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35A119 - Segurança do Trabalho na Construção Civil LEITURA DE APOIO

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17/03/2021 10 tipos mais comuns de acidentes na construção civil | Blog da Metroform
https://blog.metroform.com.br/acidentes-na-construcao-civil/ 1/8
10 tipos mais comuns de acidentes na
construção civil
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civil/)
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17/03/2021 10 tipos mais comuns de acidentes na construção civil | Blog da Metroform
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Mesmo com todo o cuidado dispensado, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs)
e equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e outras medidas de segurança adotadas, os
acidentes na construção civil continuam.
Leia também: Quais as medidas a serem tomadas em caso de acidente fatal em uma obra
(../../../../br/com/metroform/blog/acidente-fatal-obra-construcao-civil.html)
Para evitá-los e com o objetivo de zelar pela integridade física e pelas vidas dos trabalhadores
envolvidos, o blog hoje falará sobre os tipos mais comuns de acidentes em canteiros de obras.
Os 10 acidentes na construção civil mais
frequentes
1) Quedas de altura
Uma das principais causas de mortes na construção, a queda de altura pode ser evitada com
algumas dicas de segurança (../../../../br/com/metroform/blog/trabalho-em-altura.html) dadas
anteriormente pelo blog. Além disso, para esse tipo de trabalho é recomendado o uso de EPCs
e EPIs mais resistentes.
2) Queda de objetos
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17/03/2021 10 tipos mais comuns de acidentes na construção civil | Blog da Metroform
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Acidente também bastante comum, é causado, entre outros motivos, por desatenção. Para
evitar que objetos atinjam trabalhadores, é essencial o uso de EPIs e EPCs.
3) Picadas de insetos e animais peçonhentos
Nos canteiros, é comum encontrar mosquitos, cobras, aranhas e escorpiões, entre outros. É
preciso estar atento onde se pisa ou coloca a mão e andar sempre com os EPIs indicados.
Em caso de picada de animal peçonhento, é recomendado lavar o local com água e sabão,
manter a vítima em repouso e levá-la o quanto antes ao serviço de saúde mais próximo.
4) Lesão por Esforço Repetitivo (LER)
Caracterizada pela repetição excessiva de um mesmo movimentos, a LER compromete
principalmente os músculos, nervos e tendões, causando dores e in�amação.
Pode ser evitada a partir da adoção, por parte do empregador, de um programa simples de
saúde ocupacional que estipule pausas regulares e alongamentos, entre outros.
5) Impacto e colisões causadas por veículos
Trabalhadores que dirigem, entre outros, caminhões, tratores e empilhadeiras devem sempre
fazer o uso do cinto de segurança, além de EPIs adequados, a �m de evitar esse tipo de
acidente. A manutenção de veículos em dia também é essencial.
6) Exposição intensa e contínua a ruídos
Pode causar Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) quando o trabalhador é exposto de
forma contínua, por exemplo, a um barulho de 85 decibéis (dB) durante oito horas ao dia.
Para evitar que isso ocorra, a empresa deve colocar em prática os Programas de Conservação
Auditiva (PCA) e disponibilizar aos trabalhadores EPIs como o protetor auricular.
7) Choques elétricos
Em uma obra, apenas os eletricistas estão habilitados a fazer ligações, extensões e proteger as
instalações elétricas. Ainda assim, devem sempre fazer uso dos EPIs necessários.
8) Tombos
Ocorrem por vários motivos, desde escorregões em pisos molhados a corridas desnecessárias.
Para evitá-los, é preciso muito cuidado, olhar por onde anda e organizar os ambientes da
melhor maneira.
9) Distensões Musculares
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17/03/2021 10 tipos mais comuns de acidentes na construção civil | Blog da Metroform
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Podem ocorrer, por exemplo, ao levantar materiais pesados. Ocorrem quando o músculo está
sob grande esforço e podem resultar na ruptura de algumas �bras musculares.
10) Cortes e Lacerações
Provocados geralmente pelo uso incorreto de equipamentos utilizados em obras, também
ocorrem quando o pro�ssional não é devidamente treinado para operar determinada
máquina. O fornecimento de treinamento adequado é fundamental para evitar esse tipo de
acidente.
Hoje o assunto do blog foram os 10 tipos mais comuns de acidentes na construção civil. Você
tem alguma outra dica para evitá-los? Escreva nos comentários abaixo!
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A SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA GRUA NA CONSTRUÇÃO DO EDIFÍCIO 
 
 
Jaqueline Barreto Engel* 
Emerson de A. M. Ferreira** 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho avalia o grau de atendimento de obras que utilizam gruas, em relação aos aspetos de 
segurança de acordo com a Norma Regulamentadora – NR18, no que diz respeito à montagem, 
operação, manutenção e desmontagem de gruas de base fixa em canteiro de obras de edificações na 
cidade de Salvador. A metodologia utilizada compreende uma revisão de literatura, abrangendo 
pesquisas em artigos, teses, livros, notícias e na legislação vigente, através de bibliotecas e internet, para 
busca do conhecimento do funcionamento e acidentes relacionados com o equipamento. Além disso, foi 
feita uma pesquisa de campo com aplicação de um questionário, nas obras que utilizam gruas no 
período, de setembro a novembro de 2008, compreendendo mapeamento, registro fotográfico e entrevista 
em obras selecionadas. Os resultados obtidos através da análise do questionário contemplam a 
identificação das exigências para a segurança com uso de gruas, mais atendidas e menos atendidas, 
além de propostas e recomendações para melhorias no canteiro de obras. 
 
Palavras-chave: Grua; Segurança; Canteiro de obras; NR18; Acidentes. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Atualmente o crescimento na construção civil vem aumentando significativamente com a 
demanda por moradias nas cidades do porte de Salvador, impondo um forte ritmo de produção 
das construtoras com a verticalização das habitações nas grandes metrópoles. Com isso, tem-se 
exigido cada vez mais o uso de equipamentos eficientes e capazes de atender aos curtos prazos 
impostos à execução das obras. 
 
Nesse contexto são necessários equipamentos que façam transporte vertical e transporte 
horizontal para movimentação de grandes cargas. O guindaste de torre, mais conhecido como 
grua, é um equipamento composto desses dois movimentos (vertical e horizontal), permite 
aumento de produtividade. Existem guindastes de torre com lança horizontal que dispõem de 
formas de movimentações específicas, classificadas em fixas ou estacionárias; ascensionais e 
móveis sobre trilhos. 
 
Dados tirados da Wikipedia mostram que os primeiros guindastes foram inventados na 
Idade Antiga pelos gregos e eram movidos por homens e/ou animais de carga (como os burros). 
Esses guindastes eram usados para construção de edifícios altos. Guindastes maiores foram 
desenvolvidos posteriormente, usando engrenagens movidas por tração humana, permitindo a 
elevação de cargas mais pesadas. 
__________________________ 
Jaqueline Barreto Engel* 
Graduanda no Curso de Engenharia Civil 
Universidade Católica do Salvador 
E-mail: jaquelinengel@hotmail.com – Autora 
 
Prof. Dr. Emerson de Andrade Marques Ferreira** 
Departamento de Construção e Estruturas 
Universidade Federal da Bahia 
E-mail: emerson@ufba.br – Orientador 
 2
Os guindastes atuais, mais usados em Salvador, são de torre fixa chumbada numa base de 
concreto (Figura 1) e compostos por uma torre que sustenta uma treliça metálica (lança) 
horizontal, com cabos e polias que içam a carga através do gancho de levantamento. A treliça 
metálica possui movimento circular, nela o trole tem movimentações horizontais, esse 
movimento é obtido por meio de um sistema de cabos e polias localizado na parte inferior da 
lança (existe casos que é necessário instalar um limitador de giro). O mecanismo de suspensão 
(gancho) oferece grande mobilidade para realizar as operações, porque tanto pode ser erguido ou 
baixado em comprimentos distintos. O contrapeso é posicionado na contra-lança que se encontra 
na extremidade, cerca de três vezes menor que a lança, no sentido oposto. Algumas gruas 
possuem cabine de comando que pode estar localizada no conjunto superior. A capacidade de 
carga aumenta à medida que o trole trabalha mais próximo da torre central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 01. Grua fixa, com seus elementos destacados. 
Fonte: SOBES, 2008. 
 
Este equipamento pode atender às exigências de curto prazo, quando se faz um 
planejamento bem elaborado, com estudo de recebimentos e movimentações de cargas e 
materiais, além da disposição do canteiro de obra, por critérios logísticos, para o aproveitamento 
máximo da grua. Quando esse planejamento não é feito, a utilização da grua pode perder seus 
benefícios, podendo inclusive chegar a ser desnecessária. 
 
Quando se procura entender o funcionamento da grua, é fácil perceber a potencialidade 
de ocorrência de um acidente. Sua má utilização coloca em risco a segurança dos trabalhadores, 
riscos que ocorrem dede a instalação até a desmontagem, passando pela utilização e manutenção. 
 
A divulgação de notícias sobre acidentes com grua, com a possibilidade de acidente fatal, 
foi o fator motivador para a realização do estudo. Buscou-se verificar as recomendações de 
normas para o uso desse tipo de equipamento e o grau de atendimento com relação aos aspectos 
de segurança. 
 
Para avaliação da segurança no uso da grua foi elaborado um questionário, aplicado em 
obras na cidade de Salvador que utilizam o equipamento. O questionário obtém resposta fechada, 
“SIM”, “NÃO” e “N.A.”, com isso, foi possível entender a logística do canteiro na utilização da 
grua, com suas restrições e especificidade (detalhes). Existe também um campo para 
observações, no qual o entrevistado pode mostrar o ponto de vista com relação à grua sobre 
aspectos apontados. Em conjunto com a aplicação do questionário, foi obtido um acervo 
fotográfico e um mapeamento das obras com GPS. 
 3
O questionário serviu para coletar informações e contribuir para um maior 
enriquecimento acerca dos perigos iminentes nas obras com grua. Além de detectar, quais os 
itens que não são cumpridos atualmente pelas obras de acordo com NR18. Com o resultado da 
pesquisa, pôde-se comparar a falta de atendimento de itens da norma em algumas obras e outras 
que eram atendidas, e mostrar que é possível o cumprimento de quase todos os itens. 
 
 
2. MÉTODO DE PESQUISA 
 
2.1. Levantamento bibliográfico / conhecimento da norma 
 
Esta primeira etapa consiste em levantar informações sobre os principais tipos de grua, 
dados referentes ao funcionamento da grua, características, modelos e movimentos executados 
pela mesma, recomendações e exigências do fabricante para montagem / desmontagem, operação 
e manutenção além, é claro, das normas brasileiras e legislação que regem o uso da grua. As 
informações foram extraídas de livros, revistas, artigos técnicos, trabalhos acadêmicos e 
principalmente de manuais. 
 
Visa conhecimento do objeto em estudo e servirá de base para o desenvolvimentodo 
instrumento de pesquisa (questionário) e posterior avaliação dos resultados obtidos. Merecendo 
enfoque na norma NR18, no item, 18.14 - Movimentação e transporte de materiais e pessoas; e o 
item 18.14.24 - Gruas; fazendo um comparativo com a realidade, onde serão coletados dados de 
obras entre setembro e novembro de 2008. 
 
2.2. Levantamento de acidentes envolvendo grua 
 
O objetivo para a realização do levantamento foi obter um maior conhecimento dos 
acidentes relacionados com a grua no mundo inteiro, através das principais fontes, notícias em 
internet, jornais e revistas, no período entre 1999 e 2008. Após obter um embasamento teórico 
sobre acidentes com grua, realizou-se a pesquisa de campo. 
 
Atualmente no mercado de Salvador existem três empresas que fornecem grua como 
aluguel e/ou venda, mas algumas empresas construtoras já possuem seus próprios equipamentos. 
Essa informação facilita a identificação, pois as gruas são distinguidas pela cor, modelo e 
acessórios, montando uma listagem das obras de múltiplos andares, para possíveis visitas e para 
aplicação do questionário. 
 
2.3. Questionário 
 
O instrumento de pesquisa foi elaborado com base na norma e recomendações do 
fabricante. Um questionário com 64 questões fechadas, isto é, com resposta: “Sim”, “Não”, “Não 
Se Aplica”, a fim de que a asserção se referisse a um aspecto positivo que o item deveria possuir, 
permitiu o levantamento de informações que levem a apuração do cumprimento da norma. 
 
A escolha da metodologia visa à facilidade de preenchimento do questionário. Algumas 
afirmações apresentadas possibilitam a verificação visual da conformidade ou não com a norma, 
dispensando assim consultas ao questionário inteiro, existindo campos para registros de 
observações quando necessário. O questionário é composto de três subitens: instalação, operação 
e manutenção, sendo aplicado ao engenheiro, mestre, operador, técnico de segurança ou 
estagiário, nas obras selecionadas. 
 
 4
Com a ajuda das empresas fornecedoras de grua, de profissionais do setor, além da 
observação visual, pôde-se listar as obras para a pesquisa, as quais foram contactadas e aplicado 
o questionário apenas naquelas em que se obteve permissão da empresa. Após a listagem das 
obras, foi realizado um agrupamento por localização a fim de facilitar a visita da pesquisadora. 
Na aplicação do questionário foi fundamental o esclarecimento para as construtoras entrevistadas 
do objetivo da análise e do sigilo do nome da empresa. 
 
No questionário, a primeira folha possui espaço para o preenchimento referente à 
caracterização da obra, características essas que não aparecerão no transcorrer do trabalho e 
visam apenas à organização da pesquisa. A identificação das obras foi realizada através de 
números algébricos, baseados na ordem de visita, facilitando para possíveis comentários. 
 
2.4. Pesquisa de campo 
 
A pesquisa de campo consiste na coleta de dados que possam servir de base para o 
estudo. A atividade principal nesta etapa é a aplicação do questionário, com itens relacionados 
com o uso da grua, visando assim evidenciar aspectos de segurança que servirão para análise 
futura. Ele foi aplicado em 15 obras de Salvador, entre os meses de setembro e novembro de 
2008. 
 
Nessa etapa foram também observados os seguintes pontos: a) quais as ações adotadas 
por parte das empresas para a prevenção de acidentes, mostrando as medidas de proteção para 
resguardar o trabalhador; b) a existência ou não de treinamentos; e c) qual a eficiência do 
treinamento. 
 
2.4.1. Registro fotográfico 
 
Para a apresentação dos resultados do diagnóstico foi obtido registro visual da situação 
encontrada, sendo utilizadas tanto filmagens quanto fotografias. O registro fotográfico é 
suficiente quando se observa a instalação da grua, como ancoragens, passagens e o estado em si 
do equipamento. Já a filmagem é mais usada quando o equipamento está em funcionamento, pois 
foram observadas movimentações de cargas sob pessoas e suspensão da carga com giro ao 
mesmo tempo. 
 
Uma vez no canteiro é comum que o observador fique em dúvida sobre o que fotografar 
e, em consequência, deixe de registrar importantes aspectos. Para evitar este problema, foi 
elaborada uma listagem dos principais pontos que deveriam ser fotografados, escolhidos com 
base na importância para atendimento da segurança e recomendações. A listagem é composta por 
dez itens, quais sejam: 
 
a) Ancoragem; 
b) Passarela para torre; 
c) Identificação dos limites de carga na lança (se houver); 
d) Posicionamento da grua no canteiro; 
e) Localização próxima de fios de alta tensão (se houver); 
f) Lança; 
g) Contra-peso; 
h) Cabine (se houver); 
i) Transporte de material; 
j) Montagem/desmontagem. 
 
 5
Tanto as fotografias, quanto as filmagens, desempenham um papel fundamental como 
instrumento de apoio à argumentação, visto que apenas a lembrança e recordação das visitas 
podem gerar erros, além do questionário. Já as fotos servem para enfatizar, usando-as o 
diagnóstico será mais verídico. 
 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Apresentam-se neste capítulo os principais aspectos sobre a utilização e funcionamento 
da grua. Para gruas fixas que são montadas sempre na área externa da obra, fixada em base de 
concreto, vantagens só podem existir com o uso adequado, através de estudos da logística do 
canteiro, programação da locação e desmontagem, além das interferências na fachada dos 
edifícios (LEAL, 2008). 
 
Nas obras que fazem uso de gruas é fundamental a presença de documentação e conteúdo 
programático com assuntos para um treinamento dos operadores de grua e sinaleiro/amarrador de 
cargas observando: 
 
• O que é uma grua. 
• Como funciona uma grua. 
• Montagem e instalação de gruas. 
• Como operar uma grua. 
• Como sinalizar operações com gruas. 
• Como amarrar cargas 
• Sistema de segurança 
• Legislação e Normas Regulamentadoras – NR18, NR06, NR05 e NR17. 
• Glossário com as principais palavras específicas de grua. 
 
Na Norma Regulamentadora – NR 18, o item, 18.14.3 estabelece que: “No transporte 
vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida a circulação ou 
permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma isolada e 
sinalizada. (118.260-9 / I3)”. A falta de segurança é constante por conta da movimentação da 
grua, onde são possíveis os movimentos livres, horizontais e verticais, em todo o espaço térreo e 
aéreo e por conta da necessidade de trajetos diferentes em um curto espaço de tempo. Na norma, 
este item não está direcionado para gruas, mas desde que a funcionalidade da mesma permite, 
deve ser atendido por esse equipamento também. 
 
A utilização da grua deve atender aos requisitos da norma NR18, especificamente ao item 
18.14.24 Gruas, o qual aponta que o equipamento deve dispor obrigatoriamente dos seguintes 
itens de segurança: 
 
a) Limitador de momento máximo; 
b) Limitador de carga máxima para bloqueio do dispositivo de elevação; 
c) Limitador de fim de curso para o carro da lança nas duas extremidades; 
d) Limitador de altura que permita frenagem segura para o moitão; 
e) Alarme sonoro para ser acionado pelo operador em situações de risco e 
alerta, bem como de acionamento automático, quando o limitador de carga 
ou momento estiver atuando; 
f) Placas indicativas de carga admissível ao longo da lança, conforme 
especificado pelo fabricante; 
g) Luz de obstáculo (lâmpada piloto); 
h) Trava de segurança no gancho do moitão; 
 6
i) Cabos-guia para fixação do cabo de segurança para acesso à torre, lança e 
contra-lança; 
j) Limitador de giro, quando a grua não dispuser de coletor elétrico; 
k) Anemômetro; 
l) Dispositivo instalado nas polias que impeça o escape acidental do cabo de 
aço; 
m) Proteção contra a incidência de raios solares para a cabine do operador 
conforme disposto no item 18.22.4 desta NR; 
n) Limitador de curso para o movimento de translação de gruas instaladas sobre 
trilhos;o) Guarda-corpo, corrimão e rodapé nas transposições de superfície; 
p) Escadas fixas conforme disposto no item 18.12.5.10 desta NR; 
q) Limitadores de curso para o movimento da lança – item obrigatório para 
gruas de lança móvel ou retrátil. 
 
Além de itens obrigatórios que a grua deve dispor, existem normas e instruções de 
segurança que são disponibilizadas pelo fabricante do equipamento para a operação. Nessas 
instruções, geralmente, são explicados o funcionamento, a montagem e desmontagem das gruas. 
Gerolla (2008) apresenta “dicas” para trabalhar com gruas no canteiro sem comprometer a 
segurança dos trabalhadores e chama atenção para a necessidade de se estar reciclando o 
conhecimento para a utilização desse tipo de equipamento. 
 
Segundo Sampaio (1998), a necessidade de conhecimento também existe para aplicação 
da NR18 e normas de segurança, contribuindo para um melhor planejamento no uso da grua. 
Esse equipamento possui liberdade de movimentação em um raio de 30 a 40 metros com torres 
que podem chegar até 130 metros, por conta dessa liberdade, isolar determinados locais para 
movimentações de cargas, significa perder a eficiência do equipamento. 
 
Na prática, as movimentações são ocasionais, isto é, são realizados transportes para locais 
distintos, percorrendo diferentes trajetos no canteiro. Por exemplo: em um mesmo dia pode-se 
existir a necessidade de transportar aço para a laje do edifício, transportar argamassa para um 
determinado andar e ainda descarregar blocos paletizados. 
 
Para atender ao subitem 18.14.3 da NR18, onde se lê: “é proibida a circulação ou 
permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma isolada e 
sinalizada”, deve ser feita no momento da movimentação apenas. Isso se torna complicado 
quando se tem um canteiro muito grande, por conta de diversas movimentações diárias. Mas, 
essa norma é facilmente atendida em indústrias, por possuir itinerários fixos (rotas de transportes 
suspensos), tornando obrigatória a proteção devida nos locais de movimentações. Daí, a 
necessidade de uma programação da logística do canteiro em obras. 
 
Além da difícil adaptação da norma na construção, é constante a necessidade do 
aprofundamento do conhecimento dos riscos que a grua oferece, o qual pode ser feito através de 
treinamentos para quem trabalha dentro da obra. Em especial com o operador, que deve ser 
qualificado para tal serviço, conhecendo o funcionamento, as limitações da utilização do 
equipamento, como a carga máxima na ponta, o comprimento da lança, limitações no giro da 
lança e condições de trabalho com a mesma. 
 
Nas imagens da Figura 02 seguinte, pode-se observar áreas de prevenção de acidentes, 
como: passarela segura de acesso à torre, escada de marinheiro na torre e vias de circulação 
definidas, respectivamente; obedecendo as recomendações da legislação. 
 
 7
 
Figura 02. Imagens exemplares de precaução de acidentes. 
Fonte: Própria autora e Gianfranco (2008). 
 
As interferências com o uso da grua na edificação devem ser objeto de análise técnica, 
por profissional habilitado, dentro do plano de cargas, com distâncias inferiores a três metros, 
como também sobre a área de cobertura da grua e interferência além do limite da obra. Por causa 
disso, o plano de cargas deve existir em obras que possuem o objeto em estudo. 
 
 
4. ACIDENTES COM USO DE GRUA 
 
Acidente é todo e qualquer evento não desejado e não planejado que resulta danos às 
pessoas, à propriedade ou que cause perda de produção. Já incidente é a possibilidade de causar 
um acidente, são fatores que podem gerar e que devem ser evitados a todo custo. Acidentes 
acontecem quando não há preocupação com a segurança, ou melhor, quando não é feita a 
segurança dos trabalhadores. 
 
Para Pampalon (2008), os principais tipos de acidentes com vítima ocorridos nos últimos 
tempos foram com relação à montagem e operação da grua, acidentes com operário que cai da 
grua e também desabamento da própria grua. Algumas reportagens não esclarecem motivos de 
acidentes, mas em uma das reportagens do IOL Diário – 2008, um inquérito da agência 
Associated Press (AP) apurou que as normas internacionais para as operações com gruas variam 
de cidade para cidade e algumas não têm qualquer norma sobre a sua utilização e construção. 
Isso mostra a falta de prevenção de acidentes e conhecimento desses equipamentos. 
 
Na Figura 03, a imagem chocante de acidente fatal em São Paulo, apresentada na matéria 
“Corpos de operários mortos em acidente com grua são liberados em São Paulo”, do informativo 
Último Segundo, de 26 de junho de 2008. 
 
 
 Figura 03. Corpo de operário morto em acidente com grua em SP. 
 Fonte: Último Segundo (2008). 
 8
Em São Paulo, outro acidente com a grua divulgado no jornal Folha de São Paulo de 29 
de março de 2008, apresenta como causa o excesso de carga no transporte. A notícia mostra que 
um carrinho com aproximadamente 40 kg despencou de uma altura de 92 metros do prédio em 
obras na Avenida Paulista em 1999, atingindo uma estudante que passava pela calçada, fora da 
obra. O objeto era transportado irregularmente, desobedecendo às normas de segurança, pois o 
carrinho havia sido colocado sobre outros objetos, para economizar uma nova viagem de uma 
caçamba erguida pela grua. O marido da estudante será indenizado pela construtora e pela 
locadora da grua. A intenção da notícia apresentada pela Folha de S. Paulo é mostrar que, só 
depois de três anos, o marido receberá uma indenização pela morte da esposa, o qual avalia que 
os R$ 150 mil é uma quantia irrisória em relação ao poder aquisitivo da empresa. Apesar do foco 
da reportagem não ser a falta de segurança na utilização da grua, a imprudência na utilização e 
operação deste equipamento fica evidenciada. 
 
Podem acontecer acidentes com a utilização da grua por causa de excesso de carga no 
transporte de materiais, em condições desfavoráveis (como ocorrências de ventos com 
velocidade superior a 42 km/h), utilização do equipamento sem verificar sua integridade física 
(condições de uso), implantação do equipamento próximo de cabos de alta tensão e, 
principalmente, por displicência dos responsáveis pela manutenção. 
 
Acidentes como esses poderiam e podem ser evitados se as normas fossem obedecidas. A 
grua pode oferecer riscos de acidentes, o que às vezes não é percebido pela convivência com o 
equipamento e, com o costume, os riscos aumentam. Por isso, deve-se pensar em soluções em 
que o uso da grua tenha os riscos, minimizados, ou melhor, controlados. Com um planejamento 
bem elaborado do movimento da grua, com as devidas sinalizações nos percursos, previamente 
definidas, se pode evitar um dos tipos possíveis de acidentes: o de queda de materiais, como 
observado no Plano de Cargas (Anexo III – NR18). 
 
Em alguns casos, o acidente pode ser relativo à queda – desabamento – da própria grua, 
como se pode ver na Figura 04 – foto 1, quando uma caiu na calçada atingindo um carro; na foto 
2, em pleno centro de Nova York, a grua caiu matando duas pessoas e deixando um trabalhador 
gravemente ferido (AGÊNCIAS REUTERS, 2008). A última foto faz referência a um acidente 
em São Paulo, quando caíram as hastes da grua, matando quatro pessoas e deixando um ferido. 
 
 
 Figura 04. Imagens de acidente com a utilização do guindaste. 
 Fonte: Composição de imagens da internet - Pampalon (2008), Agências Reuters (2008), Último Segundo (2008). 
 
 
5. RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO 
 
Durante a pesquisa de campo foram observadas algumas situações de risco com a 
utilização desse equipamento. As causas mais recorrentes de acidentes, resultado da pesquisa de 
acidentes com grua no mundo, estão relacionados com a montagem. Na Figura 05, a primeira 
foto é de uma montagem, na sequência, uma ancoragem sem proteção por onde o operador tem 
 9
acesso à torre da grua e por fim, a movimentação de aço na laje, em cima das pessoas que nela 
trabalham. Essa sequênciade fotos retrata os maiores riscos de acidentes com a utilização de 
guindastes. Para esse tipo de movimentação de cargas, material que são transportados para uso 
imediato, é necessário apenas uma pessoa para trabalhar guiando o trajeto dos materiais, sendo 
uma pessoa treinada e habilitada pra tal função, sem pôr em risco todos os trabalhadores. 
 
 
Figura 05. Imagens na utilização da grua com risco de acidente. 
Fonte: Composição de imagens registradas durante a pesquisa. 
 
O item 18.14.24.8.2 da Norma explicita de forma objetiva que: “Não é permitida a 
presença de pessoas no interior da torre da grua durante o acionamento do sistema hidráulico”. 
No entanto, observa-se na primeira foto uma telescopagem para desmontagem, em cuja manobra 
o operário permanece na torre durante a operação hidráulica, correndo riscos e infringindo a 
recomendação deste item da norma. Os riscos de um acidente durante o acionamento hidráulico 
podem ser de grandes proporções, porque existe a possibilidade de queda da estrutura acima do 
macaco hidráulico, composto pela lança, conta-lança, contra-pesos, quadro elétrico (em alguns 
modelos) e cabine (em alguns modelos), bem como o próprio funcionário que se encontra na 
parte da estrutura. 
 
 
5.1 Imagens de obras visitadas 
 
Foram fotografadas e registradas 32 obras, nomeadas de Obra1 a Obra 32 por ordem de 
visita. O questionário foi aplicado em 15 obras, não sendo possível a aplicação do questionário 
na totalidade, por não terem sido liberadas pelas empresas. Na figura 06, imagem de obras que 
usam a grua em Salvador, observa-se o crescimento da utilização desses equipamentos. 
 
Figura 06. Imagem das construções em outubro de 2008 em Salvador. 
Fonte: Própria autora. 
 10
Na figura 07, a primeira foto da obra 6, mostra a desmontagem da grua, no momento da 
retirada da lança por um guincho. Na segunda foto na obra 5, uma passarela sem segurança é 
observada, situação de risco para o operador. 
 
Figura 07. Imagens de desmontagem e passarela para grua. 
Fonte: Própria autora. 
 
Na foto da obra 14 são percebidos itens obrigatórios de segurança, como a luz de topo e 
passarela segura para a torre metálica da grua. A cabine para telescopagem, isto é, para 
introdução de elementos para aumentar a altura da grua é observado. Já a foto da obra 18, a grua 
possui cabine protegida contra raios solares atendendo as normas, Figura 08. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 08. Imagens de gruas das obras 14 e 18. 
 Fonte: Própria autora. 
 
De acordo com as recomendações, as gruas devem possuir ao longo da lança placas 
indicativas de carga admissível, conforme especificado pelo fabricante, inclusive na ponta 
(figura 09). Além das placas, o operador deve possuir noção dos pesos dos materiais e até onde 
podem ir as cargas; a grua deve possuir sistema de limitador de momento máximo; de carga 
máxima para bloqueio do dispositivo de elevação; de fim de curso para o carro da lança nas duas 
extremidades e de altura que permita frenagem segura para o moitão. 
 11
 Figura 09. Imagem da lança da grua da obra 8 com placas de carga máxima. 
 Fonte: Própria autora. 
 
A imagem da figura 10 é referente à colocação da cabine para telescopagem de 
elementos, no momento da inserção na torre da grua na obra 31 e a outra imagem é na obra 10, 
onde a grua estava em operação, movimentando um palet de bloco. Nesta última, pode-se 
observar a proximidade do equipamento dos cabos de energia da rua, um fator de risco, que 
poderia ser evitado observando as medidas preventivas relativas ao limitador de movimento. 
Figura 10. Imagens da obra 31 e obra 10. 
Fonte: Tirada pela autora. 
 
Poucas obras possuem o anemômetro nas gruas e, das poucas que possuem, muitas estão 
com esse equipamento desativado, justificando-se a desativação como um mecanismo de pouca 
importância. Na figura 11 é possível a identificação do item obrigatório de segurança na obra 14. 
 
 
 12
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 11. Anemômetro na grua da obra 14. 
 Fonte: Própria autora. 
 
5.2 Análise do questionário 
 
O enfoque maior foi dado no questionário para obtenção de dados reais e atuais, afim de 
se observar se os possíveis acidentes estão relacionados a fatores que podem ser atribuídos a 
instalação (montagem/desmontagem), utilização e manutenção. Com todos os itens do 
questionário devidamente preenchidos, foi possível a contagem de 28 itens totalmente atendidos, 
33 parcialmente atendidos e 3 itens que não são atendidos nas obras, como se observa no Gráfico 
01. Os itens que foram respondidos como “não se aplica” ganha pontuação nula prevalecendo as 
outras respostas. No gráfico de “pizza” se percebe que apenas 5% dos itens não foram atendidos 
e que 51 % foram parcialmente atendidos considerando que quando acontece de pontuar ao 
menos uma resposta “sim”, é possível o atendimento do item. 
 
Esse gráfico merece uma maior atenção nos itens que não foram atendidos em nenhuma 
das 15 obras visitadas, fazendo com que se pense em soluções para o cumprimento dessas 
recomendações. Observando quais as dificuldades encontradas na pesquisa de campo, 
dificuldades em geral, porque foi unânime o resultado de não atendimento em determinados 
itens. 
 
 Gráfico 01. Análise dos percentuais dos itens 
 
 
Como o questionário foi elaborado em três grandes grupos, a análise de itens por 
atendimento ficou muito abrangente, perdendo a real noção dos resultados. Então a estratégia foi 
 13
de uma análise de itens por categoria – instalação/montagem, operação e manutenção. O 
resultado pode ser observado no Gráfico 02. Nas categorias de instalação e operação boa parte de 
itens são atendidos, numa ordem decrescente que vai de itens totalmente atendidos a itens não 
atendidos. O gráfico indica que na operação se concentra a maior parte dos itens não atendidos. 
A partir disso, conclui-se que o maior risco de acidentes é na operação. 
 
Atualmente os acidentes mais graves, que envolvem mortes e feridos, são na categoria de 
montagem e, posteriormente, na utilização, juntamente com a falta de manutenção. Todas as 
categorias são relevantes pela sua importância, para a prevenção de acidentes, principalmente, no 
cumprimento de todos os itens referentes às categorias. 
 
 Gráfico 02. Análise de tens por categoria. 
Análise de itens por categoria
0
5
10
15
20
25
Instalação
(Montagem /
Desmontagem)
Operação Manuntenção
Itens totalmente
atendidos
Itens parcialmente
atendidos
Itens não atendidos
 
 
A seguir são apresentadas as tabelas, que foram usadas como questionário para a pesquisa 
de campo. Com espaços de preenchimento unitário, isto é, cada asserção tem apenas uma 
resposta, foi feita a pontuação referente a todos os questionários aplicados. 
 
A Tabela 01 mostra resultados que atendem aos aspectos de segurança, pois a maioria das 
afirmações é certificada. Apenas o item “A.4” não foi atendido nas obras visitadas, sendo 
justificada pelas empresas construtoras de que houve um aterramento na grua, não existindo a 
necessidade de um pára-raios, já que a própria estrutura da grua, que é composta por uma torre 
metálica serve como um. Mesmo não tendo dados de ocorrência de acidente na montagem e 
desmontagem em Salvador, deve-se atentar para continuar prevenindo, porque é a categoria que 
mais tem acidentes no mundo. 
 
Tabela 01. Instalação (Montagem / Desmontagem) 
A) INSTALAÇÃO (MONTAGEM / DESMONTAGEM) SIM NÃO Não se aplica 
A.1) A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estão afastados no mínimo 3,0 m de qualquer obstáculo. 12 3 0 
A.2) A ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estão afastados da rede elétrica 
Estime o afastamento, em metros: ____________ 10 4 1 
A.3) Os fios elétricos possuem isolamento,caso a ponta da lança e o cabo de aço de sustentação estejam 
próximos da rede elétrica. 9 4 2 
A.4) A grua possui pára-raios e aterramento. 0 15 0 
A.5) Não houve acidente na montagem ou desmontagem. Relate caso ocorrido. 15 0 0 
A.6) A grua de base fixa está montada sobre um chumbador fixado numa base de concreto. 15 0 0 
A.7) Durante a montagem, foi efetuada aterramento da estrutura, com cabos elétricos de tamanho adequado. 15 0 0 
A.8) Durante a desmontagem se desliga o interruptor geral, botoeira e a tomada de alimentação do painel elétrico 
secundário e principal. 15 0 0 
A.9) Retira-se os pesos da contra-lança antes de desmontá-la. 15 0 0 
A.10) A lança possuem placas visíveis na grua e indicadas com o valor das cargas máximas. 15 0 0 
 14
Depois da instalação da grua, deve-se observar seu perfeito funcionamento obedecendo 
aos requisitos estabelecidos pelas Normas. É necessário também estar de acordo com as 
recomendações do fabricante, de modo a obter garantia de segurança na operação. Portanto, a 
Tabela 02 visa um aprofundamento sobre o conhecimento do operador em relação ao 
equipamento que ele trabalha. 
 
O exame psicotécnico não foi realizado em nenhuma obra, o critério usado para avaliar a 
resposta com “sim”, foi a realização do exame admissional médico. Outro item que é relevante 
da investigação, é a verificação diária do prumo, pois este é notado apenas quando não se precisa 
de prumo para se constatar que a grua não está perpendicular ao solo. Por fim, a documentação 
que acompanha a grua, bem como o conhecimento dos principais mecanismos deve ser posse do 
operador, que necessita ser treinado para tal. 
 
Tabela 02. Operação (Operador) 
B) OPERAÇÃO 
SIM NÃO
Não 
se 
aplica B.1) OPERADOR 
B.1.1) Operador tem idade mínima de 18 anos. 15 0 0 
B.1.2) Foi submetido a exame admissional médico e psicotécnico antes da sua nomeação. 11 4 0 
B.1.3) Possui noções elementares de eletromecânica. 7 8 0 
B.1.4) Sabe os principais mecanismos e interpreta a documentação que acompanha a grua. 6 9 0 
B.1.5) Verifica diariamente o prumo da grua. 1 14 0 
B.1.6) Verifica os níveis de óleo dos redutores e conhece os pontos de lubrificação. 14 1 0 
B.1.7) Teve treinamento especifico de operação. 11 4 0 
B.1.8) Operador e pessoal auxiliar usam capacete de segurança em todo o momento. 15 0 0 
B.1.9) Usa luvas de raspa ao manusear cabos ou outros elementos ásperos ou cortantes. 15 0 0 
B.1.10) Cinturão de segurança (tipo pára-quedista), em todos os trabalhos de conservação, ancorados em pontos 
sólidos da estrutura da torre ou lança. 15 0 0 
B.1.11) Trabalhador qualificado, com função anotada em carteira de trabalho. 15 0 0 
B.1.12) Manobras de movimentação devem ser executadas por meio de códigos de sinais convencionais (NR-18) 14 1 0 
B.1.13) Quando o local de lançamento de concreto não for visível pelo operador do equipamento de transporte, deve 
ser utilizado um sistema de sinalização, sonora ou visual, e, quando isso não for possível deve haver comunicação 
por telefone ou radio para determinar o inicio e o fim do transporte. 
15 0 0 
 
A tabela 3 foi elaborada, para que a asseveração fosse respondida apenas com base na 
observação da utilização da grua durante a visita, bem com para resposta do operador. Na Tabela 
03, os itens foram preparados com base na norma e manual de instruções e a partir desta tabela a 
resposta “não se aplica” será apontada, isto porque as afirmações dependem muito da fase e 
características da obra e, na maioria delas, a grua não tinha sido desmontada, como também, não 
havia ocorrido o içamento de palet. 
 
Tabela 03. Operação (Utilização) 
B.2) UTILIZAÇÃO SIM NÃO
Não 
se 
aplica 
B.2.1) É proibido recolher cargas fora do alcance da grua ou utilizar a grua para fazer trações oblíquas de qualquer 
tipo. 14 1 0 
B.2.2) Não se remove cargas que tenham aderido ao solo ou estejam com qualquer tipo de fixação. 13 2 0 
B.2.3) Não se balança cargas para depositá-las fora do alcance da grua. 15 0 0 
B.2.4) Não se eleva ou desce cargas superiores às especificadas nas características da grua. 15 0 0 
B.2.5) A grua tem mecanismo de segurança contra sobrecarga. 15 0 0 
B.2.6) Não se transporta pessoal com a grua. 15 0 0 
B.2.7) Não se passa cargas por cima das pessoas sem as devidas precauções. 11 4 0 
B.2.8) Não se inverte a marcha dos motores antes da sua paragem normal para se conseguir paragens mais rápidas. 14 0 1 
B.2.9) É proibido introduzir alterações ou, sem prévio acordo do fabricante, usar peças de substituição que não 
sejam originais. 10 1 4 
 15
B.2.10) Não se viola os lacres existentes nos dispositivos de segurança (limitadores, fins de curso, etc.). Em 
circunstância alguma deverão ser neutralizados, pois a eles se deve grande parte da segurança do equipamento. 11 0 4 
B.2.11) Não trabalhar com grua sob ventos excessivos (superiores a 72 km/h) ou na iminência de tempestades, 
possíveis de provocar descargas elétricas. 5 0 10 
B.2.12) Se houver ventos fortes, deve-se ser instalado um anemômetro, com sinal acústico para 42 Km/h, cortando 
a corrente elétrica a 72 Km/h. 3 7 5 
B.2.13) A grua possui sinal sonoro que é acionado pelo operador sempre que houver movimentação de carga. 12 3 0 
B.2.14) Existe um sistema em que a corrente elétrica deve ser cortada se for necessária atuar nos componentes 
elétricos da grua. 15 0 0 
B.2.15) Existem áreas de cargas / descargas que são delimitadas (guarda-corpo, pintura, cavalete, etc.). 4 11 0 
B.2.16) O trajeto a ser percorrido pela lança da grua é isolado, para que, em momento algum, as pessoas fiquem 
sob a carga (NR-18). 0 15 0 
B.2.17) O local de trabalho no canteiro onde a grua passa está perfeitamente delimitado e sinalizado. 0 15 0 
B.2.18) A carga é observada em todo o momento durante o seu transporte. 12 3 0 
B.2.19) Durante as operações de conservação das gruas, as ferramentas são transportadas em bolsas adequadas. 3 8 4 
B.2.20) O gancho de içamento dispõe de limitador de subida, para evitar o descarrilamento do carrinho. 14 1 0 
B.2.21) O gancho é dotado de trava de segurança em perfeito estado. 13 2 0 
B.2.22) O contrapeso de concreto está bem protegido e devem ser evitados os deslocamentos. 15 0 0 
B.2.23) As plataformas para elevação de material cerâmico tem rodapé de 20 cm, e carga colocada bem distribuída, 
para evitar a queda. 9 0 6 
B.2.24) Para elevar palet, serão necessárias estilingas simétricas por debaixo da plataforma de madeira. Nunca deve 
ser conectado o gancho da grua sobre o aro de fechamento do palet. 13 0 2 
B.2.25) Manobra de elevação da carga deve ser lenta, de maneira que, se o operador detectar algum problema, deve 
depositar a carga no local original imediatamente. 15 0 0 
B.2.26) Movimentos da grua são feitos por intermédio de botoeira e realizados por pessoa habilitada e competente, 
auxiliada por sinalizador. 14 0 1 
B.2.27) Existem passagens segura nos andares de ancoragens da grua. 15 0 0 
 
É merecido destaque para dois itens da Tabela 03, no que se refere a execução da NR18. 
O primeiro item é “B.2.16”, a princípio de difícil execução, tendo em vista a mobilidade que o 
equipamento oferece e a necessidade de transportes simultâneos, por não haver um estudo da 
disposição do canteiro. O segundo item é complementar do primeiro, “B.2.17”. 
 
Na Figura 12, é visto um exemplo de que é perfeitamente possível instalar vias de 
acessos, delimitada e sinalizada, com isso, o trajeto fica isolado e a lança percorre com 
movimentação das cargas sem provocar situações de risco. 
 
 
 Figura 12. Vias de circulação delimitada e sinalizada. 
 Fonte: Própria autora. 
 
 16
A conferência diária dos itens a serem observados – Tabela 04, não foram atendidos em 
100%. Algumas construtoras dizem não ter conhecimento da importãncia desta verificação, 
alegando ser responsabilidade do fabricante ou locatário da grua, mostrando o desconhecimento 
na norma. Outras construtorasfazem a conferência com frequências estabelecidas pelo 
fabricante. 
 
Poucas gruas em Salvador possuem cabine. A maioria das obras possuem grua com 
botoeiras, oferecendo ao operador uma maior mobilidade. Contudo, apresenta um ponto 
negativo, relativo à condição do transporte quando não visível, nesses casos, as manobras de 
movimentação devem ser executada por meio de códigos de sinais convencionais. 
 
Tabela 04. Manutenção (Conferência Diária) 
C) MANUTENÇÃO 
SIM NÃO
Não 
se 
aplica C.1) MANUTENÇÃO (CONFERÊNCIA DIÁRIA) 
C.1.1) Lubrificação do cabo de aço elevado, do cabo de aço carro, rolamento de giro, das polias e roldanas. 13 2 0
C.1.2) Limitador de carga na ponta da lança, de fim de curso do carro frente e ré, da carga máxima da grua e luz de 
topo. 11 4 0
C.1.3) Alerta de movimento. 13 2 0
C.1.4) Sinal sonoro para movimentação de carga. 13 2 0
C.1.5) Polias e roldanas, afixação e motores, os tambores de elevação e translação informando quando anormalidade 
(aquecimento, ruído, etc.) quando houver. 14 1 0
C.1.6) Os freios de elevação, de carro e de giro. 14 1 0
 
Já a Tabela 05, da manutenção em geral, alguns itens são observados com frêquencia, 
porque são itens que comprometem a estrutura, além de serem facilmente visíveis. Observou-se 
que em muitas construtoras a manutenção é um serviço terceirizado, por isso mesmo, alguns 
itens são vistos com maiores prazos, por conta do custo. Normalmente são revisados todos os 
itens de manutenção quando da execução da telescopagem – suspenção da grua atraves de 
acionamento hidráulico, que acontece sempre quando existe a necessidade de aumentar altura do 
equipamento acompanhando a estrutura da edificação por conta das ancoragens que são feitas na 
estrutura da laje. 
 
Tabela 05. Manutenção (Semanal) 
C.2) MANUTENÇÃO EM GERAL (SEMANAL) SIM NÃO
Não 
se 
aplica 
C.2.1) É verificado se todos os parafusos se mantêm apertados, especialmente na torre e rolamento e se todos os 
pinos são bifurcados originais. 15 0 0 
C.2.2) Com a corrente elétrica desligada, verifica-se visualmente o estado do interior do armário elétrico. 9 5 1 
C.2.3) Ainda com a corrente elétrica desligada, verifica-se o aperto dos terminais na caixa dos motores e freios. 8 5 2 
C.2.4) É comparado e ajustado se necessário, as folgas dos freios eletromagnéticos, principalmente no motor da 
elevação. 14 0 1 
C.2.5) Verifica-se o bom estado de conservação da ligação a terra e se existe próximo ao cabo elétrico, umidade 
suficiente de modo a estabelecer-se condução elétrica. 15 0 0 
C.2.6) Efetua-se medições a tensão de alimentação da grua e aos consumos dos motores, no arranque e em regime 
de trabalho, observando se existem valores anormais. 12 2 1 
C.2.7) É comprovado o bom estado estrutural, com ausência de fissuras ou deformações permanentes. 15 0 0 
C.2.8) É cumprido o estabelecido no manual do fabricante quanto ao manuseio e manutenção da grua. 14 1 0 
 
À medida que foi sendo aplicado o questionário, perguntas complementares foram sendo 
feitas, acrescentando informações para a conclusão dos resultados. Uma pergunta importante foi 
sobre a obtenção e elaboração do plano de cargas na obra em questão. 
 
Apenas em uma das obras visitadas foi encontrada o “Plano de Cargas” conforme 
recomendações da NR 18 – ANEXO III, isto é, um documento onde devem constar diversas 
 17
informações como: dados do local da instalação, empresa responsável pela obra, dados do 
equipamento, proprietário do equipamento, responsável pela manutenção, pela montagem e 
outros serviço, além da elaboração do croqui do canteiro, sistema de segurança, descrição do 
pessoal técnico (atividades com exigência de qualificação). Deve constar também toda a 
intervenção feita no equipamento, registrando através de relatórios e ART para serviços de 
montagem, desmontagem, ascensões, telescopagens e manutenções. 
 
Em reportagem, é divulgada a necessidade do estudo do canteiro, pois é nele que se 
estabelece o plano de cargas. “O plano de cargas, estabelece a localização das áreas de 
estocagem, vias de circulação pessoal, redes elétricas, edificações vizinhas, recuos, posição de 
árvores, elevadores e de qualquer item que interfira na movimentação da grua” (OLIVEIRA, 
2007). 
 
É obrigação do usuário da grua fazer o plano de cargas, como também, é de inteira 
responsabilidade do mesmo o termo de entrega técnica, que prevê a verificação operacional e de 
segurança, bem como o teste de carga, respeitando-se parâmetros indicados pelo fabricante. Já a 
montagem do equipamento, a responsabilidade do posicionamento da primeira ancoragem, bem 
como o intervalo entre ancoragens posteriores fica com o fabricante, fornecedor ou empresa 
responsável, devendo manter disponível no local as especificações pertinentes aos esforços 
atuantes na estrutura da ancoragem e do edifício. 
 
Os acidentes que mais têm acontecido, ou melhor, os acidentes que são mais divulgados 
pela imprensa são da ordem de grandeza considerável como trágicos, de desabamento do 
equipamento na montagem e de utilização. Existem contradições entre os resultados obtidos 
através da pesquisa de acidentes com grua e o questionário de atendimentos da norma. Por causa 
da pequena amostragem da aplicação do questionário as pesquisas não podem ser comparadas, 
primeiro porque o interesse principal da imprensa é vender e não alertar para os riscos de 
acidentes e, segundo, porque o questionário é apenas um instrumento de investigação de 
aplicação de normas e recomendações para a utilização do guindaste. 
 
 
6. CONCLUSÃO 
 
Com a analise do questionário, observa-se que itens importantes de segurança não são 
atentidos em todas as obras em Salvador, itens que devem ser impostos para seu cumprimento, 
como exemplo: proibição de pessoas transitando sob trajetórias de objetos suspensos pela grua. 
 
O incidente é normal de acontecer, é como se fosse um aviso para um acidente. É 
necessário uma atenção para os incidentes, pois como é comum, pode passar despercebido. 
Todavia, devem ser evitados pois, podem levar a acidentes, os quais podem atingir proporções de 
catástrofes, com prejuízos generalizados. 
 
A partir da pesquisa com o questionário em Salvador não foi possível concluir que o 
maior risco de acidente é na montagem, como se observou nas pesquisas de acidentes divulgados 
pela imprensa. Acidentes graves e fatais foram relatados entre 1999 e 2008, acidentes com grua 
só tendem a aumentar por causa do crescimento da construção civil e à necessidade de prazos 
cada vez mais apertados, já que estes equipamentos atendem ao mercado atual. Por isso, a 
importância de estudos para a prevenção de acidentes, minimizando custos de danos materiais e 
vidas. Assim como, a divulgação dos riscos que esse equipamento oferece por falta de 
cumprimento da legislação em vigor. 
 
 18
Do questionário merecem destaque dois itens (B.2.16 e B.2.17) da Tabela 03, pois são de 
difícil execução, tendo em vista a mobilidade que o equipamento oferece e a necessidade de 
transportes simultâneos, por não haver um estudo da disposição do canteiro. Na pesquisa de 
campo foi encontrado um exemplo de como delimitar as áreas de circulação. 
 
Acidentes devem ser prevenidos e o passo importante para isso é o cumprimento das 
normas. O trajeto a ser percorrido pela lança da grua deve ser isolado, sinalizado e delimitado 
para que, em momento algum, as pessoas fiquem sob a carga. A constante transformação do 
canteiro de obras faz com que esse item se torne um problema para o engenheiro, que deve obter 
soluções tornando o canteiro um lugar seguro para trabalhar. 
 
Deve-se fazer um estudo logístico do canteiro de obras em evolução, sendo determinadas 
etapas distintas com movimentação para arrumação de estoque, juntamente com delimitações de 
áreas de risco na trajetória (vias de circulação). Esse estudo deve estar no “Plano de Cargas” com 
desenho ou croqui do canteiro de obra. 
 
Vias de circulação, de descarregamento de materiais devemconstar no “Plano de 
Cargas”, documento que deve estar na obra. Vale salientar que além das pessoas que estão à 
frente da operação da grua, todos os trabalhadores da obra devem estar instruídos através de 
treinamentos para o esclarecimento do risco. É fundamental para todos que transitam na obra, 
desde a gerência administrativa até os serventes. Todos devem saber como lidar com as situações 
de riscos que a grua oferece. 
 
 
7. REFERÊNCIAS 
 
AGÊNCIAS REUTERS. Queda de grua deixa pelo menos dois mortos em Nova York. 
Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br. Acesso em 04 de nov. 2008. 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora - NR 18. Programa de Condições 
e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, 08 de junho de 1978. Disponivel em: 
 http://www.mte.gov.br. Acesso em 24 nov. 2008. 
 
CARMIX do Brasil Ltda. Guindastes. Disponível em: http://www.carmix.com.br. Acesso em 24 
de nov. 2008. 
 
Colapso da maior grua dos EUA mata quatro pessoas. Portugal Diário. Lisboa, Portugal, 
19/07/08. Disponível em: http://diario.iol.pt/internacional/grua-eua-houston-iol-jornal/973417-
4073.html. Acesso em 10 de out. 2008. 
 
Corpos de operários mortos em acidente com grua em SP são liberados. Último Segundo, 
Bradesco, São Paulo, 26 de jun. de 2008. Disponível em: 
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2007/06/26/corpos_de_operarios_mortos_em_acidente_co
m_grua_em_sp_sao_liberados_840948.html#. Acesso em 04 de nov. 2008. 
 
GEROLLA, Giovanny. Operação de Gruas. Revista Equipe de Obra, 29 de agosto de 2008. 
Disponível em: http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma. Acesso em 20 de out. 
2008. 
 
LEAL, Ubiratan. A grua certa: fixa, móvel ou ascensional. Revista Téchne, 29/08/2008. 
Disponível em: http://www.revistatechne.com.br. Acesso em 04 nov. 2008. 
 19
 
LIZMETAL LTDA. Manual de instruções. Componentes da Grua. Feira de Santana, Bahia. 
Disponível em: http://www.lizmetal.com.br. Acesso em 20 out. 2008. 
 
MANITOWOC CRANE GROUP. Manual de instruções. Alfena, Portugal. Disponível em: 
http://www.estig.ipbea.pt/~rasni/seminarios/1_ciclo/seguranca_em_gruas_torre_1_1.pdf. Acesso 
em 21 ago. 2008. 
 
OLIVEIRA, Thiago. Plano de cargas. Revista Téchne, junho/2007, p. 40 – 43. Disponível em: 
www.reistatechne.com.br. Acesso em 29 de ago. 2008. 
 
PAGNAN, Rogério. Marido de estudante morta por carrinho de obra é idenizado. Folha de 
São Paulo. São Paulo, 29 de março de 2008. 
 
PAMPALON, Gianfranco. Prevenção de acidente do trabalho com quedas. Ministério do 
Trabalho e Emprego. MPT – Procuradoria Regional do Trabalho da 2º Região. S/d. Disponível 
em: http://www.prt2.mpt.gov.br. Acesso em 04 de nov. 2008. 
 
RIBEIRO, Manuel. Segurança no trabalho. Curso de Técnico Superior de Higiene e Segurança 
no Trabalho. Abril de 2006. Disponível em: www.forma-te.com. Acesso em 22 de set. 2008. 
 
SAMPAIO, José Carlos de Arruda. Manual de aplicação da NR18. São Paulo: Pini, 1998. 
 
SAMPAIO, José Carlos de Arruda. Programa de condições e meio ambiente do trabalho na 
industria da construção. São Paulo: Pini, 1998. 
 
SOBES - Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança. Gestão de equipamenntos de 
transporte. PCC2302: Gestão da Produção na Construção Civil II, 2008. Disponível em: 
http://pcc2302.pcc.usp.br/Trabalhos%20alunos%20Francisco/Quarta/9.3a%20GEST%C3%83O
%20DE%20EQUIPAMENTOS%20-%20Final.ppt. Acesso em 20 out. 2008. 
 
Wikipedia. Sobre a origem dos guindastes. Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guindaste. Acesso em 20 de nov. 2008. 
INTRODUÇÃO
Os "acidentes de Trabalho têm um signi�cativo impacto sobre a Saúde Mental dos
trabalhadores. Talvez, pela não obviedade de uma doença física em suas concretas
evidências, esta relação tende a ser menos valorizada e estudada, comparando-se ao
número de estudos que contemplam os aspectos ambientais e físicos ligados ao
processo do acidente de trabalho. Os acidentes de trabalho não só comprometem a
integridade física,mas podem também resultar em alterações psiquiátrico-psicológicas
que repercutem no relacionamento intrapessoal, familiar; social e laboral do indivíduo,
comprometendo também sonhos e projetos de vida, de realização pessoal. As
estatísticas não permitem que se ignore esta realidade. Segundo a Organização
Internacional do Trabalho acada ano, em nível mundial, ocorrem cerca de 120 milhões
de acidentes, sendo que destes por volta de 210.000 resultam em falecimentos. É um
número alarmante se levado em conta que esses dados não incluem os casos
(/u/azle)
HENRIETTE BASTOS
(/u/azle)
09/06/2011
ACIDENTES DE TRABALHO E SUAS
REPERCUSSÕES NA SAÚDE MENTAL
Artigo de Revisão Bibliográ�ca sobre Acidentes
de Trabalho e suas repercussões importantes na
saúde mental do trabalhador. Relata o
sofrimento psíquico do prestador de serviço, em
decorrência dos acidentes de trabalho

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subnoti�cados. E, mais ainda, se for considerado que a maioria dos acidentes de
trabalho resulta em lesões corporais, que muitas vezes têm como consequencia
de�ciências físicas que podem ter caráter permanente e incapacitante para a vida
laboral, para muitas atividades sociais e para a vida, de maneira geral. Existe uma
tendência em associar os acidentes de trabalho como uma possibilidade á qual estão
expostos somente o trabalhador da indústria e o ambiente industrial. De fato, este é
um tipo de ambiente onde os riscos são mais evidentes e os acidentes têm maior
visibilidade,até pelo alto grau de periculosidade e insalubridade de alguns setores.
Cabe ressaltar que os acidentes de trabalho acontecem em todas as categorias e
ambientes ocupacionais. Os riscos poderão até mesmo ser menos aparentes e as lesões
de menor porte, em alguns setores, mas nem por isso trarão menos prejuízos a vida do
trabalhador. As repercussões do acidente de trabalho sobre o corpo encobrem as
intercorrências emocionais decorrentes do mesmo, para os próprios empregados, bem
como colegas de trabalho e familiares.
TEORIAS SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO
Teoria do Dominó: Considera o acidente de trabalho como último evento de uma
sequencia linear constituíndo uma tentativa de sistematização que se contrapunha á
noção de fatalidade.aqueda de um,desencadeia a queda dos subseqüentes, assim as
ações do trabalhador ou de seus colegas exercem um papel de destaque e devem ser
contempladas na prevenção.
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Teoria da causalidade múltipla e da concepção multicausal: Considera que os acidentes
quase nunca têm como causa apenas a ação do trabalhador, mas sim são ocasionados
pela combinação de vários fatores comportamentais(relativo a atitudes,
conhecimentos, condições física e mental) e ambientais(equipamentos, medidas de
proteção).
Teoria de Sistemas:Considera que as
empresas constituem sistemas
sociostécnicos abertos, que se
constituem de dois subsistemas: o
ténico(abarca ambiente, máquinas,
tecnologias, produtos etc.) e o
social(trabalhadores com diferentes
quali�cações que estabelecem entre si
relações pessoais e hierárquicas).
Segundo BINDER e ALMEIDA(2003). "esses dois subsistemas interagem entre si,
resultando em interações positivas(que contribuem para a maximização da produção
com qualidade) e interações negativas(cujos resultados não planejados, podem
perturbar a produção, interferir na qualidade e desencadear acidentes de trabalho)". Na
Escola Comportamentalista os acidentes de trabalho têm a sua abordagem nas ações
humanas,analisando os comportamentos sobre a ótica dos erros humanos, centrando a
prevenção na supressão dos mesmos. Segundo a teoria as ações humanas podem ser
divididas em três tipos:
Habilidades: onde se usa a memória não consciente e não a condição de raciocínio;
Cumprimento de Regras: o trabalhador recorre ás regras para de�nir uma ação;
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Conhecimentos: o trabalhador necessita raciocinar e interagir com os conhecimentos,
nas ações a serem realizadas.
A abordagem da Psicodinâmicado Trabalho descreve que o fator humano no acidente
de trabalho possui duas vertentes:
Falha Humana: falhas de desrespeito ás regras, aos regulamentos, á disciplina, á
vigilância e ás instruções direcionadas para o controle dessas ações;
Gestão de Recursos Humanos: sinaliza a importância dos aspectos como a motivação
do indivíduo e a cultura da empresa.
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Na realidade do trabalhador brasileiro,
arriscar-se pela competição é parte das
tarefas habituais. Não é fruto baseado
na livre escolha do trabalhador, mas
uma imposição por obediência ou pelo
grande medo de perder o emprego.
Hoje já podemos analisar os acidentes
de trabalho utilizando a expressão "Fator de Acidente" em vez de "Causa". Assim, causa
é o resultado da combinação de fatores su�cientes para explicar a origem do
acidente.Conhecer estes fatores é importante, pois mostram que com o passar dos
anos está se superando a visão simplista que divide as ações em seguras e inseguras,
ampliando-se o foco de análise. O indivíduo deixa de ser visto de forma isolada, como o
único responsável pelo acidente. Para a devida análise dos acidentes de trabalho é
levado em conta um conjunto de fatores que está á sua volta, considerando o ambiente,
a natureza das tarefas realizadas, as formas de gerenciamento e as relações sociais que
se estabelecem entre os trabalhadores, e entre a empresa, trabalhadores e comunidade
em que ambos estão inseridos. Uma análise mais ampla, que considere a complexidade
destas interações permite não só uma melhor compreensão do fenômeno, mas
também traçar caminhos mais e�cazes para a prevenção. Uma abordagem que
responsabiliza apenas as ações individuais, não só não resolve o problema como é um
fator a mais de tensão e sobrecarga mental para o indivíduo. Por �m, não se pode
esquecer que os acidentes ocorrem devido a diversos fatores que in�uenciam no
trabalhar. As más condições do ambiente, dos materiais e equipamentos, a ausência de
umaproteção adequada, a falta de treinamentos especí�cos e de investimentos para a
saúde do trabalhador, são pontos fundamentais para iniciar-se uma discussão.
TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO
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Acidentes Tipo 1: Uma sequencia linear de eventos a partir de mudanças ou variações
nas situações de trabalho. Ocorrem em empresas com baixa corporação tecnológica e
com carência de elementos de engenharia e segurança.
Acidentes Tipo 2: Participação de um conjunto de variações que isoladamente seriam
incapazes de desencadear acidentes de trabalho, mas que combinados entre si são
su�cientes para fazê-lo. Ocorrem em empresas com maior grau de incorporação
tecnológica e que apresentam baixas taxas de acidentes.
Acidentes Tipo 3: Sua origem exige a presença de conjunções de numerosas mudanças
ou variações independentes entre si. Ocorrem em empresas com grande incorporação
tecnológica onde o acidente de trabalho é um evento excepcional.
O QUE É ACIDENTE DE TRABALHO?
A Organização Internacional do Trabalho de�ne acidente de trabalho "como o
resultado da interação entre o trabalhador e os objetos(ambiente e outros indivíduos),
que culmina em evento repentino e não desejado, que produzem lesões, mortes e
perdas"
Para alguns autores, acidente de trabalho também pode ser de�nido como "
fenômenos previsíveis embora não seja possível prever exatamente quando ocorrerão e
qual ou quais trabalhadores serão atingidos. E , sobretudo, podem ser prevenidos por
meio de neutralização ou de eliminação dos fatores capazes de desencadeá-los".
TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO SEGUNDO A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
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Segundo as diretrizes da Constituição Federal de 1988, que de�ne acidente de trabalho
"como aqueles que ocorrem no exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal ou imcapacidade funcional, causando a morte ou a perda ou
a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
De acordo com a lei acidentária, são considerados acidentes de trabalho eventos
danosos que ocorrem:
a) No local e horário de trabalho em decorrência de: Agressão,sabotagem ou
terrorismo, ofensa física e intencional, imprudência, imperícia ou negligência de
terceiros ou de colegas de trabalho, ato de pessoa privada de razão, desabamento,
inundação, incêndio ou outras causas de força maior e acidente que ocorrer no horário
das refeições, bem como durante satisfação de necessidades �siológicas.
b) Fora do local de trabalho: Executando ordens ou prestando serviço á empresa,
prestando espontaneamente serviço á empresa que possa proporcionar ganho ou
evitar prejuízo, viajando a serviço da empresa, mesmo por motivo de estudos e no
percurso de casa para o trabalho ou vice-versa.
FATORES NOCIVOS QUE FAVORECEM A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO
Essencialmente os fatores nocivos se relacionam com diversas fontes, tipo de energia e
atividades, englobando: operações com objetos cortantes; operações com máquinas de
prensar, compressão e ferramentas de �xação; conversão de energia cinética em
energia potencial, como, por exemplo, quando algo golpeia ou cai sobre um
trabalhador; conversão de energia potencial de um indivíduo em energia cinética,
como quando um trabalhador cai de um local elevado em direção a outro local mais
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baixo;exposição ao calor e frio, eletricidade, som, luz, radiação e vibrações, exposição a
substâncias tóxicas e corrosivas, fatores de estresse mental e psicológico, como
ameaça de violência.
REALIDADE BRASILEIRA E REALIDADE MUNDIAL
Obeservando um número crescente de acidentes no trabalho no Brasil, e suas
consequencias, não só a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros, como os
prejuízos econômicos, o Ministério da Previdência e Assistência Social/MPAS, vem
priorizando,junto ao Ministério do Trabalho e Emprego/TEM, políticas que permitam
avaliar e controlar a atual situação, identi�cando os setores que receberão maior
atenção do governo para �ns de prevenção e �scalização(SINDICATO DOS
METALÚRGICOS DE OSASCO, 2001).
A Comunicação de Acidentes de Trabalho(CAT) é a fonte de dados utilizada para a
elaboração das estatísticas o�ciais brasileiras de acidentes de trabalho e foi criada pela
Previdencia Social. Este documento fornece informações referentes á identi�cação do
acidente, sua ocupação, a empresa, o tipo de atividade econômica, o horário da
ocorrência, o agente causador e a descrição sumária da situação geradora do acidente.
A emissão do CAT é obrigatória apenas para os trabalhadores regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho e Segurados Especiais. Dentro deste campo,
milhares de acidentes permanecem invisíveis para as estatísticas o�ciais brasileiras.
ACIDENTES DE TRABALHO E SAÚDE MENTAL
O acidente de trabalho não é um fato isolado no cotidiano do trabalhador. Podemos
considerá-lo como um processo que se inicia muito antes do evento que acarreta a
lesão e tem sua continuidade algum tempo depois do ocorrido, no que tange ás
providências a serem tomadas posteriormente (acionamento dos orgãos competentes,
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reabilitação, reinserção pro�ssional, processo de aposentadoria, entre outros). Sendo
assim, quando se pensa em Saúde Mental e acidente de trabalho, esta relação tem que
ser considerada em todas as etapas do processo, mesmo quando se pretende
aprofundar os estudos em um único aspecto. Pode-se identi�car três pontos de vista
para se discutir a relação entre Saúde Mental e Trabalho:
1- O impacto dos riscos eminentes de acidentes de trabalho sobre a saúde mental:
Nesta etapa o acidente ainda não ocorreu, sendo assim é veri�cado como os
trabalhadores reagem psicologicamente frente aos riscos á integridade física.
2- Estresse e desgaste favorecendo a ocorrência do acidente: Este é um tópico pouco
explorado, mas pesquisas a�rmam que trabalhadores que sofrem algum impactoemocional e aqueles que possuem menor satisfação no trabalho tendem a obter
maiores riscos de sofrer acidentes.
3- O impacto do acidente de trabalho(propriamente dito) na Saúde Mental: No Brasil,
as pesquisas se concentram mais nos aspectos físicos do acidente de trabalho,
principalmente no que tange a lesão e/ou mutilação, onde se faz importante
considerar dois pontos: a percepção do evento em si e as consequencias na saúde
mental das lesões e sequelas físicas que eventualmente venham a ocorrer. Este
momento pós-acidente é muito importante de ser aprofundado, pois abarca não
apenas o componente subjetivo, experienciado individualmente,mas também tem seu
re�exo em nível das relações afetivas e sociais do trabalhador. É um acontecimento
que demanda suporte e apoio também das estruturas públicas de saúde, da
comunidade, do empregador, exige reorganização da vida familiar, que nem sempre
estão acessíveis ou preparados para as novas necessidades do trabalhador acidentado.
A VIDA APÓS O ACIDENTE DE TRABALHO
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O trabalhador é o mediador da integração social, seja pela sua subsistência ou pelo seu
aspecto cultural, trazendo uma importância na constituição da vida da pessoa, nos
aspectos físicos, sociais e mentais.
A maior incidência de acidentes no trabalho ocorre na faixa etária mais produtiva(31 a
36 anos). Sabe-se que na fase adulta são afetadas as relações pro�ssionais, sendo que
muitas vezes com a interrupção de uma carreira em ascensão ou perturbações na vida
pro�ssional do trabalhador. Em pleno vigor físico e mental, as interrupções de vida
de�nidas pelo acidente de trabalho trazem a perda ou a deteriorização de uma parte
do organismo, acarretando mudanças corporais, des�guramentos, alterações de
potencialidade da realização do sujeito na vida pessoal ou pro�ssional.
KUBLER-ROSS (1969), a�rma que podem ser percebidas fases ligadas ao choque-
reação de entorpecimento diante de uma situação extremamente estressante;
A negação: Fase em que a pessoa age como se o problema não fosse com ela, e que
nada de grave tivese ocorrido.
A raiva: Fase em que o sujeito percebe a dimensão da perda e suas manifestações são
de raiva onde se imputa a culpa sobre si mesmo.
A de�ciência ou a doença instalada não tem caráter individual, mas sócio-familiar, com
repercussões �nanceiras e emocionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Vivenciar a realização de perda onde há percepção de que a situação é real, sem
retorno, e que a de�ciência está instalada e é de�nitiva, faz com que o trabalhador
acidentado confronte-se com sentimentos contraditórios de raiva, tristeza, medo,
culpa, depressão e dor que se mesclam no reorganizar da vida.
Poucos estudos tem avaliado a Saúde Mental das vítimas de acidente de trabalho que
retornam a qualquer outro tipo de atividade, mesmo aqueles que tiveram lesão
irreversível.
O retorno ao trabalho dos acidentados é percebido como elemento incapacitante para
a execução de outras tarefas diferentes das realizadas anteriormente ao acidente. Em
algumas situações, o próprio processo implícito de exclusão faz com que o acidentado
intensi�que as posturas de inabilidade bem como a sedimentação de trastornos
emocionais.
É fundamental o encorajamento partilhado de ações para que o impacto da doença
física não torne o indivíduo incapacitado e moralmente impedido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BINDER, M.C. e ALMEIDA, I.M., Acidentes do Trabalho: Acaso ou Descaso? In; MENDES,
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