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Arritmias 1 Arritmias São disfunções que podem ocorrer tanto na geração quanto na condução do estímulo elétrico cardíaco, promovendo alteração do ritmo. Se intervalo QRS estreito 120ms, origem supraventricular. Se intervalo QRS largo 120ms, origem ventricular. O objetivo do controle é a melhora da oferta de oxigênio aos tecidos e a resolução dos sintomas, evitando situações de maior gravidade. As taquiarritmias podem ocorrer por automatismo aumentado ou por circuitos de reentrada. Avaliação: 1º passo: duração do QRS. Taquicardias de origem supraventricular tem o QRS estreito ou normal. Taquicardias ventriculares tem o QRS alargado. Se QRS largo, olhar intervalo RR. Regular: taquicardia ventricular, taquicardia supraventricular com condução aberrante, distúrbios toxicometabólicos. Irregular: taquicardia ventricular polimórfica, Torsades de Pointes, FA com aberrância. Se QRS estreito, olhar intervalo RR. Regular: olhar onda P. Onda P identificável: taquicardia sinusal, taquicardia atrial, taquicardia paroxística supraventricular por reentrada nodal, taquicardia atrioventricular ortodômica da SWPW. Onda P não identificável: taquicardia juncional, TPSV, TAV (SWPW, taquicardia atrial, flutter atrial. Irregular: olhar onda P. Onda P identificável: taquicardia atrial. Onda P não identificável: fibrilação atrial, flutter com BAV variável. Arritmias 2 2º passo: observar a característica das ondas P. As bradiarritmias ocorrem por disfunção do nó sinoatrial ou por BAV. Avaliação: 1º passo: avaliar onda P, principalmente em DII, DIII e aVF. 2º passo: verificar relação das ondas P com os complexos QRS subsequentes. Os pacientes podem se apresentar com sintomas inespecíficos/serem assintomáticos ou com uma apresentação grave, com instabilidade hemodinâmica e sofrimento tecidual. Assim, no ambiente de emergência, a abordagem principal é determinar se o paciente está instável ou não. Suspeitar de distúrbios do ritmo quando houver queixas de baixo débito, como dor torácica, dispneia, sensação de mal estar, palidez, cianose, alteração do nível de consciência, síncope, tontura e palpitação. Se o paciente se apresentar com sinais de baixo débito, a conduta deve ser: 1 monitorização cardíaca; 2 acesso venoso; 3 oxigênio, se necessário; 4 avaliação diagnóstica. Interrogar sintomas como: dispneia, precordialgia, tontura, síncope, palpitação e perda de consciência ou confusão mental — focar em temporalidade do evento, evolução, fatores ou momentos de melhora e piora. No exame físico, a palpação dos pulsos é uma das principais etapas, na qual deve-se ter cuidado em identificar suas características, especialmente a ritmicidade do pulso, além de compará-lo nos dois lados. Também deve- se atentar à perfusão periférica, pois as arritmias mais graves estão associadas com falha da função cardíaca e choque, que requer intervenção imediata. 💡 A fibrilação atrial é uma das taquiarritmias sustentadas mais comuns no departamento de emergência. Então, se foi observado ritmo irregular com uma onda P não visível, pense em FA.
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