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CASOS CLÍNICOS ABDOME AGUDO

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CASOS CLÍNICOS ABDOME AGUDO
CASO CLÍNICO 01
ANAMNESE
Paciente do sexo feminino, há um dia começou a
sentir dor em cólica por todo o abdome, grau 8 em
uma escala de 0 a 10, acompanhada por parada
na eliminação de gases e fezes. Relata dois
episódios de vômitos nas últimas horas. Nega
qualquer outro sintoma relacionado ao aparelho
digestivo e aos demais aparelhos.
G0P0A0, DUM: 15/10/2016. Nega hemotransfusões
prévias. Refere cirurgia gástrica por úlcera
duodenal (sic) há quatro anos em Salvador.
Apresentou cartão vacinal completo. Nega DM, HAS,
tuberculose ou neoplasias. Nega hipertensão e
diabetes na família. Refere ser heterossexual, possuir
parceiro fixo há 1 ano e fazer uso de preservativo.
EXAME FÍSICO
REG, desidratada, corada, levemente taquipneica,
acianótica, anictérica. PA: 110×80 FC: 120
bpm FR: 22 ipm Tax: 38,2ºC.
Pele de coloração, textura, elasticidade, mobilidade e
espessura normais,. Turgor diminuído.
Crânio normofelálico sem tumorações, lesões e
regiões de hipersensibilidade. Pupilas isocóricas e
ouvidos, nariz e boca sem achados. Ausência de
linfadenomegalia. Tireoide tópica com consistência
normal, não dolorosa e sem nódulos palpáveis.
AR: Expansibilidade e FTC preservados. Som claro
pulmonar em todo tórax. Murmúrio vesicular bem
distribuído e ausência de ruídos adventícios.
ACV: BRNF em 2T, ausência de sopros, B3 ou B4.
Abdome: cicatriz de incisão mediana xifoumbilical,
bem como distensão simétrica ++. dor difusa à
palpação e ausência de sinais de irritação
peritoneal. A percussão é timpânica difusa e os
ruídos hidroáéreos são aumentados em frequência
e timbre. Toque retal: ausência de fezes em ampola
retal.
Neurologico: sem sinais de irritação meníngea.
Ausência de movimentos involuntários. Tônus
muscular normal. Marcha normal. Sensibilidade
superficial preservada. Reflexos reduzidos +/4+.
EXAMES COMPLEMENTARES
HEMOGRAMA: Hb: 13,4; Lc: 8000; Pqt: 280000;
Ureia: 21 (VR: 15-45) Creatinina: 1,08 (VR: 0,6-1,2)
Na: 138 mEq/ml (VR: 135-145) K: 3,8 mEq/ml (3,5-
4,5).
LAPAROTOMIA EXPLORADORA
O achado intra-operatório inicial confirmou a
presença de uma obstrução completa de íleo,
causada por uma massa resultante da aderência
de algumas alças do íleo entre si.
Na revisão da cavidade abdominal, notou-se a
presença de gastrectomia parcial prévia, com
reconstituição do trânsito intestinal à Billroth II.
Optou-se pela ressecção dessa massa, em virtude da
dificuldade em desfazer as aderências entre elas.
Após a ressecção, foi realizada uma
enteroenteroanastomose término-terminal em plano
único extramucoso e, a seguir, procedeu-se ao
fechamento da parede abdominal por planos.
Ainda na sala operatória, foi efetuada a abertura da
peça de ressecção cirúrgica, em que se verificou a
presença de uma compressa cirúrgica na luz do
intestino delgado e a ausência de qualquer outro
tipo de lesão anatomopatológica.
Não apresentou intercorrências e recebeu alta
hospitalar em boas condições no quinto dia pós-
operatório.
No pós-operatório tardio, após um ano da operação, a
paciente não apresentava qualquer intercorrência.
A análise retrospectiva desse caso mostra tratar- se de
uma situação inusitada, de uma obstrução intestinal
causada pela impactação intraluminar de uma
compressa cirúrgica na luz do intestino delgado.
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO: ABD AGUDO
OBSTRUTIVO POR CORPO ESTRANHO NO
INTESTINO.
CASO CLÍNICO 02
ANAMNESE E EXAME FÍSICO
Paciente do sexo feminino, 27 anos, há 2 dias
começou a sentir dor em cólica em mesogástrio,
vômitos e hiporexia.
Tax: 37,9; P: 100; PA: 100x 60;
REG, hipocorada +/4+; anictérica, sem edemas.
ACV e AR sem alterações;
Abdome tenso e doloroso em QID com
descompressão brusca positiva no ponto de Mc
Burney (sinal de Blumberg); Sinal de Rovsing
positivo; Diminuição dos ruídos hidroaéreos.
Toque retal e vaginal sem alterações;
EXAMES LABORATORIAIS
Hb: 12,0 g%; Lc: 12800; Sg: 80; Bt: 04;
EAS: discreta piúria;
Beta-HCG negativo;
USG: inconclusiva devido à grande quantidade de
gases intestinais.
EVOLUÇÃO CLÍNICA
Solicitado parecer do cirurgião geral que indicou a
realização de TC de abdome.
Devido a ausência de radiologista, paciente ficou
aguardando > 48 horas para a realização da mesma,
com analgésicos e antieméticos, vindo a apresentar
sonolência, hipotensão (80x50 mmHg); taquicardia e
taquidispneia.
Quando foi levada ao Centro Cirúrgico apresentava
sinais difusos de irritação peritoneal. Evoluiu com
PCR não responsiva às manobras de ressuscitação,
vindo a óbito antes mesmo da cirurgia.
SVO: abscesso periapendicular e peritonite difusa
grave;
A família decidiu processar o hospital e os
envolvidos no atendimento.
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO -
APENDICITE AGUDA.
OBS: paciente não precisava esperar TC pois o
alvarado já dava o diagnóstico. Paciente fez choque
séptico de foco abdominal. Tinha que ter sido
indicado a cirurgia no momento.
CASO CLÍNICO 03
Uma paciente de 65 anos de idade, obesa, com
dislipidemia, diabética e tabagista, procurou
atendimento de urgência queixando-se de dor
abdominal que iniciou há dois dias. Refere parada
de evacuação há três dias e iniciou quadro de
vômitos há 12 horas. Nega febre, calafrios ou
sintomas associados. Ao exame físico, os sinais vitais
na admissão são PA = 140 mmHg x 72 mmHg, FC =
115 bpm, glicemia capilar = 280 mg/dL e SatO2 =
93%. Foram constatados abaulamento na região
inguinal esquerda, endurecimento local à
palpação logo abaixo do ligamento inguinal
direito, com dor intensa local, abdome distendido,
com dor difusa, porém sem sinais de irritação
peritoneal.
De acordo com esse caso clínico, assinale a
alternativa que apresenta o tipo de abdome agudo, a
etiologia dos sintomas e a melhor conduta para a
paciente.
A. Obstrutivo–hérnia femoral encarcerada–
inguinotomia.
B. Inflamatório–hérnia femoral encarcerada–
laparotomia exploradora.
C. Obstrutivo–hérnia inguinal estrangulada–
laparotomia exploratória.
D. Inflamatório–hérnia inguinal estrangulada–
inguinotomia.
CASO CLÍNICO 04
A causa mais frequente de obstrução intestinal é:
A. Neoplasia maligna colorretal.
B. Hérnias da parede abdominal.
C. Aderências de cirurgias prévias.
D. Doença inflamatória intestinal em atividade.
CASO CLÍNICO 05
Mulher, branca, 69 anos, dá entrada em pronto
atendimento secundário devido dor contínua em
hipocôndrio direito (HCD), associada a febre
termometrada de 38C a e vômitos frequentes. O
colega de plantão solicita, via SUS Fácil, vaga para
transferência ao hospital de referência, com
diagnóstico de “abdome agudo inflamatório”, após
iniciar empiricamente Ceftriaxone e Metronidazol
endovenosos. Após 48 horas aguardando a vaga, a
paciente evolui com melhora da dor em HCD, porém,
é transferida para o hospital de referência. Na
admissão, foram observados vômitos não biliosos,
logo após cada tentativa de ingestão oral, com
cólicas em andar superior de abdome, sem
distensão abdominal evidente. Foi realizado RX de
tórax, cuja imagem é apresentada a seguir:
O diagnóstico topográfico, responsável pelas
manifestações clinicas observadas no hospital de
referência, é:
A. Vesícula biliar.
B. Válvula íleo-cecal.
C. Transição jejuno-ileal.
D. Piloro.
CASO CLÍNICO 06
Paciente masculino, 71 anos, vai ao pronto-socorro
queixando-se dor abdominal, em cólica, difusa,
associada a parada de eliminação de flatos e fezes
há 5 dias. Apresentou vários episódios de vômitos.
Refere “hérnia abdominal” há cerca de 10 anos.
Hipertenso e diabético. Exame clínico geral sem
alterações. Abdome globoso, distendido, doloroso à
palpação de epigástrio associado a abaulamento
local, endurado, de cerca de 5×5 cm, sem
hiperemia. Conteúdo herniário irredutível. Toque
retal com fecaloma. Exames laboratoriais.
Creatinina: 2,46 mg/dL, ureia: 99 mg/dL,
hemoglobina: 14,9 g/dL, leucócitos: 8.950/mrr³,
amilase: 48 U/L, INR: 1,12, lactato venoso: 15.1
(até 20 é normal).
De acordo com os achados:
A. Trata-se de obstrução intestinal mecânica
podendo ser complicada.
B. Deve-se realizar sedação e redução do saco
herniário.
C. Trata-se de uma hérnia estrangulada.
D. Deve-se realizar ultrassom de abdome.
CASOCLÍNICO 07
Paciente feminina, 54 anos, internada na Emergência
com quadro de dor abdominal e vômitos. O quadro
tem cerca de 48 horas de evolução. Ao colher a
história, o colega de plantão identificou que os
vômitos iniciaram após as 24h do quadro de dor, e
tem aspecto escurecido de odor pouco
característico. Ao exame físico, apresenta cicatriz
de “Pffanenstiel” (Cesárea), quadro de distensão
abdominal importante, os ruídos hidroaéreos
estão aumentados. A dor é difusa, mal definida. A
paciente apresenta-se desidratada ++ / 4,
hemodinamicamente estável e afebril no momento.
Não apresenta patologias de base, não usa nenhum
medicamento, tem apenas histórico de duas
Cesáreas anteriores.
Sobre o provável diagnóstico de Abdome Agudo
Obstrutivo dessa paciente, assinale a alternativa
correta:
A. Os vômitos mais tardios indicam um provável
quadro de obstrução de delgado alta ou proximal.
B. Os vômitos mais tardios indicam um provável
quadro de obstrução de cólon com válvula ileocecal
competente
C. Os vômitos mais tardios indicam um provável
quadro de obstrução de delgado baixa ou distal.
D. Os vômitos mais tardios indicam um quadro de
provável obstrução de cólon com válvula ileocecal
incompetente.
E. Os vômitos mais tardios não têm nenhuma relação
com o provável sítio da obstrução.
CASO CLÍNICO 08
Rafael, 54 anos, foi admitido no pronto socorro com
quadro de dor abdominal de início gradual e de
padrão inespecífico nas regiões mesogástrica e
fossa ilíaca esquerda (FIE) há cerca de 24 horas e
com piora da intensidade nas últimas seis horas.
Paciente encontra-se em BEG, corado com
temperatura de 37,7ºC e FC de 108bpm. Abdome
com dor à palpação em FIE com descompressão
brusca positiva.
Com relação à investigação complementar qual dos
seguintes exames está mais indicado para
elucidação diagnóstica desse paciente:
a) Enema opaco.
b) Colonoscopia.
c) Retossigmoidoscopia flexível.
d) Retossigmoidoscopia rígida.
e) Tomografia computadorizada do abdome.
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO POR
DIVERTICULITE.

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