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DD Lei Seca - Semana 14

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CADERNO DE LEI SECA
SEMANA 14
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
SEMANA 14/18
Sumário
SEGUNDA-FEIRA ................................................................................................................................................ 4
Leitura do Código de Processo Penal Artigos 531 ao 555 ......................................................................... 4
TERÇA-FEIRA .................................................................................................................................................... 10
Leitura do Código de Processo Penal Artigos 563 ao 573 ....................................................................... 10
Leitura do Código de Processo Penal Artigos 647 a 667 ......................................................................... 15
QUARTA-FEIRA................................................................................................................................................. 22
Leitura da Lei de Crimes Ambientais Artigos 1 ao 37 .............................................................................. 22
QUINTA-FEIRA ................................................................................................................................................. 35
Leitura da Lei de Crimes Ambientais Artigos 38 ao 78............................................................................ 35
Leitura do Código Tributário Nacional Artigos 139 a 150 ....................................................................... 49
SEXTA-FEIRA .................................................................................................................................................... 53
Leitura do Código Tributário Nacional Artigos 151 a 193 ....................................................................... 53
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
SEMANA 12/18
4
SEGUNDA-FEIRA
Leitura do Código de Processo Penal Artigos 531 ao 555
CAPÍTULO V
DO PROCESSO SUMÁRIO
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 (trinta) 
dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas 
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem 
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, 
interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate.
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
PROCESSO SUMÁRIO
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusação e 
5 (cinco) pela defesa.
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Tomada de 
declarações do 
ofendido
Inquirição das 
testemunhas 
arroladas pela 
acusação e pela 
defesa (nesta 
ordem)
Esclarecimentos 
dos peritos
Acareações
Reconhecimento 
de pessoas e 
coisas
Interrogatório do 
acusado
Debate
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
SEMANA 12/18
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Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumário o disposto nos parágrafos do art. 400 deste Código.
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 4º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 534. As alegações finais serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à 
defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, 
sentença. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1º. Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2º. Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) 
minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 535. Nenhum ato será adiado, SALVO quando imprescindível a prova faltante, determinando o 
juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 536. A testemunha que comparecer será inquirida, independentemente da suspensão da 
audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no art. 531 deste Código. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 537. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial criminal 
encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o 
procedimento sumário previsto neste Capítulo. 
(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
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DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
SEMANA 12/18
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§ 1º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 2º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 3º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 4º. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 539. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 540. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS EXTRAVIADOS OU DESTRUÍDOS
Art. 541. Os autos originais de processo penal extraviados ou destruídos, em primeira ou segunda 
instância, serão restaurados.
§ 1º. Se existir e for exibida cópia autêntica ou certidão do processo, será uma ou outra considerada 
como original.
§ 2º. Na falta de cópia autêntica ou certidão do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a requerimento 
de qualquer das partes, que:
a) o escrivão certifique o estado do processo, segundo a sua lembrança, e reproduza o que houver a 
respeito em seus protocolos e registros;
b) sejam requisitadas cópias do que constar a respeito no Instituto Médico-Legal, no Instituto de 
Identificação e Estatística ou em estabelecimentos congêneres, repartições públicas, penitenciárias ou 
cadeias;
c) as partes sejam citadas pessoalmente, ou, se não forem encontradas, por edital, com o prazo de 10 
(dez) dias, para o processo de restauração dos autos.
§ 3º. Proceder-se-á à restauração na primeira instância, ainda que os autos se tenham extraviado na 
segunda.
Art. 542. No dia designado, as partes serão ouvidas, mencionando-se em termo circunstanciado os 
pontos em que estiverem acordes e a exibição e a conferência das certidões e mais reproduções do processo 
apresentadas e conferidas.
Art. 543. O juiz determinará as diligências necessárias para a restauração, observando-se o seguinte:
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
SEMANA 12/18
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I - caso ainda não tenha sido proferida a sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas podendo ser 
substituídas as que tiverem falecido ou se encontrarem em lugar não sabido;
II - os exames periciais, quando possível, serão repetidos, e de preferência pelos mesmos peritos;
III - a prova documental será reproduzida por meio de cópia autêntica ou, quando impossível, por meio 
de testemunhas;
IV - poderão também ser inquiridas sobre os atos do processo, que deverá ser restaurado, as 
autoridades, os serventuários, os peritos e mais pessoas que tenham nele funcionado;
V - o Ministério Público e as partes poderão oferecer testemunhas e produzir documentos, para provar 
o teor do processo extraviado ou destruído.
Art. 544. Realizadas as diligências que, SALVO motivo de força maior, deverão concluir-se dentro de 
20 (vinte) dias, serão os autos conclusos para julgamento.
Parágrafo único. No curso do processo, e depois de subirem os autos conclusos para sentença, o juiz 
poderá, dentro em 5 (cinco) dias, requisitar de autoridades ou de repartições todos os esclarecimentos 
para a restauração.
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pagos nos autos originais, não serão novamente cobrados.
Art. 546. Os causadores de extravio de autos responderão pelas custas, EM DOBRO, sem prejuízoda 
responsabilidade criminal.
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respectivos valerão pelos originais.
Parágrafo único. Se no curso da restauração aparecerem os autos originais, nestes continuará o 
processo, apensos a eles os autos da restauração.
Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados os autos, a sentença condenatória em execução 
continuará a produzir efeito, desde que conste da respectiva guia arquivada na cadeia ou na penitenciária, 
onde o réu estiver cumprindo a pena, ou de registro que torne a sua existência inequívoca.
CAPÍTULO VII
DO PROCESSO DE APLICAÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA POR FATO NÃO CRIMINOSO
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DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
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Art. 549. Se a autoridade policial tiver conhecimento de fato que, embora não constituindo infração 
penal, possa determinar a aplicação de medida de segurança (Código Penal, arts. 14 e 27), deverá proceder 
a inquérito, a fim de apurá-lo e averiguar todos os elementos que possam interessar à verificação da 
periculosidade do agente.
* Referência a dispositivos originais do CP correspondência atual: art. 17 (crime impossível) e 31 (casos de 
impunibilidade) da nova Parte Geral do CP.
Crime impossível
Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade 
do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Casos de impunibilidade
Art. 31, CP. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, SALVO disposição expressa em contrário, não 
são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
Art. 550. O processo será promovido pelo Ministério Público, mediante requerimento que conterá 
a exposição sucinta do fato, as suas circunstâncias e todos os elementos em que se fundar o pedido.
Art. 551. O juiz, ao deferir o requerimento, ordenará a intimação do interessado para comparecer 
em juízo, a fim de ser interrogado.
Art. 552. Após o interrogatório ou dentro do prazo de 2 (dois) dias, o interessado ou seu defensor 
poderá oferecer ALEGAÇÕES.
Parágrafo único. O juiz nomeará defensor ao interessado que não o tiver.
Art. 553. O Ministério Público, ao fazer o requerimento inicial, e a defesa, no prazo estabelecido no 
artigo anterior, poderão requerer exames, diligências e arrolar até 3 (três) testemunhas.
Art. 554. Após o prazo de defesa ou a realização dos exames e diligências ordenados pelo juiz, de 
ofício ou a requerimento das partes, será marcada audiência, em que, inquiridas as testemunhas e 
produzidas alegações orais pelo órgão do Ministério Público e pelo defensor, dentro de 10 (dez) minutos para 
cada um, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único. Se o juiz não se julgar habilitado a proferir a decisão, designará, desde logo, outra 
audiência, que se realizará dentro de 5 (cinco) dias, para publicar a sentença.
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
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Art. 555. Quando, instaurado processo por infração penal, o juiz, absolvendo ou impronunciando o 
réu, reconhecer a existência de qualquer dos fatos previstos no art. 14 ou no art. 27 do Código Penal, 
aplicar-lhe-á, se for caso, medida de segurança.
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DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
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TERÇA-FEIRA
Leitura do Código de Processo Penal Artigos 563 ao 573
LIVRO III
DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL
TÍTULO I
DAS NULIDADES
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade NÃO resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
Súmula nº 523, STF. No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência 
só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
Art. 564. A NULIDADE ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou
o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
Art. 167, CPP. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a 
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor 
de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da 
intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos 
concedidos à acusação e à defesa;
Súmula nº 707, STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao 
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
Súmula nº 708, STF. É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do 
único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos 
processos perante o Tribunal do Júri;
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DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
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g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir 
o julgamento à revelia;
Súmula nº 712, STF. É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do Júri 
sem audiência da defesa.
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela 
lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
Súmula nº 156, STF. É absoluta a nulidade do julgamento, pelo júri, por falta de quesito obrigatório.
Súmula nº 162, STF. É absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não 
precedem aos das circunstâncias agravantes.
Renato Brasileiro explica que, por força da Lei nº 11.689/2008, as agravantes e atenuantes não são mais 
quesitadas aos jurados. No entanto, as circunstâncias agravantes mencionadas pela súmula devem ser 
entendidas em sentido amplo, abrangendo não apenas as circunstâncias agravantes em sentido estrito, como 
também qualificadoras e causas de aumento de pena. (ob. cit., p. 1.409). Desse modo, a súmula continuaria 
sendo aplicável nesses casos.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 162-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/6b620aedfa4cf153467265629501dd
61>. 
Acesso em: 28/01/2023
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de ofício, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
Súmula nº 423, STF. Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso "ex-oficio", que se 
considera interposto "ex-lege".
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que 
caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quórum legal para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e 
contradição entre estas.
(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
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Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha 
concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
Art. 566. NÃO será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
Súmula nº 366, STF. Não é nulaa citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não 
transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.
Art. 567. A incompetência do juízo ANULA somente os atos decisórios, devendo o processo, quando 
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, 
mediante ratificação dos atos processuais.
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das 
contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, 
antes da sentença final.
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o 
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argui-la. 
O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade 
poderá prejudicar direito da parte.
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
Súmula nº 155, STF. É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de 
precatória para inquirição de testemunha.
I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o art. 406;
Art. 406, CPP. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a 
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
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§ 1º. O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou 
do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por 
edital.
§ 2º. A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia ou na queixa.
§ 3º. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer 
documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8
(oito), qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos especiais, 
SALVO os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500;
Art. 500 foi revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse prazo, 
logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;
Art. 537 foi revogado pela Lei nº 11.719, de 2008.
IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de aberta a audiência; 
Do processo de aplicação de medida de segurança por fato não criminoso.
V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as 
partes (art. 447);
Art. 447, CPP. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) 
jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em 
cada sessão de julgamento. 
VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500;
Art. 500 foi revogado pela Lei nº 11.719, de 2008
VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de 
anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;
VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem.
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, III, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão 
SANADAS:
Art. 564, CPP. A NULIDADE ocorrerá nos seguintes casos: [...]
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada 
pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à 
acusação e à defesa;
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g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o 
julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
I - se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão 
renovados ou retificados.
§ 1º. A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam 
ou sejam consequência.
§ 2º. O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
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Leitura do Código de Processo Penal Artigos 647 a 667
CAPÍTULO X
DO HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer 
violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, SALVO nos casos de punição disciplinar.
Art. 5º, LXVIII, CF - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
O habeas corpus pode ser empregado para impugnar medidas cautelares de natureza criminal diversas da 
alcançando-se o direito de ir e vir. STF. 1ª Turma. HC 170735/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. 
Alexandre de Moraes, julgado em 30/6/2020 (Info 984).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O habeas corpus pode ser empregado para impugnar medidas 
cautelares. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a76c0abe2b7b1b79e70f0073f43c3b4
4>. 
Acesso em: 28/01/2023
Súmula nº 395, STF. Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre o ônus 
das custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.
Súmula nº 693, STF. Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a 
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.
Súmula nº 694, STF. Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda 
de patente ou de função pública.
O STF entende que nesses casos não há risco ou ameaça à liberdade de locomoção.
Não caberá "habeas corpus" em relação a punições disciplinares militares (art. 142, § 2º, da CF/88).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 694-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/85ae750ad1dbdc5c2703bcfe97e771
52>. 
Acesso em: 28/01/2023
Art. 648. A coação considerar-se-á ILEGAL:
I - quando NÃO houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
CADERNO DE LEI SECA
DELEGADO DISTRITO FEDERAL TURMA 8
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IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando NÃO for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar imediatamente a ordem 
impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a autoridade coatora.
Súmula nº 606, STF. Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de turma, ou do 
plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivorecurso.
Cabe habeas corpus contra decisão monocrática de Ministro do STF? NÃO. Não cabe pedido de habeas 
corpus originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte.
STF. Plenário. HC 170263/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 22/06/2020.
Não cabe ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL conhecer de Habeas Corpus impetrado contra decisão proferida 
por Ministro do STF. Incidência, por analogia, da Súmula 606/STF.
STF. Plenário. HC 208219 ED, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 23/11/2021.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 606-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/ddcb155487b88aaa80aed158006bdb
df>. 
Acesso em: 28/01/2023
Art. 650. Competirá conhecer, originariamente, do pedido de habeas corpus:
I - ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no Art. 101, I, g, da Constituição;
Art. 102, CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de 
segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo 
Tribunal Federal;
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade 
ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate 
de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; 
II - aos Tribunais de Apelação, sempre que os atos de violência ou coação forem atribuídos aos 
governadores ou interventores dos Estados ou Territórios e ao prefeito do Distrito Federal, ou a seus 
secretários, ou aos chefes de Polícia.
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§ 1º. A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de autoridade judiciária 
de igual ou superior jurisdição.
§ 2º. Não cabe o habeas corpus contra a prisão administrativa, atual ou iminente, dos responsáveis 
por dinheiro ou valor pertencente à Fazenda Pública, alcançados ou omissos em fazer o seu recolhimento 
nos prazos legais, SALVO se o pedido for acompanhado de prova de quitação ou de depósito do alcance 
verificado, ou se a prisão exceder o prazo legal.
Em regra, compete à Justiça Estadual julgar habeas corpus preventivo destinado a permitir o cultivo e o 
porte de maconha para fins medicinais. Compete à Justiça Estadual o pedido de habeas corpus preventivo 
para viabilizar, para fins medicinais, o cultivo, uso, porte e produção artesanal da Cannabis (maconha), bem 
como porte em outra unidade da federação, quando não demonstrada a internacionalidade da conduta. STJ. 
3ª Seção. CC 171.206-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 10/06/2020 (Info 673).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Transportar folhas de coca: crime do art. 33, § 1º, I, da Lei nº 
11.343/2006. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1d8c9f71eaa6923fc9d3cd5d10aea4c
e>. 
Acesso em: 28/01/2023
Art. 651. A concessão do habeas corpus não obstará, nem porá termo ao processo, desde que este 
não esteja em conflito com os fundamentos daquela.
Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo, este será renovado.
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, será condenada nas custas 
a autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de poder, tiver determinado a coação.
Parágrafo único. Neste caso, será remetida ao Ministério Público cópia das peças necessárias para ser 
promovida a responsabilidade da autoridade.
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, 
bem como pelo Ministério Público.
§ 1º. A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer 
a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões 
em que funda o seu temor;
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c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, 
e a designação das respectivas residências.
§ 2º. Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas corpus, quando 
no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o escrivão, o oficial de justiça ou a autoridade judiciária 
ou policial que embaraçar ou procrastinar a expedição de ordem de habeas corpus, as informações sobre a 
causa da prisão, a condução e apresentação do paciente, ou a sua soltura, será multado na quantia de 
duzentos mil-réis a um conto de réis, sem prejuízo das penas em que incorrer. As multas serão impostas pelo 
juiz do tribunal que julgar o habeas corpus, SALVO quando se tratar de autoridade judiciária, caso em que 
caberá ao Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de Apelação impor as multas.
Art. 656. Recebida a petição de habeas corpus, o juiz, se julgar necessário, e estiver preso o paciente, 
mandará que este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e hora que designar.
Parágrafo único. Em caso de desobediência, será expedido mandado de prisão contra o detentor, que 
será processado na forma da lei, e o juiz providenciará para que o paciente seja tirado da prisão e 
apresentado em juízo.
Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusará a sua apresentação, SALVO:
I - grave enfermidade do paciente;
II - não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a detenção;
III - se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal.
Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local em que o paciente se encontrar, se este não puder ser 
apresentado por motivo de doença.
Art. 658. O detentor declarará à ordem de quem o paciente estiver preso.
Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal, julgará prejudicado 
o pedido.
Súmula nº 695, STF. Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.
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Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz decidirá, fundamentadamente, 
dentro de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 1º. Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberdade, SALVO se por outro motivo 
dever ser mantido na prisão.
§ 2º. Se os documentos que instruírem a petição evidenciarem a ilegalidade da coação, o juiz ou o 
tribunal ordenará que cesse imediatamente o constrangimento.
Súmula nº 431, STF. É NULO o julgamento de recurso criminal, na segunda instância, sem prévia intimação, 
ou publicação da pauta, SALVO em habeas corpus.
Como regra geral, a falta de intimação do defensor para a sessão de julgamento é causa de nulidade. 
Contudo, o STF e o STJ podem deixar de declarar a nulidade do julgamento se esse vício não foi alegado no 
momento oportuno (STF HC 110954, julgado em 22/05/2012).
Em regra, como afirma a súmula, a defesa não precisa ser intimada da sessão de julgamento do habeas 
corpus. No entanto, o impetrante poderá requerer expressamente que seja comunicado dessa data para 
realizar sustentação oral. Nesse caso, se não for intimado, haverá nulidade.
[...] por não depender de pauta, a jurisprudência desta Corte tem acolhido a tese de que somente haverá 
nulidade do julgamento de habeas corpus, por ausência de comunicação prévia, quando a defesa requerer 
que seja cientificada da data do julgamento. Assim, ausente requerimento de sustentação oral, não há falar 
em cerceamentode defesa. (STF. 2ª Turma. RHC 124313, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/03/2015).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 431-STF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/aac61539fd1fb209b44b9f9d0d8d28a
c>. 
Acesso em: 28/01/2023
§ 3º. Se a ilegalidade decorrer do fato de não ter sido o paciente admitido a prestar fiança, o juiz 
arbitrará o valor desta, que poderá ser prestada perante ele, remetendo, neste caso, à autoridade os 
respectivos autos, para serem anexados aos do inquérito policial ou aos do processo judicial.
§ 4º. Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de violência ou coação ilegal, dar-
se-á ao paciente Salvo-conduto assinado pelo juiz.
§ 5º. Será incontinenti enviada cópia da decisão à autoridade que tiver ordenado a prisão ou tiver o 
paciente à sua disposição, a fim de juntar-se aos autos do processo.
§ 6º. Quando o paciente estiver preso em lugar que não seja o da sede do juízo ou do tribunal que 
conceder a ordem, o alvará de soltura será expedido pelo telégrafo, se houver, observadas as formalidades 
estabelecidas no art. 289, parágrafo único, in fine, ou por via postal.
Art. 661. Em caso de competência originária do Tribunal de Apelação, a petição de habeas corpus será 
apresentada ao secretário, que a enviará imediatamente ao presidente do tribunal, ou da câmara criminal, 
ou da turma, que estiver reunida, ou primeiro tiver de reunir-se.
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Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do art. 654, § 1º, o presidente, se necessário, requisitará 
da autoridade indicada como coatora informações por escrito. Faltando, porém, qualquer daqueles 
requisitos, o presidente mandará preenchê-lo, logo que Ihe for apresentada a petição.
Art. 663. As diligências do artigo anterior não serão ordenadas, se o presidente entender que 
o habeas corpus deva ser indeferido in limine. Nesse caso, levará a petição ao tribunal, câmara ou turma, 
para que delibere a respeito.
Súmula nº 395, STF. Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre o ônus 
das custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.
Art. 664. Recebidas as informações, ou dispensadas, o habeas corpus será julgado na primeira sessão, 
podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sessão seguinte.
Parágrafo único. A decisão será tomada por maioria de votos. Havendo empate, se o presidente não 
tiver tomado parte na votação, proferirá voto de desempate; no caso contrário, prevalecerá a decisão mais 
favorável ao paciente.
Art. 665. O secretário do tribunal lavrará a ordem que, assinada pelo presidente do tribunal, câmara 
ou turma, será dirigida, por ofício ou telegrama, ao detentor, ao carcereiro ou autoridade que exercer ou 
ameaçar exercer o constrangimento.
Parágrafo único. A ordem transmitida por telegrama obedecerá ao disposto no art. 289, parágrafo 
único, in fine.
Art. 289, CPP. Quando o acusado estiver no território nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será 
deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.
§ 1º. Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, do qual deverá 
constar o motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
§ 2º. A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as precauções necessárias para averiguar a 
autenticidade da comunicação.
§ 3º. O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, 
contados da efetivação da medida.
Art. 666. Os regimentos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas complementares para o 
processo e julgamento do pedido de habeas corpus de sua competência originária.
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Art. 667. No processo e julgamento do habeas corpus de competência originária do Supremo Tribunal 
Federal, bem como nos de recurso das decisões de última ou única instância, denegatórias de habeas corpus, 
observar-se-á, no que Ihes for aplicável, o disposto nos artigos anteriores, devendo o regimento interno do 
tribunal estabelecer as regras complementares.
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QUARTA-FEIRA
Leitura da Lei de Crimes Ambientais Artigos 1 ao 37
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e 
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º. (VETADO)
Art. 2º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas 
penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro 
de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, 
sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-
la.
Art. 3º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o 
disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou 
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, 
coautoras ou partícipes do mesmo fato.
Segundo o entendimento atual da jurisprudência, é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por 
delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu 
nome.
A jurisprudência não mais adota a chamada teoria da "dupla imputação".
STJ. 6ª Turma. RMS 39.173-BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 6/8/2015 (Info 566).
STF. 1ª Turma. RE 548181/PR, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 6/8/2013 (Info 714).
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Responsabilidade penal da pessoa jurídica e abandono da dupla 
imputação. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/253f7b5d921338af34da817c00f4275
3>. 
Acesso em: 13/03/2023
O princípio da intranscendência da pena, previsto no art. 5º, XLV, da CF/88, tem aplicação às pessoas 
jurídicas. Afinal, se o direito penal brasileiro optou por permitir a responsabilização criminal dos entes 
coletivos, mesmo com suas peculiaridades decorrentes da ausência de um corpo biológico, não pode negar-
lhes a aplicação de garantias fundamentais utilizando-se dessas mesmas peculiaridades como argumento.
Se a pessoa jurídica que estava respondendo processo penal por crime ambiental for incorporadora, ela se 
considera legalmente extinta (art. 219, II, da Lei nº 6.404/76). Logo, neste caso, se não houver nenhum indício 
de fraude, deve-se aplicar analogicamente o art. 107, I, do CP (morte do agente), com a consequente extinção 
de sua punibilidade.
Obs.: este julgamento tratou de situação em que a ação penal foi extinta pouco após o recebimento da 
denúncia, muito antes da prolação da sentença. Ocorrendo fraude na incorporação (ou, mesmo sem fraude, 
a realização da incorporação como forma de escapar ao cumprimento de uma pena aplicada em sentença 
definitiva), haverá evidente distinção em face do precedente ora firmado, com a aplicação de consequência 
jurídica diversa. É possível pensar, em tais casos, na desconsideração ou ineficácia da incorporação em face 
do Poder Público, a fim de garantir o cumprimento da pena.
STJ. 3ª Seção. REsp 1977172-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/08/2022 (Info 746).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O princípio da intranscendência da pena também se aplica para pessoas 
jurídicas; assim, se uma empresa queestá respondendo processo por crime ambiental for incorporada, 
sem nenhum indício de fraude, haverá extinção da punibilidade. Buscador Dizer o Direito, Manaus. 
Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/3bc412ad4910c19f67105155401907
92>. 
Acesso em: 13/03/2023
Art. 4º. Poderá ser DESCONSIDERADA a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for obstáculo 
ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Art. 5º. (VETADO)
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CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DA PENA
Art. 6º. Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde 
pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
Art. 7º. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade 
quando:
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a 4 (quatro) anos;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como 
os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de 
reprovação e prevenção do crime.
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da 
pena privativa de liberdade substituída.
Art. 8º. As PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO são:
I - prestação de serviços à comunidade;
II - interdição temporária de direitos;
III - suspensão parcial ou total de atividades;
IV - prestação pecuniária;
V - recolhimento domiciliar.
Art. 9º. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE consiste na atribuição ao condenado de tarefas 
gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa 
particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível.
Art. 10. As PENAS DE INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITO são a proibição de o condenado 
contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de 
participar de licitações, pelo prazo de 5 (cinco) anos, no caso de crimes dolosos, e de 3 (três) anos, no de 
crimes culposos.
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Art. 11. A SUSPENSÃO DE ATIVIDADES será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às 
prescrições legais.
Art. 12. A PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade 
pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário-mínimo nem 
superior a 360 (trezentos e sessenta) salários-mínimos. O valor pago será deduzido do montante de 
eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
Art. 13. O RECOLHIMENTO DOMICILIAR baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do 
condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, 
permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua 
moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.
Art. 14. São circunstâncias que ATENUAM a pena:
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação
significativa da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Art. 15. São circunstâncias que AGRAVAM a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime 
especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
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j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada 
por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA pode ser aplicada nos 
casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a 3 (três) anos.
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante 
laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com 
a proteção ao meio ambiente.
Art. 78, 2º, CP. Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as 
circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência 
do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente:
(Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
a) proibição de frequentar determinados lugares;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 18. A MULTA será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda 
que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem 
econômica auferida.
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do 
prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.
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Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no 
processo penal, instaurando-se o contraditório.
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação 
dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio 
ambiente.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo 
valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente sofrido.
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo 
com o disposto no art. 3º, são:
I - multa;
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:
I - suspensão parcial ou total de atividades;
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;
III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou 
doações.
§ 1º. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às 
disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.
§ 2º. A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando 
sem a devida autorização,ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou 
regulamentar.
§ 3º. A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações 
NÃO poderá exceder o prazo de 10 (dez) anos.
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em:
I - custeio de programas e de projetos ambientais;
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
III - manutenção de espaços públicos;
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
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Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, 
facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu 
patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário 
Nacional.
CAPÍTULO III
DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU DE CRIME
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os 
respectivos autos. 
§ 1º. Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou 
não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades 
assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. 
(Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
É inconstitucional a interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais 
apreendidos em situação de maus-tratos.
O art. 225, § 1º, VII, da CF/88 impõe a proteção à fauna e proíbe qualquer espécie de maus-tratos aos animais.
O art. 25, § 1º da Lei nº 9.605/98 afirma que os animais apreendidos serão prioritariamente libertados em 
seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins 
zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de 
técnicos habilitados.
Até que os animais sejam entregues às instituições, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos 
em condições adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico.
Assim, não é constitucionalmente adequada a interpretação segundo a qual os animais devam ser resgatados 
de situações de maus-tratos para, logo em seguida, serem abatidos.
STF. Plenário. ADPF 640 MC-Ref/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/9/2021 (Info 1030).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não é permitido o abate de animais apreendidos em situação de maus-
tratos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/92b78b60f9d00a0ac34898be97d151
88>. 
Acesso em: 13/03/2023
§ 2º. Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1º deste artigo, o órgão 
autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte 
que garantam o seu bem-estar físico. 
(Redação dada pela Lei nº 13.052, de 2014)
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§ 3º. Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituições 
científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. 
(Renumerando do §2º para §3º pela Lei nº 13.052, de 2014)
§ 4º. Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições 
científicas, culturais ou educacionais. 
(Renumerando do § 3º para §4º pela Lei nº 13.052, de 2014)
§ 5º. Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua 
descaracterização por meio da reciclagem. 
(Renumerando do §4º para §5º pela Lei nº 13.052, de 2014)
CAPÍTULO IV
DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a AÇÃO PENAL É PÚBLICA INCONDICIONADA.
Parágrafo único. (VETADO)
A assinatura do termo de ajustamento de conduta com órgão ambiental não impede a instauração de ação 
penal.
Isso porque vigora em nosso ordenamento jurídico o princípio da independência das instâncias penal e 
administrativa.
STJ. Corte Especial. APn 888-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/05/2018 (Info 625).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Assinatura de TAC não impede processo penal. Buscador Dizer o Direito, 
Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/07bb5fdef1ee99d35eaccce14f8b554
0>. 
Acesso em: 13/03/2023
Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de 
pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente 
poderá ser formulada desde que tenha havido a PRÉVIA COMPOSIÇÃO DO DANO AMBIENTAL, de que trata 
o art. 74 da mesma lei, SALVO em caso de comprovada impossibilidade.
Art. 74, Lei nº 9099/95. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz 
mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à 
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
[...]
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Art. 76, Lei nº 9099/95. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública 
incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata 
de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º. Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
§ 2º. Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença 
definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou 
multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e 
as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
§ 3º. Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
§ 4º. Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva 
de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente 
o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º. Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
§ 6º. A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes 
criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados 
propor ação cabível no juízo cível.
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes 
de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações:
I - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 5º do artigo referido no caput, 
dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista 
no inciso I do § 1º do mesmo artigo;
II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazo de 
suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, 
acrescido de mais 1 (um) ano, com suspensão do prazo da prescrição;
III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 1º do artigo 
mencionado no caput;
IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação de 
reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamenteprorrogado o período de 
suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III;
V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidade dependerá 
de laudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as providências necessárias à reparação 
INTEGRAL do dano.
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Art. 89, Lei nº 9099/95. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, 
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do 
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da 
pena (art. 77 do Código Penal).
§ 1º. Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá 
suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de frequentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
§ 2º. O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas 
ao fato e à situação pessoal do acusado.
§ 3º. A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime 
ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
§ 4º. A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por 
contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
§ 5º. Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
§ 6º. Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
§ 7º. Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores 
termos.
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
Seção I
Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota 
migratória, SEM a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo 
com a obtida:
Pena - detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 1º. Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
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III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza 
ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como 
produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, 
licença ou autorização da autoridade competente.
§ 2º. No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode 
o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
§ 3º. São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e 
quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro 
dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
§ 4º. A pena é AUMENTADA DE METADE, se o crime é praticado:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da 
infração;
II - em período proibido à caça;
III - durante a noite;
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação;
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
§ 5º. A pena é AUMENTADA ATÉ O TRIPLO, se o crime decorre do EXERCÍCIO DE CAÇA PROFISSIONAL.
§ 6º. As disposições deste artigo NÃO se aplicam aos atos de pesca.
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, SEM a autorização da 
autoridade ambiental competente:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, SEM parecer técnico oficial favorável e licença expedida 
por autoridade competente:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou 
domesticados, nativos ou exóticos: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda 
que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. 
§ 1º-A. Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo 
será de RECLUSÃO, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda. 
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(Incluído pela Lei nº 14.064, de 2020)
§ 2º. A pena é AUMENTADA de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se ocorre MORTE do animal. 
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de 
espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais 
brasileiras:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aquicultura de domínio público;
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou 
autorização da autoridade competente;
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos 
ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão 
competente:
Pena - detenção de 1 (um) ano a 3 (três) anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, 
técnicas e métodos não permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e 
pesca proibidas.
Não se configura o crime previsto no art. 34 da Lei nº 9.605/98 na hipótese em que há a devolução do único 
peixe ainda vivo ao rio em que foi pescado.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.409.051-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 20/4/2017 (Info 602).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Pesca de um único peixe que é devolvido, ainda vivo, ao rio em que foi 
pescado: princípio da insignificância. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e327b1649d06bf74fceb4fe73f83bdb
a>. 
Acesso em: 13/03/2023
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
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Pena - RECLUSÃO de 1 (um) ano a 5 (cinco) anos.
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, 
apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, 
suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, 
constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.
Art. 37. NÃO É CRIME o abate de animal, quando realizado:
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos daação predatória ou destruidora de animais, desde 
que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;
III - (VETADO).
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
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QUINTA-FEIRA
Leitura da Lei de Crimes Ambientais Artigos 38 ao 78
Seção II
Dos Crimes contra a Flora
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em 
formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for CULPOSO, a pena será REDUZIDA À METADE.
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio 
de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: 
(Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
(Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
Parágrafo único. Se o crime for CULPOSO, a pena será REDUZIDA À METADE. 
(Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, SEM permissão da 
autoridade competente:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 
do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
Art. 27, Decreto nº 99.274/1990. Nas áreas circundantes das Unidades de Conservação, num raio de dez 
quilômetros, qualquer atividade que possa afetar a biota ficará subordinada às normas editadas pelo 
Conama.
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as 
Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. 
(Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
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§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de 
Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
(Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 3º. Se o crime for CULPOSO, a pena será REDUZIDA À METADE.
Art. 40-A. (VETADO). 
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 1º. Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, 
as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas Extrativistas, as Reservas de 
Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Natural. 
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 2º. A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de 
Conservação de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação da pena. 
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 3º. Se o crime for CULPOSO, a pena será REDUZIDA À METADE. 
(Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena - RECLUSÃO, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é CULPOSO, a pena é de detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas 
e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano:
Pena - detenção de 1 (um) a 3 (três) anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 43. (VETADO)
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem 
prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
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Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, 
para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo 
com as determinações legais:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros 
produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade 
competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, 
transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, SEM licença válida para 
todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.
Art. 47. (VETADO)
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
A tipificação da conduta descrita no art. 48 da Lei 9.605/98 prescinde de a área ser de preservação 
permanente. Isso porque o referido tipo penal descreve como conduta criminosa o simples fato de "impedir 
ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação".
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1498059-RS, Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador Convocado 
do TJ/PE), julgado em 17/9/2015 (Info 570).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Configuração do crime do art. 48 da Lei 9.605/98. Buscador Dizer o 
Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/3fb451ca2e89b3a13095b059d8705b
15>. 
Acesso em: 13/03/2023
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação 
de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. No CRIME CULPOSO, a pena é de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
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Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, 
protetora de mangues, objeto de especial preservação:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras 
de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente: 
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - RECLUSÃO de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. 
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 1º. NÃO é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente 
ou de sua família. 
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 2º. Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano 
por milhar de hectare. 
(Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem 
licença ou registro da autoridade competente:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos próprios 
para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridade 
competente:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é AUMENTADA de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) 
se:
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime 
climático;
II - o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorrasomente no local da 
infração;
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d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado.
Seção III
Da Poluição e outros Crimes Ambientais
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em 
danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
O delito previsto na primeira parte do artigo 54 da Lei nº 9.605/1998 possui natureza formal, sendo suficiente 
a potencialidade de dano à saúde humana para configuração da conduta delitiva, não se exigindo, portanto, 
a realização de perícia.
STJ. 3ª Seção. EREsp 1417279/SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 11/04/2018 (Info 624).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Delito do art. 54 da Lei 9.605/98 é formal. Buscador Dizer o Direito, 
Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/658bbbdef9415ba5e2ff857f1146ba6
e>. 
Acesso em: 13/03/2023
§ 1º. Se o crime é CULPOSO:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 2º. Se o crime:
I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes 
das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de 
uma comunidade;
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias 
oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
§ 3º. Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando 
assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave 
ou irreversível.
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Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais SEM a competente autorização, 
permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou 
explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão 
competente.
É possível o concurso formal entre o crime do art. 2º da Lei n. 8.176/91 (que tutela o patrimônio da União, 
proibindo a usurpação de suas matérias-primas), e o crime do art. 55 da Lei n. 9.605/98 (que protege o meio 
ambiente, proibindo a extração de recursos minerais), não havendo conflito aparente de normas já que 
protegem bens jurídicos distintos.
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1856109/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti, julgado em 16/06/2020.
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1678419/SE, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 20/09/2018.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível o concurso formal entre os crimes do art. 2º da Lei n. 8.176/91 
e do art. 55 da Lei n. 9.605/98, não havendo conflito aparente de normas já que protegem bens jurídicos 
distintos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b8dd669b1ae9049e3101e504cfa869
11>. 
Acesso em: 13/03/2023
Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, 
armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde 
humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus 
regulamentos:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
O crime previsto no art. 56, caput, da Lei nº 9.605/98 é de PERIGO ABSTRATO, sendo dispensável a produção 
de prova pericial para atestar a nocividade ou a periculosidade dos produtos transportados, bastando que 
estes estejam elencados na Resolução nº 420/2004 da ANTT.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.439.150-RS, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 05/10/2017 (Info 613).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Art. 56 da Lei 9.605/98 é crime de perigo abstrato e dispensa prova 
pericial. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/543bec10c8325987595fcdc492a525f
4>. 
Acesso em: 13/03/2023
§ 1º. Nas mesmas penas incorre quem: 
(Redação dada pela Lei nº 12.305, de 2010)
CADERNO DE LEI SECA
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I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utiliza em desacordo com as 
normas ambientais ou de segurança; 
(Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá destinação final a 
resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regulamento. 
(Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)
§ 2º. Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é AUMENTADA de 1/6 (um sexto) 
a 1/3 (um terço).
§ 3º. Se o crime é CULPOSO:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 57. (VETADO)
Art. 58. Nos CRIMES DOLOSOS previstos nesta Seção, as penas serão AUMENTADAS:
I - de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em 
geral;
II - de 1/3 (um terço) até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem;
III - ATÉ O DOBRO, se resultar a MORTE de outrem.
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não 
resultar crime mais grave.
Art. 59. (VETADO)
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território 
nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos 
órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, 
à fauna, à flora ou aos ecossistemas:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
CADERNO DE LEI SECA
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Seção IV
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, 
ato administrativo ou decisão judicial:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime for CULPOSO, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção, sem 
prejuízo da multa.
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato 
administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, 
histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, SEM autorização da autoridade 
competente ou em desacordo com a concedida:
Pena - RECLUSÃO, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em razão 
de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, 
etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a 
concedida:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Absorção do delito do art. 40 pelo crime do art. 64 da Lei nº 9.605/98.
O delito de causar dano em unidade de conservação (art. 40 da Lei nº 9.605/98) pode ser absorvido pelo 
delito de construir em solo que, por seu valor ecológico, não é edificável

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