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FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL2

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FUNDAMENTOS DA 
LINGUAGEM VISUAL 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. André Luiz Pinto dos Santos 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
O geométrico e o orgânico: diferentes formas nas artes visuais 
Nesta aula, serão abordados alguns conceitos e teorias que irão fornecer 
subsídios para uma melhor compreensão das formas nas artes visuais. 
Inicialmente, será conceituado o que se entende por formato, plano e superfície, 
que são elementos básicos para as artes visuais e que também são necessários 
para que a percepção das diferentes formas aconteça. 
Na sequência, serão apresentadas, com base na obra de Gomes Filho 
(2019), as Leis da Gestalt, que servem para a interpretação das mensagens 
visuais, que, de acordo com Arnheim (1998), se baseiam na noção de que a 
forma que implica uma relação mais profunda entre os elementos da figura do 
que os próprios elementos. 
Para complementar, também serão abordadas as categorias conceituais 
fundamentais e as técnicas visuais aplicadas, por conta da sua relação com as 
Leis da Gestalt e o processo de percepção da forma nas artes visuais. 
A percepção da forma é tida como a interação de um objeto físico com a 
luz agindo como transmissor de informação, enquanto que as imagens que 
prevalecem no sistema nervoso do observador é, em parte, determinada pela 
própria experiência visual (Aumont, 2004). 
Bons estudos! 
TEMA 1 – O FORMATO/PLANO/SUPERFÍCIE 
Diversos autores contribuíram para a concepção dos elementos básicos 
das artes visuais. Para Kandinsky (2005), são quatro elementos visuais básicos: 
o ponto, a linha, a superfície e a cor. Enquanto Fayga Ostrower (2013) apresenta 
cinco elementos visuais: a linha, a superfície, o volume, a luz e a cor. 
Uma vez que se tem a linha enquanto elemento formal das artes visuais 
e das artes gráficas, por conseguinte, a linha, quando forma uma direção que se 
encerra em seu início, constitui um formato. Wucius Wong (1998) considera 
como formato uma área delimitada por um contorno, enquanto a forma tem 
profundidade e volume. 
Um formato é uma área facilmente definida por um contorno. Um 
formato ao qual se dê volume e espessura e que possa ser visto de 
diferentes ângulos torna-se uma forma. Formas apresenta alguma 
 
 
3 
profundidade e algum volume [...] enquanto formatos são formas 
mostradas de determinados ângulos, de determinadas distâncias. 
Assim, uma forma pode ter vários formatos. (Wong, 1998, p. 139) 
Seja formato, superfície, seja plano, o que importa é que se trata de uma 
figura bidimensional, que possui medidas de altura e largura. Os elementos 
formais se tornam presentes na matéria da coisa em si. O mundo é repleto de 
formas e cada forma possui várias superfícies, vários planos. Esses planos 
sozinhos não são nada, todavia, quando agrupados, podem gerar uma forma. 
Assim, a superfície delimita uma face de determinado objeto. 
O plano pode ser geométrico e regular como no caso do triângulo, 
quadrado e do círculo (o qual não deve ser confundido com circunferência, pois 
a circunferência é a linha que delimita o círculo). Sendo assim, na superfície no 
plano, temos a área, que pode ser definido como o espaço contido dentro de 
uma figura fechada delimitada. O plano pode também ter a característica 
irregular, por exemplo, numa cadeia de montanhas, ou até mesmo um pedaço 
de papel amassado. O que importa é que cada variação angular de superfície 
gera um plano diferente. 
A esta altura, você já pode perceber que, se as figuras curvas (como a 
maçã do rosto, o aspecto cilíndrico de uma garrafa de vinho, ou mesmo a esfera 
de uma bola de bilhar) forem ampliadas, poderemos ver inúmeros planos 
regulares, que, em sua junção, compõe uma superfície extremamente orgânica. 
O plano é, por si só, um aspecto complexo, pois, para se ter um plano, 
automaticamente um complexo de linhas e pontos já coexistem e habitam o 
espaço como significação (Kandinsky, 2015). Nas artes gráficas figurativas e 
mais realistas, utiliza-se do aspecto planar para compor formas figurativas. De 
acordo com a organização moderna e contemporânea, por vezes, utiliza-se 
apenas formatos, ou planos, ou superfícies por si só e por aquilo que significam. 
Segundo a representação gráfica figurativa, o artista tem a possibilidade 
de representar o mundo que o cerca por meio dos elementos formais, utilizando 
um conjunto de linhas que, quando agrupadas de uma determinada maneira, 
acaba por gerar planos, superfícies, formatos e, por conseguinte, as formas. 
Wong (1998) considera a forma como objetos tridimensionais. Vale 
lembrar que, na literatura, é muito recorrente os autores utilizarem o sólido, o 
volume e a forma para falar de representações gráficas que simulam três 
dimensões (altura, largura e profundidade), consideradas representações 
tridimensionais 
 
 
4 
É importante pensar que se é possível reconhecer em uma gravura 
determinado objeto, por exemplo, um barco, este, no mundo natural, é 
tridimensional. Ele possui espaço, peso, dimensões possíveis de serem aferidas. 
Assim, a forma quando figurativa simula algo do mundo natural. Uma árvore, um 
rosto, um talher, uma flor, uma montanha, um barco pesqueiro, um peixe, podem 
ser inúmeras coisas, entes, seres e afins. 
Formas, quando figurativas, representam o mundo natural. Todavia, pode-
se fazer o uso de formas que não necessariamente representam o mundo 
natural. Conforme Kandinsky (2015), a esfera por si só é um conceito e não um 
objeto, dessa forma, a esfera no mundo natural necessita estar personificada em 
um objeto palpável, ao qual receberá qualquer nome, menos de esfera. Pode ser 
bola de boliche, bola de bilhar, chumbinho esférico, entre outras denominações, 
menos, simplesmente, uma esfera. Ela sempre trará um referencial do mundo 
natural, assim o artista gráfico faz equivalentes. Sejam equivalentes figurativos 
ou conceituais. 
O conceito é pertencente do campo das ideias e, quando representado, 
também passa a ser algo do indivíduo. Kandinsky (2015) aborda a representação 
e a conceitualização desses elementos quando atrelados à visualidade. Torna-
se de suma importância perceber que esse conceito está intimamente ligado à 
representação do mundo. 
TEMA 2 – LEIS DA GESTALT 
Wolfgang Köhler e Kurt Koffka desenvolveram, no início do século XX, os 
princípios da Gestalt, ao observar que existe um comportamento padronizado na 
mente humana quando percebe as formas dos objetos, nas pessoas e em tudo 
que se enxerga. 
Os gestaltistas, como ficaram conhecidos, acreditam que nosso cérebro 
recebe sinais complexos agrupando as características consideradas 
semelhantes e somando rapidamente a todas as partes do que está sendo 
observado e não apenas uma excitação sensorial isolada. Dessa forma, se 
entende que primeiro é percebida a totalidade dos objetos e depois os seus 
detalhes, sendo comprovada em exemplos simples do dia a dia como enxergar 
desenhos nas nuvens. 
A teoria da Gestalt na percepção dos objetos tem oito leis básicas: lei da 
unidade, lei da segregação, lei da unificação, lei do fechamento, lei da 
 
 
5 
continuidade, lei da proximidade, lei da semelhança e a lei da pregnância. A 
seguir, será explicada e ilustrada cada uma delas. 
2.1 Lei da unidade 
O princípio da unidade considera que cada parte é um todo. Cada 
elemento possui uma unidade em si mesmo. De acordo com Gomes Filho 
(2015), a unidade pode ser identificada em um único elemento (que se encerra 
em si mesmo) ou então como parte de um todo, em que várias partes constroem 
o elemento observado. Como na imagem abaixo (Figura 1): 
Figura 1 – Exemplos 
 
Crédito: NOMAD_SOUL/SHUTTERSTOCK 
 
Na imagem à esquerda, a letra T é tida como uma unidade contínua que 
termina em si mesmo, mas na imagem à direita, a letra E também é uma unidade, 
porém, compostas por outras partes, formando um só elemento. As diferentes 
partes podem ser notadas por sua cor, textura,traçado, volume e/ou outros 
dentro de um mesmo elemento. Gomes Filho (2015) complementa que: 
As unidades são percebidas por meio da verificação de relações 
(formais, dimensionais, cromáticas etc.) que se estabelecem entre si 
na configuração do objeto como um todo, ou em partes desse objeto. 
Uma ou mais unidades formais são percebidas dentro de um todo por 
meio de pontos, linhas, planos, volumes, cores, sombras, brilhos, 
texturas e outros atributos — isola- dos ou combinados entre si. No 
caso de um objeto ser constituído por conjunto de numerosas 
unidades, para proceder à análise e interpretação visual da forma, 
pode-se adotar o critério de se eleger unidades principais — desde que 
estas sejam suficientes para realizar a leitura. (Gomes Filho, 2015) 
Como exemplo prático da aplicação dessa lei, pode-se citar a logo da 
Adidas (Figura 2). A disposição de faixas retangulares cortadas se torna um 
elemento original obtido por meio de pequenas unidades que já existem. 
 
 
 
6 
Figura 2 – Logo da Adidas 
 
Crédito: ROSE CARSON/SHUTTERSTOCK 
 
2.2 Lei da segregação 
O princípio da segregação é tido como a divisão do campo visual em 
regiões delimitadas por contornos, que são bordas visuais fechadas. O princípio 
da segregação também nos faz diferenciar algo que está mais à frente de algo 
que está atrás da imagem. Gomes Filho (2015) define segregação como a 
capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades, 
em uma composição inteira ou em partes dela. A segregação no campo visual 
pode ocorrer por diversos elementos, como pontos, linhas, volumes, planos, 
cores, brilhos, contrastes, relevos e outros. 
Para exemplificar melhor a lei da segregação, será usado um cenário em 
que se observa a imagem de um carro com a paisagem ao fundo (Figura 3): 
Figura 3 – Carro 
 
Crédito: NOMAD_SOUL/SHUTTERSTOCK 
 
Nota-se que, nessa composição, é possível segregar quatro unidades 
principais: o automóvel, o asfalto, as montanhas e o céu ao fundo. Já no 
automóvel, ainda é possível segregar em outras unidades: faróis, carroceria, 
rodas, para-brisas e outros detalhes. A segregação se torna possível por conta 
 
 
7 
da variação dos elementos visuais (cor, textura, sombra, brilho etc.), que um 
elemento possui em relação ao outro. Como unidade mais evidente que está no 
primeiro plano da imagem, destaca-se o próprio automóvel. 
2.3 Lei da unificação 
A unificação consiste, segundo Gomes Filho (2015), na igualdade ou 
semelhança dos estímulos fornecidos pelo objeto. Ocorre quando há harmonia, 
equilíbrio e ordenação visual. O símbolo do yin-yang (Figura 4) é um dos 
exemplos mais emblemáticos desse princípio. 
Figura 4 – Yin-Yang 
 
Crédito: RESEARCHER97/SHUTTERSTOCK 
 
O símbolo do yin-yang sintetiza exemplarmente o fator de unificação 
da figura pelo equilíbrio simétrico oposto, com os pesos visuais opostos 
contrabalançados e distribuídos igualmente. Sua harmonia é plena, e 
o contraste cromático de seus elementos valoriza e torna a figura mais 
expressiva plasticamente. (Gomes Filho, 2015) 
A unificação tem a concorrência de outros dois princípios básicos que 
também serão explicados a seguir, a lei da proximidade e a de semelhança, que, 
quando presentes em partes ou no objeto como um todo contribuem para a 
unificação da organização formal. Gomes Filho (2015) também explica que a 
unificação se manifesta em graus de qualidade, em que variam em virtude de 
uma melhor ou pior organização formal. A Torre Eiffel (Figura 5) é um exemplo 
de como a proximidade e semelhança entre os elementos visuais colaboram na 
unificação da percepção do todo, como na imagem a seguir. 
 
 
 
8 
Figura 5 – Torre Eiffel 
 
Crédito: MISTERVLAD/SHUTTERSTOCK 
 
A unificação da imagem da Torre Eiffel se torna evidente por conta da 
proximidade e da semelhança, que é predominante em muitas das unidades que 
lhe compõem, além de seu perfeito equilíbrio por conta dos pesos visuais que 
são simétricos e distribuídos de maneira homogênea. Todos esses aspectos 
contribuem para um alto grau de organização formal (Gomes Filho, 2015). 
2.4 Lei do fechamento 
Essa lei se baseia na sensação de fechamento visual da forma pela 
continuidade de uma ordem estrutural, ou, conforme Gomes Filho (2015), com o 
“agrupamento de elementos de maneira a constituir uma figura total mais 
fechada ou mais complexa”. 
Sendo assim, considera que a forma se completa, se fecha sobre si 
mesma, formando uma figura delimitada conhecida previamente, mesmo 
visualizando um objeto incompleto, é possível estabelecer o fechamento visual, 
se diferenciando do fechamento físico, que é delimitado pelo contorno real e 
presente nas formas dos objetos. 
Na Figura 6, é possível perceber a figura de um quadrado, mesmo sem o 
seu contorno real (fechamento físico). Essa percepção ocorre seguindo a lei de 
fechamento, por conta da tendência de se fazer o fechamento da composição, 
imaginando a continuidade da sua estrutura total. 
 
 
 
9 
Figura 6 – Quadrado 
 
Crédito: MOROZOVA MARIA/SHUTTERSTOCK 
 
A lei do fechamento tem relação também ao alinhamento, pois dois 
elementos alinhados passam a impressão de estarem relacionados. A 
percepção visual faz com que o cérebro adicione os componentes faltantes para 
interpretar uma figura parcial como um todo. 
Figura 7 – Logo do Carrefour 
 
Crédito: RICOCHET64/SHUTTERSTOCK 
 
Uma utilização prática e de fácil entendimento da lei do fechamento é o 
seu uso em diversos logotipos famosos, como na Figura 7, em que mesmo sem 
a delimitação completa é possível perceber a letra C com a mesma cor do fundo 
e delimitada pelos outros elementos de cores diferentes. 
2.5 Lei da continuidade 
A lei da continuidade está relacionada à fluidez e também às direções ou 
alinhamento das formas dispostas. Uma vez que um padrão é formado, é mais 
provável que ele se mantenha, mesmo que seus componentes sejam 
 
 
10 
redistribuídos. Gomes Filho (2015) define a continuidade, como a “impressão 
visual de como as partes se sucedem por meio da organização perceptiva da 
forma de modo coerente na sua trajetória ou na sua fluidez visual”. 
Figura 8 – Seta 
 
Crédito: RAINBOW BLACK/SHUTTERSTOCK 
 
Na Figura 8, é possível perceber que a imagem ilustra uma seta. O 
cérebro é capaz de reconhecer a continuidade dos elementos como uma forma 
significativa, sem a necessidade de decifrar cada elemento (no caso, os pontos). 
Essa percepção acontece pela boa continuidade, como explica Gomes Filho 
(2015): 
A continuidade com fluidez visual concorre, quase sempre, no sentido 
de se alcançar a melhor forma possível do objeto, a forma mais estável 
estruturalmente, em termos perceptivos. Nesse caso, a Gestalt a 
qualifica utilizando o adjetivo de boa continuidade ou boa continuação. 
(Gomes Filho, 2015). 
Figura 9 – Maracanã e Maracanãzinho 
 
Crédito: A.RICARDO/SHUTTERSTOCK 
 
Gomes Filho (2015) também expõe que as figuras elípticas, círculos e 
esferas são as que possuem uma melhor configuração formal de melhor 
continuidade, já que “o percurso do olhar do leitor não sofre nenhuma interrupção 
 
 
11 
ou desvio”. Um exemplo prático dessa percepção e da aplicação dessa lei é o 
formato do estádio do Maracanã e do Maracanãzinho, como na Figura 9. 
2.6 Lei da proximidade 
Essa lei parte do pressuposto de que o cérebro tende a agrupar elementos 
próximos. Dessa forma, entende-se que os elementos que estão mais próximos 
de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo entre si, 
independentes dos mais distantes. De acordo com Gomes Filho (2015), “em 
condições iguais os estímulos mais próximos entre si, seja por forma, cor, 
tamanho, textura, brilho, peso, direção e localização, terão maior tendência a ser 
agrupados e a constituir unidades”. 
Figura 10 – Teclado musical 
 
Crédito: 32 PIXELS/SHUTTERSTOCK 
 
Ao observar a Figura 10, é possível perceber que a proximidade das 
formas geraa composição visual inteira: um teclado musical, e também que a 
proximidade das teclas pretas forma grupos distintos: grupos de uma, de duas 
ou de três teclas. 
A aplicação da lei da proximidade também está presente no dia a dia, por 
exemplo, em algumas logomarcas, como na Figura 11, e também em outras 
áreas das artes visuais. 
 
 
 
12 
Figura 11 – Logo da IBM 
 
Crédito: NATTUL/SHUTTERSTOCK 
 
Com isso, fica evidente o que Gomes Filho (2015) afirma: “a proximidade 
e a semelhança são dois fatores que muitas vezes agem e reforçam-se 
mutuamente, tanto para formar unidades como para unificar a forma”. Para 
complementar esse raciocínio, é fundamental que se entenda o princípio da 
semelhança que será visto a seguir. 
2.7 Lei da semelhança 
Da mesma maneira que a lei da proximidade, a da semelhança parte do 
princípio de que os objetos similares tendem a se agrupar. Essa similaridade 
pode ocorrer em diferentes elementos visuais, como: na cor, na textura, no 
tamanho, direção, entre outros. 
Em condições iguais, os estímulos mais semelhantes entre si, seja por 
forma, cor, tamanho, peso, direção e localização, terão maior tendência 
a ser agrupados, a constituir partes ou unidades. Em condições iguais, 
os estímulos originados por semelhança e em maior proximidade terão 
também maior tendência a serem agrupados, a constituírem unidades. 
(Gomes Filho, 2015) 
Dessa forma, fica possível compreender que os objetos similares em 
forma, tamanho ou cor são facilmente interpretados como um grupo. Na Figura 
12, observa-se um agrupamento de diferentes objetos que se agrupam de 
acordo com a forma e a cor, simultaneamente, o que também cria uma sensação 
de continuidade, por conta da fluidez que esse agrupamento ocasiona. 
 
 
 
13 
Figura 12 – Exemplo 
 
Crédito: DELOOK CREATIVE/SHUTTERSTOCK 
 
Como explicado, esse agrupamento também pode sofrer a influência de 
outros elementos. Na Figura 13, é possível perceber que a composição visual é 
formada basicamente por pontos, mas que os diferentes tamanhos e as 
diferentes cores são o que influenciam diretamente para que se perceba que a 
composição visual se trata de um mosaico. 
Figura 13 – Mosaico 
 
Crédito: ART_OF_SUN/SHUTTERSTOCK 
 
2.8 Lei da pregnância 
É o princípio básico da percepção visual da Teoria da Gestalt. Gomes 
Filho (2015) defende que uma “boa pregnância pressupõe que a organização 
formal do objeto tenderá a ser a melhor possível do ponto de vista estrutural”. 
Dessa maneira, nota-se que, quanto mais simples, mais organizado, mais 
facilmente assimilada. 
As forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quanto o 
permitam as condições dadas, no sentido da harmonia e do equilíbrio 
visual. Qualquer padrão de estimulo tende a ser visto de tal modo que 
a estrutura resultante é tão simples quanto o permitam as condições 
dadas. (Gomes Filho, 2015) 
 
 
14 
As composições que se consegue perceber rapidamente e com clareza 
são classificados como de alta pregnância, por exemplo, na figura em que foi 
ilustrada a Torre Eiffel. Por consequência, um objeto ou imagem com uma baixa 
pregnância possui como característica uma organização visual confusa, 
complicada, como se pode observar na Figura 14. 
Figura 14 – Comunidade 
 
Crédito: DONATAS DABRAVOLSKAS/SHUTTERSTOCK 
 
Além dos aspectos já citados, são diversos fatores que podem contribuir 
para que uma imagem ou objeto tenha um alto ou baixo grau de pregnância, 
como a harmonia, o equilíbrio e o contraste, que serão abordados no tema a 
seguir. 
TEMA 3 – CATEGORIAS CONCEITUAIS FUNDAMENTAIS 
Essas categorias, tendo como base a Gestalt e as suas leis vistas 
anteriormente, têm a finalidade de embasar e dar consistência a tudo o que foi 
visto até o momento a respeito de suas leis. 
As categorias conceituais fundamentais e as categorias conceituais 
que têm como finalidade funcionar como técnicas visuais aplicadas, 
que têm como finalidade, além de darem embasamento e consistência 
às leis da Gestalt, sobretudo com relação à sua lei básica da 
pregnância da forma, concorrer também como poderosas forças de 
organização formal nas estratégias compositivas, que suportam o 
sistema no que se referem a rebatimentos levados a efeito nas 
diversificadas manifestações visuais dos objetos. (Schinerv, 2011) 
De acordo com Alves (2009) e Gomes Filho (2015), as categorias 
conceituais fundamentais são a harmonia e a desarmonia, o equilíbrio e o 
desequilíbrio e o contraste. 
 
 
 
15 
3.1 Harmonia e desarmonia 
Quando se refere à harmonia, automaticamente, se faz a relação com 
aspectos como de combinação e organização. Segundo Silveira (2014), outros 
aspectos podem descrever essa categoria dotada do mesmo princípio da 
continuidade, como estruturação e organização da forma. 
De acordo com Gomes Filho (2015), a harmonia seria o resultado da 
perfeita articulação visual na integração e coerência formal das unidades ou 
partes daquilo que é apresentado, ou seja, daquilo que é visto. 
A harmonia diz respeito à disposição formal bem organizada e 
proporcional no todo ou entre as partes de um todo. Na harmonia 
plena, predominam os fatores de equilíbrio, de ordem e de regularidade 
visual inscritos no objeto ou na composição, possibilitando, 
geralmente, uma leitura simples e clara. E, em síntese, o resultado de 
uma perfeita articulação visual na integração e coerência formal das 
unidades ou partes daquilo que é apresentado, daquilo que é visto. 
(Gomes Filho, 2015) 
A harmonia pode acontecer por meio da ordem, que é quando se produz 
uma concordância e uniformidade entre as unidades que fazem parte do objeto, 
ou, então, por meio da regularidade que é basicamente em buscar a 
uniformidade dos elementos no desenvolvimento de uma ordem sem desvios, 
desalinhamentos ou desproporções (Gomes Filho, 2015). 
Como já se pressupõe, a desarmonia é o oposto da harmonia, sendo de 
acordo com Gomes Filho (2015) o resultado de uma desarticulação das unidades 
ou das partes do objeto, enfim, daquilo que é visto. A desarmonia tem como 
característica apresentar desvios, sobreposições aleatórias, desproporções, 
desnivelamentos, irregularidades, sendo possível perceber essas características 
em partes ou em toda a composição. 
Assim como a harmonia, a desarmonia pode acontecer pela desordem ou 
então pela irregularidade. A desarmonia pela desordem ocorre quando há uma 
discrepância entre os elementos ou unidades e, também, se caracteriza pela 
falta de relações ordenadas ou então quando os desvios alteram o padrão visual 
do objeto. Já a desarmonia pela irregularidade é quando se nota a falta de ordem 
ou uma inconstância formal. 
 
 
 
16 
3.2 Equilíbrio e desequilíbrio 
O equilíbrio, segundo Schinerv (2011), seria igualdade visual entre dois 
elementos que atingiram seu ponto de estabilidade. Já de acordo Gomes Filho 
(2004), o equilíbrio é o estado em que forças agem sobre um corpo e se 
compensam mutuamente. 
Schinerv (2011) também considera que o equilíbrio é uma categoria 
apresentada pelas leis da Gestalt e que deriva da lei pregnância. “A pregnância 
da imagem diz respeito ao caminho natural que ela segue em direção à boa 
forma, que é, idealmente, a mais simples de todas”. Essa simplicidade é 
alcançada por equilíbrio, homogeneidade, regularidade e simetria. 
O equilíbrio, tanto físico como visual, é o estado de distribuição no qual 
toda a ação chegou a uma pausa. Por exemplo, em uma composição 
equilibrada, todos os fatores como configuração, direção e localização 
determinam-se mutuamente de tal modo que nenhuma alteração 
parece possível, e o todo assume o caráter de "necessidade" de todas 
as partes. (Gomes Filho, 2015) 
Partindo desse pressuposto, fica evidente que o equilíbrio numa 
composição sobre a influência de outras propriedades como o peso e direção e 
da simetria e assimetria. 
Já o desequilíbrio, assim como a desarmonia, vista anteriormente, é a 
formulaçãooposta do equilíbrio. Como característica de desiquilíbrio, uma 
composição ou um objeto desequilibrado dá a sensação de ser acidental, 
transitório ou instável (Gomes Filho, 2015). Assim como no conceito de 
equilíbrio, as propriedades citadas do peso, direção, simetria ou assimetria 
contribuem para essa sensação de desequilíbrio da composição. 
3.3 Contraste 
Segundo Gomes Filho (2015), o contraste é de todas as técnicas a mais 
importante para o controle visual, sendo uma ferramenta importante da 
expressão, podendo intensificar o significado e simplificar a comunicação. 
O contraste pode ser utilizado, no nível básico de construção e 
decodificação do objeto, com todos os elementos básicos: linhas, 
tonalidades, cores, direções, contornos, movimentos e, sobretudo, com 
o fator de proporção e escala. Todas essas forças são valiosas na 
ordenação dos input e output visuais, realçando a importância crucial 
do contraste para o controle do significado e da organização visual da 
forma do objeto. (Gomes Filho, 2015) 
 
 
17 
Dessa forma e também de acordo com Schinerv (2011), existem diversos 
tipos de contraste trabalhados dentro da Gestalt, como alguns deles: contraste 
luz e tom, contraste cor, contraste proporção e escala e contraste agudeza. 
• Contrate luz e tom: tem como base as oposições de claro-escuro ou a 
combinação de sombra-luz. É um recurso visual bastante presente na 
fotografia, pintura e artes cênicas. 
• Contraste cor: esse tipo de contraste está relacionado à iluminação e 
contribui para a valorização da aparência de uma composição, 
destacando partes que mais interessam. A cor pode ser uma ferramenta 
da linguagem e transmitir significados diferentes com o uso de cores 
primárias, quentes ou frias, ou então de outros aspectos como brilho, 
texturas e combinações. 
• Contraste proporção e escala: está relacionado com as medidas do 
contorno de um campo visual e as medidas das partes ocupadas 
obedecendo uma ordem. Esses elementos são combinados em ordem e 
unificação. A proporção implica em uma comparação entre elementos, 
sendo a escala um meio para reproduzir realisticamente as relações entre 
os objetos. 
• Contraste agudeza: esse tipo de contraste está relacionado com a 
clareza e com a capacidade de discriminar estímulos visuais para se obter 
a nitidez. 
Gomes Filho (2015) explica também que além das leis e das categorias 
conceituais aqui apresentadas, as técnicas visuais aplicadas completam também 
o sistema de leitura visual por meio da Gestalt. 
TEMA 4 – TÉCNICAS VISUAIS APLICADAS 
Essas técnicas servem para dar um embasamento durante o 
desenvolvimento de projetos de qualquer tipo de composição, e se relacionam 
com as categorias conceituais fundamentais e as leis da Gestalt. 
As categorias conceituais fundamentais e as categorias conceituais 
que têm como finalidade funcionar como técnicas visuais aplicadas, 
que têm como finalidade, além de darem embasamento e consistência 
às leis da gestalt, sobretudo com relação à sua lei básica da pregnância 
da forma, concorrer também como poderosas forças de organização 
formal nas estratégias compositivas, que suportam o sistema no que 
se referem a rebatimentos levados a efeito nas diversificadas 
manifestações visuais dos objetos. (Dos Santos, 2009) 
 
 
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As técnicas visuais aplicadas podem ser divididas em 26 técnicas 
conforme as suas características. De acordo com Gomes Filho (2015) são elas: 
A clareza que tem como característica a facilidade de leitura e rapidez na 
decodificação, oportunizando uma compreensão imediata; já a simplicidade, 
possui poucas informações ou unidades visuais, o que contribui uma rápida 
leitura e facilita a assimilação. A minimidade tem como característica realçar a 
clareza e simplicidade ao possuir um mínimo de elementos formais, enquanto a 
complexidade: sua característica é de ser necessário um maior tempo de 
observação, compreensão mais complicada, tendo dessa forma uma baixa 
pregnância. A profusão é associada a complexidades e aos estilos formais, 
como o gótico, o barroco e similares. Sua principal característica é relacionada 
ao poder, à variedade e à riqueza. 
Outras categorias têm relação com a categoria do equilíbrio e a harmonia 
como a coerência, que possui uma organização visual equilibrada e 
harmoniosa, sendo compatível com estilos de linguagens formais. Enquanto a 
incoerência é o oposto da coerência, os objetos apresentam desarticulados, 
desarmoniosos e desintegrados. 
Utilizada de linguagens formais distintas ou conflitivas. A exageração, 
tem como característica expressão visual intensa com configurações 
extravagantes e amplificada. Em contrapartida, a sutileza é uma técnica de 
forma elegante e grácil que reflete bom gosto, o que lhe dá uma distinção afinada 
e delicada. 
O arredondamento também se caracteriza pela suavidade, delicadeza e 
a maciez que as formas transmitem. Possui uma boa continuidade, o que 
contribui para um olhar sem sobressaltos. Já a técnica da distorção tem a 
deformação, mudanças de sentido ou ainda por diferenças de ampliação como 
característica marcante, o que produz efeitos intensos e dramáticos. A 
sequencialidade é caracterizada pela organização de maneira contínua e 
lógica, trazendo harmonia e equilíbrio. 
A técnica de correção óptica tem como pressuposto básico o equilíbrio 
e a harmonia visual, buscando o refinamento ou correção do objeto ou então das 
linhas que contornam as organizações formais, enquanto a técnica de ruído 
visual é tida quando existe uma interferência ou distorções que atrapalha um 
pouco a harmonia visual do objeto. Pode ser útil para criar pontos de interesse. 
 
 
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As técnicas como a da transparência física, sensorial, opacidade, 
difusidade, sobreposição têm forte influência do contraste. A transparência 
física tem como característica o uso de objetos sobrepostos, mas que pode se 
ver por meio deles. Tem uma finalidade funcional, comunicação leve e delicada, 
enquanto a transparência sensorial traz uma sensação próxima da realidade 
dos objetos que são vistos. 
Esse efeito é obtido pelo uso de técnicas pictóricas, podendo ser 
convencionais ou por meio da computação. A técnica de opacidade se 
contrapõe à da transparência, com o bloqueio ou ocultação de elementos visuais, 
não sendo possível visualizar o que está por trás do objeto sobreposto. Gera um 
efeito funcional ou para despertar interesse. 
A difusidade não se relacionada com a precisão e a nitidez da forma. 
Gera uma figura difusa, desfocada. Tem como função passar sensações de calor 
humano, sonho, ilusão e outros. Já a técnica da sobreposição se caracteriza por 
objetos um em cima dos outros, podendo ser opacos, translúcidos ou 
transparentes, expressando uma interação de estímulos visuais. 
Além das técnicas já apresentadas, temos a redundância caracterizada 
pela repetição ou excesso de elementos iguais, que é utilizada para dar ritmo, 
movimento e valorizar a harmonia; a ambiguidade, que é uma técnica que 
provoca efeitos interessantes como instigação psicológica ou surpresa visual, 
uma vez que mostra um único objeto com interpretações diferentes daquilo que 
é visto. 
A espontaneidade, tida como uma aparente falta de planejamento visual 
para a sua realização, sendo considerada uma técnica não premeditada, 
instintiva, e os elementos são postos de maneira livre, mas obedecendo uma 
composição; a aleatoriedade, uma técnica em que os elementos seguem um 
esquema rítmico, mas são dispostos de maneira não sequencial, como algo 
casual ou acidental, também passando a sensação de falta de planejamento 
prévio; a fragmentação é uma técnica em que é visto uma organização formal 
decomposta, ou seja, as unidades são separadas entre si, conservando o seu 
caráter individual. 
Por fim, Gomes Filho (2015) ainda considerada técnicas visuais aplicadas 
a profundidade e a superficialidade. A profundidade se caracteriza 
principalmentenas variações de imagens retilíneas, provocando uma percepção 
de profundidade ou de distância, por meio de uma profundidade em perspectiva. 
 
 
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Já a superficialidade é o oposto da profundidade, sendo tida por objetos 
bidimensionais e chapados, com ausência de perspectiva. 
Ao compreender as diferentes técnicas, categorias e leis, torna-se mais 
fácil a leitura visual da forma do objeto, trazendo uma sensibilidade e 
contribuindo com o repertório técnico, cultural e profissional. 
TEMA 5 – SISTEMA DE LEITURA VISUAL DA FORMA DO OBJETO 
A facilidade em compreender o sistema de leitura visual de um objeto 
qualquer vai depender, principalmente, da sensibilidade e do repertório do 
observador, segundo Gomes Filho (2015). 
Quanto maior for o empenho da pessoa em estudar e assimilar os 
diversos assuntos atrelados ao sistema visual, e a quantidade de exercícios 
realizados de leitura de imagem, poderá facilitar a compreensão dos diversos 
significados no projeto maior de uma significação. 
Existem, pelo menos, dois passos básicos que poderão orientar uma 
pessoa na iniciação do processo de leitura de imagem, são eles: “Leitura visual 
por meio das Leis da Gestalt” e “Leitura visual por meio das categorias 
conceituais”. 
Para se realizar a “leitura de imagem por meio das Leis da Gestalt”, antes 
de tudo, faz-se necessário, obviamente, conhecer os conceitos elementares da 
Gestalt, já abordados anteriormente. 
A partir do domínio desses conceitos, o observador pode examinar a 
imagem e segregá-la em suas unidades principais. Feita essa etapa, o 
observador pode subdividir as unidades segregadas em outras unidades 
compositivas. Posteriormente, essas unidades devem ser descritas por meio de 
seus elementos formais, como pontos, linhas, formatos, formas, texturas, cores, 
luz e sombra etc. 
Para finalizar, atribui-se um índice de qualidade relativa à sua pregnância 
formal (baixo, médio ou alto). Já para se realizar a “Leitura de imagem por meio 
das categorias conceituais”, o observador busca compreender se a imagem é 
harmônica; se é equilibrada e quais são os diferentes tipos de contrastes. 
Estas são apenas duas das muitas maneiras possíveis de se elaborar uma 
leitura de imagem. O que importa ao cabo da leitura de uma imagem, é que o 
leitor consiga extrair o máximo de elementos possíveis para obter uma 
significação. 
 
 
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NA PRÁTICA 
Vamos fazer a leitura das imagens abaixo? 
Para isso, retome os assuntos vistos na aula de hoje. Feito isso, elabore, 
para a primeira imagem (Figura 15), a “Leitura visual por meio das Leis da 
Gestalt” e, para a segunda imagem (Figura 16), realize “Leitura de imagem por 
meio das categorias conceituais”. 
Figura 15 – Atividade 1 
 
Crédito: DINA SAEED/SHUTTERSTOCK 
Figura 16 – Atividade 2 
 
Crédito: CRYSTAL51/SHUTTERSTOCK 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FINALIZANDO 
Nesta aula, vimos, primeiramente, o conceito de plano/formato/superfície. 
Desta maneira, foi possível dar continuídade à verificação dos elementos formais 
da lingaugem visual. 
Na sequência, foi verificado como funcionam as diversas categorias da 
Lei da Gestalt e as Categorias Fundamentais da Linguagem Visual. 
Foram vistas, também, algumas técnicas visuais que podem ser aplicadas 
e, por fim, foi discutido o sistema de leitura visual da forma do objeto. 
Assim, acredita-se que o observador estará munido de um mínimo de 
recursos necessários para a compreensão da imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
ALVES, C. E. S. Estudo das relações entre a narrativa, grid e gestalt na HQ 
Watchmen. Edição definitiva, 2009. 
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. São 
Paulo: Pioneira, 1998. 
DOS SANTOS, S. S. S. Semiótica e Gestalt: metodologias para análise de 
imagens visuais. 2009 
GOMES FILHO, J. Gestalt do Objeto: sistema de leitura virtual da forma. 
Escrituras Editora e Distribuidora de Livros Ltda., 2015. 
KANDINSKY, W. Ponto e linha sobre plano: contribuição à análise dos 
elementos da pintura. Martins Fontes, 2005. 
OSTROWER, F. Universos da arte. Editora da Unicamp, 2013. 
SCHINERV, D. J.; SÊGA, M. G. D. A gestalt aplicada no aprimoramento da 
leitura visual em produtos de moda. 2011. 114 f. Trabalho de Conclusão de 
Curso (Graduação) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Apucarana, 
2011. 
SILVEIRA, D. Q. V. da. A Gestalt e sua relação com a publicidade. 2014. 
WONG, W. Princípios de forma e desenho. 1998.

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