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Aula 1
Planejamento, Programação 
e Controle da Produção –
Introdução ao PPCP
Prof. Dayse Mendes
Conversa inicial
Objetivos
Apresentar o uso das ideias do 
PCP ao longo da história humana
Entender a lógica da visão 
sistêmica das organizações
e de como os sistemas 
produtivos fazem parte dela
(...)
(...)
Proporcionar o conhecimento
dos vários tipos de sistemas 
produtivos
Compreender que sistemas 
produtivos distintos levam
a modelos de planejamento
e controle de produção 
igualmente distintos
Por que Planejar e Controlar?
Para que as empresas possam 
alcançar seus objetivos de forma 
eficaz, utilizando adequadamente 
os recursos à sua disposição, elas 
precisam planejar antecipadamente 
seus processos e controlá-los à 
medida em que as ações são 
realizadas
Dentre eles, está o 
processo produtivo
Evolução Histórica
do PCP
Pré-história: acredita-se que em 
torno de 5000 a.C. os sumérios
já utilizavam controle de estoques
(Sprakel; Severiano Filho, 1999).
Renascimento: a inovação 
tecnológica passa a ser 
valorizada, incentivando o 
surgimento de máquinas e 
da Revolução Industrial
(Sprakel; Severiano Filho, 1999).
Revolução Industrial: movimento 
que se inicia na Europa por volta 
dos anos de 1760 e estende-se 
aos EUA um século depois. Esse 
movimento traz a necessidade de 
controle, posto que as indústrias 
eram extremamente 
desorganizadas
(Sprakel; Severiano Filho, 1999).
Máquina a vapor
Adam Smith
Década de 1980: o uso de 
computadores nas empresas 
propicia o avanço em relação 
à forma de planejar e 
controlar a produção
(Sprakel; Severiano Filho, 1999).
Visão Sistêmica das 
Organizações
Visão sistêmica diz respeito à ideia 
de que, para se tomar decisões 
acertadas e elaborar estratégias 
que alcancem os objetivos da 
empresa, há necessidade de se ter 
uma visão do todo organizacional 
(...)
(...)
Pensar a empresa em partes 
que não se interligam pode 
gerar uma série de problemas 
e conflitos com as partes 
interessadas da organização
(FNQ, 2014).
Fonte: FNQ, 2014.
Classificação dos Sistemas
de Produção
Grau de padronização
Produtos padronizados:
carros, roupas, fast food
Produtos sob medida:
alta-costura, restaurante
(Tubino, 1999).
Tipo de operação
Contínuo: energia elétrica, 
petróleo, monitoramento
por radar
Discreto
(...)
(...)
Em massa: abate e 
beneficiamento de aves, 
editoração de jornal
Em lote: sapatos,
laboratório de
análise clínica
Por projeto: navios,
serviço de arquitetura
(Tubino, 1999).
Natureza do produto
Bem: geladeira
Serviço: aula
(Tubino, 1999).
Características dos
Sistemas Produtivos
Contínuo
Repetitivo em 
massa
Repetitivo 
em lotes
Projeto
Volume de 
produção
Alto Alto
Médio Baixo
Variedade de 
produtos
Pequena
Média Grande Pequena
Flexibilidade Baixa Média Alta Alta
Qualificação da 
mão de obra
Baixa Média Alta Alta
(Tubino, 1997, p. 25).
Contínuo
Repetitivo 
em massa
Repetitivo 
em lotes
Projeto
Layout
Por 
produto
Por 
produto
Por 
processo
Por 
processo
Capacidade 
ociosa
Baixa Baixa Média Alta
Lead time Baixo Baixo Médio Alto
Fluxo de 
informações
Baixo Médio Alto Alto
Produtos Contínuos Em lotes Em lotes Unitário
(Tubino, 1997, p. 25).
Sistemas de Produção
Os sistemas de produção podem ser 
classificados em dois tipos, 
conforme a liberação de trabalho
Sistema de produção empurrada: a 
liberação de trabalho é 
programada
Sistema de produção 
puxada: a liberação
de trabalho
autorizada
(JIT – Just in Time)
Sistema de Produção 
Empurrada
Características
Instruções de produção vêm da 
previsão de demanda e são 
processadas para determinar 
a necessidade de materiais
(...)
Tempos de processo 
previamente conhecidos
Elevados estoques
Prazos longos
de entrega 
(Bezerra, 2010).
Críticas
Grande quantidade de 
produto em processo 
(WIP – Work in Process) 
estocado entre as 
operações
Grandes áreas de 
armazenagem de peças e 
matéria-prima (PC/MP) 
no início do processo e
de produto acabado (PA) 
ao final do processo
(...)
Rotatividade de mão de 
obra posto que a 
superespecialização do 
funcionário não permite 
que ele aprenda outras 
tarefas além da sua, 
impedindo-o de uma 
possível progressão na 
carreira
Sistema de Produção Puxada
Características
Instruções visuais de produção 
(kanban) disparadas pela 
manifestação da demanda
Estoques reduzidos de 
produtos em processo 
Prazos de entrega curtos
(Bezerra, 2010).
No sistema JIT, é necessário 
instituir o tamanho e o
número de lotes para cada item, 
estabelecendo assim o número 
de kanbans necessário para que 
o sistema produtivo funcione
(...)
(...)
O sistema JIT trabalha com 
pequenos lotes, levando em 
conta o produto final a ser 
entregue ao cliente. Assim, 
o lote precisa incorporar as 
quantidades necessárias de 
cada elemento para montar 
o produto completo
(Santos, 2015, p. 99).
Empurrada x Puxada
As diferenças entre o sistema de 
produção empurrado e o puxado 
levam a tomadas de decisão na 
área da produção bastante 
distintas
Assim, deve-se observar qual 
sistema está sendo usado na 
organização para poder 
estabelecer qual será o método 
de Planejamento, Programação 
e Controle de Produção
Sistemas de Produção com 
Gargalos Gargalo é um fator que restringe 
o processo produtivo, impedindo-
o de processar toda a demanda 
requerida (...)
Características
(...)
Teoria das restrições
Medir as taxas de produção
Identificar o gargalo
Tratar o gargalo
Voltar ao primeiro passo
OPT (Optimized Production
Technology) 
(Bezerra, 2010).
Referências de Apoio
BEZERRA, C. A. Técnicas de 
Planejamento, Programação e 
Controle da Produção: aplicações 
e planilhas eletrônicas. Curitiba: 
IBPEX, 2010.
SANTOS, A. P. L. Planejamento, 
Programação e Controle da 
Produção. Curitiba: InterSaberes, 
2015.
SPRAKEL, E. B.; SEVERIANO FILHO, 
C. A evolução dos sistemas de PCP 
sob a ótica da engenharia de 
produção. Disponível em: 
<http://www.abepro.org.br/bibliot
eca/enegep1999_a0654.pdf>. 
Acesso em: 8 ago. 2016.
TUBINO, D. F. Sistemas de 
produção: a produtividade no chão 
de fábrica. Porto Alegre: Bookman, 
1999.

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