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Resumo - Pacote anticrime

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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
Professor Priscila Silveira 
 
AULA 1 
 
PACOTE ANTICRIME 
 
DIREITO PENAL 
 
1. LEGÍTIMA DEFESA 
2. EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA 
3. TEMPO MÁXIMO DE CUMPRIMENTO DE PENA 
4. LIVRAMENTO CONDICIONAL 
5. EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
6. PRESCRIÇÃO 
7. ROUBO – MAJORANTES 
8. ESTELIONATO 
9. CRIMES PATRIMONIAIS HEDIONDOS 
10. CONCUSSÃO – PENA 
 
Legítima Defesa 
 
Redação anterior Após Lei nº 13.964/19 
Art. 25, CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Art. 25, CP - Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de 
outrem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos 
no caput deste artigo, considera-se também em legítima 
defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou 
risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de 
crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
A inclusão do § único não traz mudanças significativas no aspecto doutrinário da legítima defesa, mas tão somente quis proteger 
agentes de segurança pública. Assim, as questões referentes ao excesso, também se aplicam ao agente de segurança pública. Não 
sendo, portanto, necessária a inclusão. 
Lembrar da Retroatividade da lei benéfica, pois trata-se de Lex Mellius. 
 
AULA 2 
 
Execução da Pena de Multa 
 
A pena de multa é tratada no Código Penal nos artigos 49 a 52, e na Lei de Execuções Penais nos artigos 164 a 167. 
Primeiramente, traçando aspectos históricos, cabe ressaltar que a Lei nº 9.268, de 1º de abril de 1996, alterou o artigo 51 do 
Código Penal que passou a dispor que: 
 
“Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, 
aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive 
no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.” 
 
Com esse tratamento de “dívida de valor”, instalou-se grande divergência doutrinária e jurisprudencial sobre quem seria o 
competente para executar essa dívida. Em análise ao tema, o STF se manifestou sobre dois aspectos: 
 
"Com a nova redação do art. 51 do Código Penal, a pena de multa não mais pode ser 
convertida em pena de detenção, passando a ser considerada dívida de valor e executada 
como dívida ativa da Fazenda Pública." (STF, HC 73758/SP. Julgamento em 14.05.1996). 
 
“O Tribunal, por maioria, resolveu a questão de ordem no sentido de assentar a legitimidade 
do Ministério Público para propor a cobrança de multa, com a possibilidade subsidiária de 
cobrança pela Fazenda Pública, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Marco 
Aurélio e Edson Fachin. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Gilmar 
Mendes. Presidência do Ministro Dias Toffoli. Plenário, 13.12.2018”. ADI 3150 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art25
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art25
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2
CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
 
Por sua vez, o STJ tem julgados em sentido oposto: 
 
“(…) conforme o entendimento da Terceira Seção desta Corte, a pena pecuniária é 
considerada dívida de valor e, assim, possui caráter extrapenal, de modo que sua execução 
é de competência exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública. (…)” (STJ, AgRg no HC 
441809/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, DJe 04/06/2019) 
 
Por fim, a Lei 13.694/2019 alterou o artigo 51 do Código Penal, prevendo que a execução deve ocorrer no Juízo da Execução Penal, 
reforçando a legitimidade do Ministério Público (art. 164 da LEP). 
 
Com a nova redação, ficou afastada a legitimidade da Procuradoria da Fazenda ou ainda é aplicável o entendimento do STF na 
ADI 3150? 
 
Redação anterior Após Lei nº 13.964/19 
Art. 51, CP - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será 
considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa 
à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas 
interruptivas e suspensivas da prescrição. 
Art. 51, CP - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será 
executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de 
valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, 
inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da 
prescrição. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
A competência será do Juízo da Execução Penal para executar a pena de multa, mas o legislador optou por deixar a aplicação das 
normas concernentes à Fazenda Pública. Assim, lembrar que existem valores em que a Fazenda Pública considera insignificante. 
 
AULA 3 
 
Tempo máximo de cumprimento de pena 
 
Redação anterior Após Lei nº 13.964/19 
Art. 75, CP - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não 
pode ser superior a 30 (trinta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja 
soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender 
ao limite máximo deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da 
pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de 
pena já cumprido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 75, CP - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não 
pode ser superior a 40 (quarenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja 
soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para 
atender ao limite máximo deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da 
pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de 
pena já cumprido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XLVII, alínea b, veda penas de caráter perpétuo. À luz desse mandamento 
constitucional, o Código Penal, em seu artigo 75, fixava o tempo máximo de cumprimento das penas privativas de liberdade, que 
era de 30 anos. 
A Lei 13.964/19 alterou esse limite para 40 anos, o que não é inconstitucional pois, embora tenha ocorrido esse aumento de 10 
anos, ainda há essa temporariedade. Vale frisar que o indivíduo pode ser condenado a pena superior a 40 anos, o que não pode é 
cumprir pena restritiva de liberdade superior a esse período. A pena total (ainda que superior aos 40 anos), deve ser observada 
quando da concessão de benefícios da execução penal. 
 
E a medida de segurança? 
Se estende a medida de segurança. Lembrar que as medidas de segurança são casos de absolvição Imprópria, ou seja, embora 
tragam uma ausência de pena, não perdem seu caráter de sanção penal. 
O art. 96, CP aduz que o tempo de cumprimento de medida de segurança será por tempo indeterminado (prazo máximo) e prazo 
mínimo de 1(um) a 3 (três) anos (art. 97, CP). Desta forma, com relação ao prazo máximo não fixado pelo legislador, existem dois 
posicionamentos jurisprudenciais: 
 
STJ: limite da pena abstratamente cominada ao delito (Súmula 527 STJ). 
STF: prazo previsto no art. 75 do CP. Agora, 40 anos. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2
CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
Livramento Condicional 
 
 
Redação anterior Após Lei nº 13.964/19 
Art. 83. III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da 
pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para 
prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)Art. 83. III - comprovado: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
a) bom comportamento durante a execução da pena; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Trata-se de benefício que possibilita ao executado ser solto antecipadamente, caso atenda determinadas condições. O artigo 83 
do Código Penal assim dispõe: 
 
Requisitos do livramento condicional 
 
Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de 
liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: 
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso 
e tiver bons antecedentes; 
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; 
III - comprovado: a) bom comportamento durante a execução da pena; b) não cometimento 
de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; c) bom desempenho no trabalho que lhe foi 
atribuído; e d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; 
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, 
prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e 
terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído 
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) 
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave 
ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de 
condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. 
 
Apenas o inciso III sofreu alterações. Os incisos I e II trazem os requisitos objetivos. A mudança foi em relação aos requisitos 
subjetivos. Na redação anterior, o sujeito tinha que ter comportamento satisfatório (alínea a). Com a nova redação, o sujeito deve 
ter bom comportamento carcerário, que é registrado no boletim do preso. Além disso, foram inseridos mais 3 requisitos nas 
alíneas b, c e d. Na alínea “b”, para que o agente faça jus ao livramento condicional deve não ter cometido falta grave nos últimos 
12 meses. Lembrar que para se apurar falta grave, o preso deve passar por procedimento disciplinar, desta forma, deve haver 
decisão para que seja apurado de fato que cometeu falta grave. Na alínea “c”, exige-se bom desempenho no trabalho que lhe foi 
atribuído. E, por fim, na alínea “d”, o agente deve demonstrar aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho 
honesto. As alíneas “c” e “d” não são novidade, a diferença é que elas foram colocadas como alíneas e antes elas estavam inseridas 
no inciso III. 
Vale destacar que, além de observar os requisitos e suas modificações, a Lei 13.964/19 também alterou outros dispositivos na 
legislação penal que versa sobre a vedação do livramento condicional. (art. 112, LEP) 
 
AULA 4 
 
Efeitos da Condenação 
 
A Lei 13.964/19 incluiu o artigo 91-A: 
Art. 91-A, CP - Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima 
superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou 
proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do 
condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do 
condenado todos os bens: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou 
indireto, na data da infração penal ou recebidos posteriormente; e (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir 
do início da atividade criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência 
lícita do patrimônio. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério 
Público, por ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e 
especificar os bens cuja perda for decretada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e 
milícias deverão ser declarados perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da 
Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das 
pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o 
cometimento de novos crimes. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
No tocante aos efeitos da condenação, a Lei acrescentou com o artigo 91-A mais hipóteses de efeitos específicos da condenação, 
a saber, a decretação da perda de bens. O caput do referido limita esses efeitos aos crimes com pena máxima superior a 6 (seis) 
anos de reclusão. Deve haver pedido expresso do Ministério Público. Além disso, a perda não é automática, deve ser decretada 
judicialmente. 
 
Observação: o perdimento trazido pelo art. 91, II, a, CP é diferente do § 5º do art. 91-A, pois, no primeiro se exige que os 
instrumentos sejam coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte constitua fato ilícito. 
 
Redação anterior Após Lei nº 13.964/19 
Causas impeditivas da prescrição 
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a 
prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por 
outro motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Causas impeditivas da prescrição 
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais 
Superiores, quando inadmissíveis; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução 
penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a 
prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por 
outro motivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
As causas suspensivas da prescrição encontram previsão no artigo 116 do Código Penal. A lei 13.964/19 acabou por acrescentar 
novas espécies, especificamente: na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando 
inadmissíveis; e, enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. Na suspensão, o prazo para de 
correr e, após passado a causa suspensiva, voltar a contar de onde parou. Difere portanto da interrupção. 
A inclusão do inciso III se deu, principalmente, pela crítica que sempre houve no tocante a mora do Judiciário para julgar os 
recursos, o que acabava por beneficiaros réus com a ocorrência da prescrição. Já o inciso IV acabou por contemplar o acordo de 
não persecução penal, anteriormente regulado apenas por uma Resolução do CNMP (181/2017). 
Por fim, vale frisar que, embora a legislação não dite um prazo máximo para a suspensão, o STJ, através da Súmula 415 dispõe 
que: “O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.” 
 
AULA 5 
 
Roubo 
 
Art. 157, CP - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça 
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade 
de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência 
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção 
da coisa para si ou para terceiro. 
 
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, 
de 2018) 
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
 IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado 
ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela 
Lei nº 9.426, de 1996) 
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou 
isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 
13.654, de 2018) 
 VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei 
nº 13.654, de 2018) 
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de 
artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
 
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso 
restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e 
multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei 
nº 13.654, de 2018) 
 
Atentar a aplicação da Lei penal. A Lei nº 13.654/18 beneficiou o réu, pois, retirou do rol de roubo qualificado o emprego de arma 
branca, abrangendo somente o emprego de arma de fogo. Porém, a lei nº 13.964/19, que acrescentou o § 2º-B trouxe uma causa 
de aumento de pena nos casos em que a arma de fogo é de uso restrito ou proibido, prevendo o legislador a aplicação EM DOBRO 
DA PENA prevista no caput. Assim, verifica-se caso de novatio legis in pejus, caso em que só será aplicada a partir da publicação 
da lei nº 13.964/19 (dia 23/01/2020). 
 
A Lei 13.964/19, incluiu no roubo (art. 157, CP), a majorante de arma branca. Breve histórico: O art. 157, §2º, I, do Código Penal 
tratava da majorante com emprego de arma (branca ou de fogo); 
A Lei 13.654/18 revogou a majorante do inciso I, e incluiu como causa aumento de pena no mesmo artigo, no §2º-A, I, no entanto, 
exigiu que seria apenas em caso de emprego de arma de fogo; A Lei 13.964/19 reinseriu a majorante do emprego de arma branca 
no inciso VII do art. 157. 
A Lei 13.964/19 também incluiu o §2º-B ao art. 157, prevendo o dobro de majorante no caso de emprego de arma de fogo de uso 
restrito ou proibido: § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, 
aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
Crimes Patrimoniais Hediondos 
 
Redação anterior Após Lei nº 13.964/19 
Art. 1o, lei 8.072/ São considerados hediondos os seguintes crimes, todos 
tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide 
Lei nº 7.210, de 1984) 
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado 
(art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 
13.142, de 2015) 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão 
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra 
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 
1994) 
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela 
Lei nº 8.930, de 1994) 
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 
lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados 
no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide 
Lei nº 7.210, de 1984) 
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de 
extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado 
(art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão 
corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra 
autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
II - roubo: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso 
V); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) 
ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-
B); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 
3º); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13654.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13142.htm#art3
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7210.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação 
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado 
a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a 
redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela 
Lei nº 9.695, de 1998) 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual 
de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 
2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio 
previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de 
posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da 
Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou 
consumados. (Redação dada pela Lei nº 13.497, de 2017) 
 
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de 
lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); (Redação dada pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 
lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) 
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, 
de 2009) 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação 
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei 
nº 8.930, de 1994) 
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) 
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado 
a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a 
redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela 
Lei nº 9.695, de 1998) 
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual 
de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 
2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) 
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou 
consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de 
outubro de 1956; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto 
no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 
10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, 
previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime 
hediondo ou equiparado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que 
cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
AULA 6 
 
Estelionato 
 
A ideia do legislador nos crimes patrimoniais onde não tenha violência ou grave ameaça é que as pessoas possam se resolver de 
alguma forma. A pena do art. 171, CP não mudou, continua sendo de 1 a 5 anos, ou seja, o sujeito continua fazendo jus a suspensão 
condicional do processo. Porém, a lei 13.964/2019 traz uma nova condicionante para que o agente faça jus a suspensão 
condicional do processo, quando a vítima for aquelas elencadas nos incisos do novo § 5º. O novo parágrafo assim ficou redigido: 
 
Art. 171, § 5º, CP - Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima 
for: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 I - a Administração Pública, direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 II - criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Assim, antes da lei 13.964/19, toda vez que o meliante cometia crime de estelionato a qualquer vítima, a titularidade da ação 
penal pertencia incondicionalmente ao Estado. Com o advento da lei 13.964/19, a regra é de que a titularidade permanece com 
o Estado, mas é condicionada a representação do ofendido. Salvo, se a vítima for uma daquelas pessoas elencadas dentro dos 
incisos do § 5º. Assim, o prazo decadencial (6 meses) começa a contar a partir da ciência, pela vítima, do autor do crime. 
 
 
Concussão 
 
Redação anterior Após Lei nº 13.964/19 
Art. 316, CP - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 
Art. 316, CP - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13497.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8930.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9695.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12978.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art16
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.826.htm#art18
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
A pena anterior do crime de concussão (reclusão de 2 a 8 anos e multa), sempre despertou a crítica da doutrina, uma vez que 
mostrava claramente desproporcional à gravidade do delito. A exemplo, o crime de corrupção passiva tem a pena de 02 a 12 anos 
e multa (em tese, um crime menos grave que a concussão). 
 
 
PROCESSO PENAL 
Prof. Ricardo Andreucci 
 
AULA 1 
 
Medida Cautelar na Ação Direita de Inconstitucionalidade nº 6.299/DF – Relator Min. Luiz Fux 
 
Medidas cautelares concedidas para suspender sine die a eficácia: 
(a) Da implantação do juiz das garantias e seus consectários (Artigos 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do Código de Processo 
Penal); 
(b) Da alteração do juiz sentenciante que conheceu de prova declarada inadmissível (157, §5º, do Código de Processo Penal); 
(c) Da alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial (28, caput, Código de Processo Penal); e 
(d) Da liberalização da prisão pela não realização da audiência de custódia no prazo de 24 horas (Artigo 310, §4° , do Código de 
Processo Penal); 
 
Juiz das Garantias 
 
Juiz das garantias: atua na fase pré processual. Uma vez recebida a denúncia, o processo passa ao juiz de instrução e julgamento. 
A ideia é que o juiz que vai julgar a causa não tenha contato com as provas produzidas durante o IP. 
 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de 
investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação 
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à 
autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º 
da Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado 
o disposto no art. 310 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja 
conduzido à sua presença, a qualquer tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado 
o disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou 
revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública 
e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação especial pertinente; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes 
e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e 
oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das 
razões apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste 
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento 
razoável para sua instauração ou prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento 
da investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e 
telemática ou de outras formas de comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do 
investigado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste 
Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado 
e ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no 
âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em 
andamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da 
perícia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração 
premiada, quando formalizados durante a investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da 
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do 
inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for 
concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as 
de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma 
do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da 
instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e 
julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a 
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão 
acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não 
serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, 
ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas 
ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em 
apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo 
das garantias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas 
competências dos arts. 4º e 5º deste Código ficará impedido de funcionar no 
processo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunais criarão um 
sistema de rodízio de magistrados, a fim de atender às disposições deste 
Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária 
da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem 
periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento 
dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa 
para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, 
administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 
(cento e oitenta) dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a 
identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa 
aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da 
persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à 
prisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
• Sistemas Processuais Penais: são formas de regulamentação do processo. Temos três sistemas processuais, quais sejam: 
a) Sistema Inquisitivo ou Inquisitorial: no qual cabe um só órgão acusar e julgar, ou seja, o juiz concentra as funções de 
acusador e julgador. Nesse sistema, a imparcialidade do juiz está comprometida, uma vez que ele acusa e ele 
mesmo julga. Não há contraditório. O juiz é dotado de ampla iniciativa probatória. 
b) Sistema acusatório: no qual existe separação entre o órgão que acusa e o órgão que julga. Esse sistema garante a 
imparcialidade do juiz, que não pode determinar a produção de nenhuma prova, atividade que fica reservada 
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
unicamente às partes. Defesa e acusação se contrapõem em igualdade de condições.Juiz equidistante e imparcial. 
A atividade probatória é reservada exclusivamente às partes. 
c) Sistema misto: no qual há duas fases distintas, sendo uma investigatória e outra acusatória. Na fase investigatória, 
preliminar, são conduzidas as investigações preliminares no processo, colhendo elementos para posterior 
acusação formal. Não há contraditório na primeira fase. Na segunda fase, acusatória, o órgão acusador apresenta 
a acusação, o réu se defende e o juiz julga. 
 
O Brasil adotou o sistema acusatório, na Constituição Federal de 1988, na medida em que previu a iniciativa exclusiva 
do Ministério Público para a propositura da ação penal pública (art. 129, I, da CF). No Brasil, há evidente separação 
entre a função acusatória e a função decisória. A acusação é feita pelo MP (nas ações penais públicas) ou pelo ofendido 
(nas ações penais privadas), sendo o julgamento do feito reservado exclusivamente ao juiz imparcial. 
Deve ser ressaltado, entretanto, que o sistema acusatório brasileiro apresenta peculiaridades que o tornam sui 
generis. Tratava-se de um sistema acusatório mitigado, uma vez que o juiz, sem comprometer sua imparcialidade, 
poderia determinar, no curso da instrução, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante (art. 
156, II, do CPP), ou determinar, de ofício, a realização de diligências imprescindíveis (art. 404, do CPP), ou ainda 
complementar a inquirição das testemunhas sobre pontos não esclarecidos (art. 212, do CPP). 
 
Os arts. 156, 404, 212 etc. não foram revogados expressamente pela Lei nº 13.964/19. A pergunta que se faz é “teriam 
sido revogados tacitamente pelo novo art. 3ºA?” 
Essa é uma questão que será enfrentada pelos aplicadores do direito. 
 
AULA 2 
 
Atribuições do Juiz das Garantias 
 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos 
individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente: (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
Art. 5º, LXII, CF - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
 
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste 
Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Art. 310, CPP. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte 
e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia 
com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e 
o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: 
 
I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos 
constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as 
medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
 
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em 
qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei 
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder 
ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos 
os atos processuais, sob pena de revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa 
armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade 
provisória, com ou sem medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de 
custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e 
penalmente pela omissão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido 
no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea 
ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312...
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12403.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer 
tempo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste 
artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – § 1º foi vetado por atacar ao sistema de videoconferência 
 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no primeiro caso, 
o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação especial 
pertinente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) - Em caso de necessidade de prorrogação de prisão provisória ou de qualquer 
outra medida cautelar, o juiz deverá designar audiência pública para esse fim, garantindo o contraditório (oral). 
 
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o 
contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) - Neste caso também o juiz 
deverá designar audiência pública e oral, assegurados o contraditório e a ampla defesa (autodefesa e defesa técnica). 
 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões apresentadas pela autoridade 
policial e observado o disposto no § 2º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – até então, não era possível no âmbito 
estadual, em regra, a prorrogação do prazo do inquérito estando o indiciado preso. Agora, o juiz das garantias poderá prorrogar 
o prazo do inquérito, mesmo estando o indiciado preso. 
 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da 
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do 
inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for 
concluída, a prisão será imediatamente relaxada. 
 
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para suainstauração ou 
prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – determinar o trancamento do IP ex ofício. Antes só era possível através 
de HC. A crítica aqui está na expressão “fundamento razoável” que é uma expressão ampla. 
 
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da investigação; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
XI - decidir sobre os requerimentos de: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou de outras formas de 
comunicação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
c) busca e apreensão domiciliar; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
d) acesso a informações sigilosas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – observar que 
se for impetrado HC contra o juiz das garantias, a quem deverá ser endereçado o HC? 
 
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) – o recebimento da denúncia ou queixa não é previsto no art. 399, mas tão somente no art. 396. Quando chega no art. 399, 
CPP o juiz já terá recebido a denúncia ou queixa. O que o legislador quis com esta redação foi atribuir ao juiz das garantias a 
decisão de receber a denúncia ou queixa. Contudo, tendo em vista a redação equivocada, já há entendimento de que o juiz das 
garantias vai fazer todos os atos previstos desde o recebimento da denúncia ou queixa (art. 396) até a análise do art. 399 
(reafirmando o recebimento da denúncia), reforçando a tese do duplo recebimento da denúncia. A intenção aqui é não deixar que 
o juiz da instrução receba a denúncia, pois este contaminaria o processo pela sua parcialidade. 
 
Art. 396, CPP - Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o 
juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para 
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a 
partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação dada 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse 
à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e 
arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando 
necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1º A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste 
Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir 
defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 
(dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz 
deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, 
ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, 
do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1º O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder 
público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso a todos 
os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às 
diligências em andamento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – súmula vinculante nº 14 
 
Súmula vinculante nº 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso 
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do 
direito de defesa. 
 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
 
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada, quando formalizados 
durante a investigação; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 1º (vetado). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – previa que “o preso em flagrante ou por força de mandado de prisão 
provisória será encaminhado à presença do juiz de garantias no prazo de 24 horas, momento em que se realizará audiência com 
presença do MP e da DP ou de advogado constituído, vedado o emprego de vídeo conferência.” 
Nas razões do veto diz o seguinte: “A propositura legislativa, ao suprimir a possibilidade da realização da audiência por 
videoconferência, gera insegurança jurídica ao ser incongruente com outros dispositivos do mesmo código, a exemplo do art. 185 
e 222 do Código de Processo Penal, os quais permitem a adoção do sistema de videoconferênciaem atos processuais de 
procedimentos e ações penais, além de dificultar a celeridade dos atos processuais e do regular funcionamento da justiça, em 
ofensa à garantia da razoável duração do processo, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (RHC 77580/RN, 
Quinta Turma, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, DJe de 10/02/2017). Ademais, o dispositivo pode acarretar em aumento 
de despesa, notadamente nos casos de juiz em vara única, com apenas um magistrado, seja pela necessidade de pagamento de 
diárias e passagens a outros magistrados para a realização de uma única audiência, seja pela necessidade premente de realização 
de concurso para a contratação de novos magistrados, violando as regras do art. 113 do ADCT, bem como dos arts. 16 e 17 LRF e 
ainda do art. 114 da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019 (Lei nº 13.707, de 2018).” 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art95
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art95
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art396a
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
 
Conclusão: São inúmeras as atribuições do Juiz das Garantias, previstas no art. 3º-B do CPP. • Todas as atribuições legais visam 
garantir que o Juiz de Instrução e Julgamento não tenha contato com nenhuma medida cautelar ou prévia ao eventual 
oferecimento da denúncia ou queixa, as quais ficam a cargo do Juiz das Garantias. • Portanto, o Juiz das Garantias fica impedido 
de atuar na fase de instrução e julgamento. 
 
AULA 3 
 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa 
com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – questão do 
reexame do recebimento da denúncia e queixa. A crítica que se faz é que não há garantia para crimes de menor potencial ofensivo. 
Vide acórdão do Min. Dias Toffoli, que diz que não se aplica as garantias nos procedimentos envolvendo crimes de violência 
doméstica e familiar. 
 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento da 
denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) 
dias. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – dispositivo redundante, pelas previsões já estudadas, é evidente que as decisões 
proferidas pelo juiz de garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento. Tendo em vista a previsão de reexame do 
recebimento da denúncia ou queixa pelo juiz de garantias para evitar a contaminação processual pela parcialidade do juiz de 
instrução e julgamento, não faz sentido que este analise a manutenção ou não de medidas cautelares em curso. 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo, à 
disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e 
julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação de 
provas, que deverão ser remetidos para apensamento em apartado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – o juiz de instrução e 
julgamento não terá acesso às provas produzidas durante o IP. A ideia é que sejam produzidas novamente as provas no processo. 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das garantias. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) – a ideia é que o juiz de garantias deva ter sua própria secretaria. 
 
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º deste Código ficará 
impedido de funcionar no processo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Art. 4º, CPP - A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de 
suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua 
autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995) 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades 
administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
 
Art. 5º, CPP - Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I - de ofício; 
 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a 
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou 
de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso 
para o chefe de Polícia. 
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em 
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade 
policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá 
sem ela ser iniciado. 
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito 
a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
 
O comentário a se fazer neste caso é que, pela leitura dos art. 4º e 5º do CPP não se verifica competência alguma de juiz. Desta 
forma, conclui-se que o legislador quis referir-se ao caso de o juiz for o requerente do IP, este não poderá atuar como juiz de 
garantias. 
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, os tribunaiscriarão um sistema de rodízio de magistrados, a fim 
de atender às disposições deste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – muito criticado pela doutrina e jurisprudência, 
pois, dentro do funcionamento do sistema de justiça brasileiro, não é cabível este tipo de rodízio, tendo em vista a quantidade de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9043.htm#art1
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CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
processos. Há autores que defendem que com o processo eletrônico é possível o rodízio. Contudo, mais de 60% dos cartórios das 
comarcas não possuem acesso a internet, razão pela qual os processos ainda são físicos. No mais, o Min Luiz Fux entendeu pela 
Inconstitucionalidade formal e material do art. 3º-D do CPP, tendo em vista o disposto no art. 96, CF. Além de o Judiciário não 
possuir orçamento para aplicação de tal dispositivo, há violação de competência prevista no art. 96, CF. 
 
Art. 96, CF. Compete privativamente: 
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor 
ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: 
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
 
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da União, dos Estados e do Distrito 
Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) – outra inconstitucionalidade formal, pelo mesmo motivo da anterior. Este dispositivo foi incluído através de emenda 
parlamentar, mas deveria ter sido incluída, a fim de retirar o vício de legalidade, através de lei, tendo em vista que versa sobre 
competência privativa. 
 
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou 
ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de 
responsabilidade civil, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – a preocupação do legislador foi com a 
imagem da pessoa submetida a prisão. 
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, o modo pelo qual 
as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação 
normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à 
informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Resumo: A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo. A 
competência do juiz das garantias cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código. Recebida 
a denúncia ou queixa, as questões pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. As decisões proferidas pelo juiz 
das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento. Após o recebimento da denúncia ou queixa, o juiz de instrução e 
julgamento deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias. A designação 
do juiz das garantias deve obedecer às normas de organização judiciária e seguir critérios objetivos. 
 
AULA 4 
 
Assistência Judiciária 
 
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como 
investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a 
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, 
incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá 
constituir defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – garantir que o servidor vinculado a segurança pública seja 
acompanhado por defensor. O dispositivo em tela é totalmente desnecessário tendo em vista que o art. EOAB - Art. 7º aduz que: 
 
Art. 7º, EOAB - São direitos do advogado: 
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de 
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de 
todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou 
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: 
a) apresentar razões e quesitos; 
b) (VETADO). 
 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, 
podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) – citação ou intimação? Procedimento investigatório não é processo e por isso, deve-se falar em intimação/ 
notificação. Desta forma, verifica-se mais um equívoco do legislador. Mesmo porque, a citação é um ato de comunicação 
processual. Ela ocorre apenas uma vez no processo. Todo o resto de atos de comunicação processual chama-se intimação. 
 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade 
responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, 
para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado. (Incluído pela Lei nº 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
CADERNO DE PACOTE ANTICRIME 
 
13.964, de 2019) – se o acusado não nomear defensor, deverá a instituição a que ele está vinculado indicar defensor à expensas 
da própria instituição. 
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da 
Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) – integrantes das Forças Armadas. Ex. operações em favelas no âmbito estadual em que o Estado recorre 
às forças armadas. 
Órgãos de Segurança Pública 
 
Art. 144, CF - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II

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