárias tratadas foi de 23,53 ± 3,31 anos; a média de peso das voluntárias foi de 55,13 ± 
6,94 Kg e a média de altura foi de 1,59 ± 0,06 metros. No índice de massa corpórea não 
ocorreu grande diferença, apresentando a média de 21,71 ± 2,89 e na idade referente ao 
início da menarca ocorreu uma média de 11,40 ± 3,29 anos. 
 
 
 
 30
 
 
 A Tabela 2 representa a classificação das voluntárias segundo o fototipo cutâneo. 
 
 
 
TABELA 2: Classificação das voluntárias, segundo fototipo cutâneo 
 
 
 FOTOTIPO % 
 
 I 0 
 
 II 34 
 
 III 40 
 
 IV 13 
 
 V 13 
 
 VI 0 
 
 
 
 
 Como mostra a Tabela 2 , nenhuma das voluntárias apresentava fototipo I e VI 
de um total de 100%. 34% apresentavam fototipo cutâneo II (pele clara, sempre queima e 
bronzeia pouco), 40% do fototipo cutâneo III (pele clara,queima e bronzeia pouco), 13% 
do fototipo cutâneo IV (pele moreno-claro, raramente queima e bronzeia com facilidade) e 
13% do fototipo cutâneo V (pele morena, queima muito raramente, bronzeia facilmente) . 
 
 
 
 
 
 
 31
 A Tabela 3 representa os fatores de risco (contraceptivos / sedentarismo) para a 
ocorrência de estrias comparados com o grau de melhora das voluntárias tratadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 3: Dados sobre os fatores de risco para estrias comparados com grau de 
 melhora após 2 e 3 meses 
 
 
 
 
 
 SEM RESULTADO RESULTADO RESULTADO TOTAL 
 SATISFATÓRIO EXCELENTE 
 
 
CONTRACEPTIVOS 3 ( 30%) 6 ( 60%) 1 (10%) 10 ( 67%) 
 
SEDENTARISMO 3 ( 25%) 8 ( 67%) 1 (10%) 12 ( 80%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Como mostra a Tabela 3, com relação à ingesta de contraceptivos orais, das 15 
voluntárias que estavam sendo analisadas, 67% responderam que faziam uso destes 
medicamentos. Sobre a atividade física, declararam-se sedentárias 80% das mulheres 
analisadas. Não houve necessidade de especificar a atividade realizada ou a freqüência 
desta prática.32
 A Tabela 4 representa a avaliação da coloração das estrias no surgimento, no pré-
tratamento e no pós-tratamento. 
 
 
 
 
TABELA 4: Avaliação da coloração das estrias 
 
 
 
 
 Surgimento Pré-Tratamento Pós-Tratamento 
 
 Branca (33%) (100%) (33%) 
 
 Vermelha (27%) (00%) (00%) 
 
 Violácea (40%) (00%) (00%) 
 
Próximo ao tom de pele (00%) (00%) (67%) 
 
 
 
 
 
 
 Como mostra a Tabela 4, com relação ao aparecimento da estria, referente à sua 
coloração inicial, 40% descreveram como coloração violácea, 33% como coloração branca 
e 27% como coloração vermelha. 
 Quando questionadas sobre a coloração atual (pré-tratamento), todas as 
voluntárias (100%) responderam apresentar a coloração branca, observada também pela 
pesquisadora. 
 A avaliação da coloração das estrias no pós-tratamento não pôde ser classificada 
como vermelha ou violácea pois a pele da paciente ficou mais semelhante à coloração 
normal . 
 
 
 
 33
 
 
 A Tabela 5 representa a comparação da melhora do aspecto das estrias nas 
regiões tratadas. 
 
 
 
 
TABELA 5: Comparação da melhora do aspecto das estrias nas regiões tratadas 
 
 
 
 
 ASPECTO Pré-Tratamento Pós-Tratamento 
 
 
 Depressiva 33% 30% 
 
 Não Depressiva 67% 70% 
 
 
 
 
 
 
 
 Com mostra a Tabela 5, com relação ao aspecto das estrias na avaliação sobre 
serem depressivas ou não, 33% das voluntárias responderam que o aspecto que 
visualizavam era depressivo e 67% responderam que a aparência observada não era 
depressiva. 
 
 
 
 
 
 34
 
 As Tabelas 6 e 7 representam o resultado dos formulários preenchidos pelas 
voluntárias referente à sensibilidade e ao tipo de dor nas sessões da aplicação da corrente 
microgalvânica. 
 No inicio do tratamento, foi desenvolvido um formulário a ser respondido pelas 
voluntárias no decorrer das sessões de aplicação da corrente microgalvânica, nas áreas 
afetadas, apresentando escala de sensibilidade a dor variando de 0 a 5. (Anexo III) 
 
 
TABELA 6 : Avaliação da sensibilidade das voluntárias tratadas 
 
 
 
 SENSIBILIDADE APLICAÇÕES 
 
 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 
 
 
 SEM DOR 5 2 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
 DOR FRACA 10 8 4 0 0 0 0 0 0 0 
 
 DESCONFORTÁVEL 0 5 8 6 0 0 0 0 0 0 
 
 ANGUSTIANTE 0 0 3 9 12 8 7 5 3 0 
 
 HORRÍVEL 0 0 0 0 3 7 8 10 12 15 
 
 TOTAL 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 
 
 
 Como mostra a Tabela 6, durante a 1ª aplicação, a sensibilidade se mostrou sem 
dor até dor fraca, perdurando-se até a 3ª aplicação, iniciou com a sensibilidade 
desconfortável na 2ª sessão, indo até a 4ª, mas a sensibilidade angustiante apresentou o seu 
início na 3ª aplicação com aumento gradativo até a 5ª, começando com declínio nas 
próximas aplicações porque a sensibilidade horrível iniciou apenas na 5ª aplicação, 
ocorrendo aumento gradativo, tornando-se unânime pelas 15 voluntárias na décima 
aplicação 
 35
 
 
TABELA 7 : Avaliação dos tipos de dor das voluntárias tratadas 
 
 
 
 
 TIPOS DE DOR APLICAÇÕES 
 
 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 
 
 
 SEM DOR 5 2 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
 PONTADA 10 8 4 0 0 0 0 0 0 0 
 
 QUEIMA / ARDE 0 5 8 6 0 0 0 0 0 0 
 
 IRRITANTE 0 0 3 9 12 8 7 5 3 0 
 
 CRUEL / CASTIGANTE 0 0 0 0 3 7 8 10 12 15 
 
 TOTAL 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 
 
 
 
 
 
 De acordo com a Tabela 7, durante a 1ª aplicação, o tipo de dor se mostrou sem 
dor até dor em pontada, perdurando-se até a 3ª aplicação, iniciou com o tipo de dor 
queima/ arde na 2ª sessão indo até a 4ª, mas o tipo de dor irritante apresentou o seu 
início na 3ª aplicação com aumento gradativo até a 5ª, começando e declinando nas 
próximas aplicações porque o tipo de dor cruel / castigante iniciou apenas na 5ª 
aplicação, ocorrendo aumento gradativo, tornando-se unânime pelas 15 voluntárias na 
décima aplicação. 
 
 
 
 
 36
 
 
 
 A Tabela 8 demonstra a análise comparativa das fotos das voluntárias realizada 
por três avaliadores (professores do Curso de Fisioterapia), sendo que a comparação foi 
feita entre as fotos do pré-tratamento e do pós-tratamento . 
 A comparação seguiu o critério com alternativas que compreendem os níveis: 
sem resultado (SR) , resultado satisfatório (RS) e resultado excelente (RE) . 
 
 
 
 
 
TABELA 8: Análise comparativa das fotos das voluntárias realizada por professores 
 
 
 
 
 
 (Pré + Pós 2meses) S R R S R E (2 + 3 meses) SR R S R E 
 
Avaliador A ( 9 ) ( 5 ) ( 1 ) (13 ) ( 2 ) ( 0 ) 
 
Avaliador B ( 5 ) ( 9 ) ( 1 ) ( 8 ) ( 7 ) ( 0 ) 
 
Avaliador C ( 2 ) ( 9 ) ( 4 ) ( 5 ) (10 ) ( 0 ) 
 
 
 
 
 Como mostra a Tabela 8, a avaliação das fotos por 3 avaliadores A, B e C 
ocorreu em dois momentos distintos (Anexo VI): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37
 
 
 1º momento – comparação das fotos do pré e do pós- tratamento com 2 meses 
 2º momento – comparação das fotos do pós 2 meses e do pós 3 meses de 
tratamento. 
 Apesar do resultado da análise do avaliador A ter sido a menos satisfatória com 
relação à melhora dos resultados do tratamento, o resultado apresentado no 1º momento foi 
de melhora, pois das 15 voluntárias avaliadas, 9 obtiveram como resposta SR (Sem 
Resultado) e 6 obtiveram entre RS (Resultado Satisfatório) e RE (Resultado Excelente), 
mantendo a mesma análise na foto de 2 e 3 meses. 
 O avaliador B no primeiro momento apresentou o resultado de 5 voluntárias 
como SR (Sem Resultado) e 10 entre RS (Resultado Satisfatório) e RE (Resultado 
Excelente) e no 2º momento manteve a mesma análise. 
 A análisedo avaliador C , no primeiro momento, apresentou o resultado de 2 
voluntárias com SR (Sem Resultado) e 13 entre RS (Resultado Satisfatório) e RE 
(Resultado Excelente), no 2º momento manteve a mesma análise comparativa do 1º 
momento. Apesar de não ter realizado o acompanhamento do trabalho e não estar ciente a 
que momento as fotos pertenciam, foi o avaliador que apresentou maior consistência nos 
dados da avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38
6. DISCUSSÃO 
 
 De acordo com a avaliação realizada no pré-tratamento deste estudo, as 
pacientes relataram o acometimento inicial das estrias ocorrendo em 60% na adolescência, 
em 20% na gestação e em 20% devido ao aumento de peso. Segundo SANTOS & 
SIMÕES (2004) é comum o surgimento das estrias, no sexo feminino, principalmente na 
puberdade, em decorrência do crescimento acelerado e no início da fase adulta, podendo ser 
devido à obesidade ou por gestação. 
 Em relação à localização das estrias apresentadas pelas voluntárias, 74% 
responderam que a região glútea era a região predominante, 20% na região de coxas e 6% 
em flancos. ALVES et al (2005) confirmam esses dados descrevendo as mesmas regiões 
acometidas por estrias em mulheres. 
 A coloração apresentada no surgimento inicial das estrias se mostrou violácea, 
vermelha ou branca e, no pré-tratamento, 100% das estrias apresentavam coloração branca. 
Isso também foi citado por GUIRRO & GUIRRO (2004), que observam que as estrias são 
eritemato-violáceas na sua fase inicial e, na fase mais tardia, tornam-se brancas ou 
atróficas. Neste estudo, no pós-tratamento, as estrias apresentaram-se próximas ao tom da 
pele em 67% das voluntárias, fato confirmado pelos mesmos autores acima. 
 MARC (2007) afirma que são consideradas de risco para o aparecimento de 
estrias mulheres com história familiar, fato também observado no tratamento das 
voluntárias deste estudo. 
 A cor da pele é de extrema importância para SILVA et al (1999) apud GUIRRO 
& GUIRRO (2004), que comprovou em seu trabalho experimental, que as pacientes com a 
pele morena, a regeneração foi mais rápida e evidente do que naquelas com pele clara. O 
mesmo foi notado nas voluntárias que apresentavam a cor da pele mais morena, onde, 
ocorreu um quadro regenerativo mais rápido que nas que apresentavam cor da pele clara. 
 As voluntárias apresentaram pouca sensibilidade no decorrer das primeiras 
aplicações, onde o estímulo da agulha associado ao estímulo da corrente desencadeia uma 
resposta inflamatória aguda localizada, com um processo de reparação tecidual. Após a 
quinta sessão, ocorreu um aumento exacerbado da sensibilidade, fato que também é 
descrito por GUIRRO & GUIRRO (2004) como um parâmetro para se observar a melhora 
 39
do tecido em resposta à estimulação elétrica. Ao serem avaliadas, as pacientes referiram-se 
à dor com um nível de intensidade cruel-castigante, que significa uma reação inflamatória 
aguda, estimulando a atividade fibroblástica para a produção da síntese de colágeno, 
reestruturando o tecido lesado e ocorrendo aumento da sensibilidade e da resistência das 
pacientes com relação às demais aplicações. 
 Segundo DANIEL (2002) os primeiros sinais de regeneração, avaliados como 
indicadores da melhora das estrias através do processo de reparação são a alteração de 
coloração e nivelamento da estria, uma vez que a presença desses indicadores comprova a 
resposta do tecido ao estímulo elétrico da corrente microgalvânica, promovendo um 
aumento de fibroblastos jovens associado à uma neovascularização e remodelamento do 
colágeno. 
 Pôde-se observar que as estrias tratadas neste estudo por meio da aplicação da 
corrente microgalvânica, realizada com 100 microamperes, apresentaram sensível melhora 
no diâmetro, aspecto e coloração. No trabalho realizado por SANTOS & SIMÕES (2004) 
utilizou-se a corrente microgalvânica no tratamento das estrias em três pacientes do sexo 
feminino, onde a freqüência variou de 100 a 150 uA microamperes, obtendo uma resposta 
satisfatória nos três casos. 
 Através da comparação visual, neste estudo, os avaliadores observaram através 
das fotos do pré-tratamento e pós-tratamento (2 meses), uma melhora no aspecto das estrias 
em relação às fotos do pré-tratamento. 
 A reação inflamatória foi observada nas voluntárias logo após a primeira 
aplicação, com inflamação aguda, levando a um quadro de hiperemia e calor, 
desaparecendo até a próxima aplicação. Segundo Guyton (2002), após a lesão, aparece um 
quadro de hiperemia e edema que são motivados por substâncias locais liberadas pela lesão 
responsáveis pela vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos. De acordo, com 
SANTOS (2006), esta reação inflamatória instala-se minutos após o término da aplicação e 
sua duração depende da reação inflamatória de cada sujeito. Este processo inflamatório 
concentra-se entre o primeiro e o quarto dia pós-estimulação com a recuperação das estrias, 
restabelecendo de forma satisfatória a integridade da pele e restituindo assim sua 
arquitetura original. Neste estudo, nas fotos do pós-tratamento (3 meses) não foram 
observadas alterações visuais acentuadas como nas primeiras fotos. 
 40
 Na foto do pós-tratamento (2 meses), comparadas com a foto do pós-tratamento 
(3 meses), manteve-se a melhora do quadro, tendo em vista que a comparação final dos 
avaliadores não foi modificada com relação à primeira análise realizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41
7. CONCLUSÃO 
 
 Conclui-se que o tratamento com a corrente microgalvânica não elimina 
totalmente as estrias mas pode se obter uma melhora considerável em seu aspecto, 
coloração e diâmetro. Para realizar o tratamento, é necessário persistência, pois na maioria 
dos casos, pode durar meses, aumentando o quadro de dor à medida que as estrias tornam-
se vascularizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O fisioterapeuta, através de recursos físicos, vem adquirindo cada vez mais 
espaço, atuando em diversas áreas, ampliando ainda mais o seu leque de condutas, 
abrangendo assim, o campo da Fisioterapia Dermato-funcional, que tem por base a 
prevenção e recuperação física funcional dos distúrbios endócrino-metabólicos, 
dermatológicos e músculo-esqueléticos, podendo agir de maneira preventiva ou curativa. 
 A pesquisa nesta área é multidisciplinar, sendo necessário um trabalho em 
equipe para que se possa interferir, minimizando ou curando o distúrbio do paciente, sem, 
no entanto, comprometer sua saúde. 
 Para atingir esses objetivos, acima de tudo, deve-se agir com senso ético, 
responsabilidade e respeito ao próximo. 
 Acreditamos que novas pesquisas deveriam ser realizadas, utilizando-se de 
métodos com mais aplicações e com a associação da corrente microgalvânica em conjunto 
com produtos estéticos, laserterapia, terapia à vácuo e aplicação médica de ácidos, 
tornando-se futuramente uma alternativa no combate e melhora das estrias. 
 O referencial bibliográfico disponível para pesquisa ainda é escasso, os estudos 
clínicos de tratamento das estrias são pouco freqüentes e os dados clínicos são obtidos de 
maneira casual. 
 Para um próximo estudo, um número maior de aplicações em pacientes seria 
necessário para obtenção de melhores resultados . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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Alegre: Artmed, 2004. 472p. 
 
RUSENHACK, Casia., Microdermoabrasão, In:BORGES,S.F Modalidades Terapêuticas 
nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Porth,2006.p. 101-115. 
 
SAMPAIO, Sebastião; RIVITTI, Evandro. Dermatologia. 2.ed.São Paulo: Artes Médicas, 
2001. 1155p. 
 
SANTOS, S., Natividade Vilma.,Microcorrentes. In: BORGES,S.F Modalidades 
Terapêuticas nas Disfunções Estéticas.São Paulo: Porth,2006.p. 185-197 
 
SANTOS, M.C.;SIMÕES,P.N. Tratamento Estético da Estria através da 
Microgalvanopuntura. Fisioterapia Dermato-Funcional do Intituto Brasileiro de 
Therapias e Ensino. 2006 
 
Vásquez L Betty , Vásquez L Armando José. Piel y embarazo.2002 
 
VIVIER,Anthony du,Mckee Phillip H. .Atlas de Dermatologia Clínica. 2.ed.São Paulo 
SP:Manole,1997.27.8p. Disponível em:<http.//www.sitemédico.com.Br/sm/matriais/index. 
php?mat=120>Acesso em 06 de dezembro de 2006 
 
 
 
 46
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47
ANEXO II 
 
TERMO DE CONSENTIMENTO 
CÔMITE DE ÉTICA EM PESQUISA – CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
 
APLICAÇÃO DA CORRENTE MICROGALVÂNICA EM ESTRIAS ATRÓFICAS 
Responsáveis: Mary Aparecida Soares Pinheiro 
 Profª Ms. Katiuscia Rosette Scasni Menon 
 
O abaixo-assinado declara que é de livre e espontânea vontade que está participando como 
voluntário do projeto de pesquisa supracitado, de responsabilidade de Mary Ap. Soares 
Pinheiro, acadêmica e da docente orientadora Profª Ms.Katiuscia Rosette Scasni Menon. 
 O abaixo-assinado está ciente que: 
I - O objetivo da pesquisa é verificar os efeitos das aplicações da corrente microgalvânica 
em estrias. 
II. - Durante o estudo, deverão ser feitas 10 aplicações. 
III - Fica aqui declarado, que a paciente está de acordo e esclarecida sobre como proceder 
no período da aplicação do tratamento: 
- Não tomar sol, 
- Não realizar outro tratamento para estrias. 
- Não faltar às aplicações 
 - Somente um lado será tratado, sendo o outro para análise comparativa, levando em 
consideração que as estrias têm características de bilateralidade. 
IV – A participação neste estudo poderá (ou não) acarretar benefício terapêutico, pois 
somente um dos lados acometidos será tratado, permanecendo o outro lado da lesão 
utilizado como controle, para posterior análise comparativa, não se comprometendo a tratar 
o outro lado após o término das aplicações. 
V - Será submetido antes e após dois e três meses, as fases do estudo a uma sessão de 
fotografias para a análise comparativa. 
 48
VI - Obteve todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente sobre a 
participação do referido ensaio clínico. 
VII - Está livre para interromper a participação no ensaio clínico a qualquer momento, 
desde que explique o motivo para tal. 
VIII - Caso surja alguma intercorrência, deverá procurar o serviço de Pronto Socorro do 
HUSF. 
IX - Poderá contactar o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar recursos ou 
reclamações em relação ao ensaio clínico 
X - É condição indispensável para participação no ensaio clínico que esteja em boa saúde, 
e, portanto, não esteja no momento sob tratamento médico, estético ou fazendo uso de 
quaisquer drogas ou medicações. 
XI - Poderá contactar o responsável pelo estudo, sempre que necessário pelo telefone. 
Bragança Paulista,........ de.................................de 2007. 
 Voluntário: 
 Nome: ______________________________________________________________ 
 Idade: __________________ 
 RG: ___________________ 
 Endereço: ___________________________________________________________ 
_________________________________ 
 Voluntário 
Responsáveis: 
______________________________________ 
 Mary Aparecida Soares Pinheiro 
___________________________________ 
 Katiuscia Rosette Scasni Menon 
 
 
 
 
 49
ANEXO III 
 
 
FICHA DE AVALIAÇÃO CORPORAL 
 
Dados Pessoais 
 
- Nome: ______________________________________________ Data: ______ 
 
- Data de nascimento: ______________ - Sexo: ____________ 
 
- Estado civil: ____________________ 
 
- Endereço: ________________________________________________________ 
 
- Telefone: ________________________________________________________ 
 
- Profissão: _______________________ Raça: _____________________ 
 
- Indicação: ___________________________ 
 
 
Queixa Principal: 
_________________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
Cor da pele: ( ) branca ( ) parda ( ) negra ( ) amarela 
 
Ano da menarca:___________ Números de gestações: ___________ 
 
Mudanças Observadas: ______________________________________________ 
 
Atividade física: ________ 
Qual: ________________________ 
Dias da semana: _______________ 
 
Medicamentos à base de corticóide:_____________ 
( ) anti-histamínico ( ) esteróides ( ) antiinflamatórios 
 
Disfunção Hormonal: ___________________________________________________ 
 
Diabetes ( ) sim ( ) não Hemofilia ( ) sim ( ) não 
 
Transtornos circulatórios e/ou cicatrização: _________________________________ 
 
Propensão a quelóides: ( ) sim ( ) não 
 50
 
Doença de pele: ________________________________________________________Alergias: ( ) corrente elétrica ( ) outros produtos 
 
Tratamentos anteriores: _________________________________________________ 
 
Resultado do tratamento: ________________________________________________ 
 
 
Caracterização do quadro: 
 
Aparecimento das estrias: 
( ) adolescência ( ) gravidez ( ) obesidade ( ) medicamento 
 
Coloração inicial: 
( ) vermelha ( ) violácea ( ) branca 
 
Coloração atual: 
( ) vermelha ( ) violácea ( ) branca 
 
Aspecto macroscópico: ( ) depressão 
 
Localização: ( ) abdome ( ) seios ( ) coxas ( ) flanco ( ) glúteos 
 
 
 
 
Sensibilidade Dolorosa ao estímulo: 
 
Tipo de dor Data Sensibilidade (0-5) 
Pontada 
Queima/arde 
Irritante 
Cruel/Castigante 
Latejante 
Cortante 
Aflitiva 
Assustadora 
(0) sem dor (1) fraca 
(2) desconfortável 
(3) angustiante 
(4) horrível 
(5) torturante 
 
 
 
 
 
 51
ANEXO IV 
 
 
Avaliação do grau de satisfação das pacientes 
 
 
Com relação ao tratamento das estrias os resultados obtidos foram: 
 
( ) sem resultado 
 
( ) resultado satisfatório 
 
( ) resultado excelente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52
ANEXO V 
 
 
 Enquete avaliativa do aspecto das estrias por três avaliadores convidados do Curso 
de Fisioterapia da Universidade São Francisco 
 
 
 
* Em relação às fotos apresentadas observar e comparar os resultados obtidos no tratamento 
de estrias: 
 
 Nº__________________________ 
 
 1.2 ( ) sem resultado ( ) resultado satisfatório ( ) resultado excelente 
 1.2 Melhor: P( ) S( ) 
 
 2.3 ( ) sem resultado ( ) resultado satisfatório ( ) resultado excelente 
 2.3 Melhor: P( ) S( ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 53
ANEXO VI 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 1: Classificação do Fototipo Cutâneo: (FITZPATRICK, 1988) 
 
TIPO DA PELE COR DA PELE REAÇÃO À EXPOSIÇÃO SOLAR 
I Claro Sempre queima e nunca bronzeia 
II Claro Sempre queima e bronzeia pouco 
III Claro Queima e bronzeia pouco 
IV Moreno-claro Raramente queima , bronzeia com facilidade 
V Moreno Queima muito raramente, bronzeia facilmente 
VI Negro Não queima, bronzeia facilmente

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