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AEE E TGD 
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
AEE E TGD 
 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
 AEE E TGD 
WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 
 
CONTEUDO DO LIVRO 
Conceitos e Fundamentos 
O ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução e formação 
do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva, como a comunicação alternativa e os 
recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e 
disponibilização ao aluno de material pedagógico acessível, são exemplos claros de como deve 
ser realizado o atendimento educacional especializado, dentre tantos outros que podem ser 
acrescentados a esse atendimento e ao ensino, visando a autonomia do aluno, na escola e fora 
dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. 
E por falar em aluno, diversos são os alunos que devem ser atendidos pelo Atendimento 
Educacional Especializado, tais como: os alunos com deficiência, ou seja, aqueles com 
impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial que podem ter 
obstruída/dificultada sua participação plena e efetiva na sociedade diante de barreiras que esta 
lhes impõe, ao interagirem em igualdade de condições com as demais pessoas. Portanto, são os 
alunos com deficiência mental, deficiência física, surdez, deficiência auditiva, cegueira, baixa 
visão, surdo cegueira ou deficiência múltipla (ONU, 2006, p. 02); os alunos com TRANSTORNOS 
GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO, ou seja, aqueles que apresentam um quadro de alterações 
no desenvolvimento psicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou 
estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de 
Asperger, síndrome de Rett, transtorno degenerativo da infância (psicose infantil) e transtornos 
invasivos sem outra especificação (MEC/SEESP, 2008). 
Além dos grupos relacionados acima, o AEE deve ser oferecido, também, aos alunos com altas 
habilidades/superdotação, ou seja, estes alunos devem ter a oportunidade de participar de 
atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de suas escolas em interface 
com as instituições de ensino superior, institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da 
pesquisa, das artes, dos esportes, entre outros. Para o atendimento desses alunos, acima 
relacionados, o AEE deve apoiar o desenvolvimento do aluno com deficiência, TRANSTORNOS 
GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO e altas habilidades/superdotação; disponibilizar o ensino de 
linguagens e de códigos específicos de comunicação e sinalização; oferecer Tecnologia Assistiva 
(TA); fazer adequações e produz materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as 
necessidades específicas dos alunos; oportunizar o enriquecimento curricular (para alunos com 
altas habilidades/superdotação) e, enfim, o AEE deve se articular com a proposta da escola 
comum, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino 
comum. 
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, o 
Atendimento Educacional Especializado pode ser definido e fundamentado, tendo como função 
de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as 
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As 
atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas 
realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento 
complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência 
na escola e fora dela (BRASIL, Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 15). 
Assim, de acordo com esta definição e, atentando para aquelas já relacionadas anteriormente, 
neste texto, podemos afirmar que o AEE é o atendimento oferecido aos alunos com diversas 
deficiências, com TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO ou com altas 
habilidades/superdotação, de forma complementar e suplementar ao ensino regular, 
considerando as necessidades desses alunos. 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
 AEE E TGD 
WWW.INSTITUTOINE.COM.BR – (31) 3272-9521 
 
Nesse sentido, o professor do AEE, deve ser especializado na área, para que possa identificar e 
atender, corretamente, os alunos que a demandam, bem como, dependendo da necessidade de 
seu aluno, é o professor que irá organizar atividades e recursos pedagógicos e de acessibilidade 
a fim de facilitar o processo de construção de aprendizagem do sujeito. Em sendo, devemos 
salientar, ainda, que as atividades oferecidas pelo AEE não se configuram como reforço escolar, 
uma vez que devem se diferenciar daquelas realizadas na sala de aula do ensino comum. Nesse 
sentido, é o professor quem deverá, de forma criativa e inovadora, buscar atividades e recursos 
que estimulem o aprendizado do aluno naquelas áreas em que ele encontra maiores 
dificuldades. 
Para tanto, trataremos, de forma mais completa e analítica, das atividades e dos recursos que 
devem ser utilizados no AEE, para que possamos obter os resultados esperados, no que tange 
ao atendimento dos alunos que a demandam. 
Assim, temos: 
A Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS: “é uma língua visual-espacial articulada através das mãos, 
das expressões faciais e do corpo. É uma língua natural usada pela comunidade surda brasileira” 
(sob a perspectiva de QUADROS, 2007, p.19); 
✓ O Código Braille: “código ou meio de leitura e escrita das pessoas cegas. Baseia-se na 
combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e outros 
símbolos gráficos” (em conformidade com os estudos de SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007, p. 
22); 
✓ A Comunicação Aumentativa ou Alternativa: é “um conjunto de procedimentos, 
técnicos e metodológicos, direcionado a pessoas acometidas por alguma doença 
deficiência ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as 
demais pessoas por meio dos recursos usualmente utilizados, mais especificamente a 
fala”. É bom lembrar que a comunicação aumentativa ou alternativa não substitui a fala, 
mas contribui para que a comunicação ocorra (de acordo com a análise de MANZINI; 
DELIBERATO,2006, p. 4); 
✓ O ensino da língua portuguesa para surdos: a língua portuguesa (leitura e escrita) é a 
segunda língua para os surdos, sendo que a Língua Brasileira de Sinais é a primeira 
língua; 
✓ O uso do sorobã: “instrumento utilizado para trabalhar cálculos e operações 
matemáticas; espécie de ábaco que contém cinco contas em cada eixo e borracha 
compressora para deixar as contas fixas” (sob a égide de SÁ; CAMPOS; SILVA, 2007, p. 
22); 
✓ O enriquecimento curricular; 
✓ A produção e adaptação de materiais didáticos e pedagógicos; 
✓ As atividades da vida autônoma. 
Não obstante, o trabalho do professor dependerá da necessidade de seu aluno, que deve ser 
observada antes de se iniciar o trabalho. O professor terá que estudar e analisar, caso por caso, 
alunos por aluno, qual seria a melhor forma de trabalhar com eles e com cada um, bem como, 
quais os melhores recursos a serem utilizados, ou não, para que se possa construir a sua 
aprendizagem, bem como, o seu sucesso. Isso se revelará na singularidade de cada sujeito, no 
estilo de cognitivo de cada aluno. 
Assim, para que esse atendimento especial possa ocorrer, de forma satisfatoriamente real e com 
garantias de se atingir os objetivos esperados para os alunos especiais, buscamos a legalidade 
que cimenta esse processo, relacionando os objetivos desse atendimento que constam no Artigo 
2º do Decreto 6.571 de 17 de setembro de 2008: 
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 AEE E TGD 
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I- Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular aos alunos 
referidos no Artigo 1º3; 
II- Garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular; 
III- Fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos epedagógicos que eliminem as 
barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e 
IV- Assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino. 
Seguindo o caminho a que nos propomos, de entender e analisar os princípios e fundamentos 
do AEE, buscamos o apoio de Fávero, Pantoja e Mantoan (2007), posto que, consideramos que 
esses princípios até aqui apresentados de que o AEE é complementar e suplementar ao ensino 
regular e que é, em sua essência, diferenciado desse último, uma vez que não se constitui como 
reforço escolar, encontramos nessas autoras, uma análise da qual nos valemos, por 
concordarmos com ela. 
As autoras acima citadas compreendem que o Atendimento Educacional Especializado, 
Funciona nos moldes similares a outros cursos que complementam os conhecimentos 
adquiridos nos níveis de ensino básico e superior, como é o caso dos cursos de línguas, artes, 
informática e outros. Portanto, esse Atendimento não substitui a escola comum para pessoas 
em idade de acesso obrigatório ao Ensino Fundamental (dos 7 aos 14 anos) e será 
preferencialmente oferecido nas escolas comuns do ensino regular. Diferente de outros cursos 
livres, o Atendimento Educacional Especializado é tão importante que é garantido na 
Constituição Federal (FÁVERO; PANTOJA; MANTOAN, 2007, p. 27). 
Dessa forma, o AEE, segundo o posicionamento das autoras acima, é complementar, contudo, 
o mesmo é tão importante que, diferentemente de outros cursos complementares, é garantido 
por lei. É significativo salientarmos aqui que o AEE é garantido por lei, porém ele não é 
obrigatório. Não sendo obrigatório, o aluno com deficiência, TRANSTORNOS GLOBAIS DO 
DESENVOLVIMENTO e altas habilidades/superdotação e sua família poderão optar ou não pelo 
atendimento. Portanto, o AEE não deve ser “adotado de forma obrigatória ou como condição 
para o acesso ao ensino comum” (FÁVERO, 2007, p. 20). 
O Atendimento Educacional Especializado deve ser oferecido no turno inverso ao do ensino 
regular para que o aluno não tenha dificultado ou impedido seu acesso ao ensino comum. Esse 
atendimento deve ser realizado, preferencialmente, na Sala de Recursos Multifuncionais da 
própria escola ou, caso a escola não tenha a sala e o professor especializado em AEE, pode ser 
realizado em outra escola do ensino regular ou, ainda, em Centros Educacionais Especializados. 
Esses centros deverão oferecer o AEE e proporcionar ações para o pleno desenvolvimento das 
potencialidades sociais, afetivas e intelectuais dos educandos, valorizando e respeitando a 
diversidade no contexto da educação inclusiva. As escolas especiais, por exemplo, podem se 
transformar em centros de atendimento educacional especializados. Conforme Mantoan (2008) 
as escolas especiais deverão redimensionar seu trabalho uma vez que o ensino especial não é 
mais substitutivo do ensino regular. 
As Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado 
(BRASIL, 2008) na Educação Básica discorrem acerca dessa organização: 
a) Sala de recursos multifuncional: espaço físico, mobiliários, materiais didáticos, 
recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; 
b) Matrícula dos alunos no AEE: condicionada à matrícula no ensino regular da 
própria escola ou de outra escola; 
c) Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos 
alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem 
desenvolvidas, cronograma de atendimento dos alunos; 
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d) Professor, para o exercício do AEE; 
e) Profissionais da educação: tradutor e intérprete da Língua Brasileira de Sinais, 
guia-intérprete e outros que atuam no apoio às atividades de alimentação, 
higiene e locomoção; 
f) Articulação entre professores do AEE e os do ensino comum; 
g) Redes de apoio: no âmbito da atuação intersetorial, da formação docente, do 
acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que contribuam para 
a realização do AEE. 
A escola deverá ter um plano de AEE para a identificação das necessidades educacionais 
especiais dos alunos e para a definição dos recursos e atividades que serão desenvolvidas 
tendo em vista as especificidades dos alunos. Além do professor do AEE, a escola também 
poderá contar com outros profissionais da educação como, por exemplo, um tradutor e 
intérprete de Língua Brasileira de Sinais para alunos com surdez ou um profissional que auxilie 
os alunos que necessitem na alimentação, higiene e locomoção. 
Por fim, podemos enfatizar, em relação à organização do AEE, a importância das redes de 
apoio: 
✓ a importância da articulação entre o professor do ensino regular e do Atendimento 
Educacional Especializado, uma vez que o professor do AEE, além de trabalhar com o 
aluno na sala de recursos, dará o apoio necessário ao professor do ensino regular que 
possui em sua sala um aluno incluído; 
✓ as parcerias que a escola pode buscar para a realização do AEE. Parcerias com a 
Secretaria de Educação, Secretaria da Saúde que apoiem o trabalho da escola. Esse 
apoio poderá se dar através de palestras, assessorias ou cursos, para formação docente, 
considerando as demandas da escola. Com relação às parcerias, gostaríamos de 
enfatizar que o professor é parte atuante da equipe interdisciplinar, de forma que, além 
de receber apoio, esse profissional oferecerá subsídios acerca da prática pedagógica 
com base em seus saberes a respeito da aprendizagem e da realidade escolar; 
✓ buscar recursos e serviços necessários para garantir a qualidade de ensino para os 
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades/superdotação. 
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DO AEE: QUAIS SUAS ATRIBUIÇÕES? 
Para a atuação do professor de AEE, é preciso, de acordo com as Diretrizes Operacionais da 
Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado – AEE na Educação Básica, que 
ele tenha “formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação específica na 
educação especial, inicial ou continuada” (p.4), neste caso, um curso de Especialização e 
Atendimento Educacional Especializado (AEE). As diretrizes estabelecem, ainda, as atribuições 
do professor do AEE. 
Esse professor deve organizar o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos 
Multifuncionais, estabelecendo o tipo e o número de atendimentos e também os recursos 
pedagógicos e de acessibilidade que serão utilizados de acordo com as necessidades 
educacionais especiais dos alunos. Para isso o professor deverá elaborar e realizar o Plano do 
AEE, citado anteriormente (quando tratamos da organização do AEE), sempre considerando a 
sua realidade escolar e os alunos atendidos pela Educação Especial. Além de organizar o 
atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais, o professor deverá orientar os demais colegas 
do ensino regular que trabalham com os alunos que frequentam o AEE. 
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Deverá também nortear e acompanhar os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados 
pelo aluno nos demais espaços escolares. Evidencia-se aqui um ponto tratado anteriormente 
que é a articulação do professor do AEE com os professores do ensino regular. 
 
✓ O AEE não é substitutivo do ensino regular e, sim, complementar e/ou suplementar; 
✓ O AEE destina-se a alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades/superdotação; 
✓ O AEE deve ser oferecido preferencialmente na mesma escola em que o aluno frequenta 
o ensino regular, em turno inverso para não dificultar ou impossibilitar a frequência à 
sala de aula comum; 
✓ O AEE deve constar no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola de ensino regular. O 
PPP deverá refletir a pluralidade de ações que envolvem o ato educativo em que TODOS 
são capazes de aprender, embora com ritmose estilos de aprendizagem diferentes. 
Legislação do Atendimento Educacional Especializado 
É importante conhecermos esses marcos legais para compreendermos melhor a atual Política 
Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva que afirma ser a Educação 
Especial a responsável pela oferta do Atendimento Educacional Especializado. 
Constituição Federal de 1988 que assegura o princípio de igualdade. E os seguintes 
documentos internacionais: Declaração Mundial de Educação para Todos e a Declaração de 
Salamanca. Após, trataremos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 
(LDBEN). Também falaremos da Convenção de Guatemala e da Convenção sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência e também a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva 
da Educação Inclusiva de janeiro de 2008, o Decreto nº 186 de julho de 2008, o Decreto nº 
6.571 de 17 de Setembro de 2008 e as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o 
Atendimento Educacional Especializado – AEE na Educação Básica. 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM OLHAR SOBRE A APRENDIZAGEM 
A partir de agora nos deteremos um pouco sobre a questão da aprendizagem no espaço escolar, 
entendida muitas vezes, como peça fundamental para a permanência na escola de alunos com 
deficiências, TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO, altas habilidades/superdotação, 
fundamental no sentido de que a apropriação do conhecimento pelo aluno poderá ser o 
passaporte para que este permaneça ou não na instituição. Afinal, a escola é o lugar instituído 
e legitimado para o desenvolvimento das capacidades cognitivas das crianças. Podemos dizer 
que a escola, enquanto palco responsável pelo processo ensino-aprendizagem, constitui-se 
numa ferramenta que possibilitará a adoção de um jeito diferente de pensar o aluno que tem 
dificuldades ou que supostamente não aprende. 
Pensar o conceito de aprendizagem pelos ditames da Educação Inclusiva é pensar na 
possibilidade de conviver com a surpresa, com o inusitado expresso em cada gesto, cada olhar 
que o aluno nos dirige. É estar em constante criação de novos sentidos para o que Kupfer (1999) 
anteriormente chamou de estilos cognitivos de aprendizagem, ou seja, é poder ver cada aluno 
na forma particular em que ele se apresenta no mundo da escola. É na vertente de tais ideias 
que a presente unidade nos inspira a pensar a questão da aprendizagem enquanto efeito de 
uma oferta para que o aluno com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas 
habilidades/superdotação, possa se dizer em toda a sua especificidade. 
É tarefa do professor, face à diversidade de estilos em sala de aula, ajudar o aluno com 
deficiências, TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO ou altas 
habilidades/superdotação, descobrir o seu jeito de lidar com o conhecimento, tendo sempre em 
mente que cada sujeito aprende de uma forma única e num tempo que é peculiar a cada estilo. 
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 AEE E TGD 
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É importante ressaltar que o aluno aprende quando consegue captar o brilho no olho do mestre 
ao supor nele um sujeito desejante e capaz de aprender. O entusiasmo do aluno será resultante 
dos “aspectos subjetivos do ensinante, ou seja, como ele mesmo, sujeito que ensina, mas que 
também aprende, lida com o saber e o conhecer” (RUBINSTEIN, 2003, p. 136). 
A busca pelo conhecimento é um processo que está o tempo todo sendo reinventado e 
ressignificado. É uma busca traduzida por algo que sempre escapa, por um conhecimento que é 
fugaz. É importante pensarmos que é na ausência deixada por isso que falta que o novo se 
evidencia, dando lugar à descoberta e à aprendizagem. É nesse universo de descobertas que 
encontramos o aluno com necessidades educacionais especiais, um sujeito que está em 
constantes mudanças e se constituindo na brecha deixada pelo professor quando este permite 
que ele apareça nas suas especificidades, na sua diferença. Pensando por esse viés, MRECH 
(1999, p. 28), é pontual ao se referir ao aluno com necessidades educacionais especiais, bem 
como à proposta da Educação Inclusiva: é uma maneira nova da gente se ver, ver os outros e a 
Educação. De se aprender a conviver com as diferenças, as mudanças, com aquilo que está além 
das imagens. Uma maneira de a gente apostar no outro. 
Para concebermos a aprendizagem na perspectiva da Educação Inclusiva, teremos que rever a 
crença de um saber total sobre a forma como os alunos constroem o conhecimento; do 
contrário, não conseguiremos ver o sujeito que se coloca diante de nós, ou seja, um sujeito que 
possui falhas e está em constante busca de um lugar para falar de si e de seu saber que por vezes 
é incompleto. Nessa vertente poderemos pensar o trabalho do professor como sendo uma 
tarefa em constante criação, um saber pautado na singularidade dos alunos. 
Pensemos no Atendimento Educacional Especializado como uma aposta, um desafio em direção 
a uma educação inclusiva. Para tanto, é importante que a escola exerça seu valor social e se 
implique de modo a buscar, juntamente com os recursos disponibilizados pelo Atendimento 
Educacional Especializado um fazer pedagógico para lidar com os alunos que tem alguma 
dificuldade. Essa é uma forma dela se implicar no processo, certa de que encontrará alguns 
entraves, porém, ciente da sua responsabilidade. 
A escola passou a desempenhar um papel ambíguo frente à diversidade: de um lado, abriu as 
portas aos alunos com deficiência; de outro não se preparou para essa realidade, sendo que a 
Educação Especial deve ser parte integrante do sistema geral de Educação e não um sistema 
isolado, paralelo, devendo fluir nos diferentes níveis e graus de ensino. Nossa reflexão nesse 
texto permite perceber o quanto os docentes que estão ministrando aulas no ensino regular 
precisam de formação, preparação e habilitação para trabalhar com pessoas em situação de 
deficiência. 
Nesse sentido, somos defensores de que o sistema educacional possa oferecer políticas públicas 
no sentido de melhorar o atendimento nas salas de recursos. Assim sendo, o reconhecimento 
da mediação entre os dois setores sala de recursos/ensino regular, expressa e fortalece o 
trabalho pedagógico no qual as atividades aplicadas, o conhecimento especializado, preparação 
de técnicas apropriadas, metodologias adequadas entre tantas outras são contributos 
somatórios ao processo de inclusão.

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