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Revista FEO - 2024 03

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NESTA
EDIÇ ÃO
Redação 
Isadora Oliveira
Julio Fernandes de Jesus 
Luiz Scola 
Yuri Franco
Seleção e Revisão 
Yuri Rafael Franco
Editoria e Design
Jennifer Santos
https://www.instagram.com/iooliveira/
https://www.instagram.com/luizscola/
https://www.instagram.com/jf_fisio/
https://www.instagram.com/yurifranco/
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
4
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
5
 A dor lombar é um problema de saúde 
global e a principal causa de incapacidade em 
pessoas que procuram cuidados de saúde. 
Apesar da preocupação mundial com esta 
condição clínica, o gerenciamento atual 
da dor lombar parece ter um efeito modesto 
na população geral, provavelmente pois 80–90% 
dos sintomas dos pacientes com dor lombar são 
considerados inespecíficos, o que significa que 
uma patologia específica causa que explica a 
dor ou incapacidade não pode ser identificada 
na maioria dos casos.
 Semelhante a outras condições de dor 
persistente, dor lombar pode ser classificada 
quanto a mecanismo - como nociceptiva, 
neuropática ou nociplástica, também como uma 
Dor lombar
 A dor lombar é um problema de 
saúde global e a principal causa de 
incapacidade em pessoas que procuram 
cuidados de saúde. 
Inespecífico
80–90% dos sintomas dos pacientes 
com dor lombar são considerados 
inespecíficos
Classificação
dor lombar pode ser classificada quanto 
a mecanismo - como nociceptiva, 
neuropática ou nociplástica, também 
como uma combinação desses 
mecanismos, ou em alguns casos, não 
ser classificável sob esta perspectiva
Objetivo
Discutiremos uma perspectiva de um grupo 
especializado em dor e dor lombar sobre a 
classificação da dor lombar quanto a mecanismo com 
a intenção de fornecer orientação para pesquisas 
clínicas futuras, com base nos critérios clínicos 
estabelecidos para dor
V I S ÃO G E R A L
combinação desses mecanismos, ou em alguns 
casos, não ser classificável sob esta perspectiva. 
Ao observar o corpo da evidência sobre o tema 
de classificação para dor lombar, coletivamente 
esses dados sugerem que embora a ideia 
de aplicar tratamentos correspondentes a um 
fenótipo específico sejam atraentes para esta 
condição, são necessárias pesquisas futuras 
para orientar a prática clínica.
 
 O artigo que discutiremos hoje é uma 
perspectiva de um grupo especializado em dor 
e dor lombar sobre a classificação da dor lombar 
quanto a mecanismo com a intenção de fornecer 
orientação para pesquisas clínicas futuras, 
com base nos critérios clínicos estabelecidos 
para dor.
 O consórcio de fenotipagem da dor lombar (BACPAP) foi estabelecido como um grupo 
de 36 médicos e pesquisadores de 13 países (cinco continentes) e 29 instituições, para aplicar 
uma metodologia modificada da Técnica de Grupo Nominal para desenvolver recomendações 
de consenso internacionais e multidisciplinares para fornecer orientação para identificar o fenótipo 
de dor dominante em pacientes com dor lombar e, potencialmente, adaptar estratégias de manejo 
da dor.
M E TO D O LO G I A
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
6
Principais recomendações
Desenvolvimento de relações internacionais 
e multidisciplinares para identificar o fenótipo 
de dor dominante em pacientes com dor lombar, 
e potencialmente adaptar estratégias de gerenciamento 
da dor de acordo. 
O raciocínio clínico não é um processo linear, 
nem um evento único, embora 
o processo gradual permita uma compreensão 
interdisciplinar ampla e compartilhada.
 As principais recomendações do consenso são sobre desenvolvimento de relações 
internacionais e multidisciplinares para identificar o fenótipo de dor dominante em pacientes com 
dor lombar, e potencialmente adaptar estratégias de gerenciamento da dor de acordo. 
 Essas descobertas são consenso de especialistas sobre fenótipos de dor para dor lombar, mas 
antes de se mover rumo à implementação clínica, pesquisas futuras são necessárias para estabelecer 
totalmente a utilidade desta classificação, examinando seu valor prognóstico e orientando seleção 
de tratamentos personalizados para a dor. O raciocínio clínico não é um processo linear, nem 
um evento único, embora o processo gradual permita uma compreensão interdisciplinar ampla 
e compartilhada.
 A classificação dos mecanismos de dor deve ser interpretada no âmbito biopsicossocial mais 
amplo para compreensão da apresentação do paciente.
R E S U LTA D O S
PUBMED IASP
 De dezembro de 2022 a junho de 2023, foi realizada pesquisa no PubMed e bancos 
de dados Web of Science usando as palavras-chave “fenotipagem”, “nociplásico”, “neuropático” 
ou “nociceptivo” em combinação com “dor lombar” e referências cruzadas com palavras-chave 
adaptadas para seções específicas (por exemplo, “diagnóstico”, “tratamento” e “manejo”). 
Não houve restrições no idioma, tipo de artigo ou data de publicação, mas sim estudos pré-clínicos 
excluídos, material não publicado e resumos de conferências. Foram priorizados estudos publicados 
após a divulgação dos critérios clínicos da IASP para a dor nociplástica em 2021 ou mais tarde.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/
https://www.iasp-pain.org/
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
7
 Um dos pontos fortes do estudo foi a sua alta qualidade metodológica, além da relevância 
do tema quanto a sua hipótese e contribuição para estudos futuros. No entanto, como limitação, 
principalmente para a prática clínica, não apresenta avaliação de recursos ou métodos individuais, 
nem as recomendações de consenso do consórcio propostas ainda são validadas como uma estrutura 
padrão ouro para fenotipagem da dor na população com dor lombar. Porém isto representa uma 
área importante para futuras pesquisas.
P O N TO S F O RT E S E L I M I TAÇ Õ E S
› Alta qualidade metodológica, além 
da relevância do tema quanto a sua hipótese 
e contribuição para estudos futuros.
› Não apresenta avaliação de recursos 
ou métodos individuais, nem as recomendações 
de consenso do consórcio propostas ainda 
 são validadas como uma estrutura padrão ouro 
para fenotipagem da dor na população com 
dor lombar. 
Roteiro Prático da Coluna Lombar 
A Dor Lombar é uma condição multifatorial, e que pode ser bastante 
complexa em determinados casos. Por isso, é necessário que 
o fisioterapeuta saiba conduzir a avaliação de maneira organizada 
e elaborar o tratamento a partir de um raciocínio clínico lógico 
e assertivo. 
 
Está disponível na Star Cursos o Guia Prático - Coluna Lombar, com 
conteúdos focado nas demonstrações práticas e com base teórica 
necessária para auxiliar o fisioterapeuta no tratamento da dor lombar. 
 
Lembrando que esse é um conteúdo disponibilizado para os assinantes 
da Star Cursos.
Como reabilitar, da melhor maneira, o paciente após uma cirurgia 
da coluna lombar?
Para auxiliar o fisioterapeuta que trabalha com reabilitação de coluna 
lombar, temos novidade na Star Cursos em outubro: é o curso 
de Reabilitação pós cirurgia da Coluna Lombar, ministrado pela 
professora Isadora Oliveira. 
São 5 aulas que abordam conteúdos teóricos e também demonstrações 
práticas, orientando sobre as particularidades de cada procedimento 
cirúrgico voltado para a coluna lombar, bem como orientar o paciente 
desde o pré-operatório e reabilitá-lo durante as diversas fases 
da reabilitação, com exemplos de exercícios e orientações domiciliares.
Para mais mais conteúdos como esse acesse o nosso Instagram
@fisioemortopedia
FIC A A DIC A 
PARA CONHECER
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
8
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
9
 A dor lombar crônica é uma condição de saúde com grande repercussão no meio clínico, 
tanto pela sua incidência como pelas informações propagadas na sociedade. O tratamento para essa 
condição tem embasamento total em terapias com características mais ativas, como os exercícios 
terapêuticos e um bom exemplo é o Pilates.
 O pilates é uma modalidade de exercício que tem dentro dos seus princípios exercícios que 
tem foco em mobilidades, alongamentos e forçaatravés de exercícios resistidos elasticamente. E 
tem ganhado grande aderência de pacientes que sofrem de dor lombar.
 Porém, ainda no meio clínico é muito difundido a utilização de tratamentos passivos, entre 
eles as correntes analgésicas. Atualmente, as correntes analgésicas têm se mostrado grande aliada 
no controle de quadros álgicos, porém com suas limitações no contexto de tempo de duração e até 
mesmo na sua forma de aplicação.
 Com isso, esse artigo nos traz como objetivo avaliar se a corrente interferencial ativa antes 
do pilates melhora a dor mais rapidamente do que a corrente interferencial placebo antes do pilates 
em pacientes com dor lombar crônica inespecífica.
V I S ÃO G E R A L
 Esse estudo foi uma análise secundária (análise de sobrevivência) derivado de um ensaio 
clínico, que tratou 148 pacientes com dor lombar crônica inespecífica. Esses pacientes foram 
divididos em dois grupos distintos, onde um grupo fez eletroterapia ativa + Pilates e o segundo 
eletroterapia placebo + Pilates.
 O tratamento se desenvolveu em 12 semanas, onde as duas primeiras os pacientes faziam 
apenas o uso da corrente analgésica (ativa ou placebo) e na terceira semana em diante eram 
realizados a aplicação da eletroterapia e na sequência era realizada a sessão de Pilates.
 Os desfechos utilizados nesse estudo foram quantidades de sessões necessárias para reduzir 
a intensidade da dor (escala numérica da dor) em:
 › 30% da dor inicial (melhora clinicamente significante);
 › 50% da dor inicial (melhora substâncial);
 › 100% da dor inicial (resolução total da dor).
M E TO D O LO G I A
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
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 A amostra desse estudo foi composta por 142 pacientes e foi visto que para melhorar 30% da 
dor desses pacientes houve uma diferença de uma sessão em comparação entre as terapias ativas e 
placebo. Para a melhora substancial de 50% foram necessárias 2 sessões a mais no grupo placebo e 
para uma melhora completa o grupo que fez eletroterapia ativa melhorou três sessões mais rápidas
R E S U LTA D O S
 Este estudo tem como ponto forte a resposta de uma questão com característica muito 
clínica, pois boa parte dos terapeutas faz o uso da eletroterapia pensando em aliviar os sintomas 
dolorosos para aumentar ou iniciar os exercícios de maneira mais efetiva.
P O N TO S F O RT E S E L I M I TAÇ Õ E S
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 A dor é um problema de saúde global, com consequências negativas para os pacientes, 
sociedade e os mais diversos sistemas de saúde. A estimulação neuro-elétrica transcutânea (TENS) 
é amplamente utilizada no mundo, com o intuito de promover alívio da dor; sendo a sua aplicação 
suportada por evidências fisiológicas de inibição da atividade e excitabilidade dos neurônicas 
centrais de transmissão nociceptiva. 
 Por outro lado, ainda há diversos debates sobre a eficácia clínica desse recurso. Uma vez que 
alguns guidelines recentes contraindicaram a aplicação da TENS para algumas condições/doenças 
causadoras de dor; conflitando – inclusive – com fortes evidências que demonstraram capacidades 
modulatórias e analgésicas da TENS, que independem do tipo de condição estabelecida.
 Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia e segurança da TENS na modulação 
da dor, independente da condição e/ou diagnóstico médico.
V I S ÃO G E R A L
M E TO D O LO G I A
 Este estudo foi uma revisão sistemática com meta-análise – conduzida e reportada de acordo 
com as diretrizes da Cochrane Collaboration of Systematic Reviews, GRADE e Preferred Reporting 
Items for Systematic Reviews and Meta-analysis (PRISMA). Além disso, este estudo foi registrado 
no PROSPERO e o seu protocolo foi publicado previamente. Foram vasculhadas as seguintes 
bases de dados: Medline, Embase, Cochrane Central, CINAHL, PsycINFO, LILACS, PEDRO, Web of 
Science, AMED e SPORTDiscus desde os tempos primórdios até julho/2019, com uma atualização 
em maio/2020. 
 Os estudos incluídos foram ensaios clínicos aleatorizados (ECR) e/ou revisões sistemáticas 
que avaliaram a TENS na dor clínica de adultos e em comparação com: placebo (ex.: TENS sham – sem 
emissão do estímulo elétrico), ausência de tratamento e/ou lista de espera, cuidados padronizados 
e outros tratamentos farmacológicos e não farmacológicos. Além disso, não foram impostas 
restrições (critérios de exclusão) com relação ao idioma de publicação dos estudos.
 Foram avaliados os seguintes desfechos: dor (mediante a escala visual numérica de dor 
e/ou escala visual analógica) e eventos adversos (experiências adversas relatadas pelos participantes 
dos estudos) e sempre nos momentos “durante a aplicação” e/ou logo após a sua aplicação.
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Revisão sistemática com meta-análise:
Bases de dados:
Cochrane
 MEDILINE
PsycINFO
PRISMA
 Cochrane Central
PEDRO
GRADE
Embase
LILACS
PROSPERO
CINAHL
Web of Science
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/about-cdsr
https://bvsms.saude.gov.br/minibanners/medline/
https://go.apa.org/psycinfo/?utm_campaign=apa_publishing&utm_medium=display_google&utm_source=library&utm_content=psycinfo_pi_evergreen_publishing_search_campaign_03022023&utm_term=psycinfo_adgroup&gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwncWvBhD_ARIsAEb2HW9mvpxDp7slFgPtjgiB3f6HA3i5uaQyMrgRm7BuojPAGzQFBVEqmfAaAosLEALw_wcB
http://www.prisma-statement.org/?AspxAutoDetectCookieSupport=1
https://www.cochranelibrary.com/
http://www.pedro.org.au
https://gdt.gradepro.org/app/handbook/handbook.html
https://www.embase.com/landing?status=grey
https://lilacs.bvsalud.org/
https://www.crd.york.ac.uk/PROSPERO/
https://www.ebsco.com/pt/produtos/bases-de-dados/cinahl-complete
https://www.cos.io/engage?utm_term=web%20of%20sciences&utm_campaign=&utm_source=adwords&utm_medium=ppc&hsa_acc=5222345373&hsa_cam=20347900769&hsa_grp=152608364042&hsa_ad=664955053084&hsa_src=g&hsa_tgt=kwd-401013993317&hsa_kw=web%20of%20sciences&hsa_mt=p&hsa_net=adwords&hsa_ver=3&gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwncWvBhD_ARIsAEb2HW9zIlxh3YqgEctShzZ8sRWwqfUJC6G4VnZrMuBc0J421vCn7jfEd34aAoCoEALw_wcB
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 Foram incluídos 383 ensaios clínicos aleatorizados (totalizando uma amostra de n=24.532 
participantes). Sendo 176 estudos sobre dor crônica (ex.: osteoartrite), 162 dor aguda (ex.: dor 
pós-operatória), 10 de amostras mistas (dor aguda e crônica) e 35 de amostras não-definidas. 
Além disso, grande parte dos estudos apresentaram alto risco de viés com relação ao cálculo 
amostral e a quantidade de participantes.
 Com relação aos desfechos avaliados, a intensidade da dor foi menor durante ou imediatamente 
após a aplicação da TENS e em comparação com placebo (91 ECR, n=4.841, SMD=−0,96 (IC 95% −1,14 
a –0,78), com moderada certeza de evidência). A qualidade metodológica dos estudos incluídos 
e as características da dor (ex.: aguda versus crônico e o diagnóstico) não modificaram esse 
efeito citado. 
 
 A intensidade da dor também foi menor durante ou imediatamente após a TENS 
em comparação com medicamentos farmacológicos e tratamentos não-farmacológicos (61 ECR, 
n=3.155, SMD = −0,72 (IC 95% −0,95 a –0,50], com baixa qualidade de evidência); assim como, 
quando a TENS foi comparada com nenhum outro tratamento (TENS=298 participantes, ausência 
de tratamento=304 participantes, SMD = −0,82 [95% CI −1,18, −0,46], I.=76%). 
 Além disso, não foram detectadas diferenças entre alta e baixa frequências de aplicação 
(TENS alta frequência=235 participantes, TENS baixa frequência=233participantes, SMD=−0,19 
(95% CI -0,43 a -0,06), I.=39%) e não foram relatadas experiências adversas graves.
R E S U LTA D O S
 O presente estudo apresentou alta validade interna – uma vez que utilizou critérios rigorosos 
de condução e divulgação dos métodos e resultados obtidos. Entretanto e diferentemente 
de outras revisões sobre essa temática, incluiu estudos com maior risco de viés, principalmente 
com defasagens metodológicas com relação aos cálculos amostrais e ao número de participantes – 
o que pode ter influenciado nos resultados e nos níveis metodológicos de qualidade das conclusões.
P O N TO S F O RT E S E L I M I TAÇ Õ E S
SPORTDiscusAMED
https://www.ebsco.com/pt/produtos/bases-de-dados/sportdiscus
https://www.ebsco.com/products/research-databases/allied-and-complementary-medicine-database-amed
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1615
 A dor lombar é frequentemente benigna e auto-limitante. Cerca de 20% da população 
mundial enfrenta incapacidade recorrente ou persistente devido à dor lombar. A dor lombar 
crônica (CLBP) está associada à qualidade de vida prejudicada, absenteísmo prolongado no trabalho 
e aposentadoria por invalidez precoce. Apesar dos esforços de clínicos e pesquisadores para 
compreender os mecanismos da doença e desenvolver novos paradigmas de tratamento, o ônus 
da dor lombar inespecífica (NSLBP) continua a aumentar.
 O paradigma biomédico assume que a dor lombar está relacionada à frequência, duração 
e intensidade dos estímulos provenientes da carga biomecânica nos tecidos. Dentro desse paradigma, 
o trabalho físico pesado, especialmente o levantamento de peso, é considerado como causador 
de dor lombar por danos aos tecidos musculoesqueléticos da coluna. Estratégias para descarregar 
a coluna e reduzir a tensão nos tecidos são aplicadas para prevenir ou tratar a NSLBP. No entanto, 
a eficácia dessas estratégias é questionável.
 O estudo em questão utilizou uma revisão sistemática da literatura para analisar a relação 
entre carga como causa primária de dor lombar inespecífica. Foram considerados estudos clínicos 
randomizados, revisões sistemáticas, revisões narrativas e estudos de intervenção/observacionais. 
Os critérios aplicados para avaliar a força da evidência foram consistência, especificidade, coerência 
e analogia. Além disso, foi realizada uma análise de qualidade dos estudos, classificando-os de forte 
a fraca evidência com base no tipo de estudo.
 O estudo não encontrou evidências suficientes para apoiar a carga como a causa primária 
da dor lombar inespecífica. Embora algumas pesquisas tenham sugerido uma associação entre 
carga e dor lombar inespecífica, a força da evidência foi considerada fraca devido a inconsistências 
nos estudos, definições amplas de dor lombar inespecífica e baixa qualidade metodológica em alguns 
casos. Recomenda-se que estratégias de prevenção e tratamento para dor lombar inespecífica evitem 
explicações puramente biomecânicas e adotem abordagens biopsicossociais mais abrangentes.
 Algumas limitações do estudo incluem a heterogeneidade na complexidade da dor lombar 
inespecífica, definições variadas de casos de dor lombar inespecífica e exposições, relatórios 
de estimativas de risco sem valores estatísticos, baixa qualidade metodológica em alguns estudos, 
falta de consistência na aplicação de princípios biomecânicos subjacentes, tamanho amostral 
pequeno em alguns estudos e estudos de intervenção com resultados não significativos devido 
a possíveis problemas na aplicação dos princípios biomecânicos. Além disso, alguns estudos 
supuseram uma ligação direta entre carga e dor, enquanto investigam, na verdade, a relação entre 
posições, atividades e esforços físicos.
V I S ÃO G E R A L
M E TO D O LO G I A
R E S U LTA D O
L I M I TAÇ Õ E S D O E S T U D O
REFERÊNCIAS
Dor lombar nociceptiva, neuropática ou nociplásica? Recomendações de 
consenso internacional e multidisciplinar
Referência: Nijs J, et al. Nociceptive, neuropathic, or nociplastic low back 
pain? The low back pain phenotyping (BACPAP) consortium’s international 
and multidisciplinary consensus recommendations. Lancet Rheumatol. 2024 
Mar;6(3):e178-e188. 
doi: 10.1016/S2665-9913(23)00324-7.
O uso de corrente interferencial prévia aos exercícios de pilates acelera a 
melhora da dor lombar crônica inespecífica?
Referência: Franco YR, Franco KF, Silva LA, Silva MO, Rodrigues MN, Liebano 
RE, Cabral CM. Does the use of interferential current prior to pilates exercises 
accelerate improvement of chronic nonspecific low back pain? Pain Manag. 2018 
Nov 1;8(6):465-474. 
doi: 10.2217/pmt-2018-0034.
Eficácia e segurança da estimulação neuro-elétrica transcutânea (tens) para 
dor aguda e crônica em adultos: uma revisão sistemática e meta-análise de 
381 estudos (o estudo meta -tens)
Referência: Johnson M. et al Efficacy and safety of transcutaneous electrical 
nerve stimulation (TENS) for acute and chronic pain in adults: a systematic 
review and meta-analysis of 381 studies (the meta-TENS study). BMJ Open. 
2022;12:e051073. 
doi:10.1136/bmjopen-2021-051073
Evidência insuficiente de carga como causa primária de dor lombar 
inespecífica (crônica). uma revisão do escopo
Referência: de Bruin LJE, et al. Insufficient Evidence for Load as the Primary Cause 
of Nonspecific (Chronic) Low Back Pain. A Scoping Review. J Orthop Sports Phys 
Ther. 2024 Mar;54(3):1-14. 
doi: 10.2519/jospt.2024.11314.
Revista Fisio em Evidência Março | 2024
18

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