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APOSTILA-MEDIAÇÃO-DE-CONFLITOS-6

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MEDIAÇÃO DE CONFLITOS 
 
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Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 3 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
Art. 5º CF – ............................................................................................................. 5 
Artigo 5º Constituição Federal ............................................................................. 6 
NEGOCIAÇÃO ........................................................................................................... 7 
NEGOCIAÇÃO COMO MÉTODO DE SOLUÇÃO DE ......................................... 7 
CONFLITOS. ....................................................................................................... 7 
POSSÍVEIS CAUSASQUE GERAM OS CONFLITOS............................................ 8 
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO .............................................................................. 9 
RAPPORT: TÉCNICA DE PERSUASÃO UTILIZADA NA NEGOCIAÇÃO 10 
CONCILIAÇÃO ......................................................................................................... 11 
DISPOSITIVOS LEGAIS QUE SÃO ENVOLVIDOS NA .................................... 12 
CONCILIAÇÃO ................................................................................................. 12 
CONCILIAÇÃO: UM PROCESSO DE AUTOCOMPOSIÇÃO ............................... 13 
O MEDIADOR ................................................................................................... 16 
VANTAGENS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO .................................................. 17 
DE QUE FORMA SE DÁ O PROCESSO DE MEDIAÇÃO? ................................. 18 
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO ................................................... 19 
São princípios do processo de mediação: ............................................................ 19 
Negociação ........................................................................................................... 20 
Conciliação ........................................................................................................ 20 
Mediação .............................................................................................................. 21 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 21 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA: ............................................................................. 22 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de um grupo 
de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz de oferecer 
serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de conhecimento, 
aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua formação 
continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, técnicos 
e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e propagando 
os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras normas de 
comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de forma 
confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de 
uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho tem como escopo conceituar os meios alternativos de solução 
de conflitos, em especial a negociação, conciliação e mediação, institutos utilizados 
com a finalidade de solucionar os conflitos existentes entre pessoas que buscam ou 
tutelam algo. 
Mostrar a importância da resolução dos conflitos, como e qual momento são 
aplicados. Estes possuem uma importância singular para o sistema judiciário, pois o 
congestionamento no judiciário brasileiro tem prejudicado em muito o andamento dos 
processos, por deixá-lo demasiadamente lento dificultando, assim, inúmeros 
profissionais do direito e os seus clientes; para pôr fim a esse imbróglio, tem-se 
estimulados os mecanismos alternativos de solução de conflitos. 
O papel destes métodos é que se gere maior satisfação entre as partes 
envolvidas, pois nestes meios a real intenção é, não só resolver o conflito em questão, 
mas principalmente que o conflito solucionado atenda equilibradamente ambas as 
partes em choque, não necessitando passar por toda a lentidão da burocrática 
jurisdição estatal, desafogando, também, o Poder Judiciário. 
Abordaremos as diferenças e os principais aspectos relevantes desses 
conflitos e também a atuação do mediador e do conciliador, que são as pessoas 
responsáveis por direcionar esses litígios, cujo objetivo principal é fazer com que as 
partes se comuniquem e cheguem a um denominador comum, que é o acordo. 
 
 
 
 
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ORIGEM DOS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE 
CONFLITOS 
 
 Antes de iniciarmos sobre as peculiaridades de cada método utilizado na resolução 
de conflito, há a necessidade de explanarmos sobre o motivo pelo qual esses meios 
alternativos surgiram com tamanha eficiência em nosso país e consequentemente 
mostrar sua real importância. Antigamente, nas fases primitivas da trajetória humana, 
não havia a intervenção do Estado para dirimir os conflitos da população, estes eram 
resolvidos através da imposição da vontade do mais forte ou da concessão direta de 
uma parte em nome da paz, ou seja, criando assim algo que hoje conhecemos como 
autotutela ou autodefesa. Como eram as partes envolvidas no conflito que os 
resolviam, chamamos isso de auto composição. Com o passar dos anos, sacerdotes, 
anciãos ou pessoas de grande poder econômico envolvidas nesse jogo de forças, 
passaram a tomar decisões em nome das partes, o que tornava tal decisão obrigatória 
por ser tomada por um terceiro e que não tinha relação com o conflito, surgindo então 
a heterocomposição, ou seja, um conflito que era dirimido mediante os valores de 
uma terceira pessoa. Mediante esse aspecto e posteriormente construído, 
encontramos um sistema que é um exemplo de heterocomposição, o Sistema 
Judiciário, que como já sabemos é lento e vem mostrando de forma bastante clara 
sua dificuldade em lidar com as controvérsias sociais, familiares, econômicas, 
empresariais, políticas, criminais e etc., pelo meio do consagrado e tradicional 
Processo Judicial. Entretanto, o artigo 5º da nossa Carta Magna menciona os direitos 
e deveres individuais e coletivos do cidadão, assegurando em seu inciso XXXV o 
acesso da população ao Poder Judiciário, quando houver lesão ou ameaçar o direito 
dos cidadãos. 
Art. 5º CF – 
 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 1 lesão ou ameaça a 
direito. Destarte, entendemos que a Constituição permite ao cidadão que procure o 
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Poder Judiciário a fim de ter seus direitos assegurados pela mesma. Nesse sentido, 
Araújo comenta que o Poder Judiciário: “garante a imparcialidade de quem julga e 
protege a parte menos forte ou mais desprotegida da relação em conflito. Garante, 
além disso, a igualdade perante a lei a todos os cidadãos, a gratuidade do sistema e 
não deixa ao livre arbítrio das partesa interpretação de normas de cumprimento 
imperativo ou a aplicação de direitos que a lei considera como irrenunciáveis por parte 
dos particulares, além de outros benefícios.” 
 Portanto, conforme exposto vemos por parte do Estado uma proteção ao cidadão, 
criando desse modo uma pré-noção por parte do povo de que somente o Estado 
possui a capacidade e a responsabilidade de resolver os problemas da sociedade, ou 
seja, as pessoas sentem que o seu direito está resguardado e protegido por meio de 
sentença proferida por juiz. Devido este pensamento por parte da sociedade, de que 
somente por meio de processo nos tribunais é que se consegue resolver os litígios, 
que ocasionou essa superlotação do nosso sistema judiciário, havendo dessa forma 
vários problemas, entre eles, demora nos julgamentos dos processos, 
 
Artigo 5º Constituição Federal 
 
ARAÚJO, Luís Alberto Gómez. "Os mecanismos alternativos de solução de conflitos 
como ferramentas na busca da paz". In Mediação – métodos de resolução de 
controvérsias, n. 1, coord. Ângela Oliveira. São Paulo: LTr, 1999, p.127 – 
132.dificuldade de acesso à justiça, trazendo ao cidadão uma sensação de 
impotência. 
 Com o intuito de desafogar esse sistema falido, começou então a serem 
desenvolvidas novas possibilidades heterocompositivas e também uma forma 
autocompositiva que estão contidas nos Meios Extrajudiciais ou Alternativos de 
Solução de Conflitos que, basicamente, são a Arbitragem, a Negociação, a 
Conciliação e a Mediação. 
 O seu objetivo, em resumo, é possibilitar que os interessados na solução dos litígios 
não dependam da decisão da Justiça Estatal, surgindo no meio dos negócios 
(políticos e comerciais), havendo um incentivo para que as partes litigantes encontrem 
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soluções com maior liberdade, por si próprias, ainda que ajudadas por um terceiro, 
independente, ou mesmo se submetam ao julgamento de um Juiz Privado por elas 
escolhido, livremente, como é o caso da Arbitragem. 
 Diante do exposto, explanaremos a seguir sobre a negociação, conciliação e 
mediação. 
 
NEGOCIAÇÃO 
Palavra que tem a sua origem vinda do latim “negotium”. “Neg” significa “Não” e 
“Otium” quer dizer “Descanso”, ócio. Podemos concluir que significa ausência do 
descanso, ausência de folgo, é negar ao ócio, logo, todo esse contexto do significado 
da palavra NEGOCIAÇÃO, nos remete a pensar em trabalho. Contudo, é visto que 
seja no trabalho, em casa, na faculdade, ou onde quer que estejamos certamente em 
dado momento nos veremos em meio a uma negociação; a negociação é algo que 
faz parte do nosso dia-a-dia, é algo corriqueiro em nossa rotina. Negociar é usar de 
métodos para que através de diálogo e interação, possamos acordar a fim de que 
tenhamos de outrem, alguma coisa e vice versa, de forma que ambos tenham 
satisfação no negócio. É importante citar que, aqueles que apresentam em suas vidas 
particulares facilidades em negociar, de certo, vivem de forma mais proveitosa em 
nosso meio onde a comunicação é imprescindível. 
Por fim vale ressaltar a falsa crença de que negociar seja tirar vantagem sobre algo 
ou alguma pessoa – ERRADO – Negociar não é obter vantagem, pois seu resultado 
é temporário e não permanente. 
 
NEGOCIAÇÃO COMO MÉTODO DE SOLUÇÃO DE 
CONFLITOS. 
 Para que possamos falar de Negociação como forma de solução de conflitos, se faz 
necessário destacarmos como ponto fulcral a diferença entre esta e a conciliação, 
mediação e arbitragem, pois, na negociação não é necessária a intervenção de um 
terceiro para que, por fim, tenha-se a favor das partes um acordo feito em prol de um 
negócio com êxito. 
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 Além disso, na negociação, não é necessário formalidade, até porque, como já 
citamos acima, na negociação são as próprias partes conflitantes que, através do 
diálogo, visam a melhor forma para que possam obter um acordo de forma satisfatória 
e aceitável por ambas. 
 Portanto as partes envolvidas no conflito, através de técnicas de negociação 
chegarão a um denominador comum, assim, estas devem efetuar um planejamento 
para estabelecer objetivos, patamares e alinhamentos para se chegar mais próximo 
do que se deseja, tornando assim a reciprocidade um ponto importante, ou seja, o 
desejo das partes deve ser considerado para se atingir um resultado. 
 O objeto final da negociação, que é o acordo, deve conter pontos que satisfaçam as 
partes envolvidas, desta forma este processo deve possuir começo, meio e fim. É 
também preciso possuir o controle sobre o objeto de uma negociação, seja ele total 
ou parcial. 
 Desta forma, negociar não é barganhar, pois para negociar deve-se utilizar de 
técnicas, estratégias e argumentações sobre os pontos divergentes do conflito em 
questão. No entanto é preciso conhecer as possíveis causas que geram estes 
conflitos para que, posteriormente, possamos atingir o êxito de solucioná-los. 
Por fim, vejamos uma citação curta e clara acerca deste assunto, para que 
possamos ter uma melhor compreensão: “negociação é um processo de comunicação 
com o propósito de atingir um acordo agradável sobre diferentes ideias e 
necessidades”. 
 
POSSÍVEIS CAUSASQUE GERAM OS CONFLITOS 
 
 Muitas vezes ignoramos a origem dos conflitos antes de resolvê-lo, porém esta 
questão é ponto importante para que se chegue a uma solução. A maioria dos 
conflitos que geram uma negociação é proveniente de: Experiência de frustração 
de uma ou ambas as partes: incapacidade de atingir uma ou mais metas e/ou 
satisfazer os seus desejos, por algum tipo de limitação pessoal, técnica ou 
comportamental; 
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Diferenças de personalidade: são invocadas como explicação para as desavenças 
tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e reveladas no 
relacionamento diário de algumas características indesejáveis na outra parte 
envolvida; 
Metas diferentes: é muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos a 
serem atingidos e que podem ser diferentes dos ACCUF. “As Principais 
Ferramentas envolvidas em uma negociação”. Disponível em: de outras pessoas e de 
outros departamentos, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu alcance; 
 Diferença em termos de informações e percepções: costumeiramente tendemos a 
obter informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e referenciais, sem 
levar em conta que isso ocorre também com o outro lado com quem temos de 
conversar e/ou apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma 
diferente de ver as coisas. E chegando ao conhecimento de como surge um conflito, 
seja ele proveniente de qualquer uma destas nascentes, precisamos seguir alguns 
passos para resolvê-los de maneira eficaz, utilizando de técnicas de negociação. 
 
 
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO 
 
 Não se pode ter sucesso em uma negociação o indivíduo que se encontra fechado 
a aceitar as necessidades da parte contrária, ou que sua teimosia seja tamanha que 
o impossibilite de analisar seus próprios erros. Ao entrar em uma negociação, 
esperando dela um bom resultado, deve-se saber que em alguns momentos vamos 
ceder, para que o objeto final possa agradar reciprocamente as partes, no entanto 
existem técnicas que podem ser usadas de modo que possibilita a exposição dos 
pontos de vista e elimine alguns pontos contraditórios iniciais. São astécnicas de uma 
negociação eficaz: Criar uma atmosfera afetiva (Harmonia);Criar uma situação de 
afinidade ou similaridade com a parte contrária. Estabelecer as percepções (Rapport); 
Técnica persuasiva da programação neurolinguística Focalizar em necessidades 
individuais e compartilhadas (Colocar-se no lugar do outro); Enxergar da mesma 
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forma que a parte contrária auxilia os momentos de controvérsias. Construir um poder 
positivo e compartilhado 
(Flexibilidade); O elemento mais flexível é quem controla o sistema. Olhar para o 
futuro e, em seguida,aprender com o passado (Fazer o outro se enxergar); Utilizar 
comparações de fato que a parte contrária assuma seus erros. Gerar opções de 
ganhos mútuos; Desenvolver passos para a ação a ser efetivada; Estabelecer 
acordos de benefícios mútuos. Mas, para que seja possível a concretização desses 
passos aqui expostos, as partes precisam saber se comunicar, ouvir, perguntar, 
colaborar, livrar-se do caráter competitivo, não se acomodar e serem comprometidas 
com todas as questões envolvidas. O manejo de situações de conflito é essencial 
para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das 
tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem 
oportunidades de crescimento mútuo. 
 
RAPPORT: TÉCNICA DE PERSUASÃO UTILIZADA NA 
NEGOCIAÇÃO 
 O dicionário “The American Heritage” define o rapport como “Relação, 
especialmente única de confiança mútua ou afinidade emocional”. Este é um bom 
começo, contudo não suficiente para fazer essa técnica atuar a seu favor. 
 No mundo da Programação Neurolinguística, criar o rapport pode ser entendido 
como o estabelecimento de confiança, harmonia e cooperação em uma relação. Uma 
vez mais a palavra confiança aparece na definição. Assim você está começando a 
perceber que aquele rapport conduz a confiar, e talvez você esteja começando a 
também notar como essa técnica é importante para a negociação. Quando o rapport 
se transforma em persuasão, tiver grande espelhamento com o outro pode conduzir 
a uma situação de aceitação incondicional de uma sugestão. Isto é devido ao nível de 
confiança que vem com o espelhamento. Se houver confiança, então o outro estará 
aberto a aceitar o que você tem a dizer. A primeira e mais importante etapa para saber 
sobre o rapport é, contudo tão simples que frequentemente as pessoas a omitem. 
Para ser efetivo com o espelhamento você tem que PRESTAR ATENÇÃO! Isto 
significa que a parte da negociação que irá utilizar desta técnica deve focalizar na 
pessoa a sua frente. Observe a outra parte com o qual você está interagindo. As 
técnicas do rapport são muitas, mas todas as habilidades do mundo não lhe ajudarão 
em nada se você não prestar atenção na outra pessoa com quem você está 
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negociando. Esta é uma valiosa habilidade para qualquer tipo de relação, seja ela de 
negócios, reunião social ou de família. Se você presta atenção, todas suas outras 
habilidades de relacionamento serão potencializadas. Imitar e espelhar foram 
determinados como os principais fatores para se criar estados poderosos de rapport. 
Igualando os movimentos da outra pessoa, a postura, os atributos vocais, as frases 
chaves e até mesmo a sua respiração. Também é muito poderoso poder igualar os 
seus sistemas de representação. O Rapport é uma prática fascinante e pode conduzir 
o negociador numa viagem de descoberta na direção de entender a parte contrária. 
 
CONCILIAÇÃO 
 
 “Conciliação: s.f. Ação de conciliar, resultado dessa ação. Acordo entre duas partes 
em litígio. Alguns sinônimos: acordo, concordância, concórdia.” 
 A palavra conciliação deriva do latim “conciliatione”, que tem como significado ato 
ou ação de conciliar acordo entre pessoas, acerto de diferenças. É difícil apontar a 
origem da conciliação, pois se entende que faz parte da natureza humana. Por isso 
este instituto não é novo no país, tão pouco em nosso ordenamento jurídico. 
Curiosamente, há uma passagem na Bíblia que se refere à conciliação,o que prova a 
existência da mesma em meio aos povos antigos: “Concilia-te depressa com o teu 
adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o 
adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue aooficial, e te encerrem na prisão. 
Eu te garanto: daí não sairás, enquanto não pagares até o último centavo” Também 
na Roma Antiga, base do nosso Direito, prestigiava-se a conciliação em atributo à 
deusa Concórdia. Exercida geralmente por força de lei, a conciliação é um meio de 
solução de controvérsias onde um terceiro, o conciliador, age para resolver um conflito 
entre as partes, aproximando-as, aconselhando e sugerindo soluções. O conciliador 
é imparcial e trata somente do assunto a que se refere o conflito. Na conciliação o 
papel do juiz torna-se tão respeitável quanto nos processos tradicionais, pois além de 
julgar e manter a justiça, ainda se faz mister a função de pacificação mediante as 
partes para que as relações permanecem da melhor forma possível após o fim da 
conciliação entre as mesmas. 
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DISPOSITIVOS LEGAIS QUE SÃO ENVOLVIDOS NA 
CONCILIAÇÃO 
 A previsão legal referente à conciliação dá-se no artigo 125, IV do Código de 
Processo Civil, “o juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste código, 
competindo-lhe: IV – tentar, a qualquer tempo, conciliar as 
partes”, assim como no artigo 331 do mesmo Código: “Art. 331. Se não ocorrer 
qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e versar a causa sobre 
direitos que admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a realizar-se 
no prazo de 30 (trinta) dias, para a qual serão as partes intimadas a comparecer, 
podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com poderes para transigir. 
§ 1.º Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por sentença § 2.º 
Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos 
controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e determinará as provas 
a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se necessário 
§ 3.º Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias da causa 
evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo, sanear o 
processo e ordenar produção da prova, nos termos do § 2º.”Assim, com o objetivo de 
uniformizar os procedimentos para instalação e as condições de funcionamento dos 
setores de conciliação e mediação nas comarcas e foros dos Estados, o Provimento 
953/04 do Conselho Nacional de Justiça disciplina essa instalação. Ademais, a RDC 
125/10 do CNJ, institui a política judiciária nacional de tratamento dos conflitos de 
interesse, e ainda, com o objetivo de atender a Código de processo Civil Política 
Judiciária Nacional de tratamento de conflitos de interesse foi criado o Provimento 
1868/11. 
 Com o advento da Lei 9958/00, à Consolidação das Leis do Trabalho foram 
acrescentados alguns artigos com o objetivo de facultar às empresas e aos sindicatos 
a criação de Comissões de Conciliação Prévia, são estes os artigos 625-A a 625-H. 
Estes artigos disciplinam desde como e quando é possível dirimir os conflitos 
trabalhistas por meio de conciliação, até por quantos membros esta comissão deve 
ser formada, as garantias dos participantes edos resultados, os prazos prescricionais 
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e a forma com que será lavrado o acordo aceito mediante este processo. Assim, o 
principal objetivo das Comissões de Conciliação Prévia é incentivar a solução 
extrajudicial dos conflitos trabalhistas. Vale ressaltar que, com o objetivo de regular 
os assuntos pertinentes à estrutura, à organização, à competência e ao 
funcionamento deste instituto, existe o REGIMENTO INTERNO DO NÚCLEO 
PERMANENTE DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS. Um 
exemplo deste é que no estado de São Paulo há a capacitação dos conciliadores e 
dos mediadores por meio da Associação dos Advogados de São Paulo, Escola 
Superior de Magistratura e a Ordem dos Advogados de São Paulo, juntamente com 
a Escola Superior de Advocacia, a fim de disciplinar a ética funcional e a 
regulamentação de suas inscrições. 
 
CONCILIAÇÃO: UM PROCESSO DE AUTOCOMPOSIÇÃO 
 
A conciliação é uma forma de autocomposição dos conflitos porque as partes 
interessadas encontram meios para terminar o conflito através de uma negociação, 
sem a presença de um terceiro que proponha a solução (mediação) ou aimponha 
(arbitragem e jurisdição) Apesar de a Lei nº 9.958/00 estabelecer a existência de 
terceiros, os conciliadores, a conciliação continua sendo forma de autocomposição, 
porque, como destoa José Augusto Rodrigues Pinto sobre o instituto: "a atividade de 
alguém que tenta aproximar os protagonistas de um conflito de interesses, 
estimulando-os a encontrar solução negociada que lhe ponha fim". 7 A conciliação 
obtida na forma acima mencionada também representa uma transação, que é um 
negócio jurídico bilateral no qual, atravésde concessões mútuas, os interessados 
previnem ou extinguem obrigações litigiosas ou que envolvem a res dubia (quando há 
incerteza subjetiva quanto ao devido) e para que verdadeiras renúncias não ocorram, 
a atuação dos conciliadores será fundamental não permitindo que outros interesses 
venham a fraudar, impedir ou desvirtuar os preceitos contidos nas normas de proteção 
do direito do trabalho, ressaltando-se que os conciliadores não representam as 
entidades sindicais, portanto eles não têm o poder de validar as renúncias que estes 
órgãos podem negociar e que são previamente garantidas por nossa Constituição 
Federal de 1988 em seu artigo. 7º, VI, XIII e XIV. Se os conciliadores não impedirem 
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as renúncias unilaterais dos trabalhadores, muitas vezes tentados pelo desejo de se 
tornar efetivo, de imediato, um crédito que o empregador não quer pagar em sua 
totalidade, tenha ou não fundamento para assim agir, acredita-se que havendo prova 
do vício de consentimento o Poder Judiciário poderá solicitar a nulidade da suposta 
transação. 
 Espera-se que os trabalhadores não sejam levados à renúncia, mas que ocorram 
verdadeiras transações, fruto da conciliação entre os atores das relações trabalhistas, 
uma vez que a conciliação faz parte da natureza do ser humano. Temos que exercitá-
la e as Comissões de Conciliação Prévia são um incentivo. 
 
 AS CONCILIAÇÕES PODEM SER 
 No Brasil, a conciliação pode ser extrajudicial ou judicial. A conciliação extrajudicial 
depende exclusivamente da vontade das partes e pode ser feita a qualquer 
momento.Já a conciliação judicial pode ser facultativa ou obrigatória. Na facultativa, 
as partes tomam a iniciativa, já na obrigatória, a iniciativa é dever do juiz. A partir da 
reforma do Código de Processo Civil, em 1994, a conciliação judicial foi revigorada, 
pois, em vários dispositivos, a tentativa de conciliação foi privilegiada, permitindo ao 
juiz, a qualquer momento, tentar conciliar as partes,mesmo nas causas não sujeitas 
à audiência. 
No Processo do Trabalho, de acordo com os artigos 846 e 847 da CLT, a conciliação 
é proposta após a defesa do reclamado e renovada depois das razões finais, nos 
termos do artigo 850 da consolidação. Mas nem sempre o juiz exerce essa figura de 
conciliador de maneira produtiva, pois assume uma postura de decidi dor dos 
conflitos, e não se preocupa em trabalhar sua capacidade conciliatória. Desta forma, 
para melhor entendimento, podemos resumir da seguinte forma: Conciliação judicial 
cabe à autoridade judiciária ou por representante tutelado. É endoprocessual, ou seja, 
é realizada dentro do processo, como aponta os artigos já citados. A conciliação é 
obrigatória, cabendo ao juiz a tentativa ao decurso do processo, sendo cabível a 
qualquer momento do mesmo; A conciliação extrajudicial e denominada 
extraprocessual ou préprocessual, é empregada antes de intentada a ação, ou seja, 
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é de exclusiva vontade das partes. Apesar de levar o nome pré-processual pode ser 
executada a qualquer momento também. 
 O tempo de pendência de uma ação judicial é excessivamente longo e oneroso. 
Nossa legislação é de caráter muito técnico, tornando muito dificultoso o 
entendimento de um não jurista. O decorrer dos processos é de extrema formalidade. 
O juiz, no decorrer do processo, normalmente desconhece o que pensam e o que 
preocupa as partes; ele conhece apenas a versão apresentada pelos advogados nos 
articulados, fato que estes muitas vezes distorcem a sua realidade. Todos esses 
fatores fazem da conciliação o melhor caminho para as partes. Garante celeridade na 
resolução do litígio, e tem como objetivo, também, agradar ambas as partes. O que, 
se julgado em processo pelo juiz, não acontece, sempre acaba por dar vantagem a 
uma das partes somente. 
 
MEDIAÇÃO 
 Mediação é o ato do qual ocorre a interferência de um mediador para a busca de 
entendimento e composição entre partes em conflito. A origem etimológica do termo 
"mediação" é latina, de "mediare", vindo de "meditationis", com o sentido de 
intervenção. Esta é um processo de facilitação de comunicação para que se construa 
uma relação em que se possa por um fim no conflito. 
 O mediador é um terceiro neutro, imparcial entre as partes, que, por elas 
voluntariamente escolhido e de sua confiança, tem como função auxiliar a solucionar 
o conflito, incentivando os envolvidos a aceitarem voluntariamente uma solução 
reciprocamente favorável, ou seja, é um canal de comunicação que busca facilitar o 
diálogo. O mediador torna viável essa negociação; cabe a ele encontrar na realidade 
dos envolvidos os instrumentos necessários aos acordos convenientes. No lugar dos 
problemas e das frustrações, o mediador cria opções de êxito comum, enfatizando 
um futuro cooperativo e gerando economia de dinheiro, tempo e energia, ou seja, o 
mediador age como um facilitador, um catalisador, que utilizando da arte de mediar, 
leva as partes a encontrar a solução de seus imbróglios. 
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 A mediação é uma ótima opção. Embora ainda pouco utilizada no Brasil, é comum 
em outros países que estão servindo de exemplos, fomentando reflexões e 
impulsionando experiências em diversas áreas. 
 “Nos Estados Unidos, por exemplo, a mediação de conflitos é estimulada há mais 
de trinta anos, ocasionando o descongestiona mento dos tribunais, enquanto na 
Europa a técnica é adotada por diversas empresas, principalmente no âmbito 
comercial.” 
 Nesses casos, a simples comunicação e sincera vontade dos envolvidos de 
resolveram o imbróglio, de modo rápido e em que ambos fiquem satisfeitos com a 
solução do conflito, não havendo a necessidade do juiz togado ou do árbitro impor 
uma solução, e sim dos próprios envolvidos, dando-se assim uma autocomposição. 
 Desta forma, a mediação sendo um método clássico para resolução de 
controvérsias, tem como objeto final uma assunção de maior responsabilidade das 
partes. Por outro lado, a mediação espelha autocomposição, o que se afirma na exata 
medida em que o mediador se restringe a orientar as partes, de tal sorte que não 
pode, como faz o juiz ou o árbitro, impor qualquer decisão. No processo de mediação 
existe a preocupação de (re)criar vínculos entre as pessoas, estabelecer pontes de 
comunicação, transformar e prevenir conflitos. 
 
O MEDIADOR 
 
 É ponto vencido o fato do terceiro (mediador) ser imparcial/neutro, de confiança e 
escolhido pelas partes, porém um profissional capaz de tal façanha precisa de uma 
formação multidisciplinar,que transcenda o domínio dos textos legais, até porque a 
lide que ele resolve é sociológica e não apenas jurídica; é real e não apenas formal. 
É a ética na prática, fonte que o direito perdeu nos excessos do positivismo 
 Na mediação, de maneira diversa, este mediador, neutro e imparcial, apenas auxilia 
as partes a solucionar o conflito sem sugerir ou impor a solução e também sem 
interferir nos termos do acordo, apenas conduzindo as partes negociantes a 
identificarem os pontos de conflito. O resultado útil da conciliação e da mediação é a 
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transação, ou seja, o acordo entre as partes que, igualmente, podem transacionar 
sem o auxílio de um conciliador ou mediador. 
 Neste ponto vale ressaltar a diferença do mediador para o conciliador. Por mais que 
sejam procedimentos parecidos, há diferenças e não podemosconfundi-los. Em 
nossa cultura, exercemos a conciliação por força de lei e compulsoriamente por 
servidor público que usa a autoridade de seu cargo para tentar promover a solução 
do conflito. Já o mediador é um profissional treinado meio a arte de mediar, qualificado 
a conduzir uma sessão de mediação, pois conhece muito bem o universo da 
negociação. 
 
VANTAGENS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
 
Assim como todo e qualquer MESC - método extrajudicial de solução de controvérsias 
-, a mediação é: 
 
a) PRÁTICA, pois é menos onerosa, menos demorada, e de mais fácil acesso, se 
comparada ao processo judicial, além de que, por certo ponto de vista, não implica 
em perdas, uma vez que é a própria parte quem decide os termos do acordo; 
 
b) Possibilita um maior CONTROLE do processo que é mais previsível, 
mais participativo e menos formal que o processo judicial; 
 
c) Apresenta SOLUÇÕES criativas, práticas e realizáveis, uma vez que estas são 
encontradas pelas próprias partes, que sabem, muito bem, o que são capazes de 
cumprir, e o que não são; 
d) Um processo que procura garantir ao máximo a PRIVACIDADE do problema, 
mantendo todos os dados apresentados ao mediador em sigilo, evitando 
precedentes capazes de “prejulgar” problemas futuros; 
 
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e) Voltado à manutenção das RELAÇÕES contínuas, uma vez que é um processo 
não adversarial de solução de controvérsias. 
 
f) Possibilita às partes: Compreender melhor seus próprios objetivos; Explorar as 
opções possíveis; Aumentar a capacidade pessoal para resolver conflitos; 
Participar de forma ativa na tomada de decisões Reconhecer e respeitar a 
situação da outra parte; Ver as coisas de outra maneira; Reconhecer outras 
formas de solução do problema. 
 
 
 
DE QUE FORMA SE DÁ O PROCESSO DE MEDIAÇÃO? 
 
 A mediação é presidida pelo mediador, que, como já dito antes, é uma terceira 
pessoa estranha à controvérsia que irá ajudar na comunicação das partes de maneira 
imparcial, sem dar sua opinião pessoal, e sem apresentar possíveis soluções, as 
quais deverão ser encontradas pelas próprias partes. Apesar de a informalidade ser 
uma de suas características, a mediação possui um procedimento próprio que deverá 
ser seguido. 
 Primeiramente o mediador deve se apresentar e conhecer as partes e, a seguir, fazer 
uma breve introdução ao processo, apresentando o regulamento da Câmara de 
Mediação a qual pertença, e o acordo em que ambas as partes aceitam submeter-se 
ao processo de mediação. 
 Em seguida, devem as partes fazer um relato do conflito, apresentando os pontos 
principais de divergência. É importante salientar que ambas as partes devem ter igual 
possibilidade de se expressar livremente. 
O mediador deve, então, esclarecer quais as questões principais a serem resolvidas, 
resumindo os pontos de discordância. Na sequência, o mediador deverá estimular as 
partes a formularem opções para cada uma das questões que foram identificadas. 
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Após a apresentação das opções, deverá ser feita uma análise de cada uma delas, 
para que as partes possam chegar a um acordo, que, tão logo seja atingido, deverá 
ser reduzido a termo e assinado pelas partes e pelo mediador. Não encontrando uma 
solução adequada, as partes podem dar por terminada a mediação. As partes podem, 
também, firmar um acordo provisório enquanto trabalham em um acordo permanente. 
 As partes têm como responsabilidade participar do processo de boa fé, 
compartilhando toda informação relevante para a solução da controvérsia. Estas 
devem dispor de uma comunicação aberta e construtiva, escutando ativamente os 
demais participantes e manter a mente aberta e disposta a usar o processo para 
expressar-se e entender melhor as opções. 
 Estar disposta a entender os interesses da outra parte e os seus próprios é ponto 
importante para buscar opções que possam satisfazer aos interesses de ambas as 
partes. 
 
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
 
São princípios do processo de mediação: 
 
Impessoalidade; devem-se focalizar as questões e não as pessoas; Mútua satisfação; 
é necessário criar opções que satisfaçam interesses de cada uma das partes em 
separado, e de ambas ao mesmo tempo; Objetividade na avaliação das opções, sem 
pressões de qualquer espécie. 
 
ASPECTOS IMPORTANTES E AS DIFERENÇAS ENTRE 
NEGOCIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
 
Após conceituarmos cada um dos métodos de solução de conflitos, abordaremos as 
principais características e diferenças entre eles. 
 
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Negociação 
• A Negociação é feita pelas próprias partes que, de forma espontânea, sem 
interferência de um terceiro, podem ou não chegar a um acordo. 
• Ela é utilizada a todo o momento em todos os lugares, sempre que houver duas 
ou mais pessoas que tenham interesse em algo, ex: relação de consumo onde ambos 
negociam valores sobre a coisa, ou seja, existe uma negociação das partes 
envolvidas, que possuem o mesmo objetivo, saírem satisfeito com o acordo. 
 
Conciliação 
• A Conciliação ocorre geralmente em juízo, sob a direção do próprio juiz do 
Estado, ou quando fora do Poder Judiciário, na presença e com a participação de um 
conciliador privado que busca obter um acordo para prevenir ou terminar o litígio. 
• O Conciliador atua avaliando a controvérsia em conjunto com as partes 
sugerindo soluções, estimulando o acordo, interferindo nas controvérsias com suas 
opiniões. 
• Há um objetivo claro e pré-estabelecido: chegar a um acordo pela conciliação 
das partes. 
• Cada parte faz concessões para a outra e a Conciliação representa o acordo 
para finalizar a controvérsia. 
• Limitação da conciliação para abordar e resolver a complexidade do conflito. O 
Conciliador, seja quem for, fica na superfície do conflito, sem entrar nos fatores que 
ocasionaram o conflito, limitando-se mais às vantagens de um acordo, onde cada um 
cede um pouco, para sair do problema. 
• A Conciliação fica muito limitada a vantagens econômicas, para equilibrar as 
perdas e ganhos monetários das partes. • A Conciliação é adversária, as partes estão 
em oposição defendendo suas posições e interesses. 
 
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Mediação 
• A Mediação é método não adversário, visando a autocomposição entre as partes. 
•O mediador previamente treinado utiliza técnicas de negociação, juntamente com 
aspectos legais e psicológicos, para a reconstrução dos relacionamentos. 
 
• O Mediador não julga, nem intervém na decisão das partes, somente facilita a 
comunicação entre elas visando ajudá-las a entender a complexidade da polêmica 
e sua mudança para uma situação melhor, procurando, assim, criar um vínculo. 
• As partes podem chegar, ou não, a uma solução sobre a controvérsia. 
• Durante o processo, existe um aumento do poder de decidir por si próprios, sem 
confiar a decisão por um terceiro. 
• O objetivo principal da Mediação não é chegar a um acordo. O acordo é uma das 
possibilidades decorrentes do procedimento de Mediação, mas não é a finalidade 
da Mediação. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Após explanarmos sobre os métodos alternativos de solução de conflitos, 
compreendemos a sua real importância no processo de pacificação social, 
colaborando para que as partes envolvidas saiam satisfeitas, bem como na 
contribuição direta desses meios com o sistema judiciário, diminuindo os 
procedimentos e consequentemente desafogando a sua parte administrativa. Com 
nosso estudo, conseguimos verificar a sua eficiência, bem como a agilidade e a 
segurança que esses métodos representam para os que o procuram, pois 
independente de serem meios extrajudiciais, possuem a segurança que a sociedade 
precisa, além da celeridade que os conflitos são solucionados. 
 Diante do exposto, o que se espera é que aja maior divulgação por parte do Estado, 
apoiando a utilização desses métodos, para que a sociedade ao se deparar com um 
conflitopossa saber da qualidade e eficiência desses meios. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA: 
 
 
GARCIA, Antônio. “As Principais Ferramentas envolvidas em uma negociação”. 
disponível em: http://www.gestiopolis.com/canales8/ger/herramientas-
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http://www.gestiopolis.com/canales8/ger/herramientas-para-
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ASSARA. Igor “Aspectos da Conciliação e o projeto do novo Código de 
Processo Civil”. Disponível em: http://www.artigonal.com/doutrina-artigos 
 
PETINATI, Rafael. “Conciliação – Um http://www.artigonal.com/doutrina-artigos 
Conceito”. Disponível em: GOUVEIA, Mariana França. “A causa de pedir na ação 
declarativa”. 2004 
 
"Conciliação". Disponível em: www.dicio.com.br/conciliacao. Acesso em 09 de 
setembro de 2012. 
 
Cartilha de Mediação – OAB/MG, pág. 4 – 2009 
 
PINTO, José Augusto Rodrigues. "Direito Sindical e Coletivo do Trabalho". São Paulo, 
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ARAÚJO, Luís Alberto Gómez. "Os mecanismos alternativos de solução de conflitos 
como ferramentas na busca da paz". In Mediação – métodos de resolução de 
controvérsias, n. 1, coord. Ângela Oliveira. São Paulo: LTr, 1999,

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