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09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/25 SEGURANÇA NO TRABALHO E ERGONOMIA AULA 2 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/25 Prof. Carlos Costa Prof. Emerson Seixas CONVERSA INICIAL A ideia central deste tema é conhecer mais sobre os aspectos relativos à prevenção de acidentes do trabalho, como são tratados os acidentes com e sem afastamento, seus aspectos legais. Em quais condições é necessária a abertura do Comunicado de Acidente de Trabalho, como isso impacta no Fator Acidentário Previdenciário e o que aborda o Nexo Técnico Epidemiológico. Ainda sobre a ótica de controle, será visto como são realizadas as investigações de causas dos acidentes, se houve um ato inseguro ou uma condição insegura. Analisaremos o que prevê a OHSAS 18001 e suas obrigações para avaliar a segurança e a saúde dos trabalhadores e as formas de dimensionar por meio de fluxogramas de processo. Vamos conhecer os equipamentos de proteção individual e os equipamentos de proteção coletiva, como são utilizados e aplicados de forma correta e segura, sem excessos e sem falta. Veremos ainda os conceitos aplicados aos andaimes, suas utilizações seguras, o que é permitido e o que não é permitido. Por fim, vamos ver as cadeiras suspensas, onde são aplicadas, como é realizada sua ancoragem e como são feitas as amarras para engate dos cabos de aço ou de fibra sintética. Dessa forma, convido você a estudar esse tema e nos acompanhar nesta aula. TEMA 1 – ASPECTOS LEGAIS E PREVENCIONISTAS Normalmente quando falamos sobre legalidade, nos referimos a leis e somos então direcionados ao profissional de direito, que é o advogado, porém nós, da área tecnológica, também devemos ter noções sobre o assunto, pois, direta ou indiretamente, estamos em posição de tomada de decisão ou 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/25 encaminhamentos trabalhistas. Diante do fato, o conhecimento da CLT e a obediência às leis e às normas se tornam imprescindíveis. Existem diversas definições do que é AT – Acidente do Trabalho. Todos são provenientes da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu art. 19, a qual será adotada neste estudo. Esse tipo0 de acidente é reconhecido como acidente típico. Acidente de Trabalho é aquele que ocorre durante o exercício do trabalho, que provoca lesão corporal ou perturbação funcional que causa a morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Consideram-se, igualmente, os casos ocorridos no percurso da residência e do local de refeição para o trabalho ou deste para aquele. (Mendes, 2002, p. 329) Conforme anteriormente tratado, legalmente existem outras definições para AT e essas definições estão ligadas às características, forma de ocorrência ou tipo de ocorrência. O acidente pode ser: Acidente sem afastamento: causado por pequena lesão ao trabalhador, em que este retorna às atividades logo após o ocorrido. Exemplo: arranhões, corte superficiais etc.; Acidente com afastamento: causado por lesão mais grave: Com afastamento inferior a 15 dias: a empresa arca com os vencimentos até o 15° dia; Com afastamento superior a 15 dias: dessa forma, a partir do 16° dia, o funcionário terá que se reportar ao INSS, e o valor do benefício será pago mediante perícia médica. Em alguns casos, os acidentes podem ocorrer fora do local de trabalho. Sendo assim, o trabalhador está em viagem ou desempenhando suas tarefas em outros locais. Dessa forma, se ocorrer o acidente em uma viagem, será caracterizado como acidente de trabalho. Para esclarecer o fato, encontramos no Quadro 1 os tipos de acidentes e suas descrições de acordo com a legislação brasileira. Quadro 1 – Tipos de acidentes listados na legislação brasileira Tipo de acidente Descrição Acidente típico Decorrente do exercício do trabalho pelo segurado Acidente de trajeto Que ocorre no trajeto entre a casa do trabalhador e a empresa onde ele trabalha 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/25 Doenças relacionadas ao trabalho Doença profissional: ocasionada pela exposição a determinado agente, tipificada por ramo de atividade. Por exemplo, silicose desencadeada pela exposição a sílica. Doença do trabalho – adquirida em função de condições particulares em que o trabalho é realizado, que tenha relação direta com ele. Por exemplo – surdez, ou disacusia, decorrente da exposição ao ruído. Fonte: Pegatin, 2020. É de suma importância que os quantitativos desses acidentes sejam documentados. A partir de 2000, o Ministério da Fazenda, por meio da base de dados do INSS – Instituto Nacional de Seguro Social, possui os números de CAT – Comunicado de acidente de trabalho emitido. Esse documento é denominado de AET – Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho, fica disponível para download na página da Secretaria da Previdência (Brasil, 2017). Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. (Brasil, 1991) Apesar de obrigatória a emissão do CAT, muitas empresas não o fazem. De acordo com Brasil (2017), por volta de 18% dos acidentes de trabalho não são registrados por meio do CAT. Essa situação pode ser observada, pois, mesmo que não emitido o CAT, o trabalhador acidentado tem direito ao benefício previdenciário. Nessa linha, é interessante ressaltar que, além da própria empresa, também têm direito à emissão do CAT as seguintes entidades: 1. O órgão fiscalizador; 2. O trabalhador. Uma forma de quantificar a perda devido ao afastamento por acidente ou doença ocupacional pode ser feita por meio da contagem de dias perdidos de trabalho. Com o objetivo de minimizar as perdas pela não emissão do CAT, foi criado em 2007, com início operacional em 2010, o FAP – Fator acidentário previdenciário. O FAP é um índice aplicado sobre a contribuição de incidência de incapacidade laborativa, decorrente dos riscos ambientais de trabalho 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/25 (RAT). Esta alíquota incide diretamente sobre a folha de pagamento, de acordo com o grau de risco vinculado à atividade econômica principal da empresa, sob a vigilância da receita federal. A Tabela 1 apresenta o percentual de contribuição de acordo com o grau de risco. Tabela 1 – Percentual de contribuição da empresa em relação ao grau de risco (ano base 2007) Grau de risco (%) Contribuição 1 1% 2 2% 3 3% Fonte: Pegatin, 2020. De acordo com o grau de risco, o FAP tem por objetivo indicar melhorias para a condição do empregado. Diante disso, são considerados pelo FAP quando analisado a empresa: 1. Considerações sobre os acidentes (número e grau); 2. Fatores ambientais; 3. Condições de periculosidade. Segundo Pegatin (2020), “uma ferramenta para a formulação do grau de risco atribuído às atividades econômicas é o Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP)”. Por meio do NTEP, é possível o cruzamento de informações provenientes com os dados previdenciários. Por esse meio, de acordo com o grau de risco da empresa, cria-se um nexo de causalidade, isto é, atribui-se uma espécie de culpabilidade da empresa que atua naquele ramo comercial quando um dado acidentário tem entrada no sistema (Brasil, 2007). O FAP e o NTEP oferecem uma oportunidade interessante às empresas que investem aos agravos à saúde dos trabalhadores. Vantagens do FAP/NTEP: 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/25 1. O banco de dados da previdência é único, portanto todas as empresas do mesmo ramo de atividade são incluídas no mesmo conjunto; 2. O FAO é uma alíquota variável,que tem a possibilidade de reduzir em 50% ou aumentar em 100% o impacto sobre a folha (para empresas), em função do desempenho direto sobre as questões prevencionistas. Exemplo numérico para cálculo do FAP (Figura 1). Considere uma empresa com grau de risco 3 e folha de pagamento de 800 mil reais. Figura 1 – Simulação de cálculo do FAP Fonte: Pegatin, 2020. Pegatin (2020) observa: “Perceba que a mesma empresa poderá pagar, mensalidade de 24 mil ou 48 mil reais por mês, totalizando 144 mil ou 576 mil por ano. Como gestor fica evidente a tomada de decisão pelo valor obtido”. Saiba mais É importante notar que a empresa com menor custo interno terá melhor grau de competitividade e que esse menor custo interno está relacionado ao seu comprometimento com a segurança e a saúde de seu trabalhador. Isso também levará à maior satisfação e consequente produtividade e não absenteísmo. TEMA 2 – INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DE ACIDENTES DE TRABALHO 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/25 Investigar acidentes no ambiente de trabalho é uma tarefa complexa. Para obter sucesso na investigação de acidente no ambiente de trabalho, é necessário: 1. Método; 2. Coerência. 2.1 CONCEITOS Segundo Pegatin (2020), a falha metodológica pode conduzir a resultados superficiais e normalmente conduzem a ações falhas e sem aplicabilidade prática. Termos importantes encontrados durante uma investigação: 1. Ato inseguro – relaciona-se com a atividade de trabalho das pessoas, com atos e ações desenvolvidas, condições e características pessoais. Ato inseguro remete diretamente ao comportamento das pessoas; 2. Condições inseguras – relaciona-se com o meio ambiente em que o trabalhador está inserido, incluindo máquinas, equipamentos, processos, entre outros. Causas muito frequentes de condições inseguras são falta de manutenção, erros de projeto, matérias-primas com defeitos, entre outros. Ainda, podemos levar em consideração uma terceira classificação denominada de causas naturais, que é um fator é responsável por 1 a 2% dos acidentes. Em uma investigação de acidentes, devemos caminhar na direção da causa raiz, esteja ela nos processos ou nas pessoas. Na grande maioria dos acidentes, estes têm por causa uma falha humana. Como o custo de acidentes é caro para as empresas, um Sistema de Gestão de Saúde e de Segurança Operacional deve ser implementado. Esse sistema é destinado a gerenciar, organizar, identificar e controlar os riscos à saúde e à segurança no ambiente de trabalho. Visa também reduzir a probabilidade de ocorrer acidentes. Para identificar e analisar os riscos de acidentes no trabalho, o Sistema de Gestão de Saúde e de Segurança Operacional deve: Classificar as atividades; Identificar os perigos; 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/25 Avaliar o grau de riscos relativos à atividade desempenhada; Definir se o risco é ou não tolerável; Estabelecer um plano de controle; Revisar e adequar constantemente o plano de controle. A OHSAS 18001 – sigla em inglês que significa Occupational Health and Safety Assessment Services, ou seja, Série de Avaliação da Segurança e Saúde no Trabalho – consiste em uma norma de auditoria que é reconhecida internacionalmente e foi desenvolvida para nortear as organizações a cumprir com suas obrigações. Figura 2 – OHSAS 18001 Fonte: Photo Veterok/Shutterstock. As áreas que a norma OHSAS 18001 abrange são as seguintes: Planejamento da identificação de perigos, avaliação de riscos e controle dos riscos; Estrutura e responsabilidade; Treinamento, conscientização e competência; Consulta e comunicação; Controle operacional; Prontidão e resposta a emergências; Medição de desempenho, monitoramento e melhoria. A norma OHSAS 18001 pode ser adotada por qualquer empresa que procura desenvolver um procedimento adequado à redução dos riscos pertinentes à saúde e à segurança no trabalho. Uma das ferramentas para a identificação e análise de riscos adotadas por algumas empresas é a IPARA – Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos de Acidentes –, que está de acordo com a 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/25 norma OHSAS 18001. 2.2 INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES A prevenção de acidentes, conforme De Cicco e Fantazzini (2003), não se realiza apenas como o emprego de normas. Deve fazer parte da cultura da empresa e do olhar de cada trabalhador. A aplicação das normas indica o caminho a ser seguido pela empresa e delimita as ações que devem ser alcançadas para que haja o gerenciamento de riscos. Deve haver a prevenção antes da ocorrência de perdas. Figura 3 – Incêndios Fonte: Ilya Andriyanov/Shutterstock. De Cicco e Fantazzini (2003) ainda descrevem que a investigação das possíveis causas do acidente deve ser norteada não somente em aspectos teóricos, mas fundamentada na investigação e na determinação e das propostas para evitar a repetição. Figura 4 – Investigação de acidentes (2) 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/25 Fonte: Luigi Bertello/Shutterstock. 2.3 FLUXOGRAMA Conforme Ritzman e Krajewski (2007, p. 43), “um fluxograma traça o fluxo de informações, clientes, funcionários, equipamentos ou materiais em um processo”. Define-se fluxograma como um método para descrever graficamente um processo existente, ou um novo processo proposto, usando símbolos simples, linhas e palavras, de forma a apresentar graficamente as atividades e a sequência no processo. (Harrington, 1993, p. 103) Segundo Seixas (2020), “o fluxograma é um diagrama sistemático que visa representar de forma simples e objetiva as distintas fases de qualquer procedimento [...] e as relações de dependência entre eles”. Figura 5 – Fluxograma 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/25 Fonte: Nicoelnino/Shutterstock. TEMA 3 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) O empregador é o responsável número um por proporcionar ao empregado um ambiente seguro para a realização de suas atividades laborais. É interessante salientar que a proteção às situações de risco requer cuidado e monitoramento constantes por parte de profissionais de segurança, gestores, trabalhadores e órgãos competentes. O ideal é eliminar o risco na fonte em que é observado. O fato pode ser realizado por meio de EPCs – Equipamentos de Proteção Coletiva. Uma vez impossibilitado o fato, parte-se então para a utilização de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual. Alguns dos principais equipamentos de proteção individual são uniforme (vestimenta adequada com a atividade a realizar e conforto), calçado, óculos, capacete, protetor auditivo, máscara respiratória, luvas. Figura 6 – EPIs 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/25 Fonte: Bonezboyz/Shutterstock. 3.1 ÁREA DE ATUAÇÃO DOS EPCS E EPIS EPC – atua diretamente na fonte geradora ou raiz do risco. Tem por objetivo eliminar ou reduzir o risco para limites de tolerância permitidos pela legislação. Meios que possibilitam a proteção coletiva: Equipamentos – Chuveiro, chuveiro lava-olhos, extintor, hidrante, grades de proteção, guarda corpo; Métodos – Placas de sinalização, Sinalização em cor; Solução de projetos – Protetores de partes móveis de máquinas, telas, exaustores (gases, vapores e névoas), sensores; Mudança de ambientes – Cabine de pintura, barreira de proteção contra luminosidade e radiação, enclausuramento acústico de fontes de ruído. EPI – tem por objetivo promover a segurança em situações em que não é possível (pelo menos de imediato) resolver a condição. São utilizados, como o próprio nome diz, de maneira individual, e incluem-se neste grupo: 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/25 Protetores auditivos; Óculos de proteção; Luvas; Capacetes, entre outros. 3.2 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE EPC Existem alguns equipamentos deproteção coletivo, e destes se destacam os equipamentos de plano vertical como os GcR – Guarda-corpo-rodapé (Figura 7), utilizados onde há risco de queda de pessoas e materiais. Figura 7 – Sistema de Guarda corpo rodapé (GcR) Crédito: Elias Dahlke. A barreira com rede também é utilizada na construção civil e é composta por dois elementos horizontais, normalmente presos por um cabo de aço ou uma barra metálica firmemente fixada e 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/25 com uma rede de proteção resistente (150 Kgf/m, malha de abertura com intervalo de 20 mm e 40 mm por vão) (Figura 8). Figura 8 – Sistema de barreira com rede Crédito: Eliane Ramos. Caso haja alguma abertura no piso, então a barreira é feita com um cercado em madeira ou material resistente, com cancela ou portão (Figura 9). Figura 9 – Proteção em aberturas nos pisos 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/25 Crédito: Jefferson Schnaider. Em situações em que não seja possível a instalação do cercado fixo, então pode ser utilizado o cercado removível (Figura 10). Figura 10 – Sistema de cercado removível Crédito: Jefferson Schnaider. A construção civil possui uma vasta gama de possibilidades de proteção para seus trabalhadores, uma delas é o fechamento provisório de poços de elevadores em prédios. Dessa forma, esse 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/25 fechamento é realizado com um sistema GcR ou painel inteiriço com altura mínima de 1,20 m. Esse material deve ser resistente e fixado na estrutura da edificação, conforme Figuras 11 e 12. Figura 11 – Sistema GcR de madeira Crédito: Eliane Ramos. Figura 12 – Sistema GcR painel inteiriço Crédito: Eliane Ramos. 3.3 EXEMPLOS DE MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/25 1. Isolamento (enclausuramento) do ruído provocado por ume máquina; 2. Climatização de um ambiente considerado muito quente ou frio; 3. Ampliação da iluminação ambiente do local; 4. Placas de avisos em locais de importância ao processo; 5. Substituição de um piso muito liso por piso antiderrapante. O Quadro 2 apresenta responsabilidades de empregadores, empregados, fabricantes e órgãos reguladores quanto aos EPIs. Quadro 2 – Responsabilidades de empregadores, empregados, fabricantes e órgãos reguladores quanto aos EPIs Responsabilidades Descrições Do empregador Adquirir EPI adequado ao risco de cada atividade; exigir o uso; orientar quanto ao uso, guarda e conservação; registrar seu fornecimento ao trabalhador Do empregado Usar, usando apenas na atividade a que se destina; responsabiliza-se pela guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração; cumprir determinações sobre uso adequado Do fabricante Solicitar emissão do CA junto ao órgão competente; responsabilizar-se pela qualidade do EPI; comercializar apenas EPI portador de CA; providenciar avaliação de conformidade Do Ministério do Trabalho Cadastrar o fabricante ou importador do EPI; emitir ou renovar o CA de EPIs; estabelecer regulamentos técnicos; fiscalizar a qualidade dos EPIs; cancelar o CA, quando necessário TEMA 4 – ANDAIMES Grande aliado na indústria ou na construção civil, o andaime é um equipamento que se permite trabalhar em locais de difícil acesso, ou que necessitam de uma base sólida e ergonômica para que o trabalhador possa executar as tarefas a um nível elevado do solo. Por se tratar de um equipamento em que há risco de queda do trabalhador, que pode causar fraturas ou até a morte é fundamental seguir todas as recomendações de segurança, desde sua montagem e execução (Soares, 2011, p. 135). A NR 18 prevê condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Os andaimes devem ser confeccionados e dimensionados para suportar com segurança as cargas de trabalho que 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/25 serão submetidas. O piso (base de apoio onde permanecerão os trabalhadores/equipamentos) deve ter forração completa, antiderrapante, nivelada e fixada de maneira segura e resistente. A base deve ser preferencialmente de madeira de boa qualidade, seca e sem rachaduras. As laterais devem ter um guarda-corpo, rodapé em todo o perímetro do andaime, e cabeceiras, Figura 13. Por se tratar de um equipamento de segurança, um profissional legalmente habilitado deve ser responsável pelo dimensionamento para estrutura, da sustentação e da fixação. Devem ser tomadas precauções quanto a montagem, movimentação e desmontagem, principalmente em locais próximos às redes elétricas. Figura 13 – Exemplo de GcR em andaime suspenso Crédito: Jefferson Schnaider. A NR 18 determina que os andaimes suspensos devem garantir a estabilidade durante todo o período em que estiver sendo utilizado. Garantindo que os procedimentos operacionais de dispositivos ou equipamentos possam ser utilizados sem nenhum problema. Algo que é bastante comum ser visto, e até por desconhecimento, é o uso de escadas para se atingirem lugares mais altos sobre o piso de trabalho de andaimes, o que é proibido. Dessa forma, a única posição aprovada do uso de escadas é na lateral do andaime (Figura 14). O uso de escadas na base (plataforma) do andaime desestabiliza e serve de alavanca para que o andaime caia. Lembrando que a utilização do andaime deve ser feito de maneira segura. 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/25 Figura 14 – Andaime com escada lateral Crédito: Eliane Ramos. Outro modelo de andaimes é do tipo balança ou madeira, geralmente empregados em andaimes que não podem ser apoiados sobre o solo ou sobre uma superfície horizontal resistente. Este possui um sistema que se projeta para fora da construção de proteção ao trabalhador, podendo ser fixas ou móveis e suportados por vigas, ou estruturas em balanço, ou por engastamento ou outro sistema de contrabalanceamento no interior da construção. Conforme a Portaria SIT n. 224, de 6 de maio de 2011, os andaimes de madeira apenas podem ser empregados em obras de até três pavimentos ou altura equivalente (Brasil, 2011). Também deve ser projetado por um profissional legalmente habilitado. As torres de andaimes não podem exceder em altura, quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas (Figura 15). Figura 15 – Andaime do tipo balança ou madeira com GcR 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/25 Crédito: Elias Dahlke. A utilização do cinto de segurança tipo paraquedista deve ser empregado pelo trabalhador e ligado ao trava-quedas de segurança, além de estar ligado ao cabo-guia fixado em uma estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso (Figura 16). Figura 16 – Cinto de segurança tipo paraquedista ligado ao trava-quedas de segurança Crédito: Jefferson Schnaider. TEMA 5 – CADEIRA SUSPENSA 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/25 De acordo com Garcia (2012), em qualquer atividade que não haja a possibilidade de instalação e utilização de andaimes é permitido o emprego de cadeira suspensa individual, cuja sustentação deve ser executada por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética. Deve haver na cadeira suspensa um dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança. Dessa forma, tanto para a sustentação feita por meio do cabo de aço quanto por meio de cabo de fibra sintética, o sistema de descida será com dupla trava de segurança. Também por ser um sistema de segurança, é proibida a improvisação da cadeira suspensa. Portanto, o trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao trava-quedas em cabo-guia independente, como mostra a Figura 17. Figura 17 – Cinto de segurança tipo paraquedista ligado ao trava-quedas em cabo-guia independente Crédito: Jefferson Schnaider. 5.1 ANCORAGEM Segundo Garcia (2012), edificaçõescom no mínimo quatro pavimentos, a partir do nível do térreo, ou altura de 12m (doze metros), necessitam ter previsão para a instalação de dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, bem como serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas. 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/25 Na instalação da ancoragem, os pontos de necessitam permanecer dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação. Devem suportar uma carga pontual de 1.200 Kgf (mil e duzentos quilogramas-força). O projeto estrutural da edificação deve prever essa força. Também deve ser constituído com material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de características equivalentes. Os pontos de ancoragem dos cabos de segurança devem ser independentes 5.2 CABOS DE AÇO E CABOS DE FIBRA SINTÉTICA Os cabos de aço utilizados em obras de construção devem estar de acordo com a norma técnica NBR 6327/83 - Cabo de Aço/Usos Gerais da ABNT e não podem ter emendas nem arames (hastes) rompidos que possam vir a comprometer a segurança quando for tracionado o cabo de aço. Da mesma forma que os cabos de aço, Pampalon (2008) recomenda que os cabos de aço e de fibra sintética necessitam ser fixados por meio de dispositivos que previnam seu deslizamento e desgaste. Ou utilizar os cabos de fibra sintética para sustentação cadeira suspensa, ou como cabo- guia para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo paraquedista, que necessitará de alerta visual na cor amarela. Figura 18 – Cabo de fita sintética dotado de alerta visual amarelo 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/25 Crédito: Jefferson Schnaider. Para montagem dos engates dos cabos de aço, estes devem possuir um pequeno laço. Neste laço, é preso um olhal de aço para evitar que o cabo se rompa, pois no nó a resistência do cabo é muito reduzida. Utilizam-se no mínimo 3 grampos em cabos de até 5/8” (Figura 19) (Pampalon, 2008). Figura 19 – Grampos para cabo de até 5/8" Crédito: Jefferson Schnaider. FINALIZANDO 09/03/2023, 19:25 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/25 Nesta aula, procurou-se conhecer os aspectos relativos à prevenção de acidentes do trabalho, como são tratados os acidentes com e sem afastamento, seus aspectos legais e como são encaminhados ao INSS e como ficam os rendimentos do trabalhador, em quais condições é necessária a abertura do CAT, como isso impacta no FAP e o que aborda o NTEP. No âmbito da investigação e controle, foram estudados os conceitos e como são realizadas as investigações de causas dos acidentes, por exemplo, se houve um ato inseguro ou uma condição insegura. Foi visto também o que é o SGSSO e como são feitas as análises e gerenciamento da saúde ocupacional do trabalhador. Na sequência, foi estudado o OHSAS 18001 e suas obrigações para avaliar a segurança e saúde dos trabalhadores. Foi estudado também como são analisadas as formas de dimensionar por meio de fluxogramas de processo. Foram estudados os EPIs e EPCs, bem como suas utilizações e aplicações de forma correta e segura. Sem excessos e sem falta. Além disso, foram vistas quais são as áreas de atuação dos EPCs e EPIs e exemplos de aplicaçoes do EPC. No ultimo tema, estudaram-se as cadeiras suspensas, onde são aplicadas, como é realizado sua ancoragem e como é feita as amarras para engate dos cabos de aço ou de fibra sintética. 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