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04/06/2016 1 MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO Profª Andréa L. Cardoso Curso de Especialização em Fisioterapia Respiratória UNIARARAS Psc (superf corpórea) = 0 Pao (abertura das Vas) = 0 PATM (atmosférica) = 1034cmH2O 760mmHg 1ATM=0 Palv (alveolar) =↑↓ Pintrapulmonar Ppl (pleural) = negativa e ↑↓ Pao = Psc = PATM =0 Palv (alveolar) =↑↓ Ppl (pleural) = negativa e ↑↓ Ptransrespiratória PRS=Palv – Patm Faz com que o gás flua para dentro e para for a dos alvéolos Pao = Psc = PATM =0 Palv (alveolar) =↑↓ Ppl (pleural) = negativa e ↑↓ Ptranspulmonar PP=Palv – Ppl Mantém a insulflação alveolar (volume alveolar) Pao = Psc = PATM =0 Palv (alveolar) =↑↓ Ppl (pleural) = negativa e ↑↓ Ptranstorácica PW=Ppl – Psc É a pressão através da parede torácica. Pressão total necessária para expandir ou “contrair” pulmões e parede torácica ANTES da inspiração: Pp= 0 – (-5)= -5 >> Mantém o volume dos pulmões em “repouso” >>Palv e Pao = zero >>não tem fluxo de ar Ptranspulmonar PP=Palv – Ppl Mantém a insulflação alveolar 04/06/2016 2 INSPIRAÇÃO: >> Começa um esforço muscular Ppl fica mais negativa Pp= 0 – (-10)= -10 >> aumenta o gradiente de pressão >> movimento do gás >> começa a expansão pulmonar Ptranspulmonar PP=Palv – Ppl Mantém a insulflação alveolar Músculos da respiração INSPIRAÇÃO: Diafragma Intercostais ACESSÓRIOS: Elevam o esterno e a cx torácica Atividade física EXPIRAÇÃO: Passiva Tosse, vômito e defecação MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS DIAFRAGMA - Principal músculo da inspiração DIAFRAGMA LOCALIZAÇÃO D E Visão Inferior DIAFRAGMA LOCALIZAÇÃO ORIGEM/ INSERÇÃO 04/06/2016 3 DIAFRAGMA INERVAÇÃO DIAFRAGMA - Composição de tipos de fibras Adultos humanos (%) Tipo I 55 ± 5 Tipo IIA 20 ± 6 Tipo IID/X - Tipo IIB 25 ± 3 BRAUN et al. (1983) DIAFRAGMA O diafragma está preparado para manter um regime de contrações rítmicas permanente, desenvolvendo força e resistindo à fadiga, em condições normais fisiológicas. DIAFRAGMA Dinâmica Frênica Movimentos da caixa torácica DIAFRAGMA Disfunção : PARESIA (parcial) e PARALISIA (total) Inspiração Expiração 04/06/2016 4 Inspiração Expiração INTERCOSTAIS EXTERNOS Origem/ Inserção/ Ação/ Inervação “Alça de balde” “Braço de força” Intercostais externos Esternocleidomastoídeo (ECOM)* Escalenos Peitoral Maior Peitoral Menor Trapézio Rombóides Elevador da escápula Serrátil Anterior Elevador da asa do nariz MÚSCULOS ACESSÓRIOS 04/06/2016 5 Insp Exp Expiração: PASSIVA ou ATIVA Músculos Expiratórios Intercostais internos Reto abdominal Oblíquos ext. e int Transverso abdominal >> Mudanças no gradiente de pressão >>> deslocamento de gases >>>> expansão pulmonar 04/06/2016 6 >> MAS POR QUE A INSPIRAÇÃO É ATIVA?? A distenção pulmonar requer que sejam superadas várias forças de oposição FORÇAS ELÁSTICAS e FORÇAS DE ATRITO FORÇAS DE OPOSIÇÃO À INSULFLAÇÃO PULMONAR 1- FORÇAS ELÁSTICAS 2- FORÇAS DE ATRITO 1- Oposição elástica à ventilação Elasticidade Força de tensão superficial Complacência Pulmonar Complacência da Parede torácica Complacência Total > Tendência física de um objeto de resistir à tensão > permite ao corpo retornar à sua forma original, após ter sido deformado por uma força sobre ele aplicada. Fibras Elásticas e de Colágeno ELASTICIDADE LEI DE HOOKE – “As forças deformantes são proporcionais às deformações elásticas produzidas.” 04/06/2016 7 LEI DE HOOKE - A variação do volume é diretamente proporcional à pressão aplicada. Quanto maior a pressão inspiratória gerada pela contração dos músculos inspiratórios, maior será o volume de ar inspirado No pulmão: INSULFLAÇÃO = DISTENSÃO Aumento da oposição à expansão Histerese: indica que outros fatores além das forças elásticas teciduais estão presentes Inspiração: necessário pressões cada vez mais negativas, quanto mais volume tem no pulmão Histerse Aumento da oposição à expansão Fenômeno que ocorre em toda interfase gás-líquido, sendo decorrente das forças de atração ou coesão estabelecida entra átomos e moléculas, situadas no sistema desta interface TENSÃO SUPERFICIAL leva a sua superfície a se comportar como uma membrana elástica. Forças de Tensão Superficial nos Alvéolos - Interface Gás - Líquido √ Um pulmão cheio de ar é mais difícil de ser insuflado do que um cheio de solução salina – interface gás-liquido* √ A interface gás-liquído produz forças de tensão superficial de modo que os alvéolos se assemelham a bolhas Na expiração, a retração pulmonar é uma combinação da elasticidade tecidual e das forças de tensão superficial dos alvéolos Na inspiração: força adicional para vencer a resistência causada pela tensão superficial SURFACTANTE Lipoproteína complexa, rica em fosfolipídios, que é responsável em diminuir a tensão superficial nos alvéolos. É produzido pelos pneumócitos do tipo II Varia a tensão superficial de acordo com a área. 04/06/2016 8 LEI DE LAPLACE: a pressão no interior de uma bolha, é diretamente proporcional a tensão superficial e inversamente proporcional ao raio -Volume Maior → Tensão superficial diminui - Volume Menor → Tensão superficial aumenta Final da EXP: força de tensão superficial aumenta INSP: força adicional para vencer as forças de tensão superficial FORÇAS DE TENSÃO SUPERFICIAL NOS ALVÉOLOS - INTERFACE GÁS-LIQUIDO Insuflação: pressão adicional para vencer as forças de tensão superficial Desinsuflação: forças de tensão superficial aumenta As forças elásticas teciduais e a tensão superficial, se opõem a insuflação pulmonar Complacência: mensura a distensibilidade do pulmão Elastância: é a propriedade de resistência á deformação Complacência é inversa à Elastância COMPLACÊNCIA PULMONAR (tecido pulmonar) ELASTÂNCIA e COMPLACÊNCIA Quanto Elastância Complacência Complacência é inversa à Elastância Complacência = ___1____ Elastância COMPLACÊNCIA - alteração de volume de ar pela alteração unidade de pressão. COMPLACÊNCIA NORMAL - Δ V (200ml/cmH2O) ΔP Mensurada com fluxo zero, estática 04/06/2016 9 Complacência aumentada Enfisema pulmonar Idade Crise de asma Complacência dimunuída Edema alveolar Hipoventilação por longo prazo (atelectasias) Fibrose pulmonar Congestão Pulmonar Repouso: equilibrio de forças - CRF CRF = 40% da CPT (nível de repouso ) COMPLACÊNCIA TORÁCICA Tecido torácico Complacência Total √ Complacência Total = C pulmonar + C cx torácica (100ml/cmH2O) 04/06/2016 10 2- Oposição do Atrito à ventilação Resistência Viscosa Tecidual Resistência das Vias Aéreas Impedância dos movimentos causada pelo deslocamento dos tecidos durante a ventilação ( pulmões, caixa torácica, diafragma e órgãos abdominais) - Responsável por 20% da resistência total Obesidade, fibrose, ascite podem alterar a resistência viscosa tecidual Resistência Viscosa Tecidual Causado pelo movimento gasoso através das VAs Responsável por 80% da resistência por atrito à ventilação Dependente: • Fluxo de ar • Calibre dos tubos R = P1- P2 Fluxo ΔP=ήLV r4 ή =Viscosidade do gás L= comprimento do tubo V=fluxo gasoso R= raio Resistência x Volume Resistência x Força/pressão 0,5 – 2,5 cmH2O/L/seg RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS Fluxode ar Fluxo laminar - baixas velocidades. Acontece nas vias aéreas de menor calibre. Fluxo turbulento: é um fluxo com velocidade alta, que corre nas grandes vias aéreas como a traquéia e brônquios. Fluxo de ar Fluxo transicional: é um fluxo primariamente laminar chegando à uma deformação em regiões de estreitamento ou bifurcação, onde ele se altera para turbulento. Distribuição da Resistência das Vias Aéreas 04/06/2016 11 FATORES QUE INFLUÊNCIAM A RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS • Geometria da árvore brônquica • Volume pulmonar • Retração elástica • Densidade e viscosidade do gás • Tônus da musculatura lisa MECÂNICA DA EXPIRAÇÃO Ponto de igual pressão Constante de tempo
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