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LEGISLAÇÃO E POLITICAS PUBLICAS 2 Faculdade de Minas Sumário INTRODUÇÃO 4 O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS? 4 OBJETIVOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 6 POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS SÃO E QUEM FAZ. 7 O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL 23 CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO 24 AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO 25 CONCLUSAO 42 REFERENCIAS 43 3 Faculdade de Minas NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras normas de comunicação. Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 4 Faculdade de Minas INTRODUÇÃO A legislação da educação é o corpo ou conjunto de leis referentes à educação. Contribui para a organização do ensino e às questões da matéria educacional, como, por exemplo, a profissão de professor, a democratização de ensino etc. A política pública é um sistema de ações sociais que compreende um esforço da sociedade principalmente das instituições para garantir de forma permanente, os direitos de cidadania a todos, fundamentalmente os mais necessitados que estão na zona de pobreza e esquecido pelos políticos. Daí a necessidade da promoção de políticas públicas adequada seja na saúde ou na educação, aéreas estas que devem ter maior atenção. A escola é uma instituição cujo papel na sociedade é de responsabilizar-se pela educação formal dos cidadãos, se posicionando como um dos agentes em condições de contribuir para a transformação destas, sendo dever do Estado garantir a estrutura e a qualidade de ensino nas escolas. Sabemos que a educação pública é responsabilidade do governo federal, estadual e municipal. O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS? 5 Faculdade de Minas “Políticas públicas” são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações entre atores d a sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas, linha s de financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem aplicações de recursos públicos. Nem sempre porém, há compatibilidade entre a s intervenções e declarações de vontade e as ações desenvolvidas. Devem ser consideradas também as “não-ações”, as omissões, como formas de manifestação de políticas, pois representam opções e orientações dos que ocupam cargos. As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração e implantação e, sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder político, envolvendo a distribuição e redistribuição de poder, o papel do conflito social nos processos de decisão, a repartição de custos e benefícios sociais. Como o poder é uma relação social que envolve vários a tores com projetos e interesses diferenciados e até contraditórios, há necessidade de mediações sociais e institucionais, para que se possa obter um mínimo de consenso e, assim, as políticas públicas possam ser legitimadas e obter eficácia. Elaborar uma política pública significa definir quem decide o quê, quando, com que consequências e para quem. São definições relacionadas com a natureza do regime político em que se vive, com o grau de organização da sociedade civil e com a cultura política vigente. Nesse sentido, cabe distinguir “Políticas Públicas” de “Políticas Governamentais”. Nem sempre “políticas governamentais” são públicas, embora sejam estatais. Para serem “públicas”, é preciso considerar a quem se destinam os resultados ou benefícios, e se o seu processo de elaboração é submetido ao debate público. A presença cada vez mais ativa da sociedade civil n as questões de interesse geral, torna a publicização fundamental. As políticas públicas tratam de recursos públicos diretamente ou através de renúncia fiscal (isenções), ou de regular relações que envolvem interesses públicos. Elas se realizam num campo extremamente contraditório onde se entrecruzam interesses e visões de mundo conflitantes e onde os limites entre público e privado são de difícil demarcação. Daí a necessidade do debate público, da transparência, da sua elaboração em espaços públicos e não nos gabinetes governamentais. 6 Faculdade de Minas OBJETIVOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente dos setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. Essas demandas são interpretadas por aqueles que ocupam o pode r, mas influenciadas por uma agenda que se cria na sociedade civil a través da pressão e mobilização social. Visam ampliar e efetivar direitos de cidadania, também gestados nas lutas sociais e que passam a ser reconhecidos institucionalmente. Outras políticas objetivam promover o desenvolvimento, criando alternativas de geração de emprego e renda como forma compensatória dos ajustes criados por outras políticas de cunho mais estratégico (econômicas). Ainda outras são necessárias para regular conflito s entre os diversos atores sociais que, m esmo hegemônicos, têm contradições de interesses que não se resolvem por si mesmas ou pelo mercado e necessitam de mediação. Os objetivos das políticas têm uma referência valorativa e exprimem as opções e visões de mundo d aqueles que controlam o poder, mesmo que, para sua legitimação, necessitem contemplar certos interesses de segmentos sociais dominados, dependendo assim da sua capacidade de organização e negociação. 7 Faculdade de Minas POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS SÃO E QUEM FAZ. As políticas públicas de educação são programas ou ações que são criadas pelos governos para colocar em prática medidas que garantam o acesso à educação para todos os cidadãos. Além de garantir a educação para todos também é função das políticas públicas avaliar e ajudar a melhorar a qualidade do ensino do país. As políticas públicas educacionais são ligadas a todas as medidas e decisões que são tomadas pelo governo em relação ao ensino e à educação no país. Quem faz as políticas públicas de educação? As políticas educacionais são propostas, estudadas e criadas a partir de leis que são votadas pelo membros Poder Legislativo (deputados federais e estaduais, senadores e vereadores) em cada uma das esferas de governo: federal, estadual e municipal. O membros do PoderExecutivo (presidente da República, governadores e prefeitos) também podem propor medidas que possam fazer melhorias na área da educação. A população também pode participar da formação das política públicas de educação? Sim. Os cidadãos podem e devem participar da formação das políticas públicas. Em muitos casos a origem das políticas públicas de educação vem de pedidos ou de necessidades que são sugeridas pela população através de processos de participação popular. Uma das maneiras de participar da criação das políticas públicas é pela participação nos conselhos de políticas públicas. Os conselhos são formados por representantes do governo e por cidadãos. São espaços de discussão em que as 8 Faculdade de Minas pessoas podem dar sua opinião, falar sobre suas necessidades e sugerir mudanças que possam trazer mais benefícios para a educação. Se na sua cidade não existe um conselho de políticas públicas é possível pedir a formação de um, já que a existência dos conselhos é um direito previsto na Constituição Federal. Política pública são ações sociais coletivas que têm por objetivo à garantia de direitos perante a sociedade, envolvendo compromissos e tomadas de decisões para determinadas finalidades. É importante saber como são definidas algumas atividades que requerem uma avaliação nas etapas de planejamento das políticas e instruções governamentais, que geram informações que possibilitam novas escolhas na análise para possíveis necessidades de reorientações de ações para se alcançar os objetivos traçados. Por isso é preciso compreender que: “Programa – é um conjunto de atividades constituídas para serem realizadas dentro de um cronograma e orçamento específicos disponíveis para a criação de condições que permitam o alcance de metas políticas desejáveis” (SILVA, 2002, p. 18). “Projeto – é um instrumento de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações, das quais resulta um produto final que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo” (GARCIA, 1997, p. 6). Políticas públicas de educação no Brasil Conheça alguns exemplos de políticas públicas de educação que existem no país. Programa Brasil Alfabetizado Desde o ano de 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) vem servindo como porta de acesso à cidadania para jovens, adultos e idosos; visando combater o analfabetismo no país. 9 Faculdade de Minas O programa, que funciona em todo o território nacional tem como seu objetivo reverter os índices de analfabetismo, desde jovens de 15 anos a idosos, contribuindo com a universalização do Ensino Fundamental no Brasil. Se você ainda não conhece a fundo o programa, continue lendo este artigo, e saiba como é o funcionamento do Programa Brasil Alfabetizado. A principal finalidade do PBA é a promoção do combate ao analfabetismo entre adolescentes a partir de 15 anos, adultos e idosos. A intuição do programa reconhece a educação como direito humano e o donativo público da alfabetização como ingressão à escolarização de indivíduos ao longo da vida. O Brasil Alfabetizado, por meio de ações também oferece ações, por meio de apoios financeiros e técnicos de projetos de alfabetização a este público, apresentados pelas cidades, Estados e Distrito Federal. As secretarias de Educação dos Estados brasileiros, Distrito Federal e de municípios aderem ao programa através do Sistema Brasil Alfabetizado. Onde o Brasil Alfabetizado atua O PBA está presente em todo o território nacional, com foco em atender aos municípios prioritários caracterizados pela alta taxa de analfabetismo. Boa parte das cidades ficam situadas na região Nordeste, abrangendo 90% dos locais atendidos. 10 Faculdade de Minas Deste modo, os municípios recebem apoio técnico para implantar as ações do programa, sempre com a ideia de dar continuidade aos estudos de jovens e idosos na categoria de analfabetos. A adesão ao programa tem resoluções especificas, apresentadas pelo Diário Oficial da União em estados, municípios e no Distrito Federal. Números obtidos pelo PBA Desde sua criação, em 2003, o programa vem apresentando bons números e alfabetizando milhares de brasileiros, com idade entre 15 até à cima dos 60 anos. Isso é positivo, pois auxilia na busca de emprego, por exemplo, visto que o jovem com o ensino médio completo tem mais chances dentro do mercado. Até 2012, o Brasil Alfabetizado conseguiu atender mais de 14 milhões de jovens e adultos, quantidade essa atendida desde que o programa foi iniciado pelo Governo Federal. Somente nesse ano, aproximadamente 1,2 milhões alfabetizando com idades variadas foram atendidos pelo PBA, concluindo as fases de ensino sabendo ler e escrever. Os alfabetizadores O Governo Federal dá preferência em contratar professores da rede pública de ensino, que recebem uma bolsa auxílio por parte do Ministério da Educação. No entanto, qualquer cidadão interessado pode participar do PBA como alfabetizador, desde que tenha concluído o ensino médio. Para isso, professores e interessados devem efetuar um cadastro junto a prefeitura de seus municípios ou com a secretaria de Estado. Eles recebem formação adequada para poder trabalhar pelo programa. Em 2007 o sistema de bolsas foi reformulado, passando a ser pego pelo Governo Federal diretamente na conta corrente do bolsista, tanto para os alfabetizadores como também para aqueles que atuam como coordenadores do programa. 11 Faculdade de Minas As bolsas de remuneração são classificadas de I a V, com valores que variam de R$ 400,00 a R$ 750,00. O cargo mais alto dentro do programa é alfabetizador voltado as turmas em estabelecimentos penais, como a Fundação Casa, que se enquadra na bolsa classe V. O MEC ainda repassa recursos financeiros aos estados e municípios que participam do programa, para financiamento das ações desenvolvidas por que englobam a formação dos alfabetizadores, aquisição de material escolar para apoio do aluno e professor, itens para alimentação, entre outros. Além disso há algumas outras ações complementares voltadas a alfabetização e educação para jovens e adultos, como o Programa Educação nas Prisões, por exemplo. https://pronatec.pro.br/encceja-2017-duvidas-inscricoes-e-provas/ 12 Faculdade de Minas Educação para Jovens e Adultos (EJA) A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino, que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país. Essa modalidade é destinada a jovens e adultos que não deram continuidade em seus estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio na idade apropriada. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 1º diz: Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Os antigos Cursos Supletivos particulares, que até alguns anos eram a única opção para que jovens e adultos cursassem principalmente o Ensino Médio (2º grau na época), perderam espaço, embora algumas Instituições continuem sendo referência. Porém, algumas dessas Instituições (que se dizem reconhecidas pelo MEC) passaram a oferecer cursos relâmpagos (com o mesmo currículo do EJA), não presencias, ou seja, a distância, com custos elevados. Ao final do prazo “prometido” pela Instituição, o educando presta os “exames”. Não são poucas as denúncias de fraudes e venda de diplomas falsos. https://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/ https://www.infoescola.com/educacao/ensino-medio/ https://www.infoescola.com/educacao/lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao/13 Faculdade de Minas Segundo a LDB, em seu artigo 38º, “os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”. No mesmo artigo, é definida a idade mínima para a realização dos exames: - Maiores de 15 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Fundamental. - Maiores de 18 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Médio. Adolescentes com idades inferiores as estabelecidas acima devem frequentar as escolas regulares. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos e estão disponíveis no site do MEC. Já o currículo para o EJA no Ensino Médio utiliza como referência a Base Nacional Comum, que deve ser complementada por uma parte que atenderá a diversidade dos estudantes. Muitas vezes as pessoas que se formam nessa modalidade de educação são vítimas de diversas espécies de preconceitos. É importante lembrar que a maioria das pessoas que frequentam a Educação de Jovens e Adultos são comprometidas com a aprendizagem, entendem a importância da educação, portanto estão lá por que desejam e/ou precisam. Geralmente, as pessoas que se formam nessa modalidade de educação, assim como as formadas pelo ensino regular, podem apresentar desempenho satisfatório no mercado de trabalho, assim como na continuidade dos estudos, inclusive no Ensino Superior. https://www.infoescola.com/sociologia/preconceito/ https://www.infoescola.com/educacao/aprendizagem/ 14 Faculdade de Minas Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem como objetivo expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos técnicos e profissionais de nível médio, e de cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores. A medida intensifica o programa de expansão de escolas técnicas em todo o país. Além das 81 unidades que estão em execução e devem ser inauguradas neste e no próximo ano, o Governo Federal deve anunciar nos próximos dias outras 120. Com as 140 existentes até 2002, mais as 214 inauguradas no governo anterior, a rede federal deverá contar com cerca de 600 unidades escolares administradas pelos 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia e um atendimento direto de mais de 600 mil estudantes, em todo o país. Além disso, o Pronatec visa a ampliação de vagas e expansão das redes estaduais de educação profissional. Ou seja, a oferta, pelos estados, de ensino médio concomitante com a educação profissional. Esta ação será abarcada pelo programa Brasil Profissionalizado, parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que teve a adesão das 27 unidades da federação. Os recursos serão repassados para construção, reforma, ampliação de infraestrutura escolar e de recursos pedagógicos, além da formação de professores. Programa Universidade Para Todos (PROUNI) O PROUNI – Programa Universidade Para Todos promove o acesso às universidades particulares brasileiras para estudantes de baixa renda que tenham 15 Faculdade de Minas estudado o ensino médio exclusivamente em escola pública, ou como bolsista integral em escola particular. Criado em 2004 e oficializado em 13 de janeiro de 2005 pelo Governo Federal, com a Lei 11.096, o PROUNI realiza importante trabalho de inclusão social pela concessão de bolsas de estudos de 50% e de 100% em instituições de ensino superior privadas, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica. Para requerer uma bolsa do PROUNI o candidato é obrigado a prestar o ENEM – Exame Nacional de Ensino Médio (que avalia as habilidades e competências dos estudantes que concluíram o ensino médio) e obter média mínima de 450 pontos e nota maior que zero na redação. MEDIOTEC 16 Faculdade de Minas É um programa que oferece cursos de ensino técnico dedicado aos estudantes que estão cursando ensino médio nas escolas públicas estaduais. O MEDIOTEC é uma ação do Pronatec/Bolsa Formação que visa a oferta de cursos técnicos concomitantes ao ensino médio para alunos regularmente matriculados nas redes públicas de educação. A oferta será realizada no contra turno em que o aluno cursa o ensino médio regular. Os alunos matriculados no Ensino Médio das escolas públicas de 22 municípios mineiros já podem se inscrever para um dos 10 cursos técnicos que serão ofertados a distância pela Universidade Federal de Viçosa – Campus Florestal. Os cursos são gratuitos e serão realizados em concomitância com a Rede Estadual de Educação. A parceria faz parte do Programa MEDIOTEC lançado pelo Governo Federal. O Ministério da Educação foi o responsável pela definição dos municípios e cursos que compõe a oferta de cada instituição. A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais foi a responsável pela seleção dos alunos. http://www.ead.caf.ufv.br/wp-content/uploads/MEDIOTEC-FINAL-1.png 17 Faculdade de Minas Programa Escola Acessível O programa foi criado aumentar a acessibilidade no ambiente escolar da rede pública de ensino. Oferece informação e recursos de ensino para melhorar o aprendizado de estudantes com necessidades especiais. Objetivo: Promover condições de acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e à comunicação e informação nas escolas públicas de ensino regular. Ações:O Programa disponibiliza recursos, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, às escolas contempladas pelo Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. No âmbito deste programa são financiáveis as seguintes ações: Adequação arquitetônica: rampas, sanitários, vias de acesso, instalação de corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora; Aquisição de cadeiras de rodas, recursos de tecnologia assistiva, bebedouros e mobiliários acessíveis; Como acessar: As escolas contempladas, conforme relação anual publicada em Resolução FNDE/PDDE – Escola Acessível, efetivam cadastro no Sistema Integrado 18 Faculdade de Minas de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação - SIMEC, onde inserem o plano de atendimento contendo o planejamento de utilização dos recursos. Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (PROLIND) O Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas (PROLIND) é um programa realizado pelo Ministério da Educação (MEC), numa iniciativa conjunta de duas de suas secretarias, a Secretaria de Educação a Distância, Alfabetização e Diversidade (Secad) e a Secretaria de Ensino Superior (SESU). O principal objetivo do programa é apoiar financeiramente cursos de licenciatura especificamente destinados à formação de professores de escolas indígenas, as chamadas licenciaturas indígenas ou licenciaturas interculturais. O processo de criação do programa envolveu a ação de diversos atores durante o início da década de 2000. A Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (CNEEI), na época denominada Comissão Nacional dos Professores Indígenas (CNPI) passou a reivindicar junto ao MEC a criação de políticas de apoio à formação universitária de professores de escolas indígenas. Tais reivindicações consistiam principalmente na demanda por introduzir no Programa Diversidade na Universidade (primeira iniciativa do MEC no sentido de criar uma política pública ligada ao acesso diferenciado de minorias étnico-raciais, iniciado no ano de 2003 a partir da participação do governo brasileiro na Conferência de Durban no ano anterior) mecanismos de apoio à formação superior indígena, para além dofinanciamento de cursos pré-vestibulares a alunos indígenas realizado até então. O movimento pela criação dessa política ganhou corpo no ano de 2004, a partir da contratação pela SESU de Renata Bondim, assessora da Organização das Nações Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) responsável por https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/mec/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/mec/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/secad/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/secad/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/sesu/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cneei/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cneei/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/diversidade-na-universidade/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/diversidade-na-universidade/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/conferencia-de-durban/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/renata-bondim/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/unesco/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/unesco/ 19 Faculdade de Minas promover o debate com universidades, movimentos sociais e governo em torno do tema do ensino superior indígena e da criação, pelo MEC, da Comissão Especial para Formação Superior Indígena (CESI), composta por organizações governamentais e não governamentais. Tal comissão foi responsável por elaborar no ano de 2005 as diretrizes político pedagógicas do PROLIND, que passou a vigorar a partir da publicação do edital n.º 5/2005/ SESU/Secad-MEC. O PROLIND não constitui uma política de apoio permanente, sendo a liberação de fluxos financeiros condicionada pela criação de editais que selecionam os projetos das universidades públicas interessadas. Foram lançados até hoje três instrumentos jurídicos desse tipo (o já mencionado edital de 2005, o edital de 2008 e o edital de 2009), que por sua vez já contemplaram 20 institutos de ensino superior. O MEC estima que 1564 professores indígenas estavam em formação no ano de 2010 em cursos financiados pelo PROLIND. A seleção dos projetos é feita por um Comitê Técnico Multidisciplinar, formado por representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN), do Fórum Brasileiro de Pró-Reitores de Graduação e, no edital de 2005, pelo ex-conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Jamil Cury. Inicialmente, o edital de 2005 previa também o apoio a projetos que visassem a permanência de estudante indígenas em cursos regulares, mas nos editais seguintes tal eixo de financiamento deixou de existir. Os recursos financeiros desse primeiro edital vieram, em parte do Programa Diversidade na Universidade, apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e em parte com recursos da SESU. No ano de 2006, o MEC realizou, juntamente com o Programa Trilhas de Conhecimentos, a FUNAI, a Universidade de Brasília (UnB), e outros parceiros, o Seminário Nacional de Avaliação do PROLIND, onde foram discutidas as primeiras experiências de cursos de licenciatura indígena e elaboradas demandas para políticas públicas na área. Programa Caminho da Escola https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cesi-comissao-especial-para-formacao-superior-indigena/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cesi-comissao-especial-para-formacao-superior-indigena/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2005-do-prolind/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2005-do-prolind/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2008-do-prolind/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2009-do-prolind/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/edital-de-2009-do-prolind/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/funai/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/funai/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/forgrad/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/cne/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/bid/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/trilhas-de-conhecimentos/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/trilhas-de-conhecimentos/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/funai/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/unb/ https://ensinosuperiorindigena.wordpress.com/atores/seminario-prolind/ 20 Faculdade de Minas O Programa criado para melhorar e aumentar a frota de veículos que faz o transporte escolar nas redes de ensino estaduais e municipais. O programa Caminho da Escola objetiva renovar, padronizar e ampliar a frota de veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação básica pública. Voltado a estudantes residentes, prioritariamente, em áreas rurais e ribeirinhas, o programa oferece ônibus, lanchas e bicicletas fabricados especialmente para o tráfego nestas regiões, sempre visando à segurança e à qualidade do transporte. A quem se destina? Estudantes da rede pública de educação básica. Gestores educacionais são os responsáveis pela aquisição dos veículos. Como acessar? Existem três formas para entes federativos adquirirem veículos do Caminho da Escola: assistência financeira do FNDE no âmbito do Plano de Ações Articuladas (PAR), conforme disponibilidade orçamentária consignada na Lei Orçamentária Anual; recursos próprios; e linha de crédito do BNDES (exceto para bicicletas). De qualquer forma, devem aderir à ata respectiva no Sistema de gerenciamento de Adesão a Registro de Preços – Sigarp (www.fnde.gov.br/sigarpweb). 21 Faculdade de Minas Educação em Prisões É um programa educativo de apoio financeiro e técnico para dar ensino a jovens e adultos que cumprem pena no sistema prisional. Assegurar à pessoa em situação de privação de liberdade no sistema prisional paulista o direito à educação básica é o objetivo da Secretaria da Educação por meio do programa de Educação nas Prisões. O ensino é oferecido em unidades prisionais do Estado em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). A modalidade de ensino é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), em consonância com a legislação nacional. São utilizados os materiais da EJA da rede estadual, “EJA Mundo do Trabalho”, em articulação com o Currículo do Estado de São Paulo. As classes de EJA, de Ensino Fundamental e Ensino Médio, que funcionam nas unidades prisionais são vinculadas a uma escola estadual mais próxima à unidade prisional, como prevê a Resolução Conjunta SE-SAP 2/2016. Programa Brasil Profissionalizado http://www.educacao.sp.gov.br/educacao-jovens-adultos http://www.educacao.sp.gov.br/curriculo http://www.educacao.sp.gov.br/curriculo http://www.educacao.sp.gov.br/lise/sislegis/detresol.asp?strAto=20161230002 22 Faculdade de Minas O Programa Brasil Profissionalizado tem por objetivo conceder apoio financeiro às redes públicas de ensino dos estados e do Distrito Federal, com vistas a contribuir para o fortalecimento e expansão da educação profissional e tecnológica. Por meio do Programa é viabilizada a construção, a reforma e a modernização de unidades escolares, incluindo a aquisição de equipamentos, mobiliários e laboratórios. Além disso, propicia o financiamento de recursos pedagógicos e de formação e qualificação dos profissionais da educação. Todo o suporte do Programa tem por propósito criar as condições para a articulação entre formação geral e educação profissional no contexto dos arranjos produtivos e das vocações locais e regionais. Público Criado em 2007, por meio do Decreto nº 6.302 de 12 de dezembro, seu público-alvo são os jovens e adultos que acessam escolaspúblicas estaduais e distritais ofertantes de ensino médio integrado com a educação profissional e tecnológica. Como funciona O Programa presta assistência financeira às ações de expansão e fortalecimento das redes estaduais ofertantes do ensino médio integrado à educação profissional e tecnológica, mediante seleção e aprovação de propostas, formalizadas por meio de acordo, na forma da legislação aplicável, viabilizando: a construção e ampliação de unidades escolares; a reforma e modernização de unidades escolares; a aquisição de equipamentos, mobiliários e laboratórios e; o financiamento de recursos pedagógicos e de formação e qualificação dos profissionais da educação. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6302.htm 23 Faculdade de Minas No âmbito de sua execução, cabe à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), a coordenação, o monitoramento e a avaliação das ações do Programa. Ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) compete a responsabilidade pelo acompanhamento da execução físico-financeira dos convênios. O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL Conjunto de normas educacionais, legais e infra legais, leis e regulamentos, com instrução jurídica, relativas ao setor educacional. 24 Faculdade de Minas A legislação Educacional possui duas naturezas: uma reguladora e uma regulamentadora. Ela é reguladora quando se manifesta através de leis, sejam federais, estaduais ou municipais. As normas constitucionais que tratam da educação são as fontes primárias da regulação e organização da educação nacional, pois, por elas, definem-se as competências constitucionais e atribuições administrativas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Abaixo das normas constitucionais, temos as leis federais, ordinárias ou complementares, que regulam o sistema nacional de educação. A legislação regulamentadora, ao contrário da legislação reguladora não é descritiva, mas prescritiva, volta-se à própria práxis da educação. Os decretos presidenciais, as portarias ministeriais e interministeriais, as resoluções e pareceres dos órgãos do Ministério da Educação, como o Conselho Nacional da Educação ou o Fundo de Desenvolvimento da Educação como serão executadas as regras jurídicas ou das disposições legais contidas no processo de regulação da educação nacional. A regulamentação não cria direito porque limita-se a instituir normas sobre a execução da lei, tomando as providências indispensáveis para o funcionamento dos serviços educacionais. A legislação educacional do Brasil enquanto nação independente tem seu início na Constituição Imperial de 1824 (a qual continha um artigo sobre educação escolar primária gratuita) e prossegue até a Constituição Federal de 1988, considerando-se aí também as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas dos Municípios e toda a legislação ordinária, com ênfase especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos diferentes momentos históricos em que elas ocorreram. CONFIRA AS LEIS QUE REGEM O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO O sistema educacional no Brasil é baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96). No caso do ensino superior, existe uma vasta gama de normas, entre decretos, pareceres e leis, como aponta o coordenador-geral de Legislação e Normas da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação 25 Faculdade de Minas (MEC), Marilson Santana. Ele destaca que, com a Reforma Universitária, haverá uma regulamentação mais robusta do ensino superior. A Lei 9131/95 criou o Conselho Nacional de Educação (CNE), composto por duas câmaras autônomas: a Câmara de Educação Superior e a Câmara de Educação Básica. Cabe ao CNE auxiliar o MEC na formulação e avaliação da política nacional de educação. Já o Plano Nacional de Educação foi instituído pela Lei 10172/01. Ele estabelece uma série de metas que deverão ser implementadas até 2010. A Lei 11096/05 criou o Programa Universidade para Todos (ProUni), por intermédio do qual alunos de baixa renda recebem bolsas para estudar em instituições privadas. O ProUni foi instituído inicialmente por medida provisória. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) foi estabelecido pela Lei 10061/04, e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) é objeto da Lei 10260/01. Outra lei importante é a 8958/94, que define a relação entre as fundações de apoio e as instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica. O Decreto 3860/01 classifica as instituições de ensino superior, define suas regras de credenciamento e de autorização de cursos, entre outras. AS LEIS SOBRE EDUCAÇÃO Constituição Federal de 1988 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm 26 Faculdade de Minas portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade. Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação. 1.Toda pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. 2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o gênero de educação a dar aos filhos. Declaração Universal dos Direitos do Homem Artigo 26 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Lei 8069 / 1990 https://jus.com.br/tudo/educacao http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm 27 Faculdade de Minas O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei de proteção e garantia de direitos de crianças e adolescentes. É uma lei federal (lei nº 8069/90) que substituiu a aplicação do Código de Menores. A legislação é extensa, com 267 artigos que tratam de temas como: direito à vida e à saúde, convivência familiar, educação, profissionalização, trabalho e cultura. Foi criada para a proteção de crianças e adolescentes, a partir da implantação de medidas como: Atendimento aos jovens que cometem atos infracionais Aplicação de medidas protetivas Constituição dos Conselhos Tutelares e da Justiça da Infância e da Juventude O ECA é destinado à proteção das crianças e dos adolescentes. De acordo com a lei: São consideradas crianças as pessoas que tenham até 12 anos incompletos São adolescentes os que possuem entre 12 e 18 anos Direito à educação, à cultura, esporte e lazer Esses direitos são importantes para queas crianças e jovens tenham um desenvolvimento pleno, preparando-os para exercerem sua cidadania integralmente. O Estado deve garantir o acesso ao ensino fundamental obrigatório, ensino médio e outros níveis de ensino. Também é obrigatória a oferta de creches e pré- escolas para as crianças até 5 anos. Se forem constatados casos de maus-tratos, excesso de faltas à escola ou muitas repetências, estas situações devem ser comunicadas ao Conselho Tutelar. 28 Faculdade de Minas FundefEmenda Constitucional 14 / 1996 Lei 9424 /1996 Em 1996, o Ministério da Educação criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) para atender o ensino fundamental. Os recursos para o Fundef vinham das receitas dos impostos e das transferências dos estados, Distrito Federal e municípios vinculados à educação. O Fundef vigorou até 2006, quando foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). De tal modo, toda a educação básica, educandos da educação infantil, do ensino fundamental e médio e da educação de jovens e adultos, passa a ser beneficiada com recursos federais. Um compromisso da União com a educação básica, que se estenderá até 2020. Tendo o objetivo de aumentar os recursos aplicados pela União, estados e municípios na educação básica pública e melhorar a formação e o salário dos profissionais da educação. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências. O FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é distribuído de acordo com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino fundamental. Do http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc14.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9424.htm 29 Faculdade de Minas total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao salário dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses para estados e municípios são feitos em conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Já o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) deverá financiar não só a educação fundamental, mas também a educação infantil, a média e a de jovens e adultos. Ele atende toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Substituto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o FUNDEB está em vigor desde janeiro de 2007 e se estenderá até 2020. Um dos objetivos do FUNDEB é a inclusão progressiva de todas as crianças da creche a pré-escola, assim como de todos os jovens e adultos que não concluíram o ensino médio. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitas através da União, estados e municípios. O FUNDEB propõe uma distribuição dos recursos com base nos critérios do número de matricula da educação, baseado no censo escolar do ano anterior. Todavia, existe uma extrema desigualdade entre os recursos disponíveis nos três sistemas que permeia durante toda história. A história da vinculação obrigatória para o FUNDEB se deu da seguinte forma: 1934: União e municípios deveriam investir 10%; Estados e DF 20%. 1937: A vinculação foi suprimida pela ditadura militar. 1946: Retomou os percentuais de 34%, todavia, os municípios passou a investir 20%. 1969: Estados e União deixaram de aplicar o recurso. 1983: restabeleceu a vinculação, fixando um percentual mínimo de: União 13%; Estados, Distrito Federal (DF) e municípios 25%. 1988: O percentual da União foi ampliado para 18%. https://www.infoescola.com/educacao/ensino-fundamental/ https://www.infoescola.com/educacao/educacao-infantil/ 30 Faculdade de Minas 1990: Houve uma inflação dessa vinculação chegando a 30% a 40% ao mês. Com isso sugiram os problemas de renúncia fiscal generalizada, sonegação fiscal gigantesca e corrupção dos órgãos fiscalizadores. 2000: Foi criado o DRU (Desvinculação de Receita da União) que passou a desvincular 20% dos impostos federais, prejudicando o financiamento. 2004: O produto da arrecadação do salário-educação passou a compor a receita do tesouro nacional. Atualmente, a União deve aplicar no mínimo 18% e os Estados, DF e municípios 25%. FUNDEB, INCLUSÃO EM TODA A EDUCAÇÃO BÁSICA O FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) foi instituído em 1996 e implementado em 1º de janeiro de 1998. É constituído com recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto sobre Produtos Industrializados e Exportações (IPIexp) e pela desoneração das exportações prevista na Lei Complementar nº 87, de 1996 (Lei Kandir). O secretário de Educação Básica do MEC e presidente do Conselho do Fundef na esfera da União, Francisco das Chagas, confirmou que quer mediar ao máximo os estudos sobre os dois fundos (FUNDEF e FUNDEB). Para isso encontros regionais com os conselheiros do Fundef foram realizados:- “Discutimos amplamente com os conselhos municipais e estaduais a organização e o funcionamento dos conselhos e a redefinição do financiamento da educação em cima da proposta do Fundeb”. Lideranças da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) entregaram ao ministro Tarso Genro, dois estudos a respeito do conflito financeiro da criação do Fundeb https://www.infoescola.com/economia/inflacao/ 31 Faculdade de Minas sobre os municípios brasileiros. Na ocasião, o ministro afirmou que o MEC não apresentará nenhum projeto sem antes debater e interatuar com as prefeituras. O ministério delineará o projeto do novo FUNDEB (Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) após extensos debates e pareceres da Frente Nacional dos Prefeitos . O que sabemos sobre o FUNDEF é que o total arrecadado em cada estado é distribuído de acordo com o número de alunos matriculados na rede pública do ensino fundamental. Do total de recursos, pelo menos 60% devem ser destinados ao salário dos profissionais do magistério. Os créditos dos repasses para estados e municípios são feitos em conta específica do Fundef no Banco do Brasil. Para este ano, a estimativa é que o Fundef destinará R$ 28 bilhões e 700 milhões para investimento no ensino fundamental .O governo federal fixou o valor mínimo R$ 537,71 por aluno de 1ª a 4ª série, e R$ 564,60 para os de 5ª a 8ª e da educação especial do ensino fundamental da rede pública. A deputada Fátima Bezerra comentou: -“ o FUNDEB vai herdar uma legislação melhor, providências serão tomadas para melhor controle social do fundo: os recursos serão repassados automaticamente para contas únicas e específicas dos governos estaduais, do Distrito Federal e dos municípios e será ampliado o número de conselheiros, de seis para 10 a nível federal; estaduais de sete para oito, e municipais de quatro para seis conselheiros. Haverá, ainda, maior representação da sociedade civil, principalmente de estudantes”. Está em estudo projeto de lei substitutivo, que altera a Lei nº 9.424, de 24/12/1996 (Lei do Fundef). Encontros estaduais sobre o Fundeb para ouvir especialistas no assunto e analisar as características dos gastos com educação nos estados serão realizados até julho, em São Paulo foiagendado para o dia 5 de julho. "O Fundeb contribui para assegurar a inclusão em toda a educação básica, reduzir as desigualdades e melhorar a qualidade do ensino", explicou Paulo EgonWiederkehr, diretor do Fundef. Segundo ele, há prioridades nas discussões, como a definição das fontes dos recursos do Fundeb e a contribuição dos municípios ao Fundo. "Discutir e criar o Fundeb é uma prioridade do MEC e do governo federal", explicou. 32 Faculdade de Minas O FUNDEB substituirá o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). O encontro, denominado Colóquio de Representação Nacional sobre o FUNDEB, foi aberto pelo ministro Tarso Genro. O FUNDEB deverá financiar não só a educação fundamental, mas também a educação infantil, a média e a de jovens e adultos. Com o fundo os percentuais, para o ensino médio seriam de R$ 1.342. O fundo trabalhará as desigualdades regionais. A proposta, segundo o ministro da Educação, Tarso Genro, não está finalizada a posição é aberta e pode mudar. Plano Nacional de Educação O Plano Nacional de Educação (PNE) deve vigorar de 2011 a 2020. Ele apresenta diretrizes e metas para a educação no Brasil. Estabelecendo iniciativas e estratégias para todos os níveis, modalidades e etapas educacionais. Ele dá ênfase na elaboração dos currículos em todas as modalidades de ensino e na diversidade de conteúdos curriculares, prevendo a correção de fluxo e o combatendo a discrepância entre a idade e a série do aluno. Para isso, são elaboradas metas para aumentar as taxas de alfabetização e de escolaridade. Ele universaliza o ensino 33 Faculdade de Minas fundamental de nove anos para todos os indivíduos de 6 a 14 anos e redimensiona a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno. Propõe também, a inclusão de alunos com deficiência, do campo, em regime de liberdade assistida, de comunidades indígenas e quilombolas. Outro objetivo desse plano é proporcionar uma formação continuada para os professores e profissionais da educação, além de estimular a expansão dos estágios. Tem como proposta expandir a oferta de matriculas gratuita em instituições particulares de ensino, além de investir em equipamentos educativos e expansão da estrutura física. Outra proposta é a manutenção e ampliação de programas que acompanhe individualmente cada estudante com baixo rendimento escolar, adotando para isso, práticas como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial. O documento determina que em 2015 o investimento do poder público em educação seja de no mínimo de 7% do produto interno bruto (PIB) do país. Cabe a União promover pelo menos duas conferências nacionais de educação até o final da década, sendo o intervalo entre elas de no máximo quatro anos com intervalo de até quatro anos entre elas, como forma de avaliar e monitorar a execução do PNE. O PNE destaca a importância da autonomia no interior das escolas, mas, cumpre-nos alertar que tal autonomia tem sido restrita, já que o poder público impõe determinados planejamentos que retiram da escola sua autonomia em protagonizar seu projeto educativo. Além da desburocratização e a descentralização da gestão financeira, o PNE propõe o mesmo para as dimensões pedagógicas e administrativas. Dessa forma, a escola passa a contar com um repasse de recursos para o desenvolvimento de sua proposta pedagógica e para as despesas de seu cotidiano. O plano propõe a implantação de Conselhos em que a comunidade educacional participe do processo ativamente nas escolhas de diretores e na construção da proposta pedagógica, associando competência e compromisso. https://www.infoescola.com/educacao/reforco-escolar/ https://www.infoescola.com/economia/produto-interno-bruto/ 34 Faculdade de Minas Conheça cada meta do Plano Nacional de Educação: Meta 1 – Educação Infantil Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até 3 anos até o final da vigência deste PNE. Meta 2 – Ensino Fundamental Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. Meta 3 – Ensino Médio Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%. Meta 4 – Inclusão Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. Meta 5 – Alfabetização Infantil Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino fundamental. Meta 6 – Educação Integral Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da educação básica. Meta 7 – Qualidade da Educação Básica/IDEB Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de 35 Faculdade de Minas modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio. Meta 8 – Elevação da escolaridade/Diversidade Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Meta 9 – Alfabetização de jovens e adultos Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Meta 10 – EJA Integrada Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Meta 11 – Educação Profissional Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público. Meta 12 – Educação Superior Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público. Meta 13 – Qualidade da Educação Superior Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% doutores. 36 Faculdade de Minas Meta 14 – Pós-Graduação Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Meta 15 – Profissionais de Educação Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisosI, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Meta 16 – Formação Formar, em nível de pós-graduação, 50% dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Meta 17 – Valorização dos Profissionais do Magistério Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano de vigência deste PNE. Meta 18 – Planos de Carreira Assegurar, no prazo de 2 anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. 37 Faculdade de Minas Meta 19 – Gestão Democrática Assegurar condições, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. Meta 20 – Financiamento da Educação Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto – PIB do País no 5º ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio. Piso SalarialLei 11738 / 2008 O que é? Em 16 de julho de 2008 foi sancionada a Lei 11.738, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) não poderão fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica, para a jornada de, no máximo, 40 (quarenta) horas semanais. Qual o valor do Piso? O valor do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal foi fixado pela Lei em R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais). Governadores de alguns estados moveram Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a lei. Em decisão cautelar, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que o termo “piso” deve ser entendido como a remuneração mínima a ser recebida pelos professores. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11738.htm 38 Faculdade de Minas Esse valor pode incluir gratificações ou outras vantagens pecuniárias? De acordo com o artigo 2o da Lei 11.738/2008, até 31 de dezembro de 2009 admite-se que para atingir o valor do piso sejam computadas as vantagens pecuniárias pagas a qualquer título. Após essa data, ainda segundo a lei, o valor do piso deverá corresponder ao vencimento inicial da carreira. Até que o STF analise a constitucionalidade da norma, no julgamento de mérito, os professores das escolas públicas terão a garantia de não receber abaixo de R$ 950,00, podendo ser somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens. Esse entendimento deverá ser mantido até o julgamento final da ADI 4167. Deve-se destacar que a definição do piso nacional não impede que os entes federativos tenham pisos superiores ao nacional. De qualquer forma, devem ser resguardadas as vantagens daqueles que percebam valores acima do referido na Lei. Assim, se um professor recebe atualmente uma remuneração mensal superior a R$ 950,00, seja ela composta de salário, gratificação ou outras vantagens, a implementação do piso poderá fazer com que tais vantagens sejam incorporadas ao seu vencimento, mas não poderá reduzir sua remuneração total. Para que profissionais o Piso se aplica? O valor de R$ 950,00 do piso se aplica para profissionais do magistério público da educação básica com formação em nível médio na modalidade Normal com jornada de 40 horas semanais. Quais são os profissionais do magistério público da educação básica? Por profissionais do magistério público da educação básica entendem-se aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional. 39 Faculdade de Minas Qual o valor do Piso para profissionais de nível superior? A Lei não fixa valor para a remuneração de profissionais de nível superior. O valor do Piso fixado para profissionais com formação em nível médio deve servir de ponto de partida para a fixação dos vencimentos dos profissionais de nível superior ou com outros graus de formação, a critério de cada ente federativo. O que a Lei prevê em relação à carga horária dos profissionais do magistério? A lei prevê que o piso de R$ 950,00 seja aplicado para uma jornada de 40 (quarenta) horas semanais. Além disso, prevê que, na composição da jornada de trabalho, o limite máximo para desempenho das atividades de inteiração com os educandos é de dois terços dessa carga horária. Em decisão cautelar da ADI 4167, movida pelos governadores, o STF declarou inconstitucional a regra que determina o cumprimento de no máximo dois terços da carga dos professores para desempenho de atividades em sala de aula. Esse entendimento deverá ser mantido até o julgamento final da ADI 4167. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira As políticas de educação são garantidas pela Constituição Federal e por outras leis, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 9.394/96). 40 Faculdade de Minas O direito dos cidadãos de ter acesso à educação é garantido pela Constituição Federal no artigo 205: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A(LDB 9394/96) é a legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior). Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus níveis. A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61). A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. Educação básica: Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) – É gratuita mas não obrigatória. É de competência dos municípios. Ensino Fundamental – anos iniciais (do1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática os municípios estão atendendo aos anos iniciais e os Estados os anos finais. Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não. Ensino Superior: É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior. 41 Faculdade de Minas A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: Educação Especial – Atende aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Educação a distância – Atende aos estudantes em tempos e espaços diversos, com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos e científicos. Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso a educação na idade apropriada. Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a respeitar a cultura e língua materna de cada tribo. Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação. https://www.infoescola.com/pedagogia/educacao-especial/ https://www.infoescola.com/educacao/escolas-indigenas-uma-busca-pela-cultura-sufocada/ 42 Faculdade de Minas CONCLUSAO A educação brasileira está longe de chegar ao seu objetivo de se igualar ao patamar mundial, mas devemos fazer a nossa parte em ajudar e a lutar para que as leis sejam posta em pratica. Muitos programas para escola e professor estão disponíveis pelo governo, para que possamos fazer nossa parte e melhorar o rumo da educação. Ao governo cabe investir cada vez mais na educação, pois o investimento feito até agora não foi o suficiente para melhorar a qualidade de educação brasileira. Se não foi possível afirmar que os problemas da educação no país podem ser resolvidos com as mudanças adotadas, entretanto não se pode afirmar que também nada tem foi e tem sido feito para alterar a situação. Com as reformas educacionais destacamos que as crianças têm a oportunidade de estar na escola por um período maior de tempo, se socializam melhor com as outras crianças, criando maiores oportunidades de brincar e inserir-se num contexto cultural novo. O ensino médio tem como principal objetivo ser um complemento do ensino fundamental e preparar o jovem para o mercado de trabalho e ensino superior, entretanto muito ainda deve ser feito para que haja menos evasão escolar nesse período. 43 Faculdade de Minas REFERENCIAS BONAMINO, A. et. a l (2002): Eficácia e eqüidade na educação brasileira: evidências baseadas nos dados do saeb 2 001. PUC-Rio: Departamento de Economia. BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional, Lei n° 9.394, d e 20 de dezembro de 1996. 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