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LABORATÓRIO DE ARTES3

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LABORATÓRIO DE ARTES 
VISUAIS – AUDIOVISUAL E 
ANIMAÇÃO 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Matias Peruyera 
 
 
 
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CONVERSA INICIAL 
Depois da etapa de planejamento, chegou a hora de executar o que foi 
planejado. Em produções comerciais, os passos precisam ser seguidos à risca 
para se encaixar no cronograma da equipe, do elenco, e para entregar o produto 
finalizado na data estipulada. Em produções amadoras, pode ser necessário o 
prazo de entrega de um trabalho ou para um concurso, mas ter um plano pode 
ajudar a fazer com que o trabalho seja prazeroso e divertido. 
Parte do planejamento implica saber quais recursos estarão ao nosso 
alcance. É a mesma lógica de uma produção que faz as contas para ver se vale 
a pena alugar uma grua. É importante saber com o que poderemos contar, para 
pensar de que maneira poderemos tirar melhor proveito desses equipamentos, 
figurinos, locações, entre outros. 
Também é importante pensar no passo seguinte, que é a pós-produção. 
A captação de imagens deve ser feita com cuidado, pois refazer cenas ou takes 
pode dar muito trabalho – ou, simplesmente, ser impossível. Portanto, vamos 
abordar os seguintes assuntos: 
• Executando o planejamento; 
• Equipamento; 
• Iluminação; 
• Captação do som; 
• Figurino, locação, produção de cena. 
TEMA 1 – EXECUTANDO O PLANEJAMENTO 
Você não teve todo o trabalho de fazer um planejamento e orçamento 
bem-feito para depois ninguém se importar com ele, correto? O que em grandes 
produções pode significar prejuízos de milhares de dólares, em produções 
amadoras pode representar atrasos nas filmagens e cenas que vão fazer falta 
na hora da edição. Talvez possa ser o começo de uma boa comédia, mas o que 
buscamos aqui é se inspirar no método das grandes produções para que 
produções amadoras consigam ter qualidade. 
No momento de gravar, há espaço para improvisações – grandes diálogos 
do cinema surgiram de improvisos, como os exemplos deste vídeo 
 
 
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<https://www.youtube.com/watch?v=1Vjq0GK-TEg> – mas o ideal é seguir o que 
foi planejado. 
Tudo que for necessário para a gravação tem que estar pronto: 
equipamentos, objetos necessários, cenários, locação, iluminação, elenco 
disponível com o texto decorado. Uma animação quadro a quadro precisa dos 
mesmos elementos e da mesma preparação, apesar de provavelmente caber 
em cima de uma mesa. 
Figura 1 – Alguns improvisos também podem ser planejados 
 
Crédito: guruXOX/Shutterstock. 
Cada pessoa envolvida deve saber o que fazer e se responsabilizar pela 
tarefa que lhe foi assignada. Com tudo bem organizado, você poderá executar o 
que você planejou, e rapidamente. 
É importante seguir o storyboards, o roteiro e cuidar muito bem dos 
enquadramentos. Evite confiar demais na pós-produção. A captação do som 
merece muita atenção também. 
Assim como é mais prático agrupar as cenas a serem captadas por 
locação, também é prático aproveitar os diferentes planos da câmera. Se você 
for captar um diálogo no qual os planos se alternam, é prático captar primeiro 
 
 
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todas as falas de uma pessoa e depois todas as falas da outra, e intercalá-las no 
momento da edição. 
Grave várias versões das cenas, mesmo que aparentemente tenha dado 
tudo certo. Há problemas que podem aparecer depois e você vai querer ter uma 
opção para editar. Pode variar os planos, ou gravar várias versões de um 
diálogo. Isso vale também para ideias novas. Elas podem ser melhores que o 
planejado. Execute essa ideia nova, mas também faça o que for planejado. A 
ideia é ter material “sobrando” para o momento da edição, já que talvez a ideia 
original possa ser aprimorada. 
Cuide dos pontos de corte. Deixe um “respiro” depois de uma fala ou de 
terminar uma ação. Isso facilitará o trabalho de quem editar o material depois 
(Dancyger, 2007). 
É importantíssimo cuidar da captação do áudio. Mais adiante, daremos 
dicas de como captar áudio usando recursos “caseiros”, como usar aplicativos 
gravadores de som em celulares escondidos na roupa. Cuidado com sons que 
vazem. O cachorro de um vizinho pode latir na pior hora possível. Corte, grave 
de novo. Lembre-se de captar alguns segundos de room tone. 
Cuidado com roupas que possam causar efeito “moiré”, que é quando 
aparecem texturas indesejadas na câmera. O ideal é fazer testes prévios ou ter 
opções. 
TEMA 2 – EQUIPAMENTO 
É possível fazer excelentes produções usando equipamento barato. O 
filme Dogville, do diretor dinamarquês Lars von Trier, foi captado no formato Mini 
DV, um formato de vídeo digital popular no começo dos anos 2000. 
O importante é conhecer as limitações dos equipamentos que temos 
disponíveis. Um telefone celular, por exemplo, pode captar imagens em boa 
resolução, mas não tem recursos de zoom ótico – apenas zoom digital, que 
implica perda de qualidade. Então, se você não tiver objetivas – mais conhecidas 
pelo incorreto nome de lentes – com esse recurso, não poderá contar com ele. 
Há vários tipos de câmeras relativamente acessíveis. Os aparelhos 
celulares têm a vantagem de serem praticamente um computador portátil, o que 
possibilita o uso de aplicativos que expandem os ajustes possíveis. Tanto 
celulares quanto câmeras destinadas ao público amador tendem a ter seus 
 
 
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ajustes padronizados para atender à maior parte dos usos. Sair desses padrões 
possibilita que o equipamento se adapte às suas necessidades. 
Verifique as especificações da sua câmera. Como elas têm cada vez mais 
componentes eletrônicos, é típico que demorem menos para ficarem obsoletas. 
Entre os anos 2000 e 2010, gravações em qualidade HD (1280 pixels × 720 
pixels) eram consideradas de alta qualidade. Atualmente, o Full HD (1920 pixels 
× 1080 pixels) está cedendo lugar para os equipamentos 4K (3840 pixels × 2160 
pixels). 
Figura 2 – Operador usando uma câmera “profissional” 
 
Crédito: guruXOX/Shutterstock. 
Porém, a resolução não é o único item que interessa. Um celular que 
capte vídeos em 4K não tem a mesma qualidade ótica do que uma câmera DSLR 
ou mirrorless que grave em Full HD (Peruyera, 2020, p. 89). Essas câmeras têm 
sensores maiores e objetivas de melhor qualidade, o que implica imagens com 
menos ruído, por causa da maior superfície de captura de luz, e mais 
possibilidades óticas, como mais possibilidades de trabalhar a profundidade de 
campo – explicando rapidamente, a capacidade de reduzir a parte da cena que 
está focada, necessária para conseguir efeitos como um fundo desfocado. 
Apesar da menor resolução, essas câmeras certamente permitirão a captação 
de imagens melhores, especialmente em cenas com pouca luz. 
 
 
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Se você tiver acesso a diferentes equipamentos, faça testes antes de 
decidir. As possibilidades técnicas de diferentes câmeras implicam 
possibilidades artísticas e narrativas. Saiba aproveitar esses recursos. 
Figura 3 – Câmera mirrorless com acessórios 
 
Crédito: Tzido Sun/Shutterstock. 
Outro ponto importante é conhecer o equipamento e saber operá-lo. Leia 
o manual, assista a tutoriais, faça testes e mais testes. Compare as imagens no 
computador. Aprenda a configurar o equipamento. Conheça as limitações dele. 
Saiba também em que formato a sua câmera ou celular salva os arquivos. 
Eles precisam ser compatíveis com o seu fluxo de trabalho, especificamente com 
os programas que você utilizará para editar esses vídeos. Se necessário, 
verifique como convertê-los. E muito cuidado com a qualidade. Você quer ter os 
arquivos com a maior qualidade possível. Pode acontecer de a câmera ou celular 
estarem configurados para gerar arquivos menores, com menor qualidade ou 
menor resolução. Verifique esse ajuste. 
Outro ponto positivo de usar câmeras DSLR ou mirrorless é a 
possibilidade de trocar as objetivas. Geralmente, essas câmeras vêm com uma 
objetiva básica zoom, que apesar de serem desprezadas por profissionais da 
fotografia são muito melhores que as objetivas minúsculas doscelulares. 
 
 
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Novamente, faça testes, veja o que você e sua equipe têm acesso e veja qual 
equipamento é mais adequado ao seu projeto. 
Há outros tipos de câmeras, como as câmeras esportivas – como as da 
marca GoPro – e as webcams, feitas para serem ligadas ao computador. 
Webcams podem ser muito úteis para a realização de animações quadro a 
quadro, já que as imagens produzidas são armazenadas já no computador. 
Outra limitação das câmeras é o microfone. Geralmente, são projetados 
para captar o som do que acontece na frente delas. Então, o diálogo dos atores 
até será captado, mas com o som ambiente. Talvez seja melhor captar o som 
separadamente – apesar das possíveis complicações posteriores na 
sincronização do som e das imagens – ou usar microfones. Há câmeras 
amadoras que têm entrada para microfones externos. 
Falamos, então, de captar imagens e sons, mas você também precisa 
pensar em iluminação, em tripés para a câmera ou celular, e na ilha de edição. 
O nome sobrevive da época em que se usavam pequenos projetores para editar 
película, ou equipamentos eletrônicos para editar fitas de vídeo, mas, 
atualmente, qualquer computador pode ser uma ilha de edição. Libere espaço 
no HD, instale programas de edição – há vários livres e/ou gratuitos – e aprenda 
os recursos. Também é possível editar em tablets ou celulares. 
Por último, todo o trabalho de escolher câmeras, captar imagens e cuidar 
do som pode ser perdido por problemas em dispositivos de armazenamento. 
Cuide muito bem dos seus arquivos. Determine um método para baixar os 
arquivos de cartões de memória e celulares, e faça cópias de segurança de tudo. 
Se um disco rígido ou cartão de memória apresentar algum problema – 
esperemos que não, mas tudo pode acontecer –, você terá uma cópia do seu 
trabalho em outro lugar. 
Ser metódico para enviar arquivos também deve prever a qualidade das 
imagens e do som. Procure manter os arquivos originais. Abrir arquivos em 
outros programas e salvá-los novamente, assim como transmiti-los por 
aplicativos de troca de mensagens, implica comprimir o arquivo, com a 
consequente perda de qualidade. 
Em resumo, prever o equipamento disponível faz parte do planejamento. 
Mais do que conseguir bons equipamentos, é importante conhecer as limitações 
e possibilidades do que temos ao nosso alcance, assim como aprender a usá-
los e tirar o máximo de proveito deles. 
 
 
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TEMA 3 – ILUMINAÇÃO 
Uma boa fotografia – nos dois sentidos possíveis dessa expressão 
– precisa de uma boa luz, o que nem sempre ocorre naturalmente. A luz natural 
ou ambiente pode ser adequada para várias situações, mas nem sempre 
podemos contar com essa colaboração. Nesses casos, vamos precisar de 
equipamento específico ou saber improvisar. 
Figura 4 – Softbox com o difusor externo instalado 
 
Crédito: Alfa Photostudio/Shutterstock. 
Dois equipamentos importantes são o sungun e o softbox (Figura 4). O 
sungun, geralmente composto por LEDs, é uma fonte de luz forte. As versões 
mais recentes são pensadas para poderem ser acopladas em câmeras DSLR. 
Já o softbox é maior e precisa ser apoiado em um tripé. Ele tem dois 
difusores, que podem ser retirados para conseguir uma luz mais suave – soft – 
ou mais dura. Há várias instruções na Internet para fazer softboxes caseiros. 
Há vários outros tipos de luz, como os possantes fresnéis (Figura 5). 
Outros acessórios que podem ser úteis são os rebatedores, os quais 
basicamente são superfícies brancas para rebater a luz – de uma fonte artificial 
ou do sol. Também há prateados e dourados para conseguir diferentes tons. 
 
 
 
 
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Figura 5 – Operador transportando um fresnél 
 
Crédito: Scarc/Shutterstock. 
Como sempre, o importante é usar a criatividade para conseguir 
resultados com o que você tiver à mão: luz natural, abajures, papel celofane para 
conseguir cores diferentes. Tudo é válido. 
A iluminação também é importante na animação stop motion. Afinal, é um 
set de filmagem minúsculo, que precisa ter os mesmos cuidados. 
TEMA 4 – CAPTAÇÃO DO SOM 
A captação do som também precisa ser feita muito cuidadosamente. 
Algumas produções não precisam dessa preocupação, como animações, por 
exemplo. Elas não vão ser produzidas em tempo real, então todo o som é 
acrescentado posteriormente. O que talvez seja o mais difícil de ser editado 
depois são diálogos, e por isso pode ser mais fácil se esforçar para conseguir 
uma boa captação e não precisar se preocupar depois. 
Como já dissemos, os microfones embutidos em câmeras e telefones 
celulares são projetados para captar o som de tudo o que acontece na frente da 
câmera, o que inclui diálogos e também ruído. Isso pode ser adequado para 
vídeos de recordação, mas não será adequado para produções com uma certa 
pretensão de qualidade. 
 
 
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Há vários tipos de microfone, mas aqui vamos nos concentrar nos 
microfones direcionais e onidirecionais. 
Figura 6 – Microfone shotgun 
 
Créditos: Billy Watkins/Shutterstock. 
Os direcionais são aqueles que privilegiam a captação de som em uma 
direção e que podem ser apontados na direção da fonte de som que queremos 
captar. Exemplos disso são os microfones shotgun (Figura 6), que podem ser 
montados em uma câmera, ou os boom (Figura 7), geralmente manuseados por 
um operador de som, que ficará segurando um cabo longo o suficiente para 
deixar ele fora da cena. Há vários tipos de microfone direcional para diferentes 
necessidades de captação de som. 
Já os microfones onidirecionais captam todo o som que acontecer ao 
redor deles. Eles têm aplicações específicas e podem ser interessantes para 
captar som ambiente, mas nem tanto para captar diálogos. A exceção é o 
microfone de lapela, que é onidirecional, mas por ser projetado para ficar próximo 
da boca de quem está falando, é usado para essas situações, principalmente em 
estúdio. É mais usado em televisão; em produções cinematográficas, pode ficar 
difícil de esconder. 
 
 
 
 
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Figura 7 – Operador segurando um boom em posição típica da gravação 
 
Créditos: AENFONG/Shutterstock. 
Outro equipamento interessante são os gravadores de som digitais 
(Figura 8). São similares àqueles usados para fazer entrevistas, mas a qualidade 
– e o preço – são muito superiores. Eles têm entradas para microfones externos 
e geralmente têm dois microfones para captar som em estéreo. 
Por último, mais uma utilidade dos telefones celulares. Além daquele 
microfone que já mencionamos, eles têm mais dois ou três microfones para 
captar som. Então, seria possível, por exemplo, escondê-los na roupa para 
captar a voz dos atores de maneira mais clara. Também é possível usar os 
microfones dos fones de ouvido que vêm com os celulares ou comprar 
microfones específicos para os celulares. Na figura a seguir, repare nos dois 
microfones, na parte de cima, e na borda das entradas para microfone, na parte 
de baixo. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 8 – Gravador de áudio 
 
Créditos: Pagidot Damseu/Shutterstock. 
Como sempre, é importante fazer testes, comparar resultados, ver o que 
funciona e o que não e o que é possível fazer com nosso equipamento. 
Outra questão importante relacionada ao som é a edição. Há ruídos que 
podem ser adicionados na edição final, que enriquecem a cena e que podem ser 
difíceis de serem captados no momento. Grave sons separadamente, como um 
motor de carro ligando ou o som de um copo sendo apoiado em uma mesa. 
Finalmente, vamos falar do room tone, já mencionado anteriormente. O 
room tone é o som do “silêncio” de um ambiente. Por mais silencioso que seja o 
ambiente, os microfones vão captar a reverberação do lugar, e cada ambiente 
terá o seu próprio som. Gravar alguns segundos desse som pode ajudar na 
edição final, para ser usado sozinho ou misturado a outros sons. O silêncio 
absoluto fica estranho demais. 
Outra possibilidade é o background audio, ou, no Brasil, simplesmente 
background. Nãose trata de silêncio, mas do som que o ambiente teria 
naturalmente, como rumores de conversa e barulho de copos de um bar, 
barulhos de ferramentas de uma oficina mecânica, ou o ruído de carros e buzinas 
em uma via pública. Podem ser captados ou aproveitados de algum banco de 
 
 
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sons – nesse caso, tenha cuidado com as licenças de uso. É comum, por 
exemplo, gravar cenas em um bar com a figuração em silêncio, para depois 
acrescentar o background de conversas e copos. 
Todos esses sons podem ser editados depois, aumentando o volume, 
eliminando ruído, equalizando frequências, entre outras possibilidades. Um 
áudio bem cuidado pode dar a uma produção amadora uma qualidade 
excepcional, com apenas alguns cuidados. 
TEMA 5 – FIGURINO, LOCAÇÃO, PRODUÇÃO DE CENA 
Há muitas possibilidades de contar ou enriquecer histórias a partir do que 
aparece em cena. A estética de uma produção audiovisual é importantíssima. As 
roupas falam muito sobre um personagem, assim como objetos de cena e os 
próprios cenários (Figura 9). 
Tenha cuidado para que todos os objetos necessários estejam disponíveis 
no momento da gravação. As roupas, seja dos próprios atores ou emprestadas, 
precisam estar disponíveis e na mesma condição da gravação. Não dá para uma 
roupa ficar magicamente lavada e passada de um corte a outro. Cabelos e 
maquiagem precisam do mesmo cuidado. 
Além do mais, a locação da fotografia é quase invisível, mas você 
provavelmente já associou a roupa, as cores, os acessórios, o cabelo, com todo 
um gênero cinematográfico. 
Figura 9 – Atriz caracterizada com roupas e elementos de cena 
 
Créditos: Dmytro Buianskyi/Shutterstock. 
 
 
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Aqui é possível pensar na função dos continuístas, os quais cuidam que 
cenas gravadas em momentos diferentes não tenham diferenças. Anotam todos 
os detalhes e fotografam os atores ou os objetos para que aquela jarra que 
estava na mesa, por exemplo, não seja esvaziada “magicamente”, ou para que 
entre um take e outro os mesmos botões de uma camisa estejam abotoados. 
Dependendo das necessidades da produção, além de escolher bem os 
objetos de cena, pode ser necessário produzir objetos específicos ou 
maquiagens especiais. Nas Figuras 10 e 11, você pode ver instantes de uma 
oficina de produção desses materiais que podem ser usados na produção 
audiovisual. Nem sempre a computação gráfica é a melhor maneira de conseguir 
efeitos visuais impressionantes. 
Figura 10 – Pessoas trabalhando na elaboração de bonecos e maquiagens que 
poderiam ser usadas na produção audiovisual 
 
Créditos: Nejron Photo/Shutterstock. 
 
 
 
 
 
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Figura 11 – Pessoas trabalhando na elaboração de bonecos e maquiagens que 
poderiam ser usadas na produção audiovisual 
 
Créditos: Nejron Photo/Shutterstock. 
 
NA PRÁTICA 
Para começar a ter uma ideia das articulações entre o planejado e a 
execução, faça uma animação quadro a quadro de alguns segundos. O 
planejamento será algo como “este boneco vai sair deste lugar e chegar neste”. 
Depois, produza as fotografias necessárias com o seu celular, cuidando para 
mantê-lo no mesmo lugar com um tripé ou algum apoio improvisado. Você pode 
usar um aplicativo ou editar as fotografias num computador – veja dicas no 
Capítulo 4 do livro da disciplina (Peruyera, 2020). 
Apenas de ler essa proposta de exercício já é possível notar a diferença 
entre uma ideia simples e a sua execução. Dá trabalho, né? 
FINALIZANDO 
Nesta aula, você aprendeu várias questões importantes sobre como 
executar o que foi planejado. É importante ter uma ideia de como a produção 
funciona antes mesmo de fazer o planejamento; afinal, precisamos saber os 
prazos da equipe, de deslocamento, o tempo que demora para conseguir um 
 
 
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take, entre outras questões. Se você não faz ideia das dificuldades da produção, 
não vai conseguir estimar o tempo necessário na hora de produzir um 
cronograma, por exemplo. 
Novamente pensando em um ambiente amador ou escolar, é importante 
pensar no fator diversão. Se a diversão for prioridade, ou seja, para que o 
trabalho seja divertido para todo mundo envolvido, é essencial um bom 
planejamento e aplicar tudo que você souber sobre o processo de produção. Se 
a diversão gerar um produto bom, tanto melhor. O importante é saber balancear 
os compromissos. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
DANCYGER, K. Técbicas de edição para cinema e vídeo: história, teoria e 
prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
PERUYERA, M. Laboratório de artes visuais: audiovisual e animação. 
Curitiba: Intersaberes, 2020.

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