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1 Lúpus eritematoso sistêmico pediátrico Departamento Científi co de Reumatologia Presidente: Sheila Knupp Feitosa de Oliveira Secretária: Cláudia Saad Magalhães Conselho Científi co: Ana Luiza Garcia Cunha, Antônio Sérgio Macedo Fonseca, Clovis Artur Almeida da Silva, Cynthia Torres França da Silva, Luciana Brandão Paim Marques, Margarida de Fátima Carvalho Documento Científi co D e p a r t a m e n t o C i e n t í f i c o d e R e u m a t o l o g i a Nº 2, Julho de 2018 O que é o Lúpus eritematoso sistêmico pediátrico (LESp)? Lúpus eritematoso sistêmico pediátrico (LESp) é o protótipo da doença auto-imune sis- têmica que acomete crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos. A doença pode ser diagnosticada em qualquer idade, mesmo em lac- tentes.1-5 Há predominância do sexo feminino em relação ao masculino em todas as faixas etárias pediátricas. O LESp é caracterizado por acometi- mento concomitante ou evolutivo de vários ór- gãos e sistemas. As manifestações da doença são imprevisíveis e a principal característica desta doença crônica infl amatória é a variabilidade das manifestações clínicas e a produção de múltiplos auto-anticorpos.1,2 Qual é a causa do LESp? A sua causa permanece ainda desconheci- da. A combinação de vários fatores propicia as alterações nos mecanismos imunorreguladores (imunidade inata e adquirida) responsáveis pe- las manifestações do LESp. Os principais fatores responsáveis pela etiopatogenia da doença são: herança genética (poligênica ou monogênica), infecções virais (como vírus de Epstein Barr), drogas, imunodefi ciências primárias (como defi - ciência congênita de complemento e defi ciência de IgA), fatores hormonais (como estrógeno) e ambientais (como raios ultravioletas, poluentes atmosféricos).1,2 Como é realizado o diagnóstico do LESp? O diagnóstico de LESp é realizado pela so- matória de manifestações clínicas, exames soro- lógicos e laboratoriais, biópsias dos órgãos aco- metidos e outros procedimentos. Dois critérios de classifi cação para o diagnóstico de LESp são utilizados na prática clínica.6-8 Os critérios de classifi cação do American Col- lege of Rheumatology (ACR) incluem defi nições padronizadas.6 Para o diagnóstico de LESp é ne- Lúpus eritematoso sistêmico pediátrico 2 cessária a presença de quatro ou mais dos 11 cri- térios, simultaneamente ou evolutivamente, du- rante qualquer intervalo de tempo (Tabela 1). Este tem sido o critério mais utilizado na prática da Reumatologia Pediátrica, assim como em pesqui- sas clinicas e estudos com novos medicamentos.6 Um novo critério de classifi cação para o diagnóstico de LESp (critério do SLICC - Syste- mic Lupus International Collaborating Clinics) foi desenvolvido e validado para a população de LESp.7 Para o diagnóstico de LESp é mandatória a presença de quatro ou mais dos 17 critérios, simultaneamente ou evolutivamente, durante qualquer intervalo de tempo, e com pelo menos um critério clínico e um critério imunológico (Ta- belas 2 e 3). Além disto, neste critério, o paciente pode ser diagnosticado como LESp se apresentar nefrite isolada com um dos auto-anticorpos: FAN ou anticorpo anti-DNA de dupla hélice positivo. O critério de classifi cação do SLICC comparado ao critério de classifi cação do ACR foi mais sen- sível para o diagnóstico de LESp, contudo menos especifi co.8 Assim sendo, deve-se também consi- derar outros diagnósticos diferenciais quando se utilizar o critério de classifi cação do SLICC para o diagnóstico de LESp. Critérios 1. Eritema ou rash malar 2. Eritema ou rash discoide 3. Fotossensibilidade 4. Úlceras de mucosa (oral ou nasal evidenciada pelo médico) 5. Artrite não erosiva 6. Pleurite ou pericardite 7. Nefrite • Proteinúria persistente ou superior a 0,5 g/dia ou • Cilindrúria (cilindros hemáticos, hemoglobínicos, granulares, tubulares ou mistos) 8. Doença neuropsiquiátrica • Psicose (excluindo-se drogas e distúrbios metabólicos) ou • Convulsão (excluindo-se drogas e distúrbios metabólicos) 9. Doença hematológica • Anemia hemolítica com reticulocitose em duas ou mais ocasiões ou • Leucopenia (leucócitos abaixo de 4.000/mm3) em duas ou mais ocasiões ou • Linfopenia (linfócitos abaixo de 1.500/mm3) em duas ou mais ocasiões ou • Plaquetopenia (plaquetas inferiores a 100.000/mm3) na ausência de drogas indutoras de trombocitopenia 10. Alterações imunológicas • Presença de anticorpo anti-DNA de dupla hélice ou • Presença de anticorpo anti-Sm ou • Presença de anticorpo anti-fosfolípide: anti-cardiolipina IgG ou IgM, ou anticoagulante lúpico ou • VDRL falso-positivo 11. Fator anti-núcleo (FAN) positivo Para o diagnóstico de LESp é necessária a presença de quatro ou mais dos 11 critérios, simultaneamente ou evolutivamente, durante qualquer intervalo de tempo. Tabela 1. Critérios de classifi cação do American College of Rheumatology (ACR) para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico pediátrico (LESp)6 Departamento Científi co de Reumatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria 3 Critérios clínicos Para o diagnóstico de LESp é necessário quatro ou mais dos 17 critérios, simultaneamente ou evolutivamente, durante qualquer intervalo de tempo (Tabelas 2 e 3). Para este critério é necessário pelo menos um critério clinico (Tabela 2). Tabela 2. Critérios clínicos de classifi cação do SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinics) para diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico pediátrico (LESp)7 1. Lúpus cutâneo agudo Inclui um dos seguintes: eritema malar, lúpus bolhoso, necrólise epidérmica tóxica, eritema maculopapular, fotossensibilidade (na ausência de dermatomiosite), lúpus cutâneo subagudo (lesões psoriasiformes não enduradas ou lesões anulares policíclicas que resolvem sem deixar cicatriz, apesar de ocasionalmente ocorrer despigmentação pós-infl amatória ou telangiectasias). 2. Lúpus cutâneo crônico Inclui um dos seguintes: lúpus discoide clássico (localizado – acima do pescoço, generalizado – acima e abaixo do pescoço), lúpus hipertrófi co (verrucoso), paniculite lúpica (lúpus profundo), lúpus mucoso, lúpus túmido, lúpus pérnio, lúpus discoide/superposição com líquen plano. 3. Úlceras orais ou nasais Localizadas no palato, boca, língua ou narinas na ausência de outras causas como vasculite, doença de Behçet, infecções (como herpes), doença infl amatória intestinal, artrite reativa e alimentos ácidos. 4. Alopécia Afi lamento difuso ou fragilidade capilar com cabelos quebradiços visíveis na ausência de outras causas como alopécia areata, drogas, defi ciência de ferro e alopecia androgênica 5. Artrite Envolvendo duas ou mais articulações. Edema ou derrame articular ou artralgia em duas ou mais articulações e rigidez matinal de 30 minutos ou mais. 6. Serosite (pleurite ou pericardite) Dor pleurítica por mais de um dia ou derrame pleural ou atrito pleural, dor pericárdica típica (dor em posição deitada que melhora ao se sentar com o tronco para frente) por mais de um dia ou efusão pericárdica ou atrito pericárdico ou eletrocardiograma com sinais de pericardite. Na ausência de outras causas, como infecções uremia ou pericardite de Dressler. 7. Nefrite Relação entre proteína e creatinina urinárias (ou proteinúria de 24 horas) com mais de 500 mg de proteína em 24 horas ou presença de cilindros hemáticos. 8. Neuropsiquiátrico Inclui um dos seguintes: convulsão, psicose, mielite, mononeurite múltipla (na ausência de outras causas como vasculite primária), neuropatia periférica ou de nervos cranianos (na ausência de outras causas como vasculite primária, infecção e diabetes mellitus), estado confusional agudo (na ausência de outras causas como tóxico-metabólicas, uremia e drogas). 9. Anemia hemolítica 10. Leucopenia <4000/mm3 ou linfopenia <1000/mm3 Leucopenia (na ausência de outra causa conhecida como síndrome de Felty, drogas ou hipertensão) ou Linfopenia (na ausência de outra causa conhecida como glicocorticóides,drogas e infecções) 11. Plaquetopenia <100.000/mm3 Na ausência de outra causa conhecida como drogas, hipertensão portal e púrpura trombocitopênica trombótica Lúpus eritematoso sistêmico pediátrico 4 Quais são os principais diagnósticos diferenciais do LESp? Os diagnósticos diferenciais incluem várias doenças agudas e crônicas da faixa etária pediá- trica, que devem ser prontamente afastadas. De fato, muitas manifestações clínicas, alterações laboratoriais e a presença de auto-anticorpos po- dem ocorrer em outras doenças pediátricas e mi- metizar o diagnóstico de LESp. Dentre estas des- tacam-se: doenças auto-imunes sistêmicas (como artrite idiopática juvenil, dermatomiosite juvenil, esclerodermia, poliarterite nodosa, síndrome de Behçet e púrpura de Henoch-Schönlein), doenças auto-infl amatórias (febre familiar do Mediter- râneo), infecções agudas e crônicas (tais como: Chikungunya, mononucleose, toxoplasmose, cito- megalovirose, aspergilose, candidíase sistêmica e tuberculose), neoplasias (leucemias, linfomas, osteosarcoma e neuroblastoma), doenças renais (glomerulonefrites e síndrome nefrótica) e doen- ças congênitas/metabólicas.1,2,9 Critérios imunológicos 1. Fator anti-nuclear (FAN) Acima dos valores de referência 2. Anticorpo anti-DNA dupla hélice Acima dos valores de referência, exceto para a técnica de ensaio imunoenzimático (ELISA): acima de duas vezes o valor de referência 3. Anticorpo anti-Sm 4. Anticorpo anti-fosfolípide – qualquer um dos seguintes auto-anticorpos: • Anticoagulante lúpico • VDRL falso positivo • Anti-cardiolipina em médios ou altos títulos (IgA, IgG ou IgM) • Anti-β2 glicoproteína I (IgA, IgG ou IgM) 5. Redução sérica do complemento • C3 baixo • C4 baixo • CH50 baixo 6. Teste de Coombs direto positivo • Na ausência de anemia hemolítica Para o diagnóstico de LESp é necessário quatro ou mais dos 17 critérios, simultaneamente ou evolutivamente, durante qualquer intervalo de tempo (Tabelas 2 e 3). Para este critério é necessário pelo menos um critério imunológico (Tabela 3). Tabela 3. Critérios imunológicos de classifi cação do SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinics) para diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESP)7 Quais são as principais manifestações clínicas e alterações laboratoriais no diagnóstico do LESp? Sinais e sintomas constitucionais são comu- mente as primeiras manifestações da doença, tais como: febre, anorexia, palidez, perda de peso, fa- diga, linfadenopatia difusa, hepatomegalia e es- plenomegalia. O acometimento cutâneo ocorre em até 80% dos pacientes com LESp, variando de eritema malar, fotossensibilidade, alopécia, aftas/úlceras orais e nasais, urticária, bolhas a envolvimento crônico com sequelas (como lúpus discoide, paniculite lúpica, etc). Oligoartrite ou poliartrite aguda ou recorrente na apresentação da doença ocorre em até 70% dos pacientes com LESp. O comprometimento articular é geralmente discreto, auto-limitado e habitualmente sem de- formidade articular.1,2,9,10 Derrame pleural e pericárdico pode ocorrer em até 30% dos casos. Estes são habitualmente discretos e raramente resultam em tamponamen- Departamento Científi co de Reumatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria 5 to cardíaco ou insufi ciência respiratória aguda. As principais manifestações neuropsiquiátricas relacionadas ao diagnóstico do LESp são cefaleia, distúrbios de humor, convulsões, doença cerebro- vascular, psicose e coreia.1,2,9 Ao diagnóstico, as principais alterações na uri- na tipo I são: proteinúria acima de 0,5 g/dia (46%), hematúria (44%), leucocitúria (33%) e cilindros urinários (21%). Leucopenia (taxa de leucócitos menor que 4.000/mm3), linfopenia (contagem de linfócitos menor que 1.500/mm3) e plaque- topenia (plaquetas abaixo de 100.000/mm3), na ausência de drogas ou infecções associadas, po- dem ocorrer em até 50% dos pacientes. Anemia hemolítica auto-imune (com reticulocitose e tes- te de Coombs direto positivo) pode ser primeira manifestação do LESp.1,2,9,11-16 Síndrome do anticorpo anti-fosfolípide ou trombose auto-imune pode ser uma apresentação inicial ou evolutiva da doença. Esta síndrome ha- bitualmente pode acometer artérias em qualquer sítio anatômico (como vasos cerebrais e deter- minar acidente vascular isquêmico) ou pode en- volver veias (como trombose venosa profunda). Para confi rmação desta síndrome é necessária a presença de pelo menos um dos auto-anticorpos anti-fosfolípides (anti-cardiolipina IgG ou IgM, an- ticoagulante lúpico ou anti-beta 2 glicoproteína I IgG ou IgM).1,2,9 Um dos aspectos mais importantes no diag- nóstico do LESp é a presença de múltiplos auto- -anticorpos dirigidos contra proteínas nucleares e citoplasmáticas. Presença de FAN positivo (com títulos superiores a 1:80) é um critério imunoló- gico extremamente frequente no diagnóstico de LESp e ocorre em quase 100% dos casos. Alguns auto-anticorpos são específi cos para o diagnós- tico do LESp, especialmente: anticorpo anti-DNA de dupla hélice, anticorpo anti-Sm e anticorpo anti-proteína P ribossomal e anticorpo anti-nu- cleossomo. Outros auto-anticorpos podem ser também pesquisados no LESp e estão associados a diferentes manifestações da doença, tais como anticorpos anti-RNP, anti-SSA/Ro, anti-SSB/La, anticoagulante lúpico e anti-cardiolipina IgG ou IgM.9,17 Qual é o tratamento do LESp? O tratamento do LESp deve ser individuali- zado de acordo com o envolvimento de cada pa- ciente, visando controle infl amatório da doença, melhorando qualidade de vida relacionada à saú- de dos pacientes e prevenindo danos irreversí- veis nos órgãos e tecidos.1,2 Proteção solar é indicada nos pacientes com fotossensibilidade e outras lesões cutâneas re- lacionadas à atividade da doença. Fotoproteção solar deve ser utilizada diariamente com bloque- ador solar que tenha fator de proteção acima de 15, fracionada 3 a 4 vezes ao dia.1,2 A prática de atividade física deve ser estimu- lada para todos os pacientes com LESp. A dieta deve ser equilibrada, com níveis baixos de gor- dura e sal, e ingestão adequada de cálcio. Cálcio e vitamina D estão indicados para prevenção da perda de massa óssea em todos os pacientes com LESp que usam glicocorticoide. Hipertensão ar- terial deve ser prontamente tratada e anti-hiper- tensivos (enalapril, losartan e/ou bloqueadores dos canais de cálcio) também devem ser utiliza- dos.1,2,5 A carteira de vacinação deve ser sempre revis- ta. Vacinas de agentes vivos são contraindicadas. Vacinas de agentes inativos devem ser sempre in- dicadas, pois estas mostram resposta vacinal ade- quada com raros eventos adversos associados, assim como segurança adequada na reativação da doença. A vacina anti-infl uenza é indicada anual- mente e as vacinas anti-pneumocócica e anti-HPV (papilomavírus humano) devem ser também pres- critas.1,2,4 Anti-infl amatórios não hormonais devem ser evitados em pacientes como LESp pelo risco de lesão renal irreversível. Os glicocorticoides con- trolam a maioria das manifestações do LESp. Do- ses baixas de prednisona ou prednisolona estão indicadas nas manifestações leves, tais como: febre prolongada, linfadenopatia, hepatoesple- nomegalia, e acometimentos cutâneo e articular. Doses moderadas de prednisona ou prednisolona Lúpus eritematoso sistêmico pediátrico 6 são indicadas em: pleurite, pericardite, vasculite cutânea e glomerulonefrite mesangial prolifera- tiva.1,2,13 A pulsoterapia endovenosa com metilpred- nisolona deve ser utilizada em pacientes com doença grave como: nefrites (glomerulonefrite membranosa, proliferativa focal ou proliferativa difusa), vasculite sistêmica, miocardite, pancrea- tite, acometimento neuropsiquiátrico, hemorragia pulmonar, hipertensão pulmonar, síndrome de ati- vação macrofágica e acometimento hematológico (plaquetopenia e anemia hemolítica auto-imune). Após os 3 dias de pulsoterapia endovenosa com metilprednisolona, doses altas de prednisona ou prednisolonadevem ser utilizadas. As doses dos glicocorticoides devem ser progressivamente di- minuídas e retiradas preferencialmente nos pri- meiros 6 meses a 2 anos da doença, evitando e minimizando os eventos adversos.1,2,11-13 Os antimaláricos devem ser indicados em to- dos os pacientes com LESp, independente do ór- gão ou sistema acometido. Deve ser preferencial- mente usada a hidroxicloroquina ou a cloroquina na falta daquela. Imunossupressores (azatioprina, metotrexate, micofenolato mofetil, tacrolimus ou ciclofosfamida endovenosa) e/ou imunobiológi- cos (gamaglobulina endovenosa e rituximabe) ha- bitualmente são necessários nas formas modera- das a graves do LESp. Estes medicamentos devem ser prontamente indicados e individualizados pelo reumatologista pediátrico de acordo ao tipo do comprometimento do paciente.1,2 Qual é o prognóstico do LESp? O prognóstico dos pacientes com LESp tem melhorado signifi cantemente nas últimas dé- cadas, com taxas de sobrevida de 10 a 15 anos acima de 90-95%. As causas mais importantes de mortalidade são infecção (que deve ser pron- tamente diagnosticada e tratada) e recidivas da doença. O pediatra é fundamental no reconhe- cimento precoce do LESp e no encaminhamento para o reumatologista pediátrico. Adesão às con- sultas médicas e com a equipe multiprofi ssional, assim como adesão aos medicamentos são funda- mentais para melhor evolução do paciente com LESp, particularmente na faixa etária dos adoles- centes.1,2 Departamento Científi co de Reumatologia • Sociedade Brasileira de Pediatria 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10. Ferriani MP, Silva MF, Pereira RM, Terreri MT, Saad Magalhães C, Bonfá E, et al. Chronic Spontaneous Urticaria: A Survey of 852 Cases of Childhood- Onset Systemic Lupus Erythematosus. Int Arch Allergy Immunol. 2015;167:186-92. 11. Marques VL, Gormezano NW, Bonfá E, Aikawa NE, Terreri MT, Pereira RM, et al. Pancreatitis Subtypes Survey in 852 Childhood-Onset Systemic Lupus Erythematosus Patients. 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Cardoso de Azevedo (BA) Patrícia Guedes de Souza (BA) Profi ssionais de Educação Física: Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) Alex Pinheiro Gordia (BA) Isabel Guimarães (BA) Jorge Mota (Portugal) Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) Colaborador: Dirceu Solé (SP) Metodologia Científi ca: Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) Cláudio Leone (SP) Pediatria e Humanidade: Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) João de Melo Régis Filho (PE) Transplante em Pediatria: Themis Reverbel da Silveira (RS) Irene Kazue Miura (SP) Carmen Lúcia Bonnet (PR) Adriana Seber (SP) Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Fabianne Altruda de M. Costa Carlesse (SP) DIRETORIA E COORDENAÇÕES: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Hélcio Villaça Simões (RJ) COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Mauro Batista de Morais (SP) COORDENAÇÃODE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL José Hugo de Lins Pessoa (SP) DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Nelson Augusto Rosário Filho (PR) REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education Consortium) Ricardo do Rego Barros (RJ) REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Sérgio Augusto Cabral (RJ) REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Francisco José Penna (MG) DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA Marun David Cury (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL Sidnei Ferreira (RJ) Cláudio Barsanti (SP) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) Mário Roberto Hirschheimer (SP) João Cândido de Souza Borges (CE) COORDENAÇÃO VIGILASUS Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) Edson Ferreira Liberal (RJ) Célia Maria Stolze Silvany ((BA) Kátia Galeão Brandt (PE) Elizete Aparecida Lomazi (SP) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Isabel Rey Madeira (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Álvaro Machado Neto (AL) Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Cecim El Achkar (SC) Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Normeide Pedreira dos Santos (BA) DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Dirceu Solé (SP) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Lícia Maria Oliveira Moreira (BA) DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Paulo César Guimarães (RJ) Cléa Rodrigues Leone (SP) COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Ricardo Queiroz Gurgel (SE) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) Ruth Guinsburg (SP) COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) Kátia Laureano dos Santos (PB) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Valéria Maria Bezerra Silva (PE) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Virgínia Resende S. Weffort (MG) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Victor Horácio da Costa Júnior (PR) PORTAL SBP Flávio Diniz Capanema (MG) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA José Maria Lopes (RJ) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Altacílio Aparecido Nunes (SP) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Luciana Rodrigues Silva (BA) Dirceu Solé (SP) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Joel Alves Lamounier (MG) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Fábio Ancona Lopez (SP) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Joel Alves Lamounier (MG) Altacílio Aparecido Nunes (SP) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG) Flávio Diniz Capanema (MG) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA Renato Procianoy (RS) EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Clémax Couto Sant’Anna (RJ) EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ) CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO Gil Simões Batista (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ) Sandra Mara Amaral (RJ) Bianca Carareto Alves Verardino (RJ) Maria de Fátima B. Pombo March (RJ) Sílvio Rocha Carvalho (RJ) Rafaela Baroni Aurilio (RJ) COORDENAÇÃO DO PRONAP Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP) COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA Luciana Rodrigues Silva (BA) Fábio Ancona Lopez (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Joel Alves Lamounier (MG) COORDENAÇÃO DE PESQUISA Cláudio Leone (SP) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Rosana Fiorini Puccini (SP) COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO Rosana Alves (ES) Suzy Santana Cavalcante (BA) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP) Silvia Wanick Sarinho (PE) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO Victor Horácio da Costa Junior (PR) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Jefferson Pedro Piva (RS) COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR) Clóvis Francisco Constantino (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) Tânia Denise Resener (RS) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) Jefferson Pedro Piva (RS) Sérgio Luís Amantéa (RS) Gil Simões Batista (RJ) Susana Maciel Wuillaume (RJ) Aurimery Gomes Chermont (PA) COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA Luciana Rodrigues Silva (BA) Hélcio Maranhão (RN) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES Edson Ferreira Liberal (RJ) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL Susana Maciel Wuillaume (RJ) COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL Herberto José Chong Neto (PR) DIRETOR DE PATRIMÔNIO Cláudio Barsanti (SP) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Gilberto Pascolat (PR) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE) Isabel Rey Madeira (RJ) Joaquim João Caetano Menezes (SP) Valmin Ramos da Silva (ES) Paulo Tadeu Falanghe (SP) Tânia Denise Resener (RS) João Coriolano Rego Barros (SP) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE) Marisa Lopes Miranda (SP) CONSELHO FISCAL Titulares: Núbia Mendonça (SE) Nélson Grisard (SC) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF) Suplentes: Adelma Alves de Figueiredo (RR) João de Melo Régis Filho (PE) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA Presidente: Mario Santoro Júnior (SP) Vice-presidente: Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ) Secretário Geral: Jefferson Pedro Piva (RS)
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