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Terceirizao

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Terceirização 1
Terceirização
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Tags Direito do Trabalho I
Introdução
Partes:
a) Tomador de Serviços;
b) Empresa Prestadora de Serviços;
c) Trabalhador.
Tipos de Terceirização Lícita
Terceirização Comum
No Setor Privado:
a) Antes da Reforma Trabalhista → poderia acontecer na atividade meio 
do tomador de serviços, desde que inexistisse a pessoalidade e a 
subordinação direta.
March 24, 2024 331 PM
Terceirização 2
Ex. Supermercado contrata uma empresa terceirizada para a 
limpeza do estabelecimento → a atividade fim do supermercado é a 
venda, e a limpeza torna-se uma atividade meio. 
b) No julgamento da ADPF 324, o STF firmou o entendimento de é lícita 
a terceirização das atividades fins;
c) Com a Reforma Trabalhista → alterou-se o texto da Lei nº 6.019/74, 
consolidando-se a ideia de que a tomadora pode terceirizar sua 
atividade fim. 
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 4º A.  Considera-se prestação de 
serviços a terceiros a transferência feita pela contratante 
da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive 
sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviços que possua capacidade econômica 
compatível com a sua execução.
§ 1º A empresa prestadora de serviços contrata, remunera 
e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou 
subcontrata outras empresas para realização desses 
serviços.
§ 2º  Não se configura vínculo empregatício entre os 
trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de 
serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa 
contratante.
Terceirização 3
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 4ºB.  São requisitos para o 
funcionamento da empresa de prestação de serviços a 
terceiros:
I  prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica CNPJ;
II  registro na Junta Comercial;                 
III  capital social compatível com o número de 
empregados, observando-se os seguintes parâmetros:
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de 
R$ 10.000,00 (dez mil reais);
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - 
capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta 
empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e 
cinco mil reais);
d) empresas com mais de cinquenta e até cem 
empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil 
reais); e
e) empresas com mais de cem empregados - capital 
mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
Terceirização 4
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 5ºA.  Contratante é a pessoa física 
ou jurídica que celebra contrato com empresa de 
prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas 
atividades, inclusive sua atividade principal.
§ 1º  É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores 
em atividades distintas daquelas que foram objeto do 
contrato com a empresa prestadora de serviços.
§ 2º Os serviços contratados poderão ser executados nas 
instalações físicas da empresa contratante ou em outro 
local, de comum acordo entre as partes.
§ 3º  É responsabilidade da contratante garantir as 
condições de segurança, higiene e salubridade dos 
trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas 
dependências ou local previamente convencionado em 
contrato.
§ 4º A contratante poderá estender ao trabalhador da 
empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento 
médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus 
empregados, existente nas dependências da contratante, 
ou local por ela designado.
§ 5º  A empresa contratante é subsidiariamente 
responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao 
período em que ocorrer a prestação de serviços, e o 
recolhimento das contribuições previdenciárias observará 
o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
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Terceirização 5
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 4ºC.  São asseguradas aos 
empregados da empresa prestadora de serviços a que se 
refere o art. 4ºA desta Lei, quando e enquanto os 
serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades 
da contratante, forem executados nas dependências da 
tomadora, as mesmas condições:
I  relativas a:
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, 
quando oferecida em refeitórios;
b) direito de utilizar os serviços de transporte;
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas 
dependências da contratante ou local por ela designado;
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, 
quando a atividade o exigir.
II  sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de 
segurança no trabalho e de instalações adequadas à 
prestação do serviço.
§ 1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se 
assim entenderem, que os empregados da contratada 
farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da 
contratante, além de outros direitos não previstos neste 
artigo.
§ 2º  Nos contratos que impliquem mobilização de 
empregados da contratada em número igual ou superior a 
20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, 
esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada 
os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em 
outros locais apropriados e com igual padrão de 
atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento 
dos serviços existentes.
c) A responsabilidade do tomador de serviços será subsidiária. 
Terceirização 6
⚖ Súmula 331 do TST  IV  O inadimplemento das 
obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica 
a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços 
quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da 
relação processual e conste também do título executivo 
judicial.
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 5ºA.  Contratante é a pessoa física 
ou jurídica que celebra contrato com empresa de 
prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas 
atividades, inclusive sua atividade principal.
§ 5º  A empresa contratante é subsidiariamente 
responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao 
período em que ocorrer a prestação de serviços, e o 
recolhimento das contribuições previdenciárias observará 
o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991.
d) Há regras especiais trazidas pelos arts. 5ºC e 5ºD da Lei nº 
6.019/74.
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 5ºC.  Não pode figurar como 
contratada, nos termos do  art. 4o-A desta Lei, a pessoa 
jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos 
dezoito meses, prestado serviços à contratante na 
qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo 
empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios 
forem aposentados.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
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Terceirização 7
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 5ºD.  O empregado que for demitido 
não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na 
qualidade de empregado de empresa prestadora de 
serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, 
contados a partir da demissão do empregado.
No Setor Público:
a) Antes da Reforma Trabalhista → a terceirização ilícita não ensejava 
vínculo empregatício, haja vista que a investidura em cargo ou emprego 
público depende de concurso público. 
⚖ Súmula 331 do TST  II  A contratação irregular de 
trabalhador, mediante empresa interposta, não gera 
vínculo de emprego com os órgãos da Administração 
Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da 
CF/1988.
b) Nestes casos, assegurava-se a isonomia → dava-se os mesmos 
benefícios disfrutados pelo empregado público. 
⚖ OJ 383 da SDII do TST  A contratação irregular de 
trabalhador, mediante empresa interposta,não gera 
vínculo de emprego com ente da Administração Pública, 
não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o 
direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas 
trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles 
contratados pelo tomador dos serviços, desde que 
presente a igualdade de funções.
c) Contudo, com o julgamento da ADPF 324, a terceirização da 
atividade fim deixou de ser ilícita → a OJ 383 caiu;
Terceirização 8
⚖ Tese do Tema 383 da Lista de Repercussão Geral do STF  A 
equiparação de remuneração entre empregados da empresa 
tomadora de serviços e empregados da empresa contratada 
(terceirizada) fere o princípio da livre iniciativa, por se tratar 
de agentes econômicos distintos, que não podem estar 
sujeitos a decisões empresariais que não são suas.
d) Há atividades que não podem ser terceirizadas por serem exclusivas 
do Estado;
e) A responsabilidade, na terceirização do setor público, não recai, 
automaticamente, sobre o ente público → essa será atribuída ao ente 
público quando comprovada sua conduta culposa. O ônus da prova 
será da Administração Pública.
⚖ Súmula 331 do TST  V  Os entes integrantes da 
Administração Pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das 
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente 
na fiscalização do cumprimento das obrigações 
contratuais e legais da prestadora de serviço como 
empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de 
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas 
assumidas pela empresa regularmente contratada.
f) De acordo com a Lei nº 14.133, cabe ao contratado pela Adm. P. a 
responsabilidade dos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e 
comerciais → caberá responsabilidade subsidiária quando houver culpa 
da Adm. P.
⚖ Súmula 331 do TST  VI  A responsabilidade subsidiária 
do tomador de serviços abrange todas as verbas 
decorrentes da condenação referentes ao período da 
prestação laboral.
Terceirização 9
Trabalho Temporário
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 2º  Trabalho temporário é aquele prestado 
por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho 
temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora 
de serviços, para atender à necessidade de substituição 
transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar 
de serviços.
§ 1º  É proibida a contratação de trabalho temporário para a 
substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos 
previstos em lei.
§ 2º  Considera-se complementar a demanda de serviços que 
seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de 
fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou 
sazonal.
Partes:
a) Tomador de Serviços.
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 5º Empresa tomadora de serviços é a 
pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra 
contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa 
definida no art. 4o desta Lei.
b) Empresa de Trabalho Temporário;
c) Trabalhador Temporário.
O trabalho temporário é possível na atividade-meio e na atividade-fim.
Terceirização 10
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 9º  O contrato celebrado pela empresa 
de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por 
escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no 
estabelecimento da tomadora de serviços e conterá:
I  qualificação das partes;
II  motivo justificador da demanda de trabalho temporário;
III  prazo da prestação de serviços;
IV  valor da prestação de serviços;
V  disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, 
independentemente do local de realização do trabalho.
§ 1º É responsabilidade da empresa contratante garantir as 
condições de segurança, higiene e salubridade dos 
trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas 
dependências ou em local por ela designado.
§ 2º  A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de 
trabalho temporário o mesmo atendimento médico, 
ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, 
existente nas dependências da contratante, ou local por ela 
designado.
§ 3º O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o 
desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem 
executadas na empresa tomadora de serviços.
O prazo máximo no contrato de trabalho entre o empregado e a 
empresa de trabalho temporário é de 180 dias, podendo ser prorrogado 
por mais 90 dias. 
Terceirização 11
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 10.  Qualquer que seja o ramo da 
empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de 
emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas 
empresas de trabalho temporário.
§ 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao 
mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e 
oitenta dias, consecutivos ou não. 
§ 2º  O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, 
consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 
1º deste artigo, quando comprovada a manutenção das 
condições que o ensejaram.
§ 4º Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela 
tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no 
parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do 
Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de 
maio de 1943. 
§ 5º  O trabalhador temporário que cumprir o período 
estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo somente poderá ser 
colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em 
novo contrato temporário, após noventa dias do término do 
contrato anterior.
§ 6º  A contratação anterior ao prazo previsto no § 5º deste 
artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora.
§ 7º A contratante é subsidiariamente responsável pelas 
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer 
o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições 
previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 
8.212, de 24 de julho de 1991.
O art. 12 da Lei nº 6.019/74 trata sobre os direitos assegurados ao 
trabalhador temporário → rol meramente exemplificativo.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm#art31
Terceirização 12
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 12  Ficam assegurados ao trabalhador 
temporário os seguintes direitos:
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados 
de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente 
calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a 
percepção do salário mínimo regional;
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas 
extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 
20% (vinte por cento);
c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 
5.107, de 13 de setembro de 1966;
d) repouso semanal remunerado;
e) adicional por trabalho noturno;
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término 
normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do 
pagamento recebido;
g) seguro contra acidente do trabalho;
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei 
Orgânica da Previdência Social, com as alterações 
introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, 
item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 
1973.
§ 1º  Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social do trabalhador sua condição de temporário.
§ 2º  A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar 
à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo 
acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua 
disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da 
legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação 
do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho 
temporário.
Proibições Específicas impostas às Empresas de Trabalho 
Temporário:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5107.htm#art25
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5107.htm#art25https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5107.htm#art25
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5890.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D72771.htm#art5iiic
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D72771.htm#art5iiic
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D72771.htm#art5iiic
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D72771.htm#art5iiic
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D72771.htm#art5iiic
Terceirização 13
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 17  É defeso às empresas de prestação 
de serviço temporário a contratação de estrangeiros com 
visto provisório de permanência no País.
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 18  É vedado à empresa do trabalho 
temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, 
mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os 
descontos previstos em Lei.
Fiscalização do Trabalho Temporário:
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 14  As empresas de trabalho temporário 
são obrigadas a fornecer às empresas tomadoras ou clientes, 
a seu pedido, comprovante da regularidade de sua situação 
com o Instituto Nacional de Previdência Social.
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 15  A Fiscalização do Trabalho poderá 
exigir da empresa tomadora ou cliente a apresentação do 
contrato firmado com a empresa de trabalho temporário, e, 
desta última o contrato firmado com o trabalhador, bem como 
a comprovação do respectivo recolhimento das contribuições 
previdenciárias.
Caso haja uma cláusula que proíba a contratação do trabalhador 
temporário, esta será nula. 
Terceirização 14
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 11  O contrato de trabalho celebrado 
entre empresa de trabalho temporário e cada um dos 
assalariados colocados à disposição de uma empresa 
tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele 
deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos 
trabalhadores por esta Lei.
Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula 
de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela 
empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha 
sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho 
temporário.
Caso contratado, a tomadora de serviços não pode contratar o 
trabalhador temporário com contrato de experiência.
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 10. Qualquer que seja o ramo da 
empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de 
emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas 
empresas de trabalho temporário.
§ 4º Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela 
tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no 
parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do 
Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de 
maio de 1943.
A lei do trabalho temporário não se aplica para empresas de vigilância e 
transportes de valores.
⚖ Lei nº 6.019/74  Art. 19B.  O disposto nesta Lei não se aplica 
às empresas de vigilância e transporte de valores, 
permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas 
por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação 
das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 
no 5.452, de 1o de maio de 1943.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
Terceirização 15
OBS. Há quem entenda que o art. 10 da Lei nº 6.019/74 refere-se ao 
contrato celebrado entre a empresa de trabalho temporário e o tomador de 
serviços. 
Subempreitada
⚖ CLT  Art. 455  Nos contratos de subempreitada responderá o 
subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de 
trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o 
direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo 
inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.
Parágrafo único  Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos 
termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a 
retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das 
obrigações previstas neste artigo.
A Empreiteira pode ser responsabilizada solidariamente pelas verbas 
devidas ao trabalhador pela subempreiteira.
Dono da Obra
⚖ OIJ 191 da SDII do TST  Diante da inexistência de previsão legal 
específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o 
dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade 
solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas 
pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa 
construtora ou incorporadora.
A PF ou a PJ que contratou uma empreiteira para uma obra, que não 
tem como atividade fim a de construtora, não possui responsabilidade 
solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo 
empreiteiro. 
Terceirização 16
⚖ Tema nº 6 da Lista de Repetitivos do TST  I. A exclusão de 
responsabilidade solidária ou subsidiária por obrigação 
trabalhista, a que se refere a Orientação Jurisprudencial nº 191 da 
SbDI1 do TST, não se restringe a pessoa física ou micro e 
pequenas empresas. Compreende igualmente empresas de médio 
e grande porte e entes públicos;
II. a excepcional responsabilidade por obrigações trabalhistas, 
prevista na parte final da Orientação Jurisprudencial nº 191 da 
SbDI1 do TST, por aplicação analógica do artigo 455 da CLT, 
alcança os casos em que o dono da obra de construção civil é 
construtor ou incorporador e, portanto, desenvolve a mesma 
atividade econômica do empreiteiro;
III. não é compatível com a diretriz sufragada na Orientação 
Jurisprudencial nº 191 da SbDI1 do TST jurisprudência de 
Tribunal Regional do Trabalho que amplia a responsabilidade 
trabalhista do dono da obra, excepcionando apenas “a pessoa 
física ou micro e pequenas empresas, na forma da lei, que não 
exerçam atividade econômica vinculada ao objeto contratado ;ˮ
IV. exceto ente público da Administração direta e indireta, se 
houver inadimplemento das obrigações trabalhistas contraídas 
por empreiteiro que contratar, sem idoneidade econômico-
financeira, o dono da obra responderá subsidiariamente por tais 
obrigações, em face de aplicação analógica do art. 455 da CLT e 
de culpa in elegendo;
A OJ supramencionada não é aplicável nos casos de acidente do 
trabalho → esta situação refere-se à responsabilidade civil, devendo o 
dono da obra responder de maneira solidária.
Cooperativas
Terceirização 17
⚖ Lei nº 12.690/12  Art. 2º Considera-se Cooperativa de Trabalho a 
sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas 
atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, 
autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, 
situação socioeconômica e condições gerais de trabalho.
§ 1º A autonomia de que trata o caput deste artigo deve ser 
exercida de forma coletiva e coordenada, mediante a fixação, em 
Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa e 
da forma de execução dos trabalhos, nos termos desta Lei.
§ 2º Considera-se autogestão o processo democrático no qual a 
Assembleia Geral define as diretrizes para o funcionamento e as 
operações da cooperativa, e os sócios decidem sobre a forma de 
execução dos trabalhos, nos termos da lei.
⚖ CLT  Art. 442  Contrato individual de trabalho é o acordo tácito 
ou expresso, correspondente à relação de emprego.
§ 1º Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade 
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus 
associados, nem entre estes e os tomadores de serviços 
daquela.
Partes:
a) Cooperativa;
b) Tomador de Serviços;
c) Cooperados → não possuem vínculo de emprego com o tomadorde 
serviços e nem com a cooperativa.

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