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LEGISLAÇÃO-E-POLITICAS-PUBLICAS

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LEGISLAÇÃO E POLITICAS PUBLICAS 
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Faculdade de Minas 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO 4 
O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS? 4 
OBJETIVOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 6 
POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS SÃO E QUEM FAZ. 7 
O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 23 
CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
 24 
AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO 25 
CONCLUSAO 42 
REFERENCIAS 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de 
um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz 
de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, 
técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e 
propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras 
normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma 
base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
A legislação da educação é o corpo ou conjunto de leis referentes à educação. 
Contribui para a organização do ensino e às questões da matéria educacional, como, 
por exemplo, a profissão de professor, a democratização de ensino etc. 
A política pública é um sistema de ações sociais que compreende um esforço 
da sociedade principalmente das instituições para garantir de forma permanente, os 
direitos de cidadania a todos, fundamentalmente os mais necessitados que estão na 
zona de pobreza e esquecido pelos políticos. Daí a necessidade da promoção de 
políticas públicas adequada seja na saúde ou na educação, aéreas estas que devem 
ter maior atenção. 
A escola é uma instituição cujo papel na sociedade é de responsabilizar-se 
pela educação formal dos cidadãos, se posicionando como um dos agentes em 
condições de contribuir para a transformação destas, sendo dever do Estado garantir 
a estrutura e a qualidade de ensino nas escolas. Sabemos que a educação pública 
é responsabilidade do governo federal, estadual e municipal. 
O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS? 
 
 
 
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 “Políticas públicas” são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder 
público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e 
sociedade, mediações entre atores d a sociedade e do Estado. São, nesse 
caso, políticas explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, 
programas, linha s de financiamentos) que orientam ações que normalmente 
envolvem aplicações de recursos públicos. Nem sempre porém, há compatibilidade 
entre a s intervenções e declarações de vontade e as ações desenvolvidas. 
Devem ser consideradas também as “não-ações”, as omissões, como formas de 
manifestação de políticas, pois representam opções e orientações dos que ocupam 
cargos. As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração e 
implantação e, sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder 
político, envolvendo a distribuição e redistribuição de poder, o papel do conflito 
social nos processos de decisão, a repartição de custos e benefícios sociais. Como 
o poder é uma relação social que envolve vários a tores com projetos e 
interesses diferenciados e até contraditórios, há necessidade de mediações 
sociais e institucionais, para que se possa obter um mínimo de consenso e, 
assim, as políticas públicas possam ser legitimadas e obter eficácia. Elaborar uma 
política pública significa definir quem decide o quê, quando, com que 
consequências e para quem. São definições relacionadas com a natureza do 
regime político em que se vive, com o grau de organização da sociedade 
civil e com a cultura política vigente. Nesse sentido, cabe distinguir “Políticas 
Públicas” de “Políticas Governamentais”. Nem sempre “políticas governamentais” 
são públicas, embora sejam estatais. Para serem “públicas”, é preciso considerar 
a quem se destinam os resultados ou benefícios, e se o seu processo de 
elaboração é submetido ao debate público. A presença cada vez mais ativa da 
sociedade civil n as questões de interesse geral, torna a publicização 
fundamental. As políticas públicas tratam de recursos públicos diretamente ou 
através de renúncia fiscal (isenções), ou de regular relações que envolvem 
interesses públicos. Elas se realizam num campo extremamente contraditório 
onde se entrecruzam interesses e visões de mundo conflitantes e onde os 
limites entre público e privado são de difícil demarcação. Daí a necessidade 
do debate público, da transparência, da sua elaboração em espaços públicos e 
não nos gabinetes governamentais. 
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OBJETIVOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
 
 
 
As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente dos 
setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. Essas 
demandas são interpretadas por aqueles que ocupam o pode r, mas 
influenciadas por uma agenda que se cria na sociedade civil a través da 
pressão e mobilização social. Visam ampliar e efetivar direitos de cidadania, 
também gestados nas lutas sociais e que passam a ser reconhecidos 
institucionalmente. Outras políticas objetivam promover o desenvolvimento, 
criando alternativas de geração de emprego e renda como forma compensatória 
dos ajustes criados por outras políticas de cunho mais estratégico (econômicas). 
 Ainda outras são necessárias para regular conflito s entre os diversos 
atores sociais que, m esmo hegemônicos, têm contradições de interesses que 
não se resolvem por si mesmas ou pelo mercado e necessitam de mediação. Os 
objetivos das políticas têm uma referência valorativa e exprimem as opções e 
visões de mundo d aqueles que controlam o poder, mesmo que, para sua 
legitimação, necessitem contemplar certos interesses de segmentos sociais 
dominados, dependendo assim da sua capacidade de organização e negociação. 
 
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POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS SÃO E 
QUEM FAZ. 
 
As políticas públicas de educação são programas ou ações que são criadas 
pelos governos para colocar em prática medidas que garantam o acesso à educação 
para todos os cidadãos. 
Além de garantir a educação para todos também é função das políticas 
públicas avaliar e ajudar a melhorar a qualidade do ensino do país. 
As políticas públicas educacionais são ligadas a todas as medidas e decisões 
que são tomadas pelo governo em relação ao ensino e à educação no país. 
 
 Quem faz as políticas públicas de educação? 
As políticas educacionais são propostas, estudadas e criadas a partir de leis 
que são votadas pelo membros Poder Legislativo (deputados federais e estaduais, 
senadores e vereadores) em cada uma das esferas de governo: federal, estadual e 
municipal. 
O membros do PoderExecutivo (presidente da República, governadores e 
prefeitos) também podem propor medidas que possam fazer melhorias na área da 
educação. 
A população também pode participar da formação das política públicas de 
educação? 
Sim. Os cidadãos podem e devem participar da formação das políticas 
públicas. Em muitos casos a origem das políticas públicas de educação vem de 
pedidos ou de necessidades que são sugeridas pela população através de processos 
de participação popular. 
Uma das maneiras de participar da criação das políticas públicas é pela 
participação nos conselhos de políticas públicas. Os conselhos são formados por 
representantes do governo e por cidadãos. São espaços de discussão em que as 
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pessoas podem dar sua opinião, falar sobre suas necessidades e sugerir mudanças 
que possam trazer mais benefícios para a educação. 
Se na sua cidade não existe um conselho de políticas públicas é possível pedir 
a formação de um, já que a existência dos conselhos é um direito previsto na 
Constituição Federal. 
Política pública são ações sociais coletivas que têm por objetivo à garantia de 
direitos perante a sociedade, envolvendo compromissos e tomadas de decisões para 
determinadas finalidades. É importante saber como são definidas algumas atividades 
que requerem uma avaliação nas etapas de planejamento das políticas e instruções 
governamentais, que geram informações que possibilitam novas escolhas na análise 
para possíveis necessidades de reorientações de ações para se alcançar os objetivos 
traçados. 
Por isso é preciso compreender que: 
“Programa – é um conjunto de atividades constituídas para serem realizadas 
dentro de um cronograma e orçamento específicos disponíveis para a criação de 
condições que permitam o alcance de metas políticas desejáveis” (SILVA, 2002, p. 
18). 
“Projeto – é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um 
programa, envolvendo um conjunto de operações, das quais resulta um produto final 
que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo” (GARCIA, 
1997, p. 6). 
 
 Políticas públicas de educação no Brasil 
Conheça alguns exemplos de políticas públicas de educação que existem no país. 
 Programa Brasil Alfabetizado 
Desde o ano de 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) vem servindo 
como porta de acesso à cidadania para jovens, adultos e idosos; visando combater o 
analfabetismo no país. 
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O programa, que funciona em todo o território nacional tem como seu objetivo 
reverter os índices de analfabetismo, desde jovens de 15 anos a idosos, contribuindo 
com a universalização do Ensino Fundamental no Brasil. 
Se você ainda não conhece a fundo o programa, continue lendo este artigo, e 
saiba como é o funcionamento do Programa Brasil Alfabetizado. 
 
A principal finalidade do PBA é a promoção do combate ao analfabetismo entre 
adolescentes a partir de 15 anos, adultos e idosos. A intuição do programa reconhece 
a educação como direito humano e o donativo público da alfabetização como 
ingressão à escolarização de indivíduos ao longo da vida. 
O Brasil Alfabetizado, por meio de ações também oferece ações, por meio de 
apoios financeiros e técnicos de projetos de alfabetização a este público, 
apresentados pelas cidades, Estados e Distrito Federal. 
As secretarias de Educação dos Estados brasileiros, Distrito Federal e de 
municípios aderem ao programa através do Sistema Brasil Alfabetizado. 
 
Onde o Brasil Alfabetizado atua 
O PBA está presente em todo o território nacional, com foco em atender aos 
municípios prioritários caracterizados pela alta taxa de analfabetismo. Boa parte das 
cidades ficam situadas na região Nordeste, abrangendo 90% dos locais atendidos. 
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Deste modo, os municípios recebem apoio técnico para implantar as ações do 
programa, sempre com a ideia de dar continuidade aos estudos de jovens e idosos 
na categoria de analfabetos. 
A adesão ao programa tem resoluções especificas, apresentadas pelo Diário 
Oficial da União em estados, municípios e no Distrito Federal. 
Números obtidos pelo PBA 
Desde sua criação, em 2003, o programa vem apresentando bons números e 
alfabetizando milhares de brasileiros, com idade entre 15 até à cima dos 60 anos. 
Isso é positivo, pois auxilia na busca de emprego, por exemplo, visto que o jovem com 
o ensino médio completo tem mais chances dentro do mercado. 
Até 2012, o Brasil Alfabetizado conseguiu atender mais de 14 milhões de 
jovens e adultos, quantidade essa atendida desde que o programa foi iniciado pelo 
Governo Federal. Somente nesse ano, aproximadamente 1,2 milhões alfabetizando 
com idades variadas foram atendidos pelo PBA, concluindo as fases de ensino 
sabendo ler e escrever. 
Os alfabetizadores 
O Governo Federal dá preferência em contratar professores da rede pública de 
ensino, que recebem uma bolsa auxílio por parte do Ministério da Educação. No 
entanto, qualquer cidadão interessado pode participar do PBA como alfabetizador, 
desde que tenha concluído o ensino médio. 
Para isso, professores e interessados devem efetuar um cadastro junto a 
prefeitura de seus municípios ou com a secretaria de Estado. Eles recebem formação 
adequada para poder trabalhar pelo programa. 
Em 2007 o sistema de bolsas foi reformulado, passando a ser pego pelo 
Governo Federal diretamente na conta corrente do bolsista, tanto para os 
alfabetizadores como também para aqueles que atuam como coordenadores do 
programa. 
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As bolsas de remuneração são classificadas de I a V, com valores que variam 
de R$ 400,00 a R$ 750,00. O cargo mais alto dentro do programa é alfabetizador 
voltado as turmas em estabelecimentos penais, como a Fundação Casa, que se 
enquadra na bolsa classe V. 
O MEC ainda repassa recursos financeiros aos estados e municípios que 
participam do programa, para financiamento das ações desenvolvidas por que 
englobam a formação dos alfabetizadores, aquisição de material escolar para apoio 
do aluno e professor, itens para alimentação, entre outros. 
Além disso há algumas outras ações complementares voltadas a alfabetização 
e educação para jovens e adultos, como o Programa Educação nas Prisões, por 
exemplo. 
 
 
 
 
 
https://pronatec.pro.br/encceja-2017-duvidas-inscricoes-e-provas/
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 Educação para Jovens e Adultos (EJA) 
 
 
 
 
 
 
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino, que 
perpassa todos os níveis da Educação Básica do país. Essa modalidade é destinada 
a jovens e adultos que não deram continuidade em seus estudos e para aqueles que 
não tiveram o acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio na idade apropriada. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 
1º diz: 
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, 
que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais 
apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições 
de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
Os antigos Cursos Supletivos particulares, que até alguns anos eram a única 
opção para que jovens e adultos cursassem principalmente o Ensino Médio (2º grau 
na época), perderam espaço, embora algumas Instituições continuem sendo 
referência. 
Porém, algumas dessas Instituições (que se dizem reconhecidas pelo MEC) 
passaram a oferecer cursos relâmpagos (com o mesmo currículo do EJA), não 
presencias, ou seja, a distância, com custos elevados. Ao final do prazo “prometido” 
pela Instituição, o educando presta os “exames”. Não são poucas as denúncias de 
fraudes e venda de diplomas falsos. 
https://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/
https://www.infoescola.com/educacao/ensino-medio/
https://www.infoescola.com/educacao/lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao/13 
 
 
 
 
 
 
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Segundo a LDB, em seu artigo 38º, “os sistemas de ensino manterão cursos e 
exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, 
habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”. 
No mesmo artigo, é definida a idade mínima para a realização dos exames: 
- Maiores de 15 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino 
Fundamental. 
- Maiores de 18 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Médio. 
Adolescentes com idades inferiores as estabelecidas acima devem frequentar 
as escolas regulares. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos no 
Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos e estão disponíveis no site 
do MEC. Já o currículo para o EJA no Ensino Médio utiliza como referência a Base 
Nacional Comum, que deve ser complementada por uma parte que atenderá a 
diversidade dos estudantes. 
Muitas vezes as pessoas que se formam nessa modalidade de educação são 
vítimas de diversas espécies de preconceitos. É importante lembrar que a maioria das 
pessoas que frequentam a Educação de Jovens e Adultos são comprometidas com 
a aprendizagem, entendem a importância da educação, portanto estão lá por que 
desejam e/ou precisam. 
Geralmente, as pessoas que se formam nessa modalidade de educação, 
assim como as formadas pelo ensino regular, podem apresentar desempenho 
satisfatório no mercado de trabalho, assim como na continuidade dos estudos, 
inclusive no Ensino Superior. 
 
 
 
 
 
https://www.infoescola.com/sociologia/preconceito/
https://www.infoescola.com/educacao/aprendizagem/
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 Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego 
(PRONATEC) 
 
Programa Nacional de Acesso ao 
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) 
tem como objetivo expandir, interiorizar 
e democratizar a oferta de cursos 
técnicos e profissionais de nível médio, 
e de cursos de formação inicial e 
continuada para trabalhadores. A 
medida intensifica o programa de 
expansão de escolas técnicas em todo 
o país. Além das 81 unidades que estão 
em execução e devem ser inauguradas neste e no próximo ano, o Governo Federal 
deve anunciar nos próximos dias outras 120. Com as 140 existentes até 2002, mais 
as 214 inauguradas no governo anterior, a rede federal deverá contar com cerca de 
600 unidades escolares administradas pelos 38 institutos federais de educação, 
ciência e tecnologia e um atendimento direto de mais de 600 mil estudantes, em todo 
o país. 
Além disso, o Pronatec visa a ampliação de vagas e expansão das redes 
estaduais de educação profissional. Ou seja, a oferta, pelos estados, de ensino médio 
concomitante com a educação profissional. Esta ação será abarcada pelo programa 
Brasil Profissionalizado, parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que 
teve a adesão das 27 unidades da federação. Os recursos serão repassados para 
construção, reforma, ampliação de infraestrutura escolar e de recursos pedagógicos, 
além da formação de professores. 
 
 Programa Universidade Para Todos (PROUNI) 
O PROUNI – Programa Universidade Para Todos promove o acesso às 
universidades particulares brasileiras para estudantes de baixa renda que tenham 
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estudado o ensino médio exclusivamente em escola pública, ou como bolsista integral 
em escola particular. 
 
Criado em 2004 e oficializado em 13 de janeiro de 2005 pelo Governo Federal, 
com a Lei 11.096, o PROUNI realiza importante trabalho de inclusão social pela 
concessão de bolsas de estudos de 50% e de 100% em instituições de ensino 
superior privadas, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica. 
Para requerer uma bolsa do PROUNI o candidato é obrigado a prestar o ENEM – 
Exame Nacional de Ensino Médio (que avalia as habilidades e competências dos 
estudantes que concluíram o ensino médio) e obter média mínima de 450 pontos e 
nota maior que zero na redação. 
 
 MEDIOTEC 
 
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É um programa que oferece cursos de 
ensino técnico dedicado aos estudantes que 
estão cursando ensino médio nas escolas 
públicas estaduais. 
O MEDIOTEC é uma ação do 
Pronatec/Bolsa Formação que visa a oferta de 
cursos técnicos concomitantes ao ensino 
médio para alunos regularmente matriculados 
nas redes públicas de educação. A oferta será 
realizada no contra turno em que o aluno cursa 
o ensino médio regular. 
Os alunos matriculados no Ensino Médio das escolas públicas de 22 
municípios mineiros já podem se inscrever para um dos 10 cursos técnicos que serão 
ofertados a distância pela Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal. Os 
cursos são gratuitos e serão realizados em concomitância com a Rede Estadual de 
Educação. 
A parceria faz parte do Programa MEDIOTEC lançado pelo Governo 
Federal. O Ministério da Educação foi o responsável pela definição dos municípios e 
cursos que compõe a oferta de cada instituição. 
A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais foi a responsável pela 
seleção dos alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ead.caf.ufv.br/wp-content/uploads/MEDIOTEC-FINAL-1.png
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 Programa Escola Acessível 
 
 
 
O programa foi criado aumentar a acessibilidade no ambiente escolar da rede 
pública de ensino. Oferece informação e recursos de ensino para melhorar o 
aprendizado de estudantes com necessidades especiais. 
Objetivo: Promover condições de acessibilidade ao ambiente físico, aos 
recursos didáticos e pedagógicos e à comunicação e informação nas escolas públicas 
de ensino regular. 
Ações:O Programa disponibiliza recursos, por meio do Programa Dinheiro 
Direto na Escola - PDDE, às escolas contempladas pelo Programa Implantação de 
Salas de Recursos Multifuncionais. No âmbito deste programa são financiáveis as 
seguintes ações: 
Adequação arquitetônica: rampas, sanitários, vias de acesso, instalação de 
corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora; 
Aquisição de cadeiras de rodas, recursos de tecnologia assistiva, bebedouros 
e mobiliários acessíveis; 
 
Como acessar: As escolas contempladas, conforme relação anual publicada em 
Resolução FNDE/PDDE – Escola Acessível, efetivam cadastro no Sistema Integrado 
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de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação - SIMEC, onde 
inserem o plano de atendimento contendo o planejamento de utilização dos recursos. 
 
 Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais 
Indígenas (PROLIND) 
 
 
O Programa de Apoio à Formação Superior 
e Licenciaturas Interculturais Indígenas (PROLIND) 
é um programa realizado pelo Ministério da 
Educação (MEC), numa iniciativa conjunta de duas 
de suas secretarias, a Secretaria de Educação a 
Distância, Alfabetização e Diversidade (Secad) e 
a Secretaria de Ensino Superior (SESU). O principal objetivo do programa é apoiar 
financeiramente cursos de licenciatura especificamente destinados à formação de 
professores de escolas indígenas, as chamadas licenciaturas indígenas ou 
licenciaturas interculturais. 
O processo de criação do programa envolveu a ação de diversos atores 
durante o início da década de 2000. A Comissão Nacional de Educação Escolar 
Indígena (CNEEI), na época denominada Comissão Nacional dos Professores 
Indígenas (CNPI) passou a reivindicar junto ao MEC a criação de políticas de apoio à 
formação universitária de professores de escolas indígenas. Tais reivindicações 
consistiam principalmente na demanda por introduzir no Programa Diversidade na 
Universidade (primeira iniciativa do MEC no sentido de criar uma política pública 
ligada ao acesso diferenciado de minorias étnico-raciais, iniciado no ano de 2003 a 
partir da participação do governo brasileiro na Conferência de Durban no ano 
anterior) mecanismos de apoio à formação superior indígena, para além dofinanciamento de cursos pré-vestibulares a alunos indígenas realizado até então. 
O movimento pela criação dessa política ganhou corpo no ano de 2004, a partir 
da contratação pela SESU de Renata Bondim, assessora da Organização das 
Nações Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) responsável por 
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/mec/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/mec/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/secad/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/secad/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/sesu/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cneei/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cneei/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/diversidade-na-universidade/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/diversidade-na-universidade/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/conferencia-de-durban/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/renata-bondim/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/unesco/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/unesco/
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promover o debate com universidades, movimentos sociais e governo em torno do 
tema do ensino superior indígena e da criação, pelo MEC, da Comissão Especial para 
Formação Superior Indígena (CESI), composta por organizações governamentais e 
não governamentais. Tal comissão foi responsável por elaborar no ano de 2005 as 
diretrizes político pedagógicas do PROLIND, que passou a vigorar a partir da 
publicação do edital n.º 5/2005/ SESU/Secad-MEC. 
O PROLIND não constitui uma política de apoio permanente, sendo a liberação 
de fluxos financeiros condicionada pela criação de editais que selecionam os projetos 
das universidades públicas interessadas. Foram lançados até hoje três instrumentos 
jurídicos desse tipo (o já mencionado edital de 2005, o edital de 2008 e o edital de 
2009), que por sua vez já contemplaram 20 institutos de ensino superior. O MEC 
estima que 1564 professores indígenas estavam em formação no ano de 2010 em 
cursos financiados pelo PROLIND. A seleção dos projetos é feita por um Comitê 
Técnico Multidisciplinar, formado por representantes da Fundação Nacional do Índio 
(FUNAI), da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), da Associação Brasileira 
de Linguística (ABRALIN), do Fórum Brasileiro de Pró-Reitores de Graduação e, 
no edital de 2005, pelo ex-conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), 
Jamil Cury. 
Inicialmente, o edital de 2005 previa também o apoio a projetos que visassem 
a permanência de estudante indígenas em cursos regulares, mas nos editais 
seguintes tal eixo de financiamento deixou de existir. Os recursos financeiros desse 
primeiro edital vieram, em parte do Programa Diversidade na Universidade, apoiado 
pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e em parte com recursos da 
SESU. 
No ano de 2006, o MEC realizou, juntamente com o Programa Trilhas de 
Conhecimentos, a FUNAI, a Universidade de Brasília (UnB), e outros parceiros, 
o Seminário Nacional de Avaliação do PROLIND, onde foram discutidas as 
primeiras experiências de cursos de licenciatura indígena e elaboradas demandas 
para políticas públicas na área. 
 
 Programa Caminho da Escola 
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cesi-comissao-especial-para-formacao-superior-indigena/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cesi-comissao-especial-para-formacao-superior-indigena/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2005-do-prolind/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2005-do-prolind/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2008-do-prolind/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2009-do-prolind/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2009-do-prolind/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/funai/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/funai/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/forgrad/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cne/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/bid/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/trilhas-de-conhecimentos/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/trilhas-de-conhecimentos/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/funai/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/unb/
https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/seminario-prolind/
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O Programa criado para melhorar e aumentar a frota de veículos que faz o 
transporte escolar nas redes de ensino estaduais e municipais. 
O programa Caminho da Escola objetiva renovar, padronizar e ampliar a frota 
de veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação básica 
pública. Voltado a estudantes residentes, prioritariamente, em áreas rurais e 
ribeirinhas, o programa oferece ônibus, lanchas e bicicletas fabricados especialmente 
para o tráfego nestas regiões, sempre visando à segurança e à qualidade do 
transporte. 
A quem se destina? 
Estudantes da rede pública de educação básica. Gestores educacionais são 
os responsáveis pela aquisição dos veículos. 
Como acessar? 
Existem três formas para entes federativos adquirirem veículos do Caminho da 
Escola: assistência financeira do FNDE no âmbito do Plano de Ações Articuladas 
(PAR), conforme disponibilidade orçamentária consignada na Lei Orçamentária 
Anual; recursos próprios; e linha de crédito do BNDES (exceto para bicicletas). 
De qualquer forma, devem aderir à ata respectiva no Sistema de 
gerenciamento de Adesão a Registro de Preços – Sigarp 
(www.fnde.gov.br/sigarpweb). 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
 Educação em Prisões 
 
 
É um programa educativo 
de apoio financeiro e técnico para 
dar ensino a jovens e adultos que 
cumprem pena no sistema 
prisional. Assegurar à pessoa em 
situação de privação de liberdade 
no sistema prisional paulista o 
direito à educação básica é o objetivo da Secretaria da Educação por meio do 
programa de Educação nas Prisões. O ensino é oferecido em unidades prisionais do 
Estado em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). 
A modalidade de ensino é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), em 
consonância com a legislação nacional. São utilizados os materiais da EJA da rede 
estadual, “EJA Mundo do Trabalho”, em articulação com o Currículo do Estado de 
São Paulo. 
As classes de EJA, de Ensino Fundamental e Ensino Médio, que funcionam 
nas unidades prisionais são vinculadas a uma escola estadual mais próxima à 
unidade prisional, como prevê a Resolução Conjunta SE-SAP 2/2016. 
 
 Programa Brasil Profissionalizado 
 
 
http://www.educacao.sp.gov.br/educacao-jovens-adultos
http://www.educacao.sp.gov.br/curriculo
http://www.educacao.sp.gov.br/curriculo
http://www.educacao.sp.gov.br/lise/sislegis/detresol.asp?strAto=20161230002
22 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
 
O Programa Brasil Profissionalizado tem por objetivo conceder apoio financeiro 
às redes públicas de ensino dos estados e do Distrito Federal, com vistas a contribuir 
para o fortalecimento e expansão da educação profissional e tecnológica. 
Por meio do Programa é viabilizada a construção, a reforma e a modernização 
de unidades escolares, incluindo a aquisição de equipamentos, mobiliários e 
laboratórios. 
Além disso, propicia o financiamento de recursos pedagógicos e de formação 
e qualificação dos profissionais da educação. 
Todo o suporte do Programa tem por propósito criar as condições para a 
articulação entre formação geral e educação profissional no contexto dos arranjos 
produtivos e das vocações locais e regionais. 
 
Público 
 
Criado em 2007, por meio do Decreto nº 6.302 de 12 de dezembro, seu público-alvo 
são os jovens e adultos que acessam escolaspúblicas estaduais e distritais ofertantes 
de ensino médio integrado com a educação profissional e tecnológica. 
Como funciona 
 
O Programa presta assistência financeira às ações de expansão e fortalecimento das 
redes estaduais ofertantes do ensino médio integrado à educação profissional e 
tecnológica, mediante seleção e aprovação de propostas, formalizadas por meio de 
acordo, na forma da legislação aplicável, viabilizando: 
 a construção e ampliação de unidades escolares; 
 a reforma e modernização de unidades escolares; 
 a aquisição de equipamentos, mobiliários e laboratórios e; o 
financiamento de recursos pedagógicos e de formação e qualificação 
dos profissionais da educação. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6302.htm
23 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
No âmbito de sua execução, cabe à Secretaria de Educação Profissional e 
Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), a coordenação, o 
monitoramento e a avaliação das ações do Programa. 
Ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) compete a 
responsabilidade pelo acompanhamento da execução físico-financeira dos 
convênios. 
 
O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
 
Conjunto de normas educacionais, legais e infra legais, leis e regulamentos, 
com instrução jurídica, relativas ao setor educacional. 
24 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
A legislação Educacional possui duas naturezas: uma reguladora e uma 
regulamentadora. Ela é reguladora quando se manifesta através de leis, sejam 
federais, estaduais ou municipais. As normas constitucionais que tratam da educação 
são as fontes primárias da regulação e organização da educação nacional, pois, por 
elas, definem-se as competências constitucionais e atribuições administrativas da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Abaixo das normas 
constitucionais, temos as leis federais, ordinárias ou complementares, que regulam o 
sistema nacional de educação. 
A legislação regulamentadora, ao contrário da legislação reguladora não é 
descritiva, mas prescritiva, volta-se à própria práxis da educação. Os decretos 
presidenciais, as portarias ministeriais e interministeriais, as resoluções e pareceres 
dos órgãos do Ministério da Educação, como o Conselho Nacional da Educação ou o 
Fundo de Desenvolvimento da Educação como serão executadas as regras jurídicas 
ou das disposições legais contidas no processo de regulação da educação nacional. 
A regulamentação não cria direito porque limita-se a instituir normas sobre a execução 
da lei, tomando as providências indispensáveis para o funcionamento dos serviços 
educacionais. 
A legislação educacional do Brasil enquanto nação independente tem seu 
início na Constituição Imperial de 1824 (a qual continha um artigo sobre educação 
escolar primária gratuita) e prossegue até a Constituição Federal de 1988, 
considerando-se aí também as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas dos 
Municípios e toda a legislação ordinária, com ênfase especial na Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, nos diferentes momentos históricos em que elas 
ocorreram. 
CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA 
EDUCACIONAL BRASILEIRO 
O sistema educacional no Brasil é baseado na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (Lei 9394/96). No caso do ensino superior, existe uma vasta gama 
de normas, entre decretos, pareceres e leis, como aponta o coordenador-geral de 
Legislação e Normas da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação 
25 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
(MEC), Marilson Santana. Ele destaca que, com a Reforma Universitária, haverá uma 
regulamentação mais robusta do ensino superior. 
A Lei 9131/95 criou o Conselho Nacional de Educação (CNE), composto por 
duas câmaras autônomas: a Câmara de Educação Superior e a Câmara de Educação 
Básica. Cabe ao CNE auxiliar o MEC na formulação e avaliação da política nacional 
de educação. 
Já o Plano Nacional de Educação foi instituído pela Lei 10172/01. Ele 
estabelece uma série de metas que deverão ser implementadas até 2010. 
A Lei 11096/05 criou o Programa Universidade para Todos (ProUni), por intermédio 
do qual alunos de baixa renda recebem bolsas para estudar em instituições privadas. 
O ProUni foi instituído inicialmente por medida provisória. 
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) foi 
estabelecido pela Lei 10061/04, e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino 
Superior (Fies) é objeto da Lei 10260/01. Outra lei importante é a 8958/94, que define 
a relação entre as fundações de apoio e as instituições de ensino superior e de 
pesquisa científica e tecnológica. 
O Decreto 3860/01 classifica as instituições de ensino superior, define suas 
regras de credenciamento e de autorização de cursos, entre outras. 
AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO 
 Constituição Federal de 1988 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever 
do Estado e da família, será promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com 
base nos seguintes princípios: I – igualdade de 
condições para o acesso e permanência na escola; 
Art. 208. O dever do Estado com a Educação será 
efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm
26 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - 
atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade. Art. 213. Os 
recursos públicos serão destinados às escolas, podendo ser dirigidos a escolas 
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I – comprovem 
finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação. 
 1.Toda pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo 
menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é 
obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos 
estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu 
mérito. 
 2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana 
e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer 
a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos 
raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas 
para a manutenção da paz. 
 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de 
educação a dar aos filhos. 
 Declaração Universal dos Direitos do Homem 
Artigo 26 
 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei 8069 / 1990 
 
https://jus.com.br/tudo/educacao
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm
27 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
 
O Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA) é uma lei 
de proteção e garantia de direitos de 
crianças e adolescentes. É uma lei 
federal (lei nº 8069/90) que substituiu 
a aplicação do Código de Menores. 
A legislação é extensa, com 
267 artigos que tratam de temas 
como: direito à vida e à saúde, 
convivência familiar, educação, 
profissionalização, trabalho e cultura. 
Foi criada para a proteção de crianças e adolescentes, a partir da implantação 
de medidas como: 
 Atendimento aos jovens que cometem atos infracionais 
 Aplicação de medidas protetivas 
 Constituição dos Conselhos Tutelares e da Justiça da Infância e da Juventude 
 O ECA é destinado à proteção das crianças e dos adolescentes. De acordo 
com a lei: 
 São consideradas crianças as pessoas que tenham até 12 anos incompletos 
 São adolescentes os que possuem entre 12 e 18 anos 
Direito à educação, à cultura, esporte e lazer 
Esses direitos são importantes para queas crianças e jovens tenham um 
desenvolvimento pleno, preparando-os para exercerem sua cidadania integralmente. 
O Estado deve garantir o acesso ao ensino fundamental obrigatório, ensino 
médio e outros níveis de ensino. Também é obrigatória a oferta de creches e pré-
escolas para as crianças até 5 anos. 
Se forem constatados casos de maus-tratos, excesso de faltas à escola ou 
muitas repetências, estas situações devem ser comunicadas ao Conselho Tutelar. 
28 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
 FundefEmenda Constitucional 14 / 1996 Lei 9424 /1996 
 
 
 
Em 1996, o Ministério da Educação criou o Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) 
para atender o ensino fundamental. 
Os recursos para o Fundef vinham das receitas dos impostos e das 
transferências dos estados, Distrito Federal e municípios vinculados à educação. 
O Fundef vigorou até 2006, quando foi substituído pelo Fundo de Manutenção 
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da 
Educação (Fundeb). 
De tal modo, toda a educação básica, educandos da educação infantil, do 
ensino fundamental e médio e da educação de jovens e adultos, passa a ser 
beneficiada com recursos federais. Um compromisso da União com a educação 
básica, que se estenderá até 2020. 
Tendo o objetivo de aumentar os recursos aplicados pela União, estados e 
municípios na educação básica pública e melhorar a formação e o salário dos 
profissionais da educação. 
Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação 
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata o art. 
60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 
de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 
1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras 
providências. 
O FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é distribuído de acordo 
com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino fundamental. Do 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc14.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9424.htm
29 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao salário dos profissionais 
do magistério. Os créditos dos repasses para estados e municípios são feitos em 
conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Já o Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da 
Educação (FUNDEB) deverá financiar não só a educação fundamental, mas também 
a educação infantil, a média e a de jovens e adultos. Ele atende toda a educação 
básica, da creche ao ensino médio. Substituto do Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), 
que vigorou de 1997 a 2006, o FUNDEB está em vigor desde janeiro de 2007 e se 
estenderá até 2020. 
Um dos objetivos do FUNDEB é a inclusão progressiva de todas as crianças 
da creche a pré-escola, assim como de todos os jovens e adultos que não concluíram 
o ensino médio. 
O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e 
a aplicação dos recursos do programa são feitas através da União, estados e 
municípios. O FUNDEB propõe uma distribuição dos recursos com base nos critérios 
do número de matricula da educação, baseado no censo escolar do ano anterior. 
Todavia, existe uma extrema desigualdade entre os recursos disponíveis nos três 
sistemas que permeia durante toda história. 
 
A história da vinculação obrigatória para o FUNDEB se deu da seguinte 
forma: 
 1934: União e municípios deveriam investir 10%; Estados e DF 20%. 
 1937: A vinculação foi suprimida pela ditadura militar. 
 1946: Retomou os percentuais de 34%, todavia, os municípios passou a 
investir 20%. 
 1969: Estados e União deixaram de aplicar o recurso. 
 1983: restabeleceu a vinculação, fixando um percentual mínimo de: União 
13%; Estados, Distrito Federal (DF) e municípios 25%. 
 1988: O percentual da União foi ampliado para 18%. 
https://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/
https://www.infoescola.com/educacao/educacao-infantil/
30 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
 1990: Houve uma inflação dessa vinculação chegando a 30% a 40% ao mês. 
Com isso sugiram os problemas de renúncia fiscal generalizada, sonegação 
fiscal gigantesca e corrupção dos órgãos fiscalizadores. 
 2000: Foi criado o DRU (Desvinculação de Receita da União) que passou a 
desvincular 20% dos impostos federais, prejudicando o financiamento. 
 2004: O produto da arrecadação do salário-educação passou a compor a 
receita do tesouro nacional. 
 Atualmente, a União deve aplicar no mínimo 18% e os Estados, DF e 
municípios 25%. 
 
 FUNDEB, INCLUSÃO EM TODA A EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
O FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério) foi instituído em 1996 e implementado 
em 1º de janeiro de 1998. É constituído com recursos do Fundo de Participação dos 
Estados (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre Produtos 
Industrializados e Exportações (IPIexp) e pela desoneração das exportações prevista 
na Lei Complementar nº 87, de 1996 (Lei Kandir). 
O secretário de Educação Básica do MEC e presidente do Conselho do Fundef 
na esfera da União, Francisco das Chagas, confirmou que quer mediar ao máximo os 
estudos sobre os dois fundos (FUNDEF e FUNDEB). Para isso encontros regionais 
com os conselheiros do Fundef foram realizados:- “Discutimos amplamente com os 
conselhos municipais e estaduais a organização e o funcionamento dos conselhos e 
a redefinição do financiamento da educação em cima da proposta do Fundeb”. 
Lideranças da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) entregaram ao ministro 
Tarso Genro, dois estudos a respeito do conflito financeiro da criação do Fundeb 
https://www.infoescola.com/economia/inflacao/
31 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
sobre os municípios brasileiros. Na ocasião, o ministro afirmou que o MEC não 
apresentará nenhum projeto sem antes debater e interatuar com as prefeituras. O 
ministério delineará o projeto do novo FUNDEB (Fundo Nacional de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica) após extensos debates e pareceres da Frente 
Nacional dos Prefeitos . 
O que sabemos sobre o FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é 
distribuído de acordo com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino 
fundamental. Do total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao salário 
dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses para estados e municípios 
são feitos em conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Para este ano, a 
estimativa é que o Fundef destinará R$ 28 bilhões e 700 milhões para investimento 
no ensino fundamental .O governo federal fixou o valor mínimo R$ 537,71 por aluno 
de 1ª a 4ª série, e R$ 564,60 para os de 5ª a 8ª e da educação especial do ensino 
fundamental da rede pública. 
A deputada Fátima Bezerra comentou: -“ o FUNDEB vai herdar uma legislação 
melhor, providências serão tomadas para melhor controle social do fundo: os recursos 
serão repassados automaticamente para contas únicas e específicas dos governos 
estaduais, do Distrito Federal e dos municípios e será ampliado o número de 
conselheiros, de seis para 10 a nível federal; estaduais de sete para oito, e municipais 
de quatro para seis conselheiros. Haverá, ainda, maior representação da sociedade 
civil, principalmente de estudantes”. Está em estudo projeto de lei substitutivo, que 
altera a Lei nº 9.424, de 24/12/1996 (Lei do Fundef). Encontros estaduais sobre o 
Fundeb para ouvir especialistas no assunto e analisar as características dos gastos 
com educação nos estados serão realizados até julho, em São Paulo foiagendado 
para o dia 5 de julho. 
"O Fundeb contribui para assegurar a inclusão em toda a educação básica, 
reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade do ensino", explicou Paulo 
EgonWiederkehr, diretor do Fundef. Segundo ele, há prioridades nas discussões, 
como a definição das fontes dos recursos do Fundeb e a contribuição dos municípios 
ao Fundo. "Discutir e criar o Fundeb é uma prioridade do MEC e do governo federal", 
explicou. 
32 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
O FUNDEB substituirá o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). O encontro, denominado 
Colóquio de Representação Nacional sobre o FUNDEB, foi aberto pelo ministro Tarso 
Genro. O FUNDEB deverá financiar não só a educação fundamental, mas também a 
educação infantil, a média e a de jovens e adultos. Com o fundo os percentuais, para 
o ensino médio seriam de R$ 1.342. O fundo trabalhará as desigualdades regionais. 
A proposta, segundo o ministro da Educação, Tarso Genro, não está finalizada a 
posição é aberta e pode mudar. 
 Plano Nacional de Educação 
 
 
 
 
O Plano Nacional de Educação (PNE) deve vigorar de 2011 a 2020. Ele 
apresenta diretrizes e metas para a educação no Brasil. Estabelecendo iniciativas e 
estratégias para todos os níveis, modalidades e etapas educacionais. Ele dá ênfase 
na elaboração dos currículos em todas as modalidades de ensino e na diversidade 
de conteúdos curriculares, prevendo a correção de fluxo e o combatendo a 
discrepância entre a idade e a série do aluno. Para isso, são elaboradas metas para 
aumentar as taxas de alfabetização e de escolaridade. Ele universaliza o ensino 
33 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
fundamental de nove anos para todos os indivíduos de 6 a 14 anos e redimensiona a 
oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno. 
Propõe também, a inclusão de alunos com deficiência, do campo, em regime 
de liberdade assistida, de comunidades indígenas e quilombolas. Outro objetivo 
desse plano é proporcionar uma formação continuada para os professores e 
profissionais da educação, além de estimular a expansão dos estágios. Tem como 
proposta expandir a oferta de matriculas gratuita em instituições particulares de 
ensino, além de investir em equipamentos educativos e expansão da estrutura física. 
Outra proposta é a manutenção e ampliação de programas que acompanhe 
individualmente cada estudante com baixo rendimento escolar, adotando para isso, 
práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e 
progressão parcial. 
O documento determina que em 2015 o investimento do poder público em 
educação seja de no mínimo de 7% do produto interno bruto (PIB) do país. Cabe a 
União promover pelo menos duas conferências nacionais de educação até o final da 
década, sendo o intervalo entre elas de no máximo quatro anos com intervalo de até 
quatro anos entre elas, como forma de avaliar e monitorar a execução do PNE. 
O PNE destaca a importância da autonomia no interior das escolas, mas, 
cumpre-nos alertar que tal autonomia tem sido restrita, já que o poder público impõe 
determinados planejamentos que retiram da escola sua autonomia em protagonizar 
seu projeto educativo. 
Além da desburocratização e a descentralização da gestão financeira, o PNE 
propõe o mesmo para as dimensões pedagógicas e administrativas. Dessa forma, a 
escola passa a contar com um repasse de recursos para o desenvolvimento de sua 
proposta pedagógica e para as despesas de seu cotidiano. 
O plano propõe a implantação de Conselhos em que a comunidade 
educacional participe do processo ativamente nas escolhas de diretores e na 
construção da proposta pedagógica, associando competência e compromisso. 
 
 
https://www.infoescola.com/educacao/reforco-escolar/
https://www.infoescola.com/economia/produto-interno-bruto/
34 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
Conheça cada meta do Plano Nacional de Educação: 
 Meta 1 – Educação Infantil 
Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as 
crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil 
em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 
anos até o final da vigência deste PNE. 
 Meta 2 – Ensino Fundamental 
Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a população de 
6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa 
etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. 
 Meta 3 – Ensino Médio 
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população 
de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, 
a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%. 
 Meta 4 – Inclusão 
Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento 
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de 
ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de 
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, 
públicos ou conveniados. 
 Meta 5 – Alfabetização Infantil 
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino 
fundamental. 
 Meta 6 – Educação Integral 
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas 
públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da 
educação básica. 
 Meta 7 – Qualidade da Educação Básica/IDEB 
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e 
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de 
35 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos 
iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino 
fundamental; 5,2 no ensino médio. 
 Meta 8 – Elevação da escolaridade/Diversidade 
Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a 
alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste 
Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade 
no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre 
negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística – IBGE. 
 Meta 9 – Alfabetização de jovens e adultos 
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 
93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o 
analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo 
funcional. 
 Meta 10 – EJA Integrada 
Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e 
adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à 
educação profissional. 
 Meta 11 – Educação Profissional 
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, 
assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no 
segmento público. 
 Meta 12 – Educação Superior 
Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a 
taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a 
qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas 
matrículas, no segmento público. 
 Meta 13 – Qualidade da Educação Superior 
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de 
mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto 
do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 
35% doutores. 
36 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
 Meta 14 – Pós-Graduação 
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto 
sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil 
doutores. 
 Meta 15 – Profissionais de Educação 
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência deste PNE, 
política nacional de formação dos profissionais da educação de que 
tratam os incisosI, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as 
professoras da educação básica possuam formação específica de nível 
superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em 
que atuam. 
 Meta 16 – Formação 
Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação 
básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) 
os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua 
área de atuação, considerando as necessidades, demandas e 
contextualizações dos sistemas de ensino. 
 Meta 17 – Valorização dos Profissionais do Magistério 
Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de 
educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) 
demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano 
de vigência deste PNE. 
 Meta 18 – Planos de Carreira 
Assegurar, no prazo de 2 anos, a existência de planos de carreira para 
os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os 
sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da 
educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional 
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 
da Constituição Federal. 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
 Meta 19 – Gestão Democrática 
Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão 
democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e 
desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das 
escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para 
tanto. 
 Meta 20 – Financiamento da Educação 
Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, 
no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto – PIB do País no 
5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB 
ao final do decênio. 
 Piso SalarialLei 11738 / 2008 
O que é? 
Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei 11.738, que instituiu o piso salarial 
profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, 
regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 
60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). 
O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual os entes 
federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) não poderão fixar o 
vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica, para a 
jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais. 
Qual o valor do Piso? 
O valor do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério 
público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal foi 
fixado pela Lei em R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais). 
Governadores de alguns estados moveram Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei. Em decisão cautelar, o Supremo Tribunal 
Federal (STF) definiu que o termo “piso” deve ser entendido como a remuneração 
mínima a ser recebida pelos professores. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11738.htm
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Esse valor pode incluir gratificações ou outras vantagens pecuniárias? 
De acordo com o artigo 2o da Lei 11.738/2008, até 31 de dezembro de 2009 
admite-se que para atingir o valor do piso sejam computadas as vantagens 
pecuniárias pagas a qualquer título. Após essa data, ainda segundo a lei, o valor do 
piso deverá corresponder ao vencimento inicial da carreira. 
Até que o STF analise a constitucionalidade da norma, no julgamento de 
mérito, os professores das escolas públicas terão a garantia de não receber abaixo 
de R$ 950,00, podendo ser somados aí o vencimento básico (salário) e as 
gratificações e vantagens. Esse entendimento deverá ser mantido até o julgamento 
final da ADI 4167. 
Deve-se destacar que a definição do piso nacional não impede que os entes 
federativos tenham pisos superiores ao nacional. De qualquer forma, devem ser 
resguardadas as vantagens daqueles que percebam valores acima do referido na Lei. 
Assim, se um professor recebe atualmente uma remuneração mensal superior a R$ 
950,00, seja ela composta de salário, gratificação ou outras vantagens, a 
implementação do piso poderá fazer com que tais vantagens sejam incorporadas ao 
seu vencimento, mas não poderá reduzir sua remuneração total. 
Para que profissionais o Piso se aplica? 
O valor de R$ 950,00 do piso se aplica para profissionais do magistério público 
da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal com 
jornada de 40 horas semanais. 
Quais são os profissionais do magistério público da educação básica? 
Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se 
aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico 
à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, 
orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares 
de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação 
mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação 
nacional. 
 
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Qual o valor do Piso para profissionais de nível superior? 
A Lei não fixa valor para a remuneração de profissionais de nível superior. 
O valor do Piso fixado para profissionais com formação em nível médio deve 
servir de ponto de partida para a fixação dos vencimentos dos profissionais de nível 
superior ou com outros graus de formação, a critério de cada ente federativo. 
 
O que a Lei prevê em relação à carga horária dos profissionais do magistério? 
 
A lei prevê que o piso de R$ 950,00 seja aplicado para uma jornada de 40 
(quarenta) horas semanais. 
Além disso, prevê que, na composição da jornada de trabalho, o limite máximo 
para desempenho das atividades de inteiração com os educandos é de dois terços 
dessa carga horária. 
Em decisão cautelar da ADI 4167, movida pelos governadores, o STF declarou 
inconstitucional a regra que determina o cumprimento de no máximo dois terços da 
carga dos professores para desempenho de atividades em sala de aula. Esse 
entendimento deverá ser mantido até o julgamento final da ADI 4167. 
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 
 
As políticas de educação são garantidas pela Constituição Federal e por outras 
leis, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96). 
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O direito dos cidadãos de ter acesso à educação é garantido pela Constituição 
Federal no artigo 205: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
A(LDB 9394/96) é a legislação que regulamenta o sistema educacional (público 
ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior). 
Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com uma 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus níveis. A 
primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61). 
A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição 
Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à 
educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de 
colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação 
básica e o ensino superior. 
Educação básica: 
 Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) – É 
gratuita mas não obrigatória. É de competência dos municípios. 
 Ensino Fundamental – anos iniciais (do1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º 
ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, gradativamente, os 
municípios serão os responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática 
os municípios estão atendendo aos anos iniciais e os Estados os anos finais. 
 Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade dos 
Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não. 
 
Ensino Superior: 
 É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, 
desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em 
sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de 
ensino superior. 
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A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, 
que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: 
 Educação Especial – Atende aos educandos com necessidades especiais, 
preferencialmente na rede regular de ensino. 
 Educação a distância – Atende aos estudantes em tempos e espaços diversos, 
com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. 
 Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a 
exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos 
tecnológicos e científicos. 
 Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso 
a educação na idade apropriada. 
 Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a respeitar 
a cultura e língua materna de cada tribo. 
Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os recursos 
financeiros e a formação dos profissionais da educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.infoescola.com/pedagogia/educacao-especial/
https://www.infoescola.com/educacao/escolas-indigenas-uma-busca-pela-cultura-sufocada/
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CONCLUSAO 
 
A educação brasileira está longe de chegar ao seu objetivo de se igualar ao 
patamar mundial, mas devemos fazer a nossa parte em ajudar e a lutar para que as 
leis sejam posta em pratica. Muitos programas para escola e professor estão 
disponíveis pelo governo, para que possamos fazer nossa parte e melhorar o rumo 
da educação. Ao governo cabe investir cada vez mais na educação, pois o 
investimento feito até agora não foi o suficiente para melhorar a qualidade de 
educação brasileira. 
Se não foi possível afirmar que os problemas da educação no país podem ser 
resolvidos com as mudanças adotadas, entretanto não se pode afirmar que também 
nada tem foi e tem sido feito para alterar a situação. Com as reformas educacionais 
destacamos que as crianças têm a oportunidade de estar na escola por um período 
maior de tempo, se socializam melhor com as outras crianças, criando maiores 
oportunidades de brincar e inserir-se num contexto cultural novo. O ensino médio tem 
como principal objetivo ser um complemento do ensino fundamental e preparar o 
jovem para o mercado de trabalho e ensino superior, entretanto muito ainda deve ser 
feito para que haja menos evasão escolar nesse período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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