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Licenciatura em Ciências Biológicas Disciplina: Imunologia Atividade-Transplante 1. Descrever os mecanismos imunopatológicos envolvido na rejeição aos transplantes: hiperaguda, aguda e crônica. A) Hiperaguda: os anticorpos pré-formados reativo com o endotélio vascular ativam o complemento e desencadeiam a trombose intravascular rápida e necrose da parede do vaso. A rejeição hiperaguda é caracterizada pela oclusão trombótica da vasculatura do enxerto que começa dentro de minutos a horas após vasos sanguíneos do hospedeiro serem anastomosados aos vasos do enxerto e é mediada por anticorpos preexistentes na circulação que se ligam aos antígenos endoteliais do doador. Nos primeiros dias após o transplante, a rejeição hiperaguda foi muitas vezes mediada por aloanticorpos de IgM preexistentes, que estão presentes em alta titulação antes do transplante. As lesões básicas na rejeição hiperaguda são arterite e arteriolite agudas disseminadas, trombose vascular e necrose isquêmica. B) Aguda: os linfócitos T CD4+ e CD8+ reativos com os aloantígenos em células endoteliais e nas células do parênquima medeiam danos a estes tipos de células. Os anticorpos alorreativos formados após o enxerto podem também contribuir para a lesão parenquimatosa e vascular. A rejeição aguda é um processo de lesão do parênquima e dos vasos sanguíneos do enxerto mediada por células T alorreativas e anticorpos. Nesse tipo de rejeição, pode haver participação tanto da imunidade celular (rejeição aguda celular), como da humoral (rejeição aguda humoral), predominando um ou outro mecanismo. A rejeição aguda celular ocorre nos primeiros meses pós- transplante, com início súbito e é detectada pela deterioração clínica das funções do órgão. A rejeição aguda humoral ou vascular (vasculite) ocorre geralmente nos primeiros meses pós-transplante ou tardiamente, quando a terapia imunossupressora é descontinuada. Em quase todos os pacientes há também evidências de rejeição aguda celular. C) Crônica: na rejeição crônica do enxerto com a arteriosclerose, a lesão à parede do vaso conduz a proliferação celular do músculo liso e oclusão luminal. Esta lesão pode ser provocada por uma reação inflamatória crônica a aloantígenos na parede do vaso. A lesão dominante de rejeição crônica em enxertos vascularizados é a oclusão arterial como um resultado da proliferação de células de músculo liso da íntima e os enxertos eventualmente falham principalmente por causa do dano isquêmico resultante. Usualmente evolui de forma insidiosa e não é passível de reversão com a terapêutica instituída. Esse tipo “crônico” pode surgir dentro de poucas semanas após o transplante, e é mais bem observado nos transplantes renais. Por se tratar de um processo inespecífico, é difícil identificar os mecanismos patogenéticos que levam a ela.
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