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Sistema Ósseo: Anatomia e Funções

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P1/UC1 – UNIT - ALAGOAS 
ANATOMIA – AULA 2 
 
SISTEMA ÓSSEO – OSTEOLOGIA 
 
C ON C EI T OS 
• ESQ U EL ET O : conjunto de ossos e cartilagens que 
se interligam para formar o arcabouço do corpo do 
animal e desempenhar várias funções. 
• OSSO : tecido vivo que forma peças rígidas 
altamente especializadas em tecido conjuntivo. Os 
ossos do esqueleto adulto proporcionam 
➢ Sustentação para o corpo e suas cavidades 
vitais; 
➢ Proteção para as estruturas vitais; 
➢ Base mecânica para o movimento (alavanca); 
➢ Armazenamento de sais (ex: cálcio) 
➢ Suprimento contínuo de células sanguíneas 
(produzidas em alguns ossos que possuem 
medula óssea) 
• C ART IL AGEM : forma flexível, semirrígida do 
tecido conjuntivo, que forma partes do esqueleto 
onde é necessária a flexibilidade. São 
avasculares, obtêm oxigênio por difusão, Quanto 
mais nova a pessoa é, mais cartilagens tem, pois 
os ossos tendem a endurecer apenas com o 
crescimento 
 
T I POS DE ESQ U EL ET OS 
 
• Endoesqueleto: é a estrutura esquelética presente 
nos seres vertebrados, ou seja, quando o 
esqueleto é dentro do corpo do ser vivo. 
• Exoesqueleto: estrutura esquelética localizada 
fora do corpo do ser vivo. 
 
DI VI SÃO DO ESQU EL ET O HU MAN O 
 
O sistema esquelético pode ser dividido em duas partes: 
➢ Esqueleto axial: formado pelos ossos da cabeça 
(crânio), do pescoço (osso bióide e vertebras 
cervicais) e tronco (costelas, esterno, vértebras e 
sacro) 
➢ Esqueleto apendicular: formado pelos ossos dos 
membros. 
 
 
 
• C AB EÇ A (2 2 OSSOS) : 
➢ Viscerocrânio: corresponde à face e nele 
estão situados os órgãos dos sentidos e o 
início dos sistemas respiratório e digestório. 
➢ Neurocrânio: conjunto de ossos que 
delimitam a cavidade do crânio que contém o 
encéfalo. 
 
 
VI SC ER OC R ÂN I O ( 14) N EUR OCR ÂNI O ( 8) 
2 Nasais 2 Parietais 
2 Lacrimais 2 Temporais 
2 Zigomáticos 1 Frontal 
2 Maxilares 1 Occipital 
2 Palatinos 1 Esfenóide 
2 Conchasnasais inferiores 1 Etmóide 
1 Vômer 
1 Mandíbula 
 
 
 
 
 
 
 
• PESC OÇ O (1 + 7): 
➢ Hióide: fica na parte anterior do pescoço, 
abaixo da mandíbula e à frente da porção 
OBS: alguns autores consideram 28 ossos na cabeça, 
por contar com os ossículos das orelhas médias, 2 
bigornas, 2 estribos e 2 martelos. Ou 29 por 
acrescentar o hióide 
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cervical da coluna vertebral. É sustentado 
apenas por músculos. 
 
 
 
➢ Vértebras cervicais (7) 
 
 
 
• T R ON C O (62- 64 VARI AÇ ÃO N AS C OC CÍ GEAS) : 
 
VÉR T EBR AS (31 - 33) DEMAI S (31) 
7 Cervicais 2 Clavículas 
12 Torácicas 1 Esterno 
5 Lombares 24 Costelas 
5 Sacrais 2 Coxais 
1 a 4 Coccígeas 2 Escápulas 
 
 
 
OBS: omoplata > escápula 
Ilíaco > coxal 
 
 
 
• MEMB R OS SU PERI OR ES ( 60) E I N FERI OR ES (60 ) : 
 
SU PERI OR ES I N FER I OR ES 
2 Úmeros 2 Fêmures 
2 Rádios 2 Patelas 
2 Ulnas 2 Tíbias 
6 Carpo 2 Fíbulas 
10 Metacarpo 14 Tarsos 
28 Falanges 10 Metatarsos 
 28 Falanges 
 
N Ú MER O DE OSSOS 
No indivíduo adulto, o número de ossos é 206. Esse número, 
todavia, varia de acordo com alguns dos seguintes fatores: 
• Fatores etários: do nascimento à senilidade há 
uma diminuição no número de ossos. Isso se deve 
ao fato de que o recém nascido tem partes do 
corpo formadas por ossos que se soldam com o 
passar do tempo, formando um osso único, como é 
o caso do crânio fetal e também do quadril (ísquio, 
pube e ílio, que posteriormente se soldam e 
formam um osso único no adulto). 
• Fatores individuais: em alguns indivíduos pode 
haver persistência da divisão do osso frontal no 
adulto e ossos extranumerários podem ocorrer. 
• Critérios de contagem: os anatomistas utilizam 
critérios muito pessoais para fazer a contagem, 
isso explica a divergência dos resultados quando 
comparamos. Por exemplo, os sesamóides e os 
ossículos do ouvido médio ora são computados, 
ora não. 
 
 
 
 
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C L ASSI FI C AÇ ÃO DOS OS SOS H U MAN OS 
Os ossos são classificados de acordo com o seu formato. 
• Ossos longos: tubulares, mais longos do que 
largos. Como exemplo, os ossos do esqueleto 
apendicular (fêmur, tíbia, radio, ulna, fíbula, 
falanges) 
• Ossos curtos: cuboides (patela*, tarso > tornozelo, 
carpo > punho) 
• Ossos planos (laminar): geralmente tem função 
protetora, apresentam comprimento e largura 
equivalentes, predominando sobre a espessura 
(os ossos do crânio, parietal, frontal occipital por 
exemplo, e outros como a escápula e o osso do 
quadril) 
• Ossos pneumáticos: apresenta uma ou mais 
cavidades, de volume variável, revestidas de 
mucosa e contendo ar. Essas cavidades recebem o 
nome de seio/sinus. Estão situados no crânio: 
frontal, maxilar, temporal, etmoide e esfenoide. 
 
 
 
 
 
• Ossos sesamóides: desenvolvem-se na 
substância de certos tendões (intratendíneos) ou 
da capsula fibrosa (peri-articulares) que envolve 
certas articulações. A patela é um exemplo de 
intratendíneo. 
• Ossos irregulares: tem várias formas que não se 
enquadram nas demais classificações. Ex: 
vértebras e osso temporal. 
 
 
 
 
C AR ACT ERÍ ST IC AS DOS OSSOS 
 
• Matriz Óssea: é composta por uma parte orgânica 
(35%, representa a flexibilidade do osso), e uma 
parte inorgânica (65%, representa a rigidez e 
resistência do osso) cuja composição é dada 
basicamente por íons de fosfato e cálcio, 
formando cristais de hidroxiapatita. 
• Substâncias ósseas: compacta ou esponjosa 
(apresenta espaços medulares mais amplos, 
sendo formada por várias trabéculas, que dão um 
aspecto poroso ao tecido.) 
• Osso primário (imaturo): apresenta fibras 
colágenas dispostas em várias direções sem 
organização definida, tem menos quantidade de 
minerais e maior proporção de osteócitos quando 
comparada ao tecido ósseo secundário. Encontra-
se pouco presente em adultos, persistindo apenas 
próximo às suturas dos ossos do crânio e 
nos alvéolos dentários. 
• Osso secundário (maduro ou lamelar): é a 
variedade geralmente encontrada no adulto. Sua 
principal característica é possuir fibras colágenas 
de espessura que, ou ficam paralelas umas às 
outras, ou se dispõem em camadas concêntricas 
em torno de canais com vasos formando 
os Sistemas de Havers ou ósteons. 
• Periósteo: membrana conjuntiva que reveste os 
ossos, apresenta dois folhetos, um superficial e 
outro profundo, este em contato direto com a 
superfície óssea. A camada profunda é chamada 
de osteogênica pelo fato de suas células se 
transformarem em células ósseas, que são 
incorporadas à superfície do osso, promovendo o 
espessamento. 
• Nutrição: os ossos são altamente vascularizados. 
As artérias do periósteo penetram no osso, 
irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. 
Por isso, sem periósteo, o osso morre. 
OBS: há ossos que são classificados em mais de 
um grupo, como é o exemplo do frontal, que é 
laminar (plano) mas também é pneumático ou o 
maxilar que é irregular e também pneumático. 
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• Tecidos Ósseos: tem a função de sustentação. É 
um tecido rígido graças à presença de matriz rica 
em sais de cálcio, fósforo e magnésio. Além 
desses elementos, a matriz é rica em fibras 
colágenas, que fornecem certa flexibilidade ao 
osso. 
 
 
 
Canais perfurantes: Canais de Volkmann 
Canal central: Canais de Harvers 
 
 
 
 
AC I DENT ES ÓSSEOS 
 
Os ossos apresentam saliências, depressões e aberturas 
que são os acidentes ósseos. As saliências ósseas podem 
ser articulares ou não, assim como as depressões. 
 
• Saliências: articulam os ossos entre si ou fixam 
músculos, ligamentos, cartilagens, etc. 
• Depressões: podem ser articulares ou não, entre 
elas estão as fossas, fossetas, impressões, sulcos, 
recessos, etc. 
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• Orifícios: São aberturas nos ossos que permitem a 
passagem de qualquer estrutura anatômica 
(vasos, nervos, etc). Essas aberturas podem ser 
formadas por um único osso ou por mais de um 
osso. Exemplo: forames, meatos, óstios, poros, etc.Alvéolo – Uma escavação profunda, exemplo: Alvéolo dentário. 
Cabeça -Extremidade articular proeminente e arredondada, 
exemplo: Cabeça do radio 
Canal – Passagem tubular, exemplo: Canal carótico 
Côndilo – Projeção articular, também arredondada, exemplo: 
Côndilo medial do fêmur. 
Crista – Projeção estreita, exemplo: Crista ilíaca. 
Espinha- Processo agudo e fino, exemplo: Espinha da escapula 
Epicôndilo – Projeção lateral de um côndilo, exemplo: Epicôndilo 
do fêmur 
Face- Superfície articular achatada ou pouco profunda, exemplo: 
Face poplítea 
Fissura – Abertura em fenda estreita, exemplo: Fissura orbital 
Forame – Abertura circular que atravessa o osso, exemplo: 
Forame estilo-mastoide 
Fossa – Depressão rasa, exemplo: Fossa intertrocantérica 
Fóvea- Pequena cavidade ou depressão, exemplo: Fóvea da 
cabeça do fêmur 
Incisura – Depressão em forma de “U”, exemplo: Incisura ulnar do 
radio 
Processo – Proeminência acentuada do osso, exemplo: Processo 
mastoide 
Seio – Cavidade oca, cheia de ar exemplo: Seio frontal 
Sulco – Depressão ou ranhura alongada encontrada em 
superfícies que acomoda um nervo ou um tendão, exemplo: Sulco 
intertubercular do úmero 
Trocânter – Processo maciço que é encontrado, apenas, no 
fêmur, exemplo: Trocânter menor do fêmur 
Tubérculo – Processo arredondado, exemplo: Tubérculo maior do 
úmero 
Tuberosidade – Processo áspero, imaginem “rugas no osso”, 
exemplo: Tuberosidade do rádio. 
 
OSSI FIC AÇ ÕES 
 
É o processo de criação do osso, que é a transformação da 
cartilagem (ou tecido fibroso) em osso. 
• Ossificação intramembranosa: acontece no 
interior das membranas do tecido conjuntivo e é 
responsável pelo desenvolvimento dos ossos 
chatos ou laminados, especialmente aqueles que 
se encontram no crânio. 
• Ossificação endocondrial; acontece quando as 
células mesodérmicas se transformam em 
células produtoras de cartilagem, antes do início 
da formação do osso. É um processo muito mais 
lento que a ossificação intramembranosa e ocorre 
na maioria das partes do esqueleto, 
principalmente nos ossos longos. 
 
 
 
 
ESQ U EL ET O MASCUL IN O X FEMIN IN O 
Nos homens os ombros são mais largos, o tórax é 
maior, a pelves é mais estreita, o sacro é mais longo e mais 
estreito, o comprimento das pernas equivale a 56% da 
altura em geral; 
Nas mulheres os ombros são mais estreitos, o 
tórax é menor, a pelve é mais larga, o sacro é mais curto e 
mais largo, o comprimento das pernas equivale a 50% da 
altura em geral. 
Estas diferenças manifestam-se na puberdade e 
estão intimamente relacionadas com a reprodução, pois a 
pélvis feminina, além de suportar o peso do feto durante a 
gravidez, deve conte-lo e permitir a sua expulsão no 
momento do parto.

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