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Juízo de Admissibilidade 1
Juízo de Admissibilidade
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Tags Processual Civil II
Introdução
O Julgamento do Recurso divide-se em duas fases:
a) Juízo de Admissibilidade; 
b) Juízo de Mérito. 
Antes de julgar o mérito, é necessário verificar o cumprimento dos 
requisitos de admissibilidade do recurso → caso haja falha ou omissão, há 
impedimento de análise do mérito. 
Sistema Básico de Juízo de 
Admissibilidade
Apesar das diferenças conforme o recurso e o tribunal, entende-se que há 
um sistema básico de juízo de admissibilidade, a saber:
March 24, 2024 331 PM
Juízo de Admissibilidade 2
a) Primeiro: o juiz a quo faz a apreciação para declarar se recebe ou não 
recebe o recurso → a exceção é o agravo de instrumento, o qual é 
interposto diretamente ao Tribunal competente para o exame do mérito; 
b) Segundo: depois de apresentadas as contrarrazões da outra parte, o 
juízo de admissibilidade do juiz a quo declara se dá ou se nega seguimento 
ao recurso; 
c) Terceiro: com o seguimento do recurso, o Tribunal ad quem decidirá, 
pelo relator sorteado, se dá seguimento ao recurso ou se o rejeita 
liminarmente. 
d) Quarto: se admitido (ou conhecido) o recurso, passa-se ao julgamento 
de mérito pelo colegiado ad quem. Caso não se conheça do recurso, não 
inicia-se o julgamento de mérito.
Relator
A decisão do relator pode sofrer Agravo Interno.
⚖ CPC  Art. 932. Incumbe ao relator:
I  dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à 
produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar 
autocomposição das partes;
III  não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não 
tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão 
recorrida;
Requisitos de Admissibilidade
Pressupostos recursais que, quando ausentes, impedem que seja realizado 
o juízo de mérito;
Juízo de Admissibilidade 3
Cabimento e Tempestividade → entende-se cabível o recurso que é 
adequado para atacar a decisão recorrida, interposto no prazo de 15 dias 
úteis - para os demais recursos - ou de 05 dias úteis - no caso dos 
embargos declaratórios. 
⚖ CPC  Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se 
da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a 
Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público 
são intimados da decisão.
§ 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em 
audiência quando nesta for proferida a decisão.
§ 2º Aplica-se o disposto no art. 231 , incisos I a VI, ao prazo de 
interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida 
anteriormente à citação.
§ 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será 
protocolada em cartório ou conforme as normas de organização 
judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo 
correio, será considerada como data de interposição a data de 
postagem.
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para 
interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§ 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato 
de interposição do recurso.
⚖ CPC  Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por 
lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Preparo → o recurso deve vir acompanhado do comprovante de 
pagamento das despesas relativas ao processamento do recurso (custas), 
sob pena de deserção do recurso. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art231
Juízo de Admissibilidade 4
⚖ CPC  Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente 
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o 
respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob 
pena de deserção.
§ 1º São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de 
retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela 
União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e 
respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de 
remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, 
intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo 
de 5 (cinco) dias.
§ 3º É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de 
retorno no processo em autos eletrônicos.
§ 4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do 
recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e 
de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para 
realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§ 5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial 
do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no 
recolhimento realizado na forma do § 4º.
§ 6º Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a 
pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 
(cinco) dias para efetuar o preparo.
§ 7º O equívoco no preenchimento da guia de custas não 
implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na 
hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente 
para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
Legitimidade e Sucumbência → a parte vencida, o terceiro prejudicado e o 
MP, como parte ou como fiscal da lei, possuem legitimidade para recorrer. 
Entende-se que o interesse em recorrer decorre de sucumbência, isto é, de 
situação prejudicial provocada pela decisão que afetará uma das partes. 
Juízo de Admissibilidade 5
⚖ CPC  Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, 
pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou 
como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade 
de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação 
judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa 
discutir em juízo como substituto processual.
Quanto à parte, entende-se ainda relevante o 
ensinamento de CÂMARA 2010, p. 72, o conceito é 
empregado no sentido amplo de partes do processo, ou 
seja, não só o demandado e demandante, mas todos que 
participam do procedimento em contraditório e podem 
interpor legitimamente um recurso.  TAVARES, Quintino 
Lopes. Material disponível no Classroom. p. 4. 
Capacidade Processual das Partes → as partes precisam ter capacidade 
para estarem em juízo, ou precisam estar devidamente representadas;
Deverá ser proposto em Tribunal Investido de Jurisdição Adequada;

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